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Curso de Eletricidade Predial

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> Eletricida<strong>de</strong> <strong>Predial</strong><br />

Unida<strong>de</strong> 3 | Texto complementar I: Condutores e eletrodutos<br />

Condutores e eletrodutos<br />

Introdução<br />

Os condutores elétricos são componentes essenciais do circuito elétrico, pois é através <strong>de</strong>les<br />

que a corrente elétrica circula. Por causa disso, dissipam uma certa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calor (efeito<br />

Joule). Embora isso não possa ser evitado, po<strong>de</strong>rá ser minimizado por meio da escolha correta<br />

do tipo <strong>de</strong> condutor cujo material <strong>de</strong> fabricação e bitola <strong>de</strong>vem estar <strong>de</strong> acordo com as<br />

<strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> sua utilização.<br />

De mesma forma, a utilização do eletroduto a<strong>de</strong>quado às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> segurança da<br />

instalação, é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância.<br />

O presente texto contém informações sobre condutores e eletrodutos que são <strong>de</strong> interesse<br />

<strong>de</strong> todo eletricista.<br />

Materiais para a fabricação <strong>de</strong> condutores<br />

Como já foi estudado, condutor é o componente do circuito que conduz a corrente elétrica.<br />

Ele é tão mais eficaz quanto maior for sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> facilitar a passagem da corrente.<br />

Por causa disso, os condutores elétricos são fabricados com materiais cuja formação atômica<br />

facilita a ocorrência <strong>de</strong> uma corrente elétrica, ou seja, materiais que conduzem eletricida<strong>de</strong><br />

com maior eficácia <strong>de</strong>vido a sua condutibilida<strong>de</strong>.<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> Eletricida<strong>de</strong> <strong>Predial</strong><br />

Unida<strong>de</strong> 3 | Texto complementar I: Condutores e eletrodutos<br />

Os materiais mais utilizados como condutores elétricos são o cobre e o alumínio. Esses<br />

dois materiais apresentam vantagens e <strong>de</strong>svantagens em sua utilização. A tabela a seguir<br />

apresenta em <strong>de</strong>staque os itens nos quais um material apresenta vantagem sobre o outro.<br />

Cobre Alumínio<br />

Resistivida<strong>de</strong> (0,017Ω /mm 2 ) / m Resistivida<strong>de</strong> (0,028Ω /mm 2 ) / m<br />

Boa resistência mecânica Baixa resistência mecânica<br />

Soldagem das emendas com estanho Requer soldas especiais<br />

Custo elevado Custo mais baixo<br />

Densida<strong>de</strong> 8,9 Kg/dm 3 Densida<strong>de</strong> 2,7 Kg/dm 3<br />

Comparando a resistivida<strong>de</strong> do alumínio com a do cobre, verifica-se que a resistivida<strong>de</strong> do<br />

alumínio é 1,6 vezes maior que a do cobre. Portanto, para substituir um condutor <strong>de</strong> alumínio<br />

por um <strong>de</strong> cobre, <strong>de</strong>ve-se diminuir a seção <strong>de</strong>ste em 1,6 vezes com relação ao condutor <strong>de</strong><br />

alumínio, para que este conduza a mesma corrente nas mesmas condições.<br />

Em instalações resi<strong>de</strong>nciais, comerciais e industriais, o condutor <strong>de</strong> cobre é o mais utilizado.<br />

O condutor <strong>de</strong> alumínio é mais empregado em linhas <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>. Esse uso<br />

é <strong>de</strong>vido à sua menor <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e, conseqüentemente, menor peso. Isso é um fator <strong>de</strong><br />

economia, pois as torres <strong>de</strong> sustentação po<strong>de</strong>m ser menos reforçadas.<br />

Tipos <strong>de</strong> condutores<br />

O condutor po<strong>de</strong> ser constituído <strong>de</strong> um ou vários fios. Quando é constituído por apenas um<br />

fio é <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> fio rígido. Quando é constituído por vários fios, é chamado <strong>de</strong> cabo.<br />

(Figura 1)<br />

FIGURA 1<br />

O cabo é mais flexível que um fio <strong>de</strong> mesma seção. Assim, quando se necessita <strong>de</strong> um<br />

condutor com seção transversal superior a 10 mm 2 é quase obrigatório o uso do cabo <strong>de</strong>vido<br />

à sua flexibilida<strong>de</strong>, uma vez que o fio a partir <strong>de</strong>sta seção é <strong>de</strong> difícil manuseio.<br />

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Unida<strong>de</strong> 3 | Texto complementar I: Condutores e eletrodutos<br />

O cabo po<strong>de</strong> ser formado por um condutor (cabo simples ou singelo) ou vários<br />

condutores (múltiplo). (Figura 2)<br />

Isolação<br />

FIGURA 2<br />

Para a proteção do condutor é utilizada uma capa <strong>de</strong> material isolante <strong>de</strong>nominada isolação,<br />

com <strong>de</strong>terminadas proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stinadas a isolá-los entre si.<br />

A isolação <strong>de</strong>ve suportar a diferença <strong>de</strong> potencial entre os condutores e terra, e proteger o<br />

condutor <strong>de</strong> choques mecânicos, umida<strong>de</strong> e corrosivos. Alguns condutores são fabricados<br />

com duas camadas <strong>de</strong> materiais diferentes, porém completamente a<strong>de</strong>ridas entre si.<br />

FIGURA 3<br />

A camada interna é constituída por um composto com proprieda<strong>de</strong>s elétricas superiores,<br />

sendo que a externa é constituída por um material com características mecânicas excelentes.<br />

FIGURA 4<br />

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A isolação suporta temperaturas elevadas, <strong>de</strong> acordo com o material que é utilizado na sua<br />

fabricação. Veja tabela a seguir:<br />

Tipo <strong>de</strong> isolação<br />

Temperatura máxima para<br />

serviço contínuo<br />

(condutor °C)<br />

Temperatura limite <strong>de</strong><br />

sobrecarga<br />

(condutor °C)<br />

Temperatura<br />

limite<br />

<strong>de</strong> curto-circuito<br />

(condutor °C)<br />

Cloreto <strong>de</strong> polivilina (PVC) 70 100 160<br />

Borracha etileno-propileno (EPR) 90 130 250<br />

Polietileno reticulado (XLPE) 90 130 250<br />

Normalização<br />

No Brasil, até 1982, os condutores elétricos eram fabricados <strong>de</strong> acordo com a escala AWG /<br />

MCM. A partir daquele ano, <strong>de</strong> acordo com o plano <strong>de</strong> metrificação do Instituto Nacional <strong>de</strong><br />

Metrologia, foi implantada a série métrica conforme as normas da IEC.<br />

Como conseqüência, a NBR 5410 inclui duas novas características nas especificações dos fios<br />

e cabos:<br />

• nova escala <strong>de</strong> seções padronizadas em mm 2 e<br />

• emprego <strong>de</strong> materiais isolantes com nova temperatura-limite, aumentando <strong>de</strong> 60°C para<br />

70°C. Com isso, houve um aumento da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrente (ampères por mm 2) uma<br />

vez que o emprego <strong>de</strong> materiais isolantes com maior temperatura-limite possibilita este<br />

aumento.<br />

Outra vantagem <strong>de</strong>ssa mudança é que as seções são dadas em números redondos, ou seja,<br />

com menor números <strong>de</strong> casas <strong>de</strong>cimais em relação ao sistema AWG / MCM.<br />

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Unida<strong>de</strong> 3 | Texto complementar I: Condutores e eletrodutos<br />

A tabela que segue mostra o limite <strong>de</strong> condução <strong>de</strong> corrente elétrica pelos condutores, no<br />

sistema métrico, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> condução <strong>de</strong> corrente para cabos isolados até 3 condutores<br />

carregados, e maneiras <strong>de</strong> instalar n°s. 1,2 ,3 ,5 e 6 da norma NBR 5410.<br />

Série<br />

As normas da ABNT aplicáveis a fios e cabos são:<br />

• NBR-6880 para condutores <strong>de</strong> cobre para cabos isolados.<br />

• NBR-6148 para fios e cabos com isolação sólida extrudada <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> polivinila para<br />

tensões até 750V-especificações.<br />

Todos os condutores elétricos <strong>de</strong>vem estar <strong>de</strong>vidamente protegidos contra sobrecargas e<br />

curtos-circuitos. A proteção <strong>de</strong>verá ser feita através <strong>de</strong> fusíveis ou disjuntores a<strong>de</strong>quados. Tais<br />

dispositivos <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong>verão ser dimensionados <strong>de</strong> acordo com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

condução <strong>de</strong> corrente do condutor estabelecida pela norma vigente e que, também, é<br />

fornecida pelo fabricante, muitas vezes na própria embalagem do produto.<br />

Emendas e <strong>de</strong>rivações<br />

PVC/70 o C - NBR- 6148 ABNT<br />

Métrica (mm 2 ) Ampères<br />

Série<br />

Métrica (mm 2 ) Ampères<br />

1,5 15,5 70 171<br />

2,5 21 95 207<br />

4 28 120 239<br />

6 36 150 272<br />

10 50 185 310<br />

16 66 240 364<br />

25 89 300 419<br />

35 111 400 502<br />

50 134 500 578<br />

Quando é necessário unir as extremida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> condutores <strong>de</strong> modo a assegurar resistência<br />

mecânica a<strong>de</strong>quada e um contato elétrico perfeito, usam-se emendas e <strong>de</strong>rivações.<br />

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Os tipos <strong>de</strong> emendas mais empregados são:<br />

• Emendas em linhas abertas;<br />

• Emendas em caixas <strong>de</strong> ligação;<br />

• Emendas com fios grossos.<br />

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Unida<strong>de</strong> 3 | Texto complementar I: Condutores e eletrodutos<br />

As emendas feitas em linhas abertas são feitas enrolando-se a extremida<strong>de</strong> do condutor à<br />

ponta do outro e vice-versa. Este tipo <strong>de</strong> emenda é <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> prolongamento. (Figura<br />

5)<br />

Para se executar este tipo <strong>de</strong> emenda, os condutores a serem unidos <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>sencapados<br />

com o auxílio <strong>de</strong> um canivete em aproximadamente 50 vezes seu diâmetro. (Figura 6)<br />

O revestimento isolante <strong>de</strong>ve ser retirado com um canivete usado <strong>de</strong> forma inclinada como se<br />

estivesse apontando um lápis. (Figura 7)<br />

50 D<br />

d<br />

FIGURA 6<br />

FIGURA 7<br />

FIGURA 5<br />

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O fio sem isolação <strong>de</strong>ve ser cruzado, e as primeiras espiras enroladas com os <strong>de</strong>dos: (Figuras<br />

8 e 9)<br />

Então, prossegue-se com o alicate universal, dando o aperto final com dois alicates. (Figuras 10<br />

e 11)<br />

As emendas <strong>de</strong> condutores em caixas <strong>de</strong> ligações são <strong>de</strong>nominadas rabo <strong>de</strong> rato. Para<br />

esse tipo <strong>de</strong> emenda, os condutores são <strong>de</strong>sencapados da mesma forma e comprimento do<br />

processo anterior.<br />

Os fios <strong>de</strong>vem estar fora da caixa e a emenda <strong>de</strong>ve ser iniciada torcendo-se os condutores<br />

com os <strong>de</strong>dos. (Figuras 12 e 13)<br />

FIGURA 1 2<br />

FIGURA 8<br />

FIGURA 10<br />

FIGURA 9<br />

FIGURA 11<br />

FIGURA 13<br />

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O aperto final <strong>de</strong>ve ser dado com o alicate. (figura 14)<br />

Dobrando-se a emenda no meio, faz-se o travamento. (Figura 15)<br />

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Quando é necessário <strong>de</strong>rivar um condutor em uma re<strong>de</strong> elétrica, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do tipo<br />

<strong>de</strong> ligação, usa-se a <strong>de</strong>rivação. (Figura 16)<br />

condutor principal<br />

condutor <strong>de</strong>rivado<br />

FIGURA 14<br />

FIGURA 15<br />

FIGURA 16<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> Eletricida<strong>de</strong> <strong>Predial</strong><br />

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O condutor a ser <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>sencapado num comprimento <strong>de</strong> aproximadamente 50<br />

vezes seu diâmetro. A região do outro condutor on<strong>de</strong> se efetuará a emenda <strong>de</strong>ve ser<br />

<strong>de</strong>sencapada num comprimento aproximado <strong>de</strong> 10 vezes o seu diâmetro. (Figura 17)<br />

Deve-se cruzar o condutor em um ângulo <strong>de</strong> 90° em relação ao condutor principal,<br />

segurando-os com o alicate universal. (Figura 18)<br />

O condutor <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong>ve ser enrolado com os <strong>de</strong>dos sobre o principal mantendo-se as<br />

espiras uma ao lado da outra, e um mínimo <strong>de</strong> 6 espiras. (Figuras 19 e 20)<br />

condutor principal<br />

alicate<br />

condutor <strong>de</strong>rivado<br />

FIGURA 19<br />

condutor<br />

<strong>de</strong>rivado<br />

Utilizando dois alicates, dá-se o aperto final e o arremate. (figura 21)<br />

alicate<br />

FIGURA 17<br />

condutor<br />

principal<br />

FIGURA 18<br />

FIGURA 21<br />

FIGURA 20<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> Eletricida<strong>de</strong> <strong>Predial</strong><br />

Unida<strong>de</strong> 3 | Texto complementar I: Condutores e eletrodutos<br />

Em virtu<strong>de</strong> da resistência que os condutores oferecem na torção das pontas, em condutores<br />

com seção igual ou superior a 10 mm 2 outro processo <strong>de</strong> emenda é utilizado. Isso exige<br />

técnica especial <strong>de</strong> junções, a fim <strong>de</strong> assegurar uma ligação mecânica forte, além do bom<br />

contato elétrico.<br />

Emendas <strong>de</strong> fios grossos<br />

Em relação às emendas <strong>de</strong> fios grossos, observa-se a regra geral <strong>de</strong> que as emendas só<br />

po<strong>de</strong>m ser executadas com auxílio <strong>de</strong> conectores. A tabela a seguir resume informações<br />

sobre esse tipo <strong>de</strong> emenda. (Figuras 22, 23, 24, 25, 26, 27)<br />

Tipo <strong>de</strong> emenda Aplicação Ilustração<br />

Emendas com fio amarrilho<br />

Emendas em prolongamento e<br />

em <strong>de</strong>rivação<br />

Condutor encordoado (cabo)<br />

Emenda com conector<br />

Instalações interiores.<br />

O fio utilizado como amarrilho<br />

<strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> 1 mm 2<br />

Instalações externas<br />

Emenda entrelaçada <strong>de</strong> uso<br />

geral.<br />

Prolongamento ou <strong>de</strong>rivações<br />

em fios singelos ou cabos.<br />

cobre<br />

alumínio<br />

fio amarrilho<br />

inibidor<br />

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Emenda por soldagem<br />

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Unida<strong>de</strong> 3 | Texto complementar I: Condutores e eletrodutos<br />

Outra forma <strong>de</strong> emendar fios grossos é pela emenda por soldagem que apresenta um bom<br />

contato elétrico e boa resistência mecânica. Ela é executada com o auxílio <strong>de</strong> um metal <strong>de</strong><br />

adição formado por uma liga <strong>de</strong> estanho e chumbo. (figura 28)<br />

Para executar a emenda por soldagem, o ferro <strong>de</strong> soldar <strong>de</strong>ve estar com a ponta limpa,<br />

quente e com uma certa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> metal <strong>de</strong> adição <strong>de</strong>rretido.<br />

O ferro <strong>de</strong>ve ser o apoio da emenda, e o metal <strong>de</strong> adição <strong>de</strong>ve estar apoiado na parte<br />

superior da emenda até que a solda fundida preencha todos espaços entre as espiras e cubra<br />

totalmente a emenda.<br />

Importante!<br />

metal <strong>de</strong><br />

adição<br />

ferro <strong>de</strong><br />

soldar<br />

FIGURA 28<br />

Durante o processo <strong>de</strong> soldagem, manter o ambiente ventilado e <strong>de</strong>ve-se evitar a inalação dos<br />

vapores emitidos neste momento, uma vez que prejudicam a saú<strong>de</strong>.<br />

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Conectores especiais<br />

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Unida<strong>de</strong> 3 | Texto complementar I: Condutores e eletrodutos<br />

A conexão <strong>de</strong> condutores po<strong>de</strong> também ser feita por meio <strong>de</strong> conectores especiais,<br />

<strong>de</strong>nominados bornes ou conectores bornes, que unem fios ou cabos por meio <strong>de</strong><br />

parafusos. (Figuras 29, 30 e 31)<br />

Outra forma <strong>de</strong> conexão <strong>de</strong> condutores a equipamentos é o olhal, feito com um alicate <strong>de</strong><br />

bico. É importante observar o sentido <strong>de</strong> aperto do parafuso ao se conectar o fio no<br />

equipamento para que o olhal não se abra. (figura 32)<br />

Isolação <strong>de</strong> emendas e <strong>de</strong>rivações<br />

Toda emenda e <strong>de</strong>rivação <strong>de</strong>ve ser protegida por uma isolação restabelecendo as condições<br />

<strong>de</strong> isolação dos condutores. Essa isolação é feita por meio da fita isolante.<br />

A fita isolante é fabricada com materiais plásticos e borracha. É apresentada comercialmente<br />

em rolos com diferentes comprimentos e larguras a<strong>de</strong>quadas a cada tipo <strong>de</strong> condutor que se<br />

queira isolar.<br />

FIGURA 29<br />

FIGURA 30<br />

FIGURA 32<br />

FIGURA 31<br />

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Unida<strong>de</strong> 3 | Texto complementar I: Condutores e eletrodutos<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do tipo <strong>de</strong> emenda ou <strong>de</strong>rivação, esta <strong>de</strong>ve ser isolada com, no mínimo,<br />

duas camadas <strong>de</strong> fita sem que ela seja cortada, procurando <strong>de</strong>ixá-la bem esticada e com a<br />

mesma espessura do isolamento do condutor. (Figuras 33, 34 e 35)<br />

Eletrodutos<br />

Eletrodutos são tubos <strong>de</strong> metal ou plástico, rígidos ou flexíveis, utilizados com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

proteger os condutores contra umida<strong>de</strong>, ácidos ou choques mecânicos. Po<strong>de</strong>m ser<br />

classificados em:<br />

FIGURA 33<br />

• eletroduto rígido <strong>de</strong> aço-carbono;<br />

• eletroduto rígido <strong>de</strong> PVC;<br />

• eletroduto metálico flexível;<br />

• eletroduto <strong>de</strong> PVC flexível.<br />

Eletrodutos rígidos <strong>de</strong> aço<br />

FIGURA 34<br />

Os eletrodutos rígidos <strong>de</strong> aço são tubos <strong>de</strong> aço com ou sem costura longitudinal (solda),<br />

com diâmetros e espessuras <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s diferenciados, e com acabamento <strong>de</strong> superfície<br />

externo e/ou interno, que po<strong>de</strong> ser brunido, <strong>de</strong>capado, fosfatizado, galvanizado, pintado,<br />

polido, revestido ou trefilado. São usados normalmente em instalações expostas. (Figura 36)<br />

FIGURA 36<br />

FIGURA 35<br />

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Comercialmente são adquiridos em barras <strong>de</strong> 3 metros, cujas extremida<strong>de</strong>s são roscadas e<br />

providas <strong>de</strong> uma luva. (Figura 37)<br />

Os eletrodutos rígidos <strong>de</strong> aço são especificados <strong>de</strong> acordo com as normas NBR 5597, 5598,<br />

5624 e 13057. Apresentam variação <strong>de</strong> diâmetro e espessura <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> conforme a tabela a<br />

seguir:<br />

Diâmetro Designação Espessura <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> (mm)<br />

nominal<br />

(mm)<br />

da rosca<br />

(polegada)<br />

NBR<br />

5597<br />

As diferenças entre as normas citadas estão no acabamento, no tipo <strong>de</strong> rosca (BSP ou NPT) e<br />

na presença ou ausência <strong>de</strong> costura no eletroduto.<br />

NBR<br />

5598<br />

FIGURA 37<br />

NBR<br />

5624<br />

NBR<br />

13057<br />

10 3/8 2,00 2,00 1,50 1,50<br />

15 1/2 2,25 2,25 1,50 1,50<br />

20 3/4 2,25 2,25 1,50 1,50<br />

25 1 2,65 2,65 1,50 1,50<br />

32 1 1/4 3,00 3,00 2,00 2,00<br />

40 1 1/2 3,00 3,00 2,25 2,25<br />

50 2 3,35 3,35 2,25 2,25<br />

65 2 1/2 3,75 3,75 2,65 2,65<br />

80 3 3,75 3,75 2,65 2,65<br />

90 3 1/2 4,25 4,25 2,65 2,65<br />

100 4 4,25 4,25 2,65 2,65<br />

125 5 5,00 5,00 - -<br />

150 6 5,30 5,30 - -<br />

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Observações<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> Eletricida<strong>de</strong> <strong>Predial</strong><br />

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I. A <strong>de</strong>signação do diâmetro do eletroduto <strong>de</strong>ve ser feita pelo diâmetro nominal e<br />

não pela <strong>de</strong>signação da rosca.<br />

II. No comércio são encontrados eletrodutos <strong>de</strong> má qualida<strong>de</strong> que não aten<strong>de</strong>m às<br />

normas. Os comerciantes chamam esses materiais <strong>de</strong> eletrodutos leves, médios ou<br />

pesados. Esse material e essas <strong>de</strong>nominações não <strong>de</strong>vem ser usados.<br />

Para a fixação dos eletrodutos em instalações aparentes são utilizadas braça<strong>de</strong>iras apropriadas<br />

para cada ocasião e que são encontradas em catálogos <strong>de</strong> fabricantes.<br />

Os eletrodutos metálicos não <strong>de</strong>vem ser utilizados em ambientes corrosivos ou com<br />

excessiva umida<strong>de</strong>. Além disso, eles <strong>de</strong>vem ser curvados a frio, pois o calor <strong>de</strong>strói sua<br />

proteção <strong>de</strong> esmalte, o que causará a posterior oxidação do eletroduto.<br />

Dobramento <strong>de</strong> eletrodutos metálicos<br />

Em alguns casos, é necessário dobrar eletrodutos <strong>de</strong> aço. Isso é feito para adaptá-los ao<br />

traçado <strong>de</strong> uma instalação, quando se <strong>de</strong>seja que uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> eletrodutos transponha um<br />

obstáculo, acompanhe uma superfície com uma eventual curvatura ou mesmo por falta <strong>de</strong> uma<br />

curva pré-fabricada. (Figura 38)<br />

Para dobrar o eletroduto é necessário que antes se prepare um gabarito <strong>de</strong> arame <strong>de</strong> acordo<br />

com as curvas a serem feitas. Figura 39)<br />

FIGURA 39<br />

FIGURA 38<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> Eletricida<strong>de</strong> <strong>Predial</strong><br />

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As partes que serão curvadas <strong>de</strong>vem ser marcadas no eletroduto conforme a figura a seguir.<br />

(Figura 40)<br />

Para executar o dobramento, apóia-se o eletroduto no chão. O dobra-tubos é então seguro<br />

com as mãos, e o operador pren<strong>de</strong> o eletroduto com os pés. O cabo do dobra-tubos é<br />

puxado aos poucos e o eletroduto é dobrado conforme a inclinação da curva <strong>de</strong>sejada. (Figura<br />

41)<br />

Durante essa operação, não se po<strong>de</strong> esquecer <strong>de</strong> comparar o eletroduto com o gabarito<br />

preparado anteriormente.<br />

FIGURA 40<br />

FIGURA 41<br />

Para executar essa operação, po<strong>de</strong>-se usar, também, o tripé do tipo dobra-tubos. Com esse<br />

equipamento, porém, o tripé fica fixo e é o eletroduto que é movimentado.<br />

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Eletroduto rígido <strong>de</strong> PVC:<br />

SENAI/SP | Unida<strong>de</strong> 3 - Dimensionamento <strong>de</strong> instalações elétricas prediais (2)<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> Eletricida<strong>de</strong> <strong>Predial</strong><br />

Unida<strong>de</strong> 3 | Texto complementar I: Condutores e eletrodutos<br />

Estes eletrodutos são fabricados com <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> petróleo, sendo isolantes elétricos, não<br />

sofrem corrosão nem são atacados por ácidos.<br />

São fabricados em barras <strong>de</strong> 3 metros e têm, também, suas extremida<strong>de</strong>s roscadas. Seus<br />

diâmetros e espessura <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> são <strong>de</strong>terminados pela NBR 6150, conforme tabela que<br />

segue:<br />

Diâmetro<br />

nominal (mm)<br />

Referência da rosca<br />

(polegada)<br />

Classe A<br />

Espessura <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> (mm)<br />

Classe B<br />

Espessura <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> (mm)<br />

16 3/8 1,5 1,0<br />

20 1/2 1,5 1,0<br />

25 3/4 1,7 1,0<br />

32 1 2,1 1,0<br />

40 1 1/4 2,4 1,0<br />

50 1 ½ 3,0 1,1<br />

60 2 3,3 1,3<br />

75 2 1/2 4,2 1,5<br />

85 3 4,7 1,8<br />

Os eletrodutos rígidos <strong>de</strong> PVC são normalmente utilizados em instalações embutidas ou<br />

instalações externas em ambientes úmidos. Porém, não <strong>de</strong>vem ser utilizados em ambientes<br />

on<strong>de</strong> a temperatura seja superior a 50 oC.<br />

Para utilização em <strong>de</strong>svios da instalação são fabricadas curvas <strong>de</strong> 90 o. (Figura 42)<br />

FIGURA 42<br />

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SENAI/SP | Unida<strong>de</strong> 3 - Dimensionamento <strong>de</strong> instalações elétricas prediais (2)<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> Eletricida<strong>de</strong> <strong>Predial</strong><br />

Unida<strong>de</strong> 3 | Texto complementar I: Condutores e eletrodutos<br />

Em alguns casos é necessário curvar o eletroduto em ângulos, para adaptá-lo ao traçado <strong>de</strong><br />

uma instalação, quando este encontre um obstáculo ou acompanhe uma superfície com uma<br />

curvatura especial.<br />

Da mesma forma como com os eletrodutos <strong>de</strong> aço, em alguns casos, quando se empregam os<br />

eletrodutos rígidos <strong>de</strong> PVC, é necessário curvá-los em ângulos, para adaptá-los ao traçado da<br />

instalação. Para isso, é necessário ter uma fonte <strong>de</strong> calor e uma mola <strong>de</strong> aço com diâmetro<br />

compatível com a medida do diâmetro interno do eletroduto.<br />

Para curvar o eletroduto <strong>de</strong> PVC, primeiro <strong>de</strong>ve-se marcar a zona a ser curvada com dois<br />

traços. Depois disso, seleciona-se a mola correspon<strong>de</strong>nte ao eletroduto, introduzindo-a <strong>de</strong><br />

maneira que coincida com a zona a ser curvada. (Figuras 43 e 44)<br />

D<br />

16 D<br />

zona a curvar<br />

faça topo<br />

FIGURA 43<br />

A zona a ser curvada, <strong>de</strong>ve ser aquecida, girando-se e <strong>de</strong>slocando-se o eletroduto em um e<br />

outro sentido, sobre uma fonte <strong>de</strong> calor suave, para que o plástico amoleça. A fonte <strong>de</strong> calor<br />

po<strong>de</strong> ser um fogareiro elétrico, um soprador térmico, ou mesmo uma chama.(Figura 45)<br />

fonte <strong>de</strong> calor<br />

Quando se percebe que o material está ce<strong>de</strong>ndo, começa-se a curvá-lo lentamente. Deve-se<br />

evitar queimar ou amolecer <strong>de</strong>masiado o plástico.<br />

Continua-se dobrando o eletroduto até obter a forma <strong>de</strong>sejada, controlando com o gabarito<br />

correspon<strong>de</strong>nte ou sobrepondo-o ao traçado. Quando o curvamento estiver <strong>de</strong> acordo com<br />

o gabarito, a zona curvada <strong>de</strong>ve ser imediatamente resfriada com um pano ume<strong>de</strong>cido ou<br />

submergindo-a em um recipiente com água fria.<br />

FIGURA 45<br />

FIGURA 44<br />

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Eletroduto metálico flexível<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> Eletricida<strong>de</strong> <strong>Predial</strong><br />

Unida<strong>de</strong> 3 | Texto complementar I: Condutores e eletrodutos<br />

Este eletroduto é formado por uma cinta <strong>de</strong> aço galvanizada, enrolada em espirais meio<br />

sobrepostas e encaixadas <strong>de</strong> tal forma que o conjunto proporcione boa resistência mecânica e<br />

gran<strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong>. Esse produto também é fabricado com um revestimento <strong>de</strong> plástico a fim<br />

<strong>de</strong> proporcionar maior resistência e durabilida<strong>de</strong>. (Figura 46)<br />

São utilizados em instalações expostas <strong>de</strong> máquinas e motores elétricos. (Figura 47)<br />

Este eletroduto é comercializado em rolos <strong>de</strong> 100 metros, que contêm a indicação do<br />

diâmetro externo.<br />

Eletrodutos <strong>de</strong> PVC flexível:<br />

FIGURA 46<br />

FIGURA 47<br />

Existem eletrodutos flexíveis <strong>de</strong> material plástico utilizados somente em instalações<br />

embutidas. Como não existe uma norma da ABNT a respeito <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> eletroduto, para<br />

sua correta especificação e utilização, <strong>de</strong>ve-se utilizar a norma IEC 614. (Figura 48)<br />

FIGURA 48<br />

No comércio, os eletrodutos flexíveis <strong>de</strong> PVC são adquiridos em rolos <strong>de</strong> 50 ou 100 metros.<br />

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