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CÂMARA MUNICIPAL DE GOUVEIA

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C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A<br />

- - - - ATA N.º 6/2012 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de Gouveia,<br />

realizada no dia vinte e seis de março de dois mil e doze.<br />

- - - - Aos vinte e seis dias do mês de março do ano de dois mil e doze, nesta<br />

cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Sala das Reuniões, pelas<br />

quinze horas e trinta minutos, reuniu ordinariamente a Câmara Municipal de<br />

Gouveia, estando presentes os Excelentíssimos Senhores, Álvaro dos Santos<br />

Amaro, Presidente, Armando José dos Santos Almeida, Joaquim Lourenço de<br />

Sousa, José Manuel Correia Santos Mota, Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto da<br />

Costa, Glória Cardoso Lourenço, Luís Manuel Tadeu Marques, Vereadores,<br />

comigo Alice Oliveira Ferrão, Chefe da Divisão de Finanças, Património e<br />

Aprovisionamento.<br />

- - - - Verificando-se que a Câmara estava reunida em número legal suficiente<br />

para deliberar, pelo Senhor Presidente foi declarada aberta a reunião.<br />

- - - - 1. APROVAÇÃO <strong>DE</strong> ATAS:- Usou da palavra o Senhor Vereador Armando<br />

Almeida referindo, relativamente à Ata n.º 5/2012 e mais propriamente ao Ponto<br />

5.1), que estiveram a ouvir a gravação e não se ouve que a deliberação tenha<br />

sido “aprovada em minuta”. Aparece mencionado na Ata, mas não foi assinada<br />

qualquer minuta. Pensa que, para resolver esta questão, a ata tem que ser<br />

retificada pois, como está elaborada, não está de acordo com o que foi dito na<br />

reunião.<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que nem sempre é feita essa<br />

menção, pois ao que sabe, é um ato administrativo. Sempre que uma questão é<br />

considerada urgente ou é importante que se acelere a sua execução, faz-se uma<br />

minuta da deliberação, que é assinada pelo Presidente da Câmara e pela Chefe<br />

de Divisão, tal como aconteceu neste caso.<br />

Já é uma prática de longa data, que a Lei permite, que agiliza os processos, sob<br />

pena de terem de esperar 15 dias, pela aprovação da Ata. Assim, só há uma de<br />

duas, não há terceira. Ou os Senhores Vereadores consideram a deliberação<br />

aprovada em minuta para se dar sequência imediata ao assunto ou os Senhores<br />

Vereadores acham que não e só se dá andamento a partir de hoje.<br />

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Usou novamente da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida referindo que<br />

de acordo com o Regimento da Câmara Municipal, no art.º 21.º, n.º 5, “As<br />

deliberações da Câmara só adquirem eficácia, depois de aprovadas e assinadas<br />

as respetivas atas ou depois de assinadas as minutas, quando assim tenha sido<br />

deliberado.” Se assim foi deliberado e nós não ouvimos isso, só depois da Ata<br />

assinada é que surte efeito.<br />

Usou novamente da palavra o Senhor Presidente reiterando que se trata de um<br />

ato meramente administrativo. Com efeito, essa declaração não foi feita na<br />

reunião, pelo que ou os Senhores Vereadores concordam com essa introdução,<br />

face à importância de se acelerar o assunto e fica na ata, pois confessa que nem<br />

sequer se lembrou, nem foi alertado ou, então, aprova-se hoje.<br />

Interveio uma vez o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que não é uma<br />

questão de nós acharmos ou não, temos que chegar todos a acordo, porque<br />

várias vezes veio a reunião uma decisão que é aprovada em minuta e é assinada<br />

no momento. Agora se entendermos que esta decisão só é para aplicar após a<br />

assinatura da ata só tem efeito a partir de hoje.<br />

Respondeu o Senhor Presidente dizendo que não é assim, a minuta está aqui,<br />

tem a data de 12 de março de 2012 o qual já assinou juntamente com a Senhora<br />

Chefe de Divisão, porque as minutas das deliberações nunca cá vieram para<br />

serem assinadas. Assim, se quisermos atrasar o processo quinze dias, porque é o<br />

assunto que é, não há qualquer minuta e hoje é aprovada em ata. Se os<br />

Senhores Vereadores acham que devem, em nome daquilo que é a poupança do<br />

tempo, considerar a deliberação aprovada em minuta, entendendo a atitude como<br />

uma cooperação, porque na verdade não foi dito e como não foi dito,<br />

formalmente, os Senhores Vereadores têm toda a razão.<br />

Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço para contextualizar, no<br />

plano teórico, o que é minuta e retificação. Retificação é alterar um ato<br />

administrativo praticado anteriormente e aqui não é o caso. A questão da minuta<br />

da deliberação é tão só o conteúdo da proposta que se enviou na ordem de<br />

trabalhos.<br />

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Quem preside ao Órgão assina a minuta que é produzida nos Serviços e nunca<br />

vem à Câmara para ser assinada. Falhou, contudo, na última reunião a indicação<br />

de que aquela deliberação era aprovada em minuta.<br />

Por isso não vale a pena – continuou o Senhor Presidente – estar a discutir a<br />

questão técnico-administrativa. Já todos entendemos isso e os Senhores<br />

Vereadores já cá estão a tempo suficiente para perceber. De maneira que, como<br />

disse o Senhor Vereador Joaquim Lourenço e bem, as deliberações em minuta<br />

não são para acrescentar coisa alguma, são para dizer que aquele assunto que<br />

foi aprovado na reunião, irá ter eficácia imediata.<br />

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida referindo que o que está<br />

em causa é a ata e a redação da Ata. O que entendem é que os documentos só<br />

produzem efeitos após a assinatura, que é o que está no Regimento. Mas, faça-<br />

se como o Senhor Presidente entender que é para não os acusarem de que não<br />

há cooperação. Se é mais rápido ficar como está, que fique.<br />

Posto isto, procedeu-se à leitura da ata n.º 5/2012, tendo sido a mesma aprovada,<br />

por unanimidade.<br />

2. PERÍODO ANTES DA OR<strong>DE</strong>M DO DIA<br />

3. INFORMAÇÕES<br />

3.1) INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESI<strong>DE</strong>NTE<br />

- - - - 3.1.1) <strong>DE</strong>SLOCAÇÃO AOS ESTADO UNIDOS DA AMÉRICA:- Informou<br />

que, amanhã, juntamente com o Senhores Presidentes das Câmaras Municipais<br />

de Seia e de Fornos de Algodres, no âmbito da Comunidade Intermunicipal da<br />

Serra da Estrela, bem assim como outros, partem para os Estados Unidos da<br />

América, durante 4 ou 5 dias, sem quaisquer encargos para o Município.<br />

3.2) INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR ARMANDO ALMEIDA<br />

- - - - 3.2.1) ATRIBUIÇÃO DOS LOTES DA ZONA INDUSTRIAL <strong>DE</strong> <strong>GOUVEIA</strong>:-<br />

Em relação à atribuição dos Lotes na Zona Industrial de Gouveia, na última<br />

reunião, solicitou que lhe fosse entregue, na presente reunião de Câmara, cópia<br />

do documento que prova a entrega das duas candidaturas, das duas instituições<br />

nos serviços.<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente lembrando-se que, de facto, o Senhor<br />

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Vereador falou nisso, pedindo então que lhe façam chegar esse documento.<br />

- - - - 3.2.2) INFORMAÇÃO RELATIVA À DIVIDA DO MUNICÍPIO: Pretendiam<br />

ter conhecimento, de forma descriminada, se possível, da dívida enviada à<br />

Inspeção Geral de Finanças, que as Autarquias tiveram que enviar, por força do<br />

ofício enviado pelo Governo.<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que falariam desse assunto na<br />

próxima reunião de Câmara.<br />

- - - - 3.2.3) CRUZAMENTO <strong>DE</strong> NESPEREIRA/E.N.232:- Uma vez mais e pensa<br />

que já é a segunda vez que aborda o assunto relacionado com o Cruzamento de<br />

Nespereira/E.N. 232 que considera muito perigoso para quem vem de Nespereira<br />

para a Estrada Nacional 232. Assim, pretendia saber se a Câmara pensa tomar<br />

alguma medida ou alterar alguma coisa naquele cruzamento.<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que a informação que deu na<br />

Assembleia Municipal, é que estaria a ser tecnicamente estudado a ver se se<br />

fazia lá alguma melhoria. Convinha, de facto, verem essa situação, sem ter que<br />

se fazer um grande investimento, para evitar que haja, naturalmente, acidentes e<br />

por isso pedia ao Senhor Chefe de Divisão, Eng.º António Mendes, que fizesse<br />

uma análise, tão breve quanto possível, do problema.<br />

Devidamente autorizado usou da palavra o Senhor Chefe de Divisão, Eng.º<br />

António Mendes informando que logo após a reunião em que o Senhor Vereador<br />

Armando Almeida referiu o assunto, os Serviços deslocaram-se ao local e<br />

procederam ao reajustamento do automatismo no sentido de reduzir a<br />

temporização do amarelo para o vermelho. Caso se considere necessário pode<br />

voltar a reafinar-se o equipamento.<br />

Usou ainda da palavra o Senhor Vereador Luís Tadeu dizendo que a questão que<br />

o Senhor Vereador Armando Almeida coloca não tem tanto a ver com a<br />

temporização dos semáforos que lá estão, mas com a entrada dos veículos que<br />

vêm sobretudo de Nespereira, na estrada principal. A solução seria colocar,<br />

eventualmente, semáforos de um lado e do outro.<br />

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Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que isso não, mas vamos pois<br />

estudar o assunto e não vale a pena, nós, os políticos, estarmos a opinar, antes<br />

convém ser estudado pelos Técnicos e depois ver o que podemos decidir.<br />

- - - - 3.2.4) AVALIAÇÃO DO <strong>DE</strong>SEMPENHO DOS FUNCIONÁRIOS DO<br />

MUNICÍPIO:- Relativamente à avaliação do desempenho dos funcionários do<br />

Município, a mesma terá que ser homologada até final do mês de Março, pelo que<br />

pretendiam saber, após homologação, se cumprem as quotas e quantas menções<br />

relevantes foram atribuídas.<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que não vai, concerteza, ocorrer<br />

até final de Março, mas sabe que está num processo, espera que acelerado,<br />

dessa avaliação e consequente homologação.<br />

- - - - 3.2.5) PROPOSTA <strong>DE</strong> ATRIBUIÇÃO DOS LOTES NA ZONA INDUSTRIAL<br />

<strong>DE</strong> <strong>GOUVEIA</strong>:- Em relação à proposta de atribuição dos Lotes na Zona Industrial<br />

de Gouveia pretendiam ser esclarecidos, também, se a proposta que foi votada<br />

em reunião de Câmara era a proposta da Comissão Técnica ou era a proposta<br />

apresentada pelos Senhores Vereadores do PSD. E saber ainda quem é que fez<br />

a análise processual, neste caso, se foi a Comissão, ou se foi uma proposta dos<br />

Vereadores do PSD, isto é, quem fez a análise, se foi o Júri do concurso ou se foi<br />

a Comissão Técnica.<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que é óbvio que as análises são<br />

da Comissão Técnica e não dos Vereadores do PSD, sendo que os eleitos do<br />

PSD na Câmara se revêm naquilo que é um trabalho tecnicamente correto e daí<br />

terem feito a proposta formal de atribuição dos Lotes.<br />

3.3) INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR JOSÉ SANTOS MOTA<br />

- - - - 3.3.1) RUA DR. EDMUNDO MESQUITA:- Pretendia saber qual o ponto de<br />

situação relativamente à iluminação na Rua Dr. Edmundo Mesquita.<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que já foi solicitado o orçamento à<br />

EDP.<br />

- - - - 3.3.2) PLANO <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DE</strong> EMERGÊNCIA PROTECÇÃO CIVIL:-<br />

Gostaria, ainda, de ser informado sobre o ponto de situação em que se encontra o<br />

Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil.<br />

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Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que é difícil definir um Plano de<br />

Emergência, a não ser nas bases gerais que é aquilo que consta do nosso Plano<br />

de Protecção Civil, mas pode haver aqui alguma informação mais, de que não<br />

dispõe.<br />

Retomou a palavra o Senhor Vereador José Santos Mota referindo que é de<br />

opinião de que, o Plano de Emergência de Protecção Civil, deveria ter vindo a<br />

reunião de Câmara. O Senhor Presidente assinou um aviso, em 11 de março de<br />

2011, pondo em consulta pública e o Senhor Presidente sabe que, este tipo de<br />

Plano, é da responsabilidade do Município, da Câmara e portanto esse<br />

documento não veio a qualquer reunião de Câmara e teria que vir.<br />

O que diz a Lei - continuou o Senhor Vereador José Santos Mota – é que “os<br />

Planos de Emergência de Âmbito Municipal são elaborados pela Câmara<br />

Municipal” e não tem conhecimento de qualquer Plano de Emergência.<br />

Nesse caso – respondeu o Senhor Presidente – far-lhe-á chegar o documento.<br />

Retorquiu o Senhor Vereador dizendo que não se trata de mandar o documento,<br />

mas do cumprimento de um formalismo legal, pois deveria ter vindo à Câmara,<br />

para se pronunciarem sobre esse documento e não veio. Não sabe se isto é um<br />

ato que foi tomado e que pode estar ferido de ilegalidade, pois não passou pelo<br />

Órgão que o deveria ter aprovado.<br />

Interveio novamente o Senhor Presidente dizendo, que o Senhor Vereador até<br />

pode ter razão no que está a dizer, mas declara-se incompetente em razão da<br />

matéria. Não sabe se teriamos que trazer ou se, juridicamente, essa questão da<br />

Câmara, funciona com os poderes delegados. Neste momento, não sabe e não<br />

está em condições de dizer.<br />

Interrompeu o Senhor Vereador José Santos Mota perguntando quem é que<br />

aprova este tipo de Planos? Todos os Planos? Passam primeiro pela Câmara e<br />

depois poderão ir, ou não, à Assembleia Municipal.<br />

Usou novamente da palavra o Senhor Presidente dizendo, uma vez mais, que não<br />

está preparado, para lhe dizer se cometemos um ato que pode estar ferido de<br />

nulidade, ou não. Teremos que ir analisar se, juridicamente, aquilo que o Senhor<br />

Vereador leu na Lei, de que é a Câmara como Órgão, ou se é o Presidente da<br />

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Câmara, em representação da Câmara, pois como sabe há muitas situações em<br />

que o legislador fala da Câmara e depois há outras Leis.<br />

Esta matéria não é uma competência do Presidente da Câmara. – Reafirmou o<br />

Senhor Vereador José Santos Mota.<br />

Não está preparado para lhe responder, é um direito que lhe assiste, como não<br />

está em condições de esgrimir argumentos contra. – Disse o Senhor Presidente.<br />

O que fica é, naturalmente, o alerta e irá verificar. Nós não somos infalíveis<br />

podemos ter errado, neste caso, na forma mais do que certamente na substância.<br />

Se não houver outra legislação de valor igual ou superior a essa – neste momento<br />

interrompeu o Senhor Vereador José Santos Mota informando que se trata da Lei<br />

27/2006 e Resolução 25/2008 - o Senhor Vereador já fez um bom papel em<br />

alertar. Mais do que isso não lhe sabe dizer.<br />

Usou ainda da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que o<br />

Senhor Presidente assina um aviso, em que põe em discussão pública um<br />

documento, em que diz que ouviu a Comissão Municipal de Protecção Civil e não<br />

faz aprovar este documento pela Câmara.<br />

Para o Senhor Vereador é estranho. Como Vereador competia-me alertar para<br />

este assunto e foi isso que fez.<br />

Para concluir o assunto, o Senhor Presidente referiu, ainda, que agradece o<br />

alerta, reiterando uma vez mais que não está em condições de dar qualquer outra<br />

informação.<br />

4. EXPEDIENTE<br />

- - - - Não se analisou expediente na presente reunião.<br />

5. <strong>DE</strong>LIBERAÇÕES<br />

- - - - 5.1) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DA 1.ª REVISÃO AO<br />

ORÇAMENTO DA <strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>GOUVEIA</strong> DO ANO <strong>DE</strong> 2012:-<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que esta é a Revisão que, de<br />

maneira alguma, quereria fazer, porque nada revê a não ser uma correção<br />

sugerida pelo Tribunal de Contas, em matéria de classificação orçamental.<br />

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida referindo que o Senhor<br />

Presidente certamente se deve recordar da celeuma que deu quando discutiram<br />

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aqui este assunto, a tal “farsa”, pois entendiam que não devia ter sido classificada<br />

da maneira que foi. Como sabia que isto tinha sido uma decisão do Tribunal de<br />

Contas pediu a documentação relacionado com esta Revisão Orçamental, que só<br />

lhe foi entregue hoje, antes da reunião. Como sabe, diz o Regimento, que<br />

“juntamente com a ordem do dia devem ser disponibilizados todos os documentos<br />

que habilitem os Vereadores a participarem na discussão nas matérias dela<br />

constantes.”<br />

Não é a primeira vez que isto acontece, que solicita em tempo e só lho entregam<br />

tardiamente - segundo pensa encontra-se incompleto, deve ter mais alguma coisa<br />

- ao que lhe foi de imediato dito que era só aquela folha. O que entende é que,<br />

para discutirmos este assunto, deveriam ter tido tempo. Já o protocolo foi a<br />

mesma coisa, em cima da hora, se tivessem tido tempo, se calhar, até tinham<br />

alertado para esta situação. Na altura diziam que as verbas deviam ter sido<br />

inscritas como no ano anterior e a transferência era automática para a DLCG e<br />

deixavam de aplicar aquele termo de “farsa”.<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente esclarecendo, para que o Senhor Vereador<br />

não invoque discussões ou atas anteriores, pode fazê-lo, mas esta Revisão<br />

Orçamental só vem aqui com a sua anuência apenas por uma questão de não<br />

perdermos tempo em discussões, como já tivemos com o Tribunal de Contas, em<br />

que ganhámos um recurso no Plenário do Tribunal de Contas. Como o Senhor<br />

Vereador deve ter lido refere assim “Elucide, por referência à informação de<br />

cobertura orçamental, por que razão considerou a comparticipação financeira<br />

como uma transferência corrente, já que a empresa municipal fica adstrita de<br />

contraprestações efetivas, ponderando classificá-la como um subsídio”. O<br />

Tribunal de Contas diz “ponderar” e a ele nem sequer lhe apetecia “ponderar”.<br />

Mas há uma questão que é chegarmos a uma altura que, para transferirmos<br />

dinheiro para a empresa, temos que ter o contrato visado e não quer, nesta altura,<br />

atrasar o processo. Entende que fazer mais uma revisão ou alterar a<br />

classificação, não tem qualquer importância em termos de gestão, nem em<br />

termos políticos e não tem relevância alguma em termos orçamentais. É mera<br />

burocracia. E por mera burocracia aqui está a revisão orçamental apenas para<br />

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não termos amanhã de nos travarmos de boas razões com o Tribunal de Contas,<br />

de justificação para cá e justificação para lá.<br />

Se o Tribunal de Contas - continuou - quer que a gente pondere, então<br />

ponderamos e alteramos a classificação, mas para isso tem que se rever o<br />

Orçamento, porque aquela rubrica não estava criada. Nada mais do que isto. Nós<br />

classificamos desta maneira, mas o Tribunal de Contas diz que devemos<br />

ponderar, sem nos obrigar a mudar. Uma de duas, ou nós vamos para a<br />

ponderação e dizemos que temos boas razões, a Senhora Chefe de Divisão de<br />

Finanças, Dra. Alice Ferrão quando assim a classificou não foi porque lhe<br />

apeteceu. Houve razões e pareceres para tal.<br />

De seguida perguntou ao Senhor Vereador Joaquim Lourenço se pretendia<br />

acrescentar mais alguma coisa.<br />

Interrompeu o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que não sabia se<br />

podia intervir neste debate, relembrando a ata em que se discutiu o Orçamento da<br />

DLCG em que o Senhor Vereador Joaquim Lourenço disse “como pessoa<br />

envolvida porque participei na elaboração dos documentos da empresa ouvir dizer<br />

que é uma farsa (…)” ou seja, estava a fazer uma intervenção que não podia<br />

acontecer e ficou em ata e, por isso, o Senhor Vereador José Santos Mota<br />

também poderia ter estado presente aquando da discussão da atribuição dos<br />

lotes da Zona Industrial de Gouveia, pelo que chegam à conclusão que o<br />

procedimento é diferente. Posto isto, solicitou que a proposta fosse retirada, pois<br />

os documentos não foram entregues com o devido tempo.<br />

Retomou a palavra o Senhor Presidente dizendo que não retiraria a proposta e,<br />

por isso, pediu aos Senhores Vereadores, no sentido da cooperação e em nome<br />

do Município, para dizerem qual era o sentido de voto.<br />

Usou ainda da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço referindo em,<br />

primeiro lugar, que o Senhor Vereador tem que especificar que documentos é que<br />

lhe solicitou durante a semana e que não lhe fez chegar. Em segundo lugar<br />

relativamente à empresa, é o Presidente do Conselho de Administração da<br />

Empresa, nomeado por esta Câmara e quando participa aqui neste Órgão, como<br />

sempre foi hábito, é nos termos estritos em que o Senhor Presidente autoriza ou<br />

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pede esclarecimentos ao Conselho de Administração. E não vamos confundir<br />

uma empresa externa com uma empresa do domínio municipal de capital<br />

totalmente municipal e nomeado pela Câmara. Não vamos misturar as coisas.<br />

Usou novamente da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota referindo que,<br />

de facto, foi ler a ata em que este documento foi aprovado e o Senhor Presidente<br />

diz que é só uma questão de rubricas, mas de facto não é só isso que está em<br />

causa. Não é dinheiro transferido daqui para ali, mas sim uma questão de<br />

transparência. Transparência de sabermos claramente aquilo que uma entidade,<br />

uma empresa mesmo que municipal gere ou não gere. Voltou a ler a ata, porque<br />

acha que aquela ata é uma relíquia e ao lê-la e passou a citar, dizia o Senhor<br />

Vereador José Santos Mota relativamente ao orçamento da DLCG “(…) este<br />

documento é perfeitamente uma farsa (…)” e dizia mais “(…) não uma farsa no<br />

sentido de ele estar mal construído, é uma farsa no sentido de tentar encobrir<br />

receitas quando elas veem todas do mesmo sítio, na sua grande maioria do<br />

Município. Foi só isto que disse e sabe qual foi a resposta do Senhor Presidente,<br />

um chorrido de provocações: “fazer figuras tristes”, “é uma brincadeira”, “farsa é o<br />

que o Senhor aqui fez”, “o Senhor não é intelectualmente honesto”, “o Senhor não<br />

tem intelectualmente a capacidade de analisar e a humildade de perguntar”. Tudo<br />

isto, disse o Senhor Presidente acerca de uma frase destas. Foi só uma frase.<br />

Tudo isto só porque disse isto, porque para nós o que estava em causa era a<br />

transparência, porque os pagamentos que tinham sido feitos nos anos anteriores,<br />

eram-no com a forma de subsídios ao funcionamento de uma empresa. Depois,<br />

foi inventada uma nova designação que era “Serviços Autónomos da<br />

Administração Local”, que ele próprio, naquela reunião, só conseguiu<br />

desmistificar, relacionando os montantes que estavam na DLCG com os<br />

montantes que estavam no Orçamento da Câmara. Não vale a pena inventarmos<br />

receitas onde elas não existem, se são subsídios, são subsídios, se são receitas<br />

são receitas. Agora parece-me completamente despropositado aquilo que foi dito<br />

só porque se falou em “farsa”.<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que não pretende discutir mais<br />

com os Senhores Vereadores do Partido Socialista, acerca de finanças públicas.<br />

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Os Senhores Vereadores têm as vossas conceções, têm direito a elas, ele tem as<br />

suas, todos nós, uns mais do que outros, estudamos essa disciplina, uns sabem<br />

de uma maneira, outros sabem de outras, agora o que nunca pode aceitar e daí a<br />

história das “farsas” e “meias farsas”, porque isso violenta quer a sua consciência<br />

técnica, académica e, naturalmente, política e a dos Senhores Vereadores que o<br />

acompanham. Daí a justificação daquilo que o Senhor Vereador leu na ata,<br />

porque isso também põe em causa a competência técnica das pessoas, porque<br />

nem ele, nem o Senhor Vereador Joaquim Lourenço, disseram à Senhora Chefe<br />

de Divisão “olhe a Senhora tem que pôr esta classificação que é por causa de não<br />

sermos tão transparentes”. Isso é que não aceita, porque isso violenta a sua<br />

consciência técnica, académica, política, ainda por cima para quem aprendeu e<br />

teve até a humildade de dar umas aulas de finanças públicas.<br />

De maneira que, como disse, não vai entrar neste tipo de discussão. Isto é a<br />

ponderação que o Tribunal de Contas nos pede e foi na ponderação não técnica,<br />

porque aí temos bons argumentos para ripostar, mas achamos que, por uma<br />

questão de pragmatismo, porque precisamos naturalmente de obter o Visto,<br />

aceitou, como disse um pouco a contragosto, trazer aqui uma revisão ao<br />

orçamento.<br />

Devidamente autorizada usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão, Dra. Alice<br />

Ferrão, esclarecendo que não foi só da sua parte que partiu a atribuição desta<br />

classificação orçamental, andou em várias reuniões e a própria CCDRC tem este<br />

entendimento de os pagamentos, à DLCG, deverem ser feitos através de<br />

transferências correntes.<br />

Interrompeu o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que o Tribunal de<br />

Contas não tem esse entendimento.<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que o Tribunal de Contas, quando<br />

muito, diz ao Município para ponderar e isso não é imposição.<br />

Há aqui dois planos muitos distintos: o primeiro, invocando esse passado de<br />

relíquia, dizer-lhe que o que o fere na sua condição técnica, académia e política e<br />

que o feriu, é dar a ideia de que ele está aqui ou o Senhor Vereador Joaquim<br />

Lourenço a darem ordens aos técnicos como se eles não tivessem a sua<br />

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autonomia e conhecimentos e dizer “vamos fazer isso porque assim é menos<br />

transparente”.<br />

Interrompeu o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que aqui ninguém está<br />

a ferir quem quer que seja.<br />

Quanto ao segundo ponto – retomou a palavra o Senhor Presidente – prende-se<br />

com a razão porque aqui trazemos a Revisão é para não alimentar polémica e<br />

tudo se passou como a Senhora Chefe de Divisão acabou de explicar. Mas nós<br />

tínhamos a possibilidade de rebater isso, contudo em nome do pragmatismo<br />

vamos corrigir a classificação e assim responder ao Tribunal de Contas.<br />

Interveio uma vez mais o Senhor Vereador Joaquim Lourenço dizendo que esteve<br />

presente num colóquio, com mais 300 pessoas, onde estava o anterior Secretário<br />

de Estado dos Assuntos Fiscais, do anterior Governo, e foi ele próprio, do púlpito,<br />

que lhes disse que as Câmaras Municipais devem deixar de transferir para as<br />

suas empresas municipais, a títulos de subsídios e passar a ser através de<br />

indeminizações compensatórias. E ele sustentou o porquê. A CCDRC tem a<br />

mesma opinião e foi nesse princípio que classificamos esta despesa que nada<br />

tem a ver com os investimentos. Agora vem o Tribunal de Contas indicar um<br />

caminho diferente, podemos ir contra o Tribunal de Contas e alegar uma série de<br />

razões, mas parece-lhe que não seria conveniente, nesta fase, travar um “braço<br />

de ferro” com o Tribunal de Contas e é só por isso que se fez esta Revisão<br />

Orçamental.<br />

Interveio novamente o Senhor Vereador Armando Almeida, concordando com o<br />

que o Senhor Presidente disse inicialmente e, em relação ao teor do solicitado<br />

pelo Tribunal de Contas, como o Senhor Presidente disse, só mudamos se<br />

quisermos, se calhar a classificação nem está mal, a inscrição no orçamento se<br />

calhar nem está mal. Compreenderam isso. Agora os Senhores Vereadores<br />

eleitos pelo Partido Socialista, estão feridos e ofendidos pelas várias<br />

classificações que lhes deu nessa reunião e afinal tinham alguma razão quando<br />

levantaram a dúvida. Por isso é intenção dos Senhores Vereadores absterem-se<br />

na votação desta proposta.<br />

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Deliberou a Câmara, por maioria, com três abstenções por parte dos Senhores<br />

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com quatro votos a favor por parte do<br />

Senhor Presidente da Câmara e dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido<br />

Social Democrata e em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de acordo<br />

com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redação<br />

que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, proceder à<br />

aprovação da “1.ª Revisão ao Orçamento da Câmara Municipal de Gouveia do<br />

ano de 2012”, nos termos do documento que se encontra anexo à presente ata e<br />

dela fica a fazer parte integrante.<br />

Mais se deliberou submeter a presente Revisão à aprovação por parte da<br />

Assembleia Municipal, nos termos da alínea c) n.º 2 do art.º 64.º conjugado com a<br />

alínea b) do n.º 2 do art.º 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com a<br />

redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro.<br />

- - - - 5.2) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA <strong>DE</strong> ALTERAÇÃO À<br />

TABELA <strong>DE</strong> TAXAS, TARIFAS E <strong>DE</strong>MAIS RECEITAS DO MUNICÍPIO <strong>DE</strong><br />

<strong>GOUVEIA</strong> PARA O ANO <strong>DE</strong> 2012:- Usou da palavra o Senhor Vereador<br />

Armando Almeida referindo que em relação às taxas, tudo o que traz aumentos,<br />

não são favoráveis.<br />

Interrompeu o Senhor Presidente dizendo que é o mesmo Regulamento que veio<br />

à reunião de Câmara de 12 de dezembro de 2011, pelo que, provavelmente,<br />

manterão o mesmo voto.<br />

Retomou a palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que sabem<br />

que é o mesmo que veio aqui para discussão pública, mas volta a referir que, ao<br />

nível de águas e esgotos, disponibilidade de esgotos, verifica-se 79% e 11% de<br />

aumento. E, portanto, considera que os munícipes de Gouveia estão carregados<br />

de impostos autárquicos. E não há qualquer sensibilidade para isso. No ano de<br />

2003, referente ao ano de 2002, pagava de impostos autárquicos 83,39 euros e,<br />

neste momento, paga 234,00 euros. Está aqui um aumento de mais de 300% e<br />

isso deve-nos fazer pensar e quando aparecem aqui estes aumentos de 79% e<br />

11% temos que ter alguma preocupação. Se é para ajudar o Município, tem que<br />

exigir contrapartidas, como munícipe, para que as ruas estejam limpas e<br />

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arranjadas. Mas há muita gente que não tem possibilidades. É muito dinheiro já e<br />

quando vêm estes aumentos de 79% e 11% deve-nos fazer refletir e pensar.<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que são os resultados dos<br />

aumentos feitos pelo Governo que o Senhor Vereador Armando Almeida apoiou.<br />

Retomou a palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que o Senhor<br />

Presidente mistura o bem com o mal, o certo com o errado e depois aparece<br />

sempre uma desculpa favorável para o assunto. É o discurso do Senhor<br />

Presidente e depois tem estas saídas, de vez em quando, de que “a culpa é do<br />

seu Governo” se foram culpa do Governo do Partido Socialista e logo, por<br />

analogia, dos Vereadores do Partido Socialista, nós é que fomos os culpados<br />

desses aumentos.<br />

Retomou a palavra o Senhor Presidente dizendo que não disse isso, nem tem<br />

prazer que o Senhor Vereador pague mais.<br />

Interrompeu o Senhor Armando Almeida acrescentando que é proprietário de uma<br />

casa na cidade de Coimbra e paga muito menos lá do que em Gouveia. Se calhar<br />

é por isso que o Senhor Presidente reside em Coimbra, paga menos e a água é<br />

também muito mais barata.<br />

Usou novamente da palavra o Senhor Presidente dizendo que não só a água,<br />

mas também os lixos, fruto da ação dos últimos quinze anos do Governo, onde o<br />

PS esteve em quatro quintos do tempo e se daqui por quinze anos os Governos<br />

liderados pelo PSD fizerem o mesmo, onde ele estiver, lá estará para os criticar.<br />

Pode dar-lhe uns dados, para lhe demonstrar que, em matéria de água, o interior<br />

paga mais do dobro do que em Lisboa, efluentes o interior paga mais do dobro do<br />

que Cascais, em matéria de resíduos o interior paga mais do dobro do que<br />

Coimbra, citou estes três casos, Coimbra, Lisboa e Cascais, mais do dobro em<br />

matéria de água, efluentes e resíduos sólidos. Isto é fruto de uma política injusta,<br />

brutal e absurda para o Interior em geral do qual, naturalmente, Gouveia faz parte.<br />

A sua esperança é que haja alguma inversão desta trajetória injusta, brutal para<br />

os gouveenses e, naturalmente, para as pessoas do Interior. Não é com nenhum<br />

gosto, como Presidente da Câmara e nem está a dizer que o faz porque a culpa é<br />

de quatro quintos do Governo do Partido Socialista dos últimos quinze anos. Não.<br />

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Só está a constatar o facto do desequilíbrio estrutural que resulta dos últimos<br />

anos com culpa dos Governos liderados pelo Partido Socialista ou com a maior<br />

parte da culpa e se calhar anteriormente com culpa também dos Governos<br />

liderados pelo Partido Social Democrata, mas nestes casos em particular, dá-lhe<br />

os números certos e é de bradar aos céus. Mas como autarca não fica nada<br />

satisfeito por constatar isso e muito menos contente fica pelo facto de ter que os<br />

fazer repercutir em Gouveia. Pois então, se nós estamos num sistema em que a<br />

anterior Ministra do Ambiente, já tinha passado o primeiro trimestre do ano,<br />

definiu as taxas da água com efeitos retroativos, como é que os Municípios sejam<br />

de que Partido forem, não tinham que fazer repercutir isso nos munícipes.<br />

Tristemente é assim.<br />

Interveio novamente o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que o Senhor<br />

Presidente muitas vezes faz uma discussão académica e depois aplica a retórica<br />

para estas coisas. E quando vem com quarto quintos do Governo do Partido<br />

Socialista, queria perguntar-lhe, aqui, se foi num quinto dos Governos do PSD<br />

que houve todo o investimento no concelho de Gouveia, se foi nessa altura que<br />

houve esse investimento. Não foram os Governos do Partido Socialista<br />

certamente e não tem que os estar a defender porque sempre os criticou nesta<br />

matéria, mas não foram eles que aplicaram as taxas máximas aos impostos<br />

municipais, davam-lhe margem de manobra e o Senhor Presidente aplicou<br />

sempre a taxa máxima. Outra coisa, não foram os Governos do Partido Socialista<br />

que não obrigaram o Senhor Presidente a devolver parte do IRS aos munícipes,<br />

como uma vez fez. E se o fez uma vez, devia continuar a fazê-lo e aí não vê a tal<br />

linha direita, vê um “ziz zag” fortíssimo, para não dizer um grande desvio de<br />

comportamento. Só um ano aplicou a medida de devolução do IRS e depois<br />

nunca mais.<br />

Interrompeu o Senhor Presidente dizendo que depois da aplicação dessa medida<br />

estudou a sua aplicação e verificou-se que não teve qualquer importância.<br />

Os Vereadores do Partido Socialista – continuou o Senhor Vereador Armando<br />

Almeida – várias vezes trouxeram aqui a proposta de devolução do IRS aos<br />

munícipes e o Senhor Presidente nunca a aceitou.<br />

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“Já não era inovadora, nem a copiar são bons”. – Respondeu o Senhor<br />

Presidente. E para terminar, perguntou ao Senhor Vereador se sabia o que é que<br />

se realizou nesse 1/5 de tempo, mas é a história que o determina, são os<br />

documentos oficiais não é ele, são os documentos oficiais, como aliás foi<br />

reconhecido na inauguração: Nesse 1/5 do tempo, como os documentos oficiais<br />

dirão, quer para a abertura de concurso, quer para a consignação da obra, só não<br />

foi para a inauguração, foi a Variante de Gouveia, lançamento do concurso, era<br />

Secretário de Estado, José Luís Vieira de Castro, consignação da obra, Secretário<br />

de Estado Jorge Costa, são os dois atos que dão início de facto há decisão de<br />

uma obra, o Senhor Vereador bem sabe, mas ficamos só por aqui para não falar<br />

das outras, mas de facto esse 1/5 foi muito importante.<br />

Assim:<br />

“Em reunião de Câmara, realizada no dia 12 de dezembro de 2011, foi deliberado,<br />

por unanimidade, para efeitos do artigo 118.º do Código do Procedimento<br />

Administrativo (CPA), proceder à apreciação pública e recolha de sugestões<br />

relativamente à Alteração ao Regulamento Municipal de Taxas, Tarifas e Outras<br />

Receitas do Município de Gouveia para o ano de 2012.<br />

O processo podia ser consultado nas horas de expediente no Gabinete de<br />

Atendimento Municipal, bem como no sítio da Internet do Município, no prazo de<br />

30 dias úteis, a contar do dia 17 de janeiro de 2012.<br />

Decorrido que foi o prazo anteriormente referido, não houve qualquer sugestão ou<br />

reclamação apresentada nos respetivos serviços.<br />

Assim, delibera a Câmara, por maioria, com três abstenções por parte dos<br />

Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com quatro votos a favor<br />

por parte do Senhor Presidente da Câmara e dos Senhores Vereadores eleitos<br />

pelo Partido Social Democrata e em minuta de modo a produzir efeitos imediatos,<br />

de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a<br />

redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, proceder<br />

à aprovação da alteração ao Regulamento Municipal de Taxas, Tarifas e outras<br />

Receitas do Município de Gouveia para o ano de 2012.”<br />

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Mais se delibera submeter a presente proposta ao Órgão Deliberativo para<br />

aprovação, nos termos da alínea a) do n.º 2 do art.º 53.º da Lei n.º 169/99, de 18<br />

de Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11<br />

de Janeiro.<br />

- - - - 5.3) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DOS SENHORES<br />

VEREADORES ELEITOS PELO PARTIDO SOCIALISTA, RELATIVAMENTE À<br />

POUPANÇA NO CONSUMO <strong>DE</strong> ENERGIA ELÉCTRICA DA ILUMINAÇÃO<br />

PÚBLICA:- Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida referindo, para<br />

além das considerações que fazem em relação a esta proposta, que não<br />

conhecem e solicitaram um estudo ou um plano de aplicação desta medida em<br />

que o Senhor Presidente disse que não haveria lucros, mas sim poupança. Pediu<br />

a relação custo/benefício que tinha sido feita pelos serviços da Câmara. Nada<br />

receberam, mas esta medida foi aplicada, pensam eles sem o necessário e<br />

obrigatório debate em reunião de Câmara, sem ir à Assembleia Municipal - aí não<br />

sabe se teria que ir - e sem o consentimento das Juntas de Freguesia. Isto<br />

deveria ficar bem claro. O que nos foi transmitido é que houve uma reunião com<br />

Presidentes de Junta de Freguesia e foi-lhes dada a informação, como um facto<br />

consumado, mas podiam discutir em termos de horas do apagão, que a decisão<br />

era irreversível. Parece-lhe que foi isto que aconteceu. Aumentou a insegurança<br />

das pessoas e não é preciso nenhum estudo para verificar isso. Basta ver que a<br />

maior parte das pessoas se manifestam e o Senhor Vereador é um deles, que<br />

sentem insegurança porque não há referência nenhuma durante a noite. Voltamos<br />

ao tempo “do breu”, “do escuro”, “do buraco negro”. Aumentou a criminalidade,<br />

porquanto ainda, a semana passada, assaltaram a Igreja de S.Paio. Se vamos<br />

para as igrejas e capelas, qualquer dia nem os Santos escapam.<br />

A iluminação pública é um serviço público prestado pelo Município que é<br />

essencial e é pago por todos os gouveenses. Como tal, a tratar-se de poupança,<br />

há outras formas menos perniciosas, conforme estão a propor com esta proposta.<br />

E não é para fazerem finca pé, mas, por exemplo, um Vereador a menos, a tempo<br />

inteiro e outras coisas a que já se referiram.<br />

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Continuam a entender que essa proposta está ferida de ilegalidade porque devia<br />

ter vindo à reunião de Câmara, devia ter sido debatida e aprovada em reunião de<br />

Câmara. É bem claro o que refere a Lei 5-A/2002, de 11 de janeiro, no art.º 65,<br />

n.ºs 6 e 7, que a nível de energia tinha que ser debatido o assunto em reunião de<br />

Câmara. Daí a proposta por eles apresentada apontar na suspensão desta<br />

medida e para utilizarmos outras formas de colmatar esta despesa. Sabem que é<br />

uma despesa alta, grande para o Orçamento da Câmara, mas há outras formas,<br />

como nós apontamos na nossa proposta, de fora das zonas urbanas abdicar, por<br />

exemplo, da iluminação durante toda a noite. É uma sugestão que nós<br />

apresentamos.<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo quanto à questão da ilegalidade<br />

não saber quais são os consultores dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido<br />

Socialista, mas vão ter que lhes pedir que estudem um pouco mais e, por isso,<br />

não vai sequer discutir. Para si não tem nenhuma discussão. Quanto à<br />

elaboração do estudo, como teve a oportunidade de dizer não houve um estudo<br />

formal que nos permitisse aferir “ex-ante”, a não ser previsivelmente, a energia<br />

que iriamos poupar e, consequentemente, os Euros, embora a previsão<br />

apontasse, para recuperar pelo menos o aumento de 4,5% do preço de energia,<br />

mais 17% do acréscimo do IVA que se cifrará nos 110.000,00, 120.000,00 euros.<br />

Neste momento, continuam a não estar ainda em condições, pois não foi recebida<br />

a fatura detalhada da EDP e pensa que, no primeiro trimestre, dificilmente estará.<br />

Segundo ponto, em relação às Juntas de Freguesia, quando faz uma reunião,<br />

desde logo, com respeito para com os eleitos das Freguesias, não é apenas para<br />

lhes transmitir o que decidiu, é para discutir com eles aquilo que estudámos ou<br />

pensamos, especialmente quando está em causa uma medida que ninguém gosta<br />

de tomar.<br />

O Senhor Vereador já assistiu, na Assembleia Municipal, a um pequeno desvio,<br />

de uma tentativa, ainda assim com elegância, de um camarada seu, de que não<br />

foi consenso. Não é uma questão de consenso, pois não trouxe para votação,<br />

apenas apresentaram, para análise, o que pretendiam fazer. Na sessão da<br />

Assembleia Municipal, até houve um Presidente de Junta que pôs outra<br />

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alternativa. Nessa reunião não ouviu nenhum Presidente de Junta, nem um que<br />

fosse, de que partido fosse e sublinha isso com agrado, a levantar o braço e a<br />

dizer ao Presidente da Câmara, “olhe o que vai fazer é um disparate, é uma<br />

loucura”. Não ouviu nem um, o que enaltece face aos argumentos que<br />

apresentaram para apelar a essa compreensão. Lamentavelmente e tem que o<br />

dizer, que o Senhor Vereador Armando Almeida já, pela segunda ou terceira vez,<br />

volta a falar deste assunto, que não se gosta, também o disse e repetiu na<br />

Assembleia Municipal que iriam monitorizar a aplicação desta medida, pois não é<br />

uma medida que se toma com gosto, pelas razões que identificaram e que iriam<br />

no período do Verão suspendê-la ou atenuá-la, pelo menos. Por último e não<br />

menos importante não há ninguém a quem reconheça competência, no domínio<br />

da ciência criminal, que lhe permita que faça a ligação entre uma coisa e outra. E,<br />

infelizmente, já tivemos demonstrações no nosso concelho deste ou daquele<br />

assalto que não tem nada a ver com o facto de se desligar a iluminação pública<br />

entre as 02:30 horas e as 05:30 horas. De modo que, com toda a franqueza, há<br />

situações que na nossa vida de políticos, deveríamos resistir à demagogia.<br />

Tentar-se transportar para o exterior que isto é mau, além do mais aumenta a<br />

criminalidade, “o diabo seja cego, surdo e mudo”, se acontecer alguma situação<br />

às 02:40 horas, bom “Há qui del Rei”, porque está a iluminação pública desligada.<br />

Não tem nenhum sentido ou pelo menos não há uma relação direta, diz quem<br />

sabe.<br />

Mas de bradar mesmo aos céus é a vossa proposta, porque os Senhores<br />

Vereadores o que vêm propor e não consegue entender, é que para poupar se<br />

considere que há gouveenses de primeira e gouveenses de segunda.<br />

Interveio o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que isso é o que já está a<br />

acontecer hoje.<br />

Retomou a palavra o Senhor Presidente dizendo que não está a acontecer isso,<br />

pois desliga-se tudo das 02:30 horas às 05.30 horas, com a exceção dos centros<br />

da cidade de Gouveia e da Vila de Vila Nova de Tazem, a Zona Industrial de<br />

Gouveia e o Centro de Saúde de Gouveia, rigorosamente mais nada. Por isso,<br />

são todos de primeira. São tratados todos por igual, os ricos e os pobres. Os que<br />

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têm quintas, quintas mais ricas e quintas mais pobres. O que os Senhores vêm<br />

dizer é que fora das zonas urbanas, ou seja, onde estão os mais vulneráveis,<br />

porventura os mais necessitados, ou então onde estão alguns com mais<br />

capacidade financeira de pôr luz à porta, desliguem-na de noite. Acha isto uma<br />

coisa de uma insensibilidade social e uma brutalidade política. “Desligar toda a<br />

iluminação fora das zona urbanas e por período superior ao colocado agora em<br />

prática”, ou seja, em vez de três horas podem ser quatro, ou cinco, nas zonas<br />

rurais. Delimitamos uma zona e tudo o que sejam quintas ou caminhos de<br />

quintas, desligamos tudo, onde vivem pessoas com mais possibilidade financeira<br />

porque têm lá a sua quinta ou caminham para a sua quinta e podem pôr a sua<br />

iluminação de casa cá fora ou onde vive, de facto, gente muito mais<br />

desfavorecida. Isto é que são gouveenses de primeira e gouveenses de segunda<br />

e recusa-se completamente a isso. Volta a repetir, é uma medida que não<br />

gostamos, naturalmente, mas tal como muitos outros Municípios do País fizeram,<br />

teve que tomar esta decisão. Quem lhe dera, como Presidente da Câmara, não<br />

ter que repercutir as taxas que as Águas do Zêzere e Côa, aumentadas por<br />

despacho da Senhora Ministra do Ambiente, nos consumidores de Gouveia.<br />

Quem lhe dera, como Presidente da Câmara, não fazer este tipo de coisas<br />

quando a luz aumentou 4,5% e o Governo aumentou 17% no IVA. A nossa<br />

proposta tem em conta isso, a vossa proposta é uma proposta iníqua, nesse<br />

aspeto é uma iniquidade da repartição dos sacrifícios que estamos a pedir aos<br />

gouveenses e, como tal, terá o voto contra do Senhor Presidente e dos Senhores<br />

Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata.<br />

Usou novamente da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que<br />

não está neste momento em condições, pelos visto, de dizer quanto terão custado<br />

os relógios astronómicos, quanto custou a sua implementação, a sua aplicação-<br />

interrompeu o Senhor Presidente dizendo que isso pode ser informado na<br />

próxima reunião, pois já não vão comprar mais - não sabemos quanto é que fica –<br />

continuou o Senhor Vereador – não sabemos quanto é que se poupa, o que quer<br />

dizer que não fez o estudo, não houve planificação alguma.<br />

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Fechar uma quinta por três horas ou fechar a iluminação pública que dá acesso a<br />

essa quinta por mais horas, é uma proposta alternativa que o Senhor Presidente<br />

considera que é de uma insensibilidade tamanha. Em relação à criminalidade dá-<br />

lhe razão, não é nenhum estudioso, nem fez nenhum estudo se a criminalidade<br />

aumenta com o desligar da iluminação pública, agora uma coisa é certa, no<br />

nosso concelho, aumentou. Mas não foi por aí, o que diz aqui, é que aumentou a<br />

insegurança, falou com as pessoas, ele próprio se sente inseguro, insegurança é<br />

uma coisa, outra coisa é o aumento da criminalidade que não lhe pode provar.<br />

Interrompeu o Senhor Presidente dizendo que, em relação à insegurança, isso<br />

não é capaz de contestar, é evidente, mas o Senhor Vereador falou no aumento<br />

da criminalidade. “Assaltaram, infelizmente, a Igreja de S.Paio, porque desligaram<br />

a luz?”.<br />

Retomou a palavra o Senhor Vereador dizendo que o problema é que aumentou o<br />

número de furtos e o Senhor Presidente não consegue rebater isso. O Senhor<br />

Presidente pode dizer é assim “calma lá então agora o apagão é desculpa para<br />

tudo? Todos os assaltos que há é por causa do apagão?” Mas diz-lhe que se<br />

calhar até é.<br />

Isso é que é demagogia, é que não é politicamente sério fazer-se essa<br />

demagogia, mas fará como entender. – Interveio o Senhor Presidente.<br />

Continuou o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que gouveenses de<br />

primeira e gouveenses de segunda, é o que está a acontecer agora. Senão<br />

vamos todos viver para a Zona Industrial ou para Coimbra, o Senhor Presidente<br />

não sabe o que é viver sem iluminação, o Senhor Presidente lá não sente os<br />

efeitos disto. Não conhece a mesma situação nos concelhos vizinhos, é caso<br />

único. E há outras maneiras de poupar.<br />

Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota referindo que a medida<br />

apresentada, gostava de a analisar em dois planos. Um, é o facto de ela ter sido<br />

implementada sem que tenha vindo a discussão a reunião de Câmara. Acha que<br />

é uma falta de respeito por este órgão, não fomos ouvidos, é de uma incorreção<br />

total. É o primeiro plano que está ferido de ilegalidade, tanto quanto lhe é dado<br />

conhecer da Lei, embora não sendo especialista mas vai lendo a Legislação. Diz<br />

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a Lei que qualquer decisão tomada pelo Senhor Presidente ou por qualquer<br />

Vereador pode vir sempre a ratificação.<br />

Interrompeu o Senhor Presidente dizendo que esta medida é um ato de gestão da<br />

qual a Câmara foi informada.<br />

Retomou a palavra o Senhor Vereador José Santos Mota reafirmando que<br />

considera que foi uma falta de respeito não ter vindo à reunião de Câmara para<br />

uma primeira discussão para, de alguma forma, vermos qual era a melhor<br />

solução. E é aqui, de facto, que se põe agora o caminho, as escolhas que foram<br />

feitas não foram as melhores, há possibilidades de encontrarmos outras formas<br />

de pouparmos, como uma lâmpada sim, uma lâmpada não, conhece caminhos<br />

que não há uma única casa e aí poderia haver um apagão.<br />

Mas aí, como disse, vamos continuar com esse estudo e até agradece a<br />

colaboração dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista. – Referiu o<br />

Senhor Presidente.<br />

Como é que nós podemos – continuou o Senhor Vereador José Santos Mota -<br />

justificar aos gouveenses o apagão das 02:30 horas, quando vê muitas horas<br />

durante o dia, a funcionar a linha de água artificial em frente ao mercado, acha<br />

que é um disparate ligar uma bomba de água desde a manhã até à noite, todo o<br />

dia ligado para quê? Em situação de crise, de poupança, não faz sentido nenhum,<br />

ele cortava imediatamente, não é prioritário estar ligado.<br />

Interveio o Senhor Presidente dizendo que aí estava uma boa sugestão, que<br />

podemos analisar, vamos ver quantas horas está e eventualmente podemos<br />

cortar.<br />

Usou novamente da palavra o Senhor Vereador José Santo Mota dizendo que<br />

pode haver situações em que é possível, de alguma forma, poupar de outra<br />

maneira e esta proposta pretende isso mesmo.<br />

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo, uma vez mais, que a proposta é<br />

iníqua e portanto votarão contra.<br />

De seguida o Senhor Presidente colocou à votação a proposta dos Senhores<br />

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista que a seguir se reproduz:<br />

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“PROPOSTA<br />

A maioria do PSD na Câmara de Gouveia, por justificação de poupança<br />

nas despesas do Município, entendeu desligar a iluminação pública geral no<br />

período noturno das 2:30h às 5:30h.<br />

Considerando que os Gouveenses pagam os seus impostos para terem em<br />

contrapartida os serviços municipais onde se inclui a iluminação pública;<br />

Considerando que esta medida, implementada no passado mês de<br />

Fevereiro, não está a ser aplicada de forma equitativa em todas as zonas urbanas<br />

do concelho;<br />

Considerando que após a aplicação desta medida verificaram-se vários<br />

furtos e assaltos em várias freguesias e na zona industrial aumentando assim a<br />

insegurança de todos os Gouveenses;<br />

Considerando que este “apagão” não obedece a nenhuma imposição legal<br />

e existem outras possibilidades de poupança nas despesas do município;<br />

Considerando que não se efetuaram os devidos estudos sobre as<br />

vantagens financeiras e os custos dos meios técnicos e de aplicação prática desta<br />

medida;<br />

Os Vereadores do Partido Socialista de acordo com os pontos 6 e 7<br />

do Artº 65º, da Lei nº 5-A/2002 de 11 de Janeiro, propõem a suspensão<br />

imediata desta medida e que, em contrapartida para a poupança no<br />

consumo de energia elétrica da iluminação pública, se estudem e apliquem<br />

outras decisões de poupança como por exemplo: desligar toda a iluminação<br />

fora das zonas urbanas e por período superior ao colocado agora em<br />

prática.<br />

Gouveia, em 26 de março de 2012”<br />

Feita a votação foi a proposta reprovada, com três votos a favor por parte dos<br />

Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com quatro votos contra<br />

por parte do Senhor Presidente e dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido<br />

Social Democrata.<br />

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De seguida usou ainda da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida para em<br />

nome dos Vereadores eleitos pelo Partido Socialista apresentar a seguinte<br />

declaração de voto:<br />

“Discordamos desta medida estúpida “o apagão” que consiste desligar totalmente<br />

a iluminação pública num período de três horas. A sua aplicação trouxe a<br />

insegurança e o aumento da criminalidade nas últimas semanas. Os gouveenses<br />

pagam os seus impostos municipais, por sinal dos mais altos da Região, para ter<br />

este serviço público que é uma iluminação nas zonas urbanas.<br />

Não compreendemos esta medida de apagar totalmente a iluminação pública das<br />

02:30 às 05:30 horas tendo como justificação a poupança nas despesas da<br />

Câmara Municipal.<br />

O Executivo do PSD, sem consultar os Vereadores da oposição, a Assembleia<br />

Municipal e sem pedir opinião aos Presidentes de Junta de Freguesia aplica esta<br />

medida de forma arbitrária e autocrática e ao que nos é dado a verificar sem<br />

suporte legal, sem apresentar o estudo ou plano de poupança. Contudo sabemos<br />

que se encontra inscrita no Orçamento de 2012 uma verba no valor de<br />

169.426,00 euros para este efeito. Será que os chamados relógios astronómicos<br />

têm um custo astronómico?<br />

A Câmara de Gouveia tem três Vereadores a tempo inteiro, assessores e<br />

assessores dos assessores. O Senhor Presidente tem motorista em<br />

exclusividade, uma viatura a si destinada que faz mais de 100.000 quilómetros<br />

ano. Poderíamos aqui considerar e abdicar de um Vereador como já aconteceu<br />

neste mandato e se perdesse a mordomia do condutor, consegue uma poupança<br />

superior à energia elétrica poupada com o apagão.<br />

Mas os Vereadores do Partido Socialista não foram por aí, entenderam propor<br />

outra medida que não prejudica os gouveenses na sua segurança e no seu bem<br />

estar. Tratava-se de uma alternativa nos consumos de eletricidade, mas que o<br />

PSD rejeitou.<br />

Esta medida confirma que o melhor é viver nos grandes centros e litoral, o interior<br />

é para apagar. Já nos fecharam a luz só falta bater com a porta.<br />

Os Vereadores do Partido Socialista”<br />

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Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara que de seguida fez a seguinte<br />

declaração de voto:<br />

“Os Vereadores do Partido Socialista como são useiros nestas circunstâncias:<br />

Propõem uma coisa à Câmara e falam de outra para os jornais. Falam antes e<br />

falam depois. E falam numa linguagem que é uma vergonha, mas mais vergonha<br />

do que a linguagem é em relação às alternativas. Na Câmara não têm coragem<br />

de propor o que dizem nos jornais e para os jornais fazem a demagogia que é<br />

para ver se os gouveenses acabam por ser convencidos desta situação absurda<br />

de chamar mordomia ao Presidente da Câmara o facto de ter um funcionário da<br />

Câmara, como motorista. Eu não tenho e já estou como o Senhor Primeiro<br />

Ministro de Portugal que teve que explicar e dizer “é mentira” disse duas vezes e<br />

parafraseando o Primeiro Ministro de Portugal digo “é mentira” para que fique<br />

definitivamente assente eu, como todos os Presidentes de Câmara que conheço,<br />

os anteriores, os atuais, tenho um funcionário da Câmara que está afeto ao<br />

serviço do meu gabinete.<br />

E ou há alguma questão particular que o Senhor Vereador Armando Almeida tem<br />

ou não tem, mas têm que perceber esta questão, é mentira e é feio nós<br />

insistirmos numa mentira para que, repetindo-a, ela parecer que é verdade. Eu<br />

não tenho qualquer mordomia de ter um condutor, há um condutor funcionário do<br />

Município de Gouveia que está afeto ao meu gabinete e que faz, como pode ser<br />

demonstrado, todo o serviço da Câmara Municipal, como serviço de autocarro,<br />

transporte das crianças, sempre que não tem serviço no meu gabinete.<br />

É mentira, é falso e como é mentira e falso e continuam a insistir, todos os que<br />

poderem ler estas declarações devem perceber que é uma vergonha que os<br />

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista continuem a insistir numa tecla,<br />

discordando da medida. É um direito que lhes assiste. A medida que nós<br />

tomamos, também não é verdade, quando dizem que foi imposta a quem quer<br />

que seja, foi apresentada e discutida, não tinha era que ser votada, na reunião<br />

com as Juntas de Freguesia. É um ato de gestão, de que os Senhores<br />

Vereadores foram informados e, como dissemos, uma medida que foi pensada de<br />

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modo a evitar os males maiores, porque nunca é bom desligar a iluminação<br />

pública. Nisso estamos todos de acordo.<br />

Mas como é que um Município que quer manter um nível de investimento<br />

importante para o desenvolvimento do concelho, um apoio social forte aos mais<br />

desfavorecidos, tinha que suportar mais de 100.000,00 euros de aumento com a<br />

iluminação pública.<br />

Fizemos esse apelo e essa compreensão, pedindo a todos que não<br />

enveredassem por este caminho da demagogia, de se dizer uma coisa numa<br />

proposta na Câmara e se dizer outra coisa nos jornais e se dizer nas declarações<br />

que é para ir para os jornais.<br />

Os Senhores Vereadores do Partido Socialista sabem bem que é demagógico,<br />

não é bonito, não é correto estar a ligar-se qualquer ato criminoso ao desligar da<br />

luz. Toda a gente sabe isto, embora todos saibamos que não gostamos que não<br />

haja iluminação pública toda a noite. E foi por isso que dissemos que, chegados<br />

ao período de Verão, nós iriamos avaliar a aplicação da medida porque não foi<br />

possível fazê-la de início, justamente porque fizemos uma operação de<br />

investimento com os chamados relógios astronómicos, para entrarmos no domínio<br />

da eficiência energética. Foi isto que nós dissemos que, no início do Verão, nós<br />

iriamos concerteza ou aplicar uma suspensão da medida para fazermos essa<br />

avaliação, atendendo também ao período que é. Fizemo-lo com segurança, com<br />

dificuldades, naturalmente.<br />

Mas o que é mais grave - e era isto que eu queria dizer para que fique escrito<br />

para todo o sempre, para que todos possam ler nesta Ata - é a alternativa formal,<br />

não esta declaração que é de jornal, a alternativa formal do PS nesta reunião de<br />

Câmara é que se “desligasse a iluminação pública fora das zonas urbanas por<br />

período superior ao colocado agora em prática.” A proposta que o PS trouxe e<br />

pediu para ser agenda em reunião de Câmara diz o seguinte “propõem a<br />

suspensão imediata desta medida e que, em contrapartida para a poupança no<br />

consumo de energia elétrica da iluminação pública, se estudem e apliquem outras<br />

decisões de poupança como por exemplo: desligar toda a iluminação fora das<br />

zonas urbanas e por período superior ao colocado agora em prática.”<br />

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C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A<br />

Esta proposta é pôr Gouveia com gouveenses de primeira e gouveenses de<br />

segunda. Não é litoral e interior, são zonas rurais e zonas urbanas. Isto era de<br />

uma falta de justiça social indiscritível e por isso, naturalmente, só pode merecer o<br />

nosso voto contra e até a nossa perplexidade por esta proposta do Partido<br />

Socialista.”<br />

6. OBRAS<br />

- - - - 6.1) PEDIDO <strong>DE</strong> INFORMAÇÃO PRÉVIA:- Este assunto foi retirado da<br />

Ordem de Trabalhos.<br />

- - - - 6.2) RECEPÇÃO <strong>DE</strong>FINITIVA <strong>DE</strong> OBRAS <strong>DE</strong> URBANIZAÇÃO:- De A<br />

Serrana – Imobiliária de Gouveia Lda, contribuinte n.º 501591206, com sede na<br />

Rua da República n.º 110, na Freguesia de São Pedro, Concelho de Gouveia,<br />

vem na qualidade de proprietária requerer a Recepção Definitiva das Obras de<br />

Urbanização referente ao alvará de loteamento n.º 2/97, localizado na<br />

Urbanização Bela Vista, Freguesia de São Julião, concelho de Gouveia e,<br />

consequentemente, o cancelamento definitivo da respetiva garantia bancária. -<br />

Deliberado, por unanimidade, emitir parecer favorável de acordo com a<br />

informação dos Serviços Técnicos.<br />

- - - - 6.3) INFORMAÇÃO SOBRE OS PROJECTOS APRECIADOS NA<br />

SEMANA <strong>DE</strong> 2012/03/09 A 2012/03/22:<br />

ARQUITECTURA:- De João Carlos Pinto Brízida, de Paçoinhos – Vila Nova de<br />

Tazem, para Construção de Anexo; De João Gaspar Pereira, de Folgosinho, para<br />

Alteração e Ampliação de Arrecadação; De José António de Abrantes, de Vila<br />

Nova de Tazem, para Construção de Terraço e Arrumos. - Deferidos de acordo<br />

com a informação dos Serviços Técnicos.<br />

De Aníbal Fernandes dos Santos, de Vila Franca da Serra, para Alteração e<br />

Ampliação de Moradia; De Luciano Pais dos Santos, de Vila Nova de Tazem, para<br />

Construção de Anexo; De Rui Jorge Barata Mendes, de Vila Cortês da Serra, para<br />

Construção de Estabelecimento de Entreposto Frigorífico; De Victor Manuel Jesus<br />

e Reis, de Moimenta da Serra, para Reconstrução e Ampliação de Moradia. –<br />

Indeferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos.<br />

ESPECIALIDA<strong>DE</strong>S:- De A Genuína Lda, de Nabais, para Alteração de Edifício –<br />

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C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A<br />

Montagem e Venda de Pneus; De A Genuína Lda, de Nabais, para Alteração de<br />

Edifício – Oficina; De A Genuína Lda, de Nabais, para Reconstrução de Edifício –<br />

Restauração e Bebidas; De António Manuel Figueiredo Marques, de Moimenta da<br />

Serra, para Alteração e Ampliação de Moradia; De Carlos Alberto Dias Amaral, de<br />

São Julião, para Construção de Moradia – Alteração; De Helena Maria Baptista<br />

Rodrigues, de Cativelos, para Reconstrução de Habitação; De João Carlos Pinto<br />

Brizida, de Vila Nova de Tazem, para Construção de Anexo; De José Manuel<br />

Martins Saraiva, de Paços da Serra, para Reconstrução e Ampliação de Edifício.-<br />

Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos.<br />

APROVAÇÃO GLOBAL:- De Rui Manuel Nunes Paulo Viçoso, de Vila Franca da<br />

Serra, para CP – Reconstrução de Habitação. - Deferido de acordo com a<br />

informação dos Serviços Técnicos.<br />

7. RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA<br />

- - - - Foi presente o Resumo Diário da Tesouraria número 60, referente ao dia<br />

vinte e três de março, pelo qual se verifica a existência dos seguintes saldos: Em<br />

Operações Orçamentais – Setecentos e vinte e três mil, novecentos e setenta e<br />

seis euros e três cêntimos (€723.976,03); Em Documentos – Setenta e sete mil,<br />

cento e treze euros e oitenta e sete cêntimos (€77.113,87).<br />

- - - - Nos termos da legislação em vigor, ratificou a Câmara a realização de<br />

despesas a que se referem as requisições números 311 a 380, bem como os<br />

pagamentos no montante de cento e oitenta mil e sessenta e três euros e dezoito<br />

cêntimos (€180.063,18) a que se referem as Ordens de Pagamento números,<br />

130, 421, 469, 514, 520, 583, 622, 798 a 800, 856, 857, 859, 864, 870, 876, 884 a<br />

888, 925 a 946, 948 a 952, 954, 955, 957 a 976, 981, 985 a 998, 1000, 1003 a<br />

1007.<br />

8. PRESENÇA <strong>DE</strong> PÚBLICO<br />

- - - - Não se verificou a presença de público.<br />

- - - - E não havendo mais assuntos a tratar, pelo Senhor Presidente foi declarada<br />

encerrada a reunião, pelas dezassete horas, da qual para constar se lavrou a<br />

presente ata, nos termos do n.º 1 do Art.º 92.º, da Lei n.º 5-A/2002, de 11 de<br />

Janeiro, a qual será submetida à aprovação do Órgão Executivo, nos termos do<br />

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C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A<br />

n.º 2 do mesmo artigo.<br />

A Chefe de Divisão<br />

A Câmara Municipal<br />

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