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maio de 1984

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ANO XI Sãc Paulo, <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>1984</strong> NP 123<br />

Seminário sobre Intercâmbio Mediúnico<br />

MENSAGEM<br />

DE<br />

EUR~PEDES<br />

BARSANULFO<br />

Pág. 8<br />

O PROJETO<br />

DO ABORTO<br />

Pág. 3<br />

S.O.S. OBRA<br />

DE<br />

REINTEGRAÇÃO<br />

SOCIAL<br />

Pág. 3<br />

Na reunião da diretoria da<br />

Aliança, realizada em São Cae-<br />

tano do Sul no dia 7 <strong>de</strong> abril,<br />

entre outros assuntos, foi es-<br />

quematizado a Seminário sobre<br />

Trabalhos e Intercâmbio Mediú-<br />

nico. a se realizar em Sãa Paulo<br />

no dia 19 <strong>de</strong> <strong>maio</strong>.<br />

A secretaria da Aliança está<br />

recolhendo as inscrições dos<br />

participantes, encaminhadas pe-<br />

los grupos integrados.<br />

Outros assuntos tratados na<br />

mesma reunião: a) programação<br />

da 4.' Reunião Geral, a se rea-<br />

lizar em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1985; b)<br />

programa <strong>de</strong> expansão da Alian-<br />

ça, com apresentação <strong>de</strong> rela-<br />

tório acerca <strong>de</strong> grupos novos<br />

que estão sendo implantados<br />

em todo o Brasil, com apoio dos<br />

centros já em funcionamento.<br />

Estiveram presentes a reu-<br />

nião: Ori<strong>de</strong>s Luiz Razera, Rober-<br />

to Gobaiii, Osvaldo Dinov e<br />

Claudio Diniz Schiavi, do GE Re-<br />

nascer, <strong>de</strong> Santo André; Vera<br />

Arnaud, da Casa Espírita Re<strong>de</strong>n-<br />

ção; Nair Scarpelli, do CE Re-<br />

<strong>de</strong>ntor; Ubiraci <strong>de</strong> Sousa Leal,<br />

do CE Irmão Alfredo; Milton e<br />

Ciovis Lopes, do CE Palmas da<br />

Paz; Sidéa. José Romáo, Mario<br />

Jorge Moreira e Wilson Jorge<br />

Canfur, do GE Razin; Helio Luiz<br />

Dellanoce, do C€ Geraldo Fer-<br />

reira; Jacques, Flávio, Eduardo,<br />

Yaso e Valentim. do CEAE-Ge-<br />

nebra.<br />

SIMP6S10 NO LITORAL<br />

Como parte da programação<br />

das reuniões regionais, os gru-<br />

pos integrantes do Litoral reali-<br />

zarão dia 29 <strong>de</strong> julho, a partir<br />

das 9 horas, um Simpósio <strong>de</strong><br />

Assistência Espiritual. A finali-<br />

da<strong>de</strong> do simpósio é famlllarizar<br />

os alunos das Escolas <strong>de</strong> Apren-<br />

dizes e. novos trabalhadores<br />

com o programa do 'Vivência"<br />

e reciclar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssa<br />

área.<br />

Obe<strong>de</strong>cendo a um sistema <strong>de</strong><br />

exposição/<strong>de</strong>bate e cbnctusão.<br />

os grupos integ~ados se encar-<br />

regarão <strong>de</strong> preparar e expor os<br />

seguintes temas:<br />

1. O que á AssistBncia Esplri.<br />

tua1 - <strong>de</strong>finição e finalida-<br />

<strong>de</strong>s. A pessoa como centro.<br />

2. Recepção e entrevista - <strong>de</strong>-<br />

finição e finalida<strong>de</strong>s. O apoio<br />

centrgdo na pessoa.<br />

3. Esclarecimento - exposição<br />

doutrinária. Preparação dos<br />

assistidos. Vibrações padro-<br />

nizadas.<br />

4. Encaminhamento - Sessão<br />

Doutrinária, Curso Básico,<br />

Escola.<br />

5. intercâmbio medúnlco -<br />

Relacionamento com o Plano<br />

Espiritual. Colegiado <strong>de</strong> mé-<br />

diuns.<br />

6. Controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> - Co-<br />

mo avaliar a nossa eficiên-<br />

cia.<br />

7. Perfil do trabalhador - For-<br />

mação, treinamento e con-<br />

duta.<br />

Para a abertura do simpósio,<br />

o Teatro da Mocida<strong>de</strong> apresen-<br />

tará a peça 'João Mineiro Vai<br />

ao Centro Espírita", que trata<br />

satiricamente do funcionamento<br />

<strong>de</strong> um centro <strong>de</strong>sorganizado.<br />

Inscrições até 15 <strong>de</strong> julho. no<br />

Centro Espírita Aprendizes do<br />

Evangelho - Rua Amaral Gurgel<br />

n." 40, CEP 11100, Santos.<br />

O local da reunião será divul-<br />

gado posteriormente.


Phgina 2 O TREVO São Paulo, <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>1984</strong><br />

O Mandamento Maior<br />

"Amal-vos uns aos outros",<br />

nos disse nosso mestre Jesus.<br />

E é esse. sem dúvida, o <strong>maio</strong>r<br />

dos mandamentos, pois abrange<br />

todos os outros.<br />

Por sermos ainda muito ima-<br />

turos e imperfeitos. sentimos<br />

dificulda<strong>de</strong> em amar universal-<br />

mente, indistintamente. E o me-<br />

do que nos persegue, é um<br />

medo tolo da rejeição, é medo<br />

dé dar e não receber. E bem to-<br />

lo. mas é real. E eu me pergun-<br />

to: on<strong>de</strong> está a nossa confian-<br />

ça no Pai? Ele nos dá todo o<br />

amor <strong>de</strong> que necessitamos. Ele<br />

nos banha com esse amor to-<br />

dos os dtas, e somos tão cegos<br />

que não percebemos.<br />

E dar <strong>de</strong> n6s mesmos 4 tão<br />

simples, basta se perceber que<br />

cada ser é um universo orlgi-<br />

nal, que toda criatura <strong>de</strong> Deus<br />

é bela. E não é porque certas<br />

pessoas diferem muito <strong>de</strong>, n6s<br />

que não seremos capazes <strong>de</strong><br />

amá-las, há motivos justos para<br />

que elas sejam como são. e é<br />

justamente estes motivos que<br />

<strong>de</strong>vemos procurar ver e princi-<br />

palmente compreen<strong>de</strong>r.<br />

O amor 6 o único caminho<br />

para o nosso aperfeiçoamento<br />

real. 4 a única maneira da pe-<br />

dra bruta ser lapidada e trans-<br />

formar-se em pedra preciosa.<br />

E <strong>de</strong>licioso observar e amar<br />

as particularida<strong>de</strong>s e as mara-<br />

vilhas existentes nas pessoas<br />

que nos ro<strong>de</strong>iam, estejam elas<br />

adiante ou atrás do caminho,<br />

que seguimos inevitavelmente<br />

na mesma direção.<br />

As vezes eu acho engraçado,<br />

outras vezes me entristeço ao<br />

constatar que há momentos em<br />

minha vida em que tento silen-<br />

ciosamente expandir ao máximo<br />

meu amor aos que me ro<strong>de</strong>lam,<br />

e no entanto ninguém percebe<br />

e me cobram coisas que eu não<br />

compreendo, em que não h6 va-<br />

lor para mim. Eu gostaria que<br />

houvesse outra maneirà <strong>de</strong> che-<br />

gar a eles que fosse alem das<br />

palavras e dos gestos, sei que<br />

há outra maneira. mas não é <strong>de</strong>7<br />

senuolvida. Mas a felicida<strong>de</strong><br />

que sinto, nestes momentos em<br />

que flui <strong>de</strong> mim amor em dire-<br />

ção a vocês que partilham co-<br />

migo <strong>de</strong>ssa existência. supera<br />

todos os conflitos que nos cer-<br />

cam com respeito à nossa ca-<br />

pacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amar. E como se<br />

neste momento o-Pai colocasse<br />

carinhosamente suas mãos em<br />

nossas cabeças e nos beijasse<br />

a fronte.<br />

SILVANA - Moclda<strong>de</strong><br />

Espírita, Casa Espírita<br />

Razin<br />

Notas Informações<br />

Em princípios <strong>de</strong> março foi<br />

inaugurado o Lar Fraternida<strong>de</strong><br />

Edgard Armond. na rua Gaidi-<br />

no Catunda Godim, 20 . Jar-<br />

dim Maristela, em Pirituba,<br />

São Paulo. Seis crianças ex-<br />

cepcionais, em regime <strong>de</strong> in-<br />

ternato, estão sedo assisti.<br />

das pelo Lar que, em futuro<br />

próximo, ter8 um centro espí-<br />

rita aberto ao público para <strong>de</strong>-<br />

senvolvimento da trabalhos<br />

segundo o programa da Alian-<br />

ça. A diretoria do novo Lar 6<br />

integrada por Discípulos que<br />

pertenceram 3: Turma da<br />

Escola & Aprendizes do Evan-<br />

gelho do Grupo Fraternida<strong>de</strong><br />

Cristã, no Parque São Domin-<br />

aas.<br />

O 'Coral Espírita Irmã Schei-<br />

Ia" gravou um 'long-play"<br />

com 12 músicas mediúnicas<br />

recebidas por João Cabete, R.<br />

A. Ranieri, Welson Barbosa e<br />

Edson Cavalcanti. O disco es-<br />

tá sendo vendido a Cr$ 4.000<br />

cada, mais <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> re-<br />

embolso postal. O resultado<br />

das vendas é revertido em be-<br />

neficio das obras sociais au-<br />

xiliadas pelo Grupo da Frater-<br />

nida<strong>de</strong> Irmã Scheila, <strong>de</strong> Belo<br />

Horizonte. Pedidos po<strong>de</strong>m ser<br />

feitos para: rua Aqulles Lo-<br />

bo, 52, Caixa Postal 1521. Be-<br />

lo Horizonte, CEP 30000.<br />

A Associação Médico-Espírita<br />

<strong>de</strong> São Paulo publicou Bole-<br />

tim com uma sérle <strong>de</strong> artigos<br />

escritos por ddkor, &r.<br />

dando os variados srpeotos<br />

da assistência esplrltucil, in-<br />

cluindo ar curas atrav6s da<br />

atuação da médiuns. Cada<br />

exemplar esiá sendo d d o<br />

a C6 3.500.00, e os pedidoe<br />

po<strong>de</strong>m ser feltos P Assoda-<br />

çHo, a rua Maestro Cadm n.'<br />

887, I.' andar, , Paraíso, CEP<br />

01323, Sáo Paulo.<br />

Está em pleno andamento a<br />

campanha <strong>de</strong> preservação da<br />

vida (contra o aborto), enca-<br />

beçada pelo Núcleo <strong>de</strong> Estu-<br />

dos Espíritas 'Lenico", situa-<br />

do & rua Iriri Mirim, 22, Jar-<br />

dim Santa Terezinha, Vila Car-<br />

rão. CEP 03572, em S. Paulo.<br />

O Centro Espirita isménia <strong>de</strong><br />

Jesus, Santos, enviou-nos ra.<br />

latório <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s do<br />

ano <strong>de</strong> 1983. Destaque para a<br />

construção. no ano passado,<br />

<strong>de</strong> um prédio <strong>de</strong> i82 mP para<br />

centralizar as atlvlh<strong>de</strong>s da<br />

Comlssão Diretora @o Abrigo<br />

Miguei Máximo, localitado a<br />

rua Alexandre Martim, 319.<br />

SERVIR<br />

Em nossos momentos <strong>de</strong> re-<br />

flexão, perguntamos: On<strong>de</strong> se-<br />

rá minha seara? qual cami-<br />

nho <strong>de</strong>verei percorrer? on<strong>de</strong> o<br />

Cristo me escalou?<br />

Buscamos intensamente cam-<br />

po para semear. Aguardamos lo-<br />

cal próprio. preparado e aguar-<br />

dando o auxílio. Vejamos bem!<br />

Cada um est6 no local exato Da-<br />

ra servir.<br />

Só se encontra necessitados<br />

nas favelas? Nso! Todos os<br />

transeuntes, aqueles que cru-<br />

zam conosco, são miser6veis<br />

por falta <strong>de</strong> amor. Aquele que<br />

busca o suicídio, aguarda o nos-<br />

so sorriso, que no interior <strong>de</strong>le<br />

grita alto: Tenha calma, conti-<br />

nua. O enfermo sofredor que<br />

passa ao nosso lado, necessita<br />

da nossa paciência, que lhe ali-<br />

via a dor.<br />

Não busquemos local prévio,<br />

nem perguntemos on<strong>de</strong> trabs-<br />

lhar, a cada instante os servi-<br />

çais do Cristo necessitam da<br />

nossa boa vonta<strong>de</strong> para erguer<br />

um irmão nosso na escola da<br />

vida.<br />

Não pensemos que o auxilio<br />

é apenas exterior. Meditemos!<br />

existe um campo a ser semea-<br />

do no nosso interior, 116s. mais


São Paulo, <strong>maio</strong> <strong>de</strong>. <strong>1984</strong> O TREVO Phgina 3<br />

que nunca, necessitamos igual-<br />

mente <strong>de</strong> nos ajudar.<br />

Amemos a nós mesmos, ame-<br />

mos nosso corpo. sejamos feli-<br />

zes, bem-digamos nossas vidas,<br />

façamos <strong>de</strong>la harmoniosa melo-<br />

dia e o exemplo partirá <strong>de</strong> <strong>de</strong>n-<br />

tro para fora, amparando a to-<br />

dos nós e aos que cruzarem<br />

nossos caminhos.<br />

Antonio Carlos Laferreira<br />

CEAE - Genebra<br />

Irani M. Farias<br />

Fraternida<strong>de</strong> Espírita<br />

Anália Franco<br />

"Não dê esmolas". Placas es-<br />

palhadas por todds os lugares.<br />

Uma cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> ninguém pe-<br />

<strong>de</strong> esmola, toda criança vai à<br />

escola.<br />

Sonho? Realida<strong>de</strong>? Povo rico?<br />

Não. apenas um trabalho do<br />

S.O.S. - Serviço <strong>de</strong> Obras<br />

Sociais.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um eficiente tra-<br />

balho assistencial e educativo,<br />

que resolveu o problema da<br />

mendicância nas ruas <strong>de</strong> Poços<br />

<strong>de</strong> Caldas. recuperando o indi-<br />

víduo para a socieda<strong>de</strong>.<br />

Doze razões para você apoiar<br />

o S. 0. S.<br />

1) 0 S.O.S. tem finalida<strong>de</strong><br />

cívica: a recuperaçáo social do<br />

indivíduo e da família. Não tem<br />

cor política nem confessional.<br />

congregando pessoas <strong>de</strong> todos<br />

os credos empenhadas no bem<br />

comum.<br />

2) O S.O.S. trabalha em co-<br />

laboração com todas as institui-<br />

ções assistenciais, educacio-<br />

nais e serviços públicos do mu-<br />

nicípio.<br />

3) Suprimindo a esmola, o<br />

S.O.S. eliminou a mendicância<br />

com todas as suas <strong>de</strong>primentes<br />

conseqüências.<br />

4) 0 S.O.S. fornece aos ver-<br />

da<strong>de</strong>iros necessitados cotas se-<br />

manais <strong>de</strong> gêneros alimentícios.<br />

roupas, calçados, remédios, en-<br />

fim, quanto Ihes for necesshrio<br />

para a dignida<strong>de</strong> da vida.<br />

5) Quando necessário. o S.O.<br />

S. provi<strong>de</strong>ncia internação em<br />

hospitais especializados.<br />

6) Aplicando as técnicas <strong>de</strong><br />

Serviço Social, o S.O.S. recupe-<br />

ra as famílias <strong>de</strong>sajustadas me-<br />

diante orientação a<strong>de</strong>quada.<br />

Freqüência a escola e o encami-<br />

nhamento ao trabalho. são fato-<br />

res <strong>de</strong>ssa recuperação.<br />

7) O S.O.S. é um serviço <strong>de</strong>s-<br />

tinado a formação familiar. as-<br />

sistindo e educando a criança<br />

através <strong>de</strong> seus pais.<br />

8) A assistência não é o fim,<br />

mas apenas um recurso do S.O.<br />

S. para atrair <strong>de</strong>sajustados à<br />

sua se<strong>de</strong>. A finalida<strong>de</strong> do S.O.S.<br />

é a recuperaçáo <strong>de</strong>sses elemen-<br />

tos.<br />

9) 0 S.O.S. proporciona as-<br />

sistência não em caráter <strong>de</strong> es-<br />

mola ou mesmo <strong>de</strong> auxílio, mas<br />

como prêmio as pessoas <strong>de</strong>se-<br />

josas <strong>de</strong> sua promoção e <strong>de</strong><br />

seus familiares.<br />

10) 97 por cento <strong>de</strong> famílias<br />

O Projeto<br />

Para informação & nossos<br />

leitores, publicamos, na íntegra,<br />

o projeto & Lei <strong>de</strong> autoria<br />

da Deputada Cristina Tavares<br />

[PMDB-Pernambuco) apresenta-<br />

do à Cêmara Fe<strong>de</strong>ral, que modi-<br />

fica vários itens do Código Pe<br />

na1 legalizando o aborto em mui-<br />

tas situações.<br />

E importante tomarmos conhe-<br />

cimento do projeto, para que,<br />

como espíritas possamos wns-<br />

cientemente tomar uma posição<br />

a respeito. Aconselhamos sua<br />

leitura com muita atenção, pois<br />

o projeto abre breahas que dão<br />

ao homem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> dispor le-<br />

galmente da vida <strong>de</strong> seu serne-<br />

lhante.<br />

Assim, a partir <strong>de</strong> agora "O<br />

Trevo" abre suas páginas para<br />

acolher a manifestação dos es-<br />

píritas sobre referido projeto.<br />

Tais manifestações po<strong>de</strong>m ser-<br />

nos encaminhadas através <strong>de</strong><br />

cartas, artigos assinados, men-<br />

sagens - tudo visando esclare-<br />

cer os legisladores sobre o pon-<br />

to <strong>de</strong> vista espírita.<br />

O PROJETO<br />

PROJETO DE LEI N." . . , DE 1983<br />

Dá nova redação ao art. 128<br />

do Decreto-lei n? 2.848, <strong>de</strong> 7' <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1940 [Código Pe-<br />

nal). dispondo sobre o aborto<br />

praticado por médico.<br />

De Deputada CRISTINA TAVA-<br />

RES<br />

que freqüentam o S.O.S. reabi-<br />

litam-se com o programa da en-<br />

tida<strong>de</strong>.<br />

11 1 A ação social do S.O.S. <strong>de</strong><br />

Poços <strong>de</strong> Caldas tem servido <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>lo para trabalhos congêne-<br />

res em inúmeras cida<strong>de</strong>s brasi-<br />

leiras.<br />

12) Através do encaminha-<br />

mento <strong>de</strong> pessoas provindas <strong>de</strong><br />

outras comunida<strong>de</strong>s, o S.O.S.<br />

impe<strong>de</strong> a permanência <strong>de</strong> ele.<br />

mentos sem função no municí-<br />

pio.<br />

O S.O.S. começou em Poços<br />

<strong>de</strong> Caldas a 4 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong><br />

1944, e, transpondo fronteiras<br />

municipais e estaduais, esten-<br />

<strong>de</strong>u-se como ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> re-<br />

cuperação humana.<br />

do Aborto<br />

O CONGRESSO NACIONAL <strong>de</strong>-<br />

creta:<br />

Art. 1.". O artigo 128 do De-<br />

creto-lei n." 2.848, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>-<br />

zembro <strong>de</strong> 1940 (Código Penal)<br />

passa a vigorar com a seguinte<br />

redação:<br />

Aborto impunível 'Art. 128. Não<br />

se pune o aborto praticado por<br />

médico especialmente autori-<br />

zado;<br />

Indicação médica I - a qualquer<br />

tempo, se a gravi<strong>de</strong>z <strong>de</strong>terminar<br />

perigo para a vida ou a saú<strong>de</strong>.<br />

física ou psíquica. da gestante:<br />

Indicaçáo ética II - nas primei-<br />

ras 12 semanas, se a gravi<strong>de</strong>z<br />

está relacionada à prática <strong>de</strong> cri-<br />

me contra os costumes;<br />

Indicaçao embriopática III -<br />

nas primeiras 20 semanas.<br />

quando, em razão <strong>de</strong> enfermida-<br />

<strong>de</strong> grave e hereditária, física OU<br />

mental, da qual sejam ou te-<br />

nham sido portadores o pai ou a<br />

gestante. seja possível estabe-<br />

lecer, com alta probabilida<strong>de</strong>,<br />

que o nascituro já pa<strong>de</strong>ce ou vi-<br />

rá a pa<strong>de</strong>cer <strong>de</strong> idêntica enfer-<br />

mida<strong>de</strong>. ou a qualquer tempo.<br />

quando alguma moléstia, into-<br />

xicação ou aci<strong>de</strong>nte sofridos pe-<br />

la gestante comprometam. <strong>de</strong>-<br />

monstradamente, a saú<strong>de</strong> do<br />

nascituro;<br />

Indicação social IV - nas pri-<br />

meiras 16 semanas. quando, fa-<br />

ce as condições sócio-econômi-<br />

cas e familiares da gestante,<br />

não pu<strong>de</strong>r ela aten<strong>de</strong>r as exigên-


Página 4 O TREVO São Paulo, <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>1984</strong><br />

cias do prosseguimento da gra-<br />

vi<strong>de</strong>z nem prover mais tar<strong>de</strong> as<br />

necessida<strong>de</strong>s elementares do<br />

filho, sem privar-se do indispen-<br />

sável à própria subsistência ou<br />

a <strong>de</strong> sua família.<br />

Parágrafo único: No caso dos<br />

incisos III B IV. sendo a gestante<br />

casada, exigir-se-á o consenti-<br />

mento do marido.<br />

Art. 2.". O aborto será realiza-<br />

do nos hospitais da re<strong>de</strong> previ-<br />

<strong>de</strong>nciária oficial, ou em hospi-<br />

tais particulares especialmente<br />

autorizados.<br />

Parágrafo único. Alegando ra-<br />

zões <strong>de</strong> consciência, po<strong>de</strong> o<br />

médico não participar <strong>de</strong> cirur-<br />

gia abortiva, salvo quando haja<br />

perigo para a vida ou a saú<strong>de</strong><br />

da gestante.<br />

Art. 3.". Salvo quando haja pe-<br />

rigo para a vida ou a saú<strong>de</strong> da<br />

gestante, o aborto será sempre<br />

precedido <strong>de</strong> orientação soclal<br />

e legal à gestante que revele o<br />

intento <strong>de</strong> o praticar.<br />

5 1 P. Esta oríentação será mi-<br />

nistrada por advogados e assis-<br />

tentes sociais, e consistirá em:<br />

a1 Informações sobre siste-<br />

mas existentes para proteção<br />

da maternlda<strong>de</strong> e adoção <strong>de</strong> re-<br />

cém-nascidos;<br />

b) informações sobre even-<br />

tuais direitos do nascituro e da<br />

própria gestante, no que con-<br />

cerne ao direito <strong>de</strong> família;<br />

c1 informações sobre direitos<br />

trabalhistas da trabalhadora ges-<br />

tante;<br />

d) informações sobre direitos<br />

previ<strong>de</strong>nciários da gestante:<br />

e) qualquer outro esclareci-<br />

mento que possa auxiliar, social<br />

e legalmente, a gestante.<br />

5 2.". Quando for o caso, será<br />

a gestante encaminhada à assis-<br />

tência judiciária gratuita ofere-<br />

cida pelo Estado ou pela Or<strong>de</strong>m<br />

dos Advogados do Brasil.<br />

3 3.". Se após a primeira en-<br />

trevista, e <strong>de</strong>corrido um prazo<br />

mínimo <strong>de</strong> 5 dias. a gestante<br />

persistir em seu intento, será<br />

encaminhada a estabelecimento<br />

hospitalar, para a prática do<br />

aborto.<br />

Art. 4.". O serviço <strong>de</strong> orienta-<br />

ção social e legal à gestante se-<br />

rá efetuado pelo Estado.<br />

Parágrafo único. Qualquer<br />

hospital particular que pretenda<br />

ver-se autorizado à realização<br />

da cirurgia abortiva <strong>de</strong>verá ins-<br />

talar um serviço <strong>de</strong> orientação<br />

social e legal à gestante.<br />

Art. 5.". Esta Lei entra em vi-<br />

gor na data da sua publicação.<br />

Art. 6.". Revogam-se as dispo-<br />

sições em contrário.<br />

JUSTIFICAÇHO<br />

O projeto objetiva fundamen-<br />

talmente emparelhar a legisla-<br />

ção penal brasileira concernen-<br />

te ao aborto à tendência predo-<br />

minante em países com elevada<br />

cultura jurídica, e está inspira-<br />

do, <strong>de</strong> forma geral, nos mo<strong>de</strong>-<br />

los italiano. francês e alemão.<br />

Ao invés da opção polêmica<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scriminalizar o auto-abor-<br />

tamento com consentimento.<br />

que mobiliza opiniões tão dís-<br />

pares e apaixonadas. elegeu-se<br />

o caminho, seguido pelos mo<strong>de</strong>-<br />

los legislativos mencionados,<br />

<strong>de</strong> ampliar os espectros legais<br />

das indicações permissivas.<br />

O indiscutível rigor da disci-<br />

plina jurídica adotada pelo Có-<br />

digo Penal <strong>de</strong> 1940 foi, <strong>de</strong>ssa<br />

forma. atenuado, e o resultado é<br />

um sistema que apresenta indi-<br />

cações <strong>de</strong> quatro espécies: mé-<br />

dica. ética, embriopática e so-<br />

cial.<br />

A indicação médica. que o<br />

Código Penal vigente restringe<br />

à hipótese extrema <strong>de</strong> inexistir<br />

"outro meio <strong>de</strong> salvar a vida da<br />

gestante" passa a incluir hipó-<br />

teses em que a gravi<strong>de</strong>z <strong>de</strong>ter-<br />

mine perigo não só para a vida<br />

mas também para a saú<strong>de</strong>, físi-<br />

ca ou psíquica da gestante.<br />

A indicação ética ou senti-<br />

mental, circunscrita pelo Código<br />

Penal vigente à gravi<strong>de</strong>z resul-<br />

tante <strong>de</strong> estupro. passa a atin-<br />

gir, segundo o projeto. gravi<strong>de</strong>z<br />

relacionada a qualquer crime<br />

contra os costumes.<br />

A indicaçso embriopática ga-<br />

nhou irrefut4veis argumentos<br />

com o tragicamente famoso ca-<br />

so Contergan no Brasil conhe-<br />

cido como ~Jidomida. A seu la-<br />

do, introduz o projeto a indica-<br />

ção social, que na realida<strong>de</strong> ex-<br />

prime uma fórmula peculiar <strong>de</strong><br />

estado <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>. O direi-<br />

to, aqui, abre os olhos para uma<br />

dura realida<strong>de</strong> social, que faz<br />

confrontarem-se as exigências<br />

do prosseguimento da gravi<strong>de</strong>z<br />

com a subsistência da própria<br />

gestante ou <strong>de</strong> sua família. Tan-<br />

to na indicação embriopática<br />

quanto na social, sendo a ges-<br />

tante casada, exigir-se-á con-<br />

sentimento do marido.<br />

Em qualquer das indlcaçóes.<br />

adotou-se a linha <strong>de</strong> que a cirur-<br />

gia abortiva só <strong>de</strong>ve ser realiza-<br />

da por médico especialmenie<br />

autorizado, seguindo-se, neste<br />

passo, o mo<strong>de</strong>lo inglês. Julgou-<br />

se conveniente, a exemplo do<br />

texto italiano, permitir que, fora<br />

da estrita indicação médica, pu-<br />

<strong>de</strong>sse o médico invocar razões<br />

<strong>de</strong> consciência para não partici-<br />

par <strong>de</strong> cirurgia abortiva, com o<br />

que se homenageia a liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> credo religioso.<br />

O projeto, valendo-se da ex-<br />

periência francesa e Italiana,<br />

cria a orientação social e legal h<br />

gestante como um pressuposto<br />

obrigatório para a prática do<br />

abortamento. Objetiva-se. <strong>de</strong>sta<br />

forma, seja a gestante munida<br />

do <strong>maio</strong>r número posslvel <strong>de</strong><br />

informações sobre sua situaçao<br />

social e jurídica, bem como a<br />

situação do nascituro. e alnda<br />

sobre opções distintas do abor-<br />

to. Qualquer hospital particular<br />

que pretenda ver-se autorizado<br />

a prática <strong>de</strong> cirurgia abortkka<br />

<strong>de</strong>verá manter um serviço social<br />

e legal, segundo os mol<strong>de</strong>s do<br />

projeto.<br />

O projeto preten<strong>de</strong>, em últi-<br />

ma instância, pôr termos à in-<br />

dústria clan<strong>de</strong>stina do aborto.<br />

responsável por tantas mortes<br />

e aci<strong>de</strong>ntes cirúrgicos.<br />

Não se tem em mãos um pro-<br />

jeto a favor do aborto, mas um<br />

projeto contra o farisaísmo vi-<br />

gente, contra uma legislação ul-<br />

trapassada e draconiana. atento<br />

ao processo <strong>de</strong> mudança social.<br />

Sala das Sessões, <strong>de</strong> março<br />

<strong>de</strong> 1983.<br />

CRISTINA TAVARES Deputada<br />

Fe<strong>de</strong>ral.<br />

O MAU-HUMOR H ~ O<br />

MODIFICA A VIDA<br />

Na verda<strong>de</strong> essa afirmação é<br />

falsa, e, como tal. enganosa.<br />

porque o mau humor sempre po-<br />

<strong>de</strong> modificar, sim, a nossa vida,<br />

obviamente, para pior.<br />

Quem já se iniciou no conhe-<br />

cimento da vida espiritual <strong>de</strong>ve<br />

saber que o mau humor sempre<br />

po<strong>de</strong> abrir uma brecha, dando<br />

acesso às influenciações malé-<br />

ficas que, hoje como nunca,<br />

campeiam por toda parte. Isso<br />

acontece porque esse estado


São Paulo, <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>1984</strong> O TREVO Página 5<br />

psíquico faz baixar nosso teor<br />

vibratório anímico, possibilitan-<br />

do assim uma sintonização com<br />

entida<strong>de</strong>s pouco evoluídas do<br />

plano astral. que po<strong>de</strong>m nos in-<br />

duzir. e frequentemente tam-<br />

bém aos que nos ro<strong>de</strong>iam, a bai-<br />

xar ainda mais esse teor vibra-<br />

tóriq, por sua intervenção cons-<br />

ciente ou inconsciente no pro-<br />

cesso.<br />

'Orai e vigiai sempre", nos<br />

exortou o Mestre, justamente<br />

porque sabia muito bem disso.<br />

Aliás, diga-se <strong>de</strong> passagem,<br />

no tempo em que Ele esteve en-<br />

carnado entre nós, tais assédios<br />

das trevas eram bem mais inó-<br />

cuos do que hoje, pelo simples<br />

fato <strong>de</strong> a humanida<strong>de</strong> terrestre<br />

ser mais primitiva, bem como<br />

muitas vezes menor. Além dis-<br />

so. acresce ainda o evento <strong>de</strong><br />

nos acharmos no "fim dos tem-<br />

pos". ou seja, no término <strong>de</strong> um<br />

ciclo evolutivo [iniciado há cer-<br />

ca <strong>de</strong> oitocentos mil anos), em<br />

plena "batalha do Armagedon"<br />

<strong>de</strong> que nos fala o Apocalipse <strong>de</strong><br />

João Evangelista, quando en-<br />

tão O mal supera momentanea-<br />

mente o bem e luta tenazmente,<br />

"cheio <strong>de</strong> ira". para sobreviver<br />

no planeta, "sabendo que lhe<br />

resta pouco tempo". Estamos<br />

justamente na hora da colheita<br />

do que Jesus semeou há quase<br />

dois mil anos e é justamente<br />

agora que se faz a "separação<br />

do joio do trigo", pois antes do<br />

amadurecimento das espigas<br />

não é possível distinguir-se um<br />

do outro com a <strong>de</strong>vida segu-<br />

rança.<br />

E André Luiz quem nos infor-<br />

ma que:<br />

'O estudo da obsessão, con-<br />

jugado a mediunida<strong>de</strong>, se reali-<br />

zado em <strong>maio</strong>r amplitu<strong>de</strong>. abran-<br />

geria o exame <strong>de</strong> quase toda hu-<br />

manida<strong>de</strong> terrestre."<br />

'Expressamos tal conceito, a<br />

face do pensamento que age e<br />

reage, carreando para o emissor<br />

todas as fecundações felizes ou<br />

infelizes que arremessa <strong>de</strong> si<br />

próprio, a <strong>de</strong>terminar para cada<br />

criatura os estados psíquicos<br />

que variam segundo os tipos <strong>de</strong><br />

emoção e conduta a que se afei-<br />

çoe."<br />

"Enquanto não se aprimore, é<br />

certo que o Espírito pa<strong>de</strong>cerá<br />

em seu instrumento <strong>de</strong> manifes-<br />

tação (corpo, perispírito), a re-<br />

sultante dos próprios erros".<br />

[Os grifos e parêntesis são nos-<br />

80s).<br />

Portanto, André Luiz nos <strong>de</strong>i-<br />

xa claro que somos responsá-<br />

veis diretos por nossas emo-<br />

çóes, pensamentos e conduta<br />

conseqüente. E por isso que pre-<br />

cisamos sempre procurar me-<br />

lhorar nosso teor vibratório.<br />

pois caso contrário. teremos <strong>de</strong><br />

pa<strong>de</strong>cer inevitavelmente a má<br />

resultante <strong>de</strong> nossos próprios<br />

<strong>de</strong>sacertos. Assim, combater o<br />

mau humor e outros estados psí-<br />

quicos negativos, <strong>de</strong>rivados do<br />

egoísmo, é um <strong>de</strong>ver para co-<br />

nosco, para nossa própria <strong>de</strong>-<br />

fesa.<br />

Além disso, sabemos que, pe-<br />

la lei das afinida<strong>de</strong>s. qualquer<br />

emissão mental junta-se com<br />

outras da mesma espécie. bem<br />

como, pela lei do retorno da<br />

ação'. volta-se potencializada e<br />

automaticamente para o emis-<br />

sor, mais cedo ou mais tar<strong>de</strong>.<br />

Não queiramos portanto. sobre-<br />

carregar ainda mais a já tão obs-<br />

curecida e viscosa aura terres-<br />

tre, que torna a vida humana ca-<br />

da vez mais insuportável sobre<br />

a Terra. com emissões psíqui-<br />

cas negativas.<br />

A esse respeito Ramatís nos<br />

estabelece o seguinte:<br />

"Os conceitos através dos<br />

quais os homens pautam seu<br />

comportamento é que impregna-<br />

ram 3 aura da Terra com os<br />

miasmas mentais e emocionais<br />

da guerra em todas as suas<br />

nuances - <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o simples mau<br />

humor caseiro, at6 a explosão<br />

<strong>de</strong> artefatos <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição em<br />

massa." [Os grifos são nossos]<br />

Desta forma, po<strong>de</strong>mos enten-<br />

<strong>de</strong>r que um simples mau humor<br />

po<strong>de</strong> ser facilmente sinergiza-<br />

do, ao ponto <strong>de</strong> até mesmo se<br />

transformar em acesso incontro-<br />

Iável <strong>de</strong> ira, levando a uma para-<br />

lisação do racioaínio, que po<strong>de</strong><br />

conduzir ao <strong>de</strong>lito grave ao nível<br />

individual e as guerras, a nível<br />

coletivo.<br />

O discípulo <strong>de</strong>ve ter sempre<br />

em mente que precisa apren<strong>de</strong>r<br />

a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r-se, começando pelo<br />

ABC, ou seja, aprimorando, con-<br />

trolando e vigiando continua-<br />

mente suas emoções. pensa-<br />

mentos e conseqüentes ações.<br />

Acreditamos que, sem esse es-<br />

forço primário. nenhuma meta<br />

superior possa ser alcançada,<br />

pois ninguém po<strong>de</strong> correr sem<br />

antes ter aprendido a andar.<br />

Finalmente, é preciso ainda<br />

que o discípulo tenha sempre<br />

em mente que está sendo vigia-<br />

do por forças negativas, bem<br />

mais do que um 'simples mor-<br />

tal" indiferente e inofensivo a<br />

elas. As 'trevas" sabem <strong>de</strong> so-<br />

bejo que o discípulo é um nú-<br />

cleo que po<strong>de</strong>. e por certo vai.<br />

influenciar positivamente a mui-<br />

tas <strong>de</strong> suas presas mais fáceis<br />

que. infetizmente. constituem<br />

gran<strong>de</strong> <strong>maio</strong>ria na atualida<strong>de</strong> e.<br />

por isso. ao menor <strong>de</strong>scuido,<br />

tentam atacá-lo.<br />

Esforcemo-nos pois no apren-<br />

dizado e em nossa reforma inte-<br />

rior, em todos os momentos do<br />

nosso dia-a-dia, pois esses. cre-<br />

mos. são os <strong>de</strong>veres fundamen-<br />

tais do verda<strong>de</strong>iro cFiscípulo do<br />

Divino Mestre Jesus.<br />

G.M. Meirelles FP<br />

CEAE Genebra<br />

AS CINCO ALTERNATIVAS 01 HUMANIDADE<br />

Natalino D'Olivo<br />

Relativamente ao futuro da<br />

alma, A. Kar<strong>de</strong>c estabeleceu cin-<br />

co alternativas: materialismo.<br />

panteísmo, dogmatismo. <strong>de</strong>ísmo<br />

e espiritismo.<br />

Materialismo - materialismo<br />

é uma doutrina que reduz o ser<br />

a uma unida<strong>de</strong> material. Não<br />

existe alma. O nascimento é o<br />

início e a morte é o fim. A vida<br />

é um fenômeno <strong>de</strong>corrente do<br />

metabolismo. Não há origem<br />

nem <strong>de</strong>stino divino. Em virtu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ssa conceituaçáo da vida. a<br />

moral prevalecente é a social,<br />

que assegura a convivência ou<br />

a vida no grupo. Como conse-<br />

qüência, cada um <strong>de</strong>verá apro-<br />

veitar a vida ao máximo possí-<br />

vel.<br />

O conceito <strong>de</strong> vida gera auto-<br />

maticamente um comportamen-<br />

to egoísta. O presente é tudo.<br />

Não há nenhuma perspectiva<br />

após a morte. Todo o esforço<br />

que se faça 6 para assegurar


Página 6 O TREVO São Paulo, <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>1984</strong><br />

um futuro na Terra. O tomporta-<br />

mento se <strong>de</strong>sequilibra <strong>de</strong> tal<br />

forma, que muitos querem ven-<br />

cer seus obstáculos ou alcançar<br />

o sucesso em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> ou-<br />

tros.<br />

A ambição ao po<strong>de</strong>r e ao di-<br />

nheiro espalha a opressão e a<br />

violência. Paulo <strong>de</strong> Tarso disse:<br />

"Se esperamos em Cristo só<br />

nesta vida. somos os mais mi-<br />

seráveis <strong>de</strong> todos os homens.<br />

Se os mortos não ressuscitam.<br />

também Cristo não ressuscitou.<br />

E se Cristo não ressuscitou, é<br />

vã a nossa fé. Comamos e beba-<br />

mos, porque amanhã morrere-<br />

mos." [I aos Coríntios, cap. 15)<br />

Para assegurar a imortalida<strong>de</strong><br />

na matéria, a ciência se mobili-<br />

za. inventando remédios para a<br />

velhice e preparados rejuvenes-<br />

centes. Tudo se faz para que o<br />

homem se imortalize na Terra.<br />

Panteísmo - <strong>de</strong> acordo com<br />

o panteísmo, tudo o que se vê é<br />

Deus. Deus é tudo: as plantas,<br />

as flores, os rios, as montanhas.<br />

o céu. a terra, os astros, os ho-<br />

mens, enfim, tudo o que vemos.<br />

Deus se i<strong>de</strong>ntifica com a natu-<br />

reza. Quando o ser nasce, absor-<br />

ve uma parte do princípio vital<br />

inteligente que volta para o re-<br />

servatório da natureza. No pan-<br />

teísmo, há duas correntes: uma<br />

que admite a evolução até a per-<br />

feição. quando então o espírito<br />

será absorvido pela essência<br />

universal, ou Deus. Outra admite<br />

que o ser absorve a inteligência<br />

ao nascer e, ao morrer. essa in-<br />

teligência retorna a Deus. Em<br />

ambos os casos, o espírito per-<br />

<strong>de</strong> a ~ndividualida<strong>de</strong> e então é o<br />

mesmo que não existisse. As<br />

conseqüências são as mesmas<br />

do materialismo.<br />

Dogmatismo - toda a doutri-<br />

na oriunda do Cristianismo ou<br />

<strong>de</strong> outras correntes filosóficas e<br />

que sustenta uma interpretação<br />

da Bíblia ao pé da letra é absur-<br />

da,como por exemplo: a criação<br />

<strong>de</strong> Adão e Eva, o céu e o infer-<br />

no, a salvação através do san-<br />

gue <strong>de</strong> Jesus, o juízo final, a as-<br />

censão da Virgem Maria ao céu<br />

com o corpo material. como<br />

também toda a maneira <strong>de</strong> ver<br />

as coisas pela tradição das<br />

idéias que se transmitem <strong>de</strong><br />

pais a filhos, quando o mundo se<br />

nos apresenta como bom e sem<br />

discussão Tudo é aceito sem<br />

contestação. E o dogma da fé<br />

cega.<br />

No dogmatismo, a criatura<br />

acredita numa série <strong>de</strong> coisas<br />

absurdas sem admitir discussão<br />

e raciocínio. De acordo com o<br />

dogmatismo, a alma sobrevive.<br />

mas essa sobrevivência não es-<br />

tá <strong>de</strong>finida. Ao per<strong>de</strong>r o corpo<br />

físico, per<strong>de</strong> a personalida<strong>de</strong>. a<br />

razão e o livre-arbítrio. ficando<br />

totalmente imobilizada. Daí o<br />

motivo <strong>de</strong> esperar o juízo final,<br />

ocasião em que retomará o cor-<br />

po, que ressuscitará para ser<br />

julgado. Após o julgamento, a<br />

alma <strong>de</strong> acordo com suas ações,<br />

irá <strong>de</strong>finitivamente para o céu<br />

ou inferno. Antes, porém, do juí-<br />

zo final, quem não foi muito mal<br />

nem muito bom, vai para o pur-<br />

gatório, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> subirá para o<br />

céu. se receber orações dos que<br />

ficaram na Terra. C o que se cha-<br />

ma <strong>de</strong> sufrágio ou oração pelos<br />

mortos. E uma teologia confusa.<br />

0s próprios teólogos não se en-<br />

ten<strong>de</strong>m a respeito. Uns ensinam<br />

uma coisa, outros ensinam ou-<br />

tra. Na verda<strong>de</strong>, nenhum <strong>de</strong>les<br />

sabe nada a respeito do futuro.<br />

E se eles não sabem, como o<br />

povo vai saber? Ante a dúvida<br />

sobre o futuro, ficam com a vida<br />

na matéria, tendo um comporta-<br />

mento semelhante ao do mate-<br />

rialismo.<br />

Os a<strong>de</strong>ptos da Reforma não<br />

acreditam no purgatório, mas<br />

somente no inferno e no céu:<br />

são extremistas. Tanto estes co-<br />

mo aqueles laboram em erros.<br />

porque aceitam uma teologia ab-<br />

surda que agri<strong>de</strong> a razão e o pró-<br />

prio texto bíblico.<br />

Deísmo - rejeita toda a es-<br />

pécie <strong>de</strong> revelação divina. mas<br />

aceita a existência <strong>de</strong> um Deus<br />

<strong>de</strong>stituído <strong>de</strong> atributos morais e<br />

intelectuais. Consi<strong>de</strong>ra-o ape-<br />

nas uma força infinita, causa<br />

cega <strong>de</strong> todos os fenômenos do<br />

Universo.<br />

Os <strong>de</strong>ístas se divi<strong>de</strong>m em<br />

duas correntes distintas: <strong>de</strong>ísta<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e <strong>de</strong>ísta provi<strong>de</strong>n-<br />

cial. O primeiro acredita em<br />

Deus e em todos os seus atri-<br />

butos como Criador. Segundo<br />

ele, Deus estabeleceu as leis<br />

gerais que regem o Universo e<br />

funcionam por si sós, naturai-<br />

mente, automaticamente. Deus<br />

não interfere na vida humana. As<br />

criaturas fazem o que po<strong>de</strong>m,<br />

sem que Deus se importe. Não<br />

há providência. A oração não<br />

muda o curso das leis estabele-<br />

cidas e. por conseguinte. não<br />

adianta orar agra<strong>de</strong>cendo ou pe-<br />

dindo.<br />

E uma posição egoísta e orgu-<br />

lhosa. Apesar <strong>de</strong> o homem tra-<br />

zer os recursos necessários pa-<br />

ra a sua evolução, não po<strong>de</strong> dis-<br />

pensar a ajuda divina, visto que<br />

a criatura, no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> sua<br />

evolução, se assemelha a uma<br />

criança que precisa <strong>de</strong> prote-<br />

ção. Se o homem, na condição<br />

<strong>de</strong> pai. que é imperfeito, não<br />

abandona seu filho a mercê da<br />

sorte, Deus que é fierfeito e pai<br />

amoroso, não teria procedimen-<br />

to contrário. O espírito. na sua<br />

evolução, apren<strong>de</strong> as leis divi-<br />

nas através <strong>de</strong> ensaio e erro e,<br />

na sua insipiência. necessita <strong>de</strong><br />

proteção.<br />

O <strong>de</strong>ísta provi<strong>de</strong>ncial, ao con-<br />

trário, crê na existência <strong>de</strong> Deus<br />

e na sua intervenção incessan-<br />

te. Dirige-lhe as suas preces e<br />

espera sua proteção divina,<br />

"mas não admite o culto exte-<br />

rior nem o dogmatismo atual".<br />

O futuro é incerto. O <strong>de</strong>ísta tem<br />

a mesma concepção que os dog-<br />

máticos relativamente ao futu-<br />

ro da alma. Por conseguinte. o<br />

comportamento não é diferente.<br />

O materialismo, o panteísmo,<br />

o dogmatismo e o <strong>de</strong>ísmo não<br />

têm condição <strong>de</strong> explicar cien.<br />

tífica e filosoficamente os pro-<br />

blemas humanos, principalmen-<br />

te, a evolução. o <strong>de</strong>stino, a <strong>de</strong>-<br />

sigualda<strong>de</strong> moral, intelectual e<br />

financeira, como também os<br />

problemas relativos a justiça e<br />

a lei <strong>de</strong> causa e efeito. Toda a<br />

explicação afastando a lei <strong>de</strong><br />

evolução material e espiritual<br />

não satisfaz a razão.<br />

Espiritismo - é a melhor al-<br />

ternativa, porque é ' coerente<br />

com a realida<strong>de</strong>; aliás, ela bro-<br />

ta da observação da realida<strong>de</strong>.<br />

O Espiritismo se baseia nas leis<br />

da natureza: evolução, reencar-<br />

nação, mediunida<strong>de</strong>. comunica-<br />

ção <strong>de</strong> espíritos, pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mundos habitados são fenôme-<br />

nos naturais. E a moral <strong>de</strong>cor-<br />

rente é maravilhosa. O indiví-<br />

duo tem interesse em conhecer<br />

e se aprofundar. porque está<br />

consciente <strong>de</strong> seu livre-arbítrio<br />

e <strong>de</strong> sua responsabilida<strong>de</strong>. O<br />

espírito é eterno. Quanto mais<br />

vive e apren<strong>de</strong>. mais enriquece<br />

sua personalida<strong>de</strong> espiritual.<br />

Uma existência representa um<br />

aprendizado.<br />

"Extraído <strong>de</strong> "Harpas <strong>de</strong> Luz")


São Paulo, <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>1984</strong> O TREVO Pbglna 7<br />

Aju<strong>de</strong> conversando,<br />

uma boa palavra<br />

auxilia sempre<br />

1 - A palavra é o <strong>maio</strong>r meio<br />

<strong>de</strong> expressão e comuni-<br />

cação do homem. Atra-<br />

vés da palavra, o homem<br />

po<strong>de</strong> elevar. reprimir.<br />

magoar e ferir o seu se-<br />

melhante. Vamos auxi-<br />

liar os nossos amigos e<br />

inimigos com palavras<br />

<strong>de</strong> carinho. <strong>de</strong> afeto e <strong>de</strong><br />

compreensão.<br />

2 - Uma boa palavra é sem-<br />

pre consoladora. Pala-<br />

vras <strong>de</strong> amor e com.<br />

preensão po<strong>de</strong>m acalmar<br />

um coração aflito.<br />

3 - Façamos <strong>de</strong> nossa con-<br />

versa um momento <strong>de</strong><br />

Paz.<br />

4 - A verda<strong>de</strong>ira conversa é<br />

saber escutar, falar pou-<br />

co, transmitir bastante e<br />

orientar sempre no bom<br />

caminho.<br />

5 - Um gesto <strong>de</strong> apoio, um<br />

olhar, uma palavra ou<br />

mesmo uma presença,<br />

po<strong>de</strong> trazer muito confor-<br />

to para alguém que este.<br />

ja doente. num quarto <strong>de</strong><br />

hospital ou prestes a co-<br />

meter alguma loucura.<br />

O sofrimento<br />

6 - Sabemos que o sofri-<br />

mento evolui o Espírito,<br />

mas sabemos também<br />

que Jesus nos dá re-<br />

cursos para suavizá-los.<br />

através do trabalho, <strong>de</strong>-<br />

dicação e principalmen-<br />

te, semeando Amor e<br />

compreensão para com<br />

OS nossos semelhantes.<br />

7 - Nós mesmos escolhemos<br />

o caminho para atingir-<br />

mos a nossa evolução, o<br />

APRENDIZES<br />

importante é percorrer-<br />

mos este caminho com<br />

muita fé. amor, paciên-<br />

cia e perseverança.<br />

8 - 0 trabalho em beneficio<br />

do próximo é um recurso<br />

para a nossa evolução.<br />

Humilda<strong>de</strong><br />

9 - A gerlerosida<strong>de</strong> e a com-<br />

preensão <strong>de</strong> que não so-<br />

mos melhores do que<br />

outros, por possuirmos<br />

mais coisas que eles, e<br />

a certeza <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>-<br />

mos sempre apren<strong>de</strong>r<br />

com pobres e ricos. li-<br />

ções que jamais po<strong>de</strong>rão<br />

ser compradas, nos dão<br />

a certeza <strong>de</strong> que a humil-<br />

da<strong>de</strong> é a melhor recom-<br />

pensa.<br />

10 - A humilda<strong>de</strong> é esse ato<br />

contínuo <strong>de</strong> Amar a Deus<br />

sobre todas as coisas e<br />

ao próximo tanto quanto<br />

amamos a nós mesmos.<br />

Servir com<br />

<strong>de</strong>sprendimento<br />

11 - A cada dia que passa o<br />

Pai nos coloca a frente<br />

um irmão menos favorecido.<br />

Se sempre que essa<br />

chance nos aparecer,<br />

aproveitarmos e doarmos<br />

o que aquele irmão precisa,<br />

sem esperarmos a<br />

retribuição do mundo que<br />

nos ro<strong>de</strong>ia, viveremos<br />

com mais serenida<strong>de</strong> e<br />

com mais amor.<br />

12 - Em fazer o bem sem ostentação<br />

há um gran<strong>de</strong><br />

mérito, pois estamos ampliando<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

amar <strong>de</strong>sinteressadamente,<br />

estabelecendo comunhão<br />

espiritual com a humanida<strong>de</strong>.<br />

17 - E somente através <strong>de</strong>la<br />

que conseguiremos a re-<br />

compensa do Pai para<br />

nossa própria evolução.<br />

14 - E a carida<strong>de</strong> mas ampla,<br />

sem laços afetivos ou<br />

consangüíneos, mbs é<br />

a carida<strong>de</strong> fraternal e<br />

quando a estivermos pra-<br />

ticando, estaremos viven-<br />

do com sabedoria.<br />

15 - Dar ser6 sempre o me-<br />

lhor processo <strong>de</strong> receber.<br />

Colaboradores:<br />

1 - Ivanise <strong>de</strong> Brito Silva<br />

2 - Cleusa <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s<br />

Franco<br />

3 - Delminda Ortega Guirão<br />

4 - Marly Vernillo<br />

5 - Vagner Alves Cardoso<br />

Centro Espírlta Re<strong>de</strong>ntor<br />

- Santo André<br />

6 - Lygia Vasconcelos da<br />

Silva<br />

C.E.A.E./Petrópoiis<br />

7 - Vitória Faria Machado<br />

Casa Espírita Razin, -<br />

Santo André<br />

8 - Jurema Pagliarini<br />

C.E. Irmão Alfredo<br />

9 - Olívia Leão Duarte<br />

10 - Maria Auxiliadora<br />

Grupo Espírlta Renascer<br />

- Vlla Mangalot<br />

I1 - Elisete C. Magalhães<br />

Alves<br />

12 - Eliane Cristlna dos<br />

Santos<br />

13 - José Carlos dos Santos<br />

Grupo Espírita Renascer<br />

- Santo &&é<br />

14 - Alda Bouchiglioni<br />

Casa <strong>de</strong> Timóteo -<br />

São Bernardo do Campo<br />

15 - Maria Nogueira<br />

C.E. Caminho da LUZ -<br />

Vlla Me<strong>de</strong>iros

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