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Relatório 2014 

Grupo de Apoio ao Animal de Rua de Campinas 

O GAAR é uma ONG de defesa e proteção animal que atua em Campinas 

(SP) há mais de 15 anos. 

Embora o nosso principal objetivo seja combater o abandono e maus tratos a animais 

domesticados, o trabalho que realizamos tem outros reflexos benéficos para a sociedade 

como um todo, tanto no campo da saúde pública, quanto no educativo. No que diz respeito à 

saúde, não há dúvida de que, não fossem os mutirões de esterilização, os resgates, vacinação 

e vermifugação de cães e gatos, a quantidade de animais infectados nas ruas, com risco de 

disseminar doenças, seria bem maior. 

Mas nosso trabalho contribui também para o aprimoramento de valores éticos e morais da 

sociedade. Atuar neste campo propicia uma crescente conscientização quanto ao respeito e 

proteção que devemos dedicar aos demais seres sencientes do planeta. Em todas as 

oportunidades de contato com a comunidade, já há anos, procuramos levar para reflexão dos 

tutores de animais que um mundo mais justo começa com nossas atitudes, e falamos sobre a 

importância da guarda responsável, do tratamento digno e da castração do cão/gato que 

acolheram em sua casa. Além disso, há vários casos críticos envolvendo animal(is) doente(s) 

ou ferido(s) que atendemos, cuja divulgação lamentavelmente não deixa dúvida de que o 

abandono e maus tratos são consequências puras ou da omissão ou da ação cruel do próprio 

ser humano. Então, o nosso trabalho de conscientização leva a uma reavaliação de valores e a 

uma mudança de postura de várias pessoas e setores da sociedade, que passam de alguma 

forma a querer contribuir para a reversão desse quadro de tanta dor e fome para seres que não 

têm como se ajudar ou se defender. 

Com a facilidade que existe hoje de compartilhar informações, o número de pessoas 

interligadas e atentas ao bem estar animal é cada vez maior. Há tanta gente preocupada com 

um tratamento digno aos animais que qualquer pessoa (física ou jurídica) que manifeste 

deliberada indiferença ao sofrimento animal, ou arrisque se envolver em algum episódio de 

omissão de socorro ou maus tratos a um animal doméstico ou silvestre, é exposta nas redes 

sociais e tem sua imagem abalada. E o inverso também é verdadeiro: qualquer ação em prol 

Site: gaarcampinas.org 

Facebook: www.facebook.com/gaarcampinas?fref=ts 

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dos animais é muito bem vista pela sociedade e muito divulgada pelos que se importam com 

eles. 

Apesar disso tudo, o número de cães e gatos em situação de abandono nos grandes centros 

urbanos é alarmante e há muito trabalho pela frente. 

: 

Em dezembro de 2014 o GAAR elegeu sua nova diretoria e novos integrantes e 

voluntários vieram reforçar nossa equipe, gente com enorme disposição, talento e amor pelos 

animais. 

O GAAR conta hoje com: Sonia Pequeno; Susana Blois; Cláudia Celeste; Ludmila Veloso; 

Livia Cordi; Nilza Souza; Marcia Muller; Renato Fernandes; Renan Monteiro; Lais Caminhoto 

e Bruna Barros. Tem ainda o valioso suporte de cerca de oito recém-chegados voluntários que 

estão nos dando uma imensa ajuda e se integrando ao grupo. 

Nossa equipe quase completa na ocasião de lançamento do calendário (da esquerda para a 

direita): Lívia, Irene, Nilza, Ludmila, Renan, Laís, Sonia, Marcia, Susana (com Miguel) e Renato. 



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No segundo semestre de 2014, nossa entidade iniciou 

uma reestruturação, com mudança e ampliação da equipe e divisão das atividades por 

áreas específicas, objetivando maior profissionalismo, planejamento e controle de todo o 

trabalho, que numa ponta envolve a captação de recursos e na outra o emprego eficiente e 

eficaz desses recursos na assistência dos animais necessitados. Essas mudanças estão 

sendo bem sucedidas, mas sabemos que isso não seria possível sem a garra, a humildade e 

o espírito de união de toda a equipe, postura que traduz amor e compaixão pelos animais 

e, acima de tudo, a consciência de que, se nosso propósito é ajudar os que não falam, os 

que não podem se organizar e lutar por si mesmos, só é possível realizar bem um trabalho 

em defesa deles se não perdermos de vista que o nosso foco deve estar exatamente neles e 

que é com a integração de várias mentes e corações, respeitando as diferenças e sem 

perder de vista o todo, que conseguimos fazer um trabalho mais amplo. É importante nos 

colocarmos como verdadeiros operários, com disposição suficiente para dar o melhor que 

temos, a fim de que o grupo de fato represente uma corrente poderosa de solidariedade. 

2014 foi um ano especialmente desafiador e muito movimentado para o GAAR. Ao 

mesmo tempo em que fazíamos o trabalho de campo, socorrendo animais em apuro, 

realizando mutirões de castração dos cães e gatos de famílias carentes, um grupo de 

voluntários com talento, preparou dois eventos artísticos que inauguraram o GAARarte, 

um jeito criativo de mostrar ao público da cidade, como é possível cuidar de bicho com 

seriedade e levantar recursos para o trabalho com sensibilidade e beleza. Seguem fotos 

dos dois momentos de arte e descontração, quando conversamos sobre nosso programa de 

ação e fomos brindados com música de alta qualidade. E marquem na agenda que vamos 

repetir o sucesso em 2015. 



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Iniciativa pioneira como forma de arrecadação de recursos para as 

atividades do GAAR. Muito sucesso e pedidos para que outros acontecessem. 



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No dia 07 de novembro de 2014, atendendo a pedidos, realizamos 

outro sarau, agora em local mais amplo, para o lançamento do nosso calendário de 

mesa 2015. Foi uma festa e tanto – muita gente, artistas de primeira, música de qualidade, 

comidinhas deliciosas e todo mundo feliz – cuidar de bicho não é só sofrimento, tem 

muitos momentos de prazer e deleite. E nosso calendário ficou lindo com fotos 

expressivas de animais que cruzaram nosso caminho ao longo do ano. O calendário 

GAAR virou notícia no G1 (http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2014/12/onglanca-calendario-de-animais-adotados-para-financiar-castracoes.html) 

e hoje se faz 

presente em muitas escrivaninhas e mesas de apoiadores da nossa causa. Com palavras é 

difícil descrever nossa alegria por receber tamanho apoio para realizar um evento em prol 

dos animais, tanto dos artistas (confira aqui), quanto das empresas que cederam os 

deliciosos quitutes veganos (Luciana Casonatto Buffet) e os maravilhosos vinhos 

(D’Guste Bebidas Finas), do Marcelo e da Luciene que com carinho e dedicação fizeram 

início da arte do calendário, da Gráfica Campinas e Editora que confeccionou tão bem 

nosso calendário 2015 e dos amigos que compareceram para prestigiar o evento de 

lançamento, cada um deles demonstrando a grande vontade de ajudar a “bicharada 

sofrida”, que precisa exatamente disso, do engajamento de toda a sociedade. 

A pianista Stefanie Menz Correa – peças brasileiras 

Grupo Torcendo Dedo - Quinteto de Clarinetas e pandeiro 



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Fabio Hiro e Nicolas Guillen - Guaita e Violão 

Djalma Guanambi - Voz e violão 

A plateia apreciando tão boa música . 

Ludmilla - fala emocionada e emocionante 

sobre o trabalho pelos animais. 

À esquerda nossa parceira 

Bete com Márcia Muller 

Cesar Augusto P. Silva - Flauta transversal 

Susana e o maridão Miguel, muita dedicação 

da equipe antes e durante o Sarau. 

As crianças levaram alegria e 

renovaram nossa esperança de 

construir um mundo melhor 

para os animais. 

Sonia (à direita) e logo ao lado dela a Lívia. 

Laís e Renan, casal jovem já fazendo tanto 

pelos animais. 



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- continuamos nosso trabalho com os mutirões de 

castração e em 2014 nos dedicamos a investir em uma área crítica da zona rural de Barão 

Geraldo. Nossa atuação nessa comunidade envolve um trabalho educativo sobre bem estar 

animal, apoio no que é preciso, controle dos animais e agendamento para os mutirões de 

castração. O balanço de todo o trabalho de bastidores e dos mutirões que aconteceram 

mensalmente deixou claro o êxito do nosso esforço, pois na região hoje há menos animais 

abandonados e menos filhotes jogados à própria sorte. Estamos longe de solucionar o 

problema, mas já podemos comemorar muitas vitórias e a principal é o interesse frequente 

da população que procura orientação com as voluntárias do GAAR no bairro para 

inscrever seus animais no programa. 



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Há um vilarejo muito pobre na zona rural com muitos gatos e cães. Já fizemos a castração de várias 

cadelas em mutirões anteriores. As pessoas têm dificuldade até para alimentar os animais e, portanto, 

não podem pagar pelas castrações. Atualmente a maior concentração é de gatos machos, fêmeas e 

filhotes. A proposta do GAAR é castrar o maior número possível desses gatos. Após contato com as 

famílias realizamos em 12/12/14 a castração com Dra. Denise Hori de boa parte deles. Há filhotes que 

estamos monitorando para a castração em breve. 

Em outro local próximo, tem outra família em cuja casa foram abandonados muitos gatos e um 

coelho. Observe no painel abaixo que no mutirão de dezembro foi castrado inclusive esse coelhinho. 



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o GAAR nasceu e 

atua fortemente no distrito de Barão Geraldo, mas em outros locais de Campinas também 

faz trabalhos de castração, na medida do possível. Pedidos para bandos de gatos “de rua” 

são muitos, um problema bem sério, mas não temos como atender a todos por questões 

logísticas, raras são as pessoas que oferecem algum tipo de apoio, inclusive com 

disposição de aprender e ajudar nos trabalhos de captura. E não bastasse não haver quase 

ninguém disposto a ajudar, em geral, encontramos muitas dificuldades na tentativa de 



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realizar frentes para captura e castração, devido à falta de cooperação dos próprios 

moradores de locais onde existem bandos de felinos, porque muitos não compreendem o 

quanto é benéfico estarmos castrando e evitando descendentes. Querem apenas se ver 

livres dos gatos para sempre, como se fosse possível o milagre de levarmos os gatos e 

termos lugar onde deixá-los. É triste ver tanta intolerância e egoísmo, tanta falta de 

consciência do que significa esse trabalho e de um mínimo de respeito pela vida desses 

felinos, falta de compaixão mesmo e, pior, ver as crueldades cometidas contra gatos. 

Muitas pessoas preferem ver os gatos mortos a resolver o problema de forma civilizada, e 

alguns (des)humanos os eliminam mesmo, cometendo crime punível com multa e cadeia, 

nos termos da lei 1 . 

Trabalhamos a adoção de filhotes e mesmo de gatos adultos mansos, mas é preciso 

entender que grande parte desses animais é arisca e não há como tirá-la do local onde está. 

O que dá para fazer é castrar ao máximo para conter a população felina e contar com a 

colaboração de alguns moradores para alimentá-los e de todos para aceitá-los com respeito 

no local em que vivem. Castrados eles merecem o direito de viver sua vida sem 

perseguição. Não adianta só reclamarmos dos problemas, é necessário fazer parte da 

solução. O mundo pertence a todos e não apenas a nós humanos. É preciso ampliar nossa 

tolerância e nosso círculo de caridade, incluindo nele os outros animais do planeta. 

Em 2014, merecem destaque dois casos grandes que assumimos um na região do Jardim 

São Fernando, no primeiro semestre, e outro no Jardim Santa Cândida, no segundo 

semestre. As duas frentes englobavam muitos gatos, sendo o primeiro na casa de uma 

senhora idosa com problemas de saúde, onde havia muitos filhotes e tanto eles quanto os 

adultos estavam bem doentes, com pulgas, fungos e rinotraqueite. O segundo caso foi em 

um terreno baldio e tratava-se de gatos ariscos, na maioria, e também havia muitos 

filhotes no local. 

1 Se você souber de pessoas que envenenam ou cometem qualquer crueldade contra animais não seja conivente com um 

crime, denuncie para o BEA, Departamento de Bem Estar Animal de Campinas: http://campinas.sp.gov.br/governo/meioambiente/protecao-animal.php 

ou ligue para 156 



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: 

Em junho de 2014 o 

que repercutiu muito positivamente no estado 

de São Paulo. Uma exposição de famosos que optaram pela adoção motivou um artista a 

fotográ-los juntamente com seus bichos adotados e essa exposição virou mote para a feira 

que o SESI promoveu pela primeira vez. Ações desse tipo demonstram que a questão 

animal está saindo do anonimato e virando agenda, o que nos deixa muito felizes. A feira 

foi bem divulgada e levou muita gente interessada em adotar ao SESI da Av. João Jorge. 

Para o GAAR foi um sucesso – fomos a ONG que mais animal doou. Já estamos na 

expectativa da próxima que deve acontecer em breve. 



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- em meados de setembro de 2014 fomos convidados 

pela PET MARGINAL para inaugurar seu espaço de adoção. Em 04 de outubro de 2014, dia 

em que comemoramos o aniversário do mais famoso protetor dos animais, São Francisco de 

Assis, iniciamos essa parceria que tem propiciado lares para muitos cães e gatos sob cuidados 

do GAAR. Com o lema: Adoção responsável, o GAAR leva semanalmente à PET 

MARGINAL animais filhotes e adultos, cães e gatos que ficam ansiosos esperando famílias 

sérias, responsáveis e, acima de tudo, amorosas que se comprometam a assumi-los para todo 

o sempre. 

Muitos momentos felizes 



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: 

Sozinho na rua, um bicho abandonado passa por todo tipo de horror, tem medo, fome, sofre 

agressões de outros animais ou de humanos e, assim, debilitado, ferido e sem assistência, a 

maioria acaba morrendo de forma lenta e dolorosa. 



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Foi o que quase aconteceu com o Fred: abandonado à própria sorte, passou meses na rua e 

chegou bem perto da morte, com seus ouvidos sendo comidos por enormes bicheiras, que 

levaram embora sua audição. 

Dentro dessa situação dramática, Fred foi um dos poucos com a sorte de, no meio do 

caminho, aparecer alguém que o encontrou antes do fim. Com a ajuda do GAAR, recebeu os 

cuidados veterinários necessários e demonstrou que, além dos remédios para combater a 

infecção, cicatrizar as feridas e aliviar a dor, houve algo fundamental para que essa luta fosse 

vitoriosa: o carinho recebido. A Dra Aline da clínica Saúde Animal chegou a levá-lo pra 

casa dela pra conseguir dar os remédios certinho. Foi de uma dedicação impar e somos muito 

gratos a ela. 



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E como quem já sofreu tudo que o Fred tinha sofrido merecia que a sorte continuasse do 

seu lado, ele foi adotado por uma pessoa maravilhosa, alguém que se compadeceu de tudo 

que havia passado. 

“ele é que era um cachorro que ninguém gostava de chegar perto porque era bravo, arredio, 

desconfiado?! Talvez ou exatamente por ter sofrido muitos maus tratos na vida. Soube também que já 

foi atropelado, tanto que ele não consegue saltar; outros meus, do tamanho dele, botam as patas no 

meu ombro para ganhar carinho e ele não consegue, eu é que me abaixo para fazê-lo. Hoje é muito 

dócil, nos horários dele passear pela chácara ele sai, dá uma volta por tudo, depois deita na varanda e 

em seguida começa a latir pedindo para ir para o cantinho dele. Uma graça. Repito o que já disse a 

vocês: carinho é tão bom, mas tão bom, que até cachorro gosta”. 

Débora dando todo amor que o Fred merece 

Um coração grandioso não ajuda apenas o ser que pretende ajudar, é capaz de 

potencializar a bondade com seu gesto de doação e de amor. Chama a atenção, faz mais 

gente refletir, é um exemplo a ser seguido por tantos outros corações desatentos que estão 

ao seu redor. 



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O primeiro ponto que merece destaque é a questão da inconsequência humana: todo o 

sofrimento pelo qual passou esse cão, o desgaste emocional de todos os empenhados em 

salvá-lo e os recursos financeiros empregados poderiam ser evitados se quem o 

abandonou tivesse consciência de que sua irresponsabilidade traz ônus a outras pessoas, à 

sociedade como um todo, prejudica o próprio meio em que vive. 

Fred hoje está feliz e amado, mas queremos destacar mais uma vez que ele é a exceção. A 

maioria dos animais que passa pelo que o Fred passou morre silenciosamente antes e, se 

resgatado e salvo, até desperta alguma comoção social nas campanhas para ajudar nas 

despesas, diante das imagens tão chocantes, mas depois, quase sempre, esse animal passa 

o resto da vida esquecido dentro de uma baia qualquer, num abrigo inadequado, que tinha 

a finalidade apenas de acolhê-lo provisoriamente. O mundo precisa de mais corações 

iguais ao da Débora. 



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Na casa de uma senhora de 81 anos com problemas de saúde, na região do Jd. S. 

Fernando, havia 30 gatos em situação inadequada, os adultos estavam procriando 

rapidamente mas muitos filhotes acabavam morrendo devido a situação do local. O 

GAAR castrou todos os adultos: 21 na casa dessa senhora e 8 na casa do filho dela. Nove 

filhotes foram resgatados bem doentes e debilitados, todos com rinotraqueíte, muitas 

pulgas, lêndeas e vermes. 

Foram encaminhados para a Dra. Elani, os mais debilitados ficaram internados e, depois 

do tratamento, levados para um lar temporário, onde receberam cuidados adicionais, 

vermífugo, vacina, para ficarem prontinhos para adoção. 



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Depois de muita dedicação e investimento, ficaram de fato lindos e conseguimos bons 

adotantes para todos, sendo que algumas adoções merecem destaque. 

FRAJOLINHA FÊMEA (foto 1) - ganhou o nome de Luna, foi adotada pela Fabiana, juntamente com 

outro gatinho abandonado na rua resgatado pela protetora Marilza. Esta frajolinha quase ficou cega e 

agora está super feliz com sua nova tutora e ainda ganhou um companheiro o Pablo, mestiço siamês. 

Depoimento: Eu agradeço a "anjos" como vocês por cuidarem e resgatarem estes 

bichinhos. Quando eu chego do trabalho eles estão atrás da porta me esperando, 

procuro chegar cedo do trabalho para ficar mais com eles. Eu estava com medo de ficar 

com 2 gatos, mas era bobagem. Não me arrependo. Adoro meus filhotes. 



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FRAJOLINHA MACHO (foto 2)- foi adotado pela Livia, ela queria uma companhia para sua gata que 

ficava muito sozinha enquanto trabalhava, ela aguardou o tratamento do gatinho e logo após ele foi 

para o seu novo lar. 

Depoimento: Não dou, não vendo, não troco, não empresto não alugo o frajolinha, ele 

dorme comigo enroladinho nas cobertas e minha gata já o aceitou, já estão brincando e 

tudo mais. 

MESTIÇO SIAMÊS MACHO (foto 3)- foi adotado pela Dona Laura, ela queria um gatinho parecido 

com o que ela tinha, que morreu aos 20 anos. Foi paixão a primeira vista, ela deu o nome de Nino e é 

uma companhia para ela que fica muito sozinha. 

Depoimento: Certo dia levaram o gatinho para vacinar e eu estava com medo de não 

devolver mais o gato. A protetora atrasou um pouco para trazê-lo de volta e eu já estava 

desesperada e chorando a falta do gato, já tinha ligado várias vezes para ela e até tinha 

rezado para o gatinho voltar. Foi emocionante quando o gatinho voltou, eu abracei-o 

muito, e ainda com a cara de choro, percebi como gosto dele e o quanto ele é 

importante para mim. 



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GATINHO BRANCO COM MANCHAS PRETAS (foto 4)- foi adotado pela Dirce, que se chama 

Simba, ela queria um gatinho filhote para que acostumasse com o seu periquito que tem no seu 

apartamento. Ele se adaptou bem. O periquito tem medo dele e não fica perto, mas o gatinho não faz 

nada. Sua nova tutora o adora, diz que vive aprontando, se esconde nas gavetas, na cesta e que quando 

percebe que ela vai sair fica pulando nas pernas delas. Ele é tão fofo, que o vizinho queria adotar um 

gatinho também igual ao dela. 

GATINHO PRETO (foto 5)- foi adotado pela Dora e se chama Neguinho, ela queria adotar um gatinho 

preto, pois ela cuidava de uns pretinhos da rua, mas eram muito ariscos e ela queria um que ficasse 

dentro de casa. O gatinho se adaptou bem ao novo lar, é brincalhão e genioso, quando ele percebe que 

ela vai para o trabalho começa a morder o pé dela. Ela está muito feliz com o gatinho e ele dorme com 

ela e ganhou uma cama bem quentinha. Veja a foto dele à esquerda do sofá tentando pegar uma mosca. 



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Cães que já tiveram um lar e são descartados nas ruas por pessoas irresponsáveis passam 

por sofrimentos inimagináveis e não têm a menor chance de se proteger. 

Totó é um mix de Poodle e Schnauzer vítima do abandono, apanhou de outros cães, o que 

resultou em uma enorme ferida das costas. Depois de todo o sofrimento vivido e do 

tratamento, ganhou uma cicatriz no dorso, lembrança que poderia ser evitada se houvesse 

mais consciência humana. Teve a sorte de ser resgatado. Foi castrado, recebeu todos os 

cuidados e conseguiu uma família que o protegerá para o resto de sua vida. 



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3 

2 

1 

205 197 1 403 

87 37 - 124 

51 26 - 77 

Observações 

1. Incluídos animais resgatados pelo GAAR, pertencentes a famílias 

carentes ou mesmo animais sem lar mas que foi importante interromper 

o ciclo de procriação exatamente por estarem nas ruas (notadamente 

gatos ariscos) 

2. Os animais resgatados são castrados (quando acima de 5 meses), 

vacinados, vermifugados e, no período em que permanecem sob a 

guarda do GAAR, recebem ração de boa qualidade e cuidados básicos. 

3. Os animais adotados são monitorados por um período de adaptação. 

Alguns voltam para a guarda do GAAR por decisão dos pretensos 

adotantes ou do GAAR, dependendo do caso, e não entram na estatística 

dos adotados. 

O apontamento dos animais castrados, resgatados e adotados aqui apresentado é bastante 

simplificado e apenas com a finalidade de passar uma noção da nossa atuação direta e 

efetiva, no que diz respeito ao foco principal do nosso trabalho. Há animais que passaram 

por cirurgia ou por longo tratamento e são computados como animais resgatados, mas é 

preciso salientar que as despesas com animais doentes ou feridos em geral têm impacto 

maior no orçamento. 

É importante ainda destacar que há muitos casos em que tutores ou protetores 

independentes entram em contato conosco à procura de ajuda, mas infelizmente não temos 

caixa para bancar as castrações ou tratamentos integralmente, contudo, por vezes, 

conseguimos auxiliar parcialmente ou intermediar e obter com veterinários parceiros 

preços mais acessíveis para o procedimento. No entanto, esses casos não estão nas nossas 

estatísticas. Quanto às adoções, divulgamos animais que não estão sob a nossa guarda no 

site do GAAR e nas redes sociais, assim como, alguns desses animais participam das 



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feiras de adoção do GAAR e, do mesmo modo, se adotados, não estão computadas nas 

estatísticas acima. Enfim, o fato de estarmos atuando nesse meio tem reflexos indiretos 

positivos que vão além do que se pode transformar em números. 

: Já bem conhecido o bazar do GAAR é uma forma de 

arrecadação de fundos para ajudarmos a bicharada. Todo valor arrecadado vira castração, 

vacinação e cuidados diversos para os patudos que podemos assumir e cuidar deles até 

que consigam adoção. Recebemos doações de itens que estejam em boas condições de 

venda. Para saber mais detalhes e/ou fazer doações de artigos para nosso bazar escreva 

para contato@gaarcampinas.org 



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- A cada três ou quatro meses o GAAR lança uma rifa que em 2014 fez o 

maior sucesso. Graças à adesão de muitos simpatizantes conseguimos por meio delas uma 

verba que auxilia na continuidade de vários projetos, porque nos permitem abater parte 

das despesas veterinárias e manutenção dos vários animais resgatados em áreas carentes 

de Campinas, os quais socorremos, tratamos, castramos, assumimos as despesas de 

hospedagem, alimentação e todos os cuidados básicos até que sejam adotados. 

- acreditamos que o trabalho educativo com crianças e 

adolescentes possa contribuir, num tempo não muito distante, para a diminuição dos maus 

tratos e abandono dos animais e também despertar em muitos quão prazerosa pode ser a 

companhia de um animal. Realizamos um encontro com a participação de educadores, 

educandos, a Lady – uma de nossas resgatadas- e a presença e orientação da veterinária 

Dra Ingrid Menz no CPTI - Centro Promocional Tia Ileide – ONG Socio Educativa no 

bairro Shalon em Campinas. 



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foram realizados eventos mensais com chá, bazar e bingo na casa da D. 

Cida (moradora de um dos locais onde atuamos) para arrecadação de fundos destinados 

aos mutirões de castração e medicamentos para os animais da comunidade. 



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- Continuamos contando com a generosidade e 

confiança de um número restrito de amigos do GAAR, porém bastante fiéis. Somadas 

essas contribuições financeiras representam um valioso auxílio às nossas atividades. 

Somos muito gratos a todos que tiveram e têm interesse em conhecer nosso trabalho e se 

unir a nós, direta ou indiretamente, para ampliarmos as possibilidades de dar nova chance 

a muitos felpudos que necessitam. No nosso site (aba “quero ajudar”) há uma lista 

contendo várias formas de ajudar o GAAR. 

O ano de 2015 começou com a ótima notícia do tão esperado programa público de 

castração do BEA (Departamento de Bem Estar Animal). Já castramos alguns animais na 

primeira etapa e esperamos castrar muitos outros por intermédio do BEA ao longo do ano. 

Mas certamente o programa não vai conseguir resolver do dia para a noite o problema da 

superpopulação de animais do município de Campinas nem atender toda a demanda por 

castração, considerando inclusive que o castra-móvel circula pelo Estado de São Paulo, 

vindo a Campinas em períodos espaçados. E, mesmo estando aqui, tem um limite de 

castrações por período bem menor do que o número de cães e gatos aptos a serem 

castrados. Quase diariamente chegam solicitações de castração para fêmeas no cio ou 

bandos de gatos procriando em progressão assustadora e é preciso agir rápido para evitar 

novas ninhadas. 

No caso de gatos ariscos, é bastante arriscado agendar sua castração, porque a captura é 

incerta, um exercício de dias e dias de estratégia e muita paciência. Por tudo isso, não há 

como não continuar nosso trabalho de castração, contando sempre com a parceria de 

veterinários solidários que cobram um preço diferenciado. 



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Quanto aos demais trabalhos, já no final do ano passado conseguimos ampliar nossa ação 

de resgate de animais abandonados e adoção responsável (principalmente nas feiras). Cães 

e gatos adultos e cães de porte médio/grande infelizmente não são os preferidos dos 

adotantes em geral e ficam “encalhados” em lares hospedeiros, isso gera um impacto 

grande nas nossas despesas mensais. Lançamos uma campanha incentivando a adoção 

desses animais mas ainda não obtivemos resultado, temos vários à espera de um lar. 

E, por fim, mesmo contra qualquer limite orçamentário, nos locais onde atuamos, se surge 

à nossa frente um animal ferido, doente ou sob extremos maus tratos, não há como conter 

nosso coração humano, só pensamos em amenizar essa dor, porque seria insuportável 

assistir presencialmente essa agonia e não agir. Nossos próprios voluntários acabam 

"apadrinhando" alguns desses animais, assumem as despesas totais e nem levamos a 

público, mas somos capazes de atender a um número maior de casos envolvendo animais 

precisando de socorro quando mais corações humanos concordam em nos dar algum 

suporte. 

O GAAR não recebe nenhuma verba pública ou privada. Então, contamos somente com a 

criatividade e dedicação dos nossos voluntários para os eventos de captação de recursos 

(bazares semanais, loja virtual, bingos, rifas, saraus, calendário de mesa anual etc.) e com 

a ajuda da comunidade. Esperamos em 2015 continuar recebendo esse valioso apoio. 

Do mesmo modo, esperamos atrair mais simpatizantes com disponibilidade para se juntar 

a nós na ativa. 

Nossa entidade está aberta para receber todos aqueles que compartilham das mesmas 

convicções, tenham condições e vontade de participar de um trabalho voluntário em prol 

dos animais e se sentem prontos para somar forças, com responsabilidade, 

comprometimento e dedicação. Os interessados podem escrever 

para: contato@gaarcampinas.org. 



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A proteção animal só pode existir se houver esses dois grupos de cidadãos: os dispostos a 

auxiliar financeiramente e os dispostos a participar de algum trabalho em prol dos 

animais. 

Nossa esperança é de que um dia nossa sociedade não necessite mais de grupos que 

precisem castrar, resgatar, procurar um lar responsável para um cão ou um gato 

abandonado, porque proteger um animal será conduta geral e espontânea de seus cidadãos. 

Por enquanto, a proteção animal precisa existir, inclusive com o papel de trazer mais e 

mais indivíduos para essa importante reflexão, para esse despertar, para participar da 

construção da tão sonhada sociedade justa para todos. 

“A grandeza de um país e seu progresso podem ser medidos pela maneira como trata 

seus animais” Mahatma Gandhi 



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