2010 - Fundação Romulo Maiorana
2010 - Fundação Romulo Maiorana
2010 - Fundação Romulo Maiorana
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DIVIRTA-SE<br />
COM AS<br />
CRIATIVIDADES.<br />
PÁGINAS 13 A 15.<br />
liberalzinho<br />
O pensamento desloca, move<br />
pessoas, línguas e cultura. O Arte<br />
Pará propõe diálogo e convida a novas<br />
O LIBERAL<br />
O Arte Pará convida<br />
a novas experiências<br />
experiências. Refl ete o universo<br />
de transformações que ocorrem<br />
no mundo contemporâneo.<br />
BELÉM<br />
DOMINGO<br />
10 DE OUTUBRO<br />
DE <strong>2010</strong><br />
ESPECIAL<br />
ARTE<br />
PARA´<br />
REVISTA INTEGRANTE DE O LIBERAL. NÃO PODE SER VENDIDA SEPARADAMENTE.
2 liberalzinho<br />
Capa: Isadora Figueiredo<br />
Forman Prata e Frederico<br />
Nader Mattar Filho<br />
Fotos: Shirley Penaforte<br />
O LIBERAL<br />
Presidente<br />
Lucidéa Batista <strong>Maiorana</strong><br />
Presidente Executivo<br />
<strong>Romulo</strong> <strong>Maiorana</strong> Jr.<br />
Diretor-Editor Corporativo<br />
Ronaldo <strong>Maiorana</strong><br />
Diretora Administrativa<br />
Rosângela <strong>Maiorana</strong> Kzan<br />
Diretora Comercial<br />
Rosemary <strong>Maiorana</strong><br />
Diretor Industrial<br />
João Pojucam de Moraes Filho<br />
Diretor Redator-Chefe<br />
Walmir Botelho D’Oliveira<br />
Diretor de Novos Negócios<br />
Ribamar Gomes<br />
Diretor de Marketing<br />
Guarany Júnior<br />
Diretores<br />
José Edson Salame<br />
José Luiz Sá Pereira<br />
<strong>Fundação</strong> <strong>Romulo</strong> <strong>Maiorana</strong><br />
Diretora Executiva<br />
Roberta <strong>Maiorana</strong><br />
Assessora de Projetos<br />
Daniela Sequeira<br />
Assistente Executiva<br />
Ana Cristina Prata<br />
Curador<br />
Orlando Maneschy<br />
ESPECIAL ARTE PARA ´<br />
liberalzinho<br />
Editora: Vânia Leal Machado<br />
Editor de Arte: Airton Nascimento<br />
End. Av. 25 de Setembro, 2473<br />
Marco. CEP – 66093-000.<br />
Tel.: 3216-1113.<br />
E-mail:<br />
oliberalzinho@oliberal.com.br<br />
ARTE PARA ´ ESPECIAL<br />
PAPO DEZ<br />
Em sua 29 ªedição o Arte Pará nos convida<br />
a experimentar as diferentes definições<br />
do que é a arte. Isso porque, a arte pode<br />
ser coisas diferentes ou ao menos pode<br />
ser percebida de uma maneira diferente<br />
por cada pessoa. Assim, mais do que ter<br />
uma definição do que é uma obra de arte,<br />
é pensar que a obra de arte é o que ela<br />
fala. Porque neste caso ela é o que cada<br />
pessoa ouve dela. Porém, às vezes a obra<br />
é a própria coisa falante, que de dentro<br />
dela nos fala, ecoa pelo planeta. Orlando<br />
Maneschy, curador do Arte Pará nos fala<br />
desse momento que vivemos no mundo<br />
como sendo necessário navegar pelas<br />
bordas. Navegar pelas bordas significa abrir<br />
ARTISTAS CONVIDADOS E SELECIONADOS<br />
Alberto Bitar<br />
Adriane Alvares Magalhães<br />
Maciel<br />
Angella Conte<br />
Anita de Abreu e Lima<br />
Andréa Facchini<br />
André Venzon<br />
Armando Queiroz<br />
Arthur Omar<br />
Barrão<br />
Bruno Macêdo de Cantuária<br />
Carolina Ponte<br />
Claudia Andujar<br />
Cleantho Viana<br />
Detanico Lain<br />
Deborah Engel<br />
OS HORÁRIOS<br />
MUSEU PARAENSE<br />
EMÍLIO GOELDI<br />
MPEG<br />
Av. Magalhães Barata, 376.<br />
São Braz.<br />
Tel.: (91) 3219-3358.<br />
Fax(91)3249-0234.<br />
E-mail:luizvideira@museugoeldi.br/verabatos@museugoeldi.br.<br />
Funcionamento de terça<br />
a sexta, das 9h às 17h.<br />
Sábado e domingo, das 10h<br />
às 14h.<br />
Diego de Campos<br />
Elza Lima<br />
Elisa Castro<br />
Ena Lia Matthees<br />
Fernando Limberger<br />
Flávia Bertinato<br />
Flávia Junqueira Angulo<br />
Flávio Cerqueira<br />
Flávio Amenha<br />
Flora Assumpção<br />
Gelka Arruda<br />
Gina Dinucci<br />
Hildebrando Castro<br />
Igor Magalhães Vidor<br />
Jorane Castro<br />
MUSEU DA<br />
UNIVERSIDADE<br />
FEDERAL DO PARÁ<br />
MUFPA<br />
Av. Governador José<br />
Malcher, 1192. Esquina da<br />
Generalíssimo Deodoro,<br />
entrada pela Generalíssimo.<br />
Nazaré.<br />
Tel.: (91) 3224 – 087/Fax:<br />
(0XX)91 3242 – 8340<br />
Funcionamento de terça a<br />
sexta,das 9h às 17h. Sábado<br />
e domingo, das 10h às 14h.<br />
Jimson Vilela<br />
José Hailton da Silva Santos<br />
Keyla Sobral<br />
Leticia Rita<br />
Loise d. D.<br />
Manoel Novello<br />
Maria Mattos<br />
Marinaldo Silva dos Santos<br />
Murilo Rodrigues<br />
Nailana Thiely Salomão Pereira<br />
Nazareno Rodrigues<br />
Odires Mlászho<br />
Oscar Muñoz<br />
Osvaldo Carvalho<br />
Paulo Bruscky<br />
MUSEU DE<br />
ARTE SACRA<br />
Praça Frei Caetano Brandão,<br />
s/n.<br />
Cidade Velha.<br />
Tel.:(91) 4009-8845 (agendamentos<br />
com Sra. Maria do<br />
Céu)<br />
E-mail: sim.educacao@<br />
gmail.com<br />
Funcionamento de terça a<br />
domingo, das 10h às 16h.<br />
PATROCÍNIO REALIZAÇÃO<br />
APOIO<br />
O LIBERAL<br />
NA ESCOLA<br />
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong><br />
espaço ao diálogo, às novas experiências<br />
e à possibilidade de transformar vidas<br />
e objetos silenciosos e esquecidos. A<br />
arte ecoa essa troca entre as pessoas,<br />
reflete transformações que ocorrem nas<br />
organizações sociais no planeta. A arte<br />
desloca, move pessoas, línguas e culturas.<br />
Assim, a TERRA TREME, TREME TERRA!<br />
Pedro David<br />
Raymundo Firmino de Oliveira<br />
Neto<br />
Ricardo Macêdo<br />
Regina Parra<br />
Renato Chalu<br />
Roberto Evangelista<br />
Rodrigo Cass<br />
Rodrigo Freitas<br />
Sinval Garcia<br />
Stephen Dean<br />
Tiago Rivaldo<br />
Valéria Coelho<br />
Victor de la Rocque<br />
Viviane Gueller<br />
MUSEU HISTÓRICO<br />
DO ESTADO DO PARÁ<br />
MHEP<br />
Palácio Lauro Sodré.<br />
Praça Dom Pedro II, s/n.<br />
Cidade Velha.<br />
Tel.: (91)4009-8838.<br />
(91)4009-8840 (recepção)<br />
E-mail: museuhep@yahoo.<br />
com.br<br />
Funcionamento de terça a<br />
domingo, das 10h às 16h.<br />
SETRANS-BEL
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong><br />
ESPECIAL ARTE PARA liberalzinho<br />
´ liberalzinho
4 liberalzinho<br />
29º SALÃO ARTE PARÁ<br />
A obra<br />
de arte fala<br />
Olá! Adoro quando chega o mês<br />
de outubro porque é quando<br />
chego para mostrar para você<br />
um mundo de coisas diferentes que se<br />
chama ARTE. Junto comigo você vai<br />
poder escolher como vai navegar por este<br />
caminho nos museus para poder perceber<br />
como a arte transforma os espaços e<br />
como podemos através dela manter contato<br />
de troca de experiências, como num<br />
jogo que reinventa formas de se relacionar<br />
uns com os outros.<br />
A arte fala desse lugar e eu como<br />
Arte Pará, com a experiência de 29<br />
anos, confesso que a cada ano as<br />
coisas são diferentes e através da<br />
arte vou construindo espaços de<br />
liberdade de pensamento, atitude e<br />
conhecimento.<br />
Mas adianto uma coisa importante: entre<br />
nestes espaços e olhem para as obras de<br />
arte como se fosse uma história sem começo<br />
nem fim.<br />
Imaginem que estão perdidos no meio<br />
da floresta amazônica cheio de coisas<br />
interessantes para descobrir, mas este<br />
caminho não indica nenhuma referência<br />
para indicar como uma flecha, o seu olhar.<br />
Acredito que deve dá um friozinho na barriga<br />
porque você está sem direção e com<br />
certeza vai começar a se perguntar?Por<br />
onde devo começar?Que tal começar a<br />
caminhar sem ficar muito preocupado<br />
com este caminho?<br />
Para visitar uma exposição de<br />
arte é importante ir preparado para<br />
brincar com a imaginação, sabe<br />
aquela brincadeira de olhar para as<br />
nuvens e começar a ver formas de<br />
bichinhos?Então, entre nas exposições<br />
fazendo de conta que vai se<br />
aventurar, que está perdido e que<br />
ARTE PARA ´ ESPECIAL<br />
não sabe que lugar é aquele. A<br />
imaginação como já dizia Einstein,<br />
é mais importante que o conhecimento,<br />
porque nos permite ver<br />
mais possibilidade de formular perguntas<br />
e de fazer coisas estranhas<br />
acontecerem, como por exemplo:<br />
“apanhar chocolate de uma árvore”<br />
já pensou se fosse possível?<br />
Pergunte então: Usando sua imaginação<br />
pare na frente do primeiro<br />
objeto de arte que mais lhe chamou<br />
atenção e pergunte: objeto de arte, De<br />
que você está falando? Que materiais<br />
são estes que está usando? Fale comigo<br />
e me dê uma sugestão para onde<br />
devo seguir. Não se assuste quando<br />
o objeto começar a falar com você<br />
porque todo objeto de arte, tem uma<br />
língua própria, ele fala a língua da obra<br />
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong><br />
“Sem linha do<br />
horizonte, sem<br />
ponto de fuga”,<br />
Andrea Fachine<br />
de arte. Os desenhos da artista Andréa<br />
Fachine, por exemplo, estão ligados pela<br />
memória afetiva ligadas a sua infância, ao<br />
mundo mágico povoado por seres que<br />
não são reais, mas, se ligam ao mundo<br />
natural. Quando a artista se relaciona<br />
com a linguagem do desenho constrói<br />
uma história, o desenho narra uma história<br />
de fábula, de ficção. Através da arte<br />
podemos dar asas a nossa imaginação,<br />
criar histórias que sonhamos.
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong><br />
ESPECIAL ARTE PARA ´<br />
A LÍNGUA QUE FALA EM SILÊNCIO<br />
A arte nos faz pensar!<br />
Aprender a língua de uma obra<br />
de arte é muito fácil, basta olhar<br />
com cuidado e se permitir pensar<br />
naquele objeto em silêncio e deixar um<br />
som que vem de dentro sua cabeça tomar<br />
conta de sua imaginação para melhor<br />
ouvir o que a obra de arte quer lhe dizer.<br />
Mas, primeiro olhe, depois sinta que o<br />
mais bacana neste jogo é que este objeto<br />
tem uma resposta diferente para cada<br />
pessoa que fala com ele, isto que dizer que<br />
não existe uma resposta pronta e acabada<br />
sobre uma obra de arte ou o que alguém<br />
disser acerca dela ser isto.<br />
Atenção! A obra de arte é Isto,<br />
mas pode ser Aquilo também e a<br />
certeza empobrece a experiência,<br />
tira a cor da vida, prende os sentidos<br />
e vai lhe distanciar da arte e até fazer<br />
com que se perca a possibilidade<br />
de criar, inventar, construir outros<br />
sentidos para a obra de arte.<br />
Percebe como o jogo está ficando<br />
interessante? A obra está lhe dizendo<br />
que o mais importante é a experiência<br />
de cada um.<br />
Porque você não vai me visitar nos<br />
museus de Belém em busca de sua resposta,<br />
eu prometo que vou revelar através<br />
da arte coisas criadas que ainda não<br />
existem porque<br />
a arte não copia as coisas que já<br />
existem.<br />
“Onde você<br />
sempre quis<br />
estar ”, Andrea<br />
Fachine<br />
liberalzinho 5
6 liberalzinho<br />
ARTE PARA ´ ESPECIAL<br />
“Vênus<br />
de Milo”,<br />
escultura<br />
grega<br />
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong><br />
OBRA DE ARTE<br />
Ato criador che io<br />
Ao entrar no mundo de suas lembranças,<br />
você vai ter a certeza de que é amado por<br />
seus pais.<br />
Ouça essas vozes que lhe fazem sentir o amor<br />
em sua casa, por meio das vozes apaixonadas de<br />
seus pais contando histórias, lhe orientando.<br />
Tem um autor chamado Roland Barthes que diz: a<br />
linguagem provém da voz. Na voz é que mora todos<br />
os seres invisíveis que todo ser humano possui e é<br />
como um sopro que faz vibrar o universo inteiro.<br />
Percebe como a voz de seus pais é<br />
importante?Para provar esta voz mágica, é<br />
necessário experimentar a escuta, e essa<br />
escuta vai se tornar a experiência de infância<br />
de vocês e ai mora a capacidade de (re)<br />
inventar, de falar e ser falado.<br />
Se você aprender a escutar a voz de seus pais,<br />
vai aprender a escutar a voz da obra de arte que vai<br />
ultrapassar o próprio eco, que escuta sua infância<br />
viva a partir da experiência da voz e da palavra.<br />
Muitos artistas dizem que alguns de seus<br />
traços vêm da infância e que dura a vida<br />
inteira.<br />
Os objetos de arte são aquilo que eles dizem<br />
ser e para escutá-lo vai depender da pergunta que<br />
você fizer ou do tamanho do silêncio que existe<br />
dentro de cada um de vocês.<br />
É importante exercitar o ser criança como<br />
se tivesse que reencontrá-la todos os dias,<br />
se você provocar este encontro diariamente,<br />
a infância será sempre dinâmica e renovada.<br />
Tem uma poesia de Cecília Meireles chamada<br />
“O Eco” em que o menino pergunta ao<br />
eco: “Onde é que ele se esconde? Mas o eco<br />
só responde: onde, onde, onde [...]”.<br />
A escritora está nos falando da infância como<br />
condição de experiência: em primeiro lugar uma<br />
experiência de escuta.<br />
Série em pintura eletrostática sobre bronze, em<br />
“O invisível”, Flávio Cerqueira<br />
Infância e linguagem não se separam e no<br />
Arte Pará você poderá experimentar sua infância<br />
criativa de escuta através das obras de arte.<br />
Encontre a infância e deixe que ela habite dentro<br />
de cada um de vocês.<br />
Experimente ver e escutar a obra do artista Flavio<br />
Cerqueira de São Paulo que criou suas esculturas<br />
partindo da fundição em bronze e do tema que<br />
envolve o corpo humano. Ao pensar na escultura o<br />
artista traz para a arte contemporânea uma técnica<br />
e também um tema tradicional da história da arte<br />
que é a escultura.<br />
Você sabe que é uma escultura? É a<br />
forma de arte que se estende pelo espaço,<br />
que ganha corpo e relevo, que ocupa ruas,<br />
campos, praças, museus. E para se fazer<br />
uma escultura, pode-se usar uma variedade<br />
de materiais. Dá para moldar o barro, derreter<br />
o bronze, cavar a madeira, utilizar plástico,<br />
pano, ferro, borracha. Até o corpo humano!<br />
O Flávio é um artista do nosso tempo então ele vai<br />
inverter trocar completamente o significado tradicional<br />
que envolve o tema: corpo humano e escultura, e<br />
modela figuras que tem o objetivo de nos fazer escutar<br />
e pensar sobre a linguagem e o esvaziamento.
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong><br />
de infância<br />
exposição no Museu do Estado do Pará<br />
“Ex Corde”, Flávio Cerqueira “Tudo entre nós”, Flávio Cerqueira<br />
Antes as esculturas eram apresentadas com<br />
base e pedestal, herança do ideal de beleza,<br />
graça e proporção instituído na Grécia Antiga.<br />
Michelangelo Buonarroti (1475-1564) esculpiu o<br />
Davi em 1501 e só foi terminar em 1504. O artista<br />
levou quatro anos para fazer essa obra prima de<br />
mármore. Ela mostra a perfeição do corpo guerreiro<br />
mitológico que enfrenta o gigante Golias.<br />
Como o artista<br />
Flávio cria?<br />
A partir da modelagem de figuras de aproximadamente<br />
60 cm de altura, os trabalhos são apresentados<br />
como instalações, sem base e sem pedestal<br />
contendo em si a relação que se estabelece com a<br />
escala pequena da figura esculpida e o ambiente<br />
específico ao seu redor.<br />
Você sabe o que é uma instalação?<br />
É uma forma de produção artística que<br />
lança a obra no espaço, com o auxílio de<br />
materiais muito variados, na tentativa de<br />
construir certo ambiente ou cena, cujo<br />
movimento está dado pela relação entre<br />
objetos, construções, o ponto de vista e<br />
o corpo do observador. Para a apreensão<br />
da obra é preciso percorrê-la, passar entre<br />
suas dobras e aberturas, ou simplesmente<br />
caminhar pelas veredas e trilhas que ela<br />
constrói por meio da disposição das peças,<br />
cores e objetos.<br />
Que materiais<br />
ele usa?<br />
As esculturas são revestidas com tinta industrial,<br />
geralmente nas cores branca ou preta, camuflando<br />
o bronze e provocando para que este seja confundido<br />
a qualquer outro material.<br />
Como a obra<br />
se apresenta?<br />
O corpo humano é retratado vestido, com<br />
roupas atuais e usuais, mas sem a intenção de<br />
parecer um modelo de beleza ou idealização<br />
como o Davi de Michelangelo, lembre-se! O Flávio<br />
é um artista do nosso tempo, mas com certeza as<br />
esculturas dos grandes artistas foram referências<br />
para ele. O artista contemporâneo é um pesquisador,<br />
estuda a história da arte e outros assuntos<br />
ligados a cultura, política, assuntos sociais, enfim,<br />
o artista vive em constante exercício de escutar,<br />
ver e estudar.<br />
ESPECIAL ARTE PARA ´<br />
liberalzinho 7<br />
“Amazona<br />
Mettei”,<br />
escultura<br />
grega
liberalzinho ARTE PARA ´ ESPECIAL<br />
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong>
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong><br />
EXCESSOS<br />
“Encontros” com<br />
objetos da rua<br />
OSinval Garcia é um artista visual que mora<br />
e trabalha em São Paulo. Artista visual é<br />
aquele que habita todas as formas de arte.<br />
O problema não é produzir novas formas, mas inventar<br />
outras maneiras de habitat. Habitar formas de arte já<br />
historiadas, reativando-as, mas também habitar outros<br />
campos culturais.<br />
Ao percorrer na cidade de Belém, entre o centro<br />
e a periferia o artista encontrou vários objetos<br />
que muitas vezes ficam à margem do nosso<br />
olhar, ou seja, ficam ali esquecidos, jogados num<br />
canto, como algo que aparentemente não servem<br />
mais para a maioria das pessoas. Mas para<br />
ele, tem um sentido muito interessante.<br />
O artista vê nesses objetos usados, descartados,<br />
reaproveitados e desconectados de suas origens para<br />
determinados usos, como lixo produzido por uma<br />
sociedade de consumo em que tudo é muito. O excesso<br />
é rodeado pelo ritmo acelerado de nossas vidas e<br />
também pela superpopulação na existência atual.<br />
O olhar atento do artista faz reaparecer nesses<br />
objetos silenciosos e apagados, outros significados<br />
e conteúdos pelo olhar atento da fotografia<br />
quando ele traz para o campo da arte.<br />
ESPECIAL ARTE PARA ´<br />
“Encontros<br />
Belém, Pará”,<br />
Sinval Garcia,<br />
série exposta<br />
no MHEP<br />
Este campo da arte é necessário para que nós possamos<br />
ver os objetos que estavam na rua como anulados<br />
e esquecidos, como objetos que vão falar sobre<br />
a forma como vivemos na cidade, na nossa trajetória e<br />
vida nas ruas.<br />
Na exposição o artista organizou esses objetos em<br />
forma de coleção com o objetivo de renovar, ou melhor,<br />
trazer de volta nosso pensamento sobre o perfil da<br />
sociedade de nosso tempo. Esses registros fotográficos<br />
de Sinval Garcia podem ser visto no Museu Histórico do<br />
Estado do Pará-MHEP. Em Belém, as pessoas jogam<br />
bastantes coisas nas ruas, e o Sinval está chamando<br />
nossa atenção através da arte para cuidarmos mais da<br />
cidade, afinal, a rua é a extensão de nossa casa!<br />
liberalzinho 9
10 liberalzinho ARTE PARA ´ ESPECIAL<br />
RITUAIS XAMÃS<br />
Yanomami<br />
na fotografia<br />
de Andujar<br />
Cláudia Andujar considera seu<br />
trabalho fotográfico junto aos<br />
Yanomamis como um contínuo,<br />
sempre em andamento. Entre os anos<br />
de 1971 e 2002, foi um período em que<br />
a artista ficou bastante próxima da cultura<br />
Yanomami, seu trabalho tomou várias<br />
formas: em alguns casos ele se materializou<br />
em fotografias e em outro como<br />
envolvimento e luta pelos direitos e cultura<br />
Yanomami.<br />
A artista Considera a série<br />
“Sonhos” um retorno em sua experiência<br />
com o Yanomami. As imagens<br />
que compõem a série revelam os<br />
rituais xamanisticos do Yanomami<br />
“sua reunião com os espíritos”.<br />
A partir de sua criação, a artista começa<br />
a conceber uma interpretação de imagens<br />
acerca dos rituais, fato que me deu<br />
acesso ao estudo da origem, evolução e<br />
disseminação das famílias e respectivos<br />
sobrenomes ou apelidos do povo, juntando<br />
aspectos da cultura e dissolvendo as<br />
fronteiras entre os seres humanos, seus<br />
deuses e a natureza integrando todos em<br />
um fluxo contínuo.<br />
A fotografia é a forma de comunicação<br />
da artista com o mundo como um processo<br />
de mão dupla em que você recebe<br />
tanto quanto dá.<br />
A artista diz que “se o registro<br />
fotográfico de culturas pode ser<br />
considerado uma forma de compreensão<br />
do outro, acredito que com<br />
a série Sonhos consigo entender a<br />
essência do povo Yanomami.”<br />
A série pode ser vista no Museu paraense<br />
Emílio Goeldi na Rocinha.<br />
Onde vivem os Yanomami? Nas paisagens<br />
do Maciço das Guianas, englobando<br />
o sul da Venezuela e o norte de Roraima e<br />
nordeste do Amazonas no Brasil.<br />
Quantos são? Os Yanomami têm<br />
como território tradicional extensa<br />
área da floresta tropical no Brasil e na<br />
Venezuela. Possuem uma população<br />
em torno de 25.000 índios. No Brasil<br />
existem cerca de 10.000 Yanomami<br />
situados nos Estados do Amazonas e<br />
de Roraima. Falam a língua Yanomami<br />
e mantêm ainda vivos os seus usos,<br />
costumes e tradições.<br />
Como vivem? Vivem em grandes casas<br />
comunais. A maloca consiste numa moradia<br />
redonda, com topo cônico, com uma<br />
praça aberta ao centro. Várias famílias<br />
vivem sob o teto circular comum, sem<br />
paredes dividindo os espaços ocupados.<br />
O número de moradores varia entre trinta<br />
e cem pessoas.<br />
Desde os anos de 1970, com a construção<br />
da estrada Perimetral Norte cortando<br />
seu território, a operação de mineradores<br />
e, hoje, a presença de milhares de garimpeiros<br />
têm resultado na destruição da<br />
floresta e trazido muitas doenças para os<br />
Yanomami, cuja população está sob séria<br />
ameaça de desaparecer.<br />
Que língua falam? Os Yanomami tem<br />
quatro línguas faladas nas regiões de<br />
fronteira entre Brasil e Venezuela que são:<br />
Ninám, Sanumá, Yanomán e Yanomami<br />
Yanomami significa “seres humanos”<br />
Série “Sonhos”<br />
Série “Sonhos”<br />
Série “Sonhos”<br />
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong><br />
Fotografias expostas no Museu Paraense Emílio Goeldi – Rocinha
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong><br />
OBJETO ARTÍSTICO<br />
Abraços e afetos<br />
Fernando Limberger nasceu em<br />
Santa Cruz, no Rio Grande do Sul,<br />
mas mora em São Paulo desde<br />
1989. Os trabalhos de Fernando são<br />
objetos que nasceram abraçadinhos. O<br />
Fernando coletou essas cabaças na natureza<br />
e combina cores de acordo com que<br />
a forma lhe sugere. Esses objetos têm formas<br />
com movimentos que ele chama de<br />
cabeças pintadas. O Fernando quer que<br />
os visitantes da exposição mexam nos<br />
trabalhos que ele faz, apertem, sintam a<br />
forma rígida da cabaça, façam outras formas<br />
de abraços, coloquem em posições<br />
diferentes, juntem com cores diferentes e<br />
brinquem. Você acha que é possível transformar<br />
objetos prontos da natureza, alterar<br />
a cor natural que não é para ver mais para<br />
brincar?Com o Fernando é, ele passa o<br />
tempo brincando de fazer abraços com<br />
os objetos que ele cata na natureza. Tem<br />
coisa mais poética do que brincar de fazer<br />
abraço? Acredito que esta resposta você<br />
só saberá quando for ao Museu do Estado<br />
do Pará com a intenção de inventar e<br />
brincar com outras formas de abraços<br />
e afetos dos objetos do Fernando. Não<br />
se esqueça da hora de voltar para casa,<br />
pode ser que você corra o risco de não<br />
querer mais sair de lá.<br />
A série está<br />
exposta no<br />
Museu do<br />
Estado do Pará<br />
Série<br />
“Abraçadinhos”,<br />
Fernando<br />
Limberger<br />
ESPECIAL ARTE PARA ´<br />
Cabaça baça ou porongo é a designação<br />
comum dos frutos de plantas da<br />
família das cucurbitáceas (entre as quais<br />
a Lagenaria siceraria, tema deste verbete)<br />
e a uma da família das bignoniáceas.<br />
As plantas são chamadas de cabaceira,<br />
porongueiro e cabaceiro. O fruto seco é<br />
amplamente utilizado em diversos países<br />
do mundo, de várias formas: vasilha, para<br />
uso em refeições, como cuias ou copos;<br />
moringa para transporte de líquidos, normalmente,<br />
água para se beber durante<br />
uma viagem; cisterna para armazenar<br />
liberalzinho 11<br />
líquidos em regiões secas; amplificador<br />
acústicos em instrumentos musicais,<br />
como afochê, maraca, xerequê, abê e<br />
malimba;artesanato, porta-objetos, brinquedos,<br />
bonecas. O Fernando transformou<br />
em objeto de arte. A arte é feita das<br />
coisas mais simples, mais belas, mais<br />
esquisitas e nem sempre o artista põe a<br />
mão na massa, algumas coisas já estão<br />
prontinhas na natureza, mas, precisa ver<br />
como trazer para o campo da arte. O<br />
Fernando com certeza pensou bastante,<br />
afinal arte é pensamento, é conhecimento!<br />
Fernando Limberger caminhando pela<br />
cidade viu uma cabaça, teve ideias de<br />
artistas que faz a forma virar objeto, que<br />
virou pensamento pensando, que<br />
virou escultura, que virou pintura.<br />
Humm!Pensando mais um<br />
pouco, ele pensou aquele objeto<br />
no espaço da exposição.<br />
Refletiu assim:<br />
“Eu imagino o espaço”as<br />
pessoas mexendo, transformando<br />
os abraços,<br />
misturando cores.<br />
Quantas formas<br />
de abraço as pessoas<br />
vão criar?
12 liberalzinho ARTE PARA ´ ESPECIAL<br />
TEMPO DO RELÓGIO DAS NOSSAS AVÓS<br />
Escultura de linha e agulha<br />
As s esculturas não precisam necesneces- sariamente representar uma figura,<br />
uma pessoa. Elas podem ser<br />
apenas construções abstratas, que têm o<br />
valor de apresentar uma forma, uma cor,<br />
um plano, um volume, um tamanho. A<br />
obra da Carolina Ponte que é uma artista<br />
que nasceu na Salvador-Ba em 1981, é<br />
um excelente exemplo disso.<br />
Aqui a artista criou desenhos e<br />
esculturas moles que vai nos fazer<br />
lembrar um tempo que estava quase<br />
perdido: a duração que se vivencia<br />
na atividade de fazer crochê.<br />
Para nós que vivemos no tempo das<br />
mensagens instantâneas em banda larga<br />
no celular, em rede social, é um alívio<br />
lembrar que o tempo pode assumir outras<br />
formas menos corridos e passar devagar,<br />
nos possibilitando construir nós entrelaçados,<br />
com agulhas e linhas coloridas.<br />
Como a artista<br />
constrói as esculturas?<br />
As esculturas moles de Carolina nascem<br />
de nós de agulhas de crochê, misturando<br />
formas planas e tubos tridimensionais, isso<br />
é passar a forma para três dimensões: altura,<br />
largura e profundidade. O espaço onde<br />
a gente desenha em uma folha de papel só<br />
tem duas dimensões, chamamos de bidimensional<br />
porque só tem o comprimento<br />
e a largura. O espaço em que você e as<br />
coisas vivem tem três dimensões: comprimento,<br />
altura e largura, observem sua casa.<br />
A Carolina descobriu que podia fazer isso<br />
com os tubos que pendem do teto.<br />
Como é o desenho na<br />
obra da Carolina?<br />
Os desenhos exibem figuras concêntricas<br />
que têm o objetivo de atrair a nossa<br />
atenção para o objeto, ao mesmo tempo em<br />
que nos coloca em contato com o círculo,<br />
e o crochê geralmente é feito em círculos<br />
feitos de minúsculas unidades, como os<br />
pontos que se desprendem da agulha.<br />
Sem título,<br />
Carolina Ponte,<br />
exposta no Museu<br />
do do Estado do Pará<br />
Quando são coloridos, esses desenhos<br />
começam como manchas de tinta acrílica<br />
sobre papel. No fundo da figura Carolina<br />
sobrepõe linhas feitas com caneta preta,<br />
que vão desenhanhando as correntinhas<br />
os pontos cruzados, o zig-zag, criando uma<br />
teia ornada com vários padrões.<br />
O que a artista quer<br />
falar através da arte?<br />
Quer integrar valores básicos, como<br />
apreço a modos de vida simples e mais<br />
integrados com a natureza, a um refinado<br />
senso estético quando usa cor, forma, linha<br />
e valorização da boa produção artística.<br />
Quer também integrar porque o ornamento<br />
lembra as culturas indígenas (por várias<br />
épocas) que fazem seus ornamentos com<br />
cores, linhas, tessituras, formas. Lembra<br />
também as mulheres bordadeiras, lembra<br />
também o tempo do relógio de nossas<br />
avós que passam horas fazendo crochês.<br />
Integra a high-art e low-art, porque isso é<br />
coisa do passado, artistas como Beatriz<br />
Milhazes e Cris Ofili trouxeram o acervo do<br />
ornamento para as mais importantes instituições<br />
de arte e galerias do mundo. A obra<br />
de Carolina atua como num crochê que se<br />
faz alternando o ponto, alternado o tempo e<br />
está exposta no Museu Histórico do Estado<br />
do Pará-MHEP.<br />
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong><br />
Beatriz Ferreira Milhazes: nasceu no Rio de Janeiro RJ 1960.<br />
Pintora, gravadora, ilustradora, professora. Formada em comunicação social<br />
pela Faculdade Hélio Alonso, no Rio de Janeiro em 1981, inicia-se em<br />
artes plásticas ao ingressar na Escola de Artes Visuais do Parque Lage -<br />
EAV/Parque Lage em 1980, onde mais tarde leciona e coordena atividades<br />
culturais. Sua obra faz referências ao barroco, à obra de Tarsila do Amaral<br />
(1886-1973) e Burle Marx (1909-1994), a padrões ornamentais e à art deco,<br />
entre outras. Entre 1997 e 1998, é artista visitante em várias universidades<br />
dos Estados Unidos. A partir dos anos 1990, destaca-se em mostras internacionais<br />
nos Estados Unidos e Europa e integra acervos de museus como o<br />
MoMa, Guggenheim e Metropolitan em Nova York.
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong><br />
BREVES INSTANTES DE SENTIMENTOS<br />
Faces gloriosas<br />
São aquelas que vivem atitudes ligeiras, porque<br />
não duram mais que breve instante de sentimentos<br />
alterados entre a alegria e tristeza, o entusiasmo e a<br />
retração, são opostos, mas não são uma coisa nem<br />
outra, mas tudo ao mesmo tempo.<br />
São faces que vivem momentos gloriosos de alegria<br />
exagerada, mas também de tristeza profunda, é<br />
como viver uma conseqüência.<br />
O artista Arthur Omar estuda esses sentimentos<br />
e junto com eles, a realidade brasileira.<br />
A fotografia é o meio que ele fala desse assunto<br />
interessante.<br />
Nessa galeria de retratos do artista, podemos<br />
contemplar nossos ancestrais, nossa cultura.<br />
Através da fotografia, Arthur registra faces expressivas,<br />
pulsantes. O olho, a boca, o gesto, tudo tem<br />
movimento tem vida.<br />
A imagem parece mover-se diante de nossos<br />
olhos e com certeza nos faz também ter outras<br />
faces, agora de encantamento diante de tamanha<br />
percepção, conhecimento e sensibilidade do artista.<br />
A série Antropologia da Face Gloriosa de Arthur<br />
Omar está exposta no Museu de Arte Sacra – Galeria<br />
Fidanza.<br />
ESPECIAL ARTE PARA ´<br />
liberalzinho 1
14 liberalzinho ARTE PARA ´ ESPECIAL<br />
c<br />
CRIATIVIDADES<br />
labirinto<br />
Mulher colhendo fl ores<br />
Rodrigo Freitas pintou paisagens<br />
de inverno utilizando uma técnica<br />
chamada têmpera s/papel. Esta<br />
mulher elegante, linda! Está<br />
colhendo fl ores tão delicadas. Ao<br />
voltar para casa, começou a ventar<br />
fortemente e ela teve de correr.<br />
Sua cesta de fl ores, porém, ela<br />
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong><br />
perdeu.<br />
Ajude a mulher elegante a<br />
encontrar o cesto de fl ores para<br />
poder enfeitar a mesa do jantar.<br />
“Paisagens de<br />
inverno”, Rodrigo<br />
Freitas, exposta<br />
no MUFPA
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong><br />
c<br />
CRIATIVIDADES<br />
silhueta<br />
A contorcionista<br />
A prática do contorcionismo é<br />
tipicamente desempenhada em<br />
circos, e constitui um número<br />
de espetáculo amplamente<br />
“A Liberdade está em nem<br />
sempre poder voar”, Letícia<br />
Rita, exposta no MHEP<br />
reconhecido e admirado em todo o<br />
mundo. A artista Letícia Rita gosta<br />
de desenhar corpos executando<br />
esta prática. Esta contorcionista<br />
ESPECIAL ARTE PARA liberalzinho 15<br />
´<br />
de Letícia fl utua no ar, como se<br />
estivessem voando.<br />
Descubra qual dessas silhuetas é<br />
a da contorcionista do quadro.<br />
Respostas
16 liberalzinho ARTE PARA ´ ESPECIAL<br />
BELÉM, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE <strong>2010</strong>