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Gilda Maria Pompéia Soares' - Centro de Referência em Educação ...

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Dependência, adição, vício, hábito(4)<br />

Os termos adição, vício e hábito já foram abandonados pela OMS por ser<strong>em</strong><br />

imprecisos e levar<strong>em</strong> a falsas interpretações. Os termos <strong>de</strong>pendência física e<br />

<strong>de</strong>pendência psicológica também foram abandonados, usando-se agora apenas a<br />

palavra <strong>de</strong>pendência. Isto porque, no passado, julgou-se erroneamente que as drogas<br />

induziam à <strong>de</strong>pendência física - e, conseqüent<strong>em</strong>ente, à síndrome <strong>de</strong> abstinência<br />

-seriam aquelas consi<strong>de</strong>radas perigosas (por isso chamadas "pesadas"), ao contrário<br />

das que induziam apenas à <strong>de</strong>pendência psicológica (no caso, as drogas leves). Este<br />

tipo <strong>de</strong> conceito é equivocado, pois, <strong>em</strong>bora se saiba que a cocaína não induz à<br />

síndrome <strong>de</strong> abstinência, n<strong>em</strong> por isso po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rá-la leve.<br />

Desta maneira, a OMS não classifica o usuário <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> drogas como adicto,<br />

muito menos como "viciado". De fato, consi<strong>de</strong>ra-se que o abuso <strong>de</strong> drogas não po<strong>de</strong><br />

ser <strong>de</strong>finido apenas <strong>em</strong> função da quantida<strong>de</strong> e freqüência <strong>de</strong> uso. Assim, uma pessoa<br />

só <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte se o seu nível <strong>de</strong> consumo incorrer <strong>em</strong> pelo menos<br />

três dos seguintes sintomas ou sinais, ao longo dos últimos doze meses antece<strong>de</strong>ntes<br />

ao diagnóstico:<br />

forte <strong>de</strong>sejo e compulsão <strong>de</strong> consumir drogas;<br />

consciência subjetiva <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controlar a ingestão <strong>de</strong><br />

drogas, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> início, término ou nível <strong>de</strong> consumo;<br />

uso <strong>de</strong> substâncias psicoativas para atenuar sintomas <strong>de</strong> abstinência, com plena<br />

efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tal estratégia;<br />

estado fisiológico <strong>de</strong> abstinência;<br />

evidência <strong>de</strong> tolerância, necessitando doses crescentes da substância requerida para<br />

alcançar efeitos originalmente produzidos;<br />

estreitamento do repertório pessoal <strong>de</strong> consumo, quando o indivíduo passa, por<br />

ex<strong>em</strong>plo, a consumir drogas <strong>em</strong> ambientes não-propícios, a qualquer hora, s<strong>em</strong><br />

nenhum motivo especial etc.;<br />

negligência progressiva <strong>de</strong> prazeres e <strong>de</strong>sinteresses outros <strong>em</strong> favor do uso <strong>de</strong><br />

drogas;<br />

persistência no uso <strong>de</strong> drogas a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong>ste apresentar clara evidência <strong>de</strong><br />

manifestações danosas;<br />

evidência <strong>de</strong> que o retorno ao uso <strong>de</strong> substância, após um período <strong>de</strong> abstinência,<br />

leva a uma reinstalação rápida do quadro anterior.<br />

4 I<strong>de</strong>m.<br />

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