REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA - NPC
REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA - NPC
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<strong>REVESTIMENTOS</strong> <strong>DE</strong> <strong>ARGAMASSA</strong><br />
Funções dos revestimentos<br />
Ajudar a proteger a edificação contra a penetração da chuva e<br />
de outros fenômenos atmosféricos<br />
Aumentar a durabilidade e reduzir os gastos de manutenção<br />
das edificações<br />
Encobrir uma superfície cujo acabamento final não é<br />
considerado satisfatório, obtendo um efeito estético melhorado<br />
Requisitos de desempenho<br />
Capacidade de absorver deformações (movimento térmico,<br />
higroscópico e diferencial entre os componentes)<br />
Aderência à base f (capacidade de absorver deformações,<br />
rugosidade da base, cuidados com a preparação)<br />
Resistência ao impacto e desgaste superficial<br />
Baixa permeabilidade ou impermeabilidade à água<br />
Permeabilidade ao vapor de água<br />
1
Classificação dos revestimentos de argamassas<br />
inorgânicas<br />
• número de camadas<br />
aplicadas<br />
• ambiente de exposição<br />
• comportamento à umidade<br />
• comportamento a<br />
radiações<br />
• comportamento ao<br />
calor<br />
• acabamento de<br />
superfície<br />
revestimento de camada única<br />
revestimento de duas camadas<br />
revestimento em contato com o solo<br />
revestimento externo<br />
revestimento interno<br />
revestimento comum<br />
revestimento hidrófugo<br />
revestimento de permeabilidade reduzida<br />
revestimento de proteção radiológica<br />
revestimento termo-isolante<br />
camurçado<br />
chapiscado<br />
desempenado<br />
sarrafeado<br />
imitação travertino<br />
lavado<br />
raspado<br />
2
• natureza do aglomerante<br />
• tipo de aglomerante<br />
• número de aglomerantes<br />
• propriedades específicas<br />
• função no revestimento<br />
Classificação das argamassas inorgânicas para<br />
revestimento<br />
• forma de preparo ou fornecimento<br />
argamassa aérea<br />
argamassa hidráulica<br />
argamassa de cal<br />
argamassa de cimento<br />
argamassa de cimento e cal<br />
argamassa simples<br />
argamassa mista<br />
argamassa aditivada<br />
argamassa colante<br />
argamassa de aderência melhorada<br />
argamassa hidrófuga<br />
argamassa de proteção radiológica<br />
argamassa redutora de permeabilidade<br />
argamassa de chapisco<br />
argamassa de emboço<br />
argamassa de reboco<br />
argamassa preparada em obra<br />
argamassa dosada em central<br />
argamassa industrializada<br />
mistura semi-pronta para argamassa<br />
3
Produção das argamassas<br />
A ausência de procedimento sistematizado acompanhado de controle<br />
tecnológico, racionalização e avaliação de desempenho resulta em grande<br />
variabilidade.<br />
cal hidratada<br />
Aglomerantes cal virgem<br />
cimentos Portland<br />
cimento Portland branco<br />
Agregados agregado miúdo<br />
agregado miúdo leve<br />
filito cerâmico<br />
material pozolânico<br />
Adições pó calcário<br />
saibro<br />
solo fino<br />
redutores de permeabilidade<br />
Aditivos retentores de água<br />
incorporadores de ar<br />
hidrofugantes<br />
Água água de amassamento<br />
Variação estimada do consumo de<br />
aglomerantes (kg/m 3 Região<br />
Finalidade do<br />
revestimento<br />
de areia seca)<br />
Cimento Cal hidratada<br />
RS<br />
externo<br />
interno<br />
160 a 320<br />
80 a 320<br />
180 a 240<br />
200 a 240<br />
SP externo 110 a 240 0 a 170<br />
RJ<br />
externo<br />
interno<br />
150 a 280<br />
100 a 190<br />
-<br />
-<br />
MG<br />
externo<br />
interno<br />
190 a 250<br />
120 a 150<br />
70 a 190<br />
120 a 150<br />
• publicações nacionais grande número de traços<br />
• maior variabilidade argamassa de emboço (1:1:3 ; 1:1:5,5 ;<br />
1:3:7 ; 1:2:9 ; 1:2:11); argamassa de reboco (1:0,5:5 a 1:3:9)<br />
• orçamento x execução<br />
4
PROJETO <strong>DE</strong> <strong>REVESTIMENTOS</strong> EM <strong>ARGAMASSA</strong><br />
Devem constar de um projeto de revestimento em argamassa:<br />
número de camadas do revestimento<br />
espessura de cada camada<br />
materiais constituintes de cada camada<br />
dosagem dos materiais de cada camada<br />
Número de camadas e espessura<br />
Mais comum: 3 camadas chapisco, emboço, reboco<br />
CHAPISCO: camada áspera e irregular<br />
espessura máxima = 5 mm<br />
regulariza a absorção da superfície da base<br />
propicia a aderência da camada subseqüente<br />
EMBOÇO: camada de regularização (niveladora) da superfície<br />
da base*<br />
espessura entre 10 e 15 mm<br />
espessura superior a 15 mm: preenchimento em<br />
mais de uma camada<br />
papel importante na estanqueidade da parede<br />
REBOCO: camada com textura superficial suave e regular<br />
espessura entre 5 e 10 mm<br />
* Procedimento a ser tomado em função da profundidade de irregularidades<br />
na superfície da base:<br />
o até 30mm de profundidade: argamassa de emboço<br />
o entre 30 e 50mm: tela metálica sobre as irregularidades<br />
o maior que 50mm: reconstrução da parede ou encasquilhamento<br />
5
6<br />
Tipos de argamassas<br />
Argamassas simples de cimento<br />
• revestimentos de baixa porosidade, impermeáveis, resistentes<br />
• alta retração por secagem; tendência à fissuração<br />
• não devem ser aplicadas sobre bases de baixa resistência e alta<br />
porosidade (concreto leve, celular, blocos e tijolos leves)<br />
• secam rapidamente<br />
• baixa plasticidade, baixa retenção de água pouca<br />
trabalhabilidade<br />
Argamassa simples de cal<br />
• pouco utilizadas<br />
• reação de endurecimento: Ca(OH)2 + CO2 CaCO3 + H2O<br />
• endurecimento lento<br />
• baixa resistência mecânica<br />
Argamassa mista de cimento e cal<br />
• são as mais indicadas para revestimentos em argamassa<br />
Propriedades melhoradas com<br />
maior teor relativo de cimento<br />
Propriedades melhoradas com<br />
maior teor relativo de cal<br />
maior resistência à compressão maior resistência à alta temperatura<br />
maior resistência à tração menor retração por secagem inicial<br />
maior capacidade de aderência maior retenção de água<br />
maior durabilidade menor movimentação higroscópica<br />
maior permeabilidade maior trabalhabilidade<br />
maior resistência inicial maior plasticidade<br />
maior elasticidade
Traço das argamassas<br />
• define as propriedades do revestimento<br />
• traço = f (características da base a ser revestida, tipo de<br />
acabamento superficial, condições de exposição)<br />
características<br />
da base<br />
(1)<br />
lisa, densa e<br />
resistência<br />
elevada<br />
resistência e<br />
porosidade<br />
médias<br />
resistência baixa<br />
e porosidade<br />
elevada<br />
porosidade<br />
muito elevada<br />
tela metálica<br />
tipo de<br />
acabamento<br />
(2)<br />
A<br />
B<br />
C<br />
A<br />
B<br />
C<br />
A<br />
B<br />
A<br />
B<br />
C<br />
A<br />
B<br />
C<br />
Condições de exposição<br />
emboço reboco<br />
severa moderada protegida severa moderada protegida<br />
(II), III<br />
(II), III<br />
I, (II),<br />
(3)<br />
II, (III)<br />
III<br />
II<br />
III<br />
III<br />
(II), III<br />
(II), III<br />
I, (II)<br />
I, (II),<br />
III<br />
I, (II),<br />
III<br />
I, (II)<br />
(II), III<br />
(II), III<br />
I, (II)<br />
(III), IV<br />
(III), IV<br />
II<br />
III, (IV)<br />
III, (IV)<br />
II, (III), IV<br />
II, (III), IV<br />
I, (II)<br />
I, (II), III<br />
I, (II), III<br />
I, (II)<br />
(II), III<br />
(II), III<br />
I, (II)<br />
III<br />
III<br />
II<br />
(III), IV<br />
(III), IV<br />
II<br />
7<br />
(III), IV<br />
(III), IV<br />
II<br />
(III), IV III III, (IV) III, (IV)<br />
(III), IV III III, (IV) III, (IV)<br />
II como no emboço<br />
III, (IV)<br />
III, (IV)<br />
II, (III), IV<br />
II, (III), IV<br />
I, (II)<br />
I, (II), III<br />
I, (II), III<br />
I, (II)<br />
II, (III)<br />
III<br />
II<br />
II, (III)<br />
III<br />
II<br />
como no emboço<br />
III, (IV)<br />
III, (IV)<br />
II<br />
II, (III)<br />
III<br />
II<br />
III, (IV)<br />
III, (IV)<br />
II<br />
II, (III)<br />
III<br />
II<br />
(1) Tipos de base de acordo com as características apresentadas:<br />
⇒ lisa, densa e de resistência elevada: concreto, bloco de concreto e tijolo cerâmico<br />
⇒ resistência e porosidade médias: bloco cerâmico, tijolo cerâmico, bloco de<br />
concreto medianamente resistente, bloco sílico-calcário<br />
⇒ resistência baixa e porosidade elevada: concreto leve e celular; blocos e tijolos<br />
leves<br />
⇒ porosidade muito elevada: concreto sem finos com poros abertos e grandes<br />
⇒ tela metálica: estrutura aberta<br />
(2) Tipos de acabamento<br />
A - desempenado - liso ou feltrado<br />
B - raspado ou texturizado<br />
C - chapiscado ou rústico<br />
(3) Os algarismos romanos entre parênteses representam os traços mais indicados<br />
dentre os recomendados
Constituintes<br />
cim:cal:areia<br />
cim:pré-mistura<br />
(cal:areia)<br />
cimento:areia e<br />
plastificante<br />
Designação da<br />
argamassa<br />
I<br />
II<br />
III<br />
IV<br />
I<br />
II<br />
III<br />
IV<br />
I<br />
II<br />
III<br />
IV<br />
Proporção em<br />
volume<br />
1:0 a 0,25:3<br />
1:0,5:4 a 4,5<br />
1:1:5 a 6<br />
1:2:8 a 9<br />
1:3 (1:12)<br />
1:4,5 (1:9)<br />
1:6 (1:6)<br />
1:9 (1:4,5)<br />
-<br />
1:3 a 4<br />
1:5 a 6<br />
1:7 a 8<br />
Observações:<br />
argamassa I chapisco<br />
argamassa II revestimento em contato com o solo<br />
argamassa III emboço externo ou camada de acabamento rústico<br />
argamassa IV emboço interno<br />
8<br />
Demanda média<br />
de água (litros/50<br />
kg de cimento)<br />
40<br />
50<br />
70<br />
100<br />
30<br />
35<br />
45<br />
60<br />
-<br />
40<br />
50<br />
60<br />
Características das argamassas I, II, III e IV:<br />
argamassas I e II podem apresentar retração com teor elevado de finos na areia;<br />
têm a rigidez diminuída pela presença de cal; a velocidade de endurecimento não é<br />
afetada pela cal<br />
argamassa III contribuem para a estanqueidade da alvenaria; a velocidade de<br />
endurecimento é diminuída pela presença da cal; resistência moderada; não rígida<br />
argamassa IV revestimento permeável à umidade; endurecimento lento
Materiais constituintes das argamassas de revestimento<br />
CCIIMMEENNTTOO<br />
7 normas, 11 variedades de cimento<br />
• CPI - Cimento Portland Comum (NBR 5732/91)<br />
• CPI-S - Cimento Portland Comum com adição (NBR 5732/91)<br />
• CPII - Cimento Portland Composto (NBR 11578/91)<br />
o CPII-E - Cimento Portland Composto com Escória<br />
o CPII-Z - Cimento Portland Composto com Pozolana<br />
o CPII-F - Cimento Portland Composto com Filer<br />
• CPIII - Cimento Portland de Alto Forno (NBR 5735/91)<br />
• CPIV - Cimento Portland Pozolânico (NBR 5736/91)<br />
• CPV – ARI – Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (NBR 5733/91)<br />
• CPV – ARI – RS – Cimento Portland de Alta Resistência Inicial e<br />
Resistente a Sulfatos (NBR 5737/91)<br />
• MRS - Cimento Portland de Moderada Resistência a Sulfatos e Moderado<br />
Calor de Hidratação (NBR 5737/91)<br />
• ARS - Cimento Portland de Alta Resistência a Sulfatos (NBR 5737/91)<br />
• Cimento Portland Branco (NBR 12989/93)<br />
A escolha do tipo de cimento deve ser feita em função de:<br />
requisitos de durabilidade<br />
resistência mecânica<br />
exigências técnicas peculiares de cada obra)<br />
Recebimento do cimento em obra<br />
Documento comprobatório do atendimento às especificações da norma<br />
(período de produção do lote de cimento entregue)<br />
Tipo e classe do cimento de acordo com o projeto<br />
Quantidade<br />
Observar: grau de umidade dos sacos; integridade dos sacos; grau de<br />
hidratação do cimento.<br />
Dúvida: REJEIÇÃO ou ENSAIOS <strong>DE</strong> VERIFICAÇÃO<br />
Variação de peso dos sacos de cimento: ABNT: “Sacos que apresentem<br />
variação superior a 2% para mais ou para menos, dos 50kg líquidos,<br />
devem ser rejeitados. Se a massa média dos sacos, em qualquer lote,<br />
obtida pela pesagem de 30 unidades, tomadas ao acaso for menor que<br />
50kg, todo o lote deve ser rejeitado.”<br />
9
Armazenagem do cimento na obra<br />
locais afastados de umidade<br />
estrado de madeira<br />
afastado 30cm do solo<br />
depósito coberto ou lona<br />
impermeável<br />
pilhas de no máximo 10<br />
sacos<br />
consumo na ordem<br />
cronológica de recebimento<br />
tarmazenagem < 3 meses.<br />
Separar cimentos diferentes (marca, tipo, classe).<br />
Se a Tcimento > 35ºC, deve-se esperar pelo resfriamento.<br />
Deve ser feita verificação periódica do depósito.<br />
Em regiões quentes, não se recomenda usar lona preta sobre os<br />
sacos.<br />
CCAALL HHIIDDRRAATTAADDAA<br />
NBR 7175/1992 – Cal hidratada para argamassas<br />
• CH I – Cal Hidratada Especial<br />
o Maior qualidade: menores teores de CaO e MgO<br />
o Boa retenção de água<br />
o Sem problemas de maturação<br />
• CH II – Cal Hidratada Comum<br />
o Qualidade média<br />
o Cuidados especiais com maturação<br />
• CH III – Cal Hidratada Comum com Carbonatos<br />
o Pior qualidade<br />
o Cuidados especiais com maturação<br />
o Tem carbonatos dispersos<br />
10
Recebimento da cal hidratada em obra<br />
Registro de informações sobre o fornecimento da cal: fornecedor,<br />
documento fiscal, quantidade e data da entrega.<br />
Verificação do estado de conservação da sacaria (recusa-se sacos<br />
rasgados ou com umidade)<br />
Verificação da massa líquida dos sacos entregues (pesagem de 30 sacos<br />
aleatoriamente escolhidos na carga: desvio máximo = 1%).<br />
Registro de informações sobre as características da cal: fabricante, tipo<br />
de cal, informações técnicas adicionais.<br />
Certificado de conformidade conforme NBR 7175/92.<br />
Ensaios expeditos com a cal hidratada:<br />
• Peneiramento a seco: para detectar pedras cruas ou cal virgem<br />
residual<br />
⇒ peneirar 20 kg de cal (1 saco) em peneira com tela 1/8”<br />
⇒ pesar a massa retida (MR1).<br />
⇒ MR1 > 1,5kg peneirar 80kg (4 sacos) de cal<br />
⇒ pesar a massa retida (MR2)<br />
⇒ MR2 > 6kg recusar a carga<br />
• Medição da massa unitária: para ajustar a dosagem da<br />
argamassa no início da produção e sempre que se trocar o<br />
fabricante ou tipo de cal<br />
⇒ preencher 3 recipientes usados na obra com cal e pesar<br />
⇒ descontar o peso dos recipientes vazios<br />
⇒ dividir pelo volume do recipiente<br />
⇒ adotar a média das três amostras<br />
• Amostragem: 5kg de cal de 5 sacos escolhidos aleatoriamente<br />
na carga (total = 25kg)<br />
11
AAGGRREEGGAADDOO MMIIÚÚDDOO<br />
São areias naturais ou resultantes de britagem, cujos grãos<br />
passam pela peneira ABNT 4,8mm e ficam retidos na peneira<br />
ABNT 0,075mm (NBR 7211/83 – “Agregado para concreto”)<br />
Recebimento dos agregados em obra<br />
Documento comprobatório do atendimento às especificações da norma<br />
(período de produção do agregado recebido).<br />
Guia de remessa: nome do produtor, proveniência do material,<br />
identificação da qualificação granulométrica de acordo com a norma,<br />
massa ou volume aparente do material, data de recolhimento da<br />
amostra.<br />
Cubagem do carregamento antes da descarga (verificação da nota de<br />
remessa).<br />
Observação visual da areia<br />
Análise de pouca precisão.<br />
Deve ser feita por comparação com amostra representativa padrão.<br />
É possível detectar variações granulométricas, proporções elevadas de<br />
torrões de argila, carvão, húmus, argila orgânica, material pulverulento.<br />
Na dúvida: REJEIÇÃO ou ENSAIOS <strong>DE</strong> VERIFICAÇÃO<br />
Ensaios normalizados<br />
ABNT: composição granulométrica, torrões de argila e materiais<br />
friáveis, materiais pulverulentos, partículas leves, impurezas<br />
orgânicas húmicas em agregados miúdos, umidade superficial<br />
em agregados miúdos.<br />
Armazenagem dos agregados em obra<br />
• Deve-se evitar a mistura entre agregados diferentes, por meio de<br />
depósito em compartimentos ou em pilhas afastadas.<br />
• Deve-se evitar a contaminação com terra, argila, folhas, gravetos,<br />
poeira, resíduos animais, óleos, graxas, etc.<br />
• Deve-se evitar a segregação (perda de homogeneidade da<br />
granulometria), usando calhas para descarga em alturas superiores a 3<br />
metros e limitando a altura das pilhas em 1,5 metros, no máximo.<br />
• Deve-se evitar variações muito grandes no teor de umidade,<br />
controlando a altura da pilha e promovendo a drenagem do fundo do<br />
depósito (caimento do piso).<br />
12
• Deve-se evitar a incidência direta de sol, para que não haja elevação<br />
da temperatura<br />
13
EXECUÇÃO <strong>DE</strong> <strong>REVESTIMENTOS</strong> <strong>DE</strong> <strong>ARGAMASSA</strong> EM OBRA<br />
Normalização Brasileira<br />
• NBR 7200/1998 – Execução de revestimento de paredes e tetos de<br />
argamassas inorgânicas – Procedimento.<br />
• NBR 13281/2001 – Argamassa para assentamento e revestimento de<br />
paredes e tetos – Requisitos.<br />
• NBR 13530/1995 – Revestimento de paredes e tetos de argamassas<br />
inorgânicas.<br />
• NBR 13749/1996 – Revestimento de paredes e tetos de argamassas<br />
inorgânicas – Especificação.<br />
Equipamentos e ferramentas<br />
o Colher de pedreiro<br />
o Prumo de face<br />
o Linha de náilon<br />
o Broxa<br />
o Régua de alumínio (sarrafo)<br />
o Desempenadeira (madeira, PVC,<br />
poliestireno de alto impacto, aço)<br />
o Padiolas<br />
o Masseiras<br />
o Gabarito de junta<br />
o Frisador<br />
o Andaimes<br />
o Balancim<br />
o Outros<br />
14
Inclui:<br />
ETAPAS<br />
Preparo do substrato<br />
Definição do plano final do revestimento<br />
Preparo da argamassa<br />
Aplicação<br />
...<br />
Preparo do substrato<br />
o Verificação das instalações embutidas<br />
o Correção de infiltrações<br />
o Correção de irregularidades<br />
o Controle do grau de absorção<br />
o Verificação da textura superficial<br />
o Limpeza da base<br />
o Chapisco<br />
Limpeza da base<br />
• Remoção de sujeiras, pó e materiais soltos: escovação<br />
(vassoura de piaçaba, escova de aço, espátula) e lavagem com<br />
água sob pressão; jato de areia<br />
• Remoção de desmoldante, graxa, gordura: processos mecânicos<br />
ou limpeza com soluções alcalinas ou ácidas (fosfato de sódio,<br />
soda cáustica, ácido muriático, detergente) cuidado: saturar<br />
a base com água pura antes de lavar; enxaguar com água pura<br />
em abundância após lavar; cuidado com adjacências.<br />
• Remoção de eflorescências: escovação e limpeza com ácido<br />
muriático ou jateamento de areia<br />
• Remoção de bolor e fungos: escovação com solução de fosfato<br />
de sódio ou hipoclorito de sódio<br />
• Remoção de elementos metálicos (pregos, fios, barras de<br />
tirantes das fôrmas): reparos superficiais<br />
• Tratar rasgos das instalações elétricas e hidráulicas com tela<br />
de aço galvanizado<br />
15
Chapisco<br />
TIPO <strong>DE</strong> BASE ABSORÇÃO PROCEDIMENTOS<br />
Concreto com fôrmas<br />
plastificadas ou metálicas<br />
(superfície muito lisa)<br />
Concreto com fôrmas<br />
convencionais; tijolos e blocos<br />
cerâmicos<br />
Muito baixa<br />
Baixa<br />
Tijolos e blocos cerâmicos Média<br />
Bloco de concreto celular e<br />
sílico-calcário<br />
Elevada<br />
Usar chapisco com aditivos<br />
colantes (*)<br />
Usar chapisco<br />
convencional(*)<br />
Aplicar emboço diretamente<br />
(**)<br />
Dividir o revestimento em<br />
painéis.<br />
Usar a argamassa de baixa<br />
resistência com boa<br />
retenção de água (***)<br />
Base de madeira ou metal - Usar tela de fixação<br />
(*) como alternativa ao chapisco pode-se apicoar o concreto fresco ou<br />
aplicar jato de água sobre o concreto recém desformado<br />
(**) se o bloco cerâmico for muito liso, sem rachuras, usar chapisco<br />
(***) não se pode usar chapisco<br />
Definição do plano final do revestimento<br />
o Levantamento dos pontos mais ressaltados<br />
o Definição da espessura de revestimento sobre esses pontos<br />
o Aplicação das taliscas<br />
TALISCAS = cacos cerâmicos fixados na parede ou teto, com<br />
argamassa idêntica à do revestimento. Devem ser aplicadas pelo<br />
menos 24 horas antes do revestimento. O espaçamento entre as<br />
taliscas deve ser compatível com o comprimento da régua.<br />
16
Preparo da argamassa<br />
TIPOS<br />
1) Totalmente preparada em obra<br />
• Sacos de cimento e cal hidratada;<br />
areia a granel; aditivos químicos<br />
líquidos.<br />
• Os materiais são misturados<br />
simultaneamente à adição de água.<br />
2) A partir de argamassa intermediária<br />
• Mistura de cal hidratada com areia,<br />
fornecida a granel por empresas<br />
especializadas.<br />
• Na obra, adiciona-se o cimento e<br />
quantidade de água necessária.<br />
3) Argamassa industrializada ensacada<br />
• Sacos de argamassa industrializada.<br />
• Na obra, adiciona-se água<br />
(quantidade indicada na<br />
embalagem da argamassa).<br />
4) Argamassa industrializada em silos<br />
• Silos contendo a mistura dos<br />
materiais a seco são fornecidos ao<br />
canteiro de obras.<br />
• Um equipamento de mistura<br />
específico é utilizado, e o único<br />
elemento a ser adicionado é a<br />
água.<br />
17
Preparo de argamassa em obra – TIPOS 1 e 2<br />
Produção em local estratégico no canteiro de obras (meio de<br />
transporte; armazenamento dos materiais)<br />
Proporcionamento com recipientes de volume conhecido<br />
(padiolas) compatíveis com o consumo de cimento em cada<br />
betonada<br />
Arrasamento com régua<br />
Quadro de orientação para os operários<br />
Misturador mecânico (betoneira)<br />
Maturação da cal: descanso da cal<br />
hidratada com excesso de água, em<br />
recipiente estanque e coberto,<br />
protegido da chuva e insolação.<br />
Tempo mínimo de maturação: 16 horas<br />
Aplicação da argamassa de emboço – TIPOS 1, 2 e 3<br />
Umedecimento da base (parede ou teto)<br />
Execução das mestras<br />
MESTRAS = faixas estreitas e contínuas de<br />
argamassa feitas entre as taliscas. Servem<br />
de apoio à régua na operação de<br />
sarrafeamento.<br />
Projeção enérgica da argamassa<br />
sobre a superfície, com a colher de<br />
pedreiro.<br />
Compressão da argamassa recém lançada com o dorso da<br />
colher de pedreiro, para preenchimento de eventuais vazios.<br />
18
Acabamento superficial – TIPOS 1, 2 e 3<br />
Sarrafeamento com réguas de<br />
alumínio de baixo para cima,<br />
apoiadas nas mestras.<br />
Para emboço, a superfície final<br />
deve ser áspera.<br />
Para revestimento em camada<br />
única, é dado acabamento de<br />
acordo com o projeto.<br />
Tipo de revestimento<br />
quanto à aparência da Tratamento superficial no estado fresco<br />
superfície<br />
Sarrafeado Régua<br />
Desempenado<br />
Grosso Desempeno leve, com desempenadeira de<br />
madeira<br />
Liso Alisamento com desempenadeira de aço ou<br />
colher de pedreiro<br />
Feltrado ou<br />
camurçado<br />
Raspado ou texturizado<br />
Rústico ou chapiscado<br />
Aplicação da camada de reboco<br />
espalhamento uniforme e<br />
contínuo da argamassa de<br />
reboco sobre o emboço<br />
desempeno<br />
cuidados: desempeno<br />
excessivo; cura (mínimo = 28<br />
a 90 dias)<br />
19<br />
Fricção com desempenadeira de esponja, de<br />
espuma de poliuretano ou de feltro<br />
Fricção do revestimento fresco com escova ou<br />
serra<br />
Projeção jateada do reboco sobre o emboço,<br />
com máquina própria ou através de peneira