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Livro comemorativo aos 50 anos do Complexo Quimico de ... - Basf

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De qualquer forma é muito interessante<br />

olhar para trás e observar a<br />

opinião <strong>de</strong> Fahrnschon sobre a cida<strong>de</strong>,<br />

quan<strong>do</strong> hoje sabemos que ele foi o único<br />

mestre alemão a permanecer 10 <strong>anos</strong><br />

em Guaratinguetá. Dez <strong>anos</strong> que, com<br />

certeza, acabaram mudan<strong>do</strong> muito suas<br />

primeiras impressões, conforme ele próprio<br />

afirma: Fiquei muito satisfeito com<br />

o perío<strong>do</strong> que lá passei, tanto com a cida<strong>de</strong>,<br />

quanto com as pessoas e as chefias.<br />

Gostaria até <strong>de</strong> passar uns <strong>do</strong>is <strong>anos</strong> ainda<br />

no Brasil”.<br />

Apesar <strong>de</strong> todas as dificulda<strong>de</strong>s,<br />

parece que esses pioneiros da Idrongal<br />

perceberam algo muito importante manifesta<strong>do</strong><br />

no <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> Friess: “A<br />

gente <strong>de</strong>ve observar que na Alemanha o<br />

açúcar não é mais <strong>do</strong>ce e nem o piche é<br />

mais negro”.<br />

Ao chegar a Guaratinguetá, alguns<br />

<strong>do</strong>s primeiros mestres residiram num<br />

hotel no centro da cida<strong>de</strong>. Em fins <strong>de</strong><br />

1959, foi concluída a construção das<br />

suas residências no terreno da fábrica,<br />

para on<strong>de</strong> se mudaram.<br />

O ritmo <strong>de</strong> trabalho era fatigante. A<br />

fábrica <strong>de</strong> dispersões, por exemplo, trabalhava<br />

em <strong>do</strong>is turnos, forçan<strong>do</strong> a mestria,<br />

Wen<strong>de</strong>l no caso, a uma jornada que<br />

se estendia às 22 horas. “Era necessário<br />

que se acompanhasse o pessoal até que o<br />

trabalho fosse totalmente assimila<strong>do</strong>, o<br />

que ocorreu em poucos meses”, recorda.<br />

Borowski observa que “a fábrica funcionava<br />

dia e noite, inclusive <strong>aos</strong> <strong>do</strong>min-<br />

gos. As unida<strong>de</strong>s eram pequenas e não<br />

havia muita condição <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação. Hoje<br />

é diferente. As unida<strong>de</strong>s cresceram e equipes<br />

foram sen<strong>do</strong> montadas, possibilitan<strong>do</strong><br />

a<strong>do</strong>tar processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação muito<br />

distintos daqueles <strong>do</strong>s primeiros tempos.<br />

A supervisão da produção <strong>de</strong> hoje encontra-se<br />

diluída em diversos “olhos” que<br />

têm que enxergar e diversas “inteligências”<br />

que têm que perceber. Àquela época,<br />

tu<strong>do</strong> se concentrava na maestria, na<br />

pessoa que estava diretamente à frente<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento e que tinha, portanto,<br />

gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> técnica”.<br />

“Morar <strong>de</strong>ntro da fábrica”, continua<br />

Borowski, “nos impunha uma vida<br />

um pouco diferente. Não conseguíamos<br />

nos <strong>de</strong>sligar <strong>do</strong> trabalho em momento<br />

nenhum”.<br />

“Tenho que dar razão ao Farhnschon<br />

quan<strong>do</strong> ele afirma que o trabalho, naquele<br />

início, era <strong>de</strong> sol a sol. Eu até diria<br />

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