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No top 10 dos países com a maior Pegada Ecológica por habitante estão os Emirados Árabes Unidos,<br />
Qatar, Dinamarca, Bélgica, Estados Unidos, Estónia, Canadá, Austrália, Kuwait e Irlanda.<br />
Os 31 países da OCDE, que incluem as mais ricas economias do mundo, representam quase 40 por<br />
cento da pegada global. Actualmente, são quase o dobro das pessoas que vivem nos países BRIC –<br />
Brasil, Rússia, Índia e China - comparativamente aos países da OCDE; o relatório mostra que<br />
actualmente a pegada ecológica das pessoas que vivem nos países BRIC está numa trajectória que<br />
poderá ultrapassar o bloco OCDE, caso sigam um modelo de desenvolvimento semelhante.<br />
"Países que mantêm altos níveis de dependência de recursos estão a colocar as suas próprias<br />
economias em risco,” disse Mathis Wackernagel, Presidente da Global Footprint Network. “Os<br />
países capazes de oferecer maior qualidade de vida baseada numa menor pressão ecológica não<br />
servirão apenas interesse global, serão líderes num mundo de contenção de recursos."<br />
O relatório evidencia ainda que o declínio profundo da biodiversidade é menor nos países com<br />
menores rendimentos, onde se verificou um declínio de aproximadamente 60 por cento em menos de<br />
40 anos.<br />
A maior pegada ecológica encontra-se nos países com maiores rendimentos, sendo cinco vezes<br />
superior, em média, à dos países com menores rendimentos, o que sugere que o consumo<br />
insustentável nas nações mais ricas depende largamente dos recursos naturais das nações mais<br />
pobres (normalmente países tropicais ricos em recursos naturais).<br />
O <strong>Relatório</strong> <strong>Planeta</strong> <strong>Vivo</strong> evidencia ainda que uma pegada e nível de consumo elevados,<br />
frequentemente obtido à custa de outros, não se reflectem em maior desenvolvimento. O Índice<br />
Desenvolvimento Humano da ONU, que integra indicadores como a expectativa de vida, rendimento<br />
e educação, pode ser mais elevado em países com uma pegada média.<br />
O relatório chama a atenção para as soluções necessárias para garantir que o planeta possa continuar<br />
a ser o suporte de uma população global que se espera venha a ultrapassar os nove mil milhões de<br />
habitantes em 2050. O relatório indica ainda opções críticas que se deverão tomar ao nível do<br />
consumo e da eficiência energética para reduzir a pegada, assinalando ainda como positivos os<br />
esforços para valorizar e investir no capital natural.<br />
“O desafio que o <strong>Relatório</strong> <strong>Planeta</strong> <strong>Vivo</strong> coloca é claro.” afirma Leape “Precisamos, de alguma<br />
forma, de encontrar um caminho para satisfazer as necessidades de uma população em crescimento<br />
com os recursos deste planeta. Todos nós temos que encontrar uma forma de fazer escolhas melhores<br />
sobre o que consumimos e como produzimos e usamos a energia."<br />
Para mais informações<br />
<strong>WWF</strong>: Angela Morgado, <strong>WWF</strong> Mediterrâneo (Portugal), +351 91 842 88 29, e-mail<br />
amorgado@wwf.panda.org