reformador novembro 2007 - a.qxp - Federação Espírita Brasileira
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eformador <strong>novembro</strong> <strong>2007</strong> - a.<strong>qxp</strong> 25/1/2008 16:21 Page 19<br />
Base nova,<br />
homem novo<br />
Diante da Humanidade profundamente<br />
conturbada, os<br />
espíritas vivemos momentos<br />
de graves decisões.<br />
Se a modernidade presente vestiu<br />
de tecnologia e precisão as mesmas<br />
calamidades do passado, como<br />
a fome e a guerra, dá mostras<br />
de que na jornada do tempo o homem<br />
se ajustou mais à periferia<br />
belicosa do progresso, sem alterar<br />
substancialmente o núcleo de seu<br />
próprio sentimento.<br />
Como personagens dessa viagem<br />
existencial, precisamos repensar<br />
o passado, a fim de compreender<br />
o presente e reajustar os<br />
passos rumo ao futuro.<br />
Chegará o momento em que o<br />
tempo não mais será dividido em<br />
compartimentos estanques, ligados<br />
apenas por vínculos de causa<br />
C ARLOS A BRANCHES<br />
e efeito, e tudo será visto com os<br />
olhos da eternidade.<br />
<br />
Analisemos então duas bases<br />
de comportamento, duas estruturas<br />
de vida, com linhas de raciocínio<br />
específicas e crenças consolidadas,<br />
sobre as quais nossos passos<br />
já seguiram, para entendermos<br />
aonde queremos chegar.<br />
A primeira base vem do ontem.<br />
Fundamentada nas diretrizes do<br />
autoritarismo, diz que o homem<br />
crédulo deve ser, na verdade, “temente<br />
a Deus”. O Pai se revela como<br />
punitivo e magoável. Sob esse prisma,<br />
as emoções precisam ser ocultadas,<br />
reprimidas, para que a realidade<br />
não se macule com expressões<br />
inferiores da condição humana.<br />
Ataca, dentre outras coisas, a se-<br />
xualidade inata no homem, incentiva<br />
a desconfiança no semelhante e<br />
oferece o inferno do sentimento de<br />
culpa como último reduto de sofrimento<br />
aos que erram, sem grandes<br />
chances de perdão, a não ser que sigam,<br />
como bons cordeiros, as normas<br />
definidas pelos senhores que<br />
acreditam ter autoridade para legislar<br />
sobre a vida espiritual alheia.<br />
<br />
A segunda é mais recente. Tem<br />
150 anos de proposta codificada e<br />
é oferecida pelo Espiritismo.<br />
Com base na liberdade responsável,<br />
afirma que o homem que tem<br />
fé deve descobrir a beleza de amar<br />
a Deus – que é o próprio Amor e<br />
fonte do perdão e da esperança.<br />
Acrescenta que as emoções<br />
Novembro <strong>2007</strong> • Reformador 425<br />
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