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AGROECOLOGIA_NO_ACRE_LIVRO_COMPLETO_cd

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INSTITUTO FEDERAL DO DO ACRE ACRE

e demais formas de vegetação existentes ao redor dos rios, lagos, nascentes, lagoas e

reservatórios (BRASIL, 2012).

Atualmente, a largura mínima da faixa marginal, que deve ser preservada,

poderá variar de 30 m (em cursos de água com menos do que 10 m de largura) a 500

m (em cursos de água com mais do que 600 m de largura). No caso das nascentes,

mesmo que intermitentes, o raio mínimo de vegetação deverá ser de 50 m. Para as

lagoas e reservatórios, naturais ou artificiais, situados em áreas rurais, e com mais de

1,0 ha de área, a largura mínima da APP deverá ser de 50m, para aqueles com área

de inundação de até 20 ha e de 100 m para os demais. Em áreas urbanas, a faixa de

preservação deverá ser de 30 m (BOTELHO; DAVIDE, 1999; BRASIL, 2012).

Observando a tendência das mudanças ocasionadas pela antropização, muitas

espécies serão afetadas imediatamente após a perturbação; outras, menos sensíveis,

levarão um tempo maior. Espécies de estágios sucessionais tardios, adaptadas a

ambientes sombreados, poderão ter extinção local devido à alteração do microclima

da floresta, como no caso de algumas palmeiras, como Phytelephas macrocarpa.

No entanto, para o estado do Acre, após algumas tentativas de normatizar

mais claramente a atividade, foi instituída a Instrução Normativa nº 05 (BRASIL,

2002), que extingue a necessidade de elaboração de planos de manejo florestais

sustentáveis para os PFNMs.

Observando as modalidades de manejo florestal sustentáveis, todas

possuem o componente uso múltiplo, o que compreende o uso concomitante de

mais de um produto, ou serviço florestal, logo os PFNMs deveriam ser manejados

complementarmente aos produtos madeireiros e aos serviços ambientais (BRASIL, 2002).

Há que se considerar a necessidade de se implementar, de maneira definitiva, o

manejo florestal sustentável de forma que a atividade, além de sustentável ecologicamente,

dê alternativa de renda às populações locais e, desta forma, mantenha a floresta em

pé. Tal sustentabilidade, tanto ecológica quanto econômica, deve ser pautada nos

princípios já apresentados anteriormente neste capítulo e em um planejamento prévio.

Dessa maneira, há que se dedicar esforços para desenvolver projetos que

visem orientar, de maneira mais eficiente, o manejo de produtos não madeireiros,

por meio de políticas públicas estaduais e municipais. Existem políticas que buscam

estratégias para mudança, mediante iniciativas que contribuam para a consolidação

das cadeias dos PFNMs, em função do potencial que estes produtos apresentam

para a conservação da biodiversidade; em função de seu potencial para a geração de

renda e para o desenvolvimento sustentável, de modo a contribuir para a redução da

devastação florestal (FIEDLER et al., 2008).

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