Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho - ifsuldeminas
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comum das interações gene-a-gene e tem sido sugerido que ela possa ser uma forma <strong>de</strong> morte<br />
<strong>de</strong> célula programada (HEATH,1999).<br />
Estudos tem mostrado que a reação <strong>de</strong> hipersensibilida<strong>de</strong> do cafeeiro à ferrugem está<br />
associada ao encapsulamento dos hastódios com calose e 1,4 –B- glucanas, à disposição <strong>de</strong><br />
fenóis, à acumulação <strong>de</strong> material <strong>de</strong>composição heterogênea ( pectinas, polissacarí<strong>de</strong>os e<br />
fenóis) nos espaços intercelulares e à lignificação das pare<strong>de</strong>s e hipertrofia das células das<br />
plantas (SILVA et al; 2002). O aumento da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> enzimas oxidativas, como a<br />
lipoxigenase e a peroxidase, <strong>de</strong> enzimas da via fenilpropanoi<strong>de</strong> tem sido também associado à<br />
expressão <strong>de</strong> resistência do cafeeiro ( SILVA et al;2002).<br />
Atualmente estudos moleculares vêm tentando i<strong>de</strong>ntificar genes do cafeeiro<br />
envolvidos na resposta <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong> H. vastatrix.<br />
3.3 Tipos <strong>de</strong> resistência a ferrugem<br />
Na avaliação da reação <strong>de</strong> cafeeiros à ferrugem, dois tipos <strong>de</strong> resistência po<strong>de</strong>m ser<br />
consi<strong>de</strong>rados, segundo Plank (1968): a resistência vertical ou resistência <strong>de</strong> raça especifica,<br />
que é caracterizada pela interação diferencial entre o hospe<strong>de</strong>iro e o patógeno, e um segundo<br />
tipo, a resistência horizontal ou <strong>de</strong> raça não especifica, na qual não há interação diferencial<br />
entre os organismos envolvidos. Estudos realizados por Abreu (1978) e Almeida (1980)<br />
apontam o fato <strong>de</strong> que, no germoplasma <strong>de</strong>rivado do híbrido <strong>de</strong> Timor, os dois tipos <strong>de</strong><br />
resistência po<strong>de</strong>m ser normalmente encontrados juntos.<br />
Eskes et al (1990), estudando a herança da resistência incompleta, verificaram que,<br />
nos cafeeiros híbridos <strong>de</strong> Timor e Icatú com reações segregantes para a susceptibilida<strong>de</strong>,<br />
naqueles que apresentavam reações com menores níveis, esta está correlacionada com maior<br />
período latente.<br />
Plantas com níveis <strong>de</strong> reação mais baixos, provavelmente, são possuidoras <strong>de</strong> maior<br />
dose gênica ou maior numero <strong>de</strong> genes do que plantas com maiores notas na escala <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong><br />
reação. Em razão <strong>de</strong> aparente ativida<strong>de</strong> entre genes <strong>de</strong> resistência, a seleção fenotípica para os<br />
tipos <strong>de</strong> reação com níveis <strong>de</strong> resistência à ferrugem mais baixos po<strong>de</strong>m favorecer o acumulo<br />
<strong>de</strong>sses genes.<br />
A ação combinada <strong>de</strong> diversos genes em um único genótipo é, provavelmente, efetiva<br />
para conferir resistência durável à ferrugem do cafeeiro (ESKES et al; 1991).<br />
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