comendador albino de oliveira guimarães - Museu da Emigração
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Assim, se hoje o mesmo trabalho diário correspon<strong>de</strong>r, no mesmo contexto, a<br />
cerca <strong>de</strong> 40 Euros, o custo, aos preços <strong>de</strong> hoje, ron<strong>da</strong>ria os 8320 euros.<br />
Face às <strong>de</strong>spesas <strong>da</strong> viagem, estamos perante um impedimento <strong>da</strong> emigração<br />
generaliza<strong>da</strong>, o que explica a emigração clan<strong>de</strong>stina e a selectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
emigração aos que tinham capital disponível ou a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recorrer ao<br />
crédito.<br />
Ao mesmo tempo, o capital social <strong>de</strong> que dispunham estes proprietários<br />
constituía-se como bastante para legitimar o cumprimento <strong>de</strong> obrigações<br />
implicitamente estabeleci<strong>da</strong>s e inscreviam-se em valores próprios <strong>de</strong> origem:<br />
serie<strong>da</strong><strong>de</strong>, honra e palavra. Estes valores eram inscritos em referências <strong>de</strong><br />
legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> social e familiar, tais como, o compadrio e o apadrinhamento, bem<br />
como pela existência <strong>de</strong> alguns laços <strong>de</strong> parentesco, ain<strong>da</strong> que afastado,<br />
explicando-se, <strong>de</strong>ste modo, muitos dos casamentos entre primos.<br />
As estratégias matrimoniais <strong>de</strong>corriam <strong>da</strong> existência <strong>de</strong> laços <strong>de</strong> parentesco, <strong>de</strong><br />
cumplici<strong>da</strong><strong>de</strong> geográfico-cultural e, ain<strong>da</strong>, <strong>da</strong> conjugação <strong>de</strong>stes factores com a<br />
partilha <strong>de</strong> conhecimentos privilegiados e experiência comercial experimenta<strong>da</strong><br />
na emigração, pelo que não são raros os casamento dos caixeiros no Brasil com as<br />
filhas dos patrões ou <strong>de</strong> outros Capitalistas estabelecidos no Brasil.<br />
Casar com alguém <strong>da</strong> terra ou vir casar à terra <strong>de</strong> origem, era obter certificados <strong>de</strong><br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> que, nem sempre, eram reconhecidos às naturais do país <strong>de</strong><br />
acolhimento, tal como nos é <strong>de</strong>scrito na literatura <strong>da</strong> época, explicando-se, assim,<br />
o casamento, no Rio, <strong>de</strong> Albino <strong>de</strong> Oliveira Guimarães com uma <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />
fafenses.<br />
Na<strong>da</strong> sabemos <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>, até 1837, quando se casou, no Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />
com Luiza Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Oliveira Castro, filha <strong>de</strong> outro fafense António Men<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> Oliveira Castro (Ramo - 1.5.7.2)<br />
O sogro <strong>de</strong> Albino era também português, nascido nascido a treze <strong>de</strong><br />
Abril <strong>de</strong> 1811, na freguesia <strong>de</strong> Santa Eulália Antiga <strong>de</strong> Fafe e falecido em 27-