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17<br />
Informativo da<br />
Informa<br />
Obras inovadoras<br />
em destaque<br />
13 profissionais são homenageados<br />
no Destaques ABECE<br />
Acontece nas Regionais<br />
Encontros mensais<br />
Artigo Técnico<br />
Estruturas mistas e<br />
híbridas aço/concreto<br />
Entrevista com<br />
Marcio Porto<br />
Green Towers<br />
Hangar Business Park<br />
Unlimited Ocean Front<br />
Porto Maravilha<br />
Ano 17 - Nº 95 Jan/Fev 2013<br />
www.abece.com.br<br />
EZ Towers<br />
Cajamar Industrial Park<br />
Confira matéria<br />
completa nas<br />
páginas<br />
<strong>14a16</strong>
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1993 - Cj. 61<br />
CEP 01452-001 - São Paulo - SP<br />
Tel.: (11) 3938-9400 - Fax: (11) 3938-9407<br />
www.abece.com.br<br />
abece@abece.com.br<br />
Presidente<br />
Suely Bacchereti Bueno<br />
Vice-presidente de Relacionamento<br />
Augusto Guimarães Pedreira de Freitas<br />
Vice-presidente de Tecnologia e Qualidade<br />
Jefferson Dias de Souza Júnior<br />
Vice-presidente de Marketing<br />
João Alberto de Abreu Vendramini<br />
Diretor administrativo-financeiro<br />
Roberto Dias Leme<br />
Diretores<br />
Enio Canavello Barbosa, Guilherme Covas,<br />
João Luiz Zattarelli, José Luiz V. C. Varela,<br />
José Martins Laginha Neto e Thomas Garcia<br />
Carmona<br />
Conselho deliberativo<br />
Alberto Naccache, Antonio Carlos Reis<br />
Laranjeiras, Antonio Carmona Filho,<br />
Bruno Contarini, Eduardo Barros Millen,<br />
Flávio Correia D´Alambert, Francisco<br />
Paulo Graziano, José Augusto De Ávila,<br />
José Roberto Braguim (in Memoriam),<br />
Júlio Timerman, Marcelo Rozenberg,<br />
Marcos de Mello Velletri, Marcos Monteiro,<br />
Natan Jacobsohn Levental, Nelson Covas,<br />
Ricardo Leopoldo e Silva França,<br />
Sônia Regina Freitas, Valdir Silva da Cruz<br />
e Virgílio Augusto Ramos<br />
ABECE Informa é uma<br />
publicação bimestral da ABECE -<br />
Associação Brasileira de Engenharia<br />
e Consultoria Estrutural<br />
Conselho Editorial<br />
Diretoria Executiva da ABECE<br />
Produção Editorial e Diagramação<br />
Prefixo Comunicação<br />
Editora<br />
Rosana Córnea (MTb 17183)<br />
Projeto Gráfico<br />
Prefixo Comunicação (por Benê Armas)<br />
2 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
Editorial<br />
Que eu me lembre, nos meus quase quarenta<br />
anos de formatura, nunca vi um momento<br />
tão favorável à engenharia brasileira<br />
quanto o que estamos vivenciando.<br />
Apesar da queda do desempenho da<br />
economia brasileira, ainda temos eventos<br />
de grande porte, tais como Copa<br />
das Confederações, Copa do Mundo<br />
de futebol, Olimpíadas e a continuidade<br />
dos programas governamentais, como o<br />
PAC para a melhoria da infraestrutura dos<br />
municípios brasileiros, que nos colocam<br />
diante de grandes desafios.<br />
Oportunidade única, fica evidente a nossa<br />
carência de planejamento para o desenvolvimento<br />
de projetos de desenvolvimento<br />
sustentável, tanto governamental quanto<br />
da iniciativa privada, que a realidade<br />
que vem à tona, impiedosa, nos mostra<br />
despreparo com a falta de geração de<br />
profissionais da engenharia, técnicos de<br />
nível médio e mão de obra qualificada<br />
para as empresas.<br />
Por que temos essa necessidade, se o<br />
mercado de trabalho não consegue absorver<br />
o contingente de engenheiros excedentes<br />
e os que são formados anualmente?<br />
Parece que a resposta tem muito a ver<br />
com a formação destes profissionais,<br />
e aqui coloco algumas questões que, a<br />
meu ver, são básicas:<br />
- Comodismo do MEC, universidades e<br />
instituições de ensino privadas, não adequando<br />
as suas diretrizes às tendências<br />
do mercado na priorização de trabalhos<br />
de pesquisa voltados à prática profissional<br />
e indústria da construção;<br />
- Corpo docente despreparado, didática<br />
e tecnicamente, e sem a prática profis-<br />
O momento da<br />
engenharia brasileira<br />
João Luiz Zattarelli<br />
Diretor<br />
sional exigida para um educador de nível<br />
superior;<br />
- Grade curricular em desacordo com a<br />
realidade, não enfatizando as recentes<br />
tecnologias aplicadas às disciplinas básicas<br />
e profissionalizantes, devido ao pouco<br />
tempo dedicado ao ensino em detrimento<br />
de disciplinas de pouca importância.<br />
Como conseqüência imediata, as empresas<br />
procuram no mercado possíveis<br />
profissionais que cumpram os requisitos<br />
necessários ao desempenho da função<br />
e, não os encontrando, recorrem à importação<br />
de profissionais do exterior ou<br />
à associação com empresas estrangeiras<br />
detentoras de alta tecnologia.<br />
As nossas carências não param por aí.<br />
Faltam profissionais experientes junto às<br />
comissões de estudos de revisão de normas<br />
da ABNT para a adequação tecnológica<br />
das normas desatualizadas.<br />
Vejam, prezados colegas, quanta atividade<br />
teremos que assumir para minimizar o<br />
descompasso existente entre a nossa rea-<br />
lidade e a global!<br />
Nós, da diretoria da ABECE, conclamamos<br />
aos nossos associados uma participação<br />
mais efetiva junto às regionais para aumentarmos<br />
o contingente que necessitamos na<br />
busca das soluções mais emergentes.<br />
Aqui também vai um cordial apelo aos<br />
nossos colegas associados e professores<br />
das universidades públicas e instituições<br />
de ensino privadas, para que, juntamente<br />
com a ABECE, possamos traçar diretrizes<br />
eficazes no ensino e na prática profissional<br />
que o mercado atual exige.<br />
Enfim, este é o momento da engenharia<br />
brasileira.
Adesões para nova apólice do Seguro de<br />
Responsabilidade Civil Profissional<br />
Empresas associadas interessadas em<br />
contratar a apólice do Seguro de Responsabilidade<br />
Civil Profissional, que<br />
proporciona garantia efetiva aos serviços<br />
prestados pelo engenheiro estrutural,<br />
devem entrar em contato com a<br />
ABECE.<br />
O produto tem por finalidade assegurar<br />
as responsabilidades civis decorrentes<br />
de erros ou omissões no desenvolvimento<br />
da atividade profissional. Contratado<br />
anualmente, protege todas as obras projetadas<br />
pelo assegurado durante a vigência<br />
da apólice, ou seja, não é necessário<br />
contratar um seguro a cada obra ou serviço<br />
a ser executado.<br />
Condições especiais com custos competitivos,<br />
coberturas diferenciadas, faci-<br />
lidade de pagamento (até sete vezes),<br />
agilidade na regulação de sinistros são<br />
algumas vantagens que os associados<br />
terão ao contratar a apólice de Seguro<br />
de Responsabilidade Civil Profissional da<br />
ABECE.<br />
Para atender às condições especiais que<br />
a seguradora ofereceu à ABECE, é necessário<br />
que se constituam grupos de 20 empresas.<br />
Interessados devem preencher o<br />
questionário que se encontra na área restrita<br />
do site da ABECE (www.abece.com.br) e<br />
enviar para o e-mail abece@abece.com.br.<br />
Outras informações podem ser obtidas<br />
pelo telefone (11) 3938-9400.<br />
Principais coberturas:<br />
• danos materiais;<br />
• danos corporais;<br />
• danos morais;<br />
• perda, roubo, furto ou destruição de documentos de clientes;<br />
• despesas de defesa e honorários advocatícios;<br />
• gerenciamento de crise (mídia).<br />
ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013 3
A perda de grandes referenciais<br />
Oscar Niemeyer, Jaime de Azevedo Gusmão<br />
Filho e José Zamarion Ferreira Diniz. Três grandes<br />
e memoráveis profissionais que, cada um<br />
em sua área principal de atuação, deixam legados<br />
inquestionáveis para a história da arquitetura<br />
e engenharia do Brasil e do mundo.<br />
O primeiro deles, que faleceu no dia 5 de dezembro<br />
de 2012 no Rio de Janeiro (RJ), prestes<br />
a completar 105 anos de idade, é considerado,<br />
por unanimidade, um dos maiores gênios que o<br />
Brasil deu ao mundo.<br />
Nascido em 1907 no Rio de Janeiro, filho de<br />
funcionário público, Niemeyer entrou para a<br />
Escola Nacional de Belas Artes em 1929 e se<br />
formou cinco anos depois em arquitetura e engenharia.<br />
Começou sua carreira trabalhando<br />
com Lúcio Costa, um dos grandes nomes da<br />
área na época.<br />
A Obra do Terço, inaugurada em 1938 no Rio de<br />
Janeiro (RJ), foi o primeiro edifício projetado por<br />
Niemeyer, que deixou em seu currículo mais de<br />
600 projetos arquitetônicos, entre eles: Ministério<br />
da Educação e Saúde (Rio de Janeiro), Igrejinha<br />
da Pampulha (Belo Horizonte), Edifício COPAN<br />
(São Paulo), Palácio do Planalto (Brasília), Pa-<br />
lácio da Alvorada (Brasília), Catedral Metropolitana<br />
Nossa Senhora Aparecida (Brasília),<br />
Congresso Nacional (Brasília), Sede da ONU<br />
(Nova York, Estados Unidos), em parceria com<br />
Le Corbusier, Cassino Funchal (Ilha da Madeira),<br />
Centro Cultural Le Havre (Le Havre, França),<br />
Sambódromo (Rio de Janeiro), Memorial da<br />
América Latina (São Paulo), Museu de Arte<br />
Contemporânea de Niterói (Rio de Janeiro),<br />
Auditório do Ibirapuera (São Paulo) e Estação<br />
Cabo Branco (Paraíba).<br />
Em 2007, a ABECE lhe concedeu o título de<br />
Personalidade da Engenharia Estrutural em<br />
homenagem ao seu centenário. Na ocasião,<br />
ele foi entrevistado pelos engenheiros Bruno<br />
Contarini (um de seus fiéis escudeiros),<br />
Justino Vieira e o então presidente da entidade<br />
José Roberto Braguim.<br />
Entrevista gravada com Oscar Niemeyer, em 2007, foi projetada no 10º<br />
ENECE (Encontro Nacional de Engenharia e Consultoria Estrutural) em<br />
homenagem ao seu centenário<br />
4 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
Ícone da engenharia estrutural<br />
Um dos grandes precursores da pré-fabri-<br />
cação em concreto no Brasil, incentivador da<br />
aplicação das lajes<br />
alveolares, partici-<br />
pante ativo de diversas<br />
entidades<br />
de classe ligadas<br />
ao setor construtivo<br />
e membro de diversas<br />
comissões<br />
de estudos de nor-<br />
mas técnicas, José<br />
Zamarion Ferreira<br />
Diniz faleceu em<br />
24 de novembro de<br />
2012.<br />
Eng. Zamarion, no destaque, e entre os engenheiros Eduardo Barros Millen, seu sócio e<br />
então diretor da ABECE (à esq.), e José Roberto Braguim, então presidente da ABECE,<br />
recebendo o título de Associado Honorário ABECE em 2005<br />
Formado, em 1956, pela Escola de Engenharia<br />
da UFMG (Universidade Federal de Minas<br />
Gerais), Zamarion tornou-se professor de<br />
concreto armado e protendido da Escola de<br />
Engenharia desta universidade, após concluir<br />
sua pós-graduação na Universidade da Florida,<br />
nos Estados Unidos.<br />
Em 1981, associou-se ao eng. Eduardo<br />
Barros Millen e a empresa Zamarion e Millen<br />
Consultores S/S Ltda., onde trabalhou até os<br />
últimos anos de sua vida, sempre se destacou<br />
por desenvolver projetos de estruturas em geral<br />
associados à área de tecnologia do concreto.<br />
Zamarion participou ativamente das entidades<br />
de classe ligadas ao setor construtivo,<br />
tendo sido um dos fundadores do Ibracon<br />
(Instituto Brasileiro do Concreto) e presidente<br />
nos biênios 1993/95 e 1995/97. É sócio honorário<br />
do Instituto, da ABECE (desde 2005) e da<br />
ABCIC (Associação Brasileira da Construção<br />
Industrializada de Concreto).<br />
Foi membro de diversas Comissões de Estudo<br />
de Normas Brasileiras da ABNT (Associação<br />
Brasileira de Normas Técnicas), entre elas, as comissões<br />
revisoras da NBR6118 - Projeto de estruturas<br />
de concreto e da NBR9062<br />
- Projeto e execução de estruturas<br />
de concreto pré-moldado.<br />
Por sua contribuição ao desenvolvimento<br />
da engenharia estrutural<br />
no Brasil, particularmente<br />
no campo dos pré-moldados de<br />
concreto, Zamarion foi contemplado,<br />
em 2009, com uma homenagem<br />
do ACI (American Concrete<br />
Institute), honraria que vem se<br />
somar a outras, como o Prêmio<br />
Emilio Baumgart, de destaque<br />
do ano em Engenharia Estrutural<br />
conferido pelo Ibracon em 1988,<br />
e Personalidade da Engenharia<br />
Estrutural, homenagem concedida<br />
pela ABECE, também em 2009.<br />
Zamarion é autor de diversos trabalhos<br />
em publicações nacionais<br />
e internacionais, em especial, é de sua autoria o<br />
livro Manual para Cálculo de Concreto Armado<br />
e Protendido, referência obrigatória nos cursos<br />
de graduação de Engenharia Civil nas universidades<br />
brasileiras.<br />
Estudioso da mecânica dos solos.<br />
Considerado um dos maiores engenheiros<br />
geotécnicos do Brasil, Jaime de Azevedo<br />
Gusmão Filho faleceu em 1º de janeiro de<br />
2013. Engenheiro civil graduado pela Escola<br />
de Engenharia da UFPE (Universidade<br />
Federal de Pernambuco), com especialização<br />
em Grandes Estruturas e Fundações pela<br />
Escola Nacional de Engenharia - RJ, mestre<br />
em Geotecnia pela Universidade de Illinois<br />
(EUA), dedicou-se profissionalmente ao ensino,<br />
pesquisa e consultoria.<br />
Foi professor titular nos cursos de graduação e<br />
mestrado em engenharia civil da UFPE, área de<br />
geotecnia, e professor fundador da Escola de<br />
Geologia de Pernambuco (1957). Na pesquisa,<br />
dedicou-se à área de trabalho de maior interesse<br />
regional ajudando a consolidar em Recife<br />
um respeitado centro de pesquisa geotécnica.<br />
Dedicou-se, também, a estudos de estabilidade<br />
de morros urbanos, análise de risco, melhoramento<br />
de terrenos arenosos, interação solo-estrutura,<br />
tendo mais de cem trabalhos publicados.<br />
Coordenou a equipe que desenvolveu trabalhos<br />
técnicos e de pesquisa sobre os movimentos de<br />
encostas em Olinda-PE. Conduziu, pioneiramente,<br />
uma ação integrada institucional, técnica e da<br />
população, visando à recuperação e prevenção<br />
de acidentes nos morros do Recife, envolvendo<br />
comunidades e fazendo uso de práticas alternativas<br />
de soluções simples e participativas.<br />
Participou de várias associações do país, entre<br />
elas a ABMS (Associação Brasileira de<br />
Mecânica dos Solos) da qual foi presidente,<br />
em São Paulo, de 1982 a 1984. Recebeu diversos<br />
prêmios por relevantes serviços prestados<br />
à Engenharia Geotécnica e à Geologia de<br />
Engenharia no Brasil e publicou vários livros,<br />
dentre eles Fundações – do conhecimento geológico<br />
à prática da engenharia.
Acontece nas Regionais<br />
Crescimento fortalecido no país<br />
A mais recente regional constituída no Centro-Oeste,<br />
Regional Campo Grande (MS),<br />
vem confirmar o progressivo crescimento da<br />
ABECE, completando o expressivo número<br />
de 18 regionais espalhadas pelo país.<br />
Sob a coordenação dos engenheiros<br />
Luiz Carlos Spengler Filho (diretor) e<br />
José Antonio Severino da Silva (diretor<br />
adjunto), a Regional Campo Grande<br />
vem fortalecer a atuação da ABECE na<br />
Regionais 2012 - 2014<br />
Aracajú (SE)<br />
Diretor: Marcos Antônio de Souza Simplício<br />
(79) 2105-6700<br />
regionalaracaju@abece.com.br<br />
Belém (PA)<br />
Diretor: Bruno Norat Jorge<br />
(91) 3073-5151<br />
regionalbelem@abece.com.br<br />
Adjunto: Antonio Massoud Salame<br />
Belo Horizonte (MG)<br />
Diretor: Márcio José de Rezende Gonçalves<br />
(31) 3281-5024<br />
regionalbh@abece.com.br<br />
Adjunto: Leonardo Braga Passos<br />
Brasília (DF)<br />
Diretor: Carlos Henrique Linhares Feijão<br />
(61) 3201-4748<br />
regionalbrasilia@abece.com.br<br />
Adjunto: Maria Lucia Borges de O. Dias<br />
Campo Grande (MS)<br />
Diretor: Luiz Carlos Spengler Filho<br />
(67) 9984-2877<br />
regionalcg@abece.com.br<br />
Adjunto: José Antonio Severino da Silva<br />
Curitiba (PR)<br />
Diretor: Jeferson Luiz Andrade<br />
(41) 3342-8575<br />
regionalcuritiba@abece.com.br<br />
Adjunto: Yassunori Hayashi<br />
região, que já conta com regionais em<br />
Goiânia (GO) e em Brasília (DF).<br />
“Depois da formalização de nossa regional,<br />
organizamos um encontro com<br />
alguns colegas de profissão em uma<br />
pizzaria para uma confraternização.<br />
Vamos começar a articular algumas atividades,<br />
visando aproximar os demais<br />
profissionais locais da ABECE”, comenta<br />
o diretor Luiz Carlos Spengler Filho.<br />
Fortaleza (CE)<br />
Diretor: Dácio Carvalho<br />
(85) 3242-5254<br />
regionalfortaleza@abece.com.br<br />
Goiânia (GO)<br />
Diretor: Ricardo Veiga<br />
(61) 3251-0242<br />
regionalgoiania@abece.com.br<br />
Adjunto: João Augusto Peixoto Conceição<br />
Manaus (AM)<br />
Diretor: Ruy Fernando Ribeiro da Fonseca<br />
(92) 3584-3639<br />
regionalmanaus@abece.com.br<br />
Adjunto: Francisco Anastácio de Carvalho<br />
Natal (RN)<br />
Diretor: Petrus Gorgônio B. da Nóbrega<br />
(84) 3215-6811<br />
regionalnatal@abece.com.br<br />
Adjunto: Joel Araújo do Nascimento Neto<br />
Porto Alegre (RS)<br />
Diretor: Martin Alfredo Beier<br />
(51) 3343-0263<br />
regionalportoalegre@abece.com.br<br />
PR/Norte<br />
Diretor: Roberto Buchaim<br />
(43) 3325-5685<br />
regionalprnorte@abece.com.br<br />
Adjuntos: Helen Cristina Marcon e<br />
Márcio Correia de Queiroz<br />
Além de órgãos representativos da entidade,<br />
as regionais atuam como verdadeiros<br />
polos de difusão das ações da<br />
ABECE, levando aos associados e profissionais<br />
locais os serviços e produtos<br />
oferecidos.<br />
Interessados em saber mais sobre a atuação<br />
de cada regional e em participar<br />
das iniciativas podem entrar em contato<br />
com os diretores abaixo.<br />
Recife (PE)<br />
Diretor: Paulo Roberto Coutinho Cordeiro<br />
(81) 3075-2222<br />
regionalrecife@abece.com.br<br />
Adjunto: Sérgio Osório de Cerqueira<br />
Rio de Janeiro (RJ)<br />
Diretor: Claudio Adler<br />
(21) 2132-7365<br />
regionalrj@abece.com.br<br />
Adjunto: Candido José F. de Magalhães<br />
Salvador (BA)<br />
Diretor: Jussara Bacelar de Melo<br />
(71) 3245-9299<br />
regionalsalvador@abece.com.br<br />
Adjunto: Antonio Carlos Reis Laranjeiras<br />
São Paulo (SP)<br />
Diretor: Júlio Timerman<br />
(11) 3231-4075<br />
regionalsp@abece.com.br<br />
Adjunto: Nelson Covas<br />
SC/Leste<br />
Diretor: Luiz Carlos Gulias Cabral<br />
(47) 3322-3822<br />
regionalscleste@abece.com.br<br />
Adjunto: Regina Hagemann<br />
SP/Central<br />
Diretor: José Roberto L. Andrade Filho<br />
(16) 3371-7221<br />
regionalspcentral@abece.com.br<br />
ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013 5
Acontece nas Regionais<br />
Belo Horizonte<br />
Participação em grandes eventos<br />
Presença da ABECE no URBR. Da esq. p/dir. Leonardo<br />
B. Passos, diretor adjunto da Regional Belo Horizonte,<br />
Márcio Lacerda (prefeito da cidade) e Igor P. G. Carvalho<br />
(sócio diretor da PI Engenharia)<br />
Convidada a participar do URBR - Understanding<br />
Risk Brasil, que aconteceu na capital<br />
mineira entre os dias 12 a 14 de novembro de<br />
2012, a ABECE foi representada pelo diretor adjunto<br />
da Regional Belo Horizonte eng. Leonardo<br />
Braga Passos.<br />
O evento foi promovido pela Secretaria Nacional<br />
de Defesa Civil, Ministério da Integração Nacional<br />
e Banco Mundial e contou com a presença de<br />
políticos, engenheiros, geólogos, profissionais<br />
da defesa civil, bombeiros, policia militar, dentre<br />
outros, nacionais e internacionais.<br />
Com o objetivo de trocar experiências referentes<br />
à gestão de riscos e desastres no Brasil, foram<br />
abordados os desastres naturais (seca, inundações<br />
e deslizamentos), assim como os riscos<br />
geológicos e crescimento desordenado nas<br />
cidades. A CPRM (Companhia de Pesquisa de<br />
Recursos Naturais) está realizando mapas de<br />
setorização de riscos em alguns locais do país<br />
para auxiliar os profissionais das áreas de engenharia<br />
e de defesa civil<br />
diagnosticando e apontando<br />
áreas de riscos<br />
geológicos e ambientais<br />
com o intuito de prevenir<br />
acidentes como os ocorridos<br />
nestes últimos anos<br />
em todo o país.<br />
“Tivemos a oportunidade<br />
de apresentar a<br />
ABECE ao prefeito de<br />
Belo Horizonte Márcio<br />
Lacerda, com o qual con-<br />
versamos assuntos relacionados<br />
à manutenção<br />
de edifícios e acidentes<br />
ocasionados por má con-<br />
servação e reformas irregulares<br />
em edifícios”,<br />
comenta o diretor adjunto<br />
eng. Leonardo.<br />
A ABECE também se fez<br />
representada no 2º Fórum<br />
Mineiro de Estruturas de<br />
Concreto, promovido pe-<br />
la Comunidade da Construção<br />
de Belo Horizonte<br />
6 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
no dia 27 de novembro de 2012 no auditório da<br />
Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de<br />
Minas Gerais).<br />
Sob o tema Concreto autoadensável, o evento<br />
reuniu mais de 100 participantes, entre engenheiros,<br />
arquitetos e estudantes, para apresentar<br />
as principais inovações tecnológicas relacionadas<br />
ao tema, enfatizando a aplicação das<br />
boas práticas existentes no mercado nacional e<br />
a busca pela otimização dos projetos e processos<br />
construtivos.<br />
Ainda nesta mesma data, representantes da<br />
Regional Belo Horizonte marcaram presença<br />
na posse da nova diretoria do Sinduscon/MG<br />
(Sindicato da Indústria da Construção Civil no<br />
Estado de Minas Gerais).<br />
Como membro efetivo da Câmara da Construção<br />
Civil da Fiemg, o diretor regional eng. Márcio<br />
José de Rezende Gonçalves participou das reuniões<br />
realizadas nos dias 28 de novembro e 12<br />
de dezembro de 2012.<br />
Confraternizações<br />
O tradicional jantar de confraternização dos<br />
membros da Regional Belo Horizonte foi rea-<br />
lizado no dia 29 de novembro de 2012, no<br />
Restaurante Ficus, e contou com 85 pessoas, entre<br />
associados, esposas e convidados. Durante a<br />
festa, a Atex do Brasil (associada colaboradora<br />
da ABECE) sorteou uma passagem aérea de<br />
Belo Horizonte para Lisboa. O ganhador foi o<br />
eng. Márcio Capetinga.<br />
Curso Modelagem de Estruturas de Edifícios<br />
Por intermédio da Regional Belo Horizonte, a ABECE e a Fenix<br />
Domus, com apoio da ArcelorMittal, promoveram, nos dias 30 de<br />
novembro e 1º de dezembro de 2012, o curso Modelagem de<br />
Estruturas de Edifícios, com o eng. Mauricio dos Santos Sgarbi<br />
Goulart.<br />
Quarenta profissionais acompanharam a apresentação dos diversos<br />
modelos numéricos possíveis para a análise em estruturas de<br />
concreto, possibilitando-lhes a escolha do melhor modelo para<br />
cada situação de projeto.<br />
Repetindo o sucesso do curso ministrado na capital paulista, o<br />
instrutor fez uma abordagem conceitual dos modelos e apresentou<br />
resultados da análise estrutural, através de exemplos reais.<br />
Jantar de confraternização da Regional Belo Horizonte<br />
O almoço de final de ano da ABMS/Regional<br />
de Belo Horizonte (Associação Brasileira de<br />
Mecânica dos Solos), ocorrido em 12 de dezembro<br />
de 2012 e marcado pela palestra Grandes<br />
escavações em perímetro urbano (eng. Jarbas<br />
Milititisky) também contou com a presença de<br />
membros da ABECE-BH.<br />
Representantes da Regional também marcaram<br />
presença na entrega do Prêmio Pini às empresas<br />
mineiras Atex e Mecan em 11 de dezembro de<br />
2012.<br />
Programa Qualimat<br />
No dia 13 de dezembro de 2012, o Sinduscon-<br />
MG lançou um kit com cartilhas, manuais, estudos,<br />
revista e gibi abrangendo temas ambientais,<br />
econômicos, jurídicos e técnicos relacionados à<br />
construção civil. As<br />
publicações compõem<br />
a sexta edição<br />
do Kit Qualidade da<br />
entidade que objetiva<br />
subsidiar profissionais<br />
e todos os que<br />
se interessam pelo<br />
segmento.<br />
A ABECE, por intermédio<br />
da Regional<br />
Belo Horizonte, participou<br />
ativamente do<br />
Programa Qualimat - Qualidade dos Materiais,<br />
que elaborou a cartilha Aço destinado a armaduras<br />
para estruturas de concreto armado, que<br />
orienta sobre procedimentos, desde a compra<br />
até a colocação das armaduras nas formas para<br />
posterior concretagem.<br />
Vistoria<br />
No dia 27 de janeiro de 2013, os moradores dos<br />
edifícios São Tomás de Aquino e Bela Morada,<br />
no Bairro São Bento, Região Centro-Sul de Belo<br />
Horizonte foram surpreendidos com a ruptura<br />
de uma grande contenção atirantada. A Defesa<br />
Civil (Condec) solicitou apoio da ABECE, por<br />
intermédio da Regional Belo Horizonte e, no<br />
dia seguinte, foi realizada uma vistoria no local<br />
por técnicos da Coordenadoria Municipal de<br />
Defesa Civil (Comdec), que contaram com apoio<br />
de peritos da ABMS (Associação Brasileira de<br />
Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica)<br />
e da ABECE.<br />
Regional Belo Horizonte<br />
Diretor: Márcio José de Rezende Gonçalves<br />
(31) 3281-5024<br />
regionalbh@abece.com.br
Rio de Janeiro<br />
Visita às obras do Maracanã<br />
Alguns dos profissionais que acompanharam a visita ao estádio do Maracanã<br />
Conhecer a grandiosidade do estádio Jornalista<br />
Mário Filho, mais conhecido como<br />
Maracanã, foi privilégio dos associados da<br />
ABECE no Rio Janeiro que, em 24 de novembro<br />
de 2012, puderam conferir o andamento<br />
das obras e conhecer o projeto de perto.<br />
Antes da visita, os engenheiros cariocas<br />
João Luis Casagrande e Rodrigo Martins, da<br />
Casagrande Engenharia e autores do projeto<br />
da arquibancada, dos novos túneis e do<br />
sistema de demolição da cobertura, fizeram<br />
uma palestra sobre as soluções adotadas.<br />
O engenhoso projeto do novo estádio permitiu<br />
a inclusão de novo sistema de amortecimento<br />
e uma reformulação do espaço<br />
que receberá três jogos da Copa das<br />
Confederações e outros sete da Copa do<br />
Mundo de 2014.<br />
Assinado pelos arquitetos Daniel Hopf<br />
Fernandes e Luis Henrique de Lima, do<br />
escritório paulistano Fernandes Arquitetos<br />
Associados, o projeto para modernização<br />
da arena inclui a diminuição das medidas<br />
do campo, aproximando-o ao modelo dos<br />
Chega de improvisar!<br />
A Fameth tem o Espaçador<br />
ideal para apoiar a<br />
ferragem negativa<br />
de sua laje<br />
estádios europeus, alteração da inclinação<br />
das arquibancadas e extinção da divisão<br />
entre arquibancada superior e inferior. A<br />
arena, com capacidade para 78,6 mil lugares,<br />
terá 231 banheiros, 17 elevadores, 12<br />
escadas rolantes, seis rampas de acesso e<br />
quatro placares de 100 m².<br />
Além disso, as intervenções incluem a construção<br />
de um túnel de acesso ao campo e<br />
readequação dos outros quatro existentes,<br />
novo centro de mídia, destinado à imprensa,<br />
novos conjuntos de rampas e reforma<br />
nas existentes, implantação de<br />
elevadores e escadas rolantes<br />
e área de camarote com 110<br />
salas, além do sistema de drenagem<br />
do gramado.<br />
As novas arquibancadas foram<br />
feitas com 4.400.000 kg de estrutura<br />
metálica apoiada com<br />
um novo sistema de amortecimento<br />
desenvolvido pelos<br />
autores do projeto. Este novo<br />
sistema, onde foi utilizado um<br />
tanque de concreto preenchi-<br />
do com bota fora de obra, permitiu uma frequencia<br />
natural da estrutura em seu primeiro<br />
modo com 6Hz, o que permitirá ao estádio,<br />
além de jogos de futebol, receber shows de<br />
heavy metal sem desconforto aos usuários.<br />
Devido o estado de precariedade da antiga<br />
marquise do estádio, detectada após o<br />
laudo de universidades brasileiras e institutos<br />
internacionais, teve de ser desenvolvido<br />
um sistema de demolição que não afetasse<br />
ainda mais o prazo exíguo da obra. A solução<br />
foi fatiar a cobertura apoiando-a em<br />
estruturas auxiliares para depois retirá-las<br />
com guindaste de 800 t.<br />
“A visita foi muito interessante e tenho certeza<br />
que todos os participantes gostaram<br />
de conhecer de perto esta obra grandiosa.<br />
Gostaria de destacar a presença de alguns<br />
ícones da engenharia carioca, como o Dr.<br />
Bruno Contarini, Dr. Navarro Adler e Dr.<br />
Gilberto do Valle”, ressalta o diretor regional<br />
eng. Claudio Adler.<br />
No dia 13 de dezembro de 2012, associados<br />
e profissionais locais convidados se reuniram<br />
para acompanhar a palestra do eng. Justino<br />
Vieira sobre colapso progressivo.<br />
Regional Rio de Janeiro<br />
Diretor: Claudio Adler<br />
(21) 2132-7365<br />
regionalrj@abece.com.br<br />
Eng. Justino Vieira (1º à esq.) fez palestra sobre colapso progressivo<br />
Espaçador Treliçado para apoio de ferragem negativa em lajes<br />
www.fameth.com.br • (11) 4544-1324<br />
ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013 7
Acontece nas Regionais<br />
SC/Leste<br />
Curso ministrado pelo prof. Fábio Albino de Souza contou com 20 participantes<br />
Curso sobre radier chega a Florianópolis<br />
Por intermédio da Regional SC/Leste,<br />
a ABECE apoiou a realização do curso<br />
Radier - Projeto e Execução, promovido<br />
pela Fenix Domus nos dias 25 e 26 de janeiro<br />
de 2013.<br />
Ministrado pelo Prof. Fábio Albino de<br />
Souza em Florianópolis (SC), o curso<br />
contou com 20 participantes e transmitiu,<br />
com linguagem simples e ilustrativa, informações<br />
e técnicas para a escolha do tipo<br />
de radier adequado, como dimensioná-lo<br />
e executá-lo de maneira correta.<br />
Goiânia<br />
ABECE no III Concretar<br />
No dia 28 de novembro de 2012, a<br />
Comunidade da Construção de Goiânia<br />
realizou o III Concretar - Fórum sobre<br />
Tecnologia do Concreto e Desempenho<br />
das Estruturas, uma parceria da ABCP<br />
(Associação Brasileira de Cimento<br />
Portland) e o Sinduscon-GO (Sindicato<br />
da Indústria da Construção no Estado<br />
de Goiás) e com o apoio da UFG<br />
(Universidade Fderal de Goiás).<br />
Sob o tema central O concreto na era da<br />
8 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
A palestra técnica sobre deterioração<br />
de estruturas de concreto por corrosão,<br />
realizada em 14 de dezembro de 2012<br />
pelo eng. José Pazini Figueiredo, também<br />
contou com o apoio da ABECE SC/<br />
Leste.<br />
Promovida pela Ajeci (Associação<br />
Joinvilense de Engenheiros Civis), a palestra<br />
apresentou um diagnóstico dos<br />
estádios de futebol (Maracanã - Rio de<br />
Janeiro, Beira-Rio - Porto Alegre e Santa<br />
Marta - Colômbia) e demonstrou as técni-<br />
conformidade, desempenho e satisfação<br />
dos usuários, o evento contou com<br />
exposições dos professores doutores<br />
engenheiros Bernardo Fonseca Tutikian<br />
(Unisinos/RS), Luiz Carlos Pinto da Silva<br />
Filho (UFRGS) e Oswaldo Cascudo<br />
(UFG).<br />
Uma mesa redonda, da qual participou<br />
o diretor regional eng. Ricardo Veiga, encerrou<br />
o evento abordando os desafios<br />
visando à melhoria contínua do sistema<br />
cas empregadas para a recuperação das<br />
estruturas.<br />
O eng. Flávio Santos, destacando a parceria<br />
com a ABECE-BH, fez uma breve<br />
apresentação do Ibracon-Regional BH,<br />
que passa a fazer parte também da CIC.<br />
Regional SC/Leste<br />
Diretor: Luiz Carlos Gulias Cabral<br />
(47) 3322-3822<br />
regionalscleste@abece.com.br<br />
estrutural em concreto, as principais dificuldades,<br />
pontos polêmicos, relação<br />
entre os agentes da cadeia produtiva,<br />
transferência e inovação tecnológica, e<br />
perspectivas para a satisfação do usuário/cliente.<br />
Regional Goiânia<br />
Diretor: Ricardo Veiga<br />
(62) 3251-0242<br />
regionalgoiania@abece.com.br
Brasília<br />
Parcerias viabilizam ações<br />
Visita às obras do Estádio Nacional Mané Garrincha contou com 16 profisisonais<br />
Uma das principais plataformas de atuação<br />
da Regional Brasília é a constituição<br />
de parcerias com entidades e empresas<br />
locais para viabilizar ações que visem<br />
aperfeiçoar o conhecimento técnico dos<br />
profissionais da área da engenharia estrutural.<br />
No dia 30 de janeiro de 2013, o diretor<br />
regional eng. Carlos Henrique Linhares<br />
Feijão representou a ABECE na reunião<br />
de especialistas promovida pelo Senai<br />
(Serviço Nacional de Aprendizagem<br />
Industrial) com vistas à criação do<br />
Instituto Senai de Tecnologia do DF<br />
(IST/DF).<br />
A ABECE contribuiu com informações<br />
relativas às necessidades do mercado<br />
local de serviços laboratoriais e de serviços<br />
de consultoria e aprendizado que<br />
o IST/DF pode fornecer para o Centro<br />
Oeste.<br />
“Aproveitamos a oportunidade para darmos<br />
o primeiro passo na formalização<br />
de uma parceria com o SENAI/DF para<br />
viabilizarmos o curso de aperfeiçoamento<br />
de engenheiros de obra para leitura,<br />
entendimento e execução de projetos<br />
estruturais”, comenta o diretor.<br />
Visita ao Estádio<br />
No dia 15 de fevereiro, uma equipe<br />
composta por 16 engenheiros locais foi<br />
recebida pela fiscalização da Novacap<br />
que acompanhou o grupo pelas dependências<br />
do Estádio Nacional Mané<br />
Garrincha que estão abertas à visitação.<br />
Uma das sedes escolhidas para a Copa<br />
das Confederações 2013 e para a Copa<br />
do Mundo de 2014, o estádio está em<br />
fase adiantada e previsto para ser entregue<br />
em 21 de abril deste ano.<br />
“Pode-se verificar a grandeza da estrutura<br />
de concreto concebida pelo escritório<br />
paulista ETALP sob a direção do eng.<br />
Arthur Luiz Pitta, bem como a enorme esbeltez<br />
dos pilares de concreto armado de<br />
1,2 m de diâmetro que sustentam o anel<br />
de compressão da cobertura e que foram<br />
projetados pela SBP - Schlaich Berger-<br />
Obras do Estádio Mané Garrincha estão em fase de conclusão<br />
mann und Partner”, salienta o eng. Feijão.<br />
Atualmente, está em execução a instalação<br />
das enormes treliças da cobertura<br />
que são apoiadas em cabos de aço<br />
tracionados através do sistema de dois<br />
anéis, sendo um de tração e outro de<br />
compressão.<br />
Segundo o diretor regional, “a visita<br />
forneceu informações valiosas que serviram<br />
como um grande aprendizado a<br />
todos os participantes”.<br />
Para este ano, a regional pretende estabelecer<br />
parceria com a Universidade<br />
de Brasília, com o Confea e Crea para<br />
a realização de um curso no segundo<br />
semestre e a montagem de eventos técnicos<br />
mensais, com palestras de professores<br />
e profissionais da área. “Estamos<br />
estudando com o SENAI/DF a criação<br />
de um seminário sobre a NBR 15575<br />
(Norma de Desempenho), que afetará<br />
toda a cadeia produtiva da Construção<br />
Civil, incluindo os calculistas, e a ABECE<br />
será muito importante no contexto desse<br />
evento”, finaliza o diretor.<br />
Regional Brasília<br />
Diretor: Carlos Henrique Linhares Feijão<br />
(61) 3201-4748<br />
regionalbrasilia@abece.com.br<br />
ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013 9
Chumbadores como solução para fixação e<br />
modificações na NBR 6118 foram abordados<br />
em encontros mensais<br />
Na sede nacional da ABECE, em São Paulo (SP), 25 profissionais acompanharam a palestra “Chumbadores – o elo que pode comprometer o projeto” do eng. Joachim Mauz<br />
Principais conceitos por trás das fixações,<br />
dimensionamento, normas em<br />
vigor e diferenças entre elas, fixação e<br />
sua importância na durabilidade e segurança<br />
das estruturas, erros e falhas<br />
frequentes e parâmetros importantes<br />
em sua especificação foram os assuntos<br />
abordados pelo eng. Joachim Mauz<br />
no encontro mensal promovido pela<br />
ABECE no dia 21 de novembro de 2012.<br />
Na sede nacional da ABECE, em São<br />
Paulo (SP), 25 profissionais participaram<br />
da exposição e cerca de 60 profissionais<br />
acompanharam a transmissão<br />
on-line por intermédio das regionais.<br />
Chefe e engenheiro sênior do departamento<br />
técnico internacional da Fischer,<br />
Joachim Mauz é especialista em engenharia<br />
de fixações para diferentes<br />
normativas e especialista em cálculos<br />
de vergalhões pós-instalados e fixações<br />
de estruturas metálicas. No grupo<br />
Fischer desde 1995, foi engenheiro de<br />
pesquisa e desenvolvimento para ancoragens<br />
mecânicas e químicas, sendo<br />
titular e co-proprietário de várias patentes<br />
no segmento. Atuou como chefe de<br />
10 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
Da esq. p/dir. Eduardo B. Millen (membro do conselho deliberativo da ABECE), Jefferson Dias de Souza Jr.<br />
(vice-presidente de Tecnologia e Qualidade da ABECE), Suely. B. Bueno (presidente da ABECE), Joachim Mauz<br />
(palestrante) e Cesar Bisetto (engenheiro e gerente de produção da Fischer)<br />
consultoria e suporte técnico internacional<br />
da Fischer, tendo realizado especificações<br />
técnicas para projetos de larga<br />
escala como o Metrô o e Aeroporto de<br />
Dubai.<br />
Modificações na NBR 6118<br />
Cerca de 50 profissionais estiveram<br />
presentes, no dia 29 de janeiro de 2013,<br />
na sede nacional da ABECE, em São<br />
Paulo (SP), para assistir à palestra do<br />
eng. Sérgio Hampshire de Carvalho<br />
Santos. Mais de 50 acompanharam a<br />
transmissão on-line por intermédio das<br />
regionais espalhadas pelas principais<br />
capitais do país.<br />
O palestrante fez importantes comentários<br />
sobre as modificações introduzidas<br />
na versão 2012 da NBR 6118 Projeto de<br />
estruturas de concreto – Procedimento.<br />
Partindo do objetivo da Norma e seus<br />
requisitos gerais de qualidade, apontou<br />
as principais alterações que estão sendo<br />
incorporadas, demonstrando e justificando<br />
o que foi suprimido, adicionado
e mesmo modificado com a introdução<br />
de novos textos e títulos.<br />
Em breve, este novo texto revisado<br />
seguirá para a ABNT (Associação<br />
Brasileira de Normas Técnicas) para<br />
ser colocado em consulta pública. A<br />
Regionais on-line<br />
Na palestra de novembro<br />
de 2012, estavam<br />
conectadas à transmissão<br />
on-line as regionais<br />
de Belém/PA, Belo Horizonte/MG,<br />
Campo Grande/MS,<br />
Goiânia/GO, Na-<br />
tal/RN, PR/Norte e Recife/PE.<br />
Mais de 50 profissionais<br />
acompanharam o encontro<br />
mensal de janeiro<br />
de 2013 por intermédio<br />
das regionais de Belém/<br />
PA, Brasília/DF, Curitiba/<br />
PR, Fortaleza/CE, Goiâ-<br />
nia/GO, Londrina/PR,<br />
Manaus/AM, Natal/RN,<br />
Norte Fluminense/RJ,<br />
Porto Alegre/RS, Recife/<br />
PE, Rio de Janeiro/RJ e<br />
SC/Leste.<br />
Brasília<br />
SC/Leste<br />
ABECE tem participado intensamente<br />
de todo o processo de revisão da NBR<br />
6118, sendo que a então presidente<br />
Suely B. Bueno é a coordenadora da<br />
Comissão de Revisão e o eng. Alio<br />
Kimura (associado da ABECE) é o secretário.<br />
As apresentações dos encontros mensais<br />
estão disponibilizadas no site da ABECE<br />
– www.abece.com.br – seção Eventos/<br />
Encontros Mensais. A gravação da<br />
transmissão on-line está na área restrita<br />
aos associados.<br />
Cerca de 50 profissionais acompanharam, na sede nacional da ABECE, em S.Paulo (SP), a palestra do eng. Sérgio Hampshire de Carvalho (à dir.) sobre as modificações na<br />
NBR 6118:2012<br />
Na sala de reunião da Federação do Comércio do Distrito Federal, 14 profissionais foram reunidos pela Regional Brasília para<br />
acompanhar a palestra do dia 29 de janeiro<br />
Nove profissionais ser reuniram na sede da CG Engenharia para assistir à palestra do dia 29 de janeiro em Joinville (SC)<br />
ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013 11
Livro aborda as novas exigências<br />
contra situações de incêndio<br />
Associado ABECE tem desconto de<br />
20% para adquirir o livro Projeto de<br />
Estruturas de Concreto em Situação de<br />
Incêndio, recém-lançado pela Editora<br />
Blucher.<br />
De autoria do Prof. Dr. Valdir Pignatta<br />
Silva, o livro discute a importância da<br />
elaboração do correto projeto para estruturas<br />
de concreto em situação de<br />
incêndio e é baseado na recente atua-<br />
lização da norma ABNT NBR 15200 -<br />
Projeto de Estruturas de Concreto em<br />
Situação de Incêndio, nas Instruções<br />
Técnicas do CBPMESP e na norma europeia<br />
Eurocode 2 parte 1.2.<br />
Publicações<br />
• Instalações Comerciais é o tema da 32ª<br />
edição da revista Arquitetura & Aço do<br />
CBCA (Centro Brasileiro da Construção<br />
em Aço). A edição<br />
mostra como o aço,<br />
com linguagem característica<br />
e única,<br />
possibilita criações<br />
arrojadas. As carac-<br />
terísticas como du-<br />
rabilidade, resistên-<br />
cia e rapidez de mon-<br />
tagem, somadas à<br />
estética contemporânea,<br />
fazem do produto<br />
uma excelente<br />
solução para edificações<br />
comerciais.<br />
A edição está disponível no site para<br />
download. O endereço é: http://www.<br />
cbca-acobrasil.org.br/revista-arquitetura-e-aco.php.<br />
• O quarto e último volume da série A<br />
História das Construções, com o subtítulo<br />
Do Panteão Romano ao Panteão<br />
de Paris, de autoria do eng. José Celso<br />
da Cunha, foi lançado no dia 4 de dezembro<br />
de 2012 em Belo Horizonte<br />
(MG). O livro, composto no mesmo formato<br />
e qualidade editorial dos outros<br />
12 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
Professor Doutor do Departamento de<br />
Engenharia de Estruturas e Geotécnica<br />
da EPUSP (Escola Politécnica da<br />
Universidade de São Paulo), o eng.<br />
Pignatta Silva é autor de sete livros e mais<br />
de 150 artigos publicados. Membro de<br />
mais de uma dezena de comissões de<br />
estudo da ABNT sobre estruturas e estruturas<br />
em situação de incêndio, é vice-<br />
presidente da ALBRASCI (Associação<br />
Luso-Brasileira para a Segurança contra<br />
Incêndio).<br />
Os associados interessados em adquirir o<br />
livro com desconto devem utilizar, na finalização<br />
da compra, o código promocional<br />
três, tem 478 páginas e versa sobre as<br />
construções e suas técnicas, da Roma<br />
antiga até o século XVIII. Além das<br />
construções ocidentais, o<br />
livro aborda também a<br />
continuidade das construções<br />
nas Américas,<br />
com os maias, no México,<br />
Guatemala e Honduras,<br />
finalizando com os construtores<br />
Incas, nos Andes.<br />
• Geologia de Barragens,<br />
de Walter Duarte Costa, é<br />
um livro didático e objetivo<br />
que explica os principais<br />
conhecimentos e<br />
práticas da área. Trata-se<br />
de um guia completo e minucioso que<br />
aborda os estudos de viabilidade, o<br />
projeto básico e o executivo, em seus<br />
diversos aspectos.<br />
• O volume 6 da RIEM (Revista Ibracon de<br />
Estruturas e Materiais) – Fevereiro/2013<br />
já está disponível no site www.scielo.br/<br />
riem. A publicação é dirigida a todos os<br />
profissionais da construção com o objetivo<br />
de divulgar as pesquisas sobre a<br />
tecnologia do concreto e seus sistemas<br />
construtivos.<br />
disponibilizado na Área do Associado no<br />
site da ABECE (www.abece.com.br).<br />
Estão abertas as inscrições para a 24ª<br />
edição do Congresso Brasileiro do Aço,<br />
evento promovido pelo Instituto Aço Brasil<br />
nos dias 8 e 9 de maio de 2013, no Rio de<br />
Janeiro (RJ).<br />
Cenário da indústria mundial do aço,<br />
Desafio Brasil competitivo, Desafios da<br />
sustentabilidade da indústria do aço e<br />
Situação da economia mundial e perspectivas<br />
serão os temas centrais dos debates.<br />
Participarão do evento renomados executivos<br />
do setor e profissionais da área,<br />
como André Gerdau B. Johannpeter<br />
(CEO do Grupo Gerdau), Murilo Ferreira<br />
(presidente da Vale), Julián Eguren (presidente<br />
da Usiminas), Haiyan Wang (sócia<br />
do Instituto China-Índia), Joachim<br />
Schröder (CEO da Research & Consulting<br />
Group AG), Hans Kerkhoff (presidente<br />
do Comitê de Economia do Worldsteel e<br />
da Federação Alemã do Aço) e Carmen<br />
Reinhart (professora de Harvard).<br />
As inscrições podem ser efetuadas no<br />
endereço www.acobrasil.org.br/congresso2013.<br />
Associados da ABECE têm desconto.
ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
13
Noite de festa consagra profissionais que<br />
mereceram destaque em 2012<br />
Obra: EZ Towers (São Paulo - SP)<br />
Profissionais homenageados:<br />
Aluizio D´Avila e<br />
Ernesto Zarzur<br />
EZ Towers<br />
Capa<br />
14 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
A noite de 30 de novembro de<br />
2012 ficará marcada na memória<br />
de aproximadamente 300<br />
pessoas, entre engenheiros,<br />
arquitetos, convidados e amigos,<br />
que prestigiaram a entrega<br />
das homenagens do Destaques<br />
ABECE no Rosa Rosarum, em<br />
São Paulo (SP).<br />
Merecidamente, 13 profissionais<br />
do setor da construção<br />
civil foram indicados pelas<br />
empresas patrocinadoras do<br />
evento, mas um deles foi unanimamente<br />
homenageado por to-<br />
Da esq. p/ dir. Dilson<br />
Christiano Gomes<br />
(gerente comercial<br />
do Estado de São<br />
Paulo da ArcelorMittal),<br />
Marcelo Zarzur<br />
(representando<br />
o homenageado<br />
Marcelo Zarzur),<br />
Aluízio D´Ávila<br />
(homenageado) e<br />
José Luiz V.C.Varela<br />
(diretor da ABECE)<br />
dos: o eng. Augusto Carlos de<br />
Vasconcelos.<br />
Considerado um verdadeiro<br />
ícone da engenharia estrutural<br />
e reconhecido pelas mais diversas<br />
áreas da engenharia e da<br />
construção civil, Vasco (como<br />
é carinhosamente chamado pelos<br />
mais conhecidos) foi indicado<br />
pela T&A por ter completado<br />
recentemente 90 anos de idade<br />
e por ter sido o precursor da fabricação<br />
de estruturas pré-moldadas<br />
de concreto protendido<br />
de fio aderente do Brasil.<br />
Os demais profissionais homenageados<br />
foram indicados, em<br />
virtude de seu empenho e dedicação<br />
em colocar sua ideia<br />
em prática nas brilhantes obras<br />
destacadas, pelos patrocinadores<br />
ArcelorMittal, Atex, Bemo<br />
do Brasil e Soufer Industrial,<br />
Brasfond, Mills e TQS Informática.<br />
O evento, também conhecido<br />
como PUFA!, chegou à sua sexta<br />
edição coroado de sucesso,<br />
reforçando seu grande objetivo<br />
de valorizar e reconhecer o engenheiro<br />
estrutural.<br />
Obra: Hangar Business Park (Salvador - BA)<br />
Profissionais homenageados: René Octávio Dantas e<br />
André de Melo Basto<br />
Hangar Business Park<br />
Da esq. p/ dir. Hugo Santos (representando o homenageado André de Melo<br />
Basto), Augusto G. Pedreira de Freitas (vice-presidente de Relacionamento da<br />
ABECE), neto do eng. Renê Octavio Dantas, Marcos Terra (diretor técnico da<br />
Atex), Silvana Dantas (filha do homenageado Renê Octavio Dantas) e neta do<br />
homenageado Renê Octavio Dantas
Obra: Cajamar Industrial Park (Cajamar - SP)<br />
Profissionais homenageados:<br />
João Alberto Vendramini e Nick Kittredge<br />
Cajamar Industrial Park Porto Maravilha<br />
Da esq. p/ dir. João<br />
Alberto Vendramini<br />
(homenageado),<br />
Fulvio Zajakoff<br />
(diretor executivo<br />
da Bemo do Brasil),<br />
Nick Kittredge<br />
(homenageado)<br />
e Alyson Souza<br />
(gerente comercial<br />
da Soufer Industrial)<br />
Obra: Green Towers (Brasília - DF)<br />
Profissionais homenageados:<br />
Suely Bacchereti Bueno e<br />
José Inácio Linhares<br />
Vasconcelos<br />
Green Towers<br />
Da esq. p/ dir. Suely<br />
Bacchereti Bueno<br />
(homenageada),<br />
Roberto Dias Leme<br />
(Diretor da ABECE),<br />
Maria Alice Moreira<br />
(diretora comercial<br />
da Divisão Jahu) e<br />
José Inácio Linhares<br />
Vasconcelos<br />
(homenageado)<br />
Obra: Porto Maravilha (Rio de Janeiro - RJ)<br />
Profissionais homenageados: Fernando Rebouças<br />
Stucchi e Ricardo Moreira Bueno<br />
Obra: Unlimited Ocean Front<br />
(Santos - SP)<br />
Profissionais homenageados:<br />
Francisco Paulo Graziano e<br />
Luiz Roberto de Oliveira Pasqua<br />
Unlimited<br />
Ocean Front<br />
Da esq. p/ dir.<br />
Fernando Rebouças<br />
Stucchi<br />
(homenageado),<br />
Jefferson Dias de Souza<br />
Junior (vice-presidente<br />
de Tecnologia e<br />
Qualidade da ABECE),<br />
Nicola Libano (diretor<br />
superintendente da<br />
Brasfond) e Ricardo<br />
Moreira Bueno<br />
(homenageado)<br />
Da esq. p/<br />
dir. Francisco<br />
Paulo Graziano<br />
(homenageado),<br />
Rodrigo Nuremberg<br />
(sócio-diretor da TQS<br />
Informática), Luiz<br />
Roberto de Oliveira<br />
Pasqua (homenageado)<br />
e Guilherme Covas<br />
(diretor da ABECE)<br />
ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013 15
Capa<br />
16 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
Profissional homenageado: Augusto Carlos<br />
de Vasconcelos (pelos 90 anos de idade<br />
e pela representatividade na engenharia<br />
estrutural brasileira)<br />
Eng. Augusto Carlos de Vasconcelos (à<br />
esq.) recebe das mãos de José Almeida<br />
(presidente da T&A) troféu Augusto<br />
Carlos de Vasconcelos<br />
Pronunciamento<br />
de abertura do<br />
evento pela<br />
presidente da<br />
ABECE eng.<br />
Suely B. Bueno<br />
Convidados<br />
foram<br />
recepcionados<br />
com coquetel<br />
Jantar foi oferecido após a entrega das homenagens Show dançante contagiou o público presente<br />
Todos os<br />
convidados<br />
presentes<br />
aplaudiram a<br />
justa homenagem<br />
prestada pela<br />
T&A ao eng.<br />
Augusto Carlos<br />
de Vasconcelos<br />
Eng. Eduardo<br />
Barros Millen,<br />
membro do<br />
conselho<br />
deliberativo e<br />
ex-presidente da<br />
ABECE (gestão<br />
2012-2012)<br />
conduziu o<br />
cerimonial<br />
do evento
Artigo Técnico<br />
Engenheiro civil pela Escola de Engenharia<br />
de São Carlos da Universidade de São Paulo,<br />
com ênfase em Estruturas, pós-graduado em<br />
edifícios altos e MBA pela Universidade de<br />
São Paulo. Foi Professor da PUC (Pontifícia<br />
Universidade Católica) e da FEA (Faculdade<br />
de Engenharia de Araraquara) e FIA (Fundação<br />
Instituto de Administração). Membro da<br />
Comissão de Estudos de Estruturas de Aço da<br />
ABNT desde 2006. Trabalhou com gestão de<br />
Estruturas mistas e híbridas aço/concreto<br />
INTRODUÇÃO<br />
Um novo sistema construtivo é muito mais atentamente observado<br />
que uma tecnologia já consolidada, e, quando é considerado virtuo-<br />
so, angaria muito mais a simpatia dos investidores e granjeia bem<br />
mais a sua tendência que a antiga.<br />
Esse é o caso dos edifícios em estruturas mistas e híbridas aço/<br />
concreto. O rumo escolhido para esses sistemas construtivos está<br />
atrelado às vantagens oferecidas pela composição de ambos os<br />
materiais.<br />
O sistema não é novo e apesar de ser um sistema tradicional e bem<br />
conhecido no exterior, não era considerado como opção no Brasil<br />
até pouco tempo atrás.<br />
As principais características desses sistemas são discutidas neste<br />
artigo.<br />
Associação aço/concreto<br />
O que já se sabia, agora é reconhecido: cada um desses materiais<br />
tem vantagens que podem ser maximizadas e desvantagens que<br />
podem ser minimizadas por meio da combinação de ambos, não<br />
apenas em termos estruturais, mas também em aspectos construtivos,<br />
funcionais e estéticos. O concreto possui boa resistência à<br />
compressão, ao fogo e à corrosão, mas tem peso relativo elevado,<br />
necessita de fôrmas e escoramentos. O aço possui boa resistência<br />
à tração e comportamento dútil, não necessita de fôrmas e escoramentos<br />
e tem peso relativo baixo, mas possui baixa resistência ao<br />
fogo e à corrosão.<br />
Como exemplo das vantagens dessa associação pode-se citar:<br />
redução do prazo da obra com redução das despesas indiretas;<br />
eliminação do sistema de fôrmas e escoramentos; redução do<br />
efetivo da obra e consequente redução de potencial passivo trabalhista<br />
e dos acidentes de trabalho; obra sustentável com drástica<br />
redução na geração de resíduos; logística otimizada com a<br />
maior parte dos elementos produzidos fora do canteiro, podendo<br />
ser maximizada com a utilização de pré-moldados de concreto;<br />
redução dos custos de proteção passiva e à corrosão; redução<br />
do peso próprio e consequente redução das fundações; redução<br />
Alexandre L. Vasconcellos<br />
projetos para plantas industriais na Argentina<br />
e Portugal, representação, treinamento e negócios<br />
com o Grupo Nemetchek, avaliação e<br />
viabilidade técnica do sistema de paredes de<br />
concreto na Colômbia e Uruguai. Atualmente<br />
coordena o grupo de inovação em construção<br />
mista e híbrida na Método Engenharia e<br />
pesquisa o tema na Unicamp. É diretor geral<br />
da Método Estruturas e consultor do CBCA<br />
(Centro Brasileiro da Construção em Aço).<br />
da capacidade de guindastes e gruas necessárias; aumento da<br />
precisão dimensional com redução no uso de materiais de acabamento.<br />
Essa sinergia é consideravelmente maior quando se utiliza a estrutura<br />
de aço com estruturas de concreto armado e protendido.<br />
Essa combinação pode ser de dois tipos: um perfil de aço e um elemento<br />
de concreto trabalhando solidariamente, como é o caso da<br />
construção mista aço/concreto ou o uso combinado de elementos<br />
de concreto e elementos de aço trabalhando conjuntamente, como<br />
é o caso da construção híbrida.<br />
A definição de estrutura mista e híbrida tem gerado algumas<br />
discussões no meio técnico. Aqui, será considerada para estrutura<br />
mista a definição constante na NBR 8800:2008, como<br />
sendo estruturas onde ambos os materiais trabalham solidariamente<br />
entre si, sem que haja escorregamento e deslocamento<br />
relativo entre eles, comportando-se como um só material. O<br />
conceito de estrutura híbrida ocorre quando diferentes materiais<br />
são empregados compondo um sistema estrutural de elementos<br />
ou barras de múltiplos materiais para compor o sistema<br />
construtivo.<br />
A figura 1 exemplifica esses dois comportamentos. A figura 1a<br />
representa uma laje apoiada sobre uma viga de aço submetida à<br />
flexão. Percebe-se que ela tem comportamento independente, deformações<br />
e deslocamentos relativos e diagrama de deformações<br />
independentes. A laje de concreto está apoiada na viga de aço e<br />
não influi na resistência à flexão da mesma. Do ponto de vista da<br />
viga, a laje é um carregamento.<br />
A figura 1b difere da primeira em função da presença de conectores<br />
de cisalhamento existentes na interface dos materiais. Esses conectores<br />
resistem ao cisalhamento horizontal atuante entre os dois<br />
materiais impedindo a deformação e o deslocamento relativo entre<br />
eles, formando o elemento misto, a viga mista, cujo diagrama de<br />
deformações é um só para os dois materiais. Do ponto de vista da<br />
viga, a laje é uma mesa colaborante aumentando a resistência da<br />
viga isolada.<br />
ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013 17
Artigo Técnico<br />
Assim, a estrutura mista aço/concreto é caracterizada pelo trabalho<br />
conjunto dos dois materiais proporcionado por mecanismos que<br />
realizam a transferência de esforços entre eles.<br />
Figura 1 - Comportamento de estruturas mistas e híbridas (adaptado de Nardin et al., 2005)<br />
Um exemplo frequentemente encontrado de sistema híbrido é o<br />
apoio de colunas de aço sobre bases ou estruturas de concreto<br />
(figura 2), núcleos de rigidez dos edifícios em concreto armado suportando<br />
as vigas de aço ou mistas dos pavimentos (figura 3) ou<br />
lajes pré-moldadas apoiadas sobre vigas de aço (figura 4).<br />
Figura 2 – Coluna<br />
de aço conectada<br />
a estrutura de<br />
concreto por meio<br />
de chumbadores<br />
no Hospital Sírio<br />
Libanês (Método<br />
Estruturas)<br />
Figura 3 – Núcleo de rigidez apoiando vigas mistas aço/concreto do Edifício The One<br />
(CBCA 2012) Fonte: Método Estruturas<br />
18 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
Figura 4 – Lajes de<br />
concreto<br />
pré-moladadas<br />
apoiadas sobre<br />
vigas de aço sem<br />
interação (Hospital<br />
Sirio Libanês)<br />
Não existem normas brasileiras para a concepção de estruturas híbridas<br />
de elementos de aço e concreto, ao contrário do desenvolvimento<br />
de normas para as estruturas mistas, como a NBR 8800:2008<br />
– Projeto de estrutura de aço e de estrutura mista de aço e concreto<br />
de edifícios.<br />
Caracterização das estruturas mistas<br />
Nas construções mistas, o concreto foi primeiramente usado, no<br />
início do século passado, como material de revestimento, protegendo<br />
os perfis de aço contra o fogo e a corrosão. Embora o concreto<br />
tivesse uma participação em termos estruturais, sua contribuição na<br />
resistência era ignorada nos cálculos. Hoje, vigas mistas, colunas<br />
mistas e lajes com fôrma de aço incorporada são intensamente usadas<br />
em edifícios de múltiplos andares no exterior e estão evoluindo<br />
a passos largos no Brasil.<br />
Avanços posteriores do concreto armado destinado aos edifícios<br />
altos determinaram o cenário da combinação do sistema aço/concreto.<br />
Neste processo, o uso do concreto desempenhando o papel<br />
de paredes resistentes à força cortante ou o de pilares mistos tubulares<br />
foi reconhecido como sendo de elemento estrutural eficiente<br />
para resistir às forças devidas ao vento, aumentando a rigidez lateral<br />
da estrutura. O uso desses elementos em substituição a estruturas<br />
usuais do tipo pórtico em aço oferece vantagens em termos de economia<br />
e rapidez de execução.<br />
O objetivo desta combinação foi conciliar a rigidez do concreto na<br />
resistência aos carregamentos laterais e sua capacidade de dissipar<br />
energia através da microfissuração, com o menor peso do aço<br />
e sua capacidade de vencer vãos maiores em estruturas do tipo<br />
pórtico.<br />
A construção em sistema misto aço/concreto é competitiva para estruturas<br />
de vãos médios a elevados, grandes balanços, locais de<br />
difícil acesso, solos de baixa resistência e regiões com falta de agregados.<br />
Caracteriza-se pela rapidez de execução e pela significativa<br />
redução do peso total da estrutura.<br />
Identificação dos elementos estruturais<br />
Nos edifícios usuais, os elementos estruturais que compõem o sistema<br />
estrutural global são constituídos pelas lajes, vigas e pilares ou<br />
a união destes elementos. Esses elementos estruturais devem ter<br />
resistência mecânica, estabilidade, rigidez e resistência à fissuração<br />
e a deslocamentos excessivos para poderem contribuir de modo<br />
efetivo na resistência global do edifício. Se forem necessários, para<br />
melhorar a resistência às ações do vento, podem ser dispostos painéis<br />
verticais constituídos pelos pilares paredes formando estruturas<br />
híbridas ou elementos de contraventamento vertical como as<br />
diagonais (figura 5).
Lajes mistas<br />
O sistema de lajes mistas consiste na utilização de uma fôrma de<br />
aço nervurada como fôrma permanente de suporte para o concreto<br />
antes da cura e das cargas de utilização. Após a cura do concreto,<br />
os dois materiais, a fôrma de aço e o concreto, combinam-se estruturalmente,<br />
formando o sistema misto. A fôrma de aço substitui,<br />
então, a armadura positiva da laje.<br />
O sistema com fôrma de aço incorporado (ver figura 6) tem se transformado<br />
em tecnologia padrão nos países industrializados. É um<br />
processo largamente empregado na Europa, nos Estados Unidos e<br />
Japão, onde o seu uso destaca-se na construção de shopping centers,<br />
hotéis, hospitais, edifícios residenciais, comerciais e garagens.<br />
São diversas as funções das fôrmas de aço empregadas nas lajes<br />
mistas. Além de suportarem os carregamentos durante a construção<br />
e funcionarem como plataforma de trabalho, contraventam lateralmente<br />
a estrutura, desempenhando o papel de diafragma horizontal.<br />
Além disso, pelo fato de distribuírem as deformações por<br />
retração, evitam a fissuração excessiva do concreto.<br />
Apresentam, ainda, vantagens como a possibilidade de dispensa<br />
do escoramento da laje e a facilidade oferecida à passagem de dutos<br />
de eletricidade, comunicações e de outros sistemas pelos vazios<br />
existentes entre a forma e a viga metálica. Além disso, é mais<br />
leve que outros sistemas.<br />
O comportamento misto é alcançado após a cura do concreto da laje,<br />
quando a fôrma de aço transmite as tensões cisalhantes horizontais<br />
na interface com o concreto através de ligações mecânicas fornecidas<br />
por saliências<br />
e reentrâncias(mossas)<br />
existentes<br />
na fôrma.<br />
Altura da laje e a armadura<br />
Figura 5 –<br />
Exemplo<br />
de contraventamento<br />
vertical<br />
Figura 6 -<br />
Exemplo do<br />
sistema de<br />
lajes mistas<br />
Tendo em vista que o perfil com menor altura fabricado no Brasil<br />
tem hp = 50mm.<br />
• Se a laje não atua como parte de uma viga mista, a altura total da<br />
laje mista h deve ser maior ou igual a 80 mm. A altura de concreto<br />
hc, medida a partir da superfície plana superior até as nervuras<br />
da fôrma deve ser maior ou igual a 90 mm.<br />
• se a laje atua como parte de uma viga mista ou é utilizada como<br />
diafragma, a altura total deve ser maior ou igual a 90 mm e hc<br />
maior ou igual a 100 mm.<br />
Figura 7 – Dimensões da laje mista<br />
Dimensões para Ante-projeto<br />
• a altura total da laje mista deve ser maior ou igual a 90mm e a<br />
espessura de concreto sobre a fôrma deverá ser de no mínimo<br />
50 mm;<br />
• em função da escassez de fabricantes de fôrmas incorporadas<br />
ao concreto, há pequena variedade de perfis, de tal forma que<br />
podemos estimar para lajes de cobertura, alturas de 120mm;<br />
• da mesma forma, para lajes de piso, lajes em balanço e destinadas<br />
a passagem de veículos, altura de 150 mm.<br />
Esses valores adotados inicialmente deverão ser ajustados após<br />
o dimensionamento final.<br />
Montagem e Fixação<br />
Após a conclusão da montagem das vigas de aço da estrutura,<br />
pode-se prosseguir com a instalação dos painéis das fôrmas de<br />
aço e de seus acessórios atendendo as seguintes recomendações:<br />
• nivelamento correto da mesa superior da viga de aço, de modo<br />
que se tenha um perfeito contato entre a fôrma e a viga;<br />
• remoção de ferrugem e de outras sujeiras;<br />
• remoção da pintura e umidade nas proximidades da região de<br />
soldagem.<br />
Após as conferências necessárias, os painéis são posicionados<br />
sobre o vigamento. É usual a necessidade de recortes e ajustes<br />
nos cantos e no contorno de pilares a fim de adaptar a laje à<br />
geometria da edificação.<br />
Uma vez realizados todos os ajustes e o alinhamento, os painéis<br />
devem ser fixados à estrutura. Recomenda-se que, inicialmente,<br />
seja feita uma fixação preliminar utilizando rebites. Dessa maneira,<br />
garante-se que o painel não saia da posição correta até que a<br />
fixação definitiva seja concluída.<br />
A fixação definitiva dos painéis é executada por meio de pontos<br />
de solda bujão ou solda tampão, fazendo-se primeiramente uma<br />
abertura na chapa da fôrma. Recomenda-se que se faça um ponto<br />
de solda bujão em todas as ondas baixas da fôrma de aço sobre<br />
as vigas suporte, as quais são perpendiculares ao sentido das<br />
nervuras. Para as vigas paralelas às nervuras, recomenda-se que os<br />
pontos de solda bujão sejam executados ao longo do comprimento<br />
dos painéis.<br />
Após o término da montagem da fôrma de aço, devem ser fixados<br />
os conectores de cisalhamento caso utlilize-se o conceito de vigas<br />
mistas. Estes conectores deverão ser soldados na viga, por meio<br />
da fôrma de aço, mediante uma solda de eletrofusão. O conector<br />
mais utilizado no sistema de lajes mistas é o tipo pino com cabeça<br />
(“stud bolt”).<br />
ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013 19
Artigo Técnico<br />
Figura 8 – Etapas de execução da laje mista<br />
Após a conclusão da montagem, da fixação da fôrma e da instalação<br />
dos conectores de cisalhamento, pode-se dar início a instalação<br />
das armaduras adicionais das lajes e ao lançamento do concreto.<br />
Conectores de cisalhamento<br />
Realizam a ligação entre o elemento de aço e o concreto. Cumprem<br />
a função de absorver os esforços de cisalhamento nas duas direções<br />
e de impedir o afastamento vertical entre a laje e viga de aço.<br />
Figura 9 - Tipos usuais de conectores<br />
20 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
Alguns cuidados devem ser tomados na execução da fixação dos<br />
conectores e evitar falhas de soldagem (figura 11):<br />
• Evitar a presença de umidade na soldagem do conector. Por<br />
esse motivo, é mais conveniente que a aplicação dos conectores<br />
seja feita logo após a montagem da fôrma de aço, evitando<br />
a possibilidade de acúmulo de água entre os painéis e a face<br />
superior das vigas de aço;<br />
• Os conectores não devem ser soldados através de mais de um<br />
painel de fôrma.<br />
• A espessura da chapa de aço galvanizado da fôrma laje tipo<br />
steel deck não deve exceder 1,25 mm.<br />
A instalação de steel deck e conectores de cisalhamento tipo stud<br />
bolt tem produtividade estimada entre 500 e 750 m2 por frente de<br />
trabalho.<br />
Vigas mistas<br />
As vigas mistas resultam da associação de uma viga de aço com<br />
uma laje de concreto ou mista, cuja ligação é feita por meio dos<br />
conectores de cisalhamento, soldados à mesa superior do perfil.<br />
Em edifícios, o perfil mais utilizado como viga de aço é do tipo<br />
“I”. As lajes de concreto podem ser moldadas in loco, com face<br />
inferior plana ou com fôrma de aço incorporada, ou ainda, podem<br />
ser formadas de elementos pré-fabricados, utilizando como<br />
mesa colaborante a capa de concreto moldada in loco. Alguns<br />
dos tipos mais usuais de seções de vigas mistas são indicados<br />
na figura 11.<br />
Figura 10 – Exemplo de stud bolt sobre steel deck Figura 11 - Tipos mais usuais de vigas mistas.
Uma das vantagens da utilização de vigas mistas em sistemas de<br />
pisos é o acréscimo de resistência e de rigidez propiciados pela<br />
associação dos elementos de aço e de concreto, o que possibilita<br />
a redução da altura dos elementos estruturais, implicando em<br />
economia de material.<br />
As vigas mistas podem ser simplesmente apoiadas, o que é mais<br />
usual, ou podem ser contínuas com ligações semi-rígidas. As<br />
simplesmente apoiadas contribuem para a maior eficiência do<br />
sistema misto, pois a viga de aço trabalha predominantemente à<br />
tração e a laje de concreto à compressão.<br />
Com relação ao método construtivo, pode-se optar pelo não<br />
escoramento da laje devido à necessidade de velocidade de<br />
construção. Por outro lado, o escoramento da laje pode ser<br />
apropriado caso seja necessário limitar os deslocamentos verticais<br />
da viga de aço na fase construtiva, entretanto, será menos produtivo.<br />
O uso de ligações mistas semi-rígidas pode resultar em redução de<br />
flecha e de custo, assim como o uso de contraflecha no caso da<br />
construção não escorada.<br />
Dimensões para Ante-projeto<br />
Com dados e informações baseados em experiência profissional,<br />
a altura de vigas para pavimentos de edifícios pode ser estimada<br />
como:<br />
a. vigas de aço L/20;<br />
b. vigas mistas L/20 a L/30, sendo L o vão da viga.<br />
A montagem de vigas de aço tem produtividade estimada entre 250<br />
a 300 m2 por frente de trabalho.<br />
Pilares mistos<br />
Os pilares mistos, de maneira geral, são constituídos por um ou<br />
mais perfis de aço, preenchidos ou revestidos de concreto.<br />
A combinação dos materiais aço e concreto em pilares<br />
mistos propicia diversas vantagens. Além da proteção ao<br />
fogo e à corrosão e do aumento da resistência do pilar, essa<br />
combinação contribui para um aumento na rigidez da estrutura<br />
aos carregamentos horizontais. A dutilidade é outro ponto<br />
que diferencia os pilares mistos, os quais apresentam um<br />
comportamento mais dútil quando comparados com os pilares<br />
de concreto armado isolados.<br />
Existem também outras vantagens, tal como a ausência de<br />
fôrmas, no caso de pilares mistos preenchidos (figuras 13 c e d),<br />
possibilitando a redução de custos com materiais e mão-de-obra<br />
e agilidade na execução.<br />
O emprego de pilares mistos tem sido uma tendência,<br />
principalmente em edifícios de andares múltiplos, em diversos<br />
países europeus, americanos e asiáticos, em função de<br />
permitem maior velocidade no ciclo de construção de cada<br />
pavimento.<br />
Os pilares mistos são classificados em função da posição em<br />
que o concreto ocupa na seção mista. A figura 13 ilustra algumas<br />
seções típicas de pilares.<br />
Os pilares mistos revestidos caracterizam-se pelo envolvimento,<br />
por completo, do elemento estrutural em aço, conforme ilustra<br />
a figura 12a). A presença do concreto como revestimento, além<br />
de propiciar maior resistência, impede a flambagem local dos<br />
elementos da seção de aço, além de fornecer maior proteção<br />
ao fogo e à corrosão do aço (figura 13). Deve-se atentar para<br />
a necessidade de utilização de fôrmas para a concretagem,<br />
tornando sua execução mais trabalhosa, quando comparada ao<br />
pilar misto preenchido<br />
Figura 12 - Exemplos de seções típicas de pilares mistos e dimensões características<br />
(NBR 8800:2008)<br />
Os pilares mistos, parcialmente revestidos, caracterizam-se pelo<br />
não envolvimento completo da seção de aço pelo concreto,<br />
conforme ilustra a figura 12b. Os pilares mistos preenchidos são<br />
elementos estruturais formados por perfis tubulares, preenchidos<br />
com concreto de qualidade estrutural, conforme as figuras 12c e d.<br />
A principal vantagem desse tipo de pilar é que este dispensa fôrmas<br />
e armadura, a não ser que se opte por armaduras passivas em<br />
substituição à proteção superficial das colunas contra incêndio. Para<br />
os pilares preenchidos circulares, é possível ainda a consideração<br />
do efeito de confinamento do concreto na resistência do pilar misto.<br />
A sequência construtiva de um edifício em estrutura mista aço-concreto,<br />
deve ser considerada cuidadosamente tanto pelo projetista estrutural<br />
quanto pelo responsável pela execução da obra. Vale ressaltar que a<br />
estabilidade e a resistência finais frente às ações horizontais do vento<br />
não são imediatamente atingidas até a cura do concreto.<br />
Podem ocorrer problemas de estabilidade do edifício se um<br />
número elevado de pavimentos for montado sem a correspondente<br />
concretagem, além de sobrecarregar os pilares de aço dos primeiros<br />
pavimentos. É por esta razão que se deve limitar o número de<br />
pavimentos por etapa de concretagem, durante a fase construtiva.<br />
Figura 13 – Coluna mista totalmente revestida<br />
ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013 21
Sequência construtiva<br />
Por outro lado, se as atividades relacionadas com a montagem<br />
da estrutura metálica e a concretagem estiverem muito próximas<br />
no tempo, poderá ocorrer uma perda da eficiência na construção.<br />
Por esse motivo, o plano de construção do edifício deve ser<br />
elaborado de tal forma que o sistema estrutural, nas diversas<br />
etapas construtivas, seja formado por pórticos mistos nos<br />
primeiros pavimentos, por vigas mistas nos pavimentos<br />
intermediários, e por elementos de aço isolados nos últimos<br />
pavimentos, em geral, com escalonamento de 3 a 4 andares para<br />
cada uma dessas etapas.<br />
Conclusão<br />
Artigo Técnico<br />
A rapidez de execução é uma das maiores vantagens das<br />
estruturas mistas e híbridas.<br />
Apesar disso, ao redor do mundo, a escolha ficava normalmente<br />
entre uma estrutura de concreto ou uma estrutura de aço. Uma e<br />
outra eram tratadas como se não fossem compatíveis.<br />
Felizmente essa situação está mudando, em parte devido<br />
ao desejo dos investidores, que descobriram as vantagens<br />
economico-financeiras que o uso desses dois materiais préindustrializados<br />
ao trabalhar em conjunto podem trazer-lhes<br />
antecipando o prazo de entrega e assim antecipando o retorno<br />
sobre o investimento.<br />
22 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
ALVA, G. M. S. (2000). Sobre o projeto de edifícios em estruturas mistas aço<br />
– concreto. São Carlos. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de<br />
São Carlos, Universidade de São Paulo.<br />
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2008). NBR – 8800:<br />
Projeto de estrutura de aço e de estrutura mista de aço e concreto de<br />
edifícios. Rio de Janeiro.<br />
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1999). NBR – 14323:<br />
Dimensionamento de estruturas de edifícios em situação de incêndio -<br />
Procedimento. Rio de Janeiro.<br />
CORREA, M. R. S. (1991) Aperfeiçoamento de modelos usualmente<br />
empregados no projeto de sistemas estruturais de edifícios. São Carlos. 331<br />
p. Tese (Doutorado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade<br />
de São Paulo.<br />
DE NARDIN, S.; SOUZA, A. S. C.; EL DEBS, A. L. C. H.; EL DEBS, M.<br />
K. (2005) Estruturas mistas aço-concreto: origem, desenvolvimento e<br />
perspectivas. 16 p.. 47o Congresso Brasileiro do Concreto, Volume IV -<br />
Estruturas Mistas, Proceedings, Recife, setembro 2005, IBRACON, 2005.<br />
p.V69-84, ISBN 85-98576-07-7.<br />
MALITE, M. (1998). Vigas mistas aço-concreto: ênfase em edifícios. São<br />
Carlos – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.<br />
RAMOS, A. L. (2010). Análise numérica de pisos mistos aço-concreto de<br />
pequena altura. São Carlos. 138 p.. Dissertação (Mestrado) – Escola de<br />
Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.<br />
SÁLES, J. J. (1995). Estudo do projeto e da construção de edifícios de<br />
andares múltiplos em estruturas de aço. São Carlos. 257 p. Tese (Doutorado)<br />
– Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.<br />
VASCONCELLOS, A.L. (2002). Cálculo completo de um edifício multiandares<br />
com estruturas mistas aço/concreto. São Paulo, ABCEM.<br />
VASCONCELLOS, A.L. (2003). Edifícios multiandares estruturados em aço.<br />
São Paulo, ABCEM.
Cursos em parceria com FESP estão com inscrições abertas<br />
Iniciação Técnica em Projetos de Es-<br />
truturas de Aço e Formação de Desenhistas<br />
de Estruturas de Concreto<br />
Armado são os cursos promovidos<br />
pela ABECE em parceria com a FESP<br />
(Faculdade de Engenharia São Paulo)<br />
que estão com inscrições abertas.<br />
Chegando à terceira turma, o curso<br />
Formação de Desenhistas de Estruturas<br />
de Concreto Armado visa formar uma<br />
mão de obra especializada que, no<br />
passado, era naturalmente concebida<br />
pelas empresas de projeto.<br />
Dirigido a pessoas com segundo grau<br />
completo que tenham interesse em trabalhar<br />
como desenhistas na área de projetos<br />
de estruturas de concreto armado, o curso<br />
tem carga horária de 78 horas/aula e contempla<br />
os princípios básicos de funcionamento<br />
das peças estruturais, os critérios<br />
de detalhamento e as formas de apresentação<br />
dos documentos de projeto.<br />
A ABCEM (Associação Brasileira da<br />
Construção Metálica) realiza cursos para<br />
o desenvolvimento dos profissionais da<br />
construção metálica no Brasil voltados<br />
Promovido pela FESP, ABECE e TQS<br />
Informática, o curso tem início no dia 8<br />
de abril de 2013, com aulas às segundas<br />
e quartas-feiras, das 19 às 22h, na<br />
FESP (Av. 9 de Julho, 5520 - Jardim<br />
Europa - São Paulo - SP).<br />
As inscrições vão até 2 de abril e po-<br />
dem ser efetuadas no endereço http://<br />
sesp.edu.brsesp_2010/?p=913, onde<br />
constam todas as demais informações<br />
sobre o curso.<br />
Iniciação Técnica em Projetos<br />
de Estruturas de Aço<br />
Capacitar desenhistas, desenhistas<br />
projetistas e profissionais da área para<br />
desenvolvimento de projetos básicos<br />
de estruturas de aço para edificações<br />
industriais, comerciais e edifícios de<br />
múltiplos andares é a proposta do cur-<br />
Cursos ABCEM<br />
• Ações e Segurança nas Estruturas Metálicas (22 e 23/3)<br />
• Análise de Perfis de Aço Submetidos à Flexão (5 e 6/4)<br />
• Dimensionamento de Ligações Parafusadas e Soldadas<br />
(19 e 20/4)<br />
• Projeto de Estruturas Mistas Aço/Concreto (3 e 4/5)<br />
• Gestão de Construções Metálicas (7 e 8/6)<br />
• Sistemas Estruturais para Edifícios Multiandares<br />
de Aço (21 e 22/6)<br />
para arquitetos, engenheiros, projetistas,<br />
calculistas, estudantes de engenharia,<br />
estudantes de arquitetura e outros profissionais<br />
da área.<br />
Informações: http://www.abcem.org.br/cursos-abcem.php<br />
so Iniciação Técnica em Projetos de<br />
Estruturas de Aço.<br />
Promovido pela ABECE e pela FESP<br />
o curso conta com o apoio do CBCA<br />
(Centro Brasileiro da Construção em<br />
Aço), da ABCEM (Associação Brasileira<br />
da Construção Metálica) e da<br />
Multiplus e é coordenado pelos pro-<br />
fessores Antonio Rodrigues Martins<br />
(FESP) e Flávio Correia D´Alambert<br />
(ABECE).<br />
O programa contempla: processo construtivo<br />
das estruturas de aço, projeto,<br />
fabricação e montagem / matéria prima<br />
aço estrutural / ligações-conceitos / introdução<br />
à linguagem gráfica das estruturas<br />
de aço / conceitos de projeto<br />
/ ligações e estruturas complementares/<br />
conceitos de<br />
fabricação e de montagem /<br />
introdução ao sistema fabril<br />
/ revisão geral.<br />
Com carga horária de 60 horas/aula,<br />
sendo 10 semanas<br />
consecutivas, com aulas às<br />
quartas-feiras, das 19 às<br />
22h, e aos sábados, das 9<br />
às 12h, o curso terá início no<br />
dia 10 de abril de 2013.<br />
As inscrições vão até o dia 2 de<br />
abril e podem ser feitas no endereço<br />
http://sesp.edu.br/sesp_2010/?p=1748.<br />
A grade de 2013 oferece os seguintes<br />
cursos ministrados pelo eng. Alexandre<br />
L. Vasconcelos, que contam com o<br />
apoio da ABECE:<br />
• Aspectos Construtivos dos Edifícios Multiandares<br />
Estruturados em Aço (16 e 17/8)<br />
• Cálculo de um Edifício Multiandares em Estruturas<br />
Mistas (30 e 31/8)<br />
• Administração da Produção de Estruturas Metálicas<br />
(13 e 14/9)<br />
• Gestão Estratégica e Vantagem Competitiva na<br />
Indústria da Construção Metálica (27 e 28/9)<br />
ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013 23
Painel dos Projetistas no 3º ENPPPCPM<br />
Estão abertas as inscrições<br />
para obras de concreto pré-<br />
-moldado que queiram participar<br />
da seção denominada<br />
Painel dos Projetistas no<br />
3º ENPPPCPM - Encontro<br />
Nacional de Pesquisa-Projeto-Produção<br />
em Concreto<br />
Pré-moldado, que aconte-<br />
cerá em 8 e 9 de julho de 2013, em São<br />
Carlos (SP).<br />
A seleção das obras será feita para as seguintes<br />
categorias: galpões (comerciais,<br />
industriais etc.), edifícios de múltiplos pavimentos<br />
altos (mais de três andares),<br />
edifícios de múltiplos pavimentos baixos<br />
(até três andares – tipo shoppings, escolares<br />
etc.), obras de infraestrutura (pontes,<br />
pontilhões, reservatórios etc.), estádios,<br />
ginásios e similares, e obras especiais<br />
(situações não enquadradas nos itens<br />
anteriores, como indústrias de papel, de<br />
transformação, siderúrgicas, piperack, entre<br />
outras).<br />
Novos associados<br />
O número de profissionais e empresas<br />
que se associam à ABECE continua crescendo<br />
significativamente.<br />
Recentemente, a entidade recebeu mais<br />
13 associações, principalmente da região<br />
Centro-Oeste. Da capital goiana,<br />
três profissionais e uma empresa tornaram<br />
associadas e vieram somar-se<br />
a dois profissionais de Campo Grande<br />
(MS) e outro de Anápolis (GO).<br />
Do estado de São Paulo, associaram-<br />
-se um profissional e duas empresas<br />
da capital, além de um profissional de<br />
Itapecerica da Serra. Ainda da Região<br />
Sudeste, registro para a chegada de<br />
uma empresa de Belo Horizonte (MG).<br />
No quadro geral ao lado, também cons-<br />
24 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
Os projetistas interessados devem inscrever<br />
suas obras até 30 de abril de 2013 diretamente<br />
no site do evento (http://www.set.<br />
eesc.usp.br/3enpppcpm/). O julgamento e<br />
divulgação dos trabalhos aceitos serão feitos<br />
até o dia 30 de maio de 2013.<br />
A comissão julgadora é formada pelo eng.<br />
Eduardo Barros Millen (ABECE), eng. Íria<br />
Lícia Oliva Doniak (ABCIC) e prof. Mounir<br />
K. El Debs (comissão organizadora do 3º<br />
ENPPPCPM).<br />
O ENPPPCPM tem como objetivo a realização<br />
de reunião técnica para promover a<br />
integração do setor acadêmico e do setor<br />
ta a associação de um profissional de<br />
Brasília (DF).<br />
produtivo, em relação ao<br />
concreto pré-moldado.<br />
Trata-se da terceira edição<br />
dos encontros realizados<br />
na Escola de Engenharia de<br />
São Carlos da Universidade<br />
de São Paulo, na cidade de<br />
São Carlos (SP). O setor<br />
acadêmico é representado pelos pesquisadores<br />
das Instituições de Ensino Superior<br />
do país, incluindo professores, alunos de<br />
pós-graduação e alunos de graduação. O<br />
setor produtivo é representado pelos projetistas<br />
de estruturas, por fabricantes de<br />
equipamentos e produtos empregados em<br />
concreto pré-moldado e pelas empresas<br />
de produção de estruturas de concreto pré-<br />
moldado.<br />
O encontro abrangerá os seguintes temas:<br />
sistemas estruturais, ligações, componentes<br />
e materiais, lajes pré-fabricadas, obras<br />
emblemáticas e aplicações especiais do<br />
concreto pré-moldado.<br />
A lista completa dos associados está na<br />
seção Associados e Colaboradores do site.<br />
Nome Categoria Cidade/ Estado<br />
Edson de Mello Sartori Efetivo Campo Grande/MS<br />
Ricardo Nakao Efetivo Campo Grande/MS<br />
Ibsen Puleo Uvo Efetivo São Paulo/SP<br />
Mohr Engenharia de Projetos Ltda. Efetivo Belo Horizonte/MG<br />
Alessandro Oliveira Lopes Efetivo Goiânia/GO<br />
Método Engenharia e Construção Efetivo São Paulo/SP<br />
J. Moran Engenharia Ltda. Aspirante Itapecerica da Serra/SP<br />
Lúcio José de Lima Efetivo Brasília/DF<br />
Signo Engenharia de Processos Efetivo São Paulo/SP<br />
Silenio Marciano de Paulo Efetivo Goiânia/GO<br />
José Roberto Branquinho Reis Efetivo Goiânia/GO<br />
Arrimo Projetos e Construção Ltda. Efetivo Goiânia/GO<br />
Giovanni Bertholdo Steckeberg Efetivo Anápolis/GO<br />
TORNE-SE UM ASSOCIADO ABECE. DESFRUTE DAS VANTAGENS DE DESCONTO EM<br />
EVENTOS PARA APRIMORAMENTO PROFISSIONAL.
Da esq. p/dir. Ricardo Bunemer (coordenador geral do projeto dos manuais<br />
de escopo), Marcelo Rozenberg (membro do conselho deliberativo da<br />
ABECE), Marcos Velletri (membro do conselho deliberativo da ABECE e<br />
diretor de Insumos e Tecnologia do Secovi-SP) e Jefferson Dias de Souza<br />
Jr. (vice-presidente de Tecnologia e Qualidade da ABECE)<br />
Já está no ar o novo site dos Manuais de<br />
Escopo, publicações que reúnem diretrizes<br />
que norteiam procedimentos a serem<br />
adotados na contratação e no desenvolvimento<br />
de projetos da cadeia imobiliária. O<br />
lançamento foi feito no dia 21 de fevereiro<br />
de 2013 em coquetel na sede do Secovi-<br />
SP (Sindicato das Empresas de Compra,<br />
Venda, Locação e Administração de Imóveis<br />
Residenciais e Comerciais de São<br />
Paulo), com a presença de aproximadamente<br />
70 pessoas.<br />
O portal www.manuaisdeescopo.com.br<br />
abriga os 14 manuais já produzidos, que<br />
passaram por uma série de reformulações<br />
no biênio 2011-2012, atualizando as<br />
relações entre as especialidades e incorporando<br />
conceitos de sustentabilidade,<br />
da tecnologia BIM (Building Information<br />
Modeling) e da Norma de Desempenho<br />
(ABNT NBR 15575), que entrará em vigor<br />
em 19 de julho deste ano.<br />
“O sucesso de um empreendimento e a<br />
sua realização com recursos otimizados,<br />
e, consequentemente, custos menores,<br />
começa pelo projeto”, enfatizou Marcos<br />
Velletri, diretor de Insumos e Tecnologia do<br />
Secovi-SP e membro do conselho deliberativo<br />
da ABECE. “Os Manuais de Escopo<br />
são o ferramental necessário para a elaboração<br />
de um bom projeto”, reforçou.<br />
O site, antes, tinha finalidade de distribuição<br />
de conteúdo através de download.<br />
Com a reformulação, o usuário<br />
consegue fazer consultas on-line - sem<br />
a necessidade de baixar o documento -,<br />
compor checklists e compartilhar conteúdo<br />
nas redes sociais, além de ter à<br />
disposição uma ferramenta web que lhe<br />
permite visualizar serviços e fases, que<br />
podem ser selecionados para montar<br />
uma proposta técnica no próprio ambiente<br />
do portal.<br />
Cerca de 70 pessoas acompanharam o lançamento do site no Secovi-SP<br />
Manuais de Escopo com site totalmente reformulado<br />
“O site está mais dinâmico, moderno e<br />
o relacionamento com os usuários será<br />
mais intensivo, com o envio de informações,<br />
avisos de atualização e eventos<br />
relacionados com o mercado”, disse<br />
José Pires Alvim Neto, diretor da Ação<br />
Sistemas, empresa desenvolvedora do<br />
Navis, software especializado dedicado à<br />
gestão de escritórios de projetos.<br />
A iniciativa contempla os escopos de<br />
estruturas, acústica, instalações elétricas,<br />
instalações hidráulicas, arquitetura<br />
e urbanismo, impermeabilização, revestimentos,<br />
vedações, ventilação e ar-condicionado,<br />
coordenação de projetos,<br />
A importância do manual de<br />
escopo de projeto<br />
A ABECE liderou o processo de produção<br />
dos manuais de escopo ao constituir,<br />
em 2000, um grupo de trabalho<br />
para desenvolvimento de escopo para<br />
contratação de projetos estruturais, coordenado<br />
pelo eng. Augusto G. Pedreira<br />
de Freitas, atual vice-presidente de<br />
Relacionamento da entidade.<br />
As ações do grupo fortaleceram-se com<br />
o envolvimento de outras entidades para<br />
oferecer ao mercado uma ferramenta que<br />
define, orienta e integra as relações entre<br />
o contratante de projetos e seus contratados<br />
e entre as diversas especialidades.<br />
Gradativamente integraram-se à comissão<br />
coordenada pela Diretoria de Insumos e<br />
Tecnologia da vice-presidência de Tecnologia<br />
e Relações de Mercado do Secovi-<br />
SP e que, desde 2000, trabalha para criar<br />
os manuais e mantê-los atualizados.<br />
paisagismo, automação e segurança,<br />
arquitetura de infraestrutura esportiva e<br />
luminotécnica - todos com seu manual<br />
específico e integrado às demais especialidades.<br />
Hoje, 26 mil usuários estão cadastrados<br />
no site e já foram feitos 325 mil downloads<br />
de manuais e checklists. A expectativa das<br />
entidades que participaram do desenvolvimento<br />
do projeto (ABECE, Secovi-SP,<br />
Sinduscon, Sindinstalações, Abap, Asbai,<br />
AsBea, Abrasip, Abrava, Abriesp, Agesc,<br />
ANP, IBI e PróAcústica,) é que, com o<br />
novo site, o uso dos documentos seja potencializado.<br />
“Eu diria que o manual de escopo de<br />
projeto é um instrumento de defesa do<br />
engenheiro de estruturas ao definir e padronizar<br />
o escopo dos serviços praticados<br />
em todo o processo, suas interfaces<br />
com os demais projetistas e estabelecer<br />
responsabilidades e sincronias de processos<br />
para todos os envolvidos”, argumenta<br />
o eng. Marcelo Rozenberg, membro<br />
do conselho deliberativo da ABECE,<br />
idealizador do sistema e membro da<br />
comissão que organizou e produziu os<br />
manuais.<br />
Segundo Rozenberg, “ao adotar e se referirem<br />
aos manuais, os projetistas de estruturas<br />
induzem seus clientes a fazê-lo, eliminando<br />
lacunas, diminuindo retrabalhos<br />
e os frequentes impasses contratuais, o<br />
que facilita as relações entre as partes e<br />
contribui para um produto melhor e mais<br />
econômico”.<br />
fotos Arquivo Secovi-SP/Calão Jorge<br />
ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013 25
Em Tempo<br />
A ABECE esteve representada pelos engenheiros<br />
Augusto G. Pedreira de Freitas,<br />
vice-presidente de Relacionamento da<br />
entidade, e Eduardo B. Millen, membro<br />
do conselho deliberativo, no jantar de<br />
confraternização da ABCIC (Associação<br />
Brasileira da Construção Industrializada<br />
de Concreto), que aconteceu no dia 29<br />
de novembro de 2012, no Hotel Hyatt,<br />
em São Paulo (SP). Na ocasião, foi lançado<br />
o 2º Anuário do Setor e realizada a<br />
Premiação Obra do Ano.<br />
Os engenheiros Eduardo Barros Millen,<br />
membro do conselho deliberativo, e Enio<br />
Canavelo Barbosa, diretor da entidade,<br />
participaram, em 4 de dezembro de 2012<br />
e 17 de janeiro de 2013, das reuniões da<br />
CE 02:124.17 – Comissão de Estudo de<br />
Reformas em Edificações, realizadas na<br />
sede do Sinduscon-SP, em São Paulo<br />
(SP). Foi apresentado o texto-base preliminar<br />
da norma e as discussões sobre o<br />
mesmo já iniciaram.<br />
Membros do Grupo BIM (Building<br />
Information Modeling), entre eles a presidente<br />
da ABECE, eng. Suely B. Bueno, se<br />
reuniram na sede nacional da ABECE, em<br />
São Paulo (SP), nos dias 5 de dezembro<br />
de 2012 e 14 de janeiro de 2013 para dar<br />
continuidade aos trabalhos.<br />
O vice-presidente de Marketing, eng.<br />
João Alberto de Abreu Vendramini, marcou<br />
presença, em 11 de dezembro, na<br />
cerimônia de premiação da 7ª edição do<br />
Prêmio Asbea, iniciativa dedicada a valorizar<br />
o talento e criatividade dos escritórios<br />
brasileiros de arquitetura. O evento aconteceu<br />
no Milenium Centro de Convenções,<br />
em São Paulo (SP).<br />
A reunião especial de análise da primeira<br />
consulta nacional da ABNT NBR<br />
14323 – Projeto de estruturas de aço e<br />
de estruturas mistas de aço e concreto<br />
de edificações com perfis tubulares da<br />
CE-02:125.03 – Comissão de Estudo de<br />
Estruturas de Aço, que aconteceu em<br />
13 de dezembro de 2012, na sede do<br />
Sinduscon-SP, em São Paulo (SP), contou<br />
com a presença do diretor da ABECE<br />
eng. João Luiz Zattarelli.<br />
No dia 16 de janeiro de 2013, o eng.<br />
Júlio Timerman, diretor regional São Paulo<br />
e membro do conselho deliberativo, participou,<br />
ao lado do diretor regional de Porto<br />
Alegre, eng. Martin Beier, da reunião de<br />
aprovação da NBR 7118 na sede do<br />
Sinduscon-SP, em São Paulo (SP).<br />
Dando continuidade aos trabalhos,<br />
o engenheiros Eduardo B. Millen (mem-<br />
26 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
bro do conselho deliberativo) e Augusto<br />
G. Pedreira de Freitas (vice-presidente<br />
de Relacionamento) representaram a<br />
ABECE nas reuniões da CE-18:600.19 –<br />
Comissão de Estudo de Lajes Alveolares<br />
e Painéis Pré-fabricados de Concreto que<br />
aconteceram em 23 de janeiro e 20 de<br />
fevereiro, na sede da ABCP (Associação<br />
Brasileira de Cimento Portland), em São<br />
Paulo (SP).<br />
O eng. Eduardo B. Millen (membro do<br />
conselho deliberativo da ABECE) participou<br />
da reunião do CTA (Comitê Técnico<br />
de Atividades) do Ibracon no dia 4 de<br />
fevereiro. Ele será o responsável pelo<br />
acompanhamento dos trabalhos desenvolvidos<br />
pelo CT 301 – Comitê Técnico<br />
Misto ABECE/Ibracon.<br />
Representando a ABECE, os engenheiros<br />
Eduardo B. Millen (membro do conselho<br />
deliberativo) e Enio C. Barbosa (diretor)<br />
participaram, em 7 de fevereiro, da<br />
3ª reunião da CE 02:124.17 – Comissão<br />
de Estudo de Reformas em Edificações<br />
do Comitê Brasileiro da Construção Civil<br />
(ABNT/CB-02), na sede do Secovi-SP, em<br />
São Paulo (SP).<br />
Também em 7 de fevereiro, o diretor<br />
José Martins Laginha Neto participou<br />
de reunião do CEE 134 - Modelagem da<br />
Construção, na sede da ABCP, em São<br />
Paulo (SP).<br />
Os membros do conselho da ABECE,<br />
engenheiros Eduardo B. Millen e Júlio<br />
Timerman (também diretor regional São<br />
Paulo), estiveram, em 25 de fevereiro, no<br />
escritório do deputado federal Arnaldo<br />
Jardim para conversar sobre MP e PL<br />
para redução de impostos para os escritórios<br />
de projetos estruturais e incentivo à<br />
produção de trabalhos científicos.<br />
O diretor Thomas G. Carmona participou,<br />
no mês de fevereiro, na sede da<br />
ABCP, em São Paulo (SP), das reuniões<br />
de revisão da ABNT NBR 7680 – Concreto,<br />
Extração, preparo e ensaio de testemunhos<br />
de concreto, norma que estabelece<br />
os requisitos para extração, preparo e<br />
ensaio de testemunhos cilíndricos e prismáticos<br />
de concreto simples, armado e<br />
protendido.<br />
O diretor regional de São Paulo e membro<br />
de conselho deliberativo da ABECE,<br />
eng. Júlio Timerman, participou, no dia 5<br />
de março de 2013, na sede da FIESP, em<br />
São Paulo (SP), da 2ª Reunião de Trabalho<br />
da Coalizão Brasileira de Serviços, fórum<br />
com vistas às negociações internacionais<br />
de serviços.<br />
Agenda<br />
Seminário Orçamento de Obras<br />
Data: 24 de abril de 2013 (9 às 16h40)<br />
Local: Hotel Ouro Minas<br />
(Belo Horizonte - MG)<br />
http://www.pinieventos.com.br/<br />
seminarios/seminario-orcamento2013/<br />
o-evento-276447-1.asp<br />
Accelerate Brazil 2013 - Expo-Fórum<br />
Infraestrutura e Investimentos<br />
Data: 7 e 8 de maio de 2013<br />
Local: Windsor Barra Hotel<br />
(Rio de Janeiro - RJ)<br />
http://www.acceleratebrazil.com.br/<br />
Congresso Brasileiro do Aço /<br />
24ª Edição & ExpoAço 2013<br />
Data: 8 e 9 de maio de 2013<br />
Local: Centro de Convenções Sul<br />
América (Rio de Janeiro - RJ)<br />
http://www.acobrasil.org.br/<br />
congresso2013/<br />
SCC 2013 - The Fifth North American<br />
Conference on the Design and Use<br />
of Self - Consolidating Concrete<br />
Data: 12 a 15 de maio de 2013<br />
Local: Westin Michigan Avenue<br />
(Chicago, IL, USA)<br />
www.intrans.iastate.edu/events/<br />
scc2013<br />
Seminário Inovação e Sistemas<br />
Construtivos para Baixa Renda<br />
Data: 23 de maio de 2013<br />
Local: Hotel Gran Marquise<br />
(Fortaleza - CE)<br />
http://www.pinieventos.com.br/<br />
seminarios/inovacao-2013/oevento-278151-1.asp<br />
Cinpar 2013 - IX Congresso<br />
Internacional sobre Patologia e<br />
Recuperação de Estruturas<br />
Data: 3 a 5 de junho de 2013<br />
Local: João Pessoa - PB<br />
http://www.ifpb.edu.br/eventos/<br />
cinpar-2013<br />
Construction Expo 2013 - 2ª Feira<br />
Internacional de Soluções para<br />
Obras & Infraestrutura<br />
Data: 5 a 8 de junho de 2013<br />
Local: Centro de Exposições Imigrantes<br />
(São Paulo - SP)<br />
http://www.constructionexpo.com.br/<br />
13º Simpósio Brasileiro de<br />
Impermeabilização 2013<br />
Data: 10 e 11 de junho de 2013<br />
Local: Espaço APAS Centro de<br />
Convenções (São Paulo - SP)<br />
http://www.ibibrasil.org.br/<br />
simposio2013/
Entrevista<br />
ABECE • Há quanto tempo a Sidonio<br />
Porto trabalha com obras de revitalização<br />
e como vê o crescimento desta tendência?<br />
Marcio Porto • Desde a década de<br />
1970, período de fundação do escritório,<br />
tivemos oportunidades de trabalhar<br />
com obras dessa natureza. No período<br />
de grande expansão das agências bancárias,<br />
sempre que possível buscávamos<br />
reformar as antigas edificações nos lotes<br />
ao invés de demoli-las. Temos notado<br />
uma demanda crescente por este tipo<br />
de obra, pois as cidades já encontram-se<br />
muito construídas e os edifícios existentes<br />
podem conformar estruturas adequadas<br />
para novos usos, sendo necessária<br />
apenas sua reforma.<br />
ABECE • Como avalia o avanço do retrofit<br />
nesta área?<br />
Marcio Porto • Os retrofits vêm sendo<br />
cada vez mais viáveis devido à eficiência<br />
das tecnologias disponíveis. Há também<br />
uma compreensão mais aguda de como<br />
o aproveitamento dos recursos prévios<br />
pode contribuir para um maior grau de<br />
sustentabilidade tanto das edificações<br />
quanto das cidades. Além disso, os contratantes<br />
estão se conscientizando de<br />
que a obtenção do retorno do investimento<br />
em um período maior de tempo pode<br />
apresentar um resultado global mais interessante.<br />
ABECE • O Edifício Oscar Americano,<br />
construído há mais de 30 anos na Aveni-<br />
Marcio Porto<br />
Formado em 1996 na Faculdade de Arquitetura<br />
Mackenzie, em São Paulo (SP), Marcio<br />
Porto estagiou no escritório Sidonio Porto Arquitetos<br />
Associados no período da faculdade.<br />
Depois de formado, residiu e trabalhou nos<br />
Estados Unidos em grandes escritórios de arquitetura<br />
em Nova York, e na Califórnia. Mestre<br />
pelo curso de pós graduação da FAU-USP,<br />
já realizou e coordenou projetos de diferentes<br />
portes, como residências, fábricas, hotéis, es-<br />
da Paulista, na capital de São Paulo, está<br />
passando por revitalização com retrofit.<br />
Por que a escolha desta técnica e o que<br />
está sendo levado em consideração no<br />
novo projeto de arquitetura?<br />
Marcio Porto • Com o tempo transcorrido<br />
desde sua construção até hoje, houve<br />
significativas mudanças tecnológicas nas<br />
formas de trabalho dentro dos escritórios,<br />
aumentando, inclusive, o número de usuá-<br />
rios do edifício. Além de tudo isso, o próprio<br />
desgaste natural da edificação gerou a<br />
demanda pela renovação do prédio. Tendo<br />
em vista a relevância arquitetônica e cultural<br />
do edifício, sua preservação foi considerada<br />
importante. Assim, foi prevista a renovação<br />
dos elementos pré-fabricados de concreto<br />
da fachada através de técnicas adequadas,<br />
bem como a reforma de toda a loja<br />
e sobreloja, que conformarão um espaço<br />
otimizado gerando valor agregado ao imóvel,<br />
localizado em um dos endereços mais<br />
marcantes da cidade. Foi também prevista<br />
uma escada complementar para atender<br />
às normas de segurança e combate ao incêndio<br />
desenhada de forma a compor com<br />
a arquitetura original.<br />
ABECE • Qual a principal característica<br />
deste processo do ponto de vista do valor<br />
histórico do imóvel?<br />
Marcio Porto • A opção pela preservação<br />
de imóveis com significativa relevância<br />
histórica e cultural contribui para a identidade<br />
do cidadão e da própria cidade.<br />
O valor atribuído a esta identidade está<br />
diretamente ligado ao nível de satisfação,<br />
bem estar e dignidade das pessoas.<br />
colas e centros administrativos. Atualmente,<br />
é sócio-diretor do escritório de arquitetura Sidonio<br />
Porto Arquitetos Associados, ganhador<br />
de alguns importantes prêmios do segmento,<br />
além de marcar presença em todas as Bienais<br />
de Arquitetura, entre outras exposições<br />
nacionais e internacionais. A partir da Dissertação<br />
de Mestrado, publicou em Março/2010<br />
o livro “O Processo de Projeto e a Sustentabilidade<br />
na Produção da Arquitetura”.<br />
Uma vez renovado o imóvel transmite ao<br />
transeunte e ao usuário um sentimento<br />
positivo.<br />
ABECE • Como o engenheiro de estruturas<br />
pode agregar ao trabalho de retrofit?<br />
Marcio Porto • A capacidade do engenheiro<br />
estrutural em seguir e viabilizar a<br />
implementação das diretrizes arquitetônicas<br />
que irão caracterizar o edifício é fundamental,<br />
pois é a partir daí que o imóvel<br />
reverterá para o usuário os valores e intenções<br />
do projeto. No caso do Edifício Oscar<br />
Americano, a nova escada de emergência<br />
terá estrutura metálica. Por ser mais leve<br />
e delgada que estruturas de concreto, impactará<br />
menos nas fundações existentes<br />
e também se encaixará melhor no espaço<br />
disponível. A correta utilização deste material<br />
está diretamente ligada à capacidade<br />
de seu calculista em torná-la compatível<br />
com as diversas variáveis.<br />
ABECE • Como é a relação da Sidonio<br />
Porto com os engenheiros estruturais no<br />
desenvolvimento e acompanhamento de<br />
seus projetos? Qual a sua opinião sobre<br />
a importância do projeto estrutural?<br />
Marcio Porto • Levando-se em conta<br />
que o projeto de engenharia estrutural é<br />
o que representa maior impacto na Arquitetura,<br />
o intercâmbio com seus responsáveis<br />
e com todas as equipes envolvidas<br />
nos projetos do escritório é de parceria e<br />
complementaridade para que ambos os<br />
projetos dialoguem da forma mais coerente<br />
possível.<br />
ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013 27
Compartilhando Experiências<br />
Ao longo de nossa vida profissional, convivemos<br />
com diversos tipos de profissionais<br />
da construção civil: engenheiros civis (calculistas<br />
ou não), arquitetos, diretores de<br />
empresas e investidores deste segmento<br />
econômico.<br />
Além destes, convivemos também com os<br />
que trabalham diretamente na obra, os que<br />
colocam “a mão na massa”, como os mestres<br />
de obras, encarregados, pedreiros, carpinteiros,<br />
armadores, serventes e os empreiteiros<br />
que, no meu entender, estão no topo desta<br />
classe de profissionais. Estes quase sempre<br />
já “ralaram” muito na construção e conseguiram<br />
atingir o topo por serem “graduados”,<br />
com grande conhecimento prático da profissão.<br />
São eles que têm contato direto com<br />
os clientes (geralmente leigos na construção<br />
civil) e com os demais profissionais ligados à<br />
área (engenheiros, arquitetos e outros).<br />
Não deixa de ser interessante este tipo de<br />
contato em uma obra e principalmente para<br />
aquelas que não tenham documentos que<br />
nos habilitem a fazer uma interpretação do<br />
que está acontecendo em sua estrutura,<br />
mas que está ali, de pé, e que precisa de<br />
uma mudança estrutural para atender aspectos<br />
outros de arquitetura. Consideramos<br />
que qualquer obra deveria ter, no mínimo,<br />
um Projeto Arquitetônico e um Estrutural original,<br />
mas, infelizmente, não é o que ocorre.<br />
Muitas vezes, quando isto acontece, torna-<br />
se necessária uma prospecção da estrutura<br />
para verificação de uma intervenção estrutural<br />
que atenda a esta modificação. Por este<br />
motivo, é necessário procurar compreender<br />
tal estrutura para verificar como será a nova<br />
configuração estrutural, com a demolição de<br />
alguns elementos e a criação de outros.<br />
Os empreiteiros realmente entendem muito<br />
de execução de estrutura. Eles se consideram<br />
tão “entendidos” no assunto que, muitas<br />
vezes, em uma conversa com o calculista<br />
para determinar o que pode ser feito em<br />
uma estrutura, são capazes de dizer: “Aqui,<br />
28 ABECE INFORMA 95 - Jan/Fev 2013<br />
Convivência com nossos<br />
profissionais de obra<br />
Francisco Xavier Adão<br />
Diretor Técnico da SPI Projetos Integrados Ltda.<br />
eu vou colocar um pilar assim, ali uma viga<br />
assim e, acolá, uma laje assim, e o problema<br />
ficará resolvido!”...<br />
Muitas vezes, eu me pergunto: “Afinal, quem<br />
é o calculista, ele ou eu?”. De uma maneira<br />
geral, levo na brincadeira, porque eles são<br />
profissionais que merecem nosso respeito.<br />
Mas, às vezes, me dá uma vontade de fazer<br />
uma perguntinha bem simples: “você sabe<br />
o que é (q.l 2 /8), “queéledoissobreoito””?<br />
Ficaria curioso para saber qual seria a reação,<br />
quando completasse: “é uma expressão<br />
tão simples no cálculo estrutural que<br />
está sendo exigida até em exame de “motorista”<br />
para trabalhar com engenheiro calculista”!<br />
Dizem que, de médico e louco, todos nós temos<br />
um pouco. E eu completaria: de calculista,<br />
todo empreiteiro tem um pouco também.<br />
Se fizermos aquela pergunta clássica: “Qual<br />
é o traço do concreto?”, a resposta imediata<br />
seria: “Três por um”... Se quando aprendemos<br />
na faculdade que são três os números<br />
para o traço, por que, então, eles nos dão<br />
apenas dois? Onde estaria o terceiro? Para<br />
ilustrar, transcrevo aqui um diálogo que tive<br />
com um empreiteiro que estava trabalhando<br />
comigo. Perguntei o que ele queria dizer<br />
quando dizia três por um e sua resposta imediata<br />
foi: “um de cimento e três de pedra”, ao<br />
que eu lhe falei, “e a areia onde entra, qual<br />
a quantidade?”. Ele respondeu: “Qualquer<br />
quantidade!” “E a água?” “Um balde!”. Analisando<br />
suas respostas, podemos constatar<br />
que ele não está de todo errado... Se o fator<br />
água:cimento for a metade: fator 0,50!!!<br />
Razoável, bem mais que o necessário!<br />
E o tradicional “um por um”? Quando se<br />
pergunta a um empreiteiro quais foram as<br />
dimensões das sapatas, sua resposta será<br />
sempre 1,00 m x 1,00 m para todas. Ou seja,<br />
para ele, sapatas não têm carga. Ou, se têm,<br />
são todas iguais independentemente do tipo<br />
de estrutura e solo!<br />
A armadura de pele não deixa de ser interessante<br />
na visão deles. Eu me surpreendi<br />
com uma obra sem cálculo estrutural, em<br />
que uma cinta no nível do piso tinha 15x50<br />
e três fiadas de ferros longitudinais, sendo<br />
dois ferros de meia polegada embaixo (re-<br />
gião positiva), outros dois ferros também<br />
de meia polegada e em cima (região negativa)...<br />
Pasmem! Tinha dois ferros de meia<br />
polegada como costelas! Perguntei: “para<br />
que estes dois ferros do meio?”. Sua resposta<br />
foi: “para reforçar mais...”. Ao que eu<br />
repliquei: “A linha neutra ficará eternamente<br />
agradecida por sua preocupação com ela!”.<br />
É bem verdade que me surpreendi uma vez<br />
quando fui contratado para fazer o cálculo<br />
estrutural de uma casa. Quando o dono da<br />
casa ao lado, que também estava sendo<br />
construída sem cálculo estrutural, ficou sabendo<br />
que seu vizinho havia contratado um<br />
calculista, quis me conhecer e resolveu me<br />
contratar também. Fechei o negócio e fiz as<br />
locações dos pilares. Qual não foi a minha<br />
surpresa quando fui conferir o “projeto” do<br />
“colega empreiteiro” e vi que o posicionamento<br />
dos pilares era rigorosamente igual<br />
ao que eu havia feito em meu lançamento!<br />
É claro que, como essa casa era com dois<br />
pavimentos, surgiu o problema da falta de<br />
alinhamento dos pilares do térreo com os<br />
do pavimento superior, que não “casavam”<br />
com os de baixo e precisavam de transição.<br />
Consegui resolver com as mesmas fundações<br />
e vigas do empreiteiro!<br />
É lógico que estas histórias são antigas,<br />
mas acontecem ainda com os profissionais<br />
mais velhos. A nova geração de “colegas<br />
empreiteiros” está melhorando, tendo melhor<br />
formação técnica e melhor conhecimento<br />
e preferem não dispensar a ajuda de um<br />
calculista.<br />
Em suma, somos todos profissionais dentro<br />
da mesma área de conhecimento e, para<br />
mantermos uma convivência sadia, mesmo<br />
que às vezes conflitante, tal relação é muito<br />
interessante para nosso crescimento profissional<br />
e pessoal.<br />
Este espaço é aberto à divulgação de artigos<br />
sobre temas gerenciais ou técnicos<br />
e refletem a opinião dos autores. Os associados<br />
e interessados que desejarem compartilhar<br />
suas experiências profissionais e<br />
opiniões devem enviar artigo para o e-mail<br />
abece@abece.com.br.