Era Karl Marx um Satanista? - Richard Wurmbrand

(Todas as citações são das Obras Selecionadas, Moses Hess, Berchtel Publishing House,
Alemanha.) Essa época que Hess chama de "messiânica" é a época da vitória da revolução
mundial socialista. A idéia de que a religião judaica teve como ponto de partida o conceito de uma
revolução socialista sem Deus é uma piada suja e um insulto ao povo judeu. Hess fala
continuamente em termos religiosos, porém não crê em Deus.
Escreve que "nosso deus nada mais é do que a raça humana unida em amor". O caminho para
chegar a tal união é a revolução socialista, na qual dezenas de milhares de pessoas do seu tão
amado gênero humano serão torturadas e mortas. Por outro lado, ele não faz segredo do fato de
que não deseja nem o domínio dos céus nem o dos poderes terrestres, já que são ambos
opressivos. Não há qualquer bem em nenhuma religião, exceto na da revolução social. "É inútil e
ineficaz elevar as pessoas à verdadeira liberdade e fazê-las participar dos bens da existência sem
libertá-las da escravidão espiritual, isto é, da religião. Fala simultaneamente sobre "o absolutismo
dos tiranos celestes e terrenos sobre escravos".
Somente através da compreensão de Hess, o homem que influenciou Marx, Engels e Bakunin os
três fundadores da Primeira Internacional (D. McLellan, Marx a ntes do Marxismo, McMillan),
seremos capazes de compreender as profundezas satânicas do comunismo. Fui forçado a fazer
esta longa digressão sobre Hess porque, se não o conhecemos, Marx torna-se incompreensível, já
que foi ele quem trouxe Marx para o socialismo.
Recordemos as palavras de Marx, já citadas anteriormente:
"Palavras eu ensino todas misturadas em uma confusão demoníaca. Assim, qualquer um pode
pensar exatamente o que quiser pensar."
Marx escreveu dessa forma. As obras de Hess estão em confusão diabólica ainda maior, na qual é
difícil orientar-se, mas que precisamos analisar a fim de avaliar possíveis ligações entre Marx e o
satanismo. O primeiro livro de Hess chamava-se A Santa História da Raça Humana.
Proclamou-a como sendo "uma obra do santo espirito da verdade".
Quando o livro foi lançado, ele escreveu em seu "Diário" (tl. 101): "O Filho de Deus libertou os
homens da sua própria escravidão. Hess os libertará também da servidão política." "Sou chamado
a testemunhar pela luz, como foi João Batista." Nessa época, Marx, que ainda era contrário ao
socialismo e não conhecia Hess pessoalmente, começou a escrever um livro contra ele. Por
motivos desconhecidos, esse livro jamais foi terminado (Obras Completas de Marx -Engels,
Moscou, 1927-1935, vol.). Mais tarde, tornou-se discípulo de Hess.