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Untitled - CCT-TEP

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Texto<br />

Tradução<br />

Encenação<br />

Cenário<br />

Figurinos<br />

Desenho de Luz / Sonoplastia<br />

Apresentam o 216º Espectáculo<br />

Personagens e Intérpretes:<br />

Nínes<br />

Roberto<br />

Frederico<br />

Vozes<br />

Execução de Guarda Roupa<br />

Execução do Cenário<br />

Operador de Luz<br />

Operador de Som<br />

Maquinaria<br />

Cartaz<br />

Desenho Gráfico<br />

Caricaturas<br />

Fotografias<br />

Programa<br />

Produtora Executiva<br />

Secretariado<br />

Assessor de Direcção<br />

Assistente de Limpeza<br />

Maiores de 16 anos<br />

JOSÉ LUÍS ALONSO DE SANTOS<br />

NORBERTO BARROCA<br />

SUSANA SÁ<br />

LUÍS BAIÃO<br />

SUSANA SÁ<br />

EDUARDO BRANDÃO<br />

ISABEL NUNES<br />

JOSÉ DIAS<br />

RUI SPRANGER<br />

HELENA DIAS / SUSANA SÁ / TITO MACHADO<br />

CÂNDIDA RIBEIRO<br />

AUDITÓRIO MUNICIPAL DE GAIA<br />

JOÃO ABREU<br />

PEDRO AMENDOEIRA<br />

ALBERTO RIBEIRO e MANUEL NEVES<br />

Estreia: 24 de Setembro de 2009<br />

AUDITÓRIO MUNICIPAL DE VILA NOVA DE GAIA<br />

NORBERTO BARROCA<br />

(segundo ideia de SUSANA SÁ)<br />

JOSÉ CARVALHO<br />

ONOFRE VARELA<br />

JOSÉ MARTINS<br />

NORBERTO BARROCA, com selecção de textos<br />

de SUSANA SÁ E JÚLIO GAGO<br />

EUGÉNIA CUNHA<br />

ANA SANTOS<br />

VIDAL VALENTE<br />

LIBERDADE SILVA


REFLECTINDO SOBRE O PAPEL DA CULTURA<br />

Estamos a viver um momento complexo, também no que concerne à<br />

Cultura. Provavelmente ainda mais complexo, por esta ser habitualmente uma<br />

parente pobre da política de qualquer Governo.<br />

No momento em que José Luis Alonso de Santos levou à cena a sua<br />

primeira peça, por coincidência, no dia seguinte, morria Franco, o ditador espanhol<br />

que castrou a nossa vizinha Espanha, entre 1939 e 1975. Mas, a Espanha, que viu<br />

no seu seio uma das mais ferozes ditaduras, responsável por milhares de mortos<br />

durante a Guerra Civil, e, após esta, outros milhares de fuzilamentos, de prisões<br />

políticas e de partidas para o exílio, conseguiu um processo pacífico para a<br />

Democracia, com sequelas que se revelaram mais fáceis de resolver. Em Portugal,<br />

apesar de a mudança de regime ter sido feita com cravos, as sequelas têm-se<br />

JÚLIO GAGO<br />

revelado bem mais profundas, por motivos cuja análise prossegue nos diferentes campos do Pensamento. A<br />

maioria dos nossos políticos, que se assumem como democratas, defensores da liberdade e do pluralismo, estão<br />

numa profunda confusão ideológica e programática e com uma intervenção cívica confusionista e pouco clara,<br />

sendo verdade, que os nossos intelectuais não se têm mostrado eficazes num contributo indispensável. Vagueamos<br />

na confusão ideológica, nos partidos políticos e fora deles, assumindo bases programáticas imediatistas e que<br />

não defendem ideias e objectivos de uma intervenção cívica de qualidade.<br />

O papel do Teatro, e de toda a Cultura, sempre teve, nos momentos cruciais da História, a determinante<br />

valorativa de ser crítico em relação ao apodrecimento da sociedade, ajudando-a na sua reflexão para a criação<br />

de um Mundo melhor. E, a cultura precisa de reganhar um sentido eficaz do subversivo que ajude a alterar este<br />

estado de coisas, fazendo sentir aos governantes o peso da sua força. Por outro lado, num contexto democrático,<br />

o papel do Estado, nos seus diferentes organismos, é o de apoiar a intervenção cultural, sem temer que ela o<br />

critique. E, quando falo em apoios, não destaco os chamados “subsídios” (forma aviltante e ignorante de identificar<br />

os apoios à Cultura, que é um serviço público), mas sim um apoio de criação de condições legislativas, que<br />

enquadrem juridicamente a valorização do fenómeno cultural. Por exemplo, no campo do Teatro, dos 15 países<br />

mais antigos da União Europeia, somos um dos dois únicos, onde ainda não existe uma Lei de Bases, que<br />

discipline coisas tão importantes como o estatuto do profissional e das companhias profissionais; uma legislação<br />

laboral e de assistência, que tenha em conta a precariedade de uma profissão, onde a maioria actua a recibos<br />

verdes; um ensino profissional e superior, em que seja percebida a especificidade desta intervenção, etc.<br />

Todos estes assuntos são um problema de Cultura, algo que falta a muitos dos nossos governantes,<br />

sempre mais preocupados com o fogacho de uma medida imediatista, que possa dar votos, do que com uma<br />

definição clara dos objectivos a prazo de uma Nação moderna e democrática. A confusão vai mesmo ao ponto<br />

de confundir princípios ideológicos que dizem contestar, com uma actuação prática em que agem na base dos<br />

princípios que críticam. A título de exemplo, como se compreende que partidos que se dizem pluralistas e<br />

defensores da diversidade cultural e de que o Estado deverá ser um árbitro e não um interveniente activo no jogo,<br />

queiram chamar a si a responsabilidade da criação e programação, que compete aos criadores e aos<br />

programadores? Nesta situação, o Estado deixa de ter o papel regulador, que é o seu, e assume, ao nível dos<br />

totalitarismos mais radicais, o papel de Estado tutor, verdadeira aberração democrática. Senhores governantes,<br />

percebam que estão a entrar num contra-senso - esse não é o papel democrático do Estado. Uma outra chamada<br />

de atenção para uma ideia que percorre a nossa sociedade e que é das mais negativas para o fenómeno cultural<br />

- a de confundir o papel da cultura (e o da civilização, também), com o do lazer e da recriação. A Cultura tem um<br />

papel formativo e permanentemente crítico da própria sociedade, não tem o papel de ver na recriação e na<br />

ocupação dos tempos livres o objectivo para mudar, para melhor, a vida dos povos. Por isto, quando uma franja<br />

(pequeníssima, felizmente) da sociedade a vê como indústria, está antecipadamente a vê-la como um acto de<br />

lazer a rendibilizar com lucros, que prolonguem a intervenção da empresa. E, a Cultura, aquela que intervém<br />

criticamente na valorização dos povos é um investimento a longo-prazo de criadores e programadores.<br />

Entretanto, o humor pode ser (e é) um dos actos mais críticos de intervenção cultural na sociedade,<br />

como agora pretendemos fazer com este espectáculo, que põe em causa novas coordenadas da nossa vida<br />

quotidiana não compagináveis com a confusão ideológica que paira na sociedade e em muitos governantes.<br />

A Susana Sá e os colaboradores deste espectáculo, jovens que apontam o futuro a uma nova<br />

mentalidade em defesa do Homem, como o capital mais precioso, ao lado do experiente director artístico do <strong>TEP</strong>,<br />

Norberto Barroca, são exemplos de quem continua a defender um projecto de rigor para a defesa dos valores<br />

culturais contra a mentira. Para eles, o nosso agradecimento, extensivo a toda a equipa do Auditório Municipal de<br />

Gaia. Do Município de Vila Nova de Gaia, personificado em Luís Filipe Menezes, o nosso primeiro apoiante, a<br />

certeza de um apoio democrático e exemplar, a quem somos permanentemente agradecidos.<br />

Por Vila Nova de Gaia! Pelo Público! Por uma Cultura Democrática! Pelo Teatro! Pelo <strong>TEP</strong>! Pelo Futuro!<br />

Júlio Gago - Presidente do <strong>CCT</strong>/<strong>TEP</strong>


Foi em 2001 que conheci Susana Sá, quando frequentava as Oficinas de Teatro – Acções de Formação<br />

do Teatro Experimental do Porto. Logo notei que revelava dotes artísticos que deveriam ser desenvolvidos<br />

em prática teatral. Então, convidei-a a participar no espectáculo que o <strong>TEP</strong> iria apresentar em seguida. Tratavase<br />

de O Amor do Soldado do escritor brasileiro Jorge Amado que, então, falecera. Decidi entregar-lhe o papel de<br />

protagonista absoluta, a figura da actriz Eugénia Câmara que no Brasil foi amante de Castro Alves, o poeta que<br />

com os seus poemas lutou pela libertação dos escravos. Eu próprio quis apadrinhar a sua estreia, interpretando<br />

um papel, embora só em condições raras tivesse trabalhado como actor na Companhia. Não tive receio de correr<br />

o risco que poderia resultar duma actriz inexperiente face a um papel de grande responsabilidade e os resultados<br />

foram positivos. A partir de então, a Susana passou a integrar, regularmente, o elenco do <strong>TEP</strong>, tendo tido a<br />

oportunidade de interpretar algumas importantes personagens de importantes autores. Uma jovem actriz que<br />

começava a sua carreira, teve a oportunidade que poucas vezes acontecem, de interpretar Luís de Sttau<br />

Monteiro, Gil Vicente, Émile Zola, Fassbinder, Ionesco e M. Clara Machado; de ter interpretado protagonistas como<br />

Lavínia de Titus Andronicus de Shakespeare, Antígona, na peça do mesmo nome (versão de António Pedro),<br />

Sally, de Samarkanda de António Gala, Maria Eduarda de Os Maias (numa adaptação minha a que acrescentei o<br />

sub-título – Crónica Social Romântica),Branca de É Urgente o Amor de Luiz Francisco Rebello e também da<br />

única personagem feminina da peça infantil Era uma Vez… no Teatro que eu escrevi.<br />

Logo em 2003, confiando nas suas capacidades, entreguei-lhe a Direcção de Cena da peça Felizmente<br />

há Luar!, numa das suas reposições, função que desempenhou noutras produções seguintes. Foi o ano em que<br />

interpretou a peça de António Gala.<br />

Em 2005, fui contactado pela produção do filme Espelho Mágico, de Manoel de Oliveira, para indicar<br />

uma actriz para um dos papéis; logo sugeri o nome de Susana Sá que, efectivamente foi convidada a participar<br />

no filme. Nesse mesmo ano, depois de ter interpretado alguns papéis de relevo no espectáculo António José da<br />

Silva, interrompeu a sua actividade no <strong>TEP</strong>, tendo representado noutras companhias. Em cinco anos, a Susana<br />

tinha feito uma carreira de que poucas jovens actrizes se podem orgulhar. E, quando do regresso de Ruy de<br />

Carvalho ao <strong>TEP</strong> com a peça Morgana, em 2006, convidei a Susana para regressar à Companhia para interpretar<br />

a personagem de Rainha Gwinevere. Interpretou depois, Ibsen e Christopher Hampton.<br />

Ainda sob a minha Direcção Artística do <strong>TEP</strong>, Susana Sá, em 2008, estreou-se numa encenação<br />

profissional. Tendo-lhe dado a oportunidade de escolher a peça a encenar, escolheu Não me Lembro de nada!<br />

de Arthur Miller, acabando por encenar também Clara, do mesmo autor (de que também fez os figurinos), num<br />

conjunto a que chamámos Memória e se integrava no “Ciclo Viagens” (que incluía ainda a peça Restos de<br />

Bernardo Santareno, estreia de José Dias como encenador profissional.)<br />

Neste ano de 2009, o último em que exercerei as funções de Director Artístico do <strong>TEP</strong>, convidei a<br />

Susana para nova encenação. Decidiu fazer-se a comédia Pares e Ímpares que foi sugerida pela Susana. É a<br />

oportunidade de uma companhia portuguesa, estrear um autor espanhol de longa carreira e sucesso em Espanha.<br />

É uma comédia sobre o amor e os seus desencontros, sobre as relações humanas, a amizade e o actual valor do<br />

que é uma relação de amor. Com um sentido muito irónico e por vezes cáustico e amargo José Luís Alonso de<br />

Santos faz-nos pensar no que hoje representa o amor e como ele também gera desencontros, às vezes, muito<br />

mais que encontros felizes. Também hoje se desvirtualiza a amizade, a solidariedade, a lealdade e a gratidão.<br />

Há 11 anos que tenho vindo a exercer a função de Director Artístico do <strong>TEP</strong> e tenho a consciência de<br />

ter imprimido à Companhia uma dinâmica própria, muitas vezes controversa. Revelei novos actores e dei a<br />

oportunidade de interpretarem papéis de excelência, a<br />

muitos; dei oportunidade à estreia de novos encenadores,<br />

como a Susana, o José Dias e o Rui Silva e cenógrafos,<br />

como Luís Baião, Júlia Afonseca, Cristiana Costa e José<br />

Dias; revelei novos autores em Portugal, como Robert<br />

David MacDonald, António Gala, Christopher Hampton, Jeff<br />

Baron e o próprio Jorge Amado nunca representado em<br />

Portugal como dramaturgo; agora é a vez de Alonso de<br />

Santos (de que assisti a El Alcalde de Zalameia, na C.<br />

Nacional de Teatro Clássico, Madrid), pela mão da Susana.<br />

Neste momento que marca a minha saída do <strong>TEP</strong>,<br />

a Susana Sá faz parte da Direcção do Círculo de Cultura<br />

Teatral. Desejo-lhe um futuro brilhante nesta Companhia<br />

ou noutro local onde aconteça Teatro, de acordo com as<br />

Susana Sá e Norberto Barroca, em O Amor do Soldado, no <strong>TEP</strong>,<br />

2001<br />

UMA CARREIRA AUSPICIOSA<br />

capacidades artísticas que um dia revelou naquele não<br />

muito distante curso de Teatro feito no <strong>TEP</strong>.<br />

Norberto Barroca, Director Artístico


“QUEREMOS GUERRAS SEM MORTOS. AMOR SEM DOR.” (1)<br />

Pares e Ímpares apresenta-se-nos como uma comédia que nos vai revelando as peripécias amorosas<br />

de dois amigos traídos e rejeitados pela mesma mulher e as aventuras partilhadas com a vizinha do andar de<br />

cima. Mas, sob esse leve lençol escondem-se as dificuldades de viver o amor livre, de vivê-lo sempre que este<br />

se apresenta. Escrita vinte anos após a revolução que fez da sexualidade quase uma nova teologia, Alonso de<br />

Santos leva-nos a assistir, entre as racionalizações e duvidosas tentativas de suicídio das suas personagens,<br />

ao amor e ao sexo como duas forças bélicas: o binómio da possibilidade de gozar sem entraves da pulsão<br />

primária a cada oportunidade e a necessidade de fixar o afecto.<br />

Pressionados por uma sociedade consumista, o ser amoroso tende a fugir às contrariedades da<br />

relação, a defender a sua identidade e a escapar-se às frustrações do fracasso, investindo no amor como num<br />

mercado de capitais. Ambos são volúveis. As acções. As pessoas.<br />

Da prioridade absoluta à satisfação imediata, do “ignóbil desejo de ser amado”, de que falaram Deleuze<br />

e Guattari, passámos para o tempo da extrema exigência no relacionamento: deseja-se a paixão desregrada e a<br />

segurança, a fidelidade e as vertigens da atracção, a família e a liberdade total. A historiadora Mona Ozouf refere<br />

o reverso da liberdade como sendo a angústia de viver, a dificuldade de ser e a impossibilidade de encontrar, fora<br />

de si mesmo, a razão de um fracasso amoroso. O autor fala-nos da responsabilidade e da solidão, prescrevendonos<br />

a literatura, a amizade, uma boa noite de sono e o humor. Abrevia os porquês: “Há homens e mulheres que<br />

se separam porque se cansam de ver sempre as mesmas caras de imbecis, de levarem cotoveladas na cama<br />

e de discutir sobre qual dos dois faz mais coisas e se sacrifica mais. O copo enche-se a pouco e pouco… É<br />

tudo. É doloroso, mas é normal e habitual.” (fala de Frederico).<br />

Substitui a (já enterrada) mulher rousseauniana que tinha em si o gosto de agradar e um pudor natural,<br />

passivamente à espera da iniciativa e galanteio masculinos, por uma mulher que sabe o que (não) quer, não se<br />

inibindo do primeiro passo. Inventa-a em Nines, a vizinha apaixonada pela cultura egípcia, tão em voga nos anos<br />

oitenta, porque “…a gente ali é mais livre, mais animal.”. Dá-lhe uma “descartabilidade” amorosa, desenha-a<br />

com as reminiscências de Alexandra Kollontai que dizia que “O acto do amor devia ser banal, como beber um<br />

copo de água a meias.” E atribui-lhe a independência: “Apaixonei-me de verdade.(…) Claro que agora o<br />

problema é o Roberto (…) Eu, ao fim e ao cabo, só estive com ele uns dias. E por uns dias não vou ter de<br />

carregar com ele a vida inteira, não é? É diferente de mim e muito chato...” (fala de Nines).<br />

Num agora que, muitas vezes, vê confundir-se o desejo com o amor, fazendo deste quase uma decisão<br />

e, do ser amante, um equilibrista, deixo-vos Pares e Ímpares, longe de filosofias, a oferecer-nos o riso perante<br />

esta ansiogénica passionalidade:<br />

“Amor, amooor…Sem ti não consigo viver, e contigo ainda menos.” (fala de Roberto).<br />

E como somos herdeiros desses Maios, o processo de trabalho desenrolou-se numa equipa a pensar<br />

sobre o seu reflexo no presente, volvidos quarenta e um anos, numa salutar partilha de ideias e experiências.<br />

Para os meus colegas actores um abraço e um obrigada: Isabel pela tua espontaneidade, Rui pela tua atenção e<br />

amizade e Zé pela tua obstinação. Agradeço, também, ao cenógrafo Luís Baião pelo seu entusiasmo e<br />

profissionalismo; a Onofre Varela pelas suas caricaturas;<br />

ao Tito Machado e à Helena Dias pelas suas radiofónicas<br />

vozes; assim como à solicitude da Joaquina Garcia, à<br />

disponibilidade de José Monteiro e ao Mário Sobreira pela<br />

sua sabedoria e incansável generosidade.<br />

Quero agradecer, em especial, ao Júlio Gago,<br />

Norberto Barroca e Mário Garcia por este convite, pelo<br />

renovado voto de confiança do qual espero estar à altura,<br />

assim como a toda a equipa do <strong>TEP</strong> (Vidal Valente, Eduardo<br />

Brandão, Cândida, Eugénia e Ana) e do Auditório Municipal<br />

de Gaia.<br />

Susana Sá - Encenadora<br />

(1) Dominique Simonnet<br />

Rui Spranger, Isabel Nunes e José Dias, em Pares e Ímpares, no <strong>TEP</strong>


JOSÉ LUIS ALONSO DE SANTOS - Autor<br />

José Luis Alonso de Santos nasceu em Valhadolide, em 1942.<br />

Actor, escritor, dramaturgo e encenador, vive em Madrid desde 1959.<br />

Licenciou-se em Filosofia e Letras (Psicologia) e em Ciências da<br />

Informação (Imagem). Fez um curso de estudos teatrais, no Teatro<br />

Estúdio de Madrid, com professores como Miguel Narros, Maruda López<br />

e William Layton, pioneiro do método de Stanislawski em Espanha, de<br />

quem foi assistente de encenação em Noite de Reis, de William<br />

Shakespeare, em 1967. É professor catedrático de Escrita Dramática,<br />

na Real Escola Superior de Arte Dramática, em Madrid, da qual já foi<br />

director. Entre 2000 e 2004 foi director da Companhia Nacional de<br />

Teatro Clássico.<br />

Ao longo da sua carreira escreveu argumentos para o cinema<br />

(incluindo a adaptação cinematográfica das suas peças La Estanquera<br />

de Vallecas, realizado por Eloy de la Iglesia, Bajarse al Moro, de<br />

Fernando Colomo, e Salvajes, de Carlos Molinero); guiões para televisão<br />

(em que se inserem Eva y Adan, Agencia Matrimonial, e adaptação de<br />

peças suas, onde se inclui PARES E ÍMPARES, apresentado no I<br />

canal da TVE em 2004); livros infantis, textos de ficção,(como Paisage<br />

desde mi Bañera, El Romano ou Una de Piratas; obras teóricas sobre<br />

teatro (Teatro Español de los 80, com Firmin Cabal, La Escritura<br />

Dramática, Manual de Teoria e Práctica Teatral, e estudos para<br />

revistas como a “Primer Acto”, “ADE”, “El Público”, etc).<br />

José Luis Alonso de Santos<br />

Como actor, teve a sua estreia profissional em 1964, em O<br />

Processo sobre a Sombra do Burro, de Friedrich Dürenmatt. A partir daí, a sua vida teatral esteve ligada a<br />

diversos grupos de teatro independente, como o TEI (Teatro Experimental Independient), o Tábano, o Teatro Libre<br />

de Madrid (criado por si, na Universidade Complutense de Madrid, e depois, autonomizado, onde levou à cena o<br />

seu primeiro trabalho dramatúrgico, El Auto del Hombre, a partir de Calderon de la Barca, e, também, o seu<br />

primeiro texto, Viva el Duque, Nuestro Dueño, 1975, estreado na véspera da morte do ditador Franco).<br />

Em 1988, criou a sua própria produtora teatral “Pentación”, com Margarita Piñero, Gerardo Malla, Rafael<br />

Alvarez, “El Brujo” e Jesus Cimarro, com a qual estreou PARES E ÍMPARES.Como actor tem tido inúmeras<br />

participações, e como encenador levou à cena, muitas vezes em adaptações suas, autores como Brecht,<br />

Aristófanes, Synge, Calderon de la Barca, Pío Baroja, Valle Inclán, Plauto, Shakespeare, Carlos Arniches, Lope<br />

de Vega, Molière, Agustin Moreno, para além de vários textos seus.<br />

Personagem transversal às várias vertentes da sua afirmação pública, tem sido, entretanto, como<br />

dramaturgo que a sua personalidade se tem afirmado de uma forma mais vincada. Em 2008, a editora espanhola<br />

Castalia publicou, em dois volumes, as suas trinta peças até então divulgadas em edições separadas, e cuja lista<br />

se inclui nesta brochura. É considerado pela SGEA (sociedade espanhola de autores) um dos autores espanhóis<br />

mais representados. Desde 1977, ano em que recebeu o prémio Cidade de Valhadolide, tem sido contemplado<br />

com os principais prémios do teatro espanhol Gayo Vallecano (1981), Tirso de Molina (1984), Rojas Zorrilla<br />

(1985), Prémio Nacional de Teatro (1986), Cidade de Cazorla (2003), Max (2005), etc. É o dramaturgo espanhol<br />

com maior número de prémios actualmente.<br />

José Luís Alonso de Santos, incompreensivelmente, é pela primeira vez levado à cena por uma<br />

Companhia Portuguesa, nesta produção do Teatro Experimental do Porto.<br />

NOTA DO AUTOR, SOBRE PARES E ÍMPARES<br />

Ah! O Amor! Doce inimigo, doença contagiosa que pode entrar por qualquer um dos nossos orifícios e<br />

concavidades até chegar ao sítio escuro do coração.<br />

Causou à humanidade dolente mais felicidade e mais sofrimento do que todas as outras invenções<br />

juntas, com que fomos dotados pela natureza para combatermos o tédio.<br />

Foi cantado pelos poetas, provocou mais guerras do que Filipe II; está para além de nós, lutando todos<br />

os dias com o tigre que temos em cada um e com os que esperam ao nosso redor para completar a lide.<br />

Como uma criança perversa e glutona, goza com o proibido e reprova-nos, por dentro, quando não lhe<br />

damos os doces desejados.<br />

Muitas coisas se disseram sobre ele ao longo dos tempos, para continuarmos a saber tão pouco: que<br />

arde como o álcool sobre as feridas e que vivendo com ele não somos prudentes, mas, é loucura viver sem viver<br />

com ele. A terminar: “Isso é amor. Só o sabe quem o experimentou”…<br />

(Em edição da Obra Teatral, em dois volumes, Editorial Castalia, com o apoio da Câmara Municipal de Valhadolide)


SUSANA SÁ - Encenadora<br />

Actualmente a concluir a dissertação de Mestrado em Teatro/Texto Dramático<br />

na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, é licenciada em Relações<br />

Internacionais. Frequentou o Curso de Teatro - Formação de Actores da<br />

Academia Contemporânea do Espectáculo, no âmbito do qual trabalhou com<br />

os encenadores António Capelo, João Paulo Costa, Rogério de Carvalho e<br />

com a companhia de teatro Koumulus, tendo participado na co-produção<br />

(A.C.E./Koumulus) Ponte das barcas para a Porto 2001 - Capital Europeia da<br />

Cultura. Frequentou as Oficinas de teatro do <strong>TEP</strong>, assim como diversos<br />

workshops orientados por Júlia Correia, Alberto Magno, Gemma Fosas, Fany<br />

Luckert e Claire Dinyn. Estreou-se, profissionalmente, no <strong>TEP</strong>, em O Amor do<br />

Soldado (2001) e interpretou textos de Sttau Monteiro, Gil Vicente, Zola,<br />

Shakespeare, António Pedro, António Gala, Norberto Barroca, Eça de Queirós,<br />

Maria Clara Machado, L.F. Rebello, Ionesco, António José da Silva, Paulo Mira<br />

Coelho, Ibsen e Christopher Hampton (com encenações de Norberto Barroca)<br />

e Fassbinder/Goldoni, com encenação de Rui Silva. Na Seiva Trupe interpretou<br />

Falha de Cálculo, com encenação de Carlos António e no Teatro Aramá, a<br />

Orfã e O Público, com encenações de Tó Maia. Coordenou oficinas de teatro para crianças e adultos, dá aulas<br />

de expressão dramática ao 1º e 2º ciclos e dirige o grupo de teatro amador Art’Ires (Academia Jorge de Sena/<br />

Inatel). Faz dobragens de animação. Participou na telenovela Lenda da Garça e nas séries televisivas: Uma<br />

Aventura, Triângulo jota, Um lugar para Viver. Estreou-se no cinema com Edgar Pêra, em Janela e O Homem-<br />

-Teatro, e, mais tarde, em Espelho Mágico, de Manoel de Oliveira. Participou nas curtas-metragens Por trás do<br />

armário e Vermelho de José Pinto, Noite Cão de Carlos Amaral e Alter Ego de José Wallenstein, integrada no<br />

espectáculo homónimo do Teatro Bruto. Estreou-se, profissionalmente, como encenadora no <strong>TEP</strong>, em 2008, com<br />

Não me lembro de nada e Clara (Memória) de Arthur Miller., sendo, igualmente, responsável pela tradução e<br />

figurinos.<br />

LUÍS BAIÃO - Cenografia<br />

Nasceu em 1969. Fez o curso de Pintura, na Faculdade de Belas Artes -<br />

Universidade do Porto (1990/1996) e pós graduação em Ensino Especial -<br />

ESSE Paula Frassinetti (2006). Fez acções de formação na área das Artes<br />

Plásticas (Coimbra, 2000) e, várias, na área da Educação Especial para Pessoas<br />

com Habilitações Diferentes e com Deficiência Mental (2005-2007). Professor<br />

de Educação Visual do 3º ciclo do ensino básico e de Artes Plásticas, de<br />

crianças portadoras de deficiência mental. Formador nas áreas de Pintura e<br />

Desenho na Academia Sénior de Gaia (1994/2004); Designer/Creativo –<br />

Ademark, design e marketing. Colaborou em trabalhos de arquitectura de<br />

interiores, com as Arqs. Carla Malta Pires e Claudia Fonseca. Exposições<br />

colectivas de pintura em 2000: Ring de Bell, com Nuno Raminhos no GRUCH<br />

(Gabinete de Reabilitação Urbana do Centro Histórico de V.N.Gaia);<br />

Tendências Abstractas/Tendências Figurativas, com Teresa Soares no Posto<br />

de Turismo de Castelo de Paiva. Em 2004 fez uma palestra sobre “A Importância<br />

dos Afectos na Educação”, na Escola Moisés Alves de Pinho. Frequentou as<br />

Oficinas de Teatro - Acções de Formação - Cenografia, no <strong>TEP</strong> (2002); fez a<br />

cenografia de Conferência de Alto Nível e Visitas ao Sr. Green, no <strong>TEP</strong>. É<br />

sócio-gerente da “Ensina-me – Produções Especiais, Lda”.


ISABEL NUNES<br />

Nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1984. Concluiu, em 1999, o Curso de<br />

Iniciação à Prática Teatral na companhia Esbufeteatro e em 2003 concluiu o<br />

Curso de Interpretação na Academia Contemporânea do Espectáculo.<br />

Profissionalmente trabalhou com os encenadores: Sílvia Correia, Sérgio Praia,<br />

Ana Luena, João Garcia Miguel, Norberto Barroca, Fernando Moreira, Miguel<br />

Cabral, Roberto Lage e Roberto Merino. Participou na curta-metragem Alter-<br />

Ego, realizada por José Wallenstein, integrada no espectáculo Alter-Ego de<br />

Artur Serra Araújo, encenado por Ana Luena, produção Teatro Bruto.<br />

Participou nas leituras inseridas na Bruto OFFicina – sob o Signo de Lorca,<br />

do Teatro Bruto. É membro fundador da Estufa. Desde 2004 faz dobragens.<br />

Estreou-se no <strong>TEP</strong> em 2004 com “A Bruxinha que era Boa”, de M. Clara<br />

Machado, onde representou também Felizmente Há Luar! de L. Sttau Monteiro,<br />

A Ilha, adaptação de Marivaux e João Gabriel Borkman de Ibsen. Em 2006<br />

interpretou As Flores que abanam no Jardim dos Outros, dir. Miguel Cabral.<br />

JOSÉ DIAS<br />

Curso de Actores na Seiva Trupe, Curso de Teatro e especialização artística<br />

em Teatro de Rua, na Academia Contemporânea do Espectáculo. Formação<br />

em Pirotecnia. Participou em espectáculos do Teatro Universitário do Porto,<br />

Teatro Art’Imagem, Teatro Bruto e espectáculos de Animação de Rua.<br />

Participou em Astravagance e na abertura do “Opel Centrum Drive” com o<br />

Friches Théâtre Urbain, Frankfurt, nos Festivais Internacionais de Teatro de<br />

Rua de Delft e no “Le Printemps de Rue”, em Paris, com Mephistomania,<br />

baseado no Fausto de Goethe e na Feira Internacional do Automóvel Comercial<br />

Hannover, com Os Mecânicos. Participou no FITEI, “Porto 2001”, abertura do<br />

“Euro 2004”, Festival Internacional de Teatro de Fogo – Tambor Mecânico,<br />

em Lisboa e Espectáculos Pirotécnicos. É formador em Técnicas Circenses.<br />

Estreou-se em 2004 no <strong>TEP</strong> em É Urgente o Amor, mantendo-se, desde<br />

então, na Companhia. Em 2009 estreou-se na encenação com Restos de<br />

Bernardo Santareno, no <strong>TEP</strong>.<br />

RUI SPRANGER<br />

Frequentou o Curso de Interpretação da Academia Contemporânea do<br />

Espectáculo e conclui-o no Ballet Teatro. Estreou-se profissionalmente em<br />

1996 no espectáculo Sem Corpo nem Voz de Paola Presciultini, com<br />

encenação de Franco Brambilla. Em 1997 inicia com Os Piratas de Manuel<br />

António Pina, uma longa colaboração com o Pé de Vento que se mantém até<br />

hoje, tendo participado em diversas encenações de João Luiz. Entre 1999 e<br />

2002 participa em diversos espectáculos do Teatro do Noroeste com<br />

encenações de José Martins, Jorge Castro Guedes, Guillermo Heras e Miguel<br />

Guede Oliva. Em 2005 participa em Preconceito Aberto espectáculo produzido<br />

pelo TIPAR com encenação e autoria de Fernando Moreira a partir de<br />

Preconceito Vencido de Marivaux, em 2007 no musical Peter Pan com<br />

encenação de John Gardyne e, em 2008 participa na peça Clara de Arthur<br />

Miller (“Ciclo Viagens”), com encenação de Susana Sá, no <strong>TEP</strong>. Foi assistente<br />

de encenação de Roman Paska e Franco Brambilla e fez ainda várias encenações de peças de Jean Tardieu.<br />

Encenou também autores como Alonso Ibarrola, Pierre Louÿs, Gil Vicente e ainda Retratos Comuns da sua<br />

própria autoria. Em 2008 encenou o musical O Livro da Selva e já este ano dirigiu o elenco de High School<br />

Musical 2. Participou em várias séries de televisão e em algumas curtas-metragens onde se destacam o Agente<br />

Meireles da série “Triângulo Jota” e o Dono do Café na curta metragem KUNTA de Ângelo Torres. Tem ainda<br />

declamado poesia em vários recitais e, semanalmente desde 2002 no Pinguim Café. No Pé de Vento, para além da<br />

sua colaboração como actor, criou o projecto Circunvalação à Noite e prepara-se agora para encenar Ratos e<br />

Borboletas na Barriga de Paulinho Oliveira.


NORBERTO BARROCA - Tradução<br />

Nasceu na Marinha Grande, em 1937. Arquitecto, pela Esc. Superior de<br />

Belas Artes de Lisboa, Licenciado em História, pela Fac. Letras de Lisboa e<br />

Mestre em História Contemporânea, pela Fac. Letras do Porto, começou no<br />

Teatro Universitário (Lisboa), dirigido por Fernando Amado, estreando-se<br />

profissionalmente, em 1960, com o Grupo Fernando Pessoa, dizendo poesia<br />

em cidades do país, no Brasil, Angola e Moçambique. Estreou-se na Casa da<br />

Comédia como encenador, em 1967. Em 1969 recebeu o Prémio de Imprensa<br />

pela encenação de Fando e Lis de Arrabal e frequentou em Londres um<br />

curso de teatro na “East 15th Acting School”, bolseiro da F. Gulbenkian.<br />

Partiu para Moçambique onde, a par da actividade de arquitecto, realizou<br />

espectáculos de teatro, como Os Noivos, ou Conferência Dramática sobre<br />

o Lobolo que adaptou de um texto de Lindo Hlongo, autor africano. Trabalhou<br />

em companhias como Casa da Comédia, T. Estúdio de Lisboa, Emp.Vasco<br />

Morgado, Companhia Nacional de Teatro (Teatro S. Luís, de que foi director),<br />

A Centelha (Viseu), Novo Grupo (T. Aberto), 1º Acto (Algés), T. Nacional D.<br />

Maria II, T. Maria Matos, Casino Estoril, A Barraca, T. ABC e T. Maria Vitória; no<br />

Porto, com a Seiva Trupe e <strong>TEP</strong>, de que é Director Artistico desde 1998.<br />

Autor, adaptador e tradutor, na Casa da Comédia fez a adaptação de As Noites Brancas de Dostoievski (com<br />

Raquel Bastos), de Um Barco para Ítaca e outros Poemas de Manuel Alegre, traduziu Fando e Lis de Arrabal,<br />

escreveu À Procura da Verdade, sobre Pirandelo e Aventuras e Desventuras dos Heróis Castrados. Na Seiva<br />

Trupe (Porto) adaptou a teatro contos de Jorge de Sena, com o título Contos Cruéis, escreveu Quanto Vale um<br />

Poeta?, sobre Camões, com textos de vários autores, Um Cálice de Porto (com Manuel Dias e Benjamim Veludo);<br />

fez a adaptação a teatro do romance Uma Família Inglesa, de Júlio Diniz, com o título Uma Família do Porto<br />

(colab. Manuel Dias), da peça O Morgado de Fafe Amoroso, de C. Castelo Branco, com o título Os Amorosos da<br />

Foz e de O Motim de Miguel Franco; escreveu introduções das comédias O Conde Barão e Cama, Mesa e<br />

Roupa Lavada (Luzes de Palco); com B. Veludo escreveu Porto de Honra e textos para o café teatro Porto<br />

Alegre. Para o <strong>TEP</strong>, com colaboração de Manuel Dias, adaptou a farsa lírica Miss Diabo e escreveu Gaia d’Ouro;<br />

traduziu (com Mário Dias Garcia) A Respeitosa de Sartre, adaptou a teatro o romance Teresa Raquin de Émile<br />

Zola, Os Maias de Eça de Queirós e textos de A. José da Silva e Bernardo Santareno para o espectáculo António<br />

José da Silva. Traduziu Conferência de Alto Nível, de Robert Donald MacDonald, Separações (A Voz Humana e<br />

O Belo Indiferente) de Cocteau e Eclipse Total, de Christopher Hampton; escreveu a peça infantil Era uma vez...<br />

no Teatro. Para o T. Nacional D. Maria II fez a adaptação de O Fidalgo Aprendiz de D. Francisco Manuel de Melo.<br />

Na Marinha Grande, para o Teatro do Operário, foi autor de A Soprar se vai ao longe! e de uma adaptação musical<br />

de O Fidalgo Aprendiz; para a Câmara Municipal escreveu uma reconstituição da revolta de 18 de Janeiro de<br />

1934, de Uma Obragem do Séc. XVIII e a peça Marquês de Pombal - o Rei do Rei D. José. Para a C. M. da<br />

Batalha escreveu Memória de Pedra, nas comemoraçõesa dos 500 anos da elevação a vila; e, para a C. M. de<br />

Ourém fez a reconstituição da Via Sacra, apresentada na Semana Santa no Castelo de Ourém. Escreveu Ao<br />

Encontro da Luz (segundo textos de Santo Agostinho) e Memórias de Lúcia, nos 90 anos das aparições em<br />

Fátima. Para a Comissão Nacional dos Descobrimentos escreveu as peças para a infância, Tempo de Mercadorias,<br />

A Grande Viagem, Para Além do Mar e Para Além da Terra. Para Há Cultura, fez uma adaptação de Os Maias,<br />

com o título Episódios da Vida Romântica. Presentemente é autor (com Benjamim Veludo) de Um Barco na<br />

Cidade, para a Seiva Trupe em coprodução com o Teatro Constantino Néry de Matosinhos.<br />

Em 2006 recebeu a Medalha de Ouro de Mérito Cultural e Científico da C. M. de V. N. Gaia e foi eleito<br />

Profissional do Ano pelo Rotary Club da Marinha Grande. Em 2009 recebeu o “Prémio Carreira” da Associação<br />

Popular de Futsal de Vila Nova de Gaia, foi homenageado pelo Teatro Arado no IV Festival de Teatro para a<br />

Infância e Juventude e recebeu a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

JOSÉ LUÍS - Cabeleireiros<br />

LAVANDARIA STOP - Vila Nova de Gaia<br />

ONOFRE VARELA - Caricaturista<br />

SERAFIM BORGES - Estúdio Duro D’Ouvido<br />

OMB - Grupo Óptico - Vila Nova de Gaia<br />

ENSINA-ME, Produções Especiais, Lda.<br />

Onofre Varela


CÂNDIDA RIBEIRO<br />

Guarda - Roupa<br />

EDUARDO BRANDÃO - Desenho de Luz /<br />

Sonoplastia<br />

Nascido, no Porto, em 1955, iniciou a sua actividade como técnico de iluminação<br />

e sonorização no Teatro Universitário do Porto, em 1974, grupo ao qual ainda<br />

se mantém ligado. Ao longo de 35 anos de carreira, foi responsável pela<br />

luminotecnia e sonoplastia de grupos e companhias de teatro como o Teatro<br />

Estúdio de Arte Realista (TEAR), Seiva Trupe e Teatro Experimental do Porto<br />

(<strong>TEP</strong>), onde integra o seu elenco permanente desde 1992. Foi até agora<br />

responsável pela luminotecnia e sonoplastia de textos de autores como<br />

Almeida Garrett, António José da Silva, Gil Vicente, Henri Lefebvre,<br />

Ghelderode, B. Brecht, Pablo Picasso, Ingmar Bergman, John Clifford, Sanchez<br />

Sinisterra; Sofocles, Arrabal, Fassbinder, Tchekov, Koltés, Molière, Durrenmatt,<br />

R. Monti, John Osborne, K. Valentin, Goldoni, T. Bernhard, Sarrazac, Mrozek,<br />

Luis Araujo, Buchner, Heiner Muller, Mário Cláudio, Ayckbourn, Sartre,<br />

Norberto Barroca/Manuel Dias, H. Pinter, Eduardo de Filippo, Luís de Sttau<br />

Monteiro, Labiche, Jorge Amado, Shakespeare, Zola, Robert David MacDonald, A. Gala, Eça de Queirós, Maria<br />

Clara Machado, Jeff Baron, etc. Trabalhou com encenadores como: Correia Alves, Moncho Rodriguez,<br />

Castro Guedes, Mário Feliciano, Rogério de Carvalho, Julio Castronuovo, Claudio Lucchesi, Isabel Alves Costa,<br />

António Capelo, Júlio Cardoso, Norberto Barroca, Laurence Boswell, F. Mora Ramos, Nino Mangano, Rui Madeira,<br />

Acácio de Carvalho, Helder Costa, José Cayolla, Paulo Castro, João Cardoso, Celso Cleto, Júlia Correia, Rui Silva,<br />

Joana Gusmão, Susana Sá, José Dias, etc.; com cenógrafos como José Rodrigues, Rosa Ramos, Emerenciano,<br />

Ícaro, Mário Alberto, José Manuel Castanheira, Acácio de Carvalho, Norberto Barroca, Mário Dias Garcia, Moura<br />

Pinheiro, Carlos Barreira, Alberto Péssimo, Rui Anahory, José Paiva, António Barros, etc.; com coreógrafos<br />

como Ruben Marks, Jorge Levi, Fernanda Canossa; e, com músicos como José Prata, João Loio, Tentúgal,<br />

Jorge Constante Pereira, Carlos Alberto Augusto, Paulino Garcia, etc. Colaborou ainda com numerosos grupos de<br />

teatro amador e universitário.<br />

EUGÉNIA CUNHA - Produtora Executiva<br />

Nascida em 15 de Junho de 1954, na Guarda, fez o Curso de Teatro da Seiva<br />

Trupe em 1982, no Porto. Representou no Grupo dos Modestos a peça O<br />

Herbicida de Carlos Coutinho. Em 1983/84, trabalhou como secretária do<br />

FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica. Em 1985<br />

secretariou o Grupo de Teatro “Cena” que se havia formado nessa altura e<br />

estava sediado no Grupo dos Modestos. Curso de Jornalismo, feito no Centro<br />

de Formação de Jornalistas. Actualmente, frequenta o 2º ano da Licenciatura<br />

em Ciências da Comunicação – Jornalismo – Assessoria – Multimédia. Curso<br />

de iniciação às técnicas de computador (World, Excel, Power Point). Em<br />

1989 trabalhou na Rádio Activa, como jornalista e manteve durante cerca de<br />

um ano um programa sobre Teatro. Em 2000 passou a integrar o elenco do<br />

Teatro Experimental do Porto, como Produtora Executiva, cargo que<br />

ainda hoje mantém. Participou como actriz no filme de Manoel de Oliveira,<br />

Espelho Mágico, na personagem da costureira. Fez figuração no espectáculo<br />

Eclipse Total, do Teatro Experimental do Porto.<br />

ANA SANTOS<br />

Secretariado<br />

JOSÉ CARVALHO<br />

Desenho Gráfico<br />

PEDRO AMENDOEIRA<br />

Operador de Som

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