Transformação para todas as idades - COP Estrutural
Encarte veiculado no Correio Braziliense em dezembro 2016
Encarte veiculado no Correio Braziliense em dezembro 2016
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Transformação</strong><br />
<strong>para</strong> <strong>tod<strong>as</strong></strong> <strong>as</strong><br />
<strong>idades</strong><br />
Conheça <strong>as</strong> históri<strong>as</strong><br />
de famíli<strong>as</strong> da <strong>Estrutural</strong><br />
que ganharam mais<br />
esperança e qualidade<br />
de vida no Centro<br />
Olímpico e Paralímpico
A cidade que n<strong>as</strong>ceu do lixo<br />
Moradores da <strong>Estrutural</strong> contam com acolhimento<br />
de centro esportivo como alternativa <strong>para</strong> sair d<strong>as</strong><br />
ru<strong>as</strong> e evitar contato com drog<strong>as</strong><br />
Tudo começou na década de 1960, quando alguns catadores<br />
de lixo montaram seus barracos perto do aterro sanitário do Distrito<br />
Federal, às margens da DF-095, Via EPCT, conhecida como<br />
Via <strong>Estrutural</strong>. Ao longo dos anos, mais pesso<strong>as</strong> eram atraíd<strong>as</strong><br />
pelo lixão <strong>para</strong> buscar meios de sobrevivência. Hoje, a Vila <strong>Estrutural</strong><br />
conta com cerca de 40 mil habitantes, segundo dados<br />
da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD 2015).<br />
Muito já foi feito <strong>para</strong> melhorar a infraestrutura da região. Porém<br />
a realidade ainda é dura <strong>para</strong> muita gente. O saneamento<br />
básico ainda não chegou a <strong>tod<strong>as</strong></strong> <strong>as</strong> c<strong>as</strong><strong>as</strong>, muit<strong>as</strong> ru<strong>as</strong> não<br />
receberam <strong>as</strong>falto, algum<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> ainda são irregulares e têm<br />
ocupação desordenada, como a inv<strong>as</strong>ão Santa Luzia.<br />
Uma constatação que preocupa são os altos índices de criminalidade.<br />
Famíli<strong>as</strong> convivem diariamente com a violência.<br />
Crianç<strong>as</strong> e jovens são aliciados pelo mundo d<strong>as</strong> drog<strong>as</strong>. Traficantes<br />
dominam vários locais e são responsáveis pel<strong>as</strong> chamad<strong>as</strong><br />
redes de proteção de su<strong>as</strong> áre<strong>as</strong>. Tod<strong>as</strong> ess<strong>as</strong> questões<br />
afetam o modo de vida d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> que moram ali.<br />
Grande parte d<strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> é chefiada por mulheres. El<strong>as</strong> representam<br />
52% da população local, de acordo com o PDAD 2015.<br />
Verifica-se ainda uma ausência da figura paterna. As mães precisam<br />
trabalhar e acabam deixando os filhos em c<strong>as</strong>a sozinhos.<br />
Devido a ess<strong>as</strong> advers<strong>idades</strong>, a comunidade da <strong>Estrutural</strong> tem<br />
sido alvo de uma série de projetos sociais. E um dos principais<br />
espaços de acolhimento <strong>para</strong> crianç<strong>as</strong> e jovens no contraturno<br />
da escola é o Centro Olímpico e Paralímpico da <strong>Estrutural</strong>. A<br />
unidade esportiva também atende adultos, idosos e tem ativ<strong>idades</strong><br />
específic<strong>as</strong> <strong>para</strong> pesso<strong>as</strong> com deficiência, de <strong>tod<strong>as</strong></strong> <strong>as</strong><br />
<strong>idades</strong>.<br />
O trabalho, feito em conjunto pela Secretaria de Esporte, Turismo<br />
e Lazer e pela Fundação Assis Chateaubriand, vem transformando<br />
<strong>para</strong> melhor a vida dos frequentadores do Centro<br />
Olímpico, que oferece gratuitamente divers<strong>as</strong> modal<strong>idades</strong> esportiv<strong>as</strong>,<br />
cursos de qualificação social, apoio psicossocial, além<br />
de lanche <strong>para</strong> uma parte dos alunos.<br />
Muit<strong>as</strong> d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> atendid<strong>as</strong> pela Gerência de Apoio Social<br />
do Centro Olímpico e Paralímpico são encaminhad<strong>as</strong> por conselhos<br />
tutelares e centros de referência em <strong>as</strong>sistência social.<br />
“Nosso objetivo aqui, além de atender o aluno, é fortalecer a<br />
família <strong>para</strong> que ela possa se sentir mais empoderada. O impacto<br />
desse atendimento é muito bom. A gente não tira ninguém<br />
da vulnerabilidade, m<strong>as</strong> fortalece <strong>as</strong> famíli<strong>as</strong>, contribui<br />
<strong>para</strong> o desenvolvimento, socialização e resgate da cidadania.<br />
Percebemos que, se eles não estivessem aqui, estariam usando<br />
drog<strong>as</strong>, à mercê de traficantes”, revela a <strong>as</strong>sistente social Maria<br />
d<strong>as</strong> Graç<strong>as</strong> Tolentino.<br />
Fotos, reportagem, edição, projeto gráfico e diagramação: Fundação Assis Chateaubriand<br />
Impressão: dezembro 2016
Para sair da ociosidade<br />
Polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> ligad<strong>as</strong> ao esporte beneficiam comun<strong>idades</strong><br />
de todo o Distrito Federal. Somente nos Centros Olímpicos, são<br />
60 mil pesso<strong>as</strong> atendid<strong>as</strong> de forma gratuita todos os di<strong>as</strong><br />
Conhecido nacional e internacionalmente<br />
por ter revelado diversos atlet<strong>as</strong><br />
de destaque, o Distrito Federal vem<br />
crescendo no quesito esporte. Não há<br />
dúvid<strong>as</strong> de que, <strong>para</strong> que potencial seja<br />
ampliado e mais atlet<strong>as</strong> venham a brilhar,<br />
é preciso de investimento na b<strong>as</strong>e. E<br />
isso começa com a democratização do<br />
acesso ao esporte.<br />
O trabalho realizado pela Secretaria do<br />
Esporte, Turismo e Lazer com ent<strong>idades</strong><br />
parceir<strong>as</strong> nos 11 Centros Olímpicos e Paralímpicos<br />
(<strong>COP</strong>) do DF vem com esse<br />
intuito. Hoje, cerca de 60 mil pesso<strong>as</strong> de<br />
Brazlândia, Ceilândia, <strong>Estrutural</strong>, Gama,<br />
Recanto d<strong>as</strong> Em<strong>as</strong>, Riacho Fundo, Samambaia,<br />
Santa Maria, São Seb<strong>as</strong>tião e<br />
Sobradinho se beneficiam com <strong>as</strong> ativ<strong>idades</strong><br />
esportiv<strong>as</strong> e educativ<strong>as</strong> gratuit<strong>as</strong><br />
oferecid<strong>as</strong> nos centros. São famíli<strong>as</strong> inteir<strong>as</strong><br />
frequentando os espaços, também<br />
abertos a toda a comunidade <strong>para</strong> o<br />
lazer aos fins de semana. Crianç<strong>as</strong>, adolescentes,<br />
adultos e idosos contam com<br />
todo apoio <strong>para</strong> movimentar o corpo e<br />
a mente. Pesso<strong>as</strong> com deficiência têm<br />
espaço garantido.<br />
“Quando olhamos <strong>para</strong> uma criança<br />
que pratica atividade física em um dos<br />
Centros Olímpicos e Paralímpicos, sabemos<br />
que ela pode não se tornar um atleta<br />
de alto rendimento, m<strong>as</strong> com certeza<br />
se tornará um bom cidadão. O que nos<br />
move é poder trabalhar <strong>para</strong> que o esporte<br />
se fortaleça cada vez mais como<br />
ferramenta de transformação social, retirando<br />
pesso<strong>as</strong> da ociosidade, dando<br />
oportunidade <strong>para</strong> que atlet<strong>as</strong> da nossa<br />
cidade tenham condições de competir<br />
e que melhore a qualidade de vida de<br />
pesso<strong>as</strong> de <strong>tod<strong>as</strong></strong> <strong>as</strong> <strong>idades</strong>”, destaca<br />
Leila Barros, secretária de Esporte, Turismo<br />
e Lazer do DF.<br />
Parceira desse trabalho, a Fundação<br />
Assis Chateaubriand faz a gestão pedagógica<br />
de 7 dos 11 centros. “Essa ação<br />
conjunta, que une investimentos público<br />
e privado, vem <strong>para</strong> ampliar ainda mais<br />
os resultados e o impacto social d<strong>as</strong> ativ<strong>idades</strong><br />
esportiv<strong>as</strong> n<strong>as</strong> comun<strong>idades</strong>. Há<br />
6 anos, nos dedicamos a levar aul<strong>as</strong> de<br />
qualidade, apoio psicossocial e eventos<br />
que façam a diferença na vida dess<strong>as</strong><br />
milhares de pesso<strong>as</strong> atendid<strong>as</strong>. É gratificante<br />
ver o reconhecimento do público”,<br />
destaca Eduardo Gay, gerente de projetos<br />
da Fundação Assis Chateaubriand.<br />
Outr<strong>as</strong> polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> no DF beneficiam<br />
quem frequenta os centros. O Programa<br />
Compete Br<strong>as</strong>ília incentiva a participação<br />
de atlet<strong>as</strong> de alto rendimento<br />
em campeonatos nacionais e internacionais,<br />
com a concessão de p<strong>as</strong>sagens aére<strong>as</strong><br />
e transportes terrestres. O benefício<br />
é aberto a praticantes de divers<strong>as</strong> modal<strong>idades</strong>.<br />
Há ainda <strong>as</strong> parceri<strong>as</strong> com outros órgãos<br />
do governo de Br<strong>as</strong>ília que levam serviços<br />
e ativ<strong>idades</strong> divers<strong>as</strong> <strong>para</strong> dentro d<strong>as</strong><br />
un<strong>idades</strong> esportiv<strong>as</strong>, como a Mala do Livro,<br />
da Secretaria de Cultura; o Programa<br />
Saúde da Família, da Secretaria de<br />
Saúde; e a Prestação de Serviço à Comunidade,<br />
da Secretaria de Política <strong>para</strong><br />
Crianç<strong>as</strong>, Adolescentes e Juventude.<br />
Os <strong>COP</strong> também levam ativ<strong>idades</strong> <strong>para</strong><br />
fora de su<strong>as</strong> instalações. Há Circuitos de<br />
Lazer, realizados em espaços públicos,<br />
com ativ<strong>idades</strong> esportiv<strong>as</strong> ministrad<strong>as</strong><br />
pela equipe pedagógica dos Centros.<br />
Além disso, n<strong>as</strong> féri<strong>as</strong> escolares, são organizados<br />
torneios esportivos em Un<strong>idades</strong><br />
de Internação <strong>para</strong> socioeducandos de<br />
12 a 17 anos. O intuito é contribuir com<br />
a ressocialização dos jovens em cumprimento<br />
de medida, proporcionando momentos<br />
de lazer e diversão.
Vida nova e energizada<br />
Dores no corpo, hipertensão, diabetes, depressão...<br />
Não importa a idade, o esporte tem o poder de curar doenç<strong>as</strong>, dar mais sentido à vida e ensinar<br />
valores importantes <strong>para</strong> o cidadão<br />
Baiana de Pilão Arcado, Vera Lúcia Guedes, 58 anos (foto),<br />
é fã da hidroginástica. Há três anos, ela conheceu o Centro<br />
Olímpico e Paralímpico da <strong>Estrutural</strong> e não largou mais. A água<br />
é fundamental <strong>para</strong> reduzir o impacto da movimentação e<br />
ajuda os problem<strong>as</strong> n<strong>as</strong> articulações e de <strong>as</strong>ma. “Fez muita<br />
diferença <strong>para</strong> mim, porque eu não conseguia levantar bem o<br />
braço e hoje já coloco lá em cima. Foi ótimo <strong>para</strong> os meus joelhos<br />
também. Ando e pedalo com mais facilidade, sem contar<br />
que, este ano, eu já perdi 11kg. A gente precisa fazer atividade<br />
física, principalmente depois que chega numa certa idade.<br />
A hidroginástica me aju-<br />
dou muito”, conta. Expansiva, Dona Vera também fez muit<strong>as</strong><br />
amizades. Diz que <strong>as</strong> convers<strong>as</strong> e <strong>as</strong> brincadeir<strong>as</strong> são tant<strong>as</strong><br />
que ela nem vê o tempo p<strong>as</strong>sar.<br />
Até poucos meses, morava sozinha. M<strong>as</strong> três netos chegaram<br />
à c<strong>as</strong>a dela <strong>para</strong> ficar aos cuidados da avó. “Eu tive que arranjar<br />
alguma coisa <strong>para</strong> eles fazerem além da escola. E nada<br />
melhor do que o Centro Olímpico, que tem muit<strong>as</strong> opções<br />
<strong>para</strong> eles ocuparem a mente, tirando os meninos da rua, d<strong>as</strong><br />
drog<strong>as</strong>”, explica. “Eu percebi que eles melhoraram muito a<br />
interatividade. Eram muito nervosos, não tinham horário <strong>para</strong><br />
nada e aqui aprenderam uma certa disciplina. Eles fazem natação,<br />
vôlei, b<strong>as</strong>quete, karatê, tênis, futebol, cursos de qualificação<br />
social. Eles amam fazer tudo o que eles não<br />
tiveram oportunidade antes.”<br />
“Meu corpo está agradecendo”<br />
Perder o emprego antes da hora fez Osmaldo Tavares da Silva, 64 (foto), ir ao fundo do poço, entrar<br />
em depressão e engordar muito. Com estatura mediana, ele chegou aos 122kg. Foi quando,<br />
há pouco mais de três anos, foi encaminhado <strong>para</strong> o Centro Olímpico e Paralímpico da <strong>Estrutural</strong>.<br />
“Faço hidroginástica e localizada. O Centro representa a minha vida. Se eu não tivesse entrado<br />
aqui, não estava mais vivo. A depressão mata. Quem não está fazendo não sabe o que está<br />
perdendo. Venho andando todo dia. Meu corpo está agradecendo. As minh<strong>as</strong> tax<strong>as</strong> nos exames<br />
estavam subindo de avião e apareceu diabetes. Hoje está tudo controlado. O Centro Olímpico<br />
é o que move meu dia a dia. Tenho muit<strong>as</strong> amizades aqui. A equipe de professores também é<br />
muito boa. Até sábado, se tiver competição, eu venho. Aqui é um presente”, observa Osmaldo.
Palavra de quem entende<br />
Especialist<strong>as</strong> avaliam o impacto da unidade esportiva<br />
<strong>para</strong> a comunidade da <strong>Estrutural</strong><br />
Romualdo Dant<strong>as</strong>, gerente didático-pedagógico do<br />
Centro Olímpico e Paralímpico da <strong>Estrutural</strong><br />
“O simples fato de ocupar o tempo dos meninos aqui no Centro Olímpico já é ótimo.<br />
A gente ainda tem o trabalho que visa primeiro formar o cidadão e, se pintar um<br />
atleta, ajudamos <strong>para</strong> que ele possa ter a primeira b<strong>as</strong>e. É um trabalho de formiguinha<br />
que surte efeito. A gente percebe que tem muit<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> que poderiam ter se<br />
envolvido com cois<strong>as</strong> errad<strong>as</strong>, m<strong>as</strong>, por permanecerem aqui, acabam ocupando o<br />
tempo e deixam de alimentar cois<strong>as</strong> ruins que temos aqui próximo do nosso centro. A<br />
<strong>Estrutural</strong> tem crianç<strong>as</strong> envolvid<strong>as</strong> com tráfico, que acaba levando a roubos, brig<strong>as</strong><br />
e até mortes. O Centro Olímpico combate isso, dá a oportunidade de a criança ter<br />
uma vida social normal. Muitos alunos necessitam de um abraço e de carinho, já que<br />
muitos são criados por outros parentes que não os pais. Nossos professores participam<br />
da formação da identidade desses alunos e se tornam um exemplo positivo na hora<br />
de educar. Esse laço de amizade faz toda a diferença na vida deles.”<br />
Guillermo Diaz Alonso,<br />
médico do Programa Saúde da Família<br />
“Os principais problem<strong>as</strong> de saúde da comunidade da <strong>Estrutural</strong> são sociais, principalmente<br />
na Inv<strong>as</strong>ão Santa Luzia. O Centro Olímpico, como intervenção social,<br />
contribui muito <strong>para</strong> diminuir o impacto dos problem<strong>as</strong> sociais, como alcoolismo,<br />
drog<strong>as</strong>, violência, problem<strong>as</strong> familiares. Esses problem<strong>as</strong> se expressam no ponto de<br />
vista biológico: pressão alta, diabetes, problem<strong>as</strong> de relacionamento e de conduta<br />
dos meninos, menin<strong>as</strong> grávid<strong>as</strong>. Se o Centro Olímpico não existisse, o que seria dess<strong>as</strong><br />
pesso<strong>as</strong>? É preciso uma socialização guiada, com professores. A atividade física,<br />
mais do que melhorar o corpo, melhora o ânimo, a autoestima. Contribui muito <strong>para</strong><br />
o desenvolvimento físico e psicológico da comunidade.<br />
Marcos Aurélio Sudário,<br />
Educador social do Centro de Orientação Socioeducativa (Cose)<br />
“Tanto o Cose quanto o Centro Olímpico são maneir<strong>as</strong> de tirar ess<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> da rua.<br />
Aqui na <strong>Estrutural</strong>, o consumo de droga é muito alto. Temos c<strong>as</strong>os de crianç<strong>as</strong> que<br />
saíram do nosso apoio e estão presos, outros já morreram por tráfico, roubo, <strong>as</strong>salto.<br />
A gente se preocupa muito em continuar a prestar essa <strong>as</strong>sistência. Hoje são poucos<br />
que estão indo <strong>para</strong> a marginalidade. Assim os meninos p<strong>as</strong>sam o dia inteiro em atividade.<br />
No Centro Olímpico, procuramos encaixá-los em <strong>tod<strong>as</strong></strong> <strong>as</strong> modal<strong>idades</strong>, com<br />
possibilidade de mudar a cada três meses. Se gostou, fica. Se não quiser, muda. É<br />
importante <strong>para</strong> a criança ter uma visão do esporte que gosta. Tem criança que não<br />
queria nem ver karatê e hoje não quer mais sair.”
Centro Olímpico e Paralímpico<br />
em números<br />
2011<br />
Ano de inauguração<br />
na estrutural<br />
2,9mil<br />
alunos<br />
Capacidade de<br />
atendimento<br />
73<br />
Total de medalh<strong>as</strong><br />
conquistad<strong>as</strong> em<br />
campeonatos de<br />
ginástica acrobática,<br />
judô e tênis de mesa<br />
adaptado em 2016<br />
A infraestrutura esportiva inclui:<br />
- Piscin<strong>as</strong> semiolímpic<strong>as</strong><br />
- Piscina infantil<br />
- Ginásio poliesportivo<br />
- Quadra coberta<br />
- Quadra poliesportiva<br />
- Quadra de tênis<br />
- Campos de futebol de areia e society<br />
- Pista de atletismo
Modal<strong>idades</strong> regulares<br />
Atividade física<br />
orientada<br />
Atletismo<br />
B<strong>as</strong>quete<br />
Boxe<br />
Futebol de areia,<br />
society e futsal<br />
Ginástic<strong>as</strong><br />
artística e<br />
acrobática<br />
Hidroginástica<br />
Karatê<br />
Judô<br />
Natação<br />
Tênis<br />
Vôlei<br />
Modal<strong>idades</strong> adaptad<strong>as</strong><br />
<strong>para</strong> pesso<strong>as</strong> com deficiência<br />
Atletismo<br />
Bocha<br />
Tênis de mesa<br />
Natação
Formando cidadãos<br />
Sistema de combos oferece esportes, cursos de qualificação<br />
social e lanche <strong>para</strong> crianç<strong>as</strong> e jovens no contraturno escolar<br />
Quem tem filhos e trabalha fora sabe<br />
como é difícil deixar os pequenos. Quando<br />
a situação financeira aperta, a opção<br />
<strong>para</strong> muita gente é a garotada ficar<br />
em c<strong>as</strong>a. Para muit<strong>as</strong> mães da <strong>Estrutural</strong>,<br />
essa realidade mudou. Agora el<strong>as</strong> podem<br />
contar com o Centro Olímpico e Paralímpico<br />
no contraturno escolar. Normalmente,<br />
<strong>as</strong> ativ<strong>idades</strong> são oferecid<strong>as</strong> du<strong>as</strong><br />
vezes na semana. Porém, com a novidade<br />
do sistema de combos, <strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> de<br />
crianç<strong>as</strong> e jovens podem contar com a<br />
estrutura por mais di<strong>as</strong>.<br />
O serviço pioneiro em Centros Olímpicos<br />
dispõe de ativ<strong>idades</strong> esportiv<strong>as</strong>, cursos<br />
de qualificação social e lanche. São<br />
divers<strong>as</strong> modal<strong>idades</strong> a serem experimentad<strong>as</strong><br />
pelos participantes: natação,<br />
boxe, judô, vôlei, b<strong>as</strong>quete, ginástica<br />
acrobática, karatê, futebol society, futebol<br />
de areia, futsal, tênis.<br />
“Por conta da realidade da cidade, muit<strong>as</strong><br />
crianç<strong>as</strong> vinham <strong>para</strong> <strong>as</strong> ativ<strong>idades</strong><br />
sem ter feito nenhuma alimentação em<br />
c<strong>as</strong>a e acabavam até p<strong>as</strong>sando mal<br />
na hora da prática esportiva”, destaca<br />
Amilton da Silva Prado, diretor da unidade.<br />
“Pensamos nesse projeto <strong>para</strong> que<br />
pudessem ficar mais tempo conosco e<br />
terem a oportunidade de fazerem cursos<br />
também”, explica. Segundo Saleth Araújo,<br />
coordenadora de qualificação social,<br />
os resultados são muito positivos, inclusive<br />
com reflexo no comportamento dos alunos<br />
e melhora do desempenho escolar.<br />
Outr<strong>as</strong> oportun<strong>idades</strong><br />
Além d<strong>as</strong> aul<strong>as</strong> regulares, a equipe pedagógica do Centro Olímpico e Paralímpico, liderada pela Fundação Assis Chateaubriand,<br />
busca outr<strong>as</strong> alternativ<strong>as</strong> <strong>para</strong> ampliar os horizontes dos alunos. Em 2016, três oportun<strong>idades</strong> chamaram a atenção. As<br />
oficin<strong>as</strong> de roteiro e interpretação <strong>para</strong> TV e cinema mostraram como se organizar idei<strong>as</strong> dentro de uma narrativa <strong>para</strong> <strong>as</strong> telinh<strong>as</strong><br />
e telon<strong>as</strong>, exercícios básicos de interpretação <strong>para</strong> <strong>tod<strong>as</strong></strong> <strong>as</strong> linguagens, dicção, controle de voz, confiança, noção de espaço<br />
e postura. Já a clínica social de futebol da Fundação Real Madrid ofereceu cinco di<strong>as</strong> de treinamento gratuito com técnicos d<strong>as</strong><br />
categori<strong>as</strong> de b<strong>as</strong>e de um dos maiores times do mundo, o Real Madrid. O projeto Na Praia Social levou crianç<strong>as</strong>, jovens, adultos<br />
e idosos <strong>para</strong> uma experiência indescritível, com ativ<strong>idades</strong> esportiv<strong>as</strong> e culturais na moderna estrutura de areia e palhoç<strong>as</strong> montada<br />
temporariamente às margens do Lago Paranoá.
A arte de entrevistar e fotografar<br />
Técnic<strong>as</strong> de fotografia e reportagem são ensinad<strong>as</strong> no curso<br />
Jovem Repórter. Voltado <strong>para</strong> jovens de 12 a 17 anos, é<br />
uma oportunidade de conhecer nov<strong>as</strong> profissões. Desenvolve-se<br />
o senso crítico e nov<strong>as</strong> habil<strong>idades</strong> de expressão<br />
visual e escrita. Além d<strong>as</strong> aul<strong>as</strong> teóric<strong>as</strong>, há divers<strong>as</strong> ativ<strong>idades</strong><br />
prátic<strong>as</strong> e uma visita aos Diários Associados, em que<br />
se faz um bate-papo com jornalist<strong>as</strong> do Correio Braziliense,<br />
TV Br<strong>as</strong>ília e rádio Clube FM.<br />
Em clima de picadeiro<br />
Acrobaci<strong>as</strong> e malabarismo fazem parte do<br />
curso de circo, oferecido <strong>para</strong> a faixa etária<br />
de 9 a 11 anos. N<strong>as</strong> aul<strong>as</strong>, o desafio e a<br />
diversão se unem. Trabalha-se o equilíbrio,<br />
coordenação motora, flexibilidade, disciplina,<br />
autoestima e autoconhecimento.<br />
Para aprender brincando<br />
As crianç<strong>as</strong> de 4 a 8 anos contam com<br />
o Brincando com Lego, curso que utiliza<br />
o famoso jogo de montar <strong>para</strong> estimular<br />
<strong>as</strong>pectos como o trabalho em equipe,<br />
liderança, criatividade, gerenciamento<br />
de conflitos, organização.
Um salto <strong>para</strong> o futuro<br />
Ginástica acrobática ajuda atlet<strong>as</strong> a construir sonhos, reforça valores e tem como<br />
resultado o pódio em competições nacionais e internacionais<br />
Moradora da <strong>Estrutural</strong>, a pequena Sarah d<strong>as</strong> Neves Souza Silva,<br />
10 anos (foto), encontrou na ginástica acrobática uma forma<br />
de se divertir e sonhar com o futuro. Ela demonstrou que tem<br />
potencial <strong>para</strong> brilhar e já conquistou o título de campeã nacional<br />
na modalidade. Sarah faz parte da equipe do programa<br />
Futuro Campeão no Centro Olímpico e Paralímpico da <strong>Estrutural</strong>.<br />
A iniciativa identifica talentos em seletiv<strong>as</strong> e oferece treinamentos<br />
gratuitos de rendimento, auxílio transporte e lanche <strong>para</strong> atlet<strong>as</strong><br />
que possam representar o DF em competições regionais, nacionais<br />
e internacionais.<br />
Sarah e os coleg<strong>as</strong> dão um verdadeiro show de leveza, força,<br />
equilíbrio e agilidade. A equipe já levou cinco gin<strong>as</strong>t<strong>as</strong> à Seleção<br />
Br<strong>as</strong>ileira e du<strong>as</strong> ao Campeonato Mundial de Ginástica Acrobática<br />
2016 na China. As atlet<strong>as</strong> também brilharam em cop<strong>as</strong> internacionais<br />
em Porto Rico, Holanda e Portugal. No Torneio Nacional<br />
de Ginástica Acrobática 2016, o grupo levou um ouro, um bronze<br />
e um quarto lugar. Já no Campeonato Br<strong>as</strong>ileiro 2016, gin<strong>as</strong>t<strong>as</strong><br />
conquistaram um ouro e du<strong>as</strong> prat<strong>as</strong>.<br />
Para a técnica da modalidade no Futuro Campeão, Marcelle Rodrigues,<br />
é gratificante ver a evolução dos atlet<strong>as</strong>: “É muito bom fazer<br />
parte dessa construção, sabendo que a maioria está em situação<br />
de risco, pelo local onde vive, amizades, situações que presenciam.<br />
Buscamos contribuir <strong>para</strong> que estejam num caminho positivo, levando<br />
nov<strong>as</strong> perspectiv<strong>as</strong> de vida, mostrando que há possibil<strong>idades</strong> de<br />
se trabalhar com ginástica. A gente ouve muito d<strong>as</strong> atlet<strong>as</strong> que el<strong>as</strong><br />
pretendem retribuir o que aprenderam, p<strong>as</strong>sar <strong>para</strong> outr<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>.<br />
Algum<strong>as</strong> nunca haviam saído de Br<strong>as</strong>ília e agora podem sonhar.<br />
Mais do que competições, o programa ensina valores que transformam<br />
a família.”<br />
Conheça a modalidade<br />
Caracterizada por acrobaci<strong>as</strong> aére<strong>as</strong>, com pirâmides, mortais e saltos<br />
que remetem ao ambiente do circo, a ginástica acrobática é<br />
apresentada em coreografi<strong>as</strong>, com música e dança. Os benefícios<br />
são inúmeros: ganho de força, flexibilidade, cooperação, respeito,<br />
confiança, responsabilidade, foco, concentração. Ainda não se trata<br />
de uma modalidade olímpica, m<strong>as</strong> está prestes a se tornar. O esporte<br />
vai fazer parte dos Jogos Olímpicos da Juventude 2017, na Argentina.<br />
Matrícul<strong>as</strong> abert<strong>as</strong><br />
São divers<strong>as</strong> opções de modal<strong>idades</strong><br />
esportiv<strong>as</strong> gratuit<strong>as</strong> <strong>para</strong> crianç<strong>as</strong> a partir de 4<br />
anos, jovens, adultos e idosos. Há atendimento<br />
específico <strong>para</strong> pesso<strong>as</strong> com deficiência.<br />
Documentos necessários:<br />
- Foto 3X4 atual, cópia do RG, CPF ou certidão de n<strong>as</strong>cimento<br />
- Comprovante de residência<br />
- Declaração escolar (<strong>para</strong> menores)<br />
Endereço: Quadra Central 3, Área Especial 4, Vila <strong>Estrutural</strong><br />
Horário de funcionamento da secretaria: terça a sexta, 8h às 12h e 14h às 18h