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ganhos de produtividade com o revestimento de moldes

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GANHOS DE PRODUTIVIDADE COM O REVESTIMENTO DE<br />

MOLDES POR PVD (1)<br />

Resumo<br />

Eros <strong>de</strong> Araújo Neto (2)<br />

Hervé Delorme (3)<br />

O objetivo é ilustrar, através <strong>de</strong> casos, a melhora da produtivida<strong>de</strong> conseguida pelo<br />

<strong>revestimento</strong> dos mol<strong>de</strong>s metálicos para plásticos e borrachas através <strong>de</strong> PVD<br />

(Physical Vapor Deposition). Os aumentos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ram-se pela<br />

diminuição do ciclo <strong>de</strong> processo, da ocorrência <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos nas peças e nos mol<strong>de</strong>s<br />

e aumento da vida útil das ferramentas. São discriminadas as principais influências<br />

na vida e no <strong>de</strong>sempenho dos mol<strong>de</strong>s e <strong>com</strong>o agem os diversos parâmetros<br />

práticos.<br />

Palavra Chave: Mol<strong>de</strong>s; PVD; PACVD; Revestimentos<br />

(1) Contribuição apresentada durante o 2º Encontro da Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Ferramentas, Mol<strong>de</strong>s e Matrizes,<br />

promovido pela ABM, entre 21 e 23 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2004, em São Paulo / SP.<br />

(2) Engenheiro metalurgista, Gerente Comercial da HEF do Brasil Industrial Ltda. – eros@hef.<strong>com</strong>.br<br />

– (11) 4056-4433<br />

(3) Tecnólogo mecânico, Gerente <strong>de</strong> Marketing da Divisão PVD Coatings do Groupe HEF –<br />

h<strong>de</strong>lorme@hef.fr – (33 4) 7777-5222


1 – Introdução:<br />

A indústria <strong>de</strong> materiais poliméricos, assim <strong>com</strong>o todas as <strong>de</strong>mais, necessita,<br />

continuamente, melhorar a produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas operações para manter-se<br />

<strong>com</strong>petitiva. As tradicionais maneiras, entre outras, <strong>de</strong> aumentar-se a produtivida<strong>de</strong><br />

são:<br />

- Diminuição dos tempos <strong>de</strong> ciclo <strong>de</strong> processo<br />

- Aumento da vida útil das ferramentas<br />

- Ausência <strong>de</strong> paradas <strong>de</strong> produção para correção <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos, limpeza e<br />

substituições <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes.<br />

- Não utilização <strong>de</strong> <strong>de</strong>smoldantes ou lubrificantes ou refrigerantes.<br />

- Facilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> troca, ajustes e manutenção.<br />

Dentro <strong>de</strong>ste contexto, para as indústrias <strong>de</strong> plástico e borracha, o mol<strong>de</strong> é <strong>de</strong><br />

fundamental importância, pois é <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>le a gran<strong>de</strong> parte do ganho a<br />

ser conseguido. Em geral, um mol<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado uma montagem<br />

<strong>com</strong>plexa, <strong>com</strong>posta <strong>de</strong> diferentes partes, nos quais po<strong>de</strong>mos encontrar dois grupos<br />

principais (1):<br />

- O grupo das peças estruturais que <strong>de</strong>vem suportar os esforços provenientes<br />

das pressões <strong>de</strong> fechamento do equipamento e da pressão <strong>de</strong> injeção /<br />

conformação.<br />

- O grupo das peças conformadoras que <strong>de</strong>verão suportar as pressões <strong>de</strong><br />

moldagem e diferentes tipos <strong>de</strong> agressões, que <strong>de</strong>terminarão também o seu<br />

<strong>de</strong>sempenho.<br />

Nos casos <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> construção mais simples, muitas peças situam-se nos dois<br />

grupos.<br />

2 – Análise do funcionamento dos mol<strong>de</strong>s:<br />

Durante o trabalho dos mol<strong>de</strong>s para plástico e borracha, po<strong>de</strong>mos citar <strong>com</strong>o<br />

principais agressões sofridas por eles:<br />

Desgaste abrasivo, notadamente nos casos <strong>de</strong> materiais <strong>com</strong> maior carga <strong>de</strong><br />

materiais altamente abrasivos, <strong>com</strong>o fibras <strong>de</strong> vidro, minérios, etc.<br />

Corrosão pelos produtos da <strong>de</strong><strong>com</strong>posição <strong>de</strong> certos polímeros clorados,<br />

<strong>com</strong>o por exemplo, PVC.<br />

Agressão pelas partes móveis do mol<strong>de</strong>, implicando em contato metal/metal<br />

ou plástico/metal ou metal/plástico<br />

“Efeito Diesel” resultante da <strong>de</strong>tonação brusca <strong>de</strong> gases <strong>com</strong>primidos,<br />

po<strong>de</strong>ndo conduzir a efeitos <strong>de</strong> queima da superfície do mol<strong>de</strong>, <strong>com</strong>o<br />

mostrado abaixo, na figura 1.


Figura 1 – “Efeito Diesel” na superfície <strong>de</strong> um mol<strong>de</strong><br />

As peças submetidas aos diferentes mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste são,<br />

essencialmente, representadas por:<br />

- Ejetores<br />

- Injetores móveis<br />

- Gavetas<br />

- Buchas guia<br />

- Montagens mol<strong>de</strong>/porta-mol<strong>de</strong><br />

- Peças móveis, etc..<br />

Se os mecanismos <strong>de</strong> fadiga, <strong>de</strong>sgaste e corrosão condicionam gran<strong>de</strong>mente o<br />

<strong>com</strong>portamento dos mol<strong>de</strong>s e, notadamente, a duração da vida útil, os outros<br />

parâmetros têm, igualmente, uma parcela muito importante no <strong>de</strong>sempenho dos<br />

mol<strong>de</strong>s em serviço.<br />

Assim por exemplo, a velocida<strong>de</strong> e taxa <strong>de</strong> escoamento <strong>de</strong> um material num<br />

mol<strong>de</strong> são, geralmente, inversamente proporcionais ao valor do coeficiente <strong>de</strong><br />

fricção observado entre o material do mol<strong>de</strong> e a superfície da peça moldada.<br />

Uma das conseqüências <strong>de</strong>ste parâmetro é evi<strong>de</strong>nte, pois condiciona<br />

diretamente a duração da fase <strong>de</strong> escoamento na moldagem, influenciando<br />

<strong>de</strong>sta forma, no tempo da moldagem e agindo diretamente nos custos da<br />

operação <strong>de</strong> transformação.<br />

Também uma regra igualmente importante, são as interações físico-químicas<br />

eventuais entre a superfície da parte moldante e os materiais moldados.<br />

Estas interações po<strong>de</strong>m ser responsáveis pelos fenômenos ditos <strong>de</strong><br />

“incrustação” e po<strong>de</strong>m ser observadas <strong>de</strong>ntre a gran<strong>de</strong> parte dos materiais:<br />

plásticos, elastômeros, metais, ... Nós estamos falando <strong>de</strong> colamento e<br />

a<strong>de</strong>são.<br />

Sobre estes casos, a ocorrência <strong>de</strong> tais fenômenos <strong>de</strong> incrustação conduzem, não<br />

somente ao aumento dos esforços <strong>de</strong> <strong>de</strong>smoldagem, mas também a uma<br />

<strong>de</strong>gradação na qualida<strong>de</strong> dos produtos moldados. Como também é sabida, esta<br />

incrustação necessita <strong>de</strong> limpezas periódicas das superfícies dos mol<strong>de</strong>s,<br />

geralmente através da diluição química em um banho alcalino ou por meio mecânico<br />

<strong>com</strong>o, por exemplo, micro-jateamento, impondo que:


O material <strong>de</strong> construção do mol<strong>de</strong> ou o <strong>revestimento</strong> sejam inertes<br />

quimicamente perante os materiais <strong>de</strong> limpeza utilizados, protegendo o<br />

mol<strong>de</strong>.<br />

A superfície do mol<strong>de</strong> seja suficientemente resistente (dura) para não se<br />

<strong>de</strong>gradar <strong>com</strong> os meios abrasivos utilizados.<br />

Tanto num caso <strong>com</strong>o no outro, essas operações <strong>de</strong> manutenção necessitam <strong>de</strong><br />

uma parada momentânea da produção, <strong>com</strong> repercussões diretas sobre os custos.<br />

3 – Utilização <strong>de</strong> tratamentos <strong>de</strong> superfícies:<br />

Frente ao relatado, as empresas buscaram nas tecnologias <strong>de</strong> <strong>revestimento</strong> uma<br />

resposta essencial para resolver os problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste e corrosão, para<br />

melhorar o escoamento do material no mol<strong>de</strong> ou para facilitar a <strong>de</strong>smoldagem dos<br />

produtos transformados e, <strong>com</strong>o conseqüência, para melhorar a qualida<strong>de</strong> dos<br />

produtos, diminuir os tempos <strong>de</strong> operação e <strong>de</strong> manutenção, e finalmente para<br />

otimizar os custos <strong>de</strong> transformação dos materiais moldados.<br />

Se os tratamentos <strong>de</strong> nitretação e os <strong>revestimento</strong>s <strong>de</strong> cromo eletrolítico ou <strong>de</strong><br />

níquel químico foram, e são hoje largamente utilizados, nós assistimos agora a um<br />

emprego cada vez maior e mais generalizado <strong>de</strong> camadas duras, através da<br />

<strong>de</strong>posição pelos processos PVD (Physical Vapor Deposition – Deposição Física em<br />

Fase Vapor) e PACVD (Plasma Assisted Chemical Vapor Deposition – Deposição<br />

Química em Fase Vapor Assistido por Plasma).<br />

Eles tem, notadamente, a vantagem <strong>de</strong> conseguir microdurezas bastante altas,<br />

acima <strong>de</strong> 2.000 HV, <strong>de</strong> serem extremamente inertes quimicamente e <strong>de</strong> não<br />

modificarem o estado inicial da superfície do mol<strong>de</strong>.<br />

A tabela abaixo mostra as características dos principais <strong>revestimento</strong>s<br />

<strong>de</strong>senvolvidos para aplicação por PVD e PACVD, através <strong>de</strong> tecnologia PEMS<br />

(Plasma Enhanced Magnetron Sputering).<br />

Camada Temperatura<br />

<strong>de</strong><br />

Processo<br />

Temperatura<br />

<strong>de</strong> Uso<br />

Dureza<br />

(HV)<br />

Fricção<br />

CrxNy 200/250 < 500 2.500 0,55<br />

CrN 200/250 < 600 2.000 0,80<br />

TiBN 250/300 < 700 4.000 0,35<br />

TiN 350/450 < 400 2.600<br />

TiAlN 350/450 < 800 3.200<br />

TiCN 350/450 < 500 3.300<br />

DLC 150/200 < 300 3.000 0,15<br />

Tabela 1 – Características dos <strong>revestimento</strong>s PVD / PACVD (1)(2)


DLC: Revestimento <strong>de</strong> carbono amorfo, aplicado por PACVD, a partir da dissociação<br />

<strong>de</strong> um gás contendo carbono.<br />

Cabe ressaltar:<br />

A baixa temperatura <strong>de</strong> aplicação dos <strong>revestimento</strong> DLC e <strong>de</strong> nitretos <strong>de</strong><br />

cromo<br />

A alta dureza do <strong>revestimento</strong> <strong>de</strong> nitreto <strong>de</strong> titânio boro<br />

O baixo coeficiente <strong>de</strong> atrito do <strong>revestimento</strong> DLC<br />

Devido a sua natureza inerte os <strong>revestimento</strong>s aplicados por PVD ou PACVD po<strong>de</strong>m<br />

ser utilizados em mol<strong>de</strong>s para a fabricação <strong>de</strong> embalagens ou <strong>de</strong> peças para usos<br />

alimentícios, farmacêuticos, médicos ou <strong>de</strong> cosméticos. No caso <strong>de</strong> <strong>revestimento</strong><br />

DLC, dispensa-se também, em alguns casos, a utilização <strong>de</strong> lubrificantes ou<br />

<strong>de</strong>smoldantes.<br />

4 – Exemplos <strong>de</strong> aplicação:<br />

4.1 – Injeção <strong>de</strong> material polimérico<br />

Este exemplo é <strong>de</strong> um <strong>com</strong>ponente montado <strong>de</strong> bucha / macho <strong>de</strong> um mol<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

injeção do bico <strong>com</strong> válvula <strong>de</strong> uma garrafa, resfriado a água, em aço AFNOR 35<br />

NCD 16 (1.6747 – 30NiCrMo16-6) (3), conforme Figura 2.<br />

Figura 2 – Mol<strong>de</strong> / Macho <strong>de</strong> injeção <strong>de</strong> tampa <strong>de</strong> garrafa (1)<br />

Problema: No estado sem <strong>revestimento</strong> era necessário um repolimento após um<br />

milhão <strong>de</strong> ciclos <strong>de</strong>vido ao fenômeno <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação da superfície pelo “efeito<br />

diesel” observado, conforme Figura 1.<br />

Para remediar este fenômeno, uma camada <strong>de</strong> 3 µm <strong>de</strong> espessura <strong>de</strong> CrxNy (nitreto<br />

<strong>de</strong> cromo) foi proposta, e o aço original foi trocado por uma liga <strong>de</strong> cobre-berílio,<br />

permitindo assim uma muito boa condutivida<strong>de</strong> térmica, a ponto <strong>de</strong> suprimir o<br />

resfriamento <strong>com</strong> água.<br />

Graças a utilização da solução proposta, a <strong>de</strong>gradação pelo “efeito diesel” foi<br />

praticamente suprimida, retardando consi<strong>de</strong>ravelmente a <strong>de</strong>terioração e<br />

aumentando o espaçamento das operações <strong>de</strong> limpeza e repolimento <strong>de</strong> 1 milhão<br />

<strong>de</strong> ciclos para 16 milhões <strong>de</strong> ciclos.


A característica atuante do <strong>revestimento</strong> neste caso foi a minimização dos efeitos da<br />

queima superficial.<br />

4.2 – Injeção <strong>de</strong> material polimérico<br />

Este exemplo é sobre o emprego <strong>de</strong> um mol<strong>de</strong> em aço Z38CDV5 (DIN 1.2343 -<br />

38CrMoV5) (3) <strong>de</strong>stinado a moldagem <strong>de</strong> colheres graduadas, em polietileno para<br />

aplicação farmacêutica (colher dosadora <strong>de</strong> medicamentos), conforme Figura 3.<br />

Empreinte <strong>de</strong> moule<br />

Figura 3 – Mol<strong>de</strong> para colheres dosadoras<br />

Problema: Na ausência <strong>de</strong> <strong>revestimento</strong> superficial os principais problemas<br />

encontrados eram o escoamento e o preenchimento da gravura pelo material<br />

durante a moldagem e a <strong>de</strong>smoldagem ao fim do processo <strong>de</strong>vido a a<strong>de</strong>rência do<br />

material no mol<strong>de</strong>.<br />

Para melhorar a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escoamento do material e o preenchimento da<br />

gravura foi proposto um <strong>revestimento</strong> DLC <strong>com</strong> camada <strong>de</strong> 2 µm, aplicado por<br />

PACVD.<br />

O efeito do <strong>revestimento</strong> não só resolveu os problemas mencionados, <strong>de</strong>vido ao<br />

baixo coeficiente <strong>de</strong> fricção, mas proporcionou uma redução <strong>de</strong> aproximadamente<br />

30% no tempo do ciclo <strong>de</strong> injeção.<br />

4.3 – Injeção <strong>de</strong> material elastômero:<br />

A presente aplicação se relaciona a injeção <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> borracha e, ainda que os<br />

mol<strong>de</strong>s são revestidos <strong>com</strong> uma camada <strong>de</strong> cromo duro eletrolítico, eles necessitam<br />

<strong>de</strong> limpeza a cada 20.000 prensadas.<br />

Tendo em vista aumentar o espaçamento entre as paradas para limpeza, sem<br />

<strong>de</strong>gradar a qualida<strong>de</strong> das peças, foi proposta a substituição do <strong>revestimento</strong> por<br />

outro <strong>com</strong> 4 µm <strong>de</strong> espessura, <strong>de</strong> nitreto <strong>de</strong> cromo (CrxNy) aplicado por PVD /<br />

PEMS, conforme Figura 4.<br />

Graças ao emprego <strong>de</strong>ste <strong>revestimento</strong>, foi possível realizar 100.000 prensagens<br />

sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> limpezas intermediárias, correspon<strong>de</strong>ndo a um aumento da<br />

duração <strong>de</strong> um fator <strong>de</strong> 5 vezes em relação a solução tradicional <strong>de</strong> cromo duro.


4.4 – Outras aplicações:<br />

Figura 4 - Mol<strong>de</strong>s para juntas <strong>de</strong> borracha (1)<br />

Apresentamos abaixo alguns outros exemplos <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>com</strong> a<br />

utilização <strong>de</strong> <strong>revestimento</strong>s aplicados por PVD / PACVD nos processos <strong>de</strong> injeção<br />

<strong>de</strong> plástico e borracha.<br />

Figura 5 – Componentes <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s e equipamentos<br />

1) Incertos / machos / tubos<br />

Problemas: a<strong>de</strong>rência do material e <strong>de</strong>sgaste abrasivo (passagem <strong>de</strong> material)<br />

Soluções utilizadas: DLC e CrxNy que aumentam a vida das ferramentas e<br />

permitem a melhora do estado da superfície das peças injetadas, <strong>com</strong> aspecto<br />

brilhante.


2) Bicos <strong>de</strong> injeção<br />

Problema: <strong>de</strong>sgaste abrasivo<br />

Soluções: DLC e CrxNy que po<strong>de</strong>m ser aplicados sobre aço e sobre as ligas <strong>de</strong><br />

cobre, tipo cobre-berílio, assegurando uma melhor condutibilida<strong>de</strong> térmica. Eles<br />

não afetarão a condutibilida<strong>de</strong> térmica e permitirão o aumento da vida útil das<br />

peças.<br />

3) Placas <strong>de</strong> suporte <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s / guias / peças móveis<br />

Problema: Fricção mecânica, neste caso metal / metal, <strong>com</strong> <strong>de</strong>sgaste prematuro<br />

<strong>de</strong>vido a movimentos repetitivos.<br />

Solução: DLC que possui um coeficiente <strong>de</strong> fricção bastante baixo, assegurando<br />

um bom <strong>de</strong>slizamento e uma diminuição importante do <strong>de</strong>sgaste das peças em<br />

contato. O <strong>revestimento</strong> permite, em alguns casos, a utilização sem lubrificação<br />

ou a diminuição das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stas.<br />

4) Ejetores<br />

Problema: engripamento <strong>de</strong>vido a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> lubrificante.<br />

Solução: DLC é um <strong>revestimento</strong> auto-lubrificante e permite multiplicar a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> peças injetadas.<br />

5 – Conclusão:<br />

Os exemplos mostram uma pequena parte das possibilida<strong>de</strong>s nas quais os<br />

<strong>revestimento</strong> aplicados por PVD ou PACVD po<strong>de</strong>m ser utilizados na proteção das<br />

ferramentas <strong>de</strong> transformação dos materiais. A utilização não se limita somente a<br />

proteção para as ferramentas, mas também igualmente, a outras peças<br />

<strong>com</strong>ponentes dos mol<strong>de</strong>s e dos equipamentos usados durante o processo <strong>de</strong><br />

transformação, proporcionando <strong>ganhos</strong> <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>.<br />

Também há <strong>de</strong> se ressaltar que os <strong>ganhos</strong> proporcionados pela utilização <strong>de</strong><br />

<strong>revestimento</strong> por PVD / PACVD estarão em breve sendo sentidos nas reduções <strong>de</strong><br />

custos <strong>de</strong> usinagem <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s em ligas <strong>de</strong> alumínio <strong>de</strong> alta resistência mecânica<br />

(4). Atualmente, as tecnologias estão bem adiantadas na adaptação do DLC para<br />

baixas temperaturas, po<strong>de</strong>ndo ser aplicado neste tipo <strong>de</strong> mol<strong>de</strong> sem a perda <strong>de</strong><br />

proprieda<strong>de</strong>s mecânicas (1).<br />

Figura 6 – Mol<strong>de</strong> em liga <strong>de</strong> alumínio revestido <strong>com</strong> DLC (1)


Bibliografia<br />

(1) Utilisation <strong>de</strong>s couches PVD/PACVD dans la industries <strong>de</strong> transformation – A.<br />

Gaucher – Groupe HEF<br />

(2) Catálogo Certess – HEF do Brasil Industrial Ltda - 2003<br />

(3) Stahlschlussel 2001 – Verlag Stahlschlüssel Wegst GMBH<br />

(4) Ligas trabalhadas <strong>de</strong> Al-Zn-Mg-Cu endurecíveis por precipitação : Proprieda<strong>de</strong>s e<br />

<strong>com</strong>paração <strong>com</strong> aços AISI P20 para mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> injeção <strong>de</strong> plástico – Arieta, F.G.;<br />

Paula e Silva, D. <strong>de</strong>; Mahe, C.; Catteau, F. - 1º Encontro <strong>de</strong> Integrantes da Ca<strong>de</strong>ia<br />

Produtiva <strong>de</strong> Ferramentas, Mol<strong>de</strong>s e Matrizes – São Paulo / SP – Outubro <strong>de</strong> 2004.<br />

PRODUCTIVITY IMPROVEMENT WITH PVD COATING IN<br />

MOLDS (1)<br />

Abstract<br />

Eros <strong>de</strong> Araújo Neto (2)<br />

Hervé Delorme (3)<br />

The subject is show, using cases, the productivity improvement achieved by coating<br />

metallic molds for plastic and rubber by PVD (Physical Vapor Deposition). The<br />

productivity improvements have been archived by the reduction of process cycles,<br />

<strong>de</strong>fects on parts and molds and by the increasing of molds lifetime. The main<br />

influences in molds lifetime and performance are related and how act the different<br />

Works parameters.<br />

Key words: Molds; PVD; PACVD; Coatings<br />

(1) Technical contribution presented in the 2º Encontro da Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Ferramentas, Mol<strong>de</strong>s e Matrizes,<br />

by ABM, São Paulo / Brazil September 2004.<br />

(2) Metallurgical Engineer, Commercial Manager, HEF do Brasil Industrial Ltda.<br />

(3) Mechanical Technician, Marketing Manager, PVD Coatings Division, Groupe HEF.

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