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História do Transistor - LSI

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• conhecimento empírico de dio<strong>do</strong>s (de "cat's whiskers" usa<strong>do</strong>s em receptores de rádio a dio<strong>do</strong>s de microondas<br />

usa<strong>do</strong>s durante a 2 a Grande Guerra em detetores de rádio e radares);<br />

• retifica<strong>do</strong>res de potência com dio<strong>do</strong>s de óxi<strong>do</strong> de cobre;<br />

• semicondutores usa<strong>do</strong>s: selênio, sulfeto de chumbo (galena), óxi<strong>do</strong> de cobre, germânio e silício;<br />

• conceito de bandas de energia;<br />

• conceito de <strong>do</strong>is tipos de condução (já chama<strong>do</strong>s de tipo n e tipo p), atribuí<strong>do</strong>s à presença de pequenas<br />

concentrações de impurezas. Theurer havia detecta<strong>do</strong> a presença de fósforo (pelo cheiro de fosfina) em Ge tipo n.<br />

Os semicondutores eram impuros (o Si mais puro era de 99,8 %) e nenhum era monocristalino (eram no máximo<br />

policristalinos, mas em geral eram usa<strong>do</strong>s na forma de pó).<br />

Existiam várias propostas para amplifica<strong>do</strong>res em esta<strong>do</strong> sóli<strong>do</strong>. Uma delas, baseada no mecanismo <strong>do</strong> efeito de campo,<br />

foi proposta por Lilienfeld em 1925.<br />

Decisões importantes feitas em 1945:<br />

• focar no Ge e Si como materiais a serem estuda<strong>do</strong>s (por serem mais simples);<br />

• pesquisar o efeito de campo.<br />

1947: Bardeen propõe que as tentativas anteriores de fabricar FET não funcionaram porque existem cargas na superfície<br />

que blindam o corpo <strong>do</strong> semicondutor. Isto veio a ser confirma<strong>do</strong> experimentalmente. Forma-se uma camada de<br />

inversão tipo p sobre a superfície <strong>do</strong> semicondutor tipo n. Não sei qual é o mecanismo exato para este comportamento,<br />

nem sei se é algo peculiar <strong>do</strong> Ge.<br />

Alguns fatos sobre o contato metal-semicondutor que corroboravam a hipótese da existência de cargas na superfície <strong>do</strong><br />

semicondutor:<br />

1. a propriedade retifica<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> contato metal semicondutor não variava em função da função de trabalho <strong>do</strong> metal;<br />

2. não havia diferença <strong>do</strong> potencial de contato ("contact potential" ??) entre amostras de Ge tipo n e tipo p, nem entre<br />

amostras de Si tipo n e tipo p;<br />

3. características IxV observadas por S. Benzer (Purdue University) sugeriam que para temperaturas suficientemente<br />

baixas os elétron deveriam ser "congela<strong>do</strong>s" nos esta<strong>do</strong>s de superfície e o efeito de campo poderia ser observa<strong>do</strong><br />

experimentalmente. Experiências realizadas por Pearson e Bardeen confirmaram esta teoria.<br />

Tentam modificar os esta<strong>do</strong>s da superfície <strong>do</strong> semicondutor aplican<strong>do</strong> inicialmente dielétrico líqui<strong>do</strong> e depois eletrólitos<br />

na superfície, ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> contato de ponto (que é, naturalmente, isola<strong>do</strong> <strong>do</strong> eletrólito). Observam que aplican<strong>do</strong> um<br />

potencial reverso no contato de ponto surge uma corrente (que correspondia à corrente de lacunas). Depois, seguin<strong>do</strong><br />

sugestões de Gibney, eles aplicam tensões no eletrólito e observam mudanças consideráveis no esta<strong>do</strong> da superfície,<br />

alteran<strong>do</strong> a corrente. Depois foi estudada uma estrutura com ouro evapora<strong>do</strong>, circundan<strong>do</strong> o contato de ponto, até que se<br />

chegou à estrutura com <strong>do</strong>is contatos de ponto muito próximos (duas tiras de metal separadas por poucos mils<br />

pressiona<strong>do</strong>s contra o Ge) com que se observou o efeito transistor, às vésperas <strong>do</strong> natal de 1947. Com um <strong>do</strong>s contatos<br />

reversamente polariza<strong>do</strong> e o outro diretamente polariza<strong>do</strong> o dispositivo foi usa<strong>do</strong> para criar um oscila<strong>do</strong>r, uma clara<br />

prova de que havia ganho de potência.<br />

Todas as suposições empregadas para se chegar ao transistor baseavam-se no modelo de condução de corrente pela<br />

superfície. Acreditava-se que o Ge tipo n possuía uma camada superficial invertida tipo p por onde a corrente poderia<br />

ser conduzida. A idéia era mudar a condutividade deste caminho de corrente. Mas em janeiro de 1948 Schockley<br />

apresenta o modelo correto, da corrente sen<strong>do</strong> transportada pelo corpo <strong>do</strong> semicondutor, esclarecen<strong>do</strong> o papel <strong>do</strong>s<br />

porta<strong>do</strong>res minoritários. Schockley propõe o transistor de junção com estrutura pnp. Schockley propõe ainda uma<br />

estrutura pnpn que viria ser conheci<strong>do</strong> depois como o tiristor, com característica biestável, e sugere seu uso como chave<br />

para aplicação em comuta<strong>do</strong>res telefônicos.<br />

Em 1948 J. Shive prova experimentalmente que a corrente no transistor é conduzida pelo corpo <strong>do</strong> semicondutor. Para<br />

isso Shive mol<strong>do</strong>u o Ge na forma de cunha, aterrou a base, formou <strong>do</strong>is contatos de "phosphor-bronze" em la<strong>do</strong>s<br />

opostos da cunha numa região onde a espessura <strong>do</strong> Ge era de 0,01 cm e observou o efeito transistor.<br />

Batismo <strong>do</strong> transistor: John R. Pierce, na Bell Labs, algum tempo antes de 28 de maio de 1948 sugere que numa válvula<br />

existe o conceito de transcondutância, então o transistor deveria ter uma transresistência, por analogia. Somou-se a<br />

terminação OR comum a vários dispositivos (resistor, capacitor, indutor, termistor, etc).<br />

Seguiram alguns avanços em materiais:

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