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a arte no contexto da educação infantil na - embap

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ANAIS<br />

III FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA EM ARTE<br />

Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Curitiba, 2005<br />

A ARTE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NA<br />

REGIÃO DE JOINVILLE<br />

Silvia Sell Du<strong>arte</strong> Pilloto, * Letícia T. C. Mog<strong>no</strong>l, ** Maryahn Koehler Silva ***<br />

Thiago João Martins, Anderson Roberto <strong>da</strong> Rosa, Lucia<strong>na</strong> Ricardo Alberti ****<br />

RESUMO: Esse estudo objetiva refletir sobre os processos <strong>da</strong> pesquisa: O Programa<br />

Institucio<strong>na</strong>l Arte <strong>na</strong> Escola – PIAE e sua dimensão <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> e aprendizagem <strong>da</strong> <strong>arte</strong>,<br />

desenvolvi<strong>da</strong> <strong>na</strong> UNIVILLE, de 2002 a 2004, estendendo-se até dezembro de 2005. Essa<br />

pesquisa investiga os processos de <strong>educação</strong> continua<strong>da</strong> <strong>no</strong>s <strong>contexto</strong>s <strong>da</strong> <strong>educação</strong><br />

<strong>infantil</strong> e do ensi<strong>no</strong> fun<strong>da</strong>mental, exami<strong>na</strong>ndo as categorias: formação do educador, tempo<br />

de atuação profissio<strong>na</strong>l, conhecimento e apropriação de pressupostos teórico/metodológicos<br />

<strong>da</strong> <strong>arte</strong> <strong>na</strong> <strong>educação</strong> e relação teoria/prática. O universo de pesquisa abrangeu 83<br />

instituições de <strong>educação</strong> <strong>infantil</strong> de Joinville, tendo como resultado a proposição de<br />

constructo para a <strong>arte</strong> nesse <strong>contexto</strong>. O constructo apresentado p<strong>arte</strong> do referencial<br />

desenvolvido <strong>na</strong> Região <strong>da</strong> Reggio Emília, <strong>na</strong> Itália, cuja concepção fun<strong>da</strong>menta-se num<br />

currículo integrado e flexível, que enfatiza a importância <strong>da</strong>s linguagens <strong>da</strong> <strong>arte</strong> como forma<br />

de conhecimento e expressão <strong>no</strong> <strong>contexto</strong> <strong>da</strong> <strong>educação</strong> <strong>infantil</strong>. Busca-se apontar a<br />

importância <strong>da</strong> articulação do ensi<strong>no</strong> e <strong>da</strong> pesquisa através de vali<strong>da</strong>ção do referido<br />

constructo, propondo um currículo não-linear que se contrapõe à estrutura discipli<strong>na</strong>r, de<br />

acumulação e hierarquização de conteúdos. A intenção, a partir dos resultados dessa<br />

pesquisa é interferir <strong>na</strong>s políticas públicas educacio<strong>na</strong>is <strong>no</strong> âmbito <strong>da</strong> <strong>educação</strong> <strong>infantil</strong>.<br />

* Doutora em Engenharia <strong>da</strong> Produção (Gestão) pela Universi<strong>da</strong>de Federal de Santa Catari<strong>na</strong>. Mestre em<br />

Educação pela Universi<strong>da</strong>de Federal do Paraná. Professora <strong>no</strong>s cursos de Artes Visuais e Pe<strong>da</strong>gogia <strong>na</strong><br />

Universi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Região de Joinville. Coorde<strong>na</strong>dora do Núcleo de Pesquisa em Arte <strong>na</strong> Educação – NUPAE.<br />

Organizadora do livro: Reflexões do ensi<strong>no</strong> <strong>da</strong>s <strong>arte</strong>s (2001).<br />

** Mestran<strong>da</strong> em Educação pela Universi<strong>da</strong>de do Vale do Itajaí. Professora do Curso de Artes Visuais <strong>na</strong><br />

Universi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Região de Joinville. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Arte <strong>na</strong> Educação – NUPAE.<br />

*** Mestre em Educação pela Universi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Região de Blume<strong>na</strong>u. Professora <strong>no</strong>s Cursos de Pe<strong>da</strong>gogia,<br />

Design, Geografia e Administração pela Universi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Região de Joinville. Pesquisadora do Núcleo de<br />

Pesquisa em Arte <strong>na</strong> Educação – NUPAE.<br />

**** Alu<strong>no</strong>s/Pesquisadores do curso de Artes Visuais <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Região de Joinville (Univille).<br />

165


O Programa Institucio<strong>na</strong>l Arte <strong>na</strong> Escola (PIAE) <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Região de<br />

Joinville (UNIVILLE), preocupa-se em envolver as três funções básicas que sustentam a<br />

universi<strong>da</strong>de: ensi<strong>no</strong>, pesquisa e extensão, buscando desenvolver para e com a<br />

comuni<strong>da</strong>de, ações relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s às questões liga<strong>da</strong>s ao campo <strong>da</strong> <strong>arte</strong> e <strong>da</strong> <strong>educação</strong> <strong>no</strong><br />

<strong>contexto</strong> inter<strong>no</strong> e exter<strong>no</strong> <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de acadêmica.<br />

É de suma importância compreender o que foi o ensi<strong>no</strong> e aprendizagem <strong>da</strong> <strong>arte</strong><br />

antes e depois de este Programa ter, efetivamente, entrado <strong>no</strong> <strong>contexto</strong> <strong>da</strong>s escolas <strong>na</strong><br />

região de Joinville. Dessa forma, faz-se necessário questio<strong>na</strong>r através <strong>da</strong> pesquisa: O<br />

Programa Institucio<strong>na</strong>l Arte <strong>na</strong> Escola <strong>na</strong> região de Joinville e sua dimensão <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> e<br />

aprendizagem <strong>da</strong> Arte, qual o impacto do Programa de Educação Continua<strong>da</strong> <strong>na</strong> região de<br />

Joinville, desde o seu início. Essa é uma questão que, após onze a<strong>no</strong>s de trabalho, era<br />

preciso redimensio<strong>na</strong>r, principalmente para situar sua importância, para que fossem<br />

organiza<strong>da</strong>s <strong>no</strong>vas ações que viessem ao encontro <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des de educadores <strong>no</strong><br />

desenvolvimento de suas práxis em <strong>arte</strong> <strong>na</strong> <strong>educação</strong>, <strong>no</strong> <strong>contexto</strong> escolar.<br />

As ações de <strong>educação</strong> continua<strong>da</strong> estiveram sempre articula<strong>da</strong>s com educadores e<br />

coorde<strong>na</strong>dores <strong>da</strong>s mais diversas áreas: professores de <strong>arte</strong>, atuantes <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong><br />

fun<strong>da</strong>mental, educadores atuantes <strong>na</strong> Educação Infantil, sem formação específica em <strong>arte</strong> e<br />

professores buscando uma complementação para os seus conhecimentos em Arte, <strong>no</strong>s<br />

cursos de pós-graduação (lato sensu) em Arte <strong>na</strong> Educação.<br />

Ao longo desse período, to<strong>da</strong>s as ações foram avalia<strong>da</strong>s. No entanto, por serem<br />

pontuais, não dão a dimensão do todo, necessitando de uma investigação aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

mediante pesquisa científica.<br />

Assim, o objetivo desta pesquisa foi investigar e redimensio<strong>na</strong>r as ações do<br />

Programa de Educação Continua<strong>da</strong> <strong>na</strong> região de Joinville, com relação ao ensi<strong>no</strong> e<br />

aprendizagem <strong>da</strong> <strong>arte</strong> <strong>no</strong> <strong>contexto</strong> cultural e educacio<strong>na</strong>l, propondo <strong>no</strong>vos constructos para<br />

essas ações. Esse Programa tem em seus fun<strong>da</strong>mentos básicos a compreensão de que a<br />

<strong>arte</strong> e seu ensi<strong>no</strong> estão ligados aos saberes cognitivos, sensíveis e culturais.<br />

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS<br />

Essa pesquisa assume uma abor<strong>da</strong>gem qualitativa, <strong>no</strong> sentido de perceber como os<br />

educadores têm se apropriado dos saberes cognitivos, sensíveis e culturais em <strong>arte</strong> e como<br />

o Programa tem contribuído para essa experiência, sendo fun<strong>da</strong>mental compreender esse<br />

fenôme<strong>no</strong> e o envolvimento dos educadores e coorde<strong>na</strong>dores que participaram e/ou<br />

participam dos movimentos educacio<strong>na</strong>is e, conseqüentemente, <strong>da</strong>s políticas públicas nessa<br />

área de conhecimento.<br />

166


Na primeira etapa dessa pesquisa, realizou-se o levantamento bibliográfico e de<br />

análise dos Documentos Oficiais que definem as diretrizes para a <strong>educação</strong> e para a<br />

formação do professor – Parâmetros Curriculares Nacio<strong>na</strong>is, Proposta Curricular de Santa<br />

Catari<strong>na</strong>, Relatório <strong>da</strong> UNESCO – Lei de Diretrizes e Bases – LDB 9394/96, bem como o<br />

estudo amplo <strong>da</strong> literatura específica <strong>na</strong> área <strong>da</strong> Arte <strong>na</strong> Educação.<br />

Na segun<strong>da</strong> etapa, foram elaborados instrumentos de pesquisa: primeiramente,<br />

questionários (com questões abertas e fecha<strong>da</strong>s), sobre as categorias: formação do<br />

educador, tempo de atuação, conhecimento e apropriação pelos educadores de<br />

pressupostos teóricos/metodológicos <strong>da</strong> <strong>arte</strong> <strong>na</strong> <strong>educação</strong>, conhecimento e envolvimento<br />

nessas ações. A coleta dos <strong>da</strong>dos se deu de forma presencial, em encontros com os<br />

educadores, coorde<strong>na</strong>dores e diretores, oportunizados em momentos de Grupos de<br />

Estudos, Cursos e Reuniões Pe<strong>da</strong>gógicas.<br />

Posteriormente, foram gravados em fitas K7, depoimentos dos educadores para<br />

avaliar as ações de <strong>educação</strong> continua<strong>da</strong>.<br />

Na terceira etapa foram organizados e elaborados instrumentos para tabulação e<br />

análise dos <strong>da</strong>dos, baseados <strong>na</strong> concepção <strong>da</strong> semiologia gráfica ou neográfica, que é o<br />

tratamento gráfico <strong>da</strong> informação que utiliza variáveis visuais, fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong>s <strong>na</strong> percepção<br />

visual.<br />

A metodologia até o momento desenvolveu estudos, reflexões e análises acerca <strong>da</strong>s<br />

ações de <strong>educação</strong> continua<strong>da</strong> para educadores, coorde<strong>na</strong>dores e diretores <strong>da</strong>s Redes<br />

Municipais de Educação de Joinville, de Itapoá, do SESI e do Colégio <strong>da</strong> Univille,<br />

abrangendo um universo de 130 educadores em Educação Infantil.<br />

PROPOSIÇÃO DE CONSTRUCTOS<br />

Após uma ampla avaliação do <strong>contexto</strong> <strong>da</strong> <strong>arte</strong> <strong>na</strong> Educação Infantil, a pesquisa<br />

apontou a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> proposição de <strong>no</strong>vos constructos para a linguagem <strong>da</strong> <strong>arte</strong>.<br />

Estes, em uma primeira instância, propõem uma outra forma de pensar o currículo,<br />

considerando aspectos como integração e flexibili<strong>da</strong>de. A reali<strong>da</strong>de que se apresenta é<br />

complexa, diversifica<strong>da</strong> e dinâmica, e o conhecimento deve ser considerado um processo de<br />

construção do saber em permanente integração com a reali<strong>da</strong>de, ou seja, contextualizado a<br />

partir de reflexões sobre conceitos relacio<strong>na</strong>dos às experiências do cotidia<strong>no</strong>. Essa<br />

flexibili<strong>da</strong>de curricular, portanto, proporcio<strong>na</strong> a interação entre teoria e prática tor<strong>na</strong>ndo o<br />

“aprender” em construções significativas.<br />

Ao articular o ensi<strong>no</strong> à pesquisa, a partir <strong>da</strong> introdução de projetos desde a <strong>educação</strong><br />

<strong>infantil</strong>, o currículo assume uma <strong>no</strong>va configuração de interação entre teoria e prática, de<br />

167


conceitos re-significados em que educadores e crianças são sujeitos <strong>no</strong> processo de<br />

construção de conhecimentos. Sabe-se que a <strong>educação</strong> hoje não pode mais se orientar por<br />

uma estrutura curricular rígi<strong>da</strong>, basea<strong>da</strong> <strong>no</strong> enfoque unicamente discipli<strong>na</strong>r, seqüenciado,<br />

acumulativo e pela hierarquização de conteúdos.<br />

Nesse sentido, essa pesquisa aponta um <strong>no</strong>vo constructo para a <strong>educação</strong> <strong>infantil</strong>,<br />

cuja concepção de currículo p<strong>arte</strong> de uma visão não-linear ou sistêmica, considerando os<br />

<strong>contexto</strong>s histórico-social e cultural, onde necessi<strong>da</strong>des e interesses infantis sejam<br />

considerados, bem como, educadores, crianças, instituição e comuni<strong>da</strong>de estejam em<br />

interação, em um currículo que se concretiza <strong>na</strong>s relações de um trabalho coletivo.<br />

Essa concepção está vincula<strong>da</strong> ao reconhecimento <strong>da</strong> importância de um Projeto<br />

Educativo, que se realiza num <strong>contexto</strong> sócio-político de uma determi<strong>na</strong><strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de, em<br />

circunstâncias institucio<strong>na</strong>is que valorizam o Projeto Político Pe<strong>da</strong>gógico como <strong>no</strong>rteador<br />

<strong>da</strong>s práxis. Dessa forma, os Projetos Educativos fazem p<strong>arte</strong> de um planejamento real que<br />

enfoca a auto<strong>no</strong>mia do educador, bem como a flexibilização curricular sustenta<strong>da</strong> e<br />

<strong>no</strong>rtea<strong>da</strong> pelo Projeto Político Pe<strong>da</strong>gógico <strong>da</strong> instituição. Neles, os conceitos não são<br />

determi<strong>na</strong>dos por objetivos e por discipli<strong>na</strong>s, mas de forma processual mediante decisões<br />

interativas e coletivas.<br />

Uma abor<strong>da</strong>gem que tem se mostrado eficiente e consoli<strong>da</strong><strong>da</strong> para a <strong>educação</strong><br />

<strong>infantil</strong> é a <strong>da</strong> região de Reggio Emilia, <strong>na</strong> Itália, que está sendo dissemi<strong>na</strong><strong>da</strong> em muitos<br />

países por incorporar os conceitos de flexibilização curricular, auto<strong>no</strong>mia, interação entre<br />

crianças, educadores, pais, comuni<strong>da</strong>de e instituição educacio<strong>na</strong>l.<br />

A abor<strong>da</strong>gem de Reggio Emilia apresenta peculiari<strong>da</strong>des que, segundo Katz, 1 são de<br />

interesse para os educadores de primeira infância. O objetivo é a introdução de projetos <strong>no</strong><br />

currículo de crianças de 3 a 6 a<strong>no</strong>s, aju<strong>da</strong>ndo-as <strong>na</strong> elaboração mais aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> de<br />

eventos e fenôme<strong>no</strong>s merecedores de sua atenção.<br />

No decorrer de um projeto, várias ativi<strong>da</strong>des são explora<strong>da</strong>s. A maioria <strong>da</strong>s crianças<br />

de 3 a 4 a<strong>no</strong>s não é capaz de utilizar a linguagem escrita para representar seus<br />

pensamentos, podendo ter o apoio de outras pessoas para faze-lo através <strong>da</strong> sua fala. Katz<br />

salienta a importância <strong>da</strong> linguagem gráfica, utiliza<strong>da</strong> em Reggio Emilio <strong>no</strong> que diz respeito<br />

ao registro de idéias, sentimentos, recor<strong>da</strong>ções, entre outros, pelas crianças. 2 Essas<br />

linguagens gráficas são usa<strong>da</strong>s para explorar os conhecimentos, reconstruir e construir um<br />

conjunto de saberes a partir dos conceitos investigados.<br />

Um ponto que merece atenção é a organização de projetos que p<strong>arte</strong>m de algo que<br />

já é, de certa maneira, familiar às crianças, pois, segundo a visão de Reggio Emilio, elas<br />

1 KATZ, Lílian.O que podemos aprender com a Reggio Emilia? In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. As<br />

cem linguagens <strong>da</strong> criança: abor<strong>da</strong>gem de Reggio Emilia <strong>na</strong> <strong>educação</strong> <strong>da</strong> primeira infância. Porto Alegre:<br />

ArtMed, 1999. p. 38.<br />

2 KATZ. Op. cit.<br />

168


próprias podem contribuir com o projeto partindo de suas experiências e sugerindo questões<br />

a serem eluci<strong>da</strong><strong>da</strong>s. A criança <strong>na</strong>sce curiosa e apta a explorações e quanto mais o projeto<br />

estiver ligado àquilo que de alguma forma mais lhe interesse, mais vai lhe proporcio<strong>na</strong>r.<br />

Outro ponto relevante diz respeito à importância de conhecer um tema em<br />

profundi<strong>da</strong>de, pois as experiências precoces de domínios de conhecimentos tendem a<br />

facilitar a busca dessa compreensão. Os meios utilizados pelas crianças para comunicar<br />

suas idéias, seus sentimentos e sua imagi<strong>na</strong>ção, entre outros, transcendem o visível e o<br />

concreto. Embora o material seja concreto, as suas representações podem servir como base<br />

de hipóteses, discussões e argumentos.<br />

As representações visuais utiliza<strong>da</strong>s como linguagem gráfica, manifesta<strong>da</strong>s através<br />

de esculturas, murais em grupo, pinturas e desenhos, entre outros, são usa<strong>da</strong>s como<br />

recursos para explorações e aprofun<strong>da</strong>mento do tema que está sendo desenvolvido. A<br />

documentação é feita pela transcrição de comentários gravados e <strong>da</strong>s discussões entre as<br />

próprias crianças. Este material serve de base aos educadores para o planejamento <strong>da</strong>s<br />

etapas seguintes do projeto que está sendo trabalhado.<br />

Outra questão cita<strong>da</strong> são as experiências representativas <strong>da</strong>s crianças – expressão<br />

visual, realística ou abstrata. As linguagens visual e gráfica permitem uma forma de explorar<br />

e expressar maior compreensão do mundo às crianças. Embora, às vezes, postula<strong>da</strong>s como<br />

escolas de <strong>arte</strong> por outras culturas, as instituições de Educação Infantil de Reggio Emilia<br />

não têm esse objetivo.<br />

As crianças têm oportuni<strong>da</strong>des de acesso a várias linguagens, diariamente, seja ele<br />

por meio de dramatizações, de brincadeiras ao ar livre, de colagem, de argila, entre outras.<br />

Porém, há, ain<strong>da</strong>, o envolvimento em um projeto de longa duração, <strong>no</strong> qual elas têm a<br />

possibili<strong>da</strong>de de expressar e comunicar suas idéias.<br />

Outro aspecto relevante diz respeito ao relacio<strong>na</strong>mento entre o educador e a criança.<br />

Segundo Katz, ambos precisam ter algo em comum; neste caso, interesse ou envolvimento<br />

mútuo. Interesse esse que vai muito além <strong>da</strong>s roti<strong>na</strong>s e <strong>da</strong>s regras de uma sala de aula, de<br />

informações sobre a conduta e o nível de desempenho <strong>da</strong>s crianças. As práticas<br />

observa<strong>da</strong>s em Reggio Emilia demonstram que o relacio<strong>na</strong>mento educador-criança tem o<br />

seu foco sobre o próprio trabalho. Ambas as p<strong>arte</strong>s têm envolvimentos “com o progresso do<br />

trabalho, com as idéias a serem explora<strong>da</strong>s, com as técnicas e materiais a serem usados e<br />

com o progresso dos próprios projetos”. 3 O trabalho com projetos oferece subsídios para<br />

diálogos entre os adultos e as crianças. Nele existe a participação ativa de ambas <strong>na</strong><br />

formulação e solução de problemas. Um programa tem consistência intelectual quando se<br />

configura em interações individuais e de grupo, levando em conta o aprendizado <strong>da</strong> criança<br />

<strong>no</strong>s momentos de brincadeiras e roti<strong>na</strong>s. O adulto, ao expressar real interesse pelo que a<br />

3 KATZ. Op. cit., p. 47.<br />

169


criança faz, <strong>da</strong>ndo atenção à construção do seu conhecimento, contribui para os processos<br />

de aprendizagem de ambos.<br />

Nas escolas de Reggio Emilia, as crianças têm liber<strong>da</strong>de para trabalhar e brincar,<br />

sem uma rigidez de horários ou ativi<strong>da</strong>des fragmenta<strong>da</strong>s, facilita<strong>da</strong>s pela <strong>na</strong>tureza informal<br />

do currículo, uma vez que não existem lições pré-especifica<strong>da</strong>s, formais, que to<strong>da</strong>s as<br />

crianças devem aprender. Os educadores têm a liber<strong>da</strong>de de criar ativi<strong>da</strong>des que possam<br />

contribuir para o desenvolvimento de compreensões relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s aos temas que são<br />

trabalhados.<br />

As escolas de Reggio Emilia seguem um currículo, porém, este é diferente dos<br />

tradicio<strong>na</strong>is. Ri<strong>na</strong>ldi escreve a respeito do planejamento do currículo e <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des que<br />

podem ser feitas com crianças me<strong>no</strong>res de 6 a<strong>no</strong>s de i<strong>da</strong>de. Afirma que existem dois pontos<br />

de vista bem divergentes. Um deles é elaborado a partir de uma definição de conteúdos,<br />

objetivos gerais e específicos. O outro, chamado “currículo emergente”, estabelece os<br />

objetivos gerais, porém, ao invés dos objetivos específicos, são utiliza<strong>da</strong>s hipóteses para<br />

que em ca<strong>da</strong> projeto ou em ca<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de possa haver maior flexibili<strong>da</strong>de <strong>no</strong>s objetivos,<br />

facilitando a integração dos interesses <strong>da</strong>s crianças. 4<br />

Diferentemente de outros grupos voltados à <strong>educação</strong>, Reggio Emilia tem <strong>na</strong> criança<br />

uma colaboradora com potenciais ricos, fortes e poderosos. Vê a sua necessi<strong>da</strong>de e o seu<br />

direito à comunicação e à interação. Não existe um “corte” <strong>na</strong> sua criativi<strong>da</strong>de e <strong>no</strong> seu<br />

desejo de ser explorador, mas alimentam-<strong>na</strong> com desafios deixando emergir a sua<br />

linguagem simbólica. As respostas não são <strong>da</strong><strong>da</strong>s para satisfazer um desejo imediato, mas<br />

o educador serve de mediador para instigá-la à descoberta <strong>da</strong>s respostas que procura.<br />

Embora haja a preparação e a organização do espaço, dos materiais, <strong>da</strong>s situações<br />

e <strong>da</strong>s ocasiões para a aprendizagem por p<strong>arte</strong> dos educadores, ocorre um intercâmbio entre<br />

os chamados protagonistas interativos <strong>da</strong> escola, que são as crianças, os educadores e as<br />

famílias. Segundo Ri<strong>na</strong>ldi, “a instituição educacio<strong>na</strong>l é, <strong>na</strong> ver<strong>da</strong>de, um sistema de<br />

comunicação e interação entre os três protagonistas, integrados <strong>no</strong> sistema social mais<br />

amplo”. 5<br />

A abor<strong>da</strong>gem educacio<strong>na</strong>l é enfatiza<strong>da</strong> <strong>na</strong> relação <strong>da</strong> criança com outras crianças,<br />

educadores e pais. A ação e a socialização em grupo são elementos importantes e servem<br />

de base para a construção <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong> criança. Também o educador é desafiado<br />

constantemente. A partir <strong>da</strong>s suas observações e transcrições de fitas, são feitas reuniões<br />

com colegas, o que lhes permite a<strong>na</strong>lisar e refletir sobre o que está acontecendo e muitas<br />

4 RINALDI, Carli<strong>na</strong>. O currículo emergente e o construtivismo social. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN,<br />

G. As cem linguagens <strong>da</strong> criança: abor<strong>da</strong>gem de Reggio Emilia <strong>na</strong> <strong>educação</strong> <strong>da</strong> primeira infância. Porto Alegre:<br />

ArtMed, 1999.<br />

5 RINALDI. Op. cit., p. 115.<br />

170


vezes modificar a sua forma de ação <strong>no</strong> decurso <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de ou do projeto que está em<br />

an<strong>da</strong>mento.<br />

No que se refere ao trabalho em grupos, Ri<strong>na</strong>ldi observa as diferentes dinâmicas que<br />

ocorrem dentro de ca<strong>da</strong> conjunto de crianças, mas restringe o número em cinco<br />

componentes, afirmando haver um desenvolvimento cognitivo mais adequado com essa<br />

quanti<strong>da</strong>de limita<strong>da</strong> de crianças. 6<br />

As escolhas metodológicas e políticas também sofrem processos contínuos de<br />

avaliação e a<strong>da</strong>ptação. Cita-se a necessi<strong>da</strong>de do planejamento e <strong>da</strong> organização de quatro<br />

fatores interdependentes, objetivando manter a abor<strong>da</strong>gem educacio<strong>na</strong>l. Esses fatores são:<br />

o trabalho em equipe, a participação, o ambiente e as ativi<strong>da</strong>des envolvendo as crianças.<br />

Edwards define o papel do educador em Reggio Emilia, que engloba a concepção de<br />

aprendizagem <strong>no</strong>s pla<strong>no</strong>s cognitivo, social, físico e afetivo, o manejo <strong>da</strong> sala de aula, a<br />

preparação do ambiente, o incentivo e a orientação, a comunicação, a busca de crescimento<br />

profissio<strong>na</strong>l, além de mais dois aspectos que fazem de Reggio Emilia um diferencial: “o<br />

engajamento <strong>no</strong> ativismo político para defender a causa <strong>da</strong> <strong>educação</strong> pública precoce; e a<br />

condução de pesquisas sistemáticas sobre o trabalho diário em sala de aula para fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong>des<br />

de difusão profissio<strong>na</strong>l, planejamento do currículo e desenvolvimento do professor”. 7<br />

O educador, <strong>no</strong> seu papel de ouvinte e de observador, precisa ter sensibili<strong>da</strong>de para<br />

compreender o que a criança está expressando, proporcio<strong>na</strong>ndo ocasiões à aprendizagem e<br />

intervindo em momentos críticos. Edwards afirma que o papel do professor “centraliza-se <strong>na</strong><br />

provocação de oportuni<strong>da</strong>des de descobertas, através de uma espécie de facilitação aberta<br />

e inspira<strong>da</strong> e de estimulação do diálogo, de ação conjunta e <strong>da</strong> co-construção do<br />

conhecimento pela criança”. 8 Na concepção dessa abor<strong>da</strong>gem, a idéia de todos precisa ser<br />

respeita<strong>da</strong> e ouvi<strong>da</strong> para que realmente haja aprendizado; e a descoberta intelectual é<br />

decorrente de um processo de interação coletiva.<br />

No que se refere aos educadores, algumas atribuições lhes são conferi<strong>da</strong>s <strong>no</strong><br />

decorrer <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des, objetivando alcançar o ple<strong>no</strong> desenvolvimento <strong>da</strong>s crianças. Entre<br />

elas está, sob sua responsabili<strong>da</strong>de, a promoção do desenvolvimento intelectual <strong>da</strong>s<br />

crianças que, em grupos, buscam idéias para formular a ação a ser toma<strong>da</strong>, provocando<br />

<strong>no</strong>vas descobertas. A mesma estratégia é utiliza<strong>da</strong> pelos educadores, que fazem reuniões<br />

constantes com o intuito de refletir, explorar, estu<strong>da</strong>r, pesquisar e planejar ativi<strong>da</strong>des para<br />

<strong>da</strong>r seqüência <strong>no</strong>s projetos, <strong>na</strong> sua reestruturação ou a<strong>na</strong>lisar a viabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> organização<br />

de um <strong>no</strong>vo. Cabe também ao educador ser ouvinte, assim como observar comentários que<br />

6 RINALDI. Op. cit.<br />

7 EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. Parceiro promotor do crescimento e guia dos professores de<br />

Reggio em ação. In: _____; _____; _____. As cem linguagens <strong>da</strong> criança: abor<strong>da</strong>gem de Reggio Emilia <strong>na</strong><br />

<strong>educação</strong> <strong>da</strong> primeira infância. Porto Alegre: ArtMed, 1999. p. 159.<br />

8 EDWARDS. Op. cit., p. 161.<br />

171


tenham insight, servindo de mediador à repetição e ao esclarecimento <strong>da</strong>s falas <strong>da</strong>s<br />

crianças. Cabe a ele, também, tor<strong>na</strong>r a linguagem mais clara provocando o insight, o que,<br />

por sua vez, segue de base para a manutenção <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des. A promoção do pensamento<br />

em espiral, ao invés de linear, atribui e aju<strong>da</strong> as crianças a descobrir seus próprios<br />

problemas e questões. Para estimular a aprendizagem, tor<strong>na</strong> os problemas mais complexos<br />

e envolventes, promovendo o feedback entre as crianças, os educadores e a comuni<strong>da</strong>de<br />

que sempre se faz presente e participativa. O apoio emocio<strong>na</strong>l, o encorajamento, as<br />

sugestões concretas e os conselhos são compartilhados entre os componentes <strong>da</strong> equipe<br />

de educadores.<br />

Nos trabalhos que vislumbram os projetos estão incluí<strong>da</strong>s visitas a locais a serem<br />

explorados, filmagens e fotografias são utiliza<strong>da</strong>s para documentar, a<strong>na</strong>lisar e comparar<br />

imagens. Para manter o registro adequado e fiel são feitas a<strong>no</strong>tações escritas ou apreciação<br />

de vídeos.<br />

Com relação aos conceitos e idéias desse constructo, as hipóteses e os objetivos<br />

específicos não são definidos a priori, mas durante a configuração <strong>da</strong>s situações, <strong>na</strong>s quais<br />

emerge o desenvolvimento intelectual que, paralelamente, é transposto em situações<br />

empíricas. O conflito intelectual é, portanto, agradável e desafiador tanto para as crianças<br />

como para os adultos.<br />

Ri<strong>na</strong>ldi escreve que as questões pe<strong>da</strong>gógicas adota<strong>da</strong>s por determi<strong>na</strong><strong>da</strong> instituição<br />

refletem o conceito sobre as potenciali<strong>da</strong>des e sobre os direitos <strong>da</strong>s crianças, bem como o<br />

papel que elas têm dentro do seu <strong>contexto</strong> social. Em Reggio Emilia há a tentativa de<br />

combi<strong>na</strong>r serviços sociais e <strong>educação</strong>, tendo “como foco a criança e o relacio<strong>na</strong>mento com<br />

a sua família, com os professores, com as outras crianças e com o <strong>contexto</strong> social maior”. 9 A<br />

visão destas instituições é acentua<strong>da</strong> a respeito <strong>da</strong> força grupal, isto é, <strong>na</strong> interdependência<br />

<strong>da</strong>s pessoas que fazem p<strong>arte</strong> destes grupos, formados pelas próprias crianças ou então<br />

com a família e com os educadores. Percebe-se um movimento constante <strong>na</strong>s inter-relações<br />

e, conseqüentemente, todos saem ganhando, principalmente a criança que tende a um<br />

crescimento afetivo, social e cognitivo maior.<br />

A proposta desta pesquisa, portanto, é apontar constructos (a curto, médio e longo<br />

prazos), <strong>no</strong>s quais ca<strong>da</strong> instituição de <strong>educação</strong> <strong>infantil</strong> tenha um profissio<strong>na</strong>l habilitado <strong>no</strong><br />

ensi<strong>no</strong> <strong>da</strong> <strong>arte</strong>, capaz de desenvolver projetos pe<strong>da</strong>gógicos em parceria com os demais<br />

educadores, enfatizando os aspectos cognitivos, sensíveis e culturais em <strong>arte</strong>.<br />

Nesta perspectiva, entende-se por <strong>no</strong>vos constructos propostas que p<strong>arte</strong>m de uma<br />

visão de currículo não linear, considerando o <strong>contexto</strong> histórico-social, as necessi<strong>da</strong>des e os<br />

interesses <strong>da</strong>s crianças, <strong>no</strong> qual educadores, crianças, instituição e comuni<strong>da</strong>de desenham<br />

um currículo que p<strong>arte</strong> do trabalho coletivo.<br />

9 RINALDI. Op. cit., p. 76.<br />

172


O planejamento <strong>no</strong> currículo sob este <strong>no</strong>vo enfoque pressupõe um método de<br />

trabalho <strong>no</strong> qual “professores apresentam objetivos educacio<strong>na</strong>is gerais, mas não formulam<br />

objetivos específicos para ca<strong>da</strong> projeto ou ativi<strong>da</strong>de de antemão. Em vez disso, formulam<br />

hipóteses sobre o que poderia ocorrer com base em seu conhecimento <strong>da</strong>s crianças e <strong>da</strong>s<br />

experiências anteriores”. 10<br />

A partir dessa visão, especificamente para a <strong>arte</strong> <strong>na</strong> <strong>educação</strong> <strong>infantil</strong>, está o<br />

educador em <strong>arte</strong>, que atua em consonância com os demais educadores <strong>da</strong> instituição,<br />

aprofun<strong>da</strong>ndo conceitos e linguagens <strong>da</strong> <strong>arte</strong>. A função desse profissio<strong>na</strong>l não seria<br />

simplesmente a de ministrar aulas fragmenta<strong>da</strong>s de <strong>arte</strong>, mas, sobretudo a de organizar um<br />

espaço de cultura que possibilite a ampliação <strong>da</strong>s expressões e <strong>da</strong>s linguagens <strong>da</strong> criança.<br />

No que esse espaço contribui? “Aju<strong>da</strong> que os professores compreen<strong>da</strong>m como as crianças<br />

inventam veículos autô<strong>no</strong>mos de liber<strong>da</strong>de expressiva, de liber<strong>da</strong>de cognitiva, de liber<strong>da</strong>de<br />

simbólica e vias de comunicação”. 11<br />

Cabe então, a todos os profissio<strong>na</strong>is que atuam direta ou indiretamente <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>arte</strong>, uma reflexão não somente dos processos de sala de aula, mas também do seu papel<br />

como ci<strong>da</strong>dãos, protagonistas de uma história.<br />

Até o momento foram pesquisa<strong>da</strong>s 58 Instituições de Educação Infantil, sendo 44 <strong>da</strong><br />

Rede Municipal de Educação de Joinville, 8 Instituições <strong>da</strong> Rede Municipal de Itapoá, 1 do<br />

Colégio <strong>da</strong> Univille e 5 do SESI. Desta forma, está concluí<strong>da</strong> a primeira etapa <strong>da</strong> pesquisa.<br />

Para a etapa seguinte (2004-2005) serão pesquisa<strong>da</strong>s 83 instituições do Ensi<strong>no</strong><br />

Fun<strong>da</strong>mental destas instituições parceiras.<br />

A pesquisa propõe o desenvolvimento desse constructo <strong>no</strong> Colégio <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> Região de Joinville (UNIVILLE) para que se possa vali<strong>da</strong>r as proposições de um <strong>no</strong>vo<br />

modelo de ação continua<strong>da</strong> para a Educação Infantil, o que traria uma <strong>no</strong>va perspectiva e<br />

uma <strong>no</strong>va visão <strong>no</strong> âmbito <strong>da</strong> <strong>educação</strong> e, mais especificamente, <strong>da</strong> <strong>arte</strong> <strong>na</strong> <strong>educação</strong><br />

nesse <strong>contexto</strong>. Para o a<strong>no</strong> de 2005, a pesquisa abor<strong>da</strong>rá o universo do ensi<strong>no</strong><br />

fun<strong>da</strong>mental.<br />

Referências<br />

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO <strong>da</strong> Comissão<br />

Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l sobre Educação para o século XXl. 4. ed: SP: Cortez: Brasília: DF: MEC: UNESCO,<br />

2000.<br />

EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. Parceiro promotor do crescimento e guia dos professores<br />

de Reggio em ação. In: _____; _____; _____. As cem linguagens <strong>da</strong> criança: abor<strong>da</strong>gem de Reggio<br />

Emilia <strong>na</strong> <strong>educação</strong> <strong>da</strong> primeira infância. Porto Alegre: ArtMed, 1999.<br />

10 RINALDI. Op. cit., p. 113.<br />

11 VECHI, Vea. O Papel do Atelierista. In: EDWARDS, C., GANDINI, L., FORMAN, G. As cem linguagens <strong>da</strong><br />

criança: abor<strong>da</strong>gem de Reggio Emilia <strong>na</strong> <strong>educação</strong> <strong>da</strong> primeira infância. Porto Alegre: ArtMed, 1999. p. 129.<br />

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GANDINI. Leila; EDWARDS, Carolyn. Bambini: a abor<strong>da</strong>gem Italia<strong>na</strong> à <strong>educação</strong> <strong>infantil</strong>. Trad.:<br />

Daniel Etcheverry Burguño. Porto Alegre: ArtMed, 2002.<br />

GENTILE, Paola. Nova Escola On-line – Educação <strong>infantil</strong>. Edição n. 153, jun.-jul. 2002.<br />

KATZ, Lílian.O que podemos aprender com a Reggio Emilia? In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.;<br />

FORMAN, G. As cem linguagens <strong>da</strong> criança: abor<strong>da</strong>gem de Reggio Emilia <strong>na</strong> <strong>educação</strong> <strong>da</strong> primeira<br />

infância. Porto Alegre: ArtMed, 1999.<br />

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL, n.º 9.394/96. Brasília: MEC, 1996.<br />

PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA. Florianópolis: SED, 1998.<br />

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. Brasília: MEC, 1998.<br />

RINALDI, Carli<strong>na</strong>. O currículo emergente e o construtivismo social. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.;<br />

FORMAN, G. As cem linguagens <strong>da</strong> criança: abor<strong>da</strong>gem de Reggio Emilia <strong>na</strong> <strong>educação</strong> <strong>da</strong> primeira<br />

infância. Porto Alegre: ArtMed, 1999.<br />

VECHI, Vea. O Papel do Atelierista. In: EDWARDS, C., GANDINI, L., FORMAN, G. As cem<br />

linguagens <strong>da</strong> criança: abor<strong>da</strong>gem de Reggio Emilia <strong>na</strong> <strong>educação</strong> <strong>da</strong> primeira infância. Porto Alegre:<br />

ArtMed, 1999.<br />

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