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Você quer estimular em seus filhos a gentileza, a compaixão, o amor ao próximo e mostrar a eles o<br />
caminho para ser um bom ser humano?<br />
Adotar um animal é uma excelente ideia.<br />
Quando mostramos um animal a qualquer criança, os olhos dela brilham e não é à toa...
...Nossos antepassados há muito estão na companhia de animais e, graças a eles, sobrevivemos tão<br />
bem. Não fosse a incrível audição dos lobos, o leite das vacas e o ovo das aves em geral,<br />
provavelmente não teríamos sobrevivido tanto e nos adaptado às adversidades do meio ambiente,<br />
em campo aberto. A convivência com as outras espécies tem muito a ensinar às nossas crianças,<br />
sobre elas e sobre nós mesmos.<br />
Por isso, os animais que hoje estão domesticados despertam esta sensação de segurança e amor<br />
em nós, humanos, desde a infância.<br />
Ter um animal adotado junto de seus filhos desde cedo ensina a eles a responsabilidade de sempre<br />
cuidar do seu bichinho, estimula a moral de nunca abandonar um parceiro mesmo nos momentos<br />
mais difíceis, desperta a compaixão com aqueles que não tiveram a mesma sorte de ter uma família<br />
e, claro, ensina a dar valor a própria família, além e estimular o amor aos demais seres vivos.<br />
Sem contar o fato de ter um companheiro para se divertir a valer.<br />
Baseado no vídeo: www.youtube.com/watch?v=LIlS0xgRqYs - Adote um amigo.
Benefícios para crianças compensam mudanças na rotina<br />
Em um primeiro momento, ter um bicho de estimação é uma ideia que parece assustadora para<br />
muitos pais. A recusa normalmente é justificada pela expectativa de que o animalzinho será capaz<br />
de mudar a rotina de toda a família, sem contar os gastos previstos com ração, remédio, vacina e<br />
visitas ao veterinário. Mas especialistas em educação e psicologia afirmam que os benefícios da<br />
convivência entre a criança e o animal superam, e muito, as razões apontadas para não ter um<br />
bichinho em casa.<br />
A psicóloga Natércia Tiba, especializada em crianças e adolescentes, afirma que o convívio com<br />
animais é muito saudável porque ajuda no processo de desenvolvimento da criança. “Ela irá<br />
exercitar o senso de responsabilidade, além de trabalhar seus sentimentos como a autoestima, a<br />
alegria, a tristeza, a frustração, a tolerância e a compreensão”, afirma a psicóloga.<br />
Há situações que tornam a presença de um animalzinho ainda mais indicada no lar. Nos casos em<br />
que os pais trabalham e os pequenos ficam muito sozinhos, o bicho de estimação faz companhia e<br />
estimula o desenvolvimento afetivo. O animal também ocupa um lugar de destaque na casa onde<br />
há irmãos que brigam muito: o bichinho torna-se o foco de atenção e proporciona um<br />
relacionamento mais saudável entre as crianças.
Qual a idade ideal para iniciar este processo?<br />
“O papel dos pais é servir de guia para os filhos, ensinando e orientando o que eles podem fazer. Os pais são modelos, se tratarem<br />
o bichinho bem, a criança fará o mesmo e agirá assim com outras pessoas. Caso contrário, achará que o mau trato é normal e<br />
levará essa experiência para o mundo afora”<br />
No caso do cachorro, por exemplo, crianças de 3 e 4 anos podem tê-los, uma vez que já adquiriram certa<br />
autonomia. Nesta idade, os pequenos possuem habilidades motoras, são capazes de se defender e entender<br />
algumas regrinhas do que é ou não permitido fazer. Eles sabem, por exemplo, que não podem subir no<br />
cachorro ou puxar suas orelhas.<br />
Os gatos são indicados a partir dos 3 anos. Eles são bichos limpos, carinhosos e proporcionam tranquilidade.<br />
E os pais devem ficar atentos ao modo como a criança trata o animal, sempre reforçando um tratamento<br />
carinhoso.
O que pesar na balança antes de adotar?<br />
A decisão de levar para casa um cachorro, um gato, ou qualquer que seja a espécie do bichinho,<br />
deve ser tomada pelo amor que ele inspira. “O animal nunca deve ser tratado como um brinquedo.<br />
Aquele que serve para algumas horas e depois é largado pelos cantos“, alerta a psicóloga Natércia.<br />
A psicóloga aponta que nem tudo será um mar de rosas na convivência com o animal, mas os pais<br />
devem usar justamente estes momentos para a educação dos filhos.<br />
Na maioria das vezes, a criança vai gostar de estar ao lado do animal, mas também haverá situações<br />
em que pode sentir raiva. Isso pode ocorrer no caso do bichinho não a obedecer, fazer xixi fora do<br />
lugar ou morder suas coisas. Provavelmente, a primeira reação do pequeno será bater ou gritar. “É<br />
aí que os adultos devem interceder e explicar que o animal não sabe o que está fazendo e orientar<br />
a criança de forma a aprender a lidar com ele com respeito e dedicação”, completa.
O desejo de adotar e de cuidar tem que ser de toda a família<br />
Cabe aos pais avaliar se a criança está pronta para ter um bichinho, mas também se eles estão<br />
preparados e dispostos a assumir diversas tarefas. Isso requer uma dose de paciência e de<br />
tolerância, principalmente em relação às tarefas que exigem maior compromisso com os horários,<br />
como dar comida ou remédio. Levar ao veterinário também faz parte da lista de tarefas dos<br />
adultos. Já as atividades mais simples devem ser atribuídas progressivamente aos pequenos. Entre<br />
outras funções, eles podem pentear o pelo do animal ou colocar água no recipiente.
Conforme a criança amadurecer, os pais podem e devem passar outros tipos de responsabilidades.<br />
É na faixa dos 12 anos que as meninas conseguem cuidar do animal, já os meninos, só a partir dos<br />
14 anos. “O papel dos pais é servir de guia para os filhos, ensinando e orientando o que eles podem<br />
fazer. Os pais são modelos, se tratarem o bichinho bem, a criança fará o mesmo e agirá assim com<br />
outras pessoas. Caso contrário, achará que o mau trato é normal e levará essa experiência para o<br />
mundo afora”, alertam especialistas.<br />
Um animal de estimação é um ser vivo, com sentimentos e necessidades, que requer carinho e<br />
cuidados. Então, a decisão de adotar deve ser muito bem pensada e, se os pais não estão dispostos<br />
a cuidar bem desse animal, a experiência servirá apenas para passar um péssimo exemplo à criança,<br />
ela aprenderá que é permitido descuidar do outro, maltratá-lo, ou seja, o inverso ao que se<br />
pretendia. É melhor ser honesto e não adotar do que tomar uma decisão prejudicial a todos os<br />
envolvidos.
Milly mudou o comportamento da Mariana<br />
Foto ilustrativa<br />
Mariana, 4 anos, ganhou dos pais uma cadela, batizada de Milly. Poucos dias após a chegada da<br />
nova integrante da família, os pais já começaram a notar algumas mudanças de comportamento da<br />
criança. “Passei a perceber que minha filha ficou mais meiga, atenciosa e alegre”, diz orgulhosa, a<br />
mãe Sandra. Para ela, o relacionamento entre as duas é muito legal.<br />
“A Mariana adora brincar com a cachorra e quer participar de tudo. Na hora de dar banho é uma<br />
festa. Todo mundo entra na brincadeira. O pai segura o cachorro, enquanto a mãe passa o xampu e<br />
a Mariana segura o chuveirinho para enxaguar”, relata.<br />
Segundo Sandra, outro momento que demonstra interesse da menina é quando ela chega da rua e<br />
pergunta se a Milly está bem e sai correndo ao seu encontro. “Para mim, ela mostra sinais de<br />
preocupação com a cachorra, pois já tem a percepção das necessidades de um outro ser, e assim,<br />
se sente responsável pelo bem-estar do animal.”<br />
Apesar do trabalho e dos gastos com veterinário, ração, vacina, castração, entre outros que vão<br />
surgindo, ela revela, “vale a pena ter um animal de estimação, além da companhia e de momentos<br />
de alegria e diversão que ele é capaz de proporcionar, é muito recompensador ver estampado no<br />
rostinho da Mariana um sorriso permanente e uma alegria contagiante devido a sua presença em<br />
casa.”<br />
Baseado do texto de Simone Vieten, publicado em “Alo Bebê”<br />
Imagens da Internet.