Folias, Romarias e Congadas – de Eraldo - Universidade Federal ...
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RESENHA<br />
PERES, <strong>Eraldo</strong>. FÉsta Brasileira: <strong>Folias</strong>,<br />
<strong>Romarias</strong> e <strong>Congadas</strong>. São Paulo: SENAC<br />
Editoras: Imprensa Oficial do Estado <strong>de</strong><br />
São Paulo, 2010-2011.<br />
Sandra C. A. Pelegrini<br />
Museu da Bacia do Paraná e Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em História<br />
Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá<br />
Mariane Pimentel Tutui<br />
Centro <strong>de</strong> Estudo das Artes e do Patrimônio Cultural<br />
Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá<br />
Esta resenha tem como objetivo uma análise da obra “FÉsta<br />
Brasileira: <strong>Folias</strong>, <strong>Romarias</strong> e <strong>Congadas</strong>”, publicada pelo fotógrafo<br />
<strong>Eraldo</strong> Peres, responsável pela registro e catalogação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z mil<br />
imagens sobre romeiros, mestres, guias, foliões, valorizando as pessoas<br />
com muita luz e cor e a linguagem fotográfica em geral. O livro reúne<br />
diversas fotografias, resultado <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> uma década <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong><br />
Peres sobre festas <strong>de</strong> cunho religioso, como a Folia <strong>de</strong> Reis e do Divino,<br />
as <strong>Congadas</strong>, as <strong>Romarias</strong>, entre outras, e expressa o apreço dos <strong>de</strong>votos<br />
em relação ao seu patrimônio cultural imaterial.<br />
Revista Estudos Amazônicos • vol. VII, nº 1 (2012), pp. 301-308
Além das belíssimas fotografias, “FÉsta Brasileira” reúne textos <strong>de</strong><br />
Carol Peres e Clóvis Carvalho Britto. Carol Peres, filha do autor, é<br />
jornalista e Britto, doutor em sociologia pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília<br />
(UNB), pesquisador na área <strong>de</strong> cultura popular e membro atuante dos<br />
grupos <strong>de</strong> pesquisa: “Cultura, Memória e Desenvolvimento” pela<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília (UNB) e “História Regional: manifestações<br />
artísticas e patrimônios culturais” na Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá<br />
(UEM).<br />
A obra é dividida em sete capítulos: “Fé brasileira”, “Festa universal”;<br />
“Brasil, festas e tradições”; “<strong>Folias</strong>” (referentes à Folia do Divino e a<br />
Folia <strong>de</strong> Reis); “<strong>Romarias</strong>” (on<strong>de</strong> estão inclusos também o Círio <strong>de</strong><br />
Nazaré, Bom Jesus da Lapa, Divino Pai Eterno, Nossa Senhora da<br />
Abadia e Padre Cícero); “<strong>Congadas</strong>” e; “Fogaréu”. As fotos intercalam<br />
os textos e citações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s literatos brasileiros, como por exemplo:<br />
Eucli<strong>de</strong>s da Cunha, Rachel <strong>de</strong> Queiroz, Aluísio <strong>de</strong> Azevedo, Guimarães<br />
Rosa, Cora Coralina, Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, entre outros.<br />
<strong>Eraldo</strong> Peres fotografa crianças, jovens, adultos e idosos partilhando<br />
da mesma ambiência: a festa popular, na qual os principais participantes<br />
são simultaneamente espectadores e foliões. Tais manifestações <strong>de</strong><br />
religiosida<strong>de</strong> e festa sobrevivem na socieda<strong>de</strong> contemporânea<br />
permitindo-nos observar as representações e releituras <strong>de</strong> passagens<br />
bíblicas que fazem alusão à vida <strong>de</strong> Jesus Cristo, aos sacrifícios dos<br />
santos e às celebrações judaico-cristãs. As fazendas, as casas dos festeiros<br />
e as ruas, espaços on<strong>de</strong> se realizam os festejos, são adornados com<br />
símbolos coloridos que representam sentimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>voção.<br />
Torna-se relevante para compreensão da obra, as atentas observações<br />
<strong>de</strong> Mikhail Mikhailovich Bakhtin, intérprete da obra <strong>de</strong> François<br />
Rabelais 1, porque do seu ponto <strong>de</strong> vista a festa sintetizaria o popular e o<br />
erudito, o real e o imaginário, bem como a sua gênese articulada à antiga<br />
cultura cômica popular e ao encontro <strong>de</strong> diferentes manifestações, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
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a antiguida<strong>de</strong> até o medievo. Os festejos <strong>–</strong> conforme Bakhtin <strong>–</strong> “têm<br />
sempre uma relação marcada com o tempo” e seus alicerces expressos<br />
em “uma concepção <strong>de</strong>terminada e concreta do tempo natural<br />
(cósmico), biológico e histórico” 2.<br />
Além disso, as festivida<strong>de</strong>s em todas as suas fases históricas estiveram<br />
articuladas aos períodos <strong>de</strong> transtornos naturais e <strong>de</strong> crise na vida<br />
humana e da socieda<strong>de</strong>. “A morte e a ressurreição, a alternância e a<br />
renovação”, sob esta ótica constituiriam “os aspectos marcantes da<br />
festa”, motivados por um “clima típico” 3.<br />
A prazerosa leitura <strong>de</strong> FÉsta Brasileira nos induz a perceber melhor a<br />
historicida<strong>de</strong> das celebrações realizadas no Brasil, cujas origens nos<br />
remetem à “tradução” das práticas dos europeus, indígenas e africanos,<br />
para utilizar um conceito discutido por Peter Burke. 4<br />
As <strong>Folias</strong> do Divino celebram Pentecostes (cinquenta dias após o<br />
domingo <strong>de</strong> Páscoa) e simbolizam a <strong>de</strong>scida do Divino Espírito Santo. Já<br />
as <strong>Folias</strong> <strong>de</strong> Reis fazem alusão ao ciclo natalino, iniciado em 24 <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zembro e encerrado em 06 <strong>de</strong> janeiro (dia <strong>de</strong> Reis) ou no dia 21 <strong>de</strong><br />
janeiro (dia <strong>de</strong> São Sebastião). As <strong>Congadas</strong> configuram cortejos que têm<br />
como padroeiros São Benedito, Santa Efigênia e Nossa Senhora do<br />
Rosário.<br />
Segundo Britto, o termo folia já existia em Portugal <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século<br />
XVI, e fora mencionado na obra <strong>de</strong> Gil Vicente “Auto da Sibila<br />
Cassandra”. Essas festas <strong>de</strong> “folias” foram registradas por cronistas,<br />
como Antonil e Saint-Hilaire, e também pelo pintor francês Jean-<br />
Baptiste Debret. 5<br />
Debret chegou ao Brasil em 1816, com a “Missão Artística Francesa”<br />
e por aqui permaneceu, durante quinze anos como pintor da Real Escola<br />
<strong>de</strong> Ciências, Artes e Ofício (atual Aca<strong>de</strong>mia Real <strong>de</strong> Belas-Artes) e como<br />
cenógrafo da corte, durante sete anos. O pintor, que na Europa<br />
vivenciara a Revolução Francesa e as Campanhas Napoleônicas,<br />
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vivenciou no país dos trópicos a vida cotidiana da capital da corte <strong>de</strong> D.<br />
João VI, retratando em suas aquarelas a família imperial, brancos, índios<br />
e escravos. 6<br />
Segundo o sociólogo Clóvis Carvalho Britto, com a vinda da família<br />
real para o Brasil, a folia se intensificou como cerimônia pública<br />
mesclando os festejos com as representações da realeza. Para afiançar a<br />
fala <strong>de</strong> Britto, ressaltamos a <strong>de</strong>scrição que o pintor Debret realizou sobre<br />
a Folia do Divino, na prancha 29:<br />
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Chama-se no Rio <strong>de</strong> Janeiro folia do Imperador do<br />
Espírito Santo, um grupo <strong>de</strong> jovens folgazões,<br />
tocadores <strong>de</strong> violão, <strong>de</strong> pan<strong>de</strong>iros e <strong>de</strong> ferrinhos<br />
precedidos <strong>de</strong> um tambor: o grupo alegre escolta<br />
um porta-ban<strong>de</strong>ira, cujo chapéu ricamente<br />
enfeitado <strong>de</strong> flores e <strong>de</strong> fitas se assemelha ao dos<br />
<strong>de</strong>mais membros mais mo<strong>de</strong>stos da bandinha.<br />
Percorrem os rapazes as ruas da cida<strong>de</strong> cantando<br />
quadrinhas ajustadas ao motivo religioso para os<br />
fiéis que sustentam o trono do Imperador do<br />
Espírito Santo (menino <strong>de</strong> oito a doze anos). Êste<br />
os segue gravemente a alguns passos <strong>de</strong> distância,<br />
dando a mão a um dos dois irmãos da confraria,<br />
que o acompanham. (...) O pequeno imperador<br />
veste a casaca vermelha, calção da mesma côr e<br />
colête branco bordado a cores. Usa chapéu armado<br />
e <strong>de</strong> plumas <strong>de</strong>baixo do braço, espada à cinta,<br />
meias <strong>de</strong> sêda branca, sapatos <strong>de</strong> fivela <strong>de</strong> ouro;<br />
tem a cabeça empoada e carrega uma sacola. Usa<br />
como con<strong>de</strong>coração um crachá e, pen<strong>de</strong>nte do<br />
pescoço, uma espécie <strong>de</strong> custódia dourada no
centro da qual <strong>de</strong>staca-se uma pomba prateada.<br />
Vários irmãos pedintes prece<strong>de</strong>m e seguem o<br />
cortejo. 7<br />
As fotos <strong>de</strong> <strong>Eraldo</strong> Peres também se aproximam da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong><br />
Debret efetuada por entre 1916 e 1931, nas duas tipologias imagéticas<br />
(fotografias e aquarelas) são <strong>de</strong>stacados os instrumentos, as flores, as<br />
fitas coloridas, as ban<strong>de</strong>iras e a figura da pomba, símbolo do Divino. Por<br />
meio dos ângulos e perspectivas adotadas por Peres, percebemos que as<br />
imagens por ele captadas revelam muito mais que a cautela e o treino da<br />
visão; a câmera registra fortes expressões <strong>de</strong> nossa gente, projeta a<br />
honestida<strong>de</strong> e o apreço para com os seus ritos <strong>–</strong> elementos compositivos<br />
que nos chamam particular atenção.<br />
Neste sentido, cabe-nos indagar: por que olhamos essas imagens? O<br />
que elas nos transmitem? Uma imagem po<strong>de</strong> significar muitas coisas e<br />
trazer diferentes impactos para quem as observa: temporalida<strong>de</strong>,<br />
imaginação, memória, história, percepção, diálogo, afeto, cultura. Assim<br />
como um leitor, o espectador ao observar uma imagem inicia um diálogo<br />
com o objeto e o <strong>de</strong>spertar dos sentidos, segundo Jacques Aumont 8, “a<br />
imagem tem por função primeira garantir, reforçar, reafirmar e explicitar<br />
nossa relação com o mundo visual: ela <strong>de</strong>sempenha papel <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta<br />
do visual” 9. Em síntese, Aumont assinala que o espectador constrói a<br />
imagem, e que esta mesma imagem constrói o espectador, ou seja, ambas<br />
(imagem e espectador) interagem e estão ligadas à imaginação.<br />
A Folia do Divino, diferentemente da Folia <strong>de</strong> Reis, ocorre durante o<br />
dia; é chamada por Britto <strong>de</strong> “festa <strong>de</strong> festas”, pois atrai outras formas <strong>de</strong><br />
sociabilida<strong>de</strong>, como as novenas, os reinados, os teatros e as cavalhadas.<br />
Para ele, as romarias e a fé conduzem os fiéis durante a jornada. Os pés<br />
calejados <strong>de</strong> tanto caminhar, as preces sussurradas juntamente com os<br />
cantos <strong>de</strong> louvor revelam a fé inquestionável e a gratidão eterna do<br />
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pedido alcançado. Nas fotos, rostos cansados, embora perseverantes; as<br />
mãos que seguram terços e imagens <strong>de</strong> santos são as mesmas que muitas<br />
vezes revelam os resultados da labuta, a luta cotidiana pela sobrevivência.<br />
Carol Peres, ao referir-se ao Círio <strong>de</strong> Nazaré, realizado no segundo<br />
domingo <strong>de</strong> outubro há quase trezentos anos, relata aspectos da<br />
efeméri<strong>de</strong> que se tornou marco do encontro <strong>de</strong> um caboclo com a<br />
imagem da santa, do homem simples com a “Nossa Senhora”, aquela<br />
que ampara os romeiros e a seguem pelos rios e ruas <strong>de</strong> Belém do Pará.<br />
De acordo com os dados <strong>de</strong> “FÉsta Brasileira”, o Círio <strong>de</strong> Nazaré foi<br />
registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional<br />
(IPHAN) como “patrimônio cultural do Brasil”, no ano <strong>de</strong> 2004.<br />
A crença no Bom Jesus da Lapa, no Divino Pai Eterno, na Nossa<br />
Senhora da Abadia e no Padre Cícero também celebradas por meio <strong>de</strong><br />
festivida<strong>de</strong>s, rezas e romarias evi<strong>de</strong>nciam o alcance da fé no porvir. A<br />
Congada con<strong>de</strong>nsa elementos do catolicismo popular, o credo nos<br />
ancestrais e nas forças sobrenaturais. Esta última continua muito<br />
presente entre os negros e afro-brasileiros, que através da dança mostram<br />
a sua adoração a Nossa Senhora do Rosário. Nas fotografias <strong>de</strong> Peres<br />
<strong>de</strong>tectamos um ritual repleto <strong>de</strong> coreografias com passos e ritmos<br />
marcados pela sonorida<strong>de</strong> dos tambores e dos cânticos, cujo enredo<br />
remete ao compromisso firmado com os antepassados.<br />
Se fosse possível indicar qual seria a contribuição <strong>de</strong>ssa obra ao<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da pesquisa histórica e à produção do conhecimento,<br />
salientaríamos a sua relevância como fonte, uma vez que oferece o<br />
mapeamento <strong>de</strong> localida<strong>de</strong>s, datas, festas e registros <strong>de</strong>talhados dos<br />
lugares percorridos pelo fotógrafo.<br />
“FÉsta Brasileira: <strong>Folias</strong>, <strong>Romarias</strong> e <strong>Congadas</strong>” é uma obra muito<br />
tocante, repleta <strong>de</strong> flagrantes que exigem <strong>de</strong>codificação e uma acurada<br />
leitura <strong>de</strong> textos e imagens que fazem alusão às práticas tradicionais <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>voção. Do livro, fica um alerta: cabe-nos problematizar as relações<br />
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entre turismo religioso e o <strong>de</strong>senvolvimento regional, <strong>de</strong> modo a não<br />
consentir que essas festas se tornem eventos folclóricos ou espetáculos<br />
esvaziados <strong>de</strong> significação, organizados para servir às ambições dos<br />
empreendimentos turísticos. Tais celebrações são, antes <strong>de</strong> tudo, práticas<br />
referenciais da cultura brasileira, cuja permanência exige respeito <strong>de</strong><br />
todos os cidadãos <strong>de</strong> nosso país.<br />
NOTAS<br />
1 François Rabelais (1494 <strong>–</strong> 1553), médico francês, padre e escritor que viveu no<br />
período do Renascimento.<br />
2 BAKHTIN, Mikhail Mikhailovitch. A cultura popular na Ida<strong>de</strong> Média e no<br />
Renascimento: o contexto <strong>de</strong> François Rabelais. São Paulo: HUCITEC; Brasília:<br />
Editora da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília, 1993.<br />
3 I<strong>de</strong>m, p. 8.<br />
4 BURKE, Peter. Hibridismo Cultural. São Leopoldo: UNISINOS, 2008.<br />
5 Jean-Baptiste Debret (1768 <strong>–</strong> 1848), primo do gran<strong>de</strong> mestre do Neoclássico<br />
Jacques- Louis David, veio ao Brasil em 1816, juntamente com a “Missão<br />
Artística Francesa”. Em 1820, foi nomeado ao cargo <strong>de</strong> Pintor <strong>de</strong> História da<br />
Aca<strong>de</strong>mia Real <strong>de</strong> Belas-Artes e em 1840 admitido como membro do Instituto<br />
Histórico e Geográfico Brasileiro.<br />
6 De volta à Europa em 1831, Jean-Baptiste Debret publicou na França entre<br />
1834-1839, em três volumes, seu livro “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”,<br />
repleto <strong>de</strong> aquarelas e <strong>de</strong>scrições sobre o Brasil.<br />
7 DEBRET, Jean-Baptiste. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. São Paulo:<br />
Martins / EDUSP, 1972, p. 215.<br />
8 Jacques Aumont, escritor e teórico <strong>de</strong> cinema, atualmente professor da<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Paris (Nova Sorbonne) e da EHESS (Escola <strong>de</strong> Estudos<br />
Avançados em Ciências Sociais). Dirige o Centro <strong>de</strong> História do Cinema, da<br />
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Cinemateca Francesa e escreve com frequência para a revista Cinéma da Editora<br />
Léo Scheer.<br />
9 AUMONT, Jacques. A Imagem. Campinas: Papirus, 1995, p. 81.<br />
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