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O realismo de E<strong>in</strong>ste<strong>in</strong> e sua crítica da Mecânica Quântica<br />

211<br />

Dois observáveis diferentes O e O’ terão em geral diferentes conjuntos de<br />

autoestados Ψ i e Ψ i ’.<br />

Novamente, E<strong>in</strong>ste<strong>in</strong> considera dois sistemas A e B que estão separados um<br />

do outro e não <strong>in</strong>teragem fisicamente. Para um observável O A em A e O B em B,<br />

podemos escrever um estado Ψ AB do sistema composto na forma<br />

A B onde os Ψ e os Ψj são as bases dos autoestados correspondentes aos observáveis<br />

i<br />

OA e OB , respectivamente. Se escolhermos um observável diferente O’ A para o<br />

sistema A, podemos igualmente representar ΨAB A na base do auto-estados Ψ’ de i<br />

O’ A :<br />

Note que usamos a<strong>in</strong>da a mesma base do estado para o sistema B.<br />

Esta representação implica uma ruptura radical com as expectativas clássicas:<br />

um estado ΨAB que tem esta forma não pode, em geral, ser escrito como<br />

produto de um estado do sistema A e um estado do sistema B. Isto significa que<br />

a Mecânica Quântica não nos dá um estado quântico def<strong>in</strong>ido para cada componente<br />

<strong>in</strong>dividual do sistema, quando o sistema composto está em um estado<br />

emaranhado. No entanto, o postulado da redução implica em previsões def<strong>in</strong>idas<br />

para os estados dos sistemas componentes <strong>in</strong>dividuais, se for realizada uma<br />

medição em um dos sistemas. Se medirmos, digamos, o observável OA , o estado<br />

ΨA A do sistema A depois da medição será um dos auto-estados Ψ , ao passo que<br />

i<br />

o estado do sistema B será o correspondente “estado relativo” . Se, ao<br />

<strong>in</strong>vés disso, medirmos O’ A , o estado Ψ’ A A será um dos autoestados Ψ’ e o estado<br />

i<br />

B B Ψ será , que em geral é diferente de Ψ .<br />

i<br />

Neste ponto, E<strong>in</strong>ste<strong>in</strong> aplica o pr<strong>in</strong>cípio de separação: a situação física do sistema<br />

B não pode ser afetada por uma medição no sistema A. Assim, essa situação<br />

física deve ser a mesma, não importando se medimos O A ou O’ A . Isto significaria<br />

que a mesma situação física é descrita por dois estados quânticos diferentes<br />

Ψ B e Ψ’ B . Os estados quânticos não seriam, portanto, uma “descrição biunívoca”<br />

da realidade física (ou seja, eles não estariam em uma relação biunívoca com os<br />

elementos da realidade física). Até aqui, a argumentação de E<strong>in</strong>ste<strong>in</strong> é bastante

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