Guardião de tesouros JOM BRA (1)

Guardião
de tesouros
O que você
precisará:
Espaço amplo para praticar a
atividade, diversos cones coloridos
(ou similar), corda, uma bola macia
(ou similar) presa à corda
Como realizar a atividade
Com base no número de participantes, divida os grupos em 4-5
participantes, organizados em fila (“navio”). Todos eles serão
“piratas”, e deverão iniciar um de cada vez, como em um jogo de
revezamento tradicional. O objetivo do jogo é pegar o maior
número possível de tesouros (cones planos coloridos, ou similar),
correndo em direção à ilha (centro da área destinada para a
atividade) e tentando pegar apenas um tesouro de cada vez.
O guardião (instrutor(a)) permanece no centro da ilha e gira
continuamente uma bola macia (ou similar) presa a uma corda.
Caso um(a) pirata seja atingido pela bola, ele(a) deverá deixar o
tesouro na ilha e retornar ao navio, possibilitando a saída de
outro participante de seu grupo, que tentará pegar o tesouro, e
assim sucessivamente.
Foco principal
Essa atividade, muito apreciada pelas crianças, tem uma estrutura
adaptável que ajuda o(a) instrutor(a) a mudar facilmente o seu
foco. As variações apresentadas criam uma progressão entre os
domínios. Em especial, V.3 e suas sub-variações possibilitam o
desenvolvimento das funções cognitivas e flexibilidade; V.4, ao
contrário, incentive mais as habilidades interpessoais como a
empatia, comunicação e trabalho em equipe.
V.1
V.2
V.3
V.3.1
V.3.2
V.4
Como desenvolver
a atividade:
da repetição à
variação
Varie a forma de como se chegar à ilha.
Cada participante tem que variar a
forma de locomoção para chegar até
a ilha (por exemplo, caso alguém já
tenha “corrido”, o(a) próximo(a) da
fila terá que usar outra forma de
locomoção, como por exemplo,
“saltitando”.
Rotação imprevisível.
Agora o guardião gira a bola de
maneira imprevisível, mudando a
direção, velocidade e altura da bola.
Pegue o tesouro somente com...
O(A) instrutor(a) define alguma
associação entre a cor do tesouro e a
forma que o(a) pirata tem que
pegá-lo (por exemplo, amarelo ->
mão esquerda, azul -> mão direita,
laranja -> as duas mãos)
Mudando as associações.
O(A) instrutor(a) pode mudar a
associação entre as cores e a forma
para pegar o tesouro (por exemplo,
agora: laranja -> mão esquerda,
amarelo -> mão direita, azul -> as
duas mãos).
Associações livres.
O(A) instrutor(a) pode criar novas
associações: por exemplo, tesouros
nas cores amarelo e azul podem ser
apanhados com as partes
superiores do corpo, tesouros nas
cores laranja com as partes
inferiores do corpo.
Em duplas.
A atividade recomeça a partir da
versão básica, porém, agora os
piratas deverão estar em duplas, de
mãos dadas; eles devem permanecer
unidos pelas mãos o tempo todo.
Cada dupla pode pegar somente um
tesouro de cada vez.

Guardião de tesouros
Como fazer
a atividade funcionar
Estratégias didáticas
Em primeiro lugar, é importante considerar o número de tesouros em relação ao número de participantes para
garantir as mesmas oportunidades para o grupo como um todo: uma sugestão poderia ser 3-4 tesouros por
participante. Além disso, o número de piratas por equipe deverá ser por volta de 4-5 pessoas para possibilitar uma
participação ativa. O primeiro feedback que o(a) instrutor(a) pode fornecer aos participantes ao propor este jogo,
refere-se ao processo de tomada de decisão que leva o(a) participantes a entender como e quando é melhor e
mais seguro se aproximar da ilha e recolher o tesouro. Então, quando os participantes se familiarizarem com a
atividade, a sugestão poderia ser de aumentar gradativamente a complexidade e a imprevisibilidade do jogo,
introduzindo a V.1 e V.2. Depois disso, caso a meta seja desenvolver as funções cognitivas, é possível praticar a
atividade com a associação “cor e modo de recolher”. Outra possibilidade, caso a meta seja mais em termos de
desenvolver os aspectos sociais, poderia ser empregada a V.4. Por fim, é importante informar que cada uma das
variações apresentadas previamente pode ser praticada também em duplas, talvez em uma próxima
oportunidade de prática deste jogo, começando com a estrutura básica em duplas e acrescentando,
progressivamente, alguma tarefa ou restrições sociais.
Entrando na atividade
Análise da tarefa
Objetivos para aptidão física
Melhorar principalmente a velocidade: o tempo de jogo ativo é muito breve, mas ao mesmo tempo, é
muito intenso. Melhorar também a mobilidade e flexibilidade em que os participantes têm para evitar
de serem atingidos pela corda.
Objetivos para coordenação motora
Melhorar o controle motor, principalmente em termos de variedade das habilidades locomotoras
adotadas. Melhorar também a transformação motora cada vez que o(a) participante se aproxima da
ilha, mais notavelmente na variação imprevisível (V.2).
Objetivos para flexibilidade cognitiva
Melhorar o controle inibitório, pois o elemento giratório pede constantemente ao participante para
autorregular suas ações que precisam ser atrasadas ou interrompidas para não ser atingido(a). Este
conceito é ainda mais marcante quando o guardião gira a bola mais rapidamente e de maneiras
imprevisíveis.
Objetivos para habilidades de vida
Intrapessoal: melhorar o autocontrole dos comportamentos, a tomada de decisão para encontrar o
momento correto e a forma de chegar à ilha; melhorar a solução de problemas (e criatividade) ao
adicionar restrições da tarefa, que se referem, por exemplo, à forma de recolher os tesouros.
Interpessoal: melhorar a empatia e a comunicação na V.4, quando a atividade é praticada em duplas.