RCIA - JUNHO 18 - FINALIZADO
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ÍNDICE<br />
EDIÇÃO N°155 - <strong>JUNHO</strong>/20<strong>18</strong><br />
CAPA<br />
Unimed, cuidando de você.<br />
PROJEÇÕES<br />
Presenteie seu grande amor.<br />
TEMPO DE FESTA<br />
Viva os Santos!<br />
MATÃO<br />
Nossos parabéns!<br />
10 8 14<br />
16<br />
<strong>18</strong><br />
Programa de autismo da Unimed<br />
Araraquara é pioneiro dentro do<br />
Sistema Unimed.<br />
Dia dos Namorados promete<br />
movimentar as vendas em<br />
Araraquara em até 5%.<br />
Confira dicas para fazer seu<br />
próprio arraial, ao lado de<br />
amigos e familiares.<br />
Matão ganha um novo<br />
prédio para abrigar o Sicoob;<br />
inauguração teve casa cheia.<br />
CIESP<br />
08| Informativo mensal ressalta o<br />
trabalho da JBT Serviços e<br />
Julianeti Colchões.<br />
Sincomercio<br />
12| Jogos da Seleção Brasileira na<br />
Copa do Mundo alteram o horário<br />
de trabalho no comércio local.<br />
Sindicato Rural<br />
43| Edição deste mês ressalta o Dia<br />
do Citricultor, comemorado no dia<br />
8 de junho.<br />
Canasol<br />
58| Canasol e Sindicato Rural<br />
lançam campanha de prevenção<br />
de incêndios em canaviais.<br />
Prefeitura estipula valores para o UBER<br />
O coordenador de Administração<br />
Tributária, Milton Lopes, anunciou que o<br />
motorista de UBER em Araraquara terá<br />
que pagar pelo alvará uma taxa no valor<br />
de duas Unidades Fiscais Municipais<br />
(UFMs), hoje R$ 106,60, em uma única<br />
vez. Já o ISS, estipulado em 5 UFMs, que<br />
corresponde a R$ 266,50, deverá ser<br />
recolhido anualmente, com possibilidade<br />
de parcelamento em seis vezes, a partir<br />
de 2019. A empresa Uber também<br />
deverá recolher aos cofres municipais<br />
o ISS, com alíquota de 5% sobre o<br />
faturamento obtido na cidade.<br />
A empresa Uber vai pagar aos cofres<br />
municipais pelo menos 5% de ISS<br />
Que venha a verba<br />
Governador Márcio França reuniu<br />
prefeitos e vices da Associação dos<br />
Municípios do Centro do Estado de<br />
São Paulo para anunciar a liberação<br />
de R$ 2 milhões, destinados à<br />
contratação de diversos exames<br />
médicos para a população dos<br />
municípios que compõem a entidade.<br />
Cada município terá direito a quase<br />
R$ 50 mil desse montante. Araraquara<br />
esteve representada pelo vice<br />
Damiano Neto. A Amcesp é formada<br />
por 39 municípios. Marcos Bilancieri,<br />
prefeito de Boraceia, é o presidente.<br />
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DA REDAÇÃO<br />
por: Sônia Maria Marques<br />
LPs e CDs<br />
Como nos velhos tempos.<br />
32<br />
Vendas superam mercado virtual.<br />
Para o empresário Celso Paiva<br />
(foto), tendência só tem a crescer.<br />
Glórias do passado<br />
64 | Conheça o time master da<br />
Ferroviária que reúne grandes<br />
craques da década de 80.<br />
MÚSICA<br />
Os Intocáveis<br />
68<br />
Sabaúna e Celso dos Santos<br />
nos contam a história do grupo,<br />
destaque na década de 60.<br />
Vida social<br />
72| Em sua coluna, Maribel<br />
Santos manda uma mensagem<br />
para os namorados.<br />
Vereadores analisam projetos<br />
Shakespeare: ‘algo vai mal no<br />
Reino da Dinamarca’<br />
O que não ficou bem explicado até agora para a nossa<br />
população, é quem tem responsabilidade pelas dívidas<br />
que afetam o município nos últimos anos. São mais de<br />
400 milhões de reais que tornaram a administração<br />
pública quase inviável em Araraquara. Marcelo Barbieri<br />
acusa Edinho Silva de má gestor e vice-versa; a<br />
discussão política que caminhava para uma apuração<br />
bem mais responsável que simples palavras, hoje já<br />
levadas ao vento, vai dar em nada. Coisa de uma<br />
política bastarda que começa lá em cima e termina aqui<br />
em baixo, com a população - esclarecida ou não - tendo<br />
sua inteligência subestimada pela omissão, negligência<br />
e imprudência dos nossos governantes. Ora, se João<br />
não teme, que venha a apuração. Se José não fez nada<br />
errado, que se apure então. Mas, quando há dúvidas,<br />
o melhor mesmo é silenciar, afinal de contas, o povo<br />
tem memória curta e logo tudo isso será esquecido,<br />
mesmo que existam fiscalizadores que compactuam,<br />
fecham os olhos, silenciam, deixando transparecer que<br />
há algo errado. Se voltarmos no tempo vamos encontrar<br />
a expressão «algo vai mal no reino da Dinamarca»<br />
ou «algo está podre no reino da Dinamarca», citação<br />
famosa na peça Hamlet (escrita entre 1599 e 1601), de<br />
William Shakespeare. No original “Something is rottem<br />
in the state of Denmark” (algo vai mal no reino da<br />
Dinamarca), faz-se alusão ao momento pelo qual ela<br />
passa: tomada pela corrupção moral e política.<br />
Projetos que podem<br />
conceder repouso<br />
remunerado às servidoras<br />
públicas que sofrerem<br />
aborto; procedimento<br />
de transição de governo<br />
após as eleições<br />
municipais; créditos<br />
de recursos financeiros<br />
para a pavimentação<br />
asfáltica e sinalização em<br />
algumas vias do bairro<br />
Chácara Flora; prestação<br />
de serviços de cirurgias<br />
de catarata, exames de<br />
eletroneuromiografia<br />
e ressonância nuclear<br />
magnética com sedação;<br />
aquisição de um veículo<br />
ambulância Tipo A para<br />
simples remoção, são<br />
apenas alguns dos projetos<br />
que foram analisados e<br />
discutidos pelos vereadores<br />
em Araraquara, em<br />
maio. Estas avaliações<br />
Jéferson Yashuda preside as<br />
reuniões na Câmara<br />
consideram os efeitos que<br />
a aplicação de cada uma<br />
das medidas propostas<br />
podem resultar. Nas<br />
reuniões seguintes são<br />
analisadas as condições<br />
técnicas e jurídicas dos<br />
projetos. Outro projeto<br />
em análise nas reuniões,<br />
autoriza o investimento<br />
de cerca de 2 milhões de<br />
reais na segurança de<br />
trânsito no município.<br />
Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />
Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />
Editor: Matheus Vieira<br />
Design: Bete Campos e Érica Menezes<br />
PARA ANUNCIAR: (16) 3336 4433<br />
Tiragem: 5 mil exemplares<br />
Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />
A Revista Comércio, Indústria e Agronegócio<br />
é distribuida gratuitamente em Araraquara e região<br />
Portal <strong>RCIA</strong>RARAQUARA.COM<br />
Editora: Rita Motta<br />
* COORDENAÇÃO, EDITORAÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE<br />
Atendimento: (16) 3336 4433<br />
Rua Tupi, 245 - Centro<br />
Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />
marzo@marzo.com.br<br />
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JBT Serviços e Julianeti Colchões<br />
se associam ao Ciesp Araraquara<br />
Ao lado da entidade, empresas sedidas em Américo Brasiliense e na<br />
Morada do Sol buscam se consolidar no mercado e expandir os negócios<br />
Empresas associadas ao Centro das Indústrias<br />
do Estado de São Paulo (Ciesp) têm à disposição<br />
um conjunto de serviços e assessorias nas áreas jurídico-consultiva,<br />
técnica, econômica, comércio exterior,<br />
infraestrutura, tecnológico-industrial, responsabilidade<br />
social, meio ambiente e crédito, além do<br />
apoio em pesquisas, cursos, convênios e eventos.<br />
Com todas essas opções, cada vez mais empre-<br />
sários se associam à entidade em busca de apoio<br />
para se fortalecer no mercado. Recentemente, na<br />
Regional Araraquara, dois novos empreendimentos<br />
ingressaram como parceiros do Ciesp: a JBT Serviços,<br />
sediada em Américo Brasiliense, e a Julianeti<br />
Colchões, que possui fábrica em Araraquara.<br />
Ambas as empresas celebraram a fi liação e estão<br />
otimistas. Conheça os novos associados abaixo.<br />
Fundada com o objetivo de oferecer soluções e<br />
resolver urgências em manutenção, construção e<br />
reformas de obras prediais de empresas e indústrias,<br />
a JBT Serviços tem como prioridade a qualidade<br />
e a velocidade das atividades prestadas por<br />
seus colaboradores.<br />
A empresa trabalha com opções técnicas e economicamente<br />
viáveis, disponibilizando esforços e<br />
recursos modernos, assim como ferramentas operacionais<br />
que fomentam a dinâmica dos serviços.<br />
Ou seja, está equipada com o que há de mais atual<br />
no mercado e, ao lado do Ciesp, pretende conquistar<br />
novos clientes.<br />
“Por sermos uma empresa prestadora de serviços<br />
para a indústria no setor de obras e manutenções,<br />
buscamos constantemente a aproximação<br />
com os clientes. E agora, como associados ao Ciesp,<br />
queremos auxiliar outras empresas do segmento e<br />
gerar novos negócios”, explica José Ronaldo da Silva,<br />
diretor do departamento de engenharia.<br />
A Julianeti Colchões é uma empresa especializada<br />
na produção artesanal de colchões sob medida,<br />
Sediado em Araraquara, o parque fabril do empreendimento<br />
possui mais de 2000 m², com área total<br />
de 4000 m². Além disso, cinco lojas físicas – quatro<br />
delas na Morada do Sol e uma em São Carlos – comercializam<br />
os produtos da marca.<br />
Atualmente, a Julianeti produz 10 modelos de<br />
colchões, sendo que todos atendem diversas necessidades.<br />
A empresa trabalha também com o<br />
prático sistema no fl ip, que dispensa a necessidade<br />
de virar o colchão a cada certo tempo.<br />
Ao lado do Ciesp – Regional Araraquara, a fábrica<br />
visualiza novos acordos e a ampliação de sua<br />
capacidade produtiva e comercial. “A entidade oferece<br />
uma base jurídica que é fundamental para as<br />
empresas. Fora isso, todas as outras assessorias<br />
certamente nos ajudarão a crescer e buscar novos<br />
mercados ainda em 20<strong>18</strong>”, prevê William Julianeti,<br />
diretor da marca.<br />
16 3322 1339<br />
16 3322 7823<br />
ciesp.com.br/araraquara<br />
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facebook.com/ciespararaquara<br />
instagram.com/ciespararaquara<br />
linkedin.com/company/ciesp-araraquara<br />
ARARAQUARA
EDITORIAL<br />
por: Ivan Roberto Peroni<br />
Savegnago impulsiona economia de Araraquara<br />
com abertura de nova loja na Avenida 36<br />
Araraquara terá ainda neste ano a terceira loja da rede de supermercados Savegnago. Ela vem sendo<br />
construída na Avenida 36, proximidades do Atacadão Tonin. Com base sediada em Sertãozinho, o<br />
Savegnago construiu em Araraquara a sua primeira unidade na área que abrigava a Comapa, na Via<br />
Expressa; depois assumiu o Patrezão na Maurício Galli e com a loja da Avenida 36, onde investirá<br />
30 milhões de reais, fecha praticamente os pontos estratégicos da cidade para atendimento ao<br />
consumidor e torna-se a maior rede de supermercados no interior de São Paulo.<br />
A instalação de mais uma unidade<br />
Savegnago em Araraquara, desta<br />
feita para atendimento ao público<br />
consumidor de uma importante<br />
região em que abrange São Geraldo,<br />
Santana, Santa Angelina e<br />
adjacências, demonstra a pujança<br />
comercial da cidade que sempre se<br />
deu ao luxo de possuir belos supermercados.<br />
Comprar alimentos e remédios são<br />
atividades básicas na vida das pessoas,<br />
indepedente da situação econômica.<br />
Talvez seja essa a verdadeira<br />
razão da proliferação de tantas<br />
farmácias nos últimos 13 anos em<br />
Araraquara. A formação de redes<br />
locais e a chegada de tantas outras,<br />
demonstram que de fato se tem um<br />
consumo elevado de medicamentos<br />
e aquela conversa de que para se<br />
curar uma gripe, nada melhor do<br />
que conhaque com limão e mel, é<br />
pura balela.<br />
Da mesma maneira, a abertura de<br />
supermercados em Araraquara -<br />
alguns de grande porte - mostra a evolução do setor como sendo um<br />
dos mais estáveis do país, mesmo diante de crises, com grande volume e<br />
evolução de faturamento, além da geração de renda e emprego.<br />
Dentro da economia local, o setor supermercadista tem enfrentado com<br />
êxito as mudanças econômicas das últimas décadas. Desde os anos 70,<br />
em um cenário de expansão da globalização, diversos fatores auxiliaram<br />
o setor a se firmar entre uma das mais estáveis. Estou lembrado que este<br />
período foi marcado pela entrada de grandes redes, acirrando a concorrência<br />
e exigindo daqueles comerciantes que tínhamos na cidade, mudanças<br />
ou encerramento das atividades. Do antigo Gonçalves Sé, passando pelos<br />
Supermercados Primiano (pioneiro), chegando ao Jumbo Eletro e hoje<br />
Extra, a travessia foi extensa em função das alterações comportamentais.<br />
O que temos percebido dentro do setor em Araraquara, é que as mudanças<br />
ocorridas estão diretamente relacionadas com o desenvolvimento econômico<br />
da cidade. De 2000 para cá, a maioria dos fabricantes não vende seus produtos<br />
diretamente para os consumidores finais e se utilizam de intermediários<br />
que constituem um canal de marketing, também chamado canal comercial.<br />
O intermediário (supermercado) coloca o produto em evidência e disso o<br />
fabricante se aproveita para criar um outro canal de venda que é a internet,<br />
o correio ou o varejo (por meio de agente ou atacado). O supermercado dá<br />
base, sustentação e propagação ao trabalho do fabricante.<br />
Voltando ao Savegnago: atualmente é considerado a maior rede de supermercados<br />
do interior de São Paulo. Sua primeira loja foi inaugurada<br />
em agosto de 1976 em Sertãozinho pelo patriarca da família Savegnago<br />
e hoje a rede já possui mais de 30 lojas e quatro postos de combustíveis.<br />
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EXCELÊNCIA<br />
Programa Especial de Autismo da Unimed<br />
Araraquara é pioneiro no Sistema Unimed<br />
Outras cidades do Sistema<br />
Unimed têm visitado o Centro<br />
Unimed de Qualidade de<br />
Vida – Univida para conhecer<br />
o modelo do processo<br />
adotado.<br />
Segundo a entidade internacional<br />
Centers for Disease Control and<br />
Prevention (CDC)/Autism Spectrum<br />
Disorder (ASD), o autismo é uma deficiência<br />
que pode atingir uma criança<br />
para cada 59 nascidas. Por conta<br />
desse dado, bem como do desafio<br />
que é fazer parte de um processo de<br />
identificação e atenção recentes desse<br />
diagnóstico na história da medicina,<br />
o Centro Unimed de Qualidade de<br />
Vida – Univida – Unimed Araraquara<br />
investiu em um serviço próprio, o Programa<br />
Especial Autismo (PEA), que é<br />
pioneiro dentro do Sistema Unimed.<br />
O PEA atende, atualmente, sessenta<br />
pacientes e tem servido de modelo<br />
para Unimed de outras cidades<br />
como São Carlos, São João da Boa<br />
Vista e Curitiba, que enviaram equipes<br />
de profissionais para conhecer o<br />
atendimento prestado pelo Univida.<br />
Segundo Daniela Alcalde, coordenadora<br />
administrativa do Univida,<br />
o investimento no PEA foi importante,<br />
com adequação do dimensionamento<br />
dos recursos humanos e das<br />
especificidades profissionais necessárias.<br />
“Foi preciso encontrar profissionais<br />
com interesse específico pelo<br />
autismo que sejam capacitados e<br />
especialistas. Também houve a contratação<br />
de empresa que treinou a<br />
equipe multidisciplinar com aporte<br />
teórico-prático e auxiliou na elaboração<br />
do protocolo de avaliação e<br />
intervenção, do modelo Univida”.<br />
A coordenadora também afirma<br />
que o PEA está baseado em estratégias<br />
sistematizadas, com evidências<br />
Equipe da Unimed São João da Boa Vista conhecendo o Univida, em Araraquara<br />
científicas, nos princípios da Análise<br />
do Comportamento Aplicada (ABA –<br />
Apllied Behvior Analysis).<br />
Os atendimentos contam com<br />
uma equipe multidisciplinar formada<br />
por: analistas do comportamento, psicólogos,<br />
pedagogos, fonoaudiólogos,<br />
terapeutas ocupacionais, nutricionistas,<br />
fisioterapeutas e educadores físicos.<br />
No entanto, o trabalho dessa<br />
equipe só começa com o diagnóstico<br />
e encaminhamento médicos.<br />
“O diagnóstico do Transtorno do<br />
Espectro do Autismo (TEA) requer um<br />
olhar especializado dos profissionais<br />
em identificar os sinais de alerta:<br />
falta de contato visual, movimentos<br />
repetitivos, ecolalias, preferência ao<br />
isolamento, dificuldade na interação<br />
social, dificuldade na comunicação,<br />
interesses fixos ou restritos”. Mas,<br />
o programa não atende somente as<br />
pessoas com autismo. Ele também<br />
abre espaço para os pais e cuidado-<br />
res no Grupo Terapêutico de Apoio.<br />
“Esse grupo oferece um momento<br />
de atenção para com essas pessoas,<br />
de forma a fazer com que exponham<br />
suas dificuldades pessoais, seus medos,<br />
suas angústias no contato direto<br />
com a pessoa com autismo”, explica<br />
Daniela Alcalde.<br />
Além das visitas presenciais, o<br />
Programa Especial Autismo tem despertado<br />
pelo pioneirismo, o interesse<br />
de outras cidades do Sistema Unimed<br />
para troca de informações.<br />
“O Univida já recebeu contatos<br />
por e-mail e telefone de Novo Hamburgo<br />
– Rio Grande do Sul, Goiânia<br />
– Goiás, Cascavel - Paraná e Três<br />
Lagoas – Mato Grosso do Sul. Todos<br />
querem saber mais do Programa Especial<br />
Autismo que busca promover<br />
saúde, desenvolver habilidades e<br />
melhorar qualidade de vida para as<br />
pessoas com autismo e para quem<br />
cuida delas”, finaliza.<br />
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ADITAMENTO À CONVENÇÃO COLETIVA - HORÁRIO DE TRABALHO<br />
JOGOS DA SELEÇÃO BRASILEIRA NA COPA DO MUNDO – 20<strong>18</strong><br />
O SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE ARARAQUARA - SINCOMERCIÁRIOS, inscrito no CNPJ sob o nº 43.976.430/0001-56 com sede à<br />
Rua Rui Barbosa, nº 920, Vila Xavier, Araraquara/SP, neste ato representado por seu Presidente, José de Mattos Filho e o SINDICATO DO COMÉRCIO<br />
VAREJISTA DE ARARAQUARA – SINCOMERCIO, inscrito no CNPJ sob o nº 43.975.432/0001-20, com sede à Rua Voluntários da Pátria, nº 1435,<br />
Centro, Araraquara/SP, neste ato representado por seu Presidente Antonio Deliza Neto, em conformidade com a Convenção Coletiva – Horário de<br />
Trabalho, de 30 de junho de 2017, firmam Aditamento à Convenção Coletiva – Horário de Trabalho, exclusivamente com a finalidade de estabelecer<br />
normas sobre as condições de trabalho dos comerciários durante a realização dos jogos da Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo de<br />
20<strong>18</strong>, para os municípios de Araraquara, Américo Brasiliense, Boa Esperança do Sul, Borborema, Gavião Peixoto, Ibitinga, Itápolis, Motuca, Nova<br />
Europa, Rincão, Santa Lúcia, Tabatinga, Trabiju e seus respectivos distritos, nos seguintes termos:<br />
1. Nos dias de jogos da Seleção Brasileira de Futebol, disputados na primeira fase da Copa do Mundo em 20<strong>18</strong>, fica fixado o trabalho dos comerciários<br />
nas empresas do comércio varejista (em geral), nos seguintes horários:<br />
I – no dia 22 de junho de 20<strong>18</strong> (sexta-feira), das 12h às <strong>18</strong>h, com intervalo de 15 minutos, que deverá ser concedido neste período e considerado<br />
como de efetivo trabalho realizado;<br />
II – no dia 27 de junho de 20<strong>18</strong> (quarta-feira), das 08h às 14h, com intervalo de 15 minutos, que deverá ser concedido neste período e considerado<br />
como de efetivo trabalho realizado.<br />
2. As horas de trabalho não exercidas nestas datas deverão ser compensadas com as horas excedentes da jornada de trabalho dos dias 11 de junho<br />
de 20<strong>18</strong> (segunda-feira), véspera do “Dia os Namorados”; 10 de agosto de 20<strong>18</strong> (sexta-feira), antevéspera do “Dia dos Pais”; e 11 de outubro de<br />
20<strong>18</strong> (quinta-feira), véspera do “Dia das Crianças”.<br />
3. Em caso de classificação da Seleção Brasileira de Futebol a partir das oitavas de final (jogos eliminatórios):<br />
I – para os jogos com previsão de início às 11h, nos dias úteis, fica fixado o trabalho dos comerciários nas empresas do comércio varejista (em<br />
geral), das 14h às 20h, com intervalo de 15 minutos, que deverá ser concedido neste período e considerado como de efetivo trabalho realizado;<br />
II – para os jogos com previsão de início às 15h, nos dias úteis, fica fixado o trabalho dos comerciários nas empresas do comércio varejista (em<br />
geral), das 08h às 14h, com intervalo de 15 minutos, que deverá ser concedido neste período e considerado como de efetivo trabalho realizado.<br />
4. As horas de trabalho não exercidas nos dias dos jogos eliminatórios poderão ser compensadas a livre critério de cada estabelecimento, em banco<br />
de horas próprio ou, excepcionalmente, exclusivo para o evento da Copa do Mundo.<br />
5. As empresas que não se utilizam da dilação do horário na véspera ou antevéspera do “Dia dos Namorados”, do “Dia dos Pais” e dos “Dia das<br />
Crianças”, poderão compensar o horário não trabalhado nos jogos da Seleção Brasileira, em banco de horas próprio ou, excepcionalmente, exclusivo<br />
para o evento da Copa do Mundo.<br />
6. Os Hipermercados, Supermercados e congêneres, poderão manter empregados em atividade em horários diferenciados aos estabelecidos neste<br />
aditamento, respeitados os limites legais e convencionais de horário de trabalho, sendo que as horas de trabalho eventualmente não exercidas<br />
nos dias dos jogos classificatórios e eliminatórios poderão ser compensadas a livre critério de cada estabelecimento, em banco de horas próprio<br />
ou, excepcionalmente, exclusivo para o evento da Copa do Mundo.<br />
7. Para o comércio varejista estabelecido nos Shopping Centers, fica proibido o trabalho dos comerciários nos dias de jogos classificatórios e<br />
eliminatórios da Seleção Brasileira, a partir de 30 minutos antes do início de cada partida até 30 minutos após o seu término, respeitados os limites<br />
legais e convencionais de horário de trabalho, sendo que as horas de trabalho não exercidas nos dias dos jogos classificatórios e eliminatórios<br />
poderão ser compensadas a livre critério de cada estabelecimento, em banco de horas próprio ou, excepcionalmente, exclusivo para o evento da<br />
Copa do Mundo.<br />
8. Ficam mantidas as demais cláusulas da Convenção Coletiva – Horário de Trabalho, firmada entre os sindicatos convenentes em 30 de junho de<br />
2017 e seus respectivos Aditamentos, inclusive no tocante às penalidades pelo seu descumprimento, não conflitantes com o presente aditamento.<br />
Araraquara (SP), 22de maio de 20<strong>18</strong>.<br />
Antonio Deliza Neto<br />
Presidente SINCOMERCIO<br />
José de Mattos Filho<br />
Presidente SINCOMERCIÁRIOS<br />
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12 DE <strong>JUNHO</strong><br />
Dia dos Namorados pode aumentar<br />
as vendas do comércio local em 5%<br />
Segundo Délis Magalhães,<br />
economista do Sincomercio,<br />
proximidade da Copa<br />
do Mundo e o Inverno<br />
prometem esquentar a data.<br />
O comércio de Araraquara está<br />
preparado para o Dia dos Namorados<br />
(12/06), última data comemorativa<br />
do primeiro semestre do ano. Segundo<br />
levantamento do Núcleo de Economia<br />
do Sindicato do Comércio Varejista<br />
de Araraquara (Sincomercio),<br />
espera-se um aumento nas vendas<br />
de até 5% em relação a 2017.<br />
Alguns fatores serão primordiais<br />
para alavancar as vendas, como a<br />
proximidade com a Copa do Mundo<br />
e a chegada do inverno. Ainda em<br />
2017, o comércio já apresentou uma<br />
retomada nessa data em relação a<br />
2016. Nesse ano, a tendência deverá<br />
ser mantida.<br />
Além do comércio, o setor de serviços<br />
costuma ter uma alta demanda<br />
no período, principalmente o segmento<br />
de alimentação. A proximidade com<br />
a Copa do Mundo também promete<br />
um grande aumento na movimentação<br />
de bares e restaurantes e um<br />
aumento nos presentes relacionados<br />
a futebol.<br />
“A chegada do inverno também representa<br />
uma boa notícia paras lojas<br />
de vestuário e calçados, que com certeza<br />
terão um aumento nas vendas<br />
em junho”, explica Délis Magalhães,<br />
economista do Sincomercio.<br />
Ainda para Délis, os segmentos<br />
Délis Magalhães<br />
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que possuem mais representatividade<br />
na data continuam sendo as<br />
joalherias, perfumarias, floriculturas,<br />
lojas de vestuário e calçados, além<br />
dos citados bares e restaurantes.<br />
No que tange às contratações de<br />
temporários, o clima continua frio. Os<br />
lojistas buscam manter o quadro de<br />
funcionários intacto e evitar as contratações<br />
como forma de evitar um<br />
possível excedente de mão de obra.<br />
“Com as boas perspectivas do momento,<br />
o comércio deverá viver uma<br />
boa recuperação nas vendas nesse<br />
mês de junho, terminando o primeiro<br />
semestre do ano com saldo positivo”,<br />
finaliza a economista.<br />
Para o presidente Antonio Deliza<br />
Neto, o cenário político que se apresenta<br />
indefinido, assim como nas<br />
outras datas comemorativas, deve<br />
influenciar o movimento nas lojas de<br />
Araraquara.<br />
Além do comércio, o setor de serviços,<br />
como restaurantes, também ganha novo<br />
fôlego, afinal, nada melhor que um<br />
jantar romântico neste dia tão especial<br />
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TRADIÇÃO<br />
Festa Junina<br />
em casa<br />
Na Pipocopos você compra<br />
tudo e prepara seu próprio<br />
arraial ao lado de amigos e<br />
familiares.<br />
Neste mês, escolas, igrejas, clubes<br />
e várias comunidades de todo o<br />
Brasil entram no clima de Festa Junina.<br />
A estética da comemoração todos<br />
conhecem, com suas tradicionais<br />
quadrilhas sempre regadas à comida<br />
boa.<br />
Mas se você é da turma que adora<br />
ficar em casa, receber os amigos<br />
e familiares e organizar seu próprio<br />
arraial, é uma ótima pedida. E na<br />
hora de comprar, a dica é consultar<br />
os preços e as opções da Pipocopos.<br />
Lá, nada passa despercebido: da<br />
decoração aos pratos típicos. Assim,<br />
você pode levar produtos com ótimo<br />
custo benefício. Por exemplo, algumas<br />
guloseimas são fundamentais<br />
em qualquer festa do gênero: pipoca,<br />
paçoca, doce de abóbora, bolo de<br />
fubá, canjica, arroz doce, pé-de-moleque,<br />
doce de abóbora, fora especiarias<br />
para fazer o tradicional quentão.<br />
Ainda na Pipocopos, você compra<br />
Pipocopos: a casa da sua Festa Junina<br />
balões e bexigas, além de papéis ou<br />
tecidos para as famosas bandeirinhas,<br />
aquelas coloridas em formato<br />
de retângulos com corte bem no<br />
meio. Caso não tenha tesoura para<br />
o artesanato, você também pode<br />
comprar no local, bem como pratos,<br />
copos e outras infinidades de opções<br />
descartáveis. A decoração também<br />
pode ser incrementada com outras<br />
diversas peças exclusivas. Basta pedir<br />
ajuda a um vendedor.<br />
CONTEXTO<br />
As Festas Juninas nasceram da<br />
tradição católica de homenagear<br />
três santos populares: Santo Antônio<br />
(13/09), São João Batista (24/06) e<br />
São Pedro (29/06), cujas festas litúrgicas<br />
celebram-se em junho. Um dos<br />
santos mais queridos no Brasil e Portugal,<br />
Fernando de Bulhões, nasceu<br />
em Lisboa.<br />
Foi quando mudou da ordem de<br />
Santo Agostinho para a ordem de São<br />
Francisco, em 1220, que Fernando<br />
passou a ser chamado de Antônio.<br />
Santo casamenteiro, também é lembrado<br />
por ajudar a encontrar objetos<br />
perdidos e por ser protetor dos soldados<br />
e comerciantes varejistas.<br />
Conhecido por ser festeiro, São<br />
João nasceu com o nome de João<br />
Batista. Ele instituiu o batismo, pela<br />
prática da purificação, por meio da<br />
imersão das pessoas dentro da água.<br />
|16
Outra lenda muito comum é a de<br />
que São João adormece no dia do<br />
seu aniversário pois, se estivesse<br />
acordado, não resistiria aos festejos<br />
e desceria à Terra, podendo se<br />
queimar na fogueira. Esse é um dos<br />
motivos dos fogos de artifício, justamente<br />
para acordá-lo.<br />
São Pedro, um homem de origem<br />
humilde, apóstolo de Cristo e<br />
fundador e primeiro Papa da Igreja<br />
Católica, é considerado protetor dos<br />
pescadores e das viúvas.<br />
Segundo a tradição católica,<br />
depois de morrer, São Pedro foi<br />
nomeado chaveiro do céu, ou seja,<br />
para alguém entrar lá, o santo tem<br />
de abrir as portas. Também lhe é<br />
atribuída a responsabilidade fazer<br />
chover. Por isso dizemos que quando<br />
está aquele aguaceiro, é porque<br />
São Pedro está lavando o céu e mudando<br />
os móveis de lugar.<br />
Em sentido horário,<br />
imagens de Santo Antônio,<br />
São João Batista e São<br />
Pedro. Estes festejos<br />
chegaram no Brasil pelas<br />
mãos de colonizadores,<br />
principalmente os Jesuítas<br />
Franciscanos. Foram esses<br />
padres que trouxeram estes<br />
santos e as homenagens a<br />
eles para cá.<br />
17|
Em primeiro plano, o presidente da Diretoria Executiva do Sicoob (agência 4434), Antonio Tomazetti Gaban e o vice-prefeito de<br />
Matão, Moacir Matturro. Também na foto, destaque para o diretor administrativo, Walter Francisco Orloski.<br />
MERCADO FINANCEIRO<br />
Em noite de festa Matão ganha<br />
novo prédio para abrigar o Sicoob<br />
Associados do Sicoob, empresários e convidados participaram na quinta-feira (23 de maio), da<br />
solenidade de inauguração da nova sede da cooperativa em Matão, agência 4434.<br />
Tudo ocorreu como a diretoria do<br />
Sicoob - Agência 4434, estabelecida<br />
na Avenida Barroso em Araraquara,<br />
havia planejado: Casa cheia.<br />
A comemoração nem poderia ser<br />
diferente, pois a cooperativa não apenas<br />
conquistou a cidade de Matão<br />
como também demonstrou seu avanço,<br />
tornando-se uma das principais<br />
instituições financeiras da região, coroando<br />
o espírito pioneiro da entidade<br />
nascida no interior da antiga Villares,<br />
posteriormente Iesa. “Na época, um<br />
sonho, hoje a mais grata realidade”,<br />
disse o presidente da Diretoria Executiva,<br />
Antonio Tomazetti Gaban.<br />
|<strong>18</strong>
Luiz Flavio Gonçalves Borges, diretor<br />
Operacional do Sicoob Central Cecresp<br />
José Antonio Fragali, do Conselho de<br />
Administração do Sicoob 4434<br />
Walter Francisco Orloski, diretor<br />
Administrativo da cooperativa<br />
Ao desejar boas-vindas aos cooperados,<br />
o presidente do Conselho<br />
de Administração do Sicoob 4434,<br />
José Antonio Fragali, disse que eles<br />
eram a razão maior da cerimônia. “Se<br />
não tivéssemos os nossos cooperados<br />
não teríamos a nossa cooperativa”,<br />
comentou. Ele enalteceu o trabalho<br />
do presidente Antonio Gaban e seus<br />
diretores, dizendo que eles devem<br />
ser considerados a peça-chave para<br />
execução dos projetos estipulados<br />
pela diretoria executiva. Mais adiante,<br />
agradeceu o empenho de Marcos<br />
Vinícius Viana Borges, diretor de Meios<br />
Eletrônicos de Pagamentos do Banco<br />
Cooperativo do Brasil S/A (Bancoob)<br />
e Luiz Flavio Gonçalves Borges, diretor<br />
Operacional do Sicoob Central<br />
Cecresp, representando o presidente<br />
Manoel Messias da Silva.<br />
Fragali em seu discurso, salientou<br />
que a cooperativa veio para fazer um<br />
contraponto aos bancos comerciais<br />
que buscam em suas atividades, acima<br />
de tudo, a rentabilidade e o lucro.<br />
“O grande empresário tem como se<br />
defender, tem mecanismos de negociação<br />
com os bancos comerciais, porém<br />
os pequenos, os micro, os médios,<br />
as pessoas físicas ficam reféns deste<br />
atendimento predatório que temos<br />
hoje no sistema financeiro comercial”.<br />
Fragali também procurou lembrar<br />
o histórico da fundação da agência<br />
do Sicoob em Matão oito anos atrás,<br />
quando o presidente do Sindicato do<br />
Comércio Varejista, Antonio Gianini,<br />
entendeu que os empresários precisavam<br />
de uma cooperativa para<br />
auxiliá-los no desenvolvimento dos<br />
seus negócios. “Visitamos algumas<br />
cooperativas e encontramos em Araraquara,<br />
o Sicoob Iesacred, originário<br />
de uma cooperativa de funcionários da<br />
antiga Villares. Criou-se então a parceria<br />
com o sindicato e assim nasceu a<br />
nossa cooperativa, em abril de 2011,<br />
sempre com o apoio do sindicato”,<br />
argumentou Fragali.<br />
O COMEÇO DE TUDO<br />
O diretor Administrativo Walter<br />
Francisco Orloski durante o evento,<br />
relembrou a fundação da cooperativa<br />
em 1983 com a participação dos<br />
funcionários da Equipamentos Villares<br />
e passados 35 anos, o momento é<br />
de satisfação, disse ele. “O cooperativismo<br />
cresceu em todo o País e<br />
criamos a nossa cooperativa em uma<br />
época em que a inflação atingia 40%<br />
no mercado. Outra decisão ousada foi<br />
tomada em outubro de 2007 quando<br />
houve a incorporação da Concred que<br />
pertencia à CDL (Câmara de Dirigentes<br />
Lojistas) presidida por Mário Hokama,<br />
que empunhou essa bandeira no<br />
período de 2001 a 2007”, comentou<br />
Orloski.<br />
Com a união dos conselhos e das<br />
diretorias, a cooperativa deixou de<br />
ser uma cooperativa de capital e de<br />
empréstimos para ser uma cooperativa<br />
financeira, disponibilizando todos<br />
os produtos bancários e financeiros,<br />
explicou o diretor administrativo.<br />
Moacir<br />
Matturro,<br />
vice-prefeito<br />
de Matão<br />
Marcos<br />
Vinicius<br />
Viana<br />
Borges,<br />
diretor do<br />
Bancoob<br />
Antonio Gaban, presidente da Diretoria<br />
Executiva do Sicoob Agência 4434<br />
19|
ELOGIOS<br />
O diretor Operacional do Sicoob<br />
Central Cecresp, Luiz Flavio Gonçalves<br />
Borges, representando o presidente<br />
Manoel Messias da Silva, assegurou<br />
que a entrega da nova sede tem um<br />
significado especial para a instituição:<br />
“Costumo dizer que o nosso propósito<br />
é auxiliar as cooperativas e o seu desenvolvimento<br />
para que os associados<br />
estejam satisfeitos com o que recebem<br />
das cooperativas”. Segundo ele,<br />
o melhoramento dignifica a população<br />
de Matão que acredita no Sicoob, fortalecendo<br />
o atendimento e fazendo a<br />
diferença na vida das pessoas.<br />
Em seguida, Marcos Vinícius Viana<br />
Borges, diretor de Meios Eletrônicos<br />
de Pagamentos do Banco Cooperativo<br />
do Brasil S/A (Bancoob), fez referência<br />
ao papel das cooperativas financeiras<br />
em Matão, pois das cinco existentes,<br />
quatro têm a marca Sicoob.<br />
Agência ficou lotada para acompanhar a inauguração<br />
Além disso, Borges considera o<br />
cooperativismo muito forte na cidade<br />
pois das dez instituições financeiras<br />
existentes, pelo menos cinco são<br />
cooperativas de crédito e de forma<br />
clara, realçou aos presentes a diferença<br />
entre ser acionista de uma<br />
empresa qualquer e ser associado<br />
de uma cooperativa. Para ele, uma<br />
empresa de capital aberto ou fechado<br />
é uma sociedade formada de capital.<br />
Já uma cooperativa é essencialmente<br />
uma instituição cujo capital é formado<br />
por pessoas. “Haja visto que não<br />
faz a menor diferença um cooperado<br />
com 1 real de capital ou ter 1 milhão<br />
de reais de capital. O voto dele é da<br />
pessoa e não proporcional às ações<br />
ou ao capital que ele possui naquela<br />
instituição”, completou.<br />
SICOOB 4434, DEFINITIVAMENTE NA HISTÓRIA DE MATÃO<br />
O sonho de um grupo de pessoas, transformado em realidade, leva segurança ao<br />
empreendedor e lhe dá a chance de ser o dono de uma instituição financeira.<br />
Diretores e colaboradores da Agência Sicoob 4434, responsáveis pelo sucesso da instituição financeira nascida em Araraquara<br />
|20
HÁ DIFERENÇAS<br />
Nova agência na Rua Rui Barbosa, 1075, em Matão<br />
Ao usar a palavra, o vice-prefeito<br />
Moacir Matturro resumiu o que é ser<br />
parte do cooperativismo: “Sou professor,<br />
sei onde aprendo e onde devo<br />
ensinar; hoje tive uma aula de economia<br />
e de como se deve poupar, não<br />
ser cliente de um grande banco, de<br />
um nome famoso, mas sim ser dono,<br />
nada mais importante que isso”. Ele<br />
também ressaltou que estava feliz em<br />
ver uma instituição financeira privilegiar<br />
pessoas da cidade para lidar<br />
conosco. “Sei a diferença em tomar<br />
um empréstimo entre um banco comercial<br />
e numa agência do Sicoob”,<br />
completou.<br />
AGRADECIMENTOS<br />
O presidente Antonio Tomazetti Gaban,<br />
ao encerrar os pronunciamentos,<br />
agradeceu a presença de todos e argumentou<br />
que o objetivo de se criar<br />
uma nova casa para o Sicoob foi de<br />
ampliar o atendimento e o acesso para<br />
mais de 900 cooperados na cidade.<br />
“Com essa nova etapa, buscamos<br />
acompanhar o crescimento de Matão,<br />
oferecendo uma cooperativa de<br />
crédito à altura da cidade”, finalizou.<br />
O descerramento da placa marcou<br />
definitivamente a inauguração da<br />
nova sede da cooperativa, expressando<br />
assim o sentimento de evolução<br />
que a agência 4434 vem obtendo nos<br />
últimos tempos. No ano passado, a<br />
diretoria inaugurou uma agência em<br />
Dobrada, fato dos mais significativos<br />
pois a cidade até então não contava<br />
naquele momento com uma instituição<br />
financeira que atendesse a comunidade.<br />
O FUTURO<br />
Para Gaban, a agência que antes<br />
estava localizada na Avenida Sete de<br />
Setembro, agora passa a atender os<br />
Presidente do Conselho<br />
de Administração, José<br />
Antonio Fragali com<br />
Manoel Braga, diretor da<br />
HDS MecPar e Antonio<br />
Carlos Tadioti, diretor da<br />
Predilecta Alimentos, que<br />
também é presidente e<br />
vice respectivamente, da<br />
APAE de Matão<br />
seus cooperados na Rua Rui Barbosa,<br />
nº 1075, em frente ao restaurante Lopes,<br />
bem na região central da cidade.<br />
“As novas instalações trazem também<br />
avanços e benefícios para Matão e<br />
pode oferecer um leque maior de serviços<br />
para pessoas físicas e empresas<br />
da cidade”, disse.<br />
O Diretor Administrativo do Sicoob<br />
4434, Walter Francisco Orloski, salienta<br />
que a ampliação vem ao encontro<br />
da expansão regional e parte de uma<br />
demanda natural da cidade que passa<br />
a exigir maior e melhor estrutura.<br />
“Passamos a oferecer uma agência à<br />
altura da cidade de Matão, que conta<br />
com uma diretoria presente e dedicada<br />
ao avanço e evolução da cidade<br />
como um todo”.<br />
21|
PERSPECTIVAS<br />
Mara Luquet critica ‘fake news’ em<br />
evento sobre economia na cidade<br />
Colunista da Rádio CBN<br />
e da TV Globo, Mara<br />
Luquet defende veracidade<br />
das informações para<br />
entendimento do atual<br />
cenário político econômico<br />
brasileiro.<br />
Destaque durante o evento Agenda<br />
Araraquara, promovido pela EPTV em<br />
Araraquara e que, na edição deste<br />
ano, teve como tema “Economia –<br />
Oportunidades, Desafios e Reflexões,<br />
a jornalista Mara Luquet, da Rádio<br />
CBN e TV Globo pontuou que as saídas<br />
para o Brasil nos próximos anos se<br />
Mara, ao fundo, durante sua participação no Agenda Araraquara 20<strong>18</strong><br />
Mara<br />
Luquet<br />
relacionam diretamente com a eleição<br />
presidencial deste ano. Dentro<br />
deste cenário, Mara deixou claro que<br />
a busca por informações verdadeiras<br />
na imprensa são de suma importância<br />
para que o brasileiro possa analisar<br />
e entender o atual cenário econômico<br />
e político do País. “Em tempos de<br />
crise, combater as fake news é algo<br />
essencial. Neste cenário, boatos são<br />
facilmente espalhados”, disse. Além<br />
da jornalista, fizeram parte do debate<br />
a gerente geral de Projetos de Investimentos<br />
da agência estadual Investe<br />
São Paulo, Ana Beatriz Fernandes e o<br />
economista Elton Eustáquio Casagrande,<br />
que é professor-assistente doutor<br />
da Universidade Estadual Paulista Júlio<br />
de Mesquita Filho (Unesp) de Jaboticabal<br />
(SP). Políticos e autoridades<br />
locais também marcaram presença.<br />
|22
23|
|24
PAISAGISMO<br />
37ª Expoflora<br />
atrai público<br />
da cidade<br />
Realizada em agosto na<br />
cidade de Holambra/SP, feira<br />
é uma ótima oportunidade<br />
para produtores<br />
araraquarenses conhecerem<br />
as novidades da floricultura.<br />
Maior exposição de flores e plantas<br />
ornamentais da América Latina,<br />
realizada anualmente em Holambra/<br />
SP para dar as boas-vindas à primavera,<br />
a Explofora chega este ano a sua<br />
37ª edição - de 24 de agosto a 23<br />
de setembro - com a expectativa de<br />
receber cerca de 300 produtores, o<br />
que atrai muitos araraquarenses que,<br />
como empresários do ramo, ou meros<br />
Holambra fica a 2 horas e 20 minutos de Araraquara, em um percurso de carro<br />
visitantes, buscam as novidades em<br />
flores e plantas ornamentais, afinal,<br />
o evento é, hoje, a grande vitrine das<br />
novidades da floricultura nacional.<br />
Em sua primeira edição, em 1981,<br />
a Explofora atraiu mais de 12 mil pessoas<br />
em um único final de semana.<br />
Hoje, mais de 300 mil turistas visitam<br />
o evento a cada ano. Apesar de contar<br />
com pouco mais de 11 mil habitantes,<br />
a cidade de Holambra é o maior centro<br />
de cultivo e comercialização de flores<br />
e plantas ornamentais do país e responde<br />
por cerca de 40% das vendas<br />
do setor. Informações sobre ingressos<br />
www.explofora.com.br<br />
25|
POR UM FUTURO MELHOR<br />
Mais uma<br />
conquista da<br />
Paz e Bem<br />
Proposta feita pela ONG<br />
Paz e Bem foi aprovada<br />
pela população na última<br />
plenária realizada na região<br />
3 do Orçamento Participativo<br />
(OP) de Araraquara.<br />
Local onde será o Parque Linear aprovado no Orçamento Participativo de 2017, visando 20<strong>18</strong><br />
Em meio ao conceito de sustentabilidade<br />
na qual o mundo vive<br />
atualmente, a maior preocupação<br />
é relacionada ao meio ambiente, e<br />
nada melhor do que começar pelo<br />
local onde moramos. Foi assim que<br />
a ONG Paz e Bem iniciou as suas atividades<br />
há 3 anos, buscando conscientizar<br />
a população da região norte<br />
de Araraquara quanto à degradação<br />
da biodiversidade, da flora e da fauna<br />
local e a importância da preservação<br />
das águas do córrego Tanquinho, cuja<br />
nascente está localizada no bairro<br />
Jardim Roberto Selmi Dei.<br />
Assim, se vem lutando pelo espaço.<br />
Já foram retiradas mais de 40<br />
toneladas de lixo das margens do<br />
córrego Tanquinho e incêndios que<br />
consomem anualmente a área de<br />
preservação, contam com a ajuda<br />
dos moradores e da ONG para serem<br />
amenizados, por isso e por muitos outros<br />
motivos, a ONG levou para as plenárias<br />
do Orçamento Participativo da<br />
região Norte do Município, a proposta<br />
de se realizar no local um Parque Linear,<br />
onde a população possa usufruir<br />
do espaço como é devido. Com<br />
80 votos, prazerosamente a proposta<br />
foi aprovada e entrará no orçamento<br />
de 2019. A ONG comemora e torna-se<br />
um exemplo para a cidade.<br />
|26
27|
CRESCIMENTO<br />
Número de franquias<br />
cresceu 8,3% em 2017<br />
Segmentos de alimentação, saúde, beleza e bem-estar são os<br />
mais procurados pelos empreendedores em Araraquara<br />
|28<br />
As franquias são bastante populares<br />
entre os países e vêm crescendo<br />
nos últimos anos no Brasil. Essa sistemática<br />
tem sido um grande impulsionador<br />
para o crescimento do setor de serviços<br />
e também desempenha um papel<br />
importante no comércio, uma vez que<br />
esse modelo oferece mais segurança e<br />
credibilidade do que a abertura de um<br />
negócio começando do zero.<br />
Assim como o e-commerce, o setor<br />
de franquias, ou sistema de franchising,<br />
como também é conhecido, tem<br />
se mostrado muito mais resistente à<br />
atual crise econômica do que os estabelecimentos<br />
convencionais. O setor<br />
apresentou um crescimento estável<br />
nos últimos cinco anos e só entre 2016<br />
e 2017 registrou um aumento de 8% no<br />
faturamento nacional.<br />
Se observarmos pela ótica da geração<br />
de empregos, houve uma evolução<br />
significativa no número de contratados<br />
até 2015. Já entre os anos<br />
de 2016 e 2017, o número de vagas<br />
criadas foi mínimo, com aumentos<br />
de apenas 0,2% e 0,1% no quadro<br />
de trabalhadores, respectivamente.<br />
Apesar do resultado pouco significativo,<br />
o setor conseguiu manter um<br />
equilíbrio entre as demissões e as<br />
admissões em um período de grande<br />
aumento de desemprego, quando a<br />
grande maioria dos setores terminou<br />
com saldo negativo.<br />
Segundo levantamento do Núcleo<br />
de Economia do Sindicato do Comércio<br />
Varejista de Araraquara (Sincomercio),<br />
a abertura de uma franquia tem re-<br />
presentado uma solução interessante<br />
durante a crise, principalmente para<br />
pessoas que perderam seus empregos<br />
e não possuíam ideias para empreender<br />
com um negócio próprio, fator que<br />
ajudou na sustentação desse sistema<br />
nos últimos dois anos. Os setores que<br />
têm apresentado melhor desempenho<br />
dentro desse modelo de negócio<br />
em 2017 foram: saúde, beleza e bem-<br />
-estar (12,1%) e hotelaria e turismo<br />
(9,7%). Os que apresentaram crescimento<br />
mais modesto foram os setores<br />
de entretenimento e lazer (3,7%) e serviços<br />
automotivos (5,1%).<br />
Araraquara tem se mostrado bastante<br />
atrativa para as franquias, com<br />
um aumento de 8,3% no número de<br />
estabelecimentos franqueados entre<br />
2016 e 2017, passando de 193<br />
para 209, respectivamente. Na comparação<br />
com 2015, o aumento foi de<br />
16,8%. Os dados são da Associação<br />
Brasileira de Franchising e demonstram<br />
que grande parte das redes está<br />
concentrada nos segmentos de alimentação,<br />
saúde, beleza e bem-estar<br />
e serviços educacionais.<br />
Antônio Deliza, presidente do Sincomercio,<br />
acredita que a franquia, por ser<br />
um modelo de negócio pronto, é extraordinária<br />
para quem quer empreender<br />
com as próprias pernas e ainda gerar<br />
empregos e novos fatores de consumo<br />
para a cidade. “Apesar das facilidades,<br />
é preciso fazer uma análise criteriosa<br />
antes de investir em franquias, pois<br />
como todo negócio, existe risco e é preciso<br />
ser calculado” afirma Deliza.<br />
6%<br />
SERVIÇOS E<br />
OUTROS NEGÓCIOS<br />
7%<br />
SERVIÇOS<br />
AUTOMOTIVOS<br />
15%<br />
SAÚDE, BELEZA<br />
E BEM-ESTAR<br />
Franchising<br />
em Araraquara<br />
Participação<br />
dos Segmentos
12%<br />
SERVIÇOS<br />
EDUCACIONAIS<br />
Evolução<br />
do Setor de<br />
Franquias<br />
no Brasil -<br />
Faturamento<br />
11%<br />
MODA<br />
As franquias são bastante populares entre os países e vêm crescendo pelos empreendedores<br />
nos<br />
Evolução do Setor de Franquias no Brasil – Faturamento<br />
últimos anos no Brasil. Essa sistemática tem sido um grande impulsionador<br />
As franquias são bastante populares entre os países e vêm crescendo no<br />
para o crescimento do setor de serviços e também desempenha um papel<br />
Evolução (%) Faturamento últimos Franchising anos (Em bilhões) no Brasil. Essa sistemática tem sido um grande impulsionado<br />
importante no comércio, uma vez que esse modelo oferece mais segurança e<br />
para o crescimento do setor de serviços e também desempenha um pape<br />
credibilidade do que a abertura de um negócio começando do zero.<br />
8%<br />
8,3%<br />
importante no comércio, uma vez que esse modelo oferece mais segurança<br />
8,3%<br />
Assim como o e-commerce, 9%<br />
o setor credibilidade de franquias, 163,319 do ou que sistema a abertura de de franchising, um negócio começando do zero.<br />
139,593<br />
151,247<br />
como também é conhecido, 128,876 tem se mostrado muito mais resistente à crise<br />
1<strong>18</strong>,273<br />
Assim como o e-commerce, o setor de franquias, ou sistema de franchising<br />
econômica contemporânea do que os estabelecimentos convencionais. O setor<br />
como também é conhecido, tem se mostrado muito mais resistente à cris<br />
apresentou um crescimento estável nos últimos cinco anos e só entre 2016 e<br />
econômica contemporânea do que os estabelecimentos convencionais. O seto<br />
2017 registrou um aumento de 8% no faturamento nacional.<br />
apresentou um crescimento estável Lucimara nos últimos dos Santos cinco Perdonatti anos e só entre 2016<br />
é um exemplo positivo no setor de<br />
Evolução do 2013Setor de 2014 Franquias 2015 no 2017 Brasil 2016 registrou – Faturamento<br />
2017 um aumento de 8% no faturamento nacional.<br />
beleza. Ela investiu na franquia O<br />
Boticário e apostou no potencial da<br />
Evolução (%) Faturamento Evolução Franchising (Em do bilhões) Setor de Franquias no Brasil – Faturamento<br />
cidade e tem grande expectativa<br />
Se observarmos pela ótica da geração de Evolução empregos,<br />
em relação ao negócio. “Acredito<br />
8% (%) houve Faturamento uma evolução Franchising (Em bilhões)<br />
8,3%<br />
8,3%<br />
que Araraquara ainda tem muito<br />
9%<br />
163,319<br />
significativa no número de contratados 151,247 até 2015. Já entre os anos o de que 2016 crescer e<br />
139,593<br />
e<br />
8%<br />
ainda estamos<br />
128,876<br />
8,3%<br />
1<strong>18</strong>,273<br />
8,3%<br />
2017, o número de vagas criadas foi mínimo, com<br />
colaborando com a geração de<br />
9% aumentos de apenas 0,2% e<br />
163,319<br />
151,247<br />
139,593 empregos. Na minha opinião, o<br />
128,876<br />
0,1% no quadro de trabalhadores, respectivamente. 1<strong>18</strong>,273 Apesar do resultado mercado pouco de franquia é hoje a<br />
significativo, o setor conseguiu manter um equilíbrio entre as demissões<br />
melhor<br />
e as<br />
opção para quem quer<br />
2013 2014 2015 2016 2017 empreender”, explica.<br />
admissões em um período de grande aumento de desemprego, quando O empresário a Valquírio Cabral,<br />
2013 2014 2015 de Araraquara, 2016 trabalhou 2017 durante<br />
grande maioria dos setores terminou com saldo negativo.<br />
Se observarmos pela ótica da geração de empregos, houve uma 20 anos evolução como executivo e há cinco<br />
significativa no número de contratados até 2015. Já entre os anos é empreendedor 2016 e multifranqueado,<br />
Se observarmos pela ótica em da várias geração cidades, de empregos, com um total houve de uma evoluçã<br />
2017, o número de vagas criadas foi mínimo, com aumentos de apenas 0,2% e<br />
significativa no número de contratados 20 franquias até de 2015. grandes Já entre marcas, os anos de 2016 e<br />
0,1% no quadro de trabalhadores, respectivamente. Apesar do resultado entre elas pouco<br />
2017, o número de vagas criadas foi mínimo,<br />
Mr. Cat.<br />
com<br />
Para<br />
aumentos<br />
ele, que<br />
de apenas 0,2%<br />
significativo, o setor conseguiu manter um equilíbrio entre as demissões também e oferece as consultoria para<br />
0,1% no quadro de trabalhadores, respectivamente. Apesar do resultado pouc<br />
admissões em um período de grande aumento de desemprego, novos quando empreendedores, a<br />
o setor<br />
significativo, o setor conseguiu apresenta manter um segurança equilíbrio entre e todo as demissões e a<br />
grande maioria dos setores terminou com saldo negativo.<br />
36%<br />
admissões em um período suporte de grande estrutura aumento e de treinamento. desemprego, quando<br />
ALIMENTAÇÃO grande maioria dos setores terminou Mas é com importante saldo negativo. ficar atento a<br />
algumas dicas antes de investir.<br />
“Analisar e acreditar em marcas<br />
conceituadas e maduras com no<br />
mínimo 10 anos de mercado e<br />
que não terão mudanças em curto<br />
prazo; alimentação e vestuário são<br />
bens de consumo de primeiro uso<br />
e sempre estão em alta”, avalia.<br />
O empresário ainda afirma<br />
que Araraquara tem um público<br />
de consumo alto e um poder<br />
aquisitivo muito bom e que às<br />
4%<br />
vezes precisa fazer compras<br />
CASA E<br />
na região por não encontrar o<br />
CONSTRUÇÃO<br />
que precisa na própria cidade:<br />
“Araraquara tem possibilidade<br />
3%<br />
de receber mais franquias, mas<br />
HOTELARIA<br />
4%<br />
1%<br />
E TURISMO<br />
COMUNICAÇÃO, os futuros franqueados precisam<br />
LIMPEZA E<br />
CONSERVAÇÃO<br />
INFORMÁTICA E saber que não basta ter apenas o<br />
ELETRÔNICOS<br />
poder aquisitivo, é preciso ter alma<br />
de empreendedor e ser engajado<br />
1%<br />
ENTRETENIMENTO<br />
naquilo que propõe”.<br />
E LAZER<br />
29|
|30
TECNOLOGIA<br />
Aplicativo Recicla Tech é premiado na<br />
Feira Nacional de Empreendedorismo<br />
Projeto desenvolvido por alunos de um curso de Assistente Administrativo em Araraquara,<br />
ganhou o primeiro lugar na categoria ‘Serviços’ em evento realizado em Londrina.<br />
Luis Ricardo Ferreira Leite e Gabrielly<br />
Macs de Oliveira, e um curso<br />
de Assistente Administrativo em<br />
Araraquara, venceram a categoria<br />
‘Serviços’ na Feira Nacional de Empreendedorismo<br />
(FNE) 20<strong>18</strong> com<br />
um aplicativo que indica o local mais<br />
próximo para se descartar material<br />
reciclável na cidade.<br />
Batizado de Recicla Tech, o app<br />
já está disponível para download em<br />
Android e iPhone. A orientação do projeto<br />
é assinada pelo educador Sandro<br />
Polizel Laurentino. O projeto, que<br />
rendeu um prêmio de R$ 2 mil aos<br />
araraquarenses, também possibilita<br />
agendar uma coleta residencial, industrial<br />
ou comercial para quem tem<br />
uma grande quantidade de recicláveis<br />
ou não tem disponibilidade de ir<br />
até os pontos de coleta.<br />
“É difícil encontrar alguém que<br />
não tenha um smartphone hoje em<br />
dia! A tecnologia veio para facilitar<br />
a vida, inclusive quando o assunto<br />
é a reciclagem. Por isso criamos o<br />
aplicativo ReciclaTech, que oferece<br />
aos seus usuários um meio único,<br />
inovador e sustentável de auxiliar no<br />
cuidado com o meio ambiente, oferecendo<br />
diversos meios de se fazer o<br />
descarte de materiais recicláveis, de<br />
forma limpa e correta. Recicle sua forma<br />
de reciclar as coisas”, informam<br />
Luis, Gabrielly e Sandro para nossa<br />
reportagem.<br />
Os vencedores: Luis Ricardo, o educador<br />
Sandro e Gabrielly<br />
31|
MERCADO<br />
Vendas de CDs e LPs superam<br />
downloads pela 1ª vez desde 2011<br />
Para proprietários de Sebos em Araraquara, principais vias de compra de livros, discos, cds, o<br />
crescimento não é novidade; por aqui, fãs de rock, jazz e MPB são os principais consumidores.<br />
Álbum musical é quase sempre um projeto complexo: criação e escolha do repertório, trabalho gráfico e distribuição, diz Celso Paiva<br />
Engana-se quem pensa que a internet<br />
matou a venda de CDs e LPs.<br />
Claro que plataformas online mudaram<br />
a maneira de muita gente ouvir<br />
música, porém a parcela que não<br />
abre mão de uma mídia física ainda<br />
existe. E cada vez mais mostra sua<br />
força. Ao menos é o que indica recente<br />
relatório da Associação da Indústria<br />
de Gravação da América (Recording<br />
Industry Association of America),<br />
órgão que contabiliza as produções<br />
musicais do continente.<br />
Segundo o levantamento, os<br />
downloads digitais despencaram<br />
25% (faturaram 1,3 bilhão de dólares)<br />
em relação ao ano anterior. A receita<br />
de produtos físicos, como Lps<br />
e CDs, por outro lado, caiu apenas<br />
4% (1,5 bilhão). Logo, o documento<br />
aponta que as vendas de produtos<br />
físicos superaram então os virtuais,<br />
fato que não ocorria desde 2011.<br />
Além disso, a indústria da música<br />
cresceu pelo segundo ano consecutivo,<br />
alcançando 8,7 bilhões de dólares<br />
em receita total, melhor resultado<br />
desde 2008.<br />
Em Araraquara o assunto repercute,<br />
no mundo daqueles que amam<br />
a música e a arte, de maneira geral.<br />
Fomos às ruas para ouvir a opinião de<br />
dois proprietários de sebos da cidade,<br />
afinal, espaços do tipo são as principais<br />
vias de consumo para aqueles<br />
que cultivam o hábito de comprar<br />
CDs e LPs. Para Celso Monari Paiva,<br />
do Uraricoera, a venda de discos de<br />
vinil segue em constante crescimento,<br />
com novas fábricas surgindo no<br />
mundo todo. Uma prova disso é que<br />
cada vez mais artistas contemporâneos<br />
lançam seus trabalhos em LP e<br />
inúmeros relançamentos são anunciados<br />
todo mês.<br />
“Esse mercado ainda deve crescer<br />
nos próximos anos, uma vez que<br />
somente em 2016, começaram a reaparecer<br />
fabricantes de equipamento<br />
para produção de discos. Até então,<br />
todas as fábricas de discos de vinil<br />
em atividade no mundo atuavam com<br />
o escasso maquinário do século passado,<br />
muitas vezes recuperado da<br />
|32
condição de sucata.<br />
Este entrave para o surgimento de<br />
novas fábricas acabou, o que deve<br />
ampliar a oferta de discos para um<br />
mercado que tem absorvido bem sua<br />
produção atual”, analisa Celso.<br />
E sobre a eterna discussão sobre<br />
a qualidade de cada meio de reprodução,<br />
no caso CD e LP, o empresário<br />
pontua que existe um público<br />
para cada um deles, ou ainda quem<br />
quer desfrutar de todos eles. Para<br />
ele, mesmo o CD, que segue uma<br />
tendência de baixa, deve encontrar<br />
um ponto de estabilidade, pois muita<br />
gente continua não abrindo mão de<br />
uma boa mídia física.<br />
“Um álbum de música é quase<br />
sempre um projeto complexo, que<br />
vai da criação e escolha do repertório<br />
ao trabalho gráfico e sua distribuição.<br />
Ouvir músicas aleatoriamente no celular<br />
distancia um pouco os ouvintes<br />
desse universo de criação. Já a mídia<br />
física representa a síntese de todo<br />
esse processo, sua materialização.<br />
Acabam de sair duas pessoas aqui<br />
da loja levando discos para presentear:<br />
um Beatles (‘Sgt. pepper’s Lonely<br />
Hearts Club Band’) e um Queen (The<br />
Game). Imagine se ao invés desses<br />
presentes, o felizardo ganhasse uma<br />
assinatura do Spotify? Duvido que a<br />
sensação seria a mesma”, finaliza.<br />
Para Ricardo Sother Sciubba, da<br />
Ricks Records, o público que ainda<br />
procura CD´s e LP´s vai ao encontro<br />
de fãs de estilos como jazz,<br />
rock e MPB. Para ele, que viaja o<br />
Brasil em feiras do tipo, amantes<br />
dessa arte ganham força em eventos<br />
relacionados, que apresentam<br />
muita coisa antiga, o que desperta<br />
ainda mais a vontade de colecionar.<br />
“A BBC divulgou uma pesquisa<br />
que atesta como até mesmo o streaming<br />
de música digital, tem impulsionado<br />
a venda dos bons e velhos<br />
bolachões nos últimos anos, no que<br />
parece ser uma convivência cada vez<br />
mais azeitada entre os diferentes formatos”,<br />
diz Sciubba.<br />
EU COMPRO E VOCÊ<br />
VEM COMPRAR<br />
Para a fotógrafa e guitarrista/vocalista<br />
da banda La Burca, de Araraquara,<br />
Amanda Rocha, comprar discos<br />
de vinil é um hábito de mais de<br />
anos, que ela adquiriu junto aos pais.<br />
Quanto a CDs, hoje, ela não compra<br />
com frequência, mas aceita como<br />
presente. Para ela, a mídia física nunca<br />
morrerá, afinal, com a solidão e<br />
frieza que uma música online pode<br />
passar, é superada pela aproximação<br />
com o artista através do encarte, com<br />
letras e textos específicos. “Tem que<br />
caçar, mas dá para achar coisa boa,<br />
com certeza”, revela.<br />
Ricardo Sother<br />
Sciubba, da<br />
Ricks Records<br />
A fotógrafa<br />
e musicista<br />
Amanda Rocha<br />
33|
MÚSICA<br />
Um cantinho<br />
com Beatles<br />
O empresário araraquarense,<br />
João Luis Roveri, abre as<br />
portas de seu escritório à<br />
nossa reportagem para<br />
mostrar sua admirável coleção<br />
de itens ligada aos quatro<br />
garotos de Liverpool.<br />
Réplicas dos intrumentos de John e Paul<br />
Roveri em sua mesa: detalhe para o quadro de Lennon feito por sua mulher, Jussara Roveri<br />
Achar um lugar para estacionar o<br />
carro próximo ao escritório do empresário<br />
João Luis Roveri não foi uma tarefa<br />
fácil. Aliás, essa missão é sempre<br />
complicada quando nos referimos ao<br />
perímetro central de Araraquara.<br />
Então, caminhar alguns quarteirões<br />
sob um sol quente seria a única<br />
alternativa. E os passos precisavam<br />
ser rápidos, pois a entrevista estava<br />
marcada para às 15h. O relógio era<br />
mais veloz que a minha velocidade,<br />
mas tinha em mente que os dez<br />
minutos de atraso seriam tolerados.<br />
Deu tudo certo. E ao ser convidado<br />
por Roveri para adentrar ao lugar,<br />
mal sabia que passar por uma simples<br />
porta branca me levaria a um<br />
ambiente praticamente impensável,<br />
em um primeiro momento.<br />
É que bem em meio a um espaço<br />
que carrega um “certo peso” por conta<br />
de decisões de um diretor administrativo<br />
de empresa, no caso a Fonteri,<br />
Roveri decorou a sala de uma maneira<br />
que, segundo suas próprias palavras,<br />
transformou-se no “canto que<br />
ele encontra a paz para trabalhar ou<br />
À direita, tela de Nájela Faiad<br />
mesmo receber clientes e amigos”.<br />
E boa parte dessa magia não vem<br />
apenas do café expresso forte, ou da<br />
temperatura amena que faz discrepância<br />
com a Morada do Sol. Vem<br />
do ambiente, onde dentro daquelas<br />
paredes, está estampada, de diferentes<br />
maneiras, uma de suas maiores<br />
paixões: os Beatles.<br />
Tudo é muito organizado e de<br />
muito bom gosto. Ali, fui exposto a<br />
fantásticas telas da artista plástica<br />
são-carlense Nájela Faiad; quadros e<br />
fotos que ele ganhou de outros amigos<br />
beatlemaníacos; miniaturas e<br />
bonecos; réplicas da guitarra e baixo<br />
de John Lennon e Paul McCartney e<br />
muitos outros itens pessoais. Fora o<br />
tempero final: caixas de som ligadas<br />
em uma rádio on-line que toca Beatles<br />
o dia todo.<br />
“A decoração dessa sala foi muito<br />
|34
Detalhe para o quadro alusivo ao show de Ringo Starr; há outro semelhante para Paul<br />
natural. Em casa mesmo, não tenho<br />
praticamente nada. Resolvi concentrar<br />
tudo aqui, equilibrando entre<br />
compras e presentes. Inclusive, já<br />
disse aos meus filhos: quando eu não<br />
estiver mais aqui, presenteie as pessoas<br />
com tudo isso. Doe para quem<br />
vai ter este carinho especial, assim<br />
como eu tenho”, diz o empresário.<br />
Sem dúvidas, algumas das peças<br />
que mais me chamaram atenção (depois<br />
dos quadros de Nájela), foram os<br />
painéis dos shows que Rovelli pôde<br />
assistir aqui no Brasil, no caso Ringo<br />
Starr e Paul McCartney. Ele esteve<br />
em todas as apresentações dos ex-<br />
Beatles a partir da década de 90. Em<br />
algumas, ele reuniu todas as fotos da<br />
aventura, disponibilizadas em telas<br />
com frente e verso.<br />
“Do Paul, tive a oportunidade de<br />
participar da passagem de som. Ou<br />
soundcheck, se preferir. Foi incrível<br />
e tudo está registrado e, devidamente<br />
guardado. Tudo, do ingresso aos<br />
impressos que recebemos durante<br />
o evento. Não vislumbro poder<br />
conhecê-lo um dia, mas queria um<br />
autógrafo na minha pele, que viraria<br />
uma tatuagem. Inclusive, vou tatuar<br />
o rosto dos quatro em um braço em<br />
breve”, revela o empresário.<br />
Pai de três filhos, João Luis Roveri<br />
vê na identificação de sua neta Helena,<br />
de 2 anos e 9 meses, a longevidade<br />
da obra dos Beatles, que ele<br />
conheceu em 1977 por influência de<br />
um amigo. “Ela adora a história do<br />
‘Yellow Submarine’, por exemplo. Não<br />
sou daqueles que pesquiso os mínimos<br />
detalhes da vida de cada Beatle.<br />
Gosto do todo, do contexto. A cada dia<br />
me encanto mais”, completa.<br />
THE BEETLES ONE<br />
Quem pensa que as mais fortes<br />
emoções de João Luis Roveri em relação<br />
a Beatles ficam restritas apenas<br />
a sua linda sala ou os shows ao<br />
vivo, ou mesmo a tour que ele fez<br />
em Liverpool, na Inglaterra (terra dos<br />
meninos), se engana. Durante a entrevista,<br />
ele nos contou, com muito orgulho,<br />
sua relação de amizade com o<br />
grupo The Beetles One, de São Carlos.<br />
Ele descobriu a banda por acaso em<br />
2004, por indicação da citada artista<br />
plástica Nájela Faiad.<br />
A identificação ultrapassou os limites<br />
da sanidade, no primeiro encontro.<br />
“Parecia que eu estava ouvindo<br />
os próprios Beatles. Foi surreal”,<br />
confessa.<br />
A banda é formada por duplas de<br />
primos de São Carlos. Curiosamente,<br />
Cléber Harrison Tiossi faz John<br />
Lennon e não George. O guitarrista<br />
é irmão de Wesley Tiossi, o baterista<br />
(Ringo Starr). No baixo, Renato Tiossi<br />
é Paul McCartney e, na outra guitarra,<br />
Carlos Tiossi é George Harrison.<br />
Por um tempo, Roveri passou a<br />
atuar como empresário da banda,<br />
ajudando os garotos a conseguirem<br />
shows para viabilizarem uma viagem<br />
para a Inglaterra. Também auxilou<br />
em processos burocráticos, como<br />
vistos europeus, por exemplo. Tudo<br />
deu certo e hoje o empresário atua<br />
apenas como “conselheiro”, como ele<br />
mesmo diz.<br />
Vale dizer que o grupo já residiu<br />
na Itália, porém o sucesso veio quando<br />
se mudaram para a cidade de Birmingham,<br />
na Inglaterra, em 2006.<br />
No país, apresentaram-se centenas<br />
de vezes em aproximadamente<br />
setenta cidades do Reino Unido, incluindo<br />
performances no lendário<br />
Cavern Club, local onde os Beatles<br />
fizeram seu primeiro show.<br />
Em 2012, a The Beetles One foi<br />
considerada “Destaque do Ano” dentre<br />
outros 66 grupos de 24 países<br />
diferentes, de acordo com os organizadores<br />
da Beatle Week, o maior<br />
festival de Beatles do todo o mundo.<br />
Roveri é hoje conselheiro da banda cover The Beetles One, de São Carlos/SP<br />
35|
ENTRETENIMENTO<br />
Ozzy e um<br />
araraquarense<br />
Em sua última turnê mundial,<br />
o lendário vocalista do Black<br />
Sabbath fez fotos com muitos<br />
fãs, inclusive Luis Zeferino<br />
Fundador do site Ozzy Brasil, o jornalista<br />
e publicitário araraquarense<br />
Luis Fernando Zeferino, mais uma vez,<br />
esteve ao lado do lendário vocalista<br />
Ozzy Osbourne, podendo conversar<br />
e tirar uma foto com seu ídolo. O primeiro<br />
contato ocorreu há dez anos.<br />
Porém, este tem um gosto especial,<br />
afinal, o Madman viaja o mundo<br />
com a ‘No More Tours’, turnê solo que<br />
promete ser a sua última ao redor do<br />
mundo. Pelo Brasil, Ozzy esteve, neste<br />
ano, em São Paulo (13/05), Curitiba<br />
(16/05), Belo Horizonte (<strong>18</strong>/05) e Rio<br />
de Janeiro (20/05). O encontro de Zeferino<br />
e Ozzy ocorreu em São Paulo,<br />
‘O fator principal para a criação do portal Ozzy Brasil foi a necessidade de viabilizar o<br />
acesso à informação e artigos raros do Madman para os fãs brasileiros’, diz Zeferino<br />
durante o famoso programa de ‘Meet<br />
And Greet’, atividade que coloca fãs<br />
em contato com seus ídolos.<br />
“É sempre uma grande honra e<br />
isso nos motiva a seguir em frente,<br />
trazendo todas as informações sobre<br />
a vida e a carreira do Ozzy. Missão<br />
cumprida”, conta Zeferino, orgulhoso<br />
em sentir como os projetos vão se<br />
desenvolvendo.<br />
|36
37|
DIA DE VISITA<br />
CHICO SANTORO<br />
EM NOSSA REDAÇÃO<br />
Uma das figuras mais queridas de<br />
Araraquara, Chico Santoro é o que<br />
podemos chamar de simplicidade.<br />
Brilhante arquiteto, um brilhante músico<br />
e o agradável jeito de se comunicar na<br />
Uniara FM. Veio trocar figurinhas da<br />
Copa do Mundo com Humberto Perez.<br />
ALZEMIRO IANELLI<br />
FATOS & FOTOS<br />
DA REDAÇÃO<br />
AÇÃO ‘LIMPA’ A FACHADA DO MUSEU<br />
SUBINDO<br />
A campanha<br />
‘Aniversário<br />
Cidades Vizinhas’<br />
é sucesso no<br />
Shopping Jaraguá.<br />
Nela, moradores<br />
das cidades<br />
aniversariantes da<br />
região estacionam<br />
gratuitamente<br />
durante o dia do<br />
aniversário das<br />
mesmas. Em junho,<br />
podem aproveitar<br />
habitantes de<br />
Pradópolis e Taiúva<br />
(dia 13), Bariri (16),<br />
Ribeirão Preto (19),<br />
Analândia (21) e Rio<br />
Claro e Ibaté (24).<br />
DESCENDO<br />
No mês de maio,<br />
em uma escola do<br />
Jardim Indaiá, um<br />
professor foi ferido<br />
com uma agulha de<br />
seringa. Enquanto a<br />
Guarda Municipal<br />
atendia o caso, a<br />
diretora da mesma<br />
unidade teria sido<br />
desacatada com<br />
palavrões por outro<br />
aluno. Ambos os<br />
estudantes têm 13<br />
anos. Até quando<br />
vamos conviver com<br />
esse desrespeito com<br />
aqueles que lutam<br />
por uma educação<br />
melhor?<br />
Ufa, ainda bem. Uma ação<br />
comunitária de pintura retirou<br />
as pichações nas paredes<br />
externas do Museu Histórico<br />
e Pedagógico Voluntários da<br />
Pátria de Araraquara. Em nossa<br />
edição de maio, relatamos, nesta<br />
mesma coluna ‘Fatos e Fotos’ o<br />
vandalismo presente no local, com<br />
frases agressivas e palavrões de<br />
baixíssimo calão. A iniciativa partiu<br />
da ABATur - Associação de Bueno<br />
de Andrada para Cultura e Turismo<br />
Rural. O apoio cultural foi da<br />
Morvillo Materias de Construção<br />
e também da Prefeitura de<br />
Araraquara. Parabéns, pessoal.<br />
Mais asfalto<br />
A Prefeitura iniciou os<br />
trabalhos de pavimentação<br />
do acesso norte do VI<br />
Distrito Industrial, no<br />
complemento da Avenida<br />
Aroeiras e na alça de<br />
acesso da Rodovia Antônio<br />
Machado Sant’Anna (SP<br />
255). O investimento de<br />
R$ 333 mil na primeira<br />
etapa é oriundo de emenda<br />
parlamentar do deputado<br />
estadual Roberto Massafera,<br />
no valor de R$ 273 mil<br />
(pavimentação, guias e<br />
sarjetas) e de recursos<br />
próprios. A Prefeitura<br />
destinou R$ 60 mil para<br />
os serviços de drenagem.<br />
Ótima iniciativa.<br />
O adeus ao Dr. Hugo Fernando Salinas Fortes<br />
Alzemiro Ianelli, presidente do Grupo da<br />
Melhor Idade em Araraquara, contando<br />
em nossa redação o sucesso dos bailes<br />
organizados pela entidade recreativa,<br />
considerada uma das mais atuantes na<br />
região.<br />
Foto do Dr. Hugo estampada<br />
na galeria da Ordem dos<br />
Advogados do Brasil (OAB),<br />
onde ele exerceu a presidência<br />
Araraquara se despediu do advogado Doutor<br />
Hugo Fernando Salinas Fortes no dia 14 de<br />
maio. Fortes foi presidente da 5ª Subseção<br />
da Ordem dos Advogados do Brasil de<br />
Araraquara na gestão de 1975 a 1977.<br />
Em nota em seu site oficial, a diretoria da<br />
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB SP)<br />
lamentou a perda e mostrou-se solidária à<br />
família, os amigos e a advocacia da região,<br />
que conviveram de perto com a liderança<br />
do advogado. Aos 82 anos, Fortes deixa<br />
a esposa, Dra. Luiza Fortes e filhos. Como<br />
profissional, teve extraordinário desempenho,<br />
angariando sempre o respeito dos colegas.<br />
|38
FRASE<br />
“Episódio da Rádio<br />
Morada do Sol<br />
derrubou deputada<br />
Márcia Lia. Sua sorte Geraldo Polezze<br />
é a Copa do Mundo antes das eleições.<br />
Mas, depois, a rede social será implacável<br />
e influenciará nas urnas, além da imprensa<br />
profissional. Mulher que cobrou promessa<br />
de emprego da deputada foi triste, pela<br />
essência”.<br />
Comentário do jornalista Geraldo Polezze<br />
em sua página no facebook. O texto<br />
faz alusão ao vídeo com a discussão<br />
entre a deputada do PT e o também<br />
comunicador José Carlos Magdalena. Ao<br />
final dele, uma mulher aparece cobrando<br />
Márcia Lia, que teria prometido emprego<br />
à sua filha. O vídeo viralizou no WhatsApp.<br />
Empreender, sempre<br />
Um grupo de 22 moradores do<br />
Assentamento Bela Vista, a maioria<br />
mulheres, participa de um mutirão<br />
que tem gerado renda a suas famílias.<br />
Durante o período da colheita do<br />
milho, que acontece entre os meses<br />
de março a maio, esses produtores<br />
familiares do assentamento chegam<br />
a faturar R$ 300 por semana, com a<br />
extração da palha do milho, que<br />
atende o mercado de cigarros de<br />
palha. O Assentamento Bela Vista<br />
também é um produtor de cereais,<br />
além dos hortifrútis do qual é bem<br />
conhecido e é por meio da produção<br />
de grãos que os assentados diversificam<br />
sua produção, conquistam mais<br />
segmentos do mercado e não ficam<br />
dependendo de uma única cultura.<br />
Clima de Copa<br />
A exposição “Seleção Brasileira –<br />
Estação Ferroviária”, que propõe um<br />
aquecimento para a Copa do Mundo,<br />
é destaque no Museu do Futebol e<br />
dos Esportes de Araraquara até o dia<br />
31 de julho. A visitação gratuita é de<br />
segunda a sábado, a partir das 9h.<br />
39|
CONQUISTA<br />
Grupo Escoteiro Morada do Sol-378<br />
entrega seu o primeiro ‘Lis de Ouro’<br />
Prêmio é sinônimo de comprometimento e orgulho para todo o grupo, fundado há quatro anos.<br />
O distintivo especial “Lis de Ouro”<br />
é um dos mais importantes símbolos<br />
a serem conquistados por jovens escoteiros<br />
entre 11 e 14 anos. Tal honraria<br />
comprova comprometimento e<br />
é motivo de orgulho para o grupo e<br />
também para o condecorado.<br />
E o Grupo Escoteiro Morada do Sol<br />
-378 agregou essa felicidade recentemente,<br />
ao entregar seu primeiro “Lis<br />
de Ouro” ao escoteiro Elwis Gustavo<br />
de Souza Mello, que sempre foi dedicado<br />
e fiel à sua Promessa Escoteira<br />
e às Leis Escoteiras.<br />
No mesmo dia da entrega da<br />
condecoração ao garoto, o grupo celebrou<br />
a passagem de vários jovens<br />
para um ramo superior, cumprindo<br />
assim uma etapa na vida escoteira e<br />
ingressando em outra para dar continuidade<br />
à sua progressão.<br />
“Os ramos escoteiros têm a finalidade<br />
de reunir crianças e jovens de<br />
acordo com sua faixa etária, possibilitando<br />
assim atender de forma mais<br />
eficaz aos seus interesses. São eles:<br />
de 6,5 a 10 anos (ramo lobinho); 11<br />
a 14 anos (escoteiro); 15 a 17 anos<br />
(sênior) e <strong>18</strong> a 21 anos (pioneiro)”,<br />
No programa, o voluntário e o jovem criam uma relação de amizade e confiança<br />
Valnei Pinotti<br />
explica Valnei Pinotti, chefe dos<br />
escoteiros.<br />
A HISTÓRIA<br />
O Grupo Escoteiro Morada do Sol<br />
fundado em 15 de março de 2014,<br />
tem como objetivo, assim como todos<br />
os membros do movimento escoteiro,<br />
fazer deste mundo um mundo melhor.<br />
Fiel ao método escoteiro, os jovens<br />
desenvolvem seu caráter e suas habilidades<br />
sociais, físicas, intelectuais,<br />
espirituais, afetivas e emocionais, em<br />
um sistema de progressão que tem a<br />
intenção de estimular suas capacidades<br />
e interesses.<br />
“A evolução é acompanhada individualmente<br />
por um adulto voluntário,<br />
que identifica suas qualidades<br />
e deficiências a fim de orientá-lo da<br />
melhor forma, criando oportunidades<br />
para que ele se desenvolva e se supere<br />
cada vez mais”, finaliza Valnei<br />
Pinotti. O Grupo Escoteiro Morada<br />
do Sol, cumprindo suas finalidades e<br />
demonstrando acentuada preocupação<br />
com o amanhã dos cidadãos, tem<br />
suas atividades aos sábados, das 14h<br />
às 17h, no CER Cotinha de Barros,<br />
Rua dos Estados, 1061, Jardim Brasil.<br />
Outras informações pelo blog:<br />
http://grupoescoteiromoradadosol.<br />
blogspot.com.br/<br />
|40
INÉDITO<br />
Copa do Mundo de botão<br />
chega em Araraquara<br />
Jogadores das categorias<br />
sub-15, 17 e 20 participam<br />
de evento realizado na sede<br />
da própria Ferroviária.<br />
Às vésperas da Copa do Mundo<br />
da Rússia que começa no dia 14 de<br />
junho, as categorias de base da Ferroviária<br />
entraram no clima do mundial<br />
e disputaram a Copa do Mundo de<br />
Futebol de Botão. O evento, que foi<br />
realizado na sede do clube, promoveu<br />
a cultura do jogo de botão e contou<br />
com a parceria do Profut – Grupo de<br />
Estudos e Pesquisas dos Aspectos Pedagógicos<br />
e Sociais do Futebol.<br />
O grupo, sediado na Universidade<br />
Federal de São Carlos (UFSCAR),<br />
faz pesquisas relacionadas, principalmente,<br />
às relações que o futebol<br />
estabelece com as ciências humanas<br />
através da pedagogia, sociologia, antropologia<br />
e história. Dentre os estudos<br />
e atividades desenvolvidas, está<br />
o resgate à cultura dos jogos lúdicos<br />
relacionados ao futebol. O “jogo de<br />
botão” ou nos tempos modernos “futebol<br />
de botão” faz parte dos anos 50<br />
e foi moda em nossa cidade.<br />
“O objetivo era levar aos meninos um<br />
olhar diferente sobre o futebol, com a<br />
proposta de resgatar o jogo de botão<br />
Procuramos mostrar que é possível fazer<br />
outras narrativas a partir do futebol”,<br />
explicou o Coordenador do Profut, Osmar<br />
Moreira de Souza Júnior.<br />
Após o campeonato, os jogadores<br />
das categorias sub-15, 17 e 20 receberam<br />
da Super Tela – empresa especializada<br />
em artefatos de madeira<br />
– a doação de cinco mesas que serão<br />
colocadas no alojamento dos atletas<br />
em Araraquara.<br />
41|
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AGRO<br />
INFORMATIVO<br />
N E G Ó C I O S<br />
Edição: Junho/20<strong>18</strong><br />
8 de junho<br />
Dia do Citricultor<br />
Louvável o trabalho do citricultor que dentro<br />
da história, contribui para o desenvolvimento<br />
econômico do nosso País. Através dos tempos, o<br />
que era então ‘plantador’, depois ‘produtor’ e na<br />
atualidade ‘citricultor’, a laranja deu a cada um à<br />
sua época, o sentido exato da responsabilidade e<br />
grandiosidade da atividade que exercia.<br />
Temos sim orgulho do lavrador que planta e faz da<br />
colheita seu ganha pão, movimenta o mercado e<br />
desempenha importante papel na geração de renda<br />
e de emprego na agricultura familiar, contribuindo<br />
para a melhoria da qualidade de vida e, com isso,<br />
ampliando as possibilidades de permanência da<br />
família rural no seu meio de origem.<br />
Neste 8 de junho rendemos nossas homenagens aos<br />
citricultores, pequenos, médios e grandes, que de<br />
forma ousada, desafiaram o tempo e ajudaram as<br />
processadoras de sucos a abastecerem o mundo,<br />
tornando-se reconhecidamente como grandes<br />
empresas do setor.<br />
O citricultor é agente importantíssimo e<br />
responsável por otimizar os investimentos,<br />
melhorar a produtividade e preservar os pomares.<br />
Então, nada mais justo que ele tenha o seu próprio<br />
dia, comemorado acima de tudo com muita<br />
dignidade, principalmente respeito.<br />
Nicolau de Souza Freitas<br />
Presidente do Sindicato Rural de Araraquara<br />
Membro da Câmara Setorial da Citricultura<br />
43|
HORIZONTE<br />
O tomate como fonte<br />
de renda para o pequeno<br />
produtor rural<br />
O curso é realizado visando o trabalho em ambiente familiar.<br />
Usado como salada, no<br />
preparo de molhos, para<br />
rechear tortas e sanduíches<br />
ou mesmo como ingrediente<br />
de sopas e sucos, o<br />
tomate é um fruto repleto<br />
de sementes, carnoso,<br />
suculento e dotado de<br />
propriedades benéficas<br />
à saúde.<br />
* Fotos: Aulas práticas sobre<br />
preparo da área e condições do<br />
solo para o plantio dos tomates.<br />
Desde março de 20<strong>18</strong> ocorrem no<br />
Assentamento Monte Alegre as aulas<br />
dos primeiros módulos do Programa<br />
Tomate Orgânico. Esta atividade é<br />
resultado da parceria entre Sindicato<br />
Rural de Araraquara, SENAR SP e<br />
Fundação Itesp.<br />
O primeiro módulo, segundo o<br />
instrutor Marcelo Sambiase, refere-se<br />
ao preparo do solo. Toda a produção<br />
orgânica já possui este diferencial inicial,<br />
visto que a base para o sucesso<br />
do plantio é um preparo de solo adequado.<br />
As aulas práticas ocorrem na área<br />
do produtor José Prudente, onde a família<br />
tem se empenhado na busca de<br />
modelos orgânicos. A área explorada<br />
pela família localiza-se no Assentamento<br />
Monte Alegre 2, município de<br />
Motuca.<br />
Nas aulas iniciais, o instrutor Marcelo<br />
Sambiase explorou toda a questão<br />
macro, como clima, formação de<br />
solos, vegetação, contexto natural,<br />
para depois disso regionalizar e explorar<br />
as questões de Araraquara e<br />
suas peculiaridades naturais. O ensinamento<br />
acontece de forma bem espontânea<br />
e participativa, argumenta<br />
o instrutor.<br />
Nas aulas práticas ocorrem o preparo<br />
da área, com foco na adequação<br />
do solo e os passos iniciais para o<br />
plantio dos tomateiros.<br />
O plantio é indicado entre os meses<br />
de agosto a janeiro e de fevereiro<br />
a maio em áreas mais quentes.<br />
A maioria das cultivares plantadas<br />
atualmente é híbrida.<br />
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45|
A GRANDE FEIRA<br />
Araraquarenses<br />
apostaram no sucesso<br />
da Agrishow em 20<strong>18</strong><br />
Não há como negar a importância da Agrishow em Ribeirão<br />
Preto para a economia brasileira, onde empresas de todos os<br />
cantos apresentam seus produtos e abrem novos mercados.<br />
Não é a primeira vez que empresas<br />
de Araraquara, ligadas ao setor do<br />
agronegócio, expõem sua marca na<br />
Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia<br />
Agrícola em Ação. Interpretado<br />
como o principal evento tecnológico e<br />
de negócios do agronegócio na América<br />
Latina e a mais importante vitrine<br />
de tendências para o segmento, o<br />
evento foi encerrado no dia 4 de maio<br />
apresentando novidades em máquinas,<br />
implementos agrícolas, sistemas<br />
de irrigação, insumos, sistemas para<br />
agricultura de precisão, soluções de<br />
monitoramento e automação, acessórios,<br />
peças, serviços e outros produtos<br />
de 800 marcas, do Brasil e do exterior.<br />
O Sindicato Rural de Araraquara e<br />
a Revista Comércio, Indústria e Agronegócio<br />
prestigiando as empresas locais<br />
participantes do evento, mostram<br />
a dedicação de algumas delas ao expor<br />
seus produtos e também propagar<br />
as riquezas da cidade.<br />
|46<br />
A Lumagi que foi fundada<br />
em 1986 por Giuseppe<br />
Nigro, ocupou um dos<br />
espaços da Agrishow;<br />
a empresa é pioneira<br />
no desenvolvimento de<br />
produtos para lubrificação<br />
e abastecimento<br />
de movimentação<br />
manual; na feira esteve<br />
representada pelos<br />
seus diretores Marcos<br />
Camargo e a esposa<br />
Maria, os colaboradores<br />
Wagner e Elaine<br />
A GRA que é uma das principais revendas da marca Massey Fergusson em<br />
todo país, ocupou um dos espaços mais estratégicos da feira, com o gerente<br />
Fernando realizando importante trabalho de vendas<br />
Hugo Renan Velásquez, gerente da Unidade<br />
Colorado (John Deere) em Araraquara mostrou a<br />
tecnologia das suas máquinas na Agrishow<br />
A agricultura é uma<br />
das principais forças da<br />
economia brasileira, por<br />
isso o desenvolvimento<br />
e a aplicação de novas<br />
tecnologias são constantes.<br />
Regularmente, presenciamos<br />
o surgimento de novas<br />
máquinas e implementos<br />
agrícolas que combinam<br />
diferentes conjuntos<br />
eletrônicos para alcançar<br />
altos níveis de eficiência em<br />
processos produtivos.<br />
“<br />
“
Área destinada à New Holland,<br />
representada pela Marka Veículos de<br />
Araraquara; a empresa com unidade<br />
aqui na cidade, esteve representada<br />
pelo seu gerente comercial Israel de<br />
Freitas Aguiar, que recebeu em seu<br />
stand o diretor Marcelo Benedette,<br />
do Sindicato Rural<br />
Equipe da Comper também levando para a Agrishow a qualidade da marca<br />
Valtra: Alexandre, Stephany (Valtra), Paulo Amador, Adriana, Jipe e Joel<br />
Marcelo Benedette, em nome do Sindicato Rural,<br />
foi cumprimentar o gerente da Coopercitrus,<br />
Bruno Gagliardi Ducatti, durante a Agrishow. Vale<br />
lembrar que a Coopercitrus é considerada uma das<br />
maiores cooperativas da região na comercialização<br />
de insumos, máquinas e implementos agrícolas<br />
Ricardo Adriano Horacio, da Racine<br />
Tratores que representa a marca Case IH<br />
em Araraquara, ao lado dos consultores<br />
de venda. Da esquerda para a direita:<br />
Rafael Bezerra e Jhonata Barbisan<br />
47|
SEGURANÇA<br />
Trabalho na lavoura, realizado com pulverizador de barras<br />
Investimento para garantir<br />
pulverização com qualidade<br />
Sabe João, disse o instrutor, é importante<br />
saber que hoje orientamos<br />
mais um grupo de pessoas, graças<br />
ao apoio do Sindicato Rural e do SE-<br />
NAR; isso me deixa feliz. De fato, pois<br />
para atender ao aumento da produção<br />
agrícola nos últimos anos, há a<br />
exigência de se desenvolver novas<br />
tecnologias, desde o preparo do solo<br />
até a colheita e beneficiamento dos<br />
produtos, seguindo a NR 31 que estabelece<br />
preceitos a serem observados<br />
na organização e no ambiente de trabalho,<br />
de forma a tornar compatível o<br />
planejamento e desenvolvimento das<br />
atividades da agricultura com a segurança<br />
de saúde e meio ambiente do<br />
trabalho. Além do uso do agrotóxico,<br />
o maquinário está inserido neste novo<br />
contexto, salienta o instrutor.<br />
A aplicação de agrotóxicos pode<br />
variar de alta a baixa toxicidade;<br />
Cada vez mais as lavouras<br />
acompanham o avanço da<br />
tecnologia e para isso exigem<br />
profissionais capacitados<br />
para o desempenho de cada<br />
função. Daí o cuidado na<br />
preparação dos operadores.<br />
Pulverizador com<br />
capacidade de mil<br />
litros com barras<br />
ajustadas ao trator<br />
para a pulverização,<br />
tema central do curso<br />
ministrado pelo SENAR<br />
e o Sindicato Rural. A<br />
barra tem cerca de 14m<br />
e o investimento chega<br />
aos 30 mil reais.<br />
Participantes do curso sobre pulverização de agrotóxicos<br />
Naquele finalzinho do dia 4 de<br />
maio, o instrutor Cláudio Barbosa, do<br />
SENAR SP, estava terminando mais<br />
um curso de capacitação destinado<br />
aos trabalhadores rurais da Usina<br />
Santa Cruz, em Américo Brasiliense.<br />
Se dava por feliz, é verdade, pois sua<br />
missão era orientar pessoas interessadas<br />
em aprender as notas técnicas<br />
de pulverização das lavouras, mas<br />
principalmente cuidar de si mesmas<br />
e se conscientizarem sobre a importância<br />
da natureza na atualidade.<br />
Ao seu lado também está o coordenador<br />
regional do SENAR, João Henrique<br />
de Souza Freitas, que ao pedir<br />
ao instrutor uma análise sobre a atividade<br />
desenvolvida por três dias na<br />
usina, quebrou o silêncio mergulhado<br />
no dia cansativo que não chegou a<br />
atrapalhar a comemoração dos trabalhadores<br />
certificados.<br />
portanto, é de extrema importância<br />
que, para utilizarmos esses produtos,<br />
tenhamos o conhecimento quanto à<br />
sua escolha, mistura, aplicação e carência.<br />
Daí a importância do conhecimento.<br />
A Usina Santa Cruz, pertencente<br />
ao Grupo São Martinho, solicitou a capacitação<br />
dos seus trabalhadores ao<br />
Sindicato Rural e SENAR que disponibilizam<br />
recursos para organização e<br />
execução dos trabalhos acompanhados<br />
pelo coordenador João Henrique<br />
de Souza Freitas.<br />
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49|
CURSOS<br />
ANO / 20<strong>18</strong><br />
CURSOS EM <strong>JUNHO</strong><br />
• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS<br />
COM PULVERIZADOR COSTAL MANUAL<br />
<strong>18</strong>/06 até 20/06 - Grupo Fechado<br />
Local: Raízen<br />
• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS<br />
COM PULVERIZADOR DE BARRAS<br />
04/06 até 06/06 - Grupo Fechado<br />
Local: São Martinho (Américo)<br />
Almoxarifado da Prefeitura em Américo onde parte do curso foi realizada<br />
OPERAÇÃO DE RETROESCAVADEIRA<br />
Curso capacita<br />
e valoriza os<br />
trabalhadores<br />
O ensinamento proposto pelo<br />
Sindicato Rural e SENAR aos<br />
servidores se traduz em lucros<br />
para o município, afinal, ao<br />
diminuir os erros, diminuemse<br />
os gastos para corrigi-los.<br />
Além das funções já conhecidas<br />
no meio urbano e na construção civil,<br />
as retroescavadeiras também são<br />
usadas na abertura de adutoras e outros<br />
serviços ligados à irrigação e, ainda,<br />
na conservação das estradas de<br />
terra. Por essa razão, é que o prefeito<br />
Dirceu Pano solicitou a realização<br />
Aula prática em área do município<br />
deste programa para os servidores<br />
que atuam nesta área em Américo<br />
Brasiliense, em maio, durante três<br />
dias, para que eles aprendessem o<br />
manuseio correto da máquina.<br />
O instrutor Marcelo Baccar Lopes,<br />
do SENAR SP, explicou aos servidores<br />
que o mercado de máquinas de construção<br />
(linha amarela) é crescente no<br />
setor agropecuário e com isso a demanda<br />
pela capacitação de funcionários<br />
para a operação delas também<br />
tem aumentado e o Sindicato Rural<br />
está atento a isso.<br />
Durante as aulas, os participantes<br />
conhecem todos os componentes da<br />
máquina, desde subir e descer do<br />
equipamento até fazer uma leitura do<br />
painel de instrumentos e conduzir o<br />
maquinário.<br />
De acordo com João Henrique de<br />
Souza Freitas, coordenador regional<br />
do SENAR, todo veículo tem regras<br />
que precisam ser seguidas, afinal, disse<br />
ele, “possuímos normas de trânsito.<br />
Ao aprender a forma correta dessa<br />
condução, aperfeiçoando a técnica<br />
de operação, os participantes estarão<br />
dentro das regras e isso significa mais<br />
segurança para eles e para quem os<br />
emprega”, admitiu.<br />
Após a realização do curso, os próprios<br />
participantes além de elogiarem<br />
os treinamentos, disseram que a partir<br />
de agora vão se sentir muito mais<br />
seguros. Isso é importante para que<br />
o profissional se sinta valorizado e o<br />
município ganhe com isso. Ao mesmo<br />
tempo, trata-se de uma ação social de<br />
grande importância.<br />
• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM<br />
TURBO PULVERIZADOR<br />
25/06 até 27/06 - Grupo Fechado<br />
Local: São Martinho<br />
• FEIRA DO PRODUTOR RURAL<br />
- PRODUTOS RURAIS PARA<br />
COME<strong>RCIA</strong>LIZAÇÃO (Módulo III)<br />
23/05 até 06/06 - Grupo Fechado<br />
Local: Monte Alegre (Araraquara)<br />
• FEIRA DO PRODUTOR RURAL -<br />
CONSTRUÇÃO DO ESTANDE DE BAMBU<br />
(MÓDULO IV)<br />
<strong>18</strong>/06 até 31/07 - Grupo Fechado<br />
Local: Monte Alegre (Araraquara)<br />
• JOVEM AGRICULTOR DO FUTURO<br />
(MÓDULO III)<br />
04/06 até 28/06<br />
Local: Motuca<br />
• INCÊNDIO - PREVENÇÃO E COMBATE<br />
NO CAMPO - TÉCNICAS<br />
11/06 até 12/06<br />
Local: Canasol<br />
• MARACUJÁ - MANEJO E TRATOS<br />
CULTURAIS<br />
13/06 até 15/06<br />
Local: Uniara<br />
• OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE<br />
TRATORES AGRÍCOLAS<br />
11/06 até 15/06 - Grupo Fechado<br />
Local: Citrosuco (Boa Esperança do Sul)<br />
• MEL NA GASTRONOMIA - TÉCNICAS<br />
26/06 até 28/06<br />
Local: Canasol<br />
• PROGRAMA PROMOVENDO A SAÚDE<br />
NO CAMPO - ANIMAIS PEÇONHENTOS,<br />
ESPÉCIES, PREVENÇÃO DE ACIDENTES E<br />
PRIMEIROS SOCORROS<br />
27/06 até 28/06 - Canasol<br />
• TOMATE ORGÂNICO - CONTROLE DE<br />
PRAGAS E DOENÇAS (MÓDULO IV)<br />
11/06 até <strong>18</strong>/06 - Grupo Fechado<br />
Local: Monte Alegre (Araraquara)<br />
Coordenador SENAR/SP Araraquara:<br />
João Henrique de Souza Freitas<br />
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51|
CUIDADOS<br />
Como dar<br />
manutenção<br />
aos tratores<br />
agrícolas<br />
Atendendo pedido das<br />
empresas associadas que se<br />
preocupam com a segurança<br />
dos seus trabalhadores, o<br />
SENAR SP e o Sindicato Rural<br />
levaram para a Usina Santa<br />
Cruz, um dos seus mais<br />
importantes programas de<br />
capacitação.<br />
Participantes do curso junto com o instrutor Vitor Junqueira, na Usina Santa Cruz<br />
Ao ministrar o curso Operação<br />
e Manutenção de Tratores Agrícolas<br />
para os trabalhadores da Usina<br />
Santa Cruz, durante quatro dias de<br />
maio, o instrutor Vitor Junqueira, do<br />
SENAR SP, explicou aos alunos que<br />
“entende-se por manutenção o conjunto<br />
de procedimentos realizados<br />
com o propósito de prolongar a vida<br />
útil do trator, mantê-lo disponível para<br />
o trabalho, em perfeitas condições de<br />
funcionamento e, consequentemente,<br />
reduzir o custo operacional”.<br />
Quando a aplicação do programa<br />
foi solicitada, a direção da usina buscava<br />
aprimorar ainda mais conhecimento<br />
dos operadores de máquinas.<br />
De fato, o conhecimento dos componentes<br />
e sistemas do trator e sua<br />
manutenção permitem ao operador<br />
executar as diversas tarefas e operações<br />
agrícolas, tornando-o apto a<br />
exercer sua função de forma correta<br />
e segura.<br />
Acompanhando a abertura do curso,<br />
o coordenador regional do SENAR<br />
SP, João Henrique de Souza Freitas,<br />
explicou que para o trabalhador que<br />
se responsabiliza pela manutenção<br />
do trator, é importante observar alguns<br />
cuidados gerais a fim de diminuir<br />
riscos de acidentes e adequar a<br />
postura para evitar dores, principalmente<br />
nas costas, ombros, punhos<br />
e pescoço.<br />
TÉCNICA E SEGURANÇA<br />
Num ambiente em que os participantes<br />
prestavam muita atenção,<br />
Junqueira destacou que o trator agrícola<br />
é uma máquina bastante complexa,<br />
constituída por um motor de<br />
combustão interna, vários tipos de<br />
sistemas de transmissões e rodados,<br />
utilizados para realizar tarefas<br />
em diferentes locais e condições de<br />
trabalho. E completou: “Por isso, é<br />
importante adotar procedimentos<br />
adequados de manutenção antes e<br />
depois das operações, de modo a evitar<br />
falhas no funcionamento, o que<br />
poderia causar quebras e prejuízos.<br />
Após aulas teóricas e práticas, os<br />
alunos, o instrutor e o coordenador do<br />
SENAR se cumprimentaram de maneira<br />
cordial, com o agradecimento<br />
da empresa aos parceiros que apoiaram<br />
a iniciativa.<br />
“É importante recebermos este<br />
agradecimento e elogio, pois trata-se<br />
de um reconhecimento ao nosso trabalho<br />
e a disposição do sindicato e do<br />
SENAR em continuarem a fortalecer o<br />
conhecimento destes trabalhadores”,<br />
disse João Henrique, orgulhoso com<br />
o cumprimento da missão.<br />
Estudo sobre a máquina<br />
A familiarização com o trator<br />
O trabalho em meio ao laranjal<br />
|52
PREVENÇÃO E CONTROLE DO FOGO NA AGRICULTURA<br />
Com o tempo seco surgem<br />
os riscos de queimadas<br />
Sindicato Rural e SENAR<br />
disponibilizam instrutores<br />
para usinas e produtores<br />
rurais capacitarem e<br />
formarem brigadas que vão<br />
atuar no combate a incêndios<br />
no campo, durante este<br />
período de estiagem.<br />
Com a chegada do outono, a aridez<br />
do ar e do solo são potencializadas,<br />
representando um perigo para<br />
incêndios no campo, bem como na<br />
região urbana. Araraquara tem essa<br />
característica por possuir clima quente<br />
e seco. De acordo com dados da<br />
Defesa Civil, houve um decréscimo<br />
das notificações das queimadas entre<br />
2011 e 2015, porém, durante os<br />
últimos três anos, as ocorrências permaneceram<br />
altas. Apenas em 2017,<br />
foram 505 ocorrências.<br />
Anualmente, o Sindicato Rural<br />
e o SENAR estabelecem parcerias<br />
visando formar novas brigadas de<br />
combate aos incêndios. Para tanto,<br />
há solicitação das usinas e dos produtores<br />
rurais, que também preocupados,<br />
disponibilizam funcionários<br />
que formados através destes cursos,<br />
tornam-se brigadistas.<br />
Só na Usina Santa Cruz, hoje pertencente<br />
ao Grupo São Martinho, foram<br />
realizados dois cursos em maio;<br />
durante vários dias os trabalhadores<br />
Instrutor Henry com os participantes do primeiro curso realizado na Santa Cruz<br />
conviveram com as orientações do<br />
instrutor Henry Lopes e com a presença<br />
de João Henrique de Souza Freitas,<br />
coordenador regional do SENAR SP.<br />
UNINDO FORÇAS<br />
O que se observa é<br />
uma preocupação<br />
cada vez maior<br />
dos produtores e<br />
dos trabalhadores<br />
rurais com os<br />
incêndios, pois com<br />
o fogo no campo<br />
ou na área urbana,<br />
todos perdem<br />
Para o presidente do Sindicato<br />
Rural, Nicolau de Souza Freitas, um<br />
dos maiores incentivadores para a<br />
formação de brigadistas no campo,<br />
é verdade que as frequentes, longas e<br />
intensas estiagens pelas quais centenas<br />
de cidades brasileiras têm passado<br />
nos últimos anos, é imprescindível<br />
que haja um alerta para as principais<br />
causas de incêndio e as formas de<br />
prevenção.<br />
É neste particular que a presença<br />
do instrutor Henry Lopes tornou-se<br />
importante, comentando que a intenção<br />
da parceria sindicato e SENAR<br />
é levar para os produtores e os técnicos,<br />
como o proprietário vai poder<br />
lidar com as questões dos incêndios<br />
dentro da sua propriedade, pois o<br />
que se presume é que a época de<br />
seca seja cada vez mais intensa e<br />
duradoura.<br />
O coordenador João Henrique<br />
salienta que o sindicato e o SENAR<br />
desejam que todos os produtores<br />
compartilhem as iniciativas que estão<br />
sendo desenvolvidas nesse sentido,<br />
porque o interesse é replicar as informações<br />
de prevenção e controle do<br />
fogo em toda a região e, assim, aumentar<br />
o número de produtores capacitados<br />
para evitarmos os incêndios<br />
nas propriedades rurais”.<br />
Ele conta ainda que quando o fogo<br />
começa, se espalha rapidamente e<br />
se os colaboradores não estiverem<br />
bem preparados e souberem como<br />
agir, acaba virando uma confusão e<br />
o prejuízo pode ser ainda maior. Há<br />
produtores rurais que já viram tratores<br />
sendo queimados e diversos outros<br />
tipos de acidentes causados por<br />
falta de experiência para combater o<br />
fogo em situação de emergência. Sindicato<br />
Rural e SENAR estão atentos à<br />
capacitação dos trabalhadores neste<br />
período de estiagem.<br />
53|
Formandos em mais um curso de capacitação na antiga Usina Zanin (Raízen)<br />
PULVERIZADOR COSTAL MANUAL<br />
Os cuidados<br />
com seu uso<br />
Empresas como o Grupo<br />
Raízen, estão cada vez mais<br />
atentas às exigências da<br />
legislação que descreve os<br />
cuidados com o uso dos<br />
agrotóxicos na lavoura.<br />
Quando os trabalhadores da antiga<br />
Usina Zanin, hoje pertencente ao<br />
Grupo Raízen, se aproximaram para o<br />
início do curso Aplicação de Agrotóxicos<br />
nos dias 10, 11 e 12 de maio, estavam<br />
cientes sobre a importância do<br />
aprendizado destinado pelo instrutor<br />
Celso Nogueira. A empresa, sempre<br />
preocupada com a capacitação dos<br />
seus profissionais e as exigências da<br />
legislação, havia solicitado ao Sindicato<br />
Rural o cumprimento deste programa<br />
em parceria com o SENAR SP,<br />
convicta dos resultados e os benefícios<br />
aos trabalhadores.<br />
Sindicato Rural<br />
e o SENAR<br />
orientam o<br />
trabalhador no<br />
seu trabalho<br />
Nogueira destacou inicialmente<br />
que de acordo com a cartilha elaborada<br />
pelo SENAR, “trabalhador na<br />
Aplicação de Agrotóxicos é a ocupação<br />
que efetua a aplicação de produtos<br />
agrotóxicos nas várias formas<br />
(líquida, pó, granulados, etc.), para<br />
proteger a lavoura de doenças, pragas,<br />
plantas daninhas e evitar os<br />
prejuízos”.<br />
VENDO O FUTURO<br />
Na verdade, essa aplicação é efetuada<br />
com equipamentos específicos,<br />
entre os quais o pulverizador costal<br />
manual, quando a indicação técnica<br />
a recomenda nas áreas infestadas ou<br />
sujeitas à infestação. A própria diretoria<br />
técnica do SENAR explica que<br />
para se fazer uma boa aplicação, é<br />
necessário conhecer os materiais<br />
específicos, o produto e a forma de<br />
sua utilização e de sua aquisição, o<br />
E.P.I. (Equipamento de Proteção Individual),<br />
os equipamentos de aplicação,<br />
o modo de preparar a calda<br />
e de fazer a desinfecção, o descarte<br />
das embalagens e os primeiros socorros.<br />
Tudo isso está fundamentado a<br />
partir da promulgação da lei 7.802,<br />
de 11 de julho de 1989 e do decreto<br />
regulamentador nº 98.816, de<br />
11/01/1990, quando os agrotóxicos<br />
passaram a ser definidos como: “produtos<br />
e agentes de processos físicos,<br />
químicos ou biológicos destinados ao<br />
uso nos setores de produção”.<br />
O coordenador regional do SENAR,<br />
João Henrique de Souza Freitas, considera<br />
que essa rigidez demonstra a<br />
preocupação das autoridades para<br />
Explicação sobre a postura no trabalho<br />
Segurança com o uso dos EPIs<br />
com os trabalhadores e também o<br />
meio ambiente: “A interação entre<br />
todos é de extrema necessidade e<br />
se cada um fizer sua parte, teremos<br />
um mundo melhor, construído com<br />
responsabilidade”, assegura o coordenador.<br />
|54
Instrutor Ricardo Marinheiro passando aos agricultores<br />
familiares as orientações teóricas<br />
FRUTICULTURA BÁSICA<br />
Nem sempre descascar o<br />
abacaxi é um mau negócio<br />
Aliás, vale muito a pena quando sob a casca da fruta<br />
se revela uma polpa suculenta, saborosa e refrescante.<br />
Também conhecido como ananás, o abacaxi é bem aceito<br />
pelo brasileiro.<br />
Dando sequência aos trabalhos<br />
de capacitação relacionados à diversificação<br />
da produção, produtores dos<br />
Assentamentos Monte Alegre participaram<br />
de capacitação sobre Fruticultura<br />
Básica, realizada no próprio<br />
assentamento, sendo uma parceria<br />
entre Sindicato Rural de Araraquara,<br />
SENAR e Fundação Itesp.<br />
Nos dias 7, 8 e 9 de maio os produtores<br />
tiveram a oportunidade de<br />
aprender sobre o plantio correto de<br />
abacaxi, a fim de dinamizar a produtividade<br />
e aproveitamento comercial<br />
dos frutos, que são vendidos pelos<br />
produtores para supermercados,<br />
feiras e outros intermediários. O instrutor<br />
Ricardo Marinheiro conduziu a<br />
atividade, dividida entre aula teórica<br />
e prática.<br />
ESTIMULAR A PRODUÇÃO<br />
As aulas práticas ocorreram na<br />
área do produtor Tadaci Roberto Haragushi,<br />
localizada no Assentamento<br />
Monte Alegre VI, que dedica sua área<br />
à produção de hortaliças e sempre<br />
participa dos cursos e capacitações,<br />
visando diversificar a produção de<br />
sua área.<br />
“Estas atividades são importantes<br />
pois estimulam a diversificação da<br />
produção e o manejo adequado dos<br />
plantios. Buscamos sempre enfatizar<br />
a importância que os agricultores<br />
familiares possuem no contexto da<br />
produção de alimentos”, comentou<br />
Maria Clara Piaí da Silva, da Fundação<br />
Itesp.<br />
O instrutor Ricardo Marinho lembrou<br />
aos participantes que o professor<br />
possui visão ampla do mercado<br />
regional, o que vai além dos conhecimentos<br />
técnicos e amplia o horizonte<br />
dos produtores. Ele também explicou<br />
que todos estes aspectos são trabalhados<br />
diariamente pelos técnicos<br />
agrícolas e engenheiros agrônomos<br />
da Fundação Itesp, que prestam<br />
assistência técnica a estes assentamentos.<br />
Paralelo a isto, estão as<br />
capacitações que são oportunidades<br />
de aproximar produtores que atuam<br />
em áreas afins, otimizando as orientações<br />
técnicas”.<br />
As aulas práticas propiciam a aprendizagem concreta, pois<br />
esclarecem várias dúvidas, como tirar mudas para replantar<br />
55|
Homenagem<br />
O QUE A VIDA CONTA<br />
O mundo da Família Bergamo<br />
construído em terra estranha<br />
Dorival Bergamo que<br />
teve sua vida voltada<br />
para o campo,<br />
hoje relembra com<br />
a esposa Ignez,<br />
antigas histórias de<br />
família<br />
“No dia em que nasci, minha mãe cortou cana até às quatro<br />
horas da tarde; sete horas depois, eu nascia na Fazenda<br />
Boa Vista, do Constante Ometto, em Piracicaba” (Dorival<br />
Bergamo).<br />
Quando o vapor Las Palmas<br />
procedente de Gênova (Itália), ancorou<br />
no Porto de Santos no dia 5 de<br />
agosto de <strong>18</strong>92, com o casal Luigia-<br />
Natale Bergamo a bordo, também<br />
estavam os filhos Gerólamo, Maria,<br />
Donato, Secondiano e Antonio.<br />
A esperança saltava nos olhos de<br />
todos e eles sentiam que o mundo<br />
poderia lhes sorrir, bem melhor do<br />
que na Itália que ficara para trás.<br />
Natale, o patriarca da família<br />
Bergamo, tinha então 45 anos e<br />
a esposa Luigia, 44. O filho mais<br />
velho, Gerólamo, 16 anos, no desembarque<br />
ajudava o pai a carregar<br />
os sonhos nas poucas malas de<br />
couro surrado, agora em direção<br />
ao Memorial do Imigrante, em São<br />
Paulo. De lá a família foi encaminhada<br />
para um vilarejo chamado<br />
“Tatú”, mais tarde Tatuí, próspera<br />
cidade na confluência das bacias<br />
dos rios Sorocaba e Tatuuvú (hoje<br />
Bairro do Barreiro). Um ano depois,<br />
os Bergamo’s se encontravam em<br />
uma fazenda no município de Rincão,<br />
trabalhando na cultura do café.<br />
Em <strong>18</strong>94, Natale levou a família<br />
para trabalhar em uma lavoura em<br />
Secondiano chegou<br />
ao Brasil com<br />
apenas 5 anos de<br />
idade; na foto ao<br />
lado de Rosa, sua<br />
segunda esposa<br />
e com ela teve 15<br />
filhos<br />
Tatuí; passado algum tempo todos<br />
estavam em Tietê e ele trabalhando<br />
no desmatamento de uma fazenda.<br />
Natale foi acompanhando o crescimento<br />
dos filhos no campo. A esta<br />
altura, o filho mais velho, Gerólamo,<br />
estava com quase 20 anos, era<br />
final do século. Donato e Secondiano<br />
também ajudavam o pai.<br />
Ao chegar 1906, cada um já havia<br />
entendido o que era trabalhar na<br />
roça. Adultos eles se casam. Secondiano,<br />
com pouco mais de <strong>18</strong> anos,<br />
havia conhecido Albina e com ela<br />
se casou para ter ao longo de 19<br />
anos de relacionamento 10 filhos,<br />
dos quais 4 morrem pela deficiência<br />
na assistência médica da época.<br />
Albina também morre por volta<br />
de 1925, deixando os filhos Lídia,<br />
Artur, Antonia, Alfredo, Florindo,<br />
Júlio e Auta. Secondiano vai então<br />
trabalhar com o usineiro Constante<br />
Ometto, em Iracemapolis (pertencia<br />
a Piracicaba), cerca de 100 km de<br />
Tatuí. A esta altura, ele com 40 anos,<br />
tinha uma profissão definida, toneleiro<br />
em um engenho dos Ometto<br />
e casa-se novamente, agora com a<br />
viúva Rosa Bizan, de 19 anos que<br />
vai cuidar dos seis filhos, além de<br />
uma filha que ela possuía com um<br />
colono chamado Luís. A criança se<br />
chamava Luísa. Ao todo então são<br />
7 filhos.<br />
Neste período, Natale vai para<br />
São Paulo com os filhos Gerólamo,<br />
Maria, Donato e Antonio. Apenas<br />
Secondiano ficou e alguns meses<br />
depois, deixa Iracemapolis para vir<br />
trabalhar na Fazenda Marilú, de Augusto<br />
Transdorff (1941). Interessado<br />
na venda da propriedade, Secondiano<br />
pede prioridade e recorre ao<br />
antigo patrão e amigo Constante<br />
Ometto que lhe empresta parte do<br />
|56
Nesta casa a<br />
segunda geração<br />
dos Bergamo’s se<br />
desenvolveu e hoje<br />
Dorival, o filho de<br />
Secondiano, dá<br />
continuidade<br />
dinheiro para fechar o negócio.<br />
Plantando cana e produzindo cachaça,<br />
ele atendia aos trabalhadores<br />
da Usina Tamoio, causando desconforto<br />
ao usineiro Hélio Morganti<br />
que decide lhe fazer uma proposta<br />
e compra a Marilú, agregando-a à<br />
refinadora.<br />
A esta altura na Fazenda Marilú<br />
estão os filhos do primeiro casamento<br />
e os que nasceram em Iracemapolis:<br />
José, Aurora, Dorival,<br />
Segundiano, Lairton e Valdomiro,<br />
mais Orlando, Nelson, Luís e Pedro<br />
nascidos na Marilú.<br />
Com o dinheiro da venda da<br />
Marilú, Secondiano compra os 105<br />
alqueires da Fazenda Americana e<br />
ali nascem os filhos Maria e Luísa<br />
que são gêmeas, Alcides e Iracema.<br />
Quando do nascimento da última<br />
filha, Iracema, já haviam falecido<br />
15 filhos.<br />
A DIVISÃO DAS TERRAS<br />
Nove anos depois de ter comprado<br />
a fazenda se passam; era<br />
1956 e Secondiano inicia a divisão<br />
das terras, primeiro com os filhos<br />
do casamento com Albina (1906).<br />
Para cada um destina 5 alqueires<br />
e sobram 55 alqueires que a partir<br />
de 1970, serão destinados aos filhos<br />
que teve com Rosa, frutos do<br />
Abaixo, Dorival e Ignez, casamento<br />
realizado em Iracemapolis em 1955; à<br />
direita o casal 63 anos depois.<br />
segundo casamento.<br />
Nesta divisão, as filhas receberam<br />
sua parte em dinheiro e para<br />
os filhos foram dados 5 alqueires<br />
cada. Secondiano arrendou a parte<br />
que lhe sobrou - 20 alqueires - para<br />
o filho Dorival explorar, fazendo um<br />
contrato por 6 anos. Neste meio<br />
tempo com o falecimento do pai,<br />
Dorival esperou o final do contrato<br />
para nova divisão, agora correspondente<br />
aos 20 alqueires do pai<br />
Secondiano. No rateio, Dorival hoje<br />
possui 12 alqueires, onde está a<br />
sede da Fazenda Americana, sendo<br />
9 alqueires de cana, mais o pasto<br />
e a plantação de mil pés de café.<br />
Atualmente com 83 anos de idade<br />
e o único filho vivo, ele relembra<br />
com saudades o legado deixado<br />
pelo pai que teve uma vida extremamente<br />
difícil, porém, com ativa<br />
participação no desenvolvimento da<br />
agricultura na região. Um dos fatos<br />
marcantes, segundo ele, foi sua<br />
participação na fundação da Associação<br />
dos Fornecedores de Cana<br />
de Araraquara, em 1952. Secondiano<br />
fez parte da primeira diretoria,<br />
período de 1952/1954, como<br />
membro do Conselho Fiscal. A partir<br />
daí o vínculo da Família Bergamo<br />
Secondiano<br />
Bergamo,<br />
ao todo 25<br />
filhos<br />
foi crescendo e justamente Dorival,<br />
que possuía um relacionamento<br />
mais amplo com o campo, passou<br />
a substituir o patriarca.<br />
Por 22 anos, lembra Dorival, me<br />
mantive como um dos responsáveis<br />
ao lado de Edgard Iost, pelo Ambulatório<br />
da Associação dos Fornecedores<br />
de Cana, onde também fui diretor<br />
em diversos cargos. Da mesma<br />
forma essa convivência ocorreu com<br />
o Sindicato Rural, sempre de forma<br />
participativa. Recentemente, Dorival<br />
Bergamo assumiu o cargo de vogal<br />
no Conselho de Administração da<br />
Credicentro, cooperativa destinada<br />
a dar orientação e assistência financeira<br />
aos produtores rurais.<br />
HOMENAGEM<br />
Dorival Bergamo é o que dá sequência<br />
ao espírito pioneiro do avô<br />
Natale e do pai Secondiano, além<br />
dos quatro tios que desembarcaram<br />
em <strong>18</strong>92 no Porto de Santos. Dorival<br />
é casado com Ignez Castellari<br />
Bergamo, há 63 anos. O casal não<br />
tem filhos, porém, uma afetividade<br />
familiar que mostra a importância<br />
do trabalho em três gerações.<br />
Por ser considerado um brilhante<br />
produtor de cana, Dorival<br />
Bergamo recebe esta homenagem<br />
da Canasol e do Sindicato Rural de<br />
Araraquara, como reconhecimento<br />
ao seu trabalho em prol da classe.<br />
Uma história que só merece elogios.<br />
57|
NOTÍCIAS<br />
CANAS L<br />
EDIÇÃO<br />
<strong>JUNHO</strong> | 20<strong>18</strong><br />
Luís Henrique Scabello de<br />
Oliveira, presidente da<br />
Canasol<br />
Lançamento da campanha de conscientização no programa Jornal da Morada<br />
Nicolau de Souza Freitas,<br />
presidente do Sindicato<br />
Rural de Araraquara<br />
CANASOL E SINDICATO RURAL NA CAMPANHA<br />
O combate e a prevenção de incêndios<br />
nos canaviais ganham força em 20<strong>18</strong><br />
No programa “Jornal da Morada”, apresentado pelo<br />
jornalista José Carlos Magdalena, os presidentes Luís<br />
Henrique Scabello de Oliveira (Canasol) e Nicolau de<br />
Souza Freitas (Sindicato Rural), iniciaram importante<br />
movimento visando conscientizar a população de<br />
que com queimadas todo mundo perde.<br />
“A estiagem e o longo período<br />
de seca tão comum nesta época do<br />
ano são os principais fatores para o<br />
aumento da ocorrência de incêndios<br />
tanto na zona rural como na cidade”.<br />
A frase é do presidente da Canasol,<br />
Luís Henrique Scabello de Oliveira,<br />
ao apresentar ao lado do presidente<br />
do Sindicato Rural, Nicolau de Souza<br />
Freitas, com apoio do jornalista José<br />
Carlos Magdalena da Rádio Morada<br />
do Sol, teor de uma campanha que<br />
objetiva mostrar à população, que<br />
queimadas no campo ou incêndios<br />
na cidade são prejudiciais para todos.<br />
Segundo o dirigente, com a falta<br />
de chuva e a baixa umidade relativa<br />
do ar, a vegetação seca se torna um<br />
combustível perigoso para que ocorram<br />
incêndios de grandes proporções<br />
e capazes de destruir lavouras inteiras,<br />
trazendo prejuízos para os produtores<br />
e para o meio ambiente, atingindo<br />
a comunidade como um todo.<br />
Pensando nas consequências desastrosas<br />
que um incêndio possa provocar<br />
e buscando prevenir tais ocorrências,<br />
a Canasol participa de uma<br />
campanha de orientação, prevenção<br />
e combate de incêndios nos canaviais<br />
e nas demais áreas de vegetação nativa,<br />
terrenos baldios, margens de rodovias<br />
e estradas municipais.<br />
A campanha desenvolvida numa<br />
parceria Canasol e Sindicato Rural<br />
de Araraquara, tem ainda o apoio da<br />
Polícia Ambiental com divulgação por<br />
meio de inserções durante programa<br />
|58
jornalístico, cartilhas, palestras e<br />
através da rede social, objetivando<br />
que os produtores e a população<br />
estejam conscientes da importância<br />
de prevenir e evitar o surgimento de<br />
focos de incêndio e propagação tanto<br />
no campo como na cidade.<br />
O respeito à legislação ambiental,<br />
com manutenção de aceiros às<br />
margens de rodovias e estradas municipais<br />
ou vicinais, assim como nas<br />
áreas de APP, reservas legais, unidades<br />
de conservação e todo o tipo de<br />
vegetação nativa, é um fator que contribui<br />
e em muito para a prevenção<br />
de incêndios nas propriedades rurais,<br />
afirma Guilherme Lui de Paula Bueno,<br />
técnico florestal da Canasol.<br />
A CONSCIENTIZAÇÃO<br />
Para que os associados conheçam<br />
as normas que regem a lei, a Canasol<br />
participa do PAME – Plano de Auxílio<br />
Mútuo em Emergências e realiza periodicamente<br />
palestras e encontros<br />
com a presença de representantes<br />
da Polícia Ambiental e das usinas.<br />
Outra orientação importante para os<br />
O Secretario Estadual<br />
do Meio Ambiente<br />
Mauricio Brusadin,<br />
a Presidente do<br />
Conselho da<br />
ABAG, Mônika<br />
Bergamaschi e o<br />
Técnico Florestal da<br />
Canasol, Guilherme<br />
Lui de Paula Bueno,<br />
durante lançamento<br />
da campanha em<br />
Ribeirão Preto.<br />
produtores, segundo Bueno, é que<br />
sempre tenham ao alcance das mãos<br />
o telefone da Brigada de Incêndio.<br />
Com relação à população de maneira<br />
geral, deve colaborar não queimando<br />
lixo em terreno baldio, evitar<br />
jogar bituca de cigarro ou qualquer<br />
outra situação que possa provocar<br />
fogo às margens de rodovias e estradas.<br />
Deve ficar atenta e em caso de<br />
incêndio, acionar o Corpo de Bombeiros<br />
com urgência, destaca Guilherme.<br />
O presidente do Sindicato Rural,<br />
Nicolau de Souza Freitas, em sua fala<br />
durante a entrevista na Rádio Morada<br />
do Sol, considerou que esta ação é de<br />
extrema importância e deve ser entendida<br />
até mesmo como uma ação<br />
social ou serviço de utilidade pública<br />
diante dos riscos que a comunidade<br />
corre por causa dos incêndios. “São<br />
atitudes simples por parte da população<br />
e dos produtores rurais capazes<br />
de evitar danos incalculáveis para o<br />
meio ambiente e grandes prejuízos<br />
para os produtores e moradores”,<br />
conclui o presidente do Sindicato<br />
Rural.<br />
VISITA<br />
Associados<br />
na Agrishow<br />
Considerada uma das mais importantes<br />
feiras agrícolas do Mundo,<br />
a Agrishow 20<strong>18</strong> realizada em Ribeirão<br />
Preto no período de 30 de abril<br />
a 4 de maio recebeu grande público<br />
neste ano, na maioria, produtores<br />
rurais e empresas ligadas ao Agronegócio.<br />
Os fornecedores de cana ligados<br />
à Canasol não poderiam estar<br />
ausentes do evento e uma parceria<br />
da entidade com o SEBRAE, Coplacana<br />
e Coopercitrus, lotou três ônibus<br />
com aproximadamente noventa<br />
pessoas, entre produtores, técnicos<br />
e diretores que visitaram a feira.<br />
O objetivo da visita segundo o<br />
presidente Luís Henrique, foi proporcionar<br />
aos associados da Canasol, a<br />
oportunidade de entrar em sintonia<br />
com o que de mais moderno existe<br />
no tocante às inovações tecnológicas<br />
e equipamentos de ponta visando<br />
o aumento da produção agrícola.<br />
Para o engenheiro agrônomo<br />
Lautinê Antonelli, o que se observou<br />
na feira deste ano, em relação aos<br />
anos anteriores, com o crescimento<br />
da demanda por parte dos pequenos<br />
e médios produtores, foi uma maior<br />
participação das empresas de equipamentos<br />
destinados à chamada<br />
Agricultura de Precisão. Principalmente<br />
para o setor canavieiro, esse<br />
aumento na participação das empresas<br />
e a própria concorrência tornou<br />
tais produtos mais acessíveis e mais<br />
próximos da realidade do médio produtor,<br />
destaca Tone. Outro fator positivo<br />
que se notou neste ano, foi a<br />
presença mais atuante dos bancos<br />
oferecendo financiamento para a<br />
aquisição desses produtos, encerra<br />
o Agrônomo.<br />
Tenente Rodrigo,<br />
Capitão Leandro da<br />
Polícia Ambiental e<br />
Guilherme Bueno<br />
no Auditório da<br />
Canasol.<br />
59|
SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />
SAMUEL BRASIL BUENO - IN MEMORIAM<br />
RÔMULO SGOBBI<br />
Ele foi um homem simples,<br />
honesto e trabalhador<br />
Sem títulos maiores, agigantou-se, deixando marcas nos<br />
caminhos por onde trilhou. Fez da bondade e do amor ao<br />
próximo o motivo principal da sua jornada terrena.<br />
O casal Berenice e<br />
Rômulo Sgobbi, parte<br />
da história de nossa terra<br />
Nascido na fazenda Capão Quente,<br />
nos arredores de Araraquara, em 20<br />
de junho de 1902, Rômulo era filho<br />
de Agabitto Sgobbi e Amábile Bragha,<br />
naturais da Itália. Rômulo era filho<br />
caçula e tinha três irmãos: Eugênio,<br />
Luiza e João.<br />
Com o falecimento de sua mãe, em<br />
decorrência do parto, no dia seguinte<br />
ao seu nascimento, ele foi criado por<br />
sua avó materna.<br />
Eram tempos difíceis e Rômulo não<br />
teve grandes oportunidades para estudar,<br />
porém aprendeu a ler e escrever<br />
com apoio de um senhor residente no<br />
mesmo sítio.<br />
A família viveu e trabalhou por muitos<br />
anos numa fazenda nos arredores<br />
de Tutóia, onde hoje se localiza o Jardim<br />
Indaiá. Ali cultivava café, arroz e<br />
milho.<br />
Com o passar dos anos, a família<br />
adquiriu a fazenda Sant´Ana, local<br />
onde atualmente localiza-se o Jardim<br />
Roberto Selmi Dei. Nesta gleba de<br />
terra, além da agricultura, a família<br />
Direitos de publicação doados<br />
pela Família Brasil Bueno à Revista<br />
Comércio, Indústria e Agronegócio e<br />
à disposição para consultas<br />
Rômulo Sgobbi faleceu em outubro de<br />
1981; sua esposa Berenice, em 1975<br />
também criava gado leiteiro. Durante<br />
quase toda sua vida, Rômulo, através<br />
de um carrinho de tração animal, entregava<br />
o leite diariamente na cidade,<br />
de porta em porta, logo nas primeiras<br />
horas da manhã.<br />
Rômulo Sgobbi casou-se em Araraquara<br />
em 10 de abril de 1926, com<br />
Rômulo com seus irmãos<br />
|60
O filho Waldemar e a nora Ermelinda A filha Olívia e o genro Aldo Zavanela A filha Yolanda e o genro Ercílio<br />
Berenice Bergamim, filha de Anselmo<br />
Bergamim e Maria Baldoni. Desse matrimônio<br />
nasceram sete filhos: Olívia,<br />
casada com Aldo Zavanella, pais de<br />
Antonio, Valderez e Angelina; Isabel,<br />
casada com Antônio Jerônimo, pais<br />
de Edelbison; Waldemar, casado com<br />
Ermelinda Pacini Sgobbi, pais de Ronaldo,<br />
Paulo Sérgio e Flávio; Yolanda,<br />
casada com Ercilio Sotratti, pais de Rodolfo<br />
e Roberto; Olympio, casado com<br />
Maria Verônica Geroma Sgobbi, pais<br />
de Sandra, Solange e Silvio; Marides,<br />
casada com Cícero de Marco, pais de<br />
Carlos Augusto; e Guiomar, casada<br />
com Odemir Faria, pais de Márcia e<br />
Alexandre. Até o momento, 21 bisnetos<br />
completam sua descendência.<br />
Após vários anos de residência na<br />
zona rural, Rômulo mudou-se para<br />
a cidade, vindo a residir na Avenida<br />
Padre Oscar Chagas de Azevedo, uma<br />
travessa da Rua Américo Brasiliense.<br />
Mesmo não tendo a oportunidade de<br />
frequentar escolas, Rômulo tinha predileção<br />
por boas leituras.<br />
Com o falecimento de sua esposa<br />
Berenice, Rômulo, aos 73 anos de idade,<br />
foi morar com a filha Olívia.<br />
Deixou um belo exemplo de trabalho<br />
e dedicação à sua grande e operosa<br />
família.<br />
Rômulo Sgobbi faleceu aos 79<br />
anos, no dia <strong>18</strong> de outubro de 1981 e<br />
sua esposa faleceu em 12 de outubro<br />
de 1975, estando ambos sepultados<br />
no Cemitério São Bento.<br />
Seu nome está na rua através do<br />
Decreto 4.558, de 23 de novembro<br />
de 1981, assinado pelo então prefeito<br />
Waldemar De Santi, que denomina<br />
Avenida Rômulo Sgobbi, a antiga “Rua<br />
20”, do Jardim Roberto Selmi Dei, neste<br />
município.<br />
RUA RÔMULO SGOBBI<br />
1983<br />
20<strong>18</strong><br />
61|
Nelson Lima com sua jaqueta exclusiva ao lado de quadro todo autografado<br />
HISTÓRIA QUE SEMPRE SERÁ LEMBRADA<br />
O cabelereiro que tingia um dos<br />
‘mamonas’ atende hoje na cidade<br />
Com salão no Vale do Sol,<br />
Nelson Lima gravou, em<br />
vídeo, famosa premonição<br />
de Júlio Rasec, dos Mamonas<br />
Assassinas; no guardaroupa,<br />
muitos itens do<br />
amigo, que faleceu em<br />
acidente aéreo em 1996.<br />
Uma notícia estampada nas manchetes<br />
dos jornais chocou o País<br />
numa manhã de domingo de 1996.<br />
No auge do sucesso, a banda Mamonas<br />
Assassinas desaparecia num<br />
trágico acidente aéreo quando voltava<br />
de um show em Brasília (DF).<br />
O jatinho que transportava os integrantes<br />
do grupo de canções e performances<br />
irreverentes, chocou-se no<br />
fim da noite do dia 2 de março com a<br />
Serra da Cantareira, a poucos minutos<br />
do pouso em Guarulhos, cidade<br />
natal dos músicos.<br />
Com apenas um álbum lançado,<br />
cujo título levava o nome da banda,<br />
os meninos humildes venderam mais<br />
de 2 milhões de cópias em semanas<br />
e se transformaram nos artistas preferidos<br />
do público adulto e infantil.<br />
Influenciados pelo rock´n´roll,<br />
o Mamonas Assassinas nasceu em<br />
1990 das cinzas do grupo Utopia.<br />
Alcançou o sucesso após a parceria<br />
com o produtor paulistano Rick Bonadio,<br />
que lapidou o som do grupo,<br />
trazendo diversas influências musicais/regionais,<br />
fora a consolidação<br />
de um humor ácido e direto, cheio de<br />
críticas sociais sutis. Assim nascia um<br />
dos maiores fenômenos comerciais<br />
do mercado fonográfico brasileiro.<br />
Em cerca de 9 meses de carreira,<br />
o grupo fez <strong>18</strong>2 shows e participou<br />
de muitos programas de televisão. O<br />
quinteto já se preparava para a sua<br />
primeira turnê internacional. O próximo<br />
pouso seria em Portugal. Seria.<br />
E uma das mais curiosas e famosas<br />
lendas envolvendo a morte dos<br />
Mamonas Assassinas vai ao encontro<br />
da premonição do tecladista e vocalista<br />
Júlio Rasec (Júlio Cesar Barbosa)<br />
que, poucas horas antes confessava,<br />
em vídeo, um sonho envolvendo o<br />
acidente. “Não sei. Esta noite sonhei<br />
com um negócio assim. Parece que o<br />
avião caia. Não sei”, disse o jovem, à<br />
época, com 28 anos.<br />
O responsável por registrar o material<br />
foi seu cabeleireiro de confiança,<br />
Nelson Lima, 56, que atende hoje<br />
em um salão montado no bairro do<br />
Vale do Sol, em Araraquara. Lá, ele<br />
nos recebeu e contou com detalhes<br />
essa história, que ganhou o Brasil.<br />
“O Júlio era meu cliente desde os<br />
12 anos de idade. Depois que ficou<br />
famoso, continuava a vir, só que quinzenalmente,<br />
mais ou menos. Tudo virava<br />
uma bagunça, porque muita gente<br />
vinha pedir autógrafo e conversar<br />
com ele, sempre muito atencioso com<br />
todo mundo”, conta Lima.<br />
E para registrar esses momentos,<br />
Nelson Lima resolveu comprar uma<br />
câmera de vídeo e foi justo nela que<br />
gravou a fatídica premonição. “Como<br />
sabia que eles iriam para Portugal,<br />
pedi que ele contasse alguma piada<br />
de português. Ele contou e saiu do<br />
quadro, mas logo voltou e proferiu o<br />
sonho”, revela.<br />
Ao ficar sabendo da tragédia, o<br />
cabeleireiro sabia que tinha um material<br />
importante em mãos, afinal a<br />
comoção no Brasil era geral e muito<br />
intensa. Assim, ele tentou contato<br />
com SBT e Rede Manchete, sempre<br />
tratado como louco, segundo ele.<br />
Fotos da época com Júlio cortando o cabelo no salão de Lima, em Guarulhos/SP<br />
|62
Cabelo de Júlio Rasec guardados com carinho: note que a tintura ainda persiste<br />
Sua melhor recepção foi na Rede<br />
Globo, que mostrou interesse, porém<br />
com certa descofiança. E foi durante<br />
o velório dos Mamonas que Lima cruzou<br />
com o repórter Caco Barcellos.<br />
Ciente do material, Barcellos pediu<br />
para assistir a fita e, ao comprovar<br />
que não era fraude, entrou em contato<br />
com a produção da emissora. “O<br />
vídeo acabou rodando muito. Eu tive,<br />
inclusive, alguns problemas por direitos<br />
autorais, que me fizeram até abrir<br />
processos. Tenho esse VHS ainda<br />
comigo, mas penso em passar para<br />
algum fã dos Mamonas. Meus filhos<br />
não ligam, então tenho medo que o<br />
material se perca de vez”, lamenta.<br />
MUITA AMIZADE<br />
O acervo de itens de Nelson Lima<br />
vai muito além de uma fita de vídeo.<br />
Sua coleção, recebida do próprio Júlio<br />
Rasec, inclui CDs, diversas revistas e<br />
jornais, ingressos para shows, jaquetas<br />
exclusivas e, talvez, a peça mais<br />
curiosa: cachos vermelhos do cabelo<br />
do músico, guardados em um pote.<br />
“Nós escolhemos juntos essa cor,<br />
algo misturando laranja, rosa e vermelho.<br />
O Júlio queria ficar diferente<br />
no palco. Realmente ficou. E ele só<br />
deixava que eu fizesse os retoques.<br />
As tinturas que usávamos, eu ainda<br />
guardo comigo. Para prestar uma<br />
homenagem, batizei um dos meus<br />
filhos de Júlio Rasec Sparapan Lima.<br />
Ele nasceu 1 ano e quatro dias após<br />
o acidente”, revela.<br />
A relação de Nelson com Júlio Rasec<br />
(César, ao contrário) estende-se<br />
à família, principalmente ao pai do<br />
músico, Júlio Cesar Barbosa. Ele também<br />
frequentava seu salão. Até hoje,<br />
ambos têm contato. Com autorização<br />
dele, o cabeleireiro usa uma mamona<br />
no nome de seu estabelecimento.<br />
“Certa vez, o Júlio trouxe a banda<br />
toda aqui: o Dinho, o Bento Hinoto e<br />
os dois irmãos Reoli, Sérgio e Samuel.<br />
Imagina como ficou o lugar? A simplicidade<br />
deles era grande. Lamento só<br />
não ter conversado mais com eles,<br />
justamente por conta desses tumultos”,<br />
brinca.<br />
Técnico em eletrônica e torcedor<br />
do São Paulo, Júlio Rasec foi o último<br />
a entrar para banda. Isso ocorreu por<br />
intermédio de Dinho, que já era seu<br />
amigo. Começou como roadie do Utopia,<br />
grupo pré-Mamonas, onde também<br />
tocou teclado.<br />
Junto com Dinho era o principal<br />
compositor dos Mamonas Assassinas.<br />
Além de tecladista, Júlio também<br />
fazia vocal em algumas músicas. Interpretava<br />
Maria em ‘Vira-Vira’ e,<br />
nas apresentações ao vivo, cantava<br />
‘Sábado de Sol’ e ‘Sabão Crá Crá’.<br />
também imitava o cantor Belchior em<br />
‘Uma Arlinda Mulher’.<br />
Lima e seu<br />
filho, Júlio<br />
Rasec Lima: a<br />
identidade ao<br />
lado comprova a<br />
homenagem ao<br />
Mamona<br />
63|
38 ANOS DE SAUDADES<br />
Amizade,<br />
saudosismo<br />
e amor pela<br />
Ferroviária<br />
Ex-atletas da década de<br />
80, reúnem-se em projeto<br />
master e mantêm vivas as<br />
lembranças dessa época tão<br />
importante para a história<br />
do clube.<br />
Esquadrão afeano: Narciso, Anderson, Douglas Onça, Marcão, Vavá, Divino, Marco<br />
Antonio, Hermínio, Mauro Pastor, Edmilson, Juca, Marinho Rã, Gallo, Carlos Henrique,<br />
Rosa, Miltinho, Gerson, Donato e Edu Rosa<br />
Uma geração de ouro. Jogadores<br />
que, acima da qualidade ímpar dentro<br />
de campo, cultivavam uma amizade<br />
além das quatro linhas. Assim podemos<br />
resumir o sentimento que pairava<br />
entre os atletas que defenderam as<br />
cores da Ferroviária nos anos 80.<br />
Os torcedores mais novos da AFE<br />
podem não saber, mas nessa época,<br />
mais precisamente em 1982, ela venceu<br />
o Torneio Seletivo da Federação<br />
Paulista de Futebol, numa decisão<br />
contra o América FC, de São José do<br />
Rio Preto.<br />
Também terminou o Paulistão em<br />
6º lugar, garantindo vaga no Brasileirão<br />
(Taça de Ouro) do ano seguinte,<br />
onde conseguiu históricos resultados,<br />
como a vitória de 3 a 1 sobre o Grê-<br />
Herminio e o ídolo do Flamengo Adílio,<br />
em jogo na Arena da Fonte<br />
Registro da partida contra o XV de Jaú<br />
mio, de Renato Gaúcho, no Rio Grande<br />
do Sul.<br />
Com o objetivo de manter essa<br />
chama acesa e evitar um possível<br />
distanciamento entre os amigos, o<br />
ex-zagueiro Hermínio Palombo, que<br />
defendeu a AFE em 1982, deu origem<br />
ao time master da Ferroviária. Hoje,<br />
na diretoria do projeto, ele conta com<br />
a companhia de outros antigos companheiros<br />
de campo: Mauro Pastor,<br />
Edmílson e Rosão.<br />
A ideia começou simples, há mais<br />
de cinco anos, com as famosas confraternizações<br />
de fim de ano e o direito<br />
ao churrasco no final.<br />
Atualmente, a atividade ficou mais<br />
séria e os amigos se reúnem com<br />
mais frequência, com quase um jogo<br />
por mês contra equipes da Região<br />
dentro e fora da cidade.<br />
Os uniformes utilizados por todos<br />
foram cedidos pela diretoria atual da<br />
Ferrinha. “Praticamente todos nós encerramos<br />
a carreira ao mesmo tempo.<br />
Começamos juntos, há 38 anos, do<br />
amador ao profissional. Agora, nos<br />
divertimos”, conta Herminio.<br />
Fora seus membros diretores, o<br />
grupo conta com várias estrelas como<br />
Douglas Onça, o garoto de Ouro da<br />
Vila Xavier, o ex-atacante Marcão, os<br />
xerifes Dama e Marco Antônio, o ex-<br />
-atacante Marinho Rã e até os técnicos<br />
de futebol Dorival Júnior e PC de<br />
Oliveira. Ainda, no plantel, temos Milton,<br />
Marco Antônio, Vica, Vavá, Divino,<br />
Zé Rubens, Carlos Henrique, Donato,<br />
Douglas Neves, Gerson, Julimar, Gallo,<br />
Lavinho, Miltinho, Claudinho, Sergio<br />
Miranda, Carlos, Edu Rosa, Caico, Sidney<br />
e Marcão.<br />
O técnico desse time é o Lua, torcedor<br />
símbolo da Ferroviária. E por<br />
falar em professor, vale ressaltar que<br />
todos esses nomes foram treinados<br />
|64
ou tiveram contato direto com o ídolo<br />
maior da AFE, Olivério Bazzani Filho, ou<br />
apenas Bazzani, falecido em 2007.<br />
“Temos um grupo fixo, mas nada<br />
nos impede de chamar mais gente<br />
para brincar conosco. Tudo é feito com<br />
muito amor e também, sempre que<br />
possível, realizamos ações beneficentes<br />
para ajudar alguma instituição ou<br />
mesmo algum ex-atleta que passa por<br />
dificuldades. Saber que algum amigo<br />
nosso está mal nos incomoda demais.<br />
E vou dizer, dentro do campo, perdemos<br />
apenas para o Flamengo. Quem quiser<br />
nos chamar para algum amistoso, basta<br />
entrar em contato”, finaliza Herminio.<br />
Acima, a<br />
Ferroviária de<br />
1982. Na foto,<br />
em pé: Marinho<br />
Paranaense,<br />
Abelha, Vica,<br />
Hermínio,<br />
Zilinho, Divino,<br />
Armandão<br />
(massagista),<br />
José Carlos<br />
Porsani<br />
(diretor social).<br />
Agachados:<br />
Marinho Rã,<br />
Miltinho,<br />
Douglas Neves,<br />
Sidinei Alástico<br />
e Claudinho.<br />
65|
Texto: Benedito<br />
Salvador Carlos, o Benê,<br />
com a colaboração de<br />
Pedro Scabello<br />
VELHOS TEMPOS, BELOS DIAS<br />
500 milhas de Interlagos<br />
em 1974: “Era impossível<br />
crer que estávamos lá”<br />
,<br />
Cheguei em Interlagos<br />
com um segredo. Confesso<br />
que queria ser eu, o piloto<br />
a participar da prova em<br />
dupla com Edivilmo Moraes.<br />
Tinha um plano traçado e a<br />
conivência de seu cunhado<br />
Wanderlei Cavalari. ,Benê<br />
Na verdade, se conseguisse andar<br />
bem na chance que me fosse dada<br />
nos treinos de apronte, tudo se tornaria<br />
mais fácil e o convencimento se<br />
daria naturalmente. Como todo menino<br />
abusado, confiava plenamente<br />
no meu “taco”. Minha “pseudo experiência”<br />
vinha do histórico como participante<br />
na 50cc de três provas da<br />
Copa Centauro, com uma Zundapp<br />
e da pilotagem do meu dia a dia da<br />
minha mais nova motocicleta, uma<br />
Ducati Mark 3, 250cc um cilindro.<br />
A comemoração no pódio<br />
A Ducati era um “canhão”. Com o<br />
escapamento dimensionado, popularmente<br />
conhecido como funil, sua<br />
aceleração só cruzava acima dos<br />
4.000 RPM. Sua arrancada era brutal<br />
e os braços do piloto precisavam<br />
estar sempre firmes, usando muita<br />
força e talento para manter o guidão<br />
estável, de seu arisco e indomável<br />
motor. Dirigi-la era um prazer indescritível,<br />
emoção pura controlá-la com<br />
suas inúmeras nuances, chegava a<br />
170 km/h de velocidade final.<br />
Há um mito entre os pilotos que<br />
a Ducati é única e quem já a guiou,<br />
na acepção da palavra, nunca mais<br />
esquece. Seu motor, um puro sangue,<br />
que bate descompassado, extremamente<br />
agressivo e seu chassi super<br />
esporte, faz o piloto sentir magias ao<br />
pilotá-la. Tem um comportamento<br />
único, em alta velocidade, na entrada<br />
da curva, naturalmente tem um<br />
movimento de dança, ficando literalmente<br />
de lado, torcida, escorrega na<br />
pista, transmite a sensação de que<br />
com tanta potência, a roda traseira<br />
quer ultrapassar a dianteira. E essa<br />
era minha maior experiência e ao<br />
guiá-la, também, meu maior respeito<br />
perante a comunidade de pilotos<br />
locais. Por sorte e destino, o Moto<br />
Clube Araraquara, historicamente foi<br />
uma escola de pilotos “ducateiros”:<br />
Antonio Carlos Aguiar que corria por<br />
Araraquara, Eduardo Luzia, Victorinho<br />
Barbugli, Evaldo Salerno, Olimpyo<br />
Bernardes Ferreira Neto, Celso<br />
(Baiano Faito) Martinez e Dario Pires,<br />
sempre pilotaram com exímio talento,<br />
e com modéstia, eu fui incluso nesse<br />
seleto grupo.<br />
Nesta prova, o Moto Clube Araraquara<br />
participou com duas duplas:<br />
Eduardo Luzia e Neto, com uma Suzuki<br />
380cc 2 cilindros e 2 tempos, e<br />
Edivilmo Queiroz com José da Penha<br />
Moreira, na Yamaha TD2B de fábrica.<br />
Dario Pires, Antonio Carlos Selvino e<br />
Pinho (José Manoel do Amaral Sampaio)<br />
faziam o estafe técnico da equipe<br />
Suzuki. Vanderlei Cavalari, Baiano<br />
Faito, Peixeiro (Luizinho Ventrilo) e eu<br />
da Yamaha. Dinho Dall’acqua, como<br />
sempre, na gerência da logística.<br />
No sábado, logo pela manhã, os<br />
|66
Edivilmo Moraes, na Yamaha 31 e Neto<br />
treinos começaram e tudo caminhava<br />
com normalidade, os ajustes de<br />
corrida iam sendo realizados por<br />
Edivilmo e Penha, até que a Yamaha<br />
quebrou. Quebraram os anéis, furou<br />
um pistão e o cilindro teve a sua<br />
“camisa” riscada. Para uma equipe<br />
normal a corrida estava terminada,<br />
para Araraquara, jamais. Edivilmo e<br />
Penha, de Chevette preto, tomaram<br />
o caminho de volta para Araraquara,<br />
somente com o motor e rumaram diretamente<br />
para a fábrica de pistões<br />
Rocatti, abusando da solidariedade<br />
de Joaquim Luis Caratti, que abriu a<br />
sua fábrica e cedeu gratuitamente as<br />
peças a serem repostas. Penha era<br />
genial, tinha sempre uma solução,<br />
além de todo seu conhecimento em<br />
mecânica, era um torneiro mecânico<br />
mágico. Edivilmo também muito talentoso.<br />
Conhecia o sistema eletromecânico<br />
como poucos. Neste intervalo<br />
de tempo, Eduardo Luzia, Dario e<br />
Selvino, com mais posses, foram para<br />
um hotel. Neto, eu, Baiano, Pinho,<br />
Vanderlei, Peixeiro e Edson (Dinho)<br />
Dall’acqua ficamos no autódromo,<br />
onde dormimos. Havia no local um<br />
vestiário simples, com um chuveiro de<br />
água fria, bem modesto, onde ali em<br />
mínimas condições tomamos nosso<br />
banho, que independentemente de<br />
suas condições, para nós estava tudo<br />
ótimo. O dia se recolheu, os treinos<br />
terminaram, a noite ficou estrelada,<br />
os motores foram se calando e restaram<br />
apenas nós no autódromo. A<br />
fome chegou e, como todos bons jovens,<br />
não tínhamos nada para comer,<br />
estávamos à deriva. Por sorte, Baiano<br />
e Pinho descobriram um carrinho de<br />
pipoca, ali deixado certamente para<br />
atender os boxes no dia seguinte, e<br />
com todo talento, o liberaram para<br />
funcionamento, não sobrando milho<br />
para nunca mais. Jantamos pipoca<br />
com os Refrigerantes Mimosa da família<br />
Ciomino, refeição inesquecível.<br />
Fomos acordados às três horas da<br />
manhã do domingo com a chegada<br />
dos dois, o motor já estava “refeito”.<br />
Ato contínuo, com a ajuda de todos,<br />
foi instalado e funcionou ainda no crepúsculo<br />
da madrugada. Serviço feito<br />
e descanso merecido até o sol raiar.<br />
Diante do ocorrido e com tanta<br />
determinação de Penha, meus planos<br />
de realizar uma corrida com a Yamaha<br />
TD2B, foi “justamente” adiado.<br />
Interlagos - Yamaha TD2B e Diogo<br />
Faito. À esquerda, o carrinho de<br />
pipoca e ao fundo, o vestiário<br />
Saudosa Ducati Mark 3, 250cc, do Benê<br />
Com muita determinação, Edivilmo,<br />
Penha, Luzia e Neto fizeram um corridaço<br />
de regularidade, chegando<br />
em posições superiores, muito além<br />
de suas possibilidades. A prova foi<br />
vencida magistralmente por Johnny<br />
Ceccotto e Carlos Alberto Pavan (Jacaré),<br />
dois jovens e pilotos excepcionais,<br />
ficando o segundo lugar para<br />
os pilotos oficiais da Team Yamaha,<br />
Valter “Tucano” Barchi e Nivanor Bernardes,<br />
que substituía Denisio Casarini,<br />
naquele dia acidentado. Tempos<br />
depois, no velho barracão nº 959 da<br />
Rua Carvalho Filho, num daqueles<br />
dias de “Remember”, entre um copo<br />
e outro, onde saudade se confunde<br />
com sonhos não realizados, Baiano<br />
Faito e Pinho me confidenciaram, que<br />
foram para Interlagos neste dia, com<br />
os mesmos objetivos que eu também<br />
sonhara. Imaginavam que na primeira<br />
“sopa”, seriam eles os pilotos substitutos.<br />
Quando perguntei, qual seria<br />
o critério, se por ventura uma vaga<br />
sobrasse, foi uma gargalhada geral,<br />
e cada um de nós, até hoje se sente<br />
no direito de ser o escolhido. O sonho<br />
é de cada um, e quem terá o direito<br />
e a coragem de renunciá-lo....... com<br />
certeza ia ser uma briga interminável.<br />
Restou-me a experiência e a magia de<br />
ter andado anteriormente na Yamaha<br />
TD2B em outras duas oportunidades.<br />
Maravilhosa, 100 km/h em 4 segundos<br />
e 215 km/h de velocidade final.<br />
Velhos tempos, belos dias...<br />
67|
Meninos mostram, com orgulho, seus equipamentos em show no asilo: Percy, Celso, Bila, Sabaúna, Carlinhos, Getúlio e Tony Pent; a arma<br />
de plástico é alusão ao seriado americano de mesmo nome, pendurada no amplificador, foi ideia de Celso para a abertura do show<br />
Atenção! Os Intocáveis estão no palco<br />
Os Intocáveis foram um dos primeiros grupos de baile de Araraquara, que chamou atenção<br />
entre os anos de 1964 e 1967 por sua formação de instrumentos de sopro (metais).<br />
Quem nos conta essa história, que está interligada ao The Jungles (banda da mesma época),<br />
é o fundador Sabaúna e seu companheiro de palco, Celso Aparecido dos Santos.<br />
Seriado de televisão americano<br />
exibido de 1959 a 1963 na TV<br />
Tupi e baseado no livro de Eliot<br />
Ness e Oscar Fraley, Os Intocáveis<br />
mostrava a luta de Ness e equipe<br />
contra o “Império de Crimes”, de<br />
Chicago, montado pelo gângster<br />
Al Capone, além de vários casos<br />
de crimes e criminosos da época<br />
da Lei Seca implantada pelo governo<br />
americano, que tinha fechado<br />
todos os bares e botecos.<br />
Aqui em Araraquara, a produção<br />
serviu de inspiração para um conjunto<br />
musical, que adotou o mesmo<br />
nome, seguindo também o sucesso<br />
da música de Moreira da Silva, “Os<br />
Intocáveis”. A escolha cinematográfica<br />
em nada surpreende quando conhecemos<br />
quem é o mentor deste projeto:<br />
Américo Borges, pianista responsável<br />
pela trilha sonora dos filmes “Santo<br />
Antônio e a Vaca”, “Férias no Arraial”,<br />
“A Vida Quis Assim”, mais significativas<br />
obras rodadas em Araraquara nas<br />
décadas de 50 e 60.<br />
Na verdade, em seus primórdios,<br />
lá pelos idos de 1964, Os Intocáveis<br />
iniciava sua trajetória como Intocáveis<br />
Bossa Trio e com a seguinte formação:<br />
Sabaúna (bateria), Fiico – irmão de<br />
Américo Borges - (piano) e Edmur (baixo).<br />
“Fomos o primeiro trio da cidade<br />
a apostar nessa sonoridade. O Fiico e<br />
eu éramos vizinhos, na Avenida Prudente<br />
de Moraes. O Américo nos uniu<br />
e chamou o Edmur”, revela Sabaúna,<br />
67, à nossa reportagem.<br />
“Série Bandas e Grupos Musicais da Cidade<br />
é um projeto da Revista Comércio, Indústria<br />
e Agronegócio, visando resgatar a história<br />
musical da cidade em todos os tempos.<br />
CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES<br />
|68
O baterista arremata. “Fizemos<br />
apresentações memoráveis, como<br />
no avant premiere do filme Santo Antônio<br />
e a Vaca, além de um inesquecível<br />
show ao lado do renomado Zimbo<br />
Trio, no Teatro Municipal”, recorda.<br />
Pouco tempo depois, em virtude<br />
do crescimento da Jovem Guarda no<br />
Brasil, uma nova diretriz artística foi<br />
pensada por Sabaúna. Para tal, foram<br />
recrutados Celso Aparecido dos Santos<br />
(guitarra base), Getúlio (guitarra<br />
solo) e Bila (baixo), que substituiu<br />
Edmur, quando este se mudou com<br />
seu pai para outra cidade. Agora o<br />
trio viraria um grupo, sendo chamado<br />
apenas por Os Intocáveis.<br />
”Fui convidado por Sabaúna e<br />
aceitei logo de cara, pois conhecia o<br />
grupo e suas músicas. Pedi que chamassem<br />
um guitarrista solista e assim<br />
o Getúlio, um grande instrumentista,<br />
entrou para a turma”, lembra<br />
Celso, hoje com 72 anos.<br />
Sabaúna, Fiico, Edmur, Getúlio e<br />
Celso, recrutaram os outros músicos<br />
através das Domingueiras Alegres ou<br />
Brincadeiras Dançantes, eventos que<br />
aconteciam pelos clubes da cidade.<br />
“O pessoal se reunia nesses eventos<br />
e íamos conhecendo quem realmente<br />
tocava bem ou não. Fomos selecionando<br />
os melhores, pois éramos<br />
exigentes”, pontua Celso.<br />
Show no Clube 22 de Agosto: Getúlio, Percy, Tony Pent, Celso e Bila<br />
Com ensaios na casa de Sabaúna,<br />
o repertório básico do grupo reunia<br />
samba, MPB, jovem guarda e até música<br />
internacional. As apresentações<br />
eram constantes, normalmente de<br />
quarta a domingo. Clubes como 22<br />
de Agosto, 27 de Outubro e Araraquarense<br />
eram os principais palcos.<br />
Quermesses também estavam na<br />
pauta. Inclusive, foi num evento na<br />
Igreja Nossa Senhora das Graças (importante<br />
e disputada festa da época)<br />
a pitoresca estreia do baixista Bila,<br />
que substituiu Edmur.<br />
“O Bila estava muito nervoso. Então<br />
sugeri que ele tomasse um pouco<br />
de uísque, que o Vilcides tinha trazido.<br />
Ele foi lá e tomou, só que, na<br />
verdade, aquilo era um líquido para<br />
limpar o instrumento dele. Brincadeiras<br />
à parte, ele gostou de tocar e<br />
perdeu o medo”, ri Celso.<br />
Outra pessoa muito importante<br />
na trajetória do grupo foi Benedito<br />
Selante, que virou empresário do<br />
grupo na sua formação completa,<br />
viabilizando roteiros e logísticas para<br />
que os meninos se apresentassem<br />
em outras cidades da região. O pai de<br />
Sabaúna, senhor Chrispim Servino,<br />
também fez parte da produção do grupo,<br />
acompanhando shows e ensaios<br />
sempre que possível. Os Intocáveis<br />
tinham roupas impecavelmente confeccionadas<br />
por Sérgio Milanez, ótimo<br />
e concorrido alfaiate local da época.<br />
Assim, com essa nova formação, o<br />
grupo abriu as portas para outros músicos<br />
e possibilidades sonoras, com<br />
bateria (Sabaúna), guitarra base (Celso),<br />
guitarra base 1/8 acima (Percy),<br />
guitarra solo (Getúlio), teclado (Fiico),<br />
baixo (Bila), trompetes (Giba e Carlinhos),<br />
trombone de vara e saxofone<br />
(Vilcides e Waltinho) e voz com Tony<br />
Pent, transformando-se assim, em<br />
um dos primeiros grupos de baile de<br />
Araraquara, segundo Celso.<br />
Diferentemente dos outros grupos da<br />
época, Os Intocáveis se diferenciavam por<br />
usar metais no palco, como trompetes,<br />
trombone de vara e saxofones<br />
69|
Banda Moog Boys (esquerda) e Os Intocáveis (direita) com o pai de Sabaúna, Chrispim Servino, ao lado de Pedro Rodrigues, que foi<br />
empresário dos Jungles; os grupos, na ocasião, se preparavam para se exibir no Clube 22 de Agosto, uma das principais casas de show<br />
da época, ponto de encontro de toda a juventude. A apresentação seria de Osvaldo Zaniollo (Rádio Voz), primeiro à direita<br />
O vocalista Dimas e Carlão (saxofone)<br />
também passaram pelo grupo.<br />
“Tínhamos muita gente no palco, mas<br />
nem sempre conseguíamos reunir<br />
todo mundo nas fotos. A maioria era<br />
adolescente, entre 14 e 20 anos de<br />
idade”, pontua o guitarrista Celso.<br />
Um ponto importante a ser lembrado<br />
é que a banda não vivia dos<br />
cachês, direcionando o dinheiro para<br />
investimentos em instrumentos e<br />
equipamentos. “Assim, tínhamos ótimos<br />
equipamentos para a época e<br />
isso nos ajudava a condicionar excelentes<br />
shows e chamar o público, que<br />
sempre nos acompanhava. Muitos<br />
instrumentistas entusiastas apareciam<br />
em nossas apresentações para<br />
aprender as músicas. Hoje, conseguir<br />
uma cifra é muito fácil, pois tem tudo<br />
na internet. Naquela época não tínhamos<br />
este recurso. Neste quesito, o<br />
Vilcides tinha um papel muito importante,<br />
pois sabia fazer bem a leitura<br />
de partituras e transcrevia para os<br />
outros metais”, lembra Celso.<br />
O ponto alto da carreira dos araraquarenses<br />
foi a aparição na TV<br />
Tupi (Canal 4), no programa “J R e<br />
a Juventude”, do conhecido Júlio Rosemberg,<br />
em 1965. Faziam também,<br />
shows beneficentes no Asilo de Mendicidade<br />
de Araraquara. Em 1966, Os<br />
Intocáveis ficaram em 3º lugar no 1º<br />
Festival de Conjuntos no IEBA, vencido<br />
pelos Condor Boys.<br />
THE JUNGLES E O FIM<br />
DA AMIZADE<br />
O guitarrista Celso conhecia o vocalista<br />
Tony Pent desde a infância, na<br />
época, chamado apenas de Toninho,<br />
quando eram vizinhos e estudaram<br />
juntos na Vila Xavier. Inclusive, os sinos<br />
da Igreja Santo Antônio embalaram<br />
uma das composições de Pent,<br />
chamada “Soninha”.<br />
“Eu acabei dando uma ajuda pra<br />
ele entrar para Os Intocáveis. Na audição,<br />
eu cantei o tom da música no<br />
ouvido dele, para ele não errar. Ele<br />
tinha uma ótima presença de palco,<br />
que seguia a postura de grandes estrelas<br />
da época, como Roberto Carlos”,<br />
diz Celso.<br />
Certa vez, Celso e Tony viajaram<br />
até Santos para buscar uma guitarra<br />
Fender e um amplificador Valiant, que<br />
Celso tinha ganho do seu irmão pois,<br />
até então, usava um instrumento feito<br />
por seu tio, Elídio da Cunha (Celso<br />
a tem guardada até hoje, com muito<br />
carinho). E nesta viagem, um episódio<br />
chamou atenção: os dois foram convidados<br />
para uma festa por algumas<br />
meninas que conheceram na praia.<br />
Neste dia, Tony se apresentou a uma<br />
delas, como Tony Pent Lupo, fazendo<br />
referência a uma família tradicional<br />
de Araraquara. “Após essa jogadinha<br />
dele, pensamos que nos daríamos<br />
bem. O que não esperávamos era que<br />
uma das meninas que estava na festa<br />
fosse sobrinha da inspetora da escola<br />
em que Tony e eu estudávamos (Francisco<br />
Pedro Monteiro da Silva, mais<br />
conhecido como Chicão). Imagine<br />
a confusão na qual nos metemos”,<br />
brinca Celso.<br />
Tony Pent e Celso dos Santos: amigos<br />
desde adolescência na Vila Xavier; hoje,<br />
os dois se falam eventualmente<br />
|70
Celso com a guitarra feita pelo tio<br />
E justamente Tony Pent foi o primeiro<br />
a deixar Os Intocáveis, seduzido<br />
por uma proposta do grupo The<br />
Jungles e ter um microfone sem fio.<br />
Sendo assim, Sabaúna encontrou o<br />
novo vocalista Dimas, que era um<br />
excelente cantor de uma orquestra<br />
em São Carlos. “A estreia de Dimas<br />
foi fantástica. Sua semelhança com<br />
Simonal, tanto em timbre quanto em<br />
aparência, deixou todos boquiabertos.<br />
Ele era extremamente afinado<br />
e eu tive e certeza que fiz a escolha<br />
certa”, lembra Sabaúna.<br />
Tudo parecia tranquilo na carreira<br />
do grupo Os Intocáveis, mas um show<br />
cancelado às pressas na Universidade<br />
Federal de Curitiba/PR (onde tiveram<br />
que vender todos os instrumentos<br />
para pagar a multa rescisória por<br />
não terem comparecido ao evento)<br />
mexeu com a união dos meninos.<br />
Esse cancelamento culminou em uma<br />
discussão acalorada entre Sabaúna e<br />
Getúlio que, por pouco, não terminou<br />
em pancadaria.<br />
“Sabaúna e Getúlio se ameaçaram.<br />
Um não ficaria na banda com a<br />
presença do outro. Com isso, somando<br />
o fato da perda da nossa aparelhagem<br />
de som, senti que era o começo<br />
do fim. E foi! Eu fiquei tão triste, que<br />
nunca mais toquei profissionalmente”,<br />
conta Celso. “Não tinha mais clima.<br />
Então aceitei o convite e também<br />
fui para os The Jungles. Como eu era<br />
o único membro fundador ainda no<br />
time, Os Intocáveis acabaram encerrando<br />
as atividades, em meados de<br />
1967. Continuei na música, mas guardo<br />
um carinho especial pelo grupo Os<br />
Intocáveis”, diz Sabaúna.<br />
Depois de anos, alguns integrantes<br />
ainda mantém contato, lembrando<br />
com saudades os bons tempos em<br />
que faziam sucesso na cidade e na<br />
Região. Carlão e Tony Pent moram em<br />
Ribeirão Preto, Edmur vive em São<br />
Paulo, Waltinho em Botucatu, Vilcides<br />
em Boa Esperança do Sul. Em<br />
Araraquara, ainda vivem Sabaúna,<br />
Celso, Fiico, Carlinhos e Bila. Dimas<br />
nunca mais foi visto. Giba e Percy já<br />
faleceram. E para fechar esta reportagem,<br />
fica aqui um sentimento mútuo,<br />
transmitido a nós por Sabaúna e<br />
Celso dos Santos: o maior orgulho de<br />
ambos é ver o amor da música dos<br />
dois, transmitido a outras gerações<br />
da família. No caso do guitarrista,<br />
seu filho Daniel Bernardo é guitarrista<br />
solo na Banda Bruce Brothers. O neto<br />
de Sabaúna, Werley, é percussionista.<br />
Sabaúna também fez carreira na capital<br />
71|
E o amor?<br />
VIP<br />
VIDA SOCIAL por Maribel Santos<br />
Olá, querido leitor! E o que dizer do amor no mês mais romântico<br />
do ano? O sociólogo polonês, de descendência judaica falecido ano<br />
passado, Zygmunt Bauman escreveu: “A modernidade líquida em que<br />
vivemos traz consigo uma misteriosa fragilidade dos laços humanos,<br />
um amor líquido. A segurança inspirada por essa condição estimula<br />
desejos conflitantes de estreitar esses laços e ao mesmo tempo<br />
mantê-los frouxos”. Mas, apesar de tudo ainda existem casais<br />
apaixonados, companheiros e que vivem a totalidade do amor.<br />
Parabéns aos “corajosos” e eternos românticos!<br />
VIPS<br />
EM DESTAQUE<br />
Fotos: Maribel Santos<br />
Fotos: Marcela Campos<br />
Clube Araraquarense<br />
Flávia Moreira<br />
Spadafora,<br />
Ana Paula<br />
Coan Pierri,<br />
Ana Maria<br />
Coan e<br />
Reinolds Frais<br />
Fernando Giroto e Georgia Colino<br />
Neusa Guatelli e<br />
Luiz Aufieri<br />
Família Magilli reunida:<br />
Elaine, Pedro e Paulo<br />
|72
Wladimir Domingues Soldado e<br />
Claides Soldado<br />
Vera Zenatti e Cris Zanin<br />
Leila Zaniolo Paulucio e<br />
Paulo Antônio Paulucio<br />
Renata Maria Fleury e<br />
Lineu Hamilton Cunha<br />
Cidinha Veiga e<br />
Ana Lúcia Santos<br />
Ana Araujo e Jocelito Machado<br />
Laís Souza e<br />
Roni Willian<br />
73|
VIPS<br />
EM DESTAQUE<br />
Karina Iamada e Márcia Iamada<br />
Cristinéia Maestre Mendes com o casal Spaniol,<br />
Monalisa e Mário<br />
Kátia Sassi<br />
Camila<br />
Melhado<br />
Vivian Almeida e<br />
Mayra Almeida<br />
|74<br />
Fransérgio Martins e Isaac Samuel
75|
VITRINE<br />
JOÃO DA REDAÇÃO CARLOS<br />
INAUGURAÇÃO DO INTERATIVO<br />
O Colégio Interativo inaugura sua<br />
nova unidade na Avenida Padre<br />
Anchieta, no final de julho. A<br />
educação em Araraquara só tem<br />
a ganhar, pois trata-se de uma<br />
obra de imprescindível valor e que<br />
demonstra o interesse da direção<br />
da escola em oferecer ensino de<br />
qualidade. O investimento realizado<br />
também mostra que o Interativo está<br />
de olhos voltados para o futuro.<br />
Parabéns e boa sorte.<br />
O prédio do Interativo a ser inaugurado até o final de julho<br />
André Boalin consegue unir o útil ao agradável: sua vida<br />
empresarial na Aliança e a carreira de DJ<br />
Mauro Solssia recebe na Solssia Corretora de<br />
Seguros para um café da manhã, os amigos<br />
Osmar Alberto Volpe (Pio), Ivan Roberto Peroni,<br />
Wilson Pedroso (Índio) e Humberto Perez<br />
ANIVERSÁRIOS<br />
Junho|20<strong>18</strong><br />
A diretoria do SINCOMERCIO cumprimenta todos os aniversariantes<br />
DATA NOME<br />
EMPRESA<br />
DATA NOME<br />
EMPRESA<br />
02/06<br />
04/06<br />
04/06<br />
05/06<br />
06/06<br />
06/06<br />
06/06<br />
06/06<br />
09/06<br />
09/06<br />
10/06<br />
10/06<br />
11/06<br />
11/06<br />
11/06<br />
13/06<br />
Luzia Nucci Garitta<br />
Ademir Barbosa dos Santos<br />
João Luíz Ribeiro Santos<br />
Tarso Esteves Rodrigues<br />
Henrique Luís Carrascossi<br />
Irineu Ramos Júnior<br />
Marcelo Benedito Murcia<br />
Mayara Cristina Jacon<br />
Everton Arnaldo Simões<br />
Jaqueline Cristina Branco<br />
Antônio Bruno Montoro<br />
Giacomo Dalla Vecchia<br />
Carlos André do Nascimento<br />
Paulo André Alves Pinto<br />
Ronaldo Hercílio Mattos<br />
Antônia Dalva Carvalho Pilon<br />
Remo Garitta<br />
Maquifísica<br />
Imobiliária São Paulo<br />
Megabat Baterias<br />
Chefor<br />
Multi Catálogos<br />
Movbase Infraestrutura<br />
AJ Citrus<br />
Auto Vans Mec. e Auto Peças<br />
Jacke Shoes Calçados e Bolsas<br />
Rádio Morada do Sol<br />
Lojas Cem<br />
Nascimento Sol. Empresariais<br />
Vilacopos<br />
R M Telecomunicações<br />
Jopasa<br />
14/06<br />
15/06<br />
<strong>18</strong>/06<br />
19/06<br />
19/06<br />
19/06<br />
20/06<br />
21/06<br />
21/06<br />
24/06<br />
25/06<br />
26/06<br />
27/06<br />
28/06<br />
30/06<br />
Alfredo Haddad Neto<br />
Carlos Massayuki Miyai<br />
Luis Fávero de Souza<br />
Denise Ap. Roseghini<br />
Neusa Santana<br />
Roberto Donizeti Braguini<br />
João Gossain<br />
Laércio Grili Grande<br />
Sílvia Mahfuz<br />
Clélia Aparecida Santos<br />
Reginaldo Fernando Jorgin<br />
Luciana Cristina Caetano<br />
Dorival Rodrigues Júnior<br />
Sônia Cristina da Silva<br />
Antônio Donizete dos Santos<br />
HDZ Imóveis<br />
Big Real<br />
Grafite Papelaria<br />
Sucos Naturais da Rua 04<br />
Quatro Estações<br />
Blocos Belfort<br />
Mercearia Avenida<br />
Com. e Repres. Grili Grande<br />
J Mahfuz<br />
Clélia<br />
Agaeli Distr. Peças<br />
Lojas Certeza<br />
Turística Sonhomeu<br />
Casa Deliza<br />
Zetti Auto Peças<br />
|76
Inauguração da nova sede do Sicoob 4434, um dos<br />
principais eventos sociais de Matão nesta temporada.<br />
Ademar Ramos da Silva e a esposa Maria<br />
Regina na inauguração<br />
Antonio Tomazetti Gaban e esposa Maria<br />
Casal Cristina e Walter Francisco Orloski<br />
José Janone Júnior, presidente da ACIA e<br />
Mário Thuyosi Hokama, do Sicoob 4434<br />
Angela Maria e Aparecido Luís dos Santos<br />
Ligiane e Eduardo Antonialli Del’Acqua<br />
Ivani Reis de<br />
Lima e Daniela<br />
Curti Batista,<br />
integrantes da<br />
equipe Sicoob<br />
em Matão<br />
Walter Francisco Orloski, diretor administrativo<br />
do Sicoob 4434, recebe em noite festiva Carlos<br />
Augusto de Macedo Chiaraba, presidente do<br />
Conselho de Administração do Sicoob Cooperaso,<br />
de Sorocaba e Francisco Rao, presidente da<br />
Crediconsumo de Santo André<br />
Júlio Pascoal<br />
Basso, membro<br />
do Conselho<br />
Fiscal do<br />
Sicoob 4434<br />
e o advogado<br />
Gesiel de Souza<br />
Rodrigues<br />
77|
Luís Carlos<br />
BEDRAN<br />
Sociólogo e cronista da Revista Comércio,<br />
Indústria e Agronegócio de Araraquara<br />
Velhos amigos pescadores<br />
Pedaço de rio, num final de tarde, com suas águas<br />
serenas e tranquilas, próprias para reflexões<br />
Nesta época de tanta confusão<br />
na política, coisa jamais vista antes<br />
no País e apenas a quatro meses das<br />
eleições, não adianta ficar a imaginar<br />
quem serão os tantos pré-candidatos<br />
ou candidatas que disputarão a<br />
Presidência da República, ou os dois<br />
que conseguirão chegar ao fim no segundo<br />
turno (caso ocorra).<br />
Além do mais, em respeito à opinião<br />
dos esclarecidos leitores e das<br />
inteligentes leitoras, não confessarei<br />
quem é o meu pré-candidato. Mas<br />
afirmo que não deixarei de ir votar,<br />
não votarei em branco, nem anularei<br />
meu voto, coisa jamais feita antes em<br />
minha vida de votante.<br />
É que vocês, pelo<br />
menos os mais jovens,<br />
sequer podem imaginar<br />
o quão gratificante<br />
é os cidadãos, depois<br />
de mais de duas décadas,<br />
terem conseguido<br />
recuperar o direito de<br />
voto, pela redemocratização,<br />
antes proibido<br />
pela intervenção militar.<br />
Apenas darei uma<br />
dica, que até já devem<br />
supor pelo vernáculo:<br />
é do sexo masculino, não é nem da<br />
chamada ‘esquerda’, menos ainda da<br />
intitulada ‘direita’, posições essas indefiníveis<br />
neste século.<br />
Então, no aguardo dos acontecimentos,<br />
nada como partir para<br />
amenidades, como falar sobre pescarias.<br />
E a recordar dos velhos amigos<br />
pescadores que já partiram, há muito<br />
tempo, para o Oriente Eterno.<br />
Como o Mário Barbugli. Um<br />
homem metódico que passava todo<br />
o fim de semana com os amigos em<br />
seu pesqueiro nas margens do Moji<br />
Guaçu. Sabia quando estava bom para<br />
se pescar dourado, ao encher um copo<br />
da água do rio. Como? Pelo grau de<br />
transparência, se ela estivesse mais ou<br />
menos turva.<br />
Então colocava seu motor Johnson<br />
na água e ia pescar de rodada. Caso<br />
contrário, apoitava no barranco, em<br />
lugar cevado, para pescar piavas; isso<br />
quando não ficava em sua estiva coberta.<br />
Como o Dr. Domingos Abritta,<br />
seu companheiro de pescaria e que<br />
preferia ficar na estiva fumando um<br />
enorme charuto, enquanto<br />
esperava o<br />
puxão das piracanjubas,<br />
pois elas ainda<br />
lá existiam. Sentado<br />
numa cadeirinha, mais<br />
filosofava do que pescava.<br />
Como o italiano<br />
Ferruccio Miari, dono<br />
do antigo Bar da Estação,<br />
quando ainda<br />
a ferrovia era direcionada<br />
aos passageiros,<br />
hoje inexistente, possuidor<br />
de uma paciência de Jó, nem<br />
tanto para pescar, mas para sintonizar<br />
no dial de seu rádio as ondas curtas,<br />
procurando notícias do exterior, principalmente<br />
as italianas.<br />
Como o Jorge Bedran que, quando<br />
não ficava na estiva, obstinado e paciente<br />
até o fim da tarde, tentando<br />
pegar os ximburés e as piavas, subia<br />
em seu barco e ia pescar num córrego,<br />
o Guariroba, afluente do Moji, onde se<br />
divertia fisgando pequenas piavas e<br />
E assim, a deixar de<br />
lado provisoriamente as<br />
preocupações sobre o<br />
futuro do País enquanto<br />
as eleições não chegam,<br />
lembro-me dos antigos<br />
amigos pescadores,<br />
pessoas politizadas, que<br />
nunca poderiam imaginar<br />
que pudéssemos chegar a<br />
tal estado de coisas, a um<br />
nível tão baixo de nossos<br />
representantes.<br />
lambaris, às vezes até sozinho. Numa<br />
dessas vezes sua canoa bateu numa<br />
pequena árvore que tinha um cacho<br />
de abelhas. Elas se agitaram e ele foi<br />
obrigado a cair na água, pendurado na<br />
canoa (não sabia nadar) durante uma<br />
eternidade, até o enxame se dispersar.<br />
Disse-me ele que foi difícil de se safar<br />
e depois subir na canoa, pois era um<br />
tanto gordo e pesado.<br />
Esses quatro amigos, verdadeiros<br />
irmãos, depois do jantar se reuniam<br />
para jogar buraco que varava a madrugada<br />
e a bater papo, recordando antigas<br />
pescarias, quando havia fartura<br />
de peixes. Nem existia televisão para<br />
impedir o diálogo como ocorre atualmente<br />
nos ranchos modernos: hoje<br />
parece que os pescadores são movidos<br />
a álcool para se distrair. Talvez<br />
porque não haja mais tanto peixe<br />
como no passado.<br />
Outro antigo companheiro de<br />
pescaria era o Engº Marco Antonio<br />
Dentillo, que faleceu tragicamente<br />
num acidente na estrada quando ia<br />
pescar no Rio Taquari, no Estado do<br />
Mato Grosso do Sul. Embora convidado,<br />
não pude ir com ele. Também<br />
pescávamos no Anhumas, Jacaré e<br />
Moji. Perseverante e paciente, ficava<br />
o dia inteiro na beira do rio e depois<br />
voltava completamente revigorado<br />
para a cidade.<br />
E assim, a deixar de lado provisoriamente<br />
as preocupações sobre o<br />
futuro do País enquanto as eleições<br />
não chegam, lembro-me dos antigos<br />
amigos pescadores, pessoas politizadas,<br />
que nunca poderiam imaginar<br />
que pudéssemos chegar a tal estado<br />
de coisas, a um nível tão baixo de nossos<br />
representantes.<br />
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