13.04.2013 Views

Apabeanos em atividade - APABAM

Apabeanos em atividade - APABAM

Apabeanos em atividade - APABAM

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Notícias<br />

Eles não<br />

ficaram<br />

parados<br />

fator“A”<br />

fator<br />

Ano 10 :: Número 26 :: Set<strong>em</strong>bro - 2012<br />

Conheça histórias de <strong>Apabeanos</strong> que, mesmo<br />

após a aposentadoria, continuaram na ativa<br />

Hobby do Apabeano: Caminho de Santiago da Compostela<br />

Catarata: fique atento à sua visão<br />

Por Onde anda?


Recados | Editorial<br />

“Se o valor de um grupo depende evident<strong>em</strong>ente do valor individual dos seres que o<br />

compõ<strong>em</strong>, depende ainda mais daquele imponderável que se chama força de coesão”<br />

Essa é uma afirmação que t<strong>em</strong> norteado todos<br />

os atos dos componentes da diretoria da Apabam,<br />

desde a sua fundação, até os dias de hoje. As vitórias<br />

conseguidas, tanto no que diz respeito ao Fundo<br />

Apaba, Seguro de Vida e Seguro Saúde, etc...<br />

foram frutos da “coesão” e confiança a nós depositadas<br />

por todos os nossos associados. Para que<br />

esse caminho vitorioso continue, torna-se necessário<br />

que tenhamos <strong>em</strong> nosso quadro associativo<br />

a afiliação da totalidade dos ex-Bamerindianos, já<br />

aposentados, com direito ao Fundo Apaba. Nesse<br />

sentido ao mesmo t<strong>em</strong>po que ficamos felizes <strong>em</strong><br />

acolher os novos associados ao lado relacionados,<br />

aproveitamos, mais uma vez, para pedir àqueles<br />

que ainda não são nossos associados para que<br />

preencham a ficha que acompanham esse jornal e<br />

se torn<strong>em</strong> mais um do “grupo de <strong>Apabeanos</strong>”.<br />

Informes e Recados<br />

expediente<br />

Apabam Notícias Fator A - Informativo Editado pela Associação dos Funcionários Aposentados do Bamerindus<br />

Diretoria Executiva: Alcion Sponholz, Antônio Rubinê Abrão, Antonio Campos<br />

Silva Junior, Luiz Fernando Cabral, Jair Ribeiro dos Santos<br />

Conselho Deliberativo:<br />

M<strong>em</strong>bros Efetivos: Alzira Alvina Ramos, Eneida Santos de Andrade, Ingo Renato<br />

Richter, Roberto Ariozo Alexandre, Sebastião Valter Gama.<br />

M<strong>em</strong>bros Suplentes: Adilson Luiz Serbake, José Sireli Custódio, Sérgio Monti<br />

M<strong>em</strong>bros Permanentes: Ad<strong>em</strong>ir Wollmann, Antonio Campos Silva Junior (licenciado),<br />

Clayton Karam, Osvaldo Luiz Patrão<br />

<strong>APABAM</strong> Notícias > 2<br />

Alany Costa<br />

Almir José Benedetti<br />

Amauri José Modena<br />

Antonio José Sálvaro<br />

Arcilia Fernandes da Silva<br />

Benito Luis Duran Rodrigues<br />

Carlos Eugênio da Rosa<br />

Carlos Roberto Galinatti<br />

Celso Luis Fernandes<br />

Claudia Regina Z<strong>em</strong> Siqueira<br />

Dimas Gilmar Peixer<br />

Donizete Corbeta<br />

Germano Antonio Nunes Silvestrin<br />

Gilberto Antonio Nitshke<br />

Gilberto Dimas Rocha<br />

Henrique de Souza Padilha<br />

Ismael Devigili<br />

Ivete Maria D’Anunciação Lopes<br />

APABEANOS QUE DEIXARAM SAUDADES:<br />

Hélio Malvar Ribas (09/05/1936 – 28/06/2012)<br />

João Maria Camargo (08/02/1948 – 13/08/2012)<br />

Luiz Antonio Ferreira (22/05/1952 - 18/06/2012)<br />

Regis Henrique Dusi (15/07/1940 - 26/08/2012)<br />

José Nelson Dutra Fonseca (19/11/1937 - 09/09/2012)<br />

Santos<br />

João Batista Kopeski<br />

José Carlos de Araújo<br />

José Fernando Dias de Souza<br />

José Manoel Monteiro<br />

José Manuel Pinheiro Barradas<br />

José Siqueira<br />

Luiz Augusto Bortoleto<br />

Marco Giovani Baggio<br />

Maria Rosa dos Santos Pinto<br />

Mário Moreti de Faria<br />

Mario Sérgio Silveira<br />

Mateus Bruniera<br />

Meujael de Oliveira Braz<br />

Nelson de Oliveira Franceschi<br />

Paulo Roberto Oliveira<br />

Roberto Tadeu Duarte de Almeida<br />

Ronaldo Ney de Almeida e Silva<br />

Atualize seus dados na <strong>APABAM</strong>:<br />

Os cadastros de número significativo de <strong>Apabeanos</strong> foram feitos por<br />

ocasião de sua inscrição como associado na <strong>APABAM</strong>. Desde então,<br />

muitos dados e informações pod<strong>em</strong> ter mudado, tais como: endereço,<br />

telefone, e-mail, etc. Por este motivo solicitamos aos associados para<br />

acessar nosso site www.apabam.com.br, e efetuar a atualização do endereço,<br />

se necessário. Obs. Poderá, também, ser feito via e-mail apabam@apabam.com.br,<br />

carta à <strong>APABAM</strong> ou por telefone, nos números<br />

(41) 3232- 4821/ 3521- 5460.<br />

Ruben Gilberto Vogt<br />

Sandra Marilda Pinheiro de Oliveira<br />

Silmar Silvio Kuntze<br />

Sueli Terezinha Kurchevske<br />

Suely Aparecida Cardoso Rodrigues<br />

Teodoro Cl<strong>em</strong>ente Martiniuk<br />

Ubirajara Theodomiro de Souza<br />

Valdir Todeschini<br />

Valter Luiz dos Reis<br />

Conselho Fiscal:<br />

M<strong>em</strong>bros Efetivos: Agostinho Menshhein, Lino Campos Carames, Ravizio Alves da Silva Filho.<br />

M<strong>em</strong>bros Suplentes: João Mendes Sanches, Wilson Jorge Kesseli, Wilson Zaninetti<br />

Administração: Vicente Antonio Fiusa;<br />

Assistente Social: Célia Zorman | Jornalista: Raphael Ramirez<br />

Projeto Gráfico e diagramação: AJR INTERATIVA (41) 3085-4107<br />

Contatos: R. Voluntários da Pátria, 475, 22º.andar – Curitiba – Paraná – Pr<br />

(41) 3232-4821 | 3521-5460 | 3324-5597


Catarata: fique atento à sua visão<br />

Com grande incidência entre pessoas com mais de 50 anos, a catarata pode ser tratada facilmente<br />

C<br />

om o passar dos anos,<br />

notamos algumas modificações<br />

e dificuldades <strong>em</strong><br />

nosso corpo. A agilidade já<br />

não é a mesma, a m<strong>em</strong>ória<br />

pode ficar um pouco mais<br />

lenta, a visão perde qualidade.<br />

Mas você t<strong>em</strong> que ficar<br />

de olho: visão <strong>em</strong>baçada<br />

pode ser catarata.<br />

Catarata é uma lesão ocular<br />

que atinge e torna opaco<br />

o cristalino, que é uma<br />

lente situada atrás da íris,<br />

cuja transparência permite<br />

que os raios de luz o atravess<strong>em</strong><br />

e alcanc<strong>em</strong> a retina<br />

para formar as imagens. Isto<br />

compromete a visão, deixando-a<br />

progressivamente <strong>em</strong>baçada,<br />

e s<strong>em</strong> o tratamento<br />

pode levar à cegueira ou à<br />

visão subnormal.<br />

A principal causa da doença<br />

é o envelhecimento, tendo<br />

grande incidência entre pessoas<br />

com mais de 50 anos.<br />

Porém, a catarata também<br />

pode ser congênita (casos<br />

<strong>em</strong> que a pessoa nasce com<br />

a lesão), ou ser causada<br />

pelo uso sist<strong>em</strong>ático e s<strong>em</strong><br />

indicação médica de colírios,<br />

<strong>em</strong> diabéticos ou pessoas<br />

que tiveram alguma inflamação<br />

intra-ocular ou trauma,<br />

como socos e batidas, na<br />

região dos olhos.<br />

O diagnóstico da catarata é<br />

feito pelo oftalmologista, que<br />

faz um exame para conferir<br />

se o cristalino possui alguma<br />

lesão (aparência de véu esbranquiçado<br />

nos olhos). Já o<br />

tratamento é apenas cirúrgico;<br />

consta <strong>em</strong> substituir o<br />

cristalino danificado por uma<br />

lente artificial, feita de plástico,<br />

silicone ou acrílico, que<br />

irá recuperar a função perdida.<br />

A cirurgia é considerada<br />

simples e rápida, mas exige<br />

cuidados cirúrgicos pósoperatórios<br />

como qualquer<br />

outra intervenção cirúrgica.<br />

Há opções de lentes monofocais<br />

(corrig<strong>em</strong> a visão para<br />

longe), multifocais (corrig<strong>em</strong><br />

a visão para todas as distâncias),<br />

acomodativas (projetada<br />

para corrigir a visão <strong>em</strong><br />

todas as distâncias obtendo<br />

resposta dos músculos do<br />

olho) e tóricas (corrig<strong>em</strong><br />

o astigmatismo). Algumas<br />

têm atributos adicionais,<br />

como as esféricas (corrig<strong>em</strong><br />

aberrações esféricas)<br />

e com filtrag<strong>em</strong> de luz. O<br />

oftalmologista vai indicar<br />

quais as mais indicadas<br />

para cada caso.<br />

O importante é s<strong>em</strong>pre<br />

consultar o oftalmologista<br />

quando notar alguma alteração<br />

visual. A evolução<br />

da catarata é lenta, pode<br />

ocorrer primeiro <strong>em</strong> um<br />

dos olhos e a pessoa vai se<br />

Administração e Gestão<br />

acostumando com a perda<br />

progressiva da visão.<br />

Outras dicas são: não use<br />

colírios, especialmente os<br />

que contêm corticoides,<br />

s<strong>em</strong> recomendação médica<br />

e respeite o prazo determinado<br />

pelo médico para<br />

aplicação do medicamento;<br />

procure um oftalmologista<br />

se notar qualquer inflamação<br />

ou sofrer algum trauma<br />

na região dos olhos, e<br />

não tenha medo da cirurgia.<br />

Os resultados são animadores,<br />

e a recuperação,<br />

muito rápida.<br />

Fontes: sites Dráuzio Varella (drauziovarella.com.br), Cirurgia de Catarata (www.cirurgiadecatarata.com.br) e Wikipédia (pt.wikipedia.org).<br />

Dicas de Saúde por Douglas Jorge Abrão<br />

1ª.DICA – NÃO ENGORDAR<br />

Queridos irmãos e irmãs <strong>Apabeanos</strong>: se você não quer engordar, é só seguir a dica dada pelo NUNO COBRA, o qual foi um sensacional<br />

preparador físico de nosso campeão Ayrton Senna.<br />

A dica é a seguinte, para não engordar:<br />

a) tome CAFÉ DA MANHÃ como um REI;<br />

b) almoce como um PRINCIPE; e<br />

c) jante como um MENDIGO.<br />

E entre o café da manhã e almoço e entre almoço e jantar você fazer pequenos lanches.<br />

Um colega nosso Apabeano, quando soube disso, adotou tal critério, e <strong>em</strong> dois anos caiu de 85 para 65 quilos e há cerca de 3 anos se<br />

mantém nos 65 quilos.<br />

2ª.DICA – FUJA DA DIABETE<br />

Queridos irmãos e irmãs <strong>Apabeanos</strong>: no final do ano passado, um médico entrevistado na Record News, divulgou o resultado de uma<br />

pesquisa científica, a saber:<br />

“Se você tomar uma xícara de café após cada almoço, AUMENTA EM 34% a chance de você nunca pegar diabete.”<br />

Por isso, amigos, s<strong>em</strong>pre tom<strong>em</strong> um café após cada almoço.<br />

<strong>APABAM</strong> Notícias ><br />

3


Desaposentados:<br />

<strong>Apabeanos</strong> <strong>em</strong> <strong>atividade</strong><br />

N<br />

Capa<br />

o momento da aposentadoria, muitos profissionais entram <strong>em</strong> crise por não saber o que fazer a partir de agora. Continuar no mercado<br />

de trabalho, descansar, se dedicar exclusivamente à família, viajar... Em seu mais recente livro, Agora e S<strong>em</strong>pre, A Vida é um projeto –<br />

Uma visão ampliada da vida, o Apabeano Armelino Girardi, ao lado de Silvia Maria de Araújo, sugere que dev<strong>em</strong>os s<strong>em</strong>pre aproveitar a nossa<br />

vida, <strong>em</strong> qualquer fase, para realizar nossos sonhos ou projetos que por muitas vezes idealizamos, mas não pud<strong>em</strong>os realizar por falta de<br />

t<strong>em</strong>po ou dinheiro.<br />

É justamente o que alguns apabeanos fizeram: após a aposentadoria, começaram a dedicar-se exclusivamente a ocupações que s<strong>em</strong>pre<br />

gostaram, mas desta vez puderam dedicar-se totalmente. Troux<strong>em</strong>os dois ex<strong>em</strong>plos para vocês de <strong>Apabeanos</strong> que, assim como o próprio<br />

Armelino Girardi, continuam no mercado de trabalho, na ativa, investindo <strong>em</strong> seus sonhos. Confira:<br />

<strong>APABAM</strong> Notícias > 4<br />

Leonardo Bonardi<br />

“Atualmente com 71 anos, durante minha vida profissional fiz o curso superior de Economia e Administração e Curso<br />

técnico técnico de auditoria <strong>em</strong> Empresas do Sist<strong>em</strong>a Financeiro, na Fundação Getúlio Vargas.<br />

Fui admitido admitido no no Banco Bamerindus Bamerindus <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro dez<strong>em</strong>bro de 1958, e e ocupei ocupei as seguintes funções: office-boy <strong>em</strong> agência, fun<br />

cionário operacional <strong>em</strong> agências, contador <strong>em</strong> <strong>em</strong> agências, gerente <strong>em</strong> <strong>em</strong> agências, Diretor Diretor Regional do Banco Bamerindus<br />

– região Paranavaí (PR), Gerente Geral da Fiscalização nas agências do Grupo Bamerindus, Assessor da Presidência do<br />

Grupo Bamerindus; participei dos grupos de trabalho na incorporação de seis bancos comprados pelo Grupo Bamerindus<br />

e fui Diretor da Fábrica de Papel Impacel do Grupo Bamerindus.<br />

Aposentei-me <strong>em</strong> agosto de 1996, após 38<br />

anos de trabalho no Banco Bamerindus, sendo<br />

o primeiro e único <strong>em</strong>prego. Após a aposentadoria<br />

tornei-me vice-presidente da Cooperativa<br />

de Consumo dos Bancários – COOBAN.<br />

Em janeiro de 2002, com a participação da<br />

sra. Eliane da Costa Gomes Trito constituiu a Cooperativa<br />

de Crédito Coopesf, sendo atualmente<br />

o vice-presidente. A Coopesf já ultrapassou a<br />

quantidade de 2 mil associados, com um ativo<br />

compromissado de R$10 milhões, patrimônio<br />

líquido de R$5 milhões, sendo esta performance<br />

alcançada graças à participação consistente<br />

dos apabeanos nos negócios e na gestão estatutária<br />

da Coopesf.<br />

Eu acho que se eu não tivesse continuado<br />

a trabalhar, eu já teria morrido. Se você parar e<br />

aposentar, e não fazer mais nada, a sua mente<br />

também uma hora vai parar. É uma morte<br />

rápida. O que eu fiz: me aposentei, mas logo<br />

já entrei na Cooban, depois Coopesf. O que eu<br />

me sinto: b<strong>em</strong> de m<strong>em</strong>ória, com saúde, levando<br />

tudo isto com muita responsabilidade. Eu vi muitos<br />

casos de <strong>Apabeanos</strong> que morreram cedo,<br />

exatamente por se aposentar e ficar enchendo<br />

o saco da mulher, ficar tomando cerveja, e de<br />

repente atrofiou tudo.<br />

Além disto, a pessoa sai de uma grande <strong>em</strong>presa,<br />

como foi o Bamerindus, depois de muitos<br />

anos, você faz aquele círculo de amizade, com<br />

qu<strong>em</strong> você conversa. Se você fica parado, perde o contato com estas<br />

pessoas. Eu, por ex<strong>em</strong>plo, ao fazer parte da Coopesf, não perdi o<br />

vínculo com os meus colegas; mantive, são pessoas com as quais<br />

eu trabalhei no banco. Eu posso ter perdido contanto com 20% dos<br />

meus conhecidos do banco, mas 80% eu ainda mantenho contato.<br />

Este negócio de dizer, que ao se aposentar você vai usufruir da<br />

sua vida, é muito relativo. Vai usufruir o que? Comer e beber o dia<br />

inteiro, passear? Isto, é claro, é importante, mas s<strong>em</strong>pre t<strong>em</strong> que se<br />

ter uma <strong>atividade</strong>.<br />

Eu s<strong>em</strong>pre dizia no banco para as pessoas que estavam prestes<br />

a se aposentar: não fique parado. Por ex<strong>em</strong>plo, você não precisa<br />

ganhar nada por mês (nesta <strong>atividade</strong>); faça algo simplesmente pela<br />

<strong>atividade</strong>. Você vai se manter <strong>em</strong> movimento, fazer novas amizades.<br />

O seu ganho não é o material; mas sim o relacionamento que você<br />

faz com as pessoas.<br />

Hoje <strong>em</strong> dia eu não sou um profissional muito diferente do que eu<br />

era no período do Bamerindus. Nós tentamos trazer para a Coopesf<br />

o mesmo espírito aberto e acolhedor que tínhamos no Bamerindus;<br />

t<strong>em</strong>os os mesmos profissionais, seguimos a mesma filosofia do banco:<br />

respeito ao associado.<br />

Outra coisa que é importante é estar s<strong>em</strong>pre b<strong>em</strong> informado.<br />

Todos os dias eu leio jornal, mais de um, e quando chego <strong>em</strong> casa à<br />

noite eu assisto na Tv. É importante estar informado, pois assim você<br />

pode conversar com as pessoas sobre qualquer coisa. Hoje <strong>em</strong> dia<br />

tudo é muito dinâmico.<br />

Pratico diariamente cedo <strong>atividade</strong> física, percorrendo <strong>em</strong> torno<br />

de 1.500 metros, e s<strong>em</strong>analmente, todas segunda e quinta-feira, no<br />

período de uma hora, das 19h30 às 20h30, futebol de salão s<strong>em</strong><br />

espírito competitivo; mais a nível de acondicionamento físico”.


Desaposentados:<br />

<strong>Apabeanos</strong> <strong>em</strong> <strong>atividade</strong><br />

“Eu me aposente <strong>em</strong> 1995;<br />

aos 48 anos de idade. Foi o resultado<br />

de trabalhar cedo. Eu<br />

tive três <strong>em</strong>pregos; s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong><br />

seguradoras. Eu trabalhei durante<br />

três anos na Jaguar Cia.<br />

de seguros; depois durante<br />

cinco anos na Aliança Brasileira,<br />

e durante 22 anos no Bamerindus,<br />

onde me aposentei.<br />

Atualmente administro a Spartacus<br />

Corretora de Seguros.<br />

Continuar trabalhando<br />

após a aposentadoria foi um<br />

planejamento b<strong>em</strong> antecipado.<br />

Na verdade eu estive com<br />

um pé fora do Bamerindus,<br />

lá por 1986, quando houve<br />

mudanças de planos monetários.<br />

Era um momento de<br />

muita confusão, e eu, através<br />

do nome do meu pai, já vendia<br />

seguros. Então os meus<br />

planos, naquele momento,<br />

era sair para vender apenas<br />

seguros; no momento <strong>em</strong><br />

que eu anunciei que queria<br />

sair, fui convidado pelo PC<br />

Bamerindus, para continuar<br />

trabalhando com eles. A proposta<br />

foi boa, e além disso<br />

eu conseguiria me aposentar<br />

pelo Bamerindus, garantindo<br />

o direito ao Apaba. Planejei<br />

então completar os 30 anos<br />

de serviço no Bamerindus pra<br />

depois me dedicar exclusivamente<br />

à corretora. Eu, até<br />

então, só tinha trabalhado<br />

com seguro; logo não podia<br />

fazer outra coisa.<br />

São duas situações distintas,<br />

mas há algo muito idêntico.<br />

T<strong>em</strong> uma situação <strong>em</strong> que<br />

você é <strong>em</strong>pregado; no momento<br />

<strong>em</strong> que eu me aposentei,<br />

quando nós montamos a<br />

corretora, eu passei para o<br />

outro lado. Então eu passei<br />

às funções de <strong>em</strong>pregador, de<br />

patrão, que é o lado inverso do<br />

que eu estava antes. Quando<br />

eu era <strong>em</strong>pregado eu tinha minhas<br />

responsabilidades e tudo<br />

mais, mas tinha aquela condição<br />

fixa; agora como chefe é<br />

um pouco diferente.<br />

Até 2010, eu vinha abrir<br />

a corretora às 8 da manhã,<br />

meio que por vício. Eu me habituei<br />

a um horário para levantar<br />

– desde que levava os<br />

filhos à escola, logo cedo -,<br />

por isto que eu chamo de vício,<br />

era uma rotina. Já hoje <strong>em</strong><br />

dia é difícil eu vir para abrir a<br />

corretora; porém, além disto,<br />

eu não me sinto tão à vontade<br />

<strong>em</strong> chegar às 9 horas, ou<br />

9:30; só de vez <strong>em</strong> quando.<br />

Ou sair um pouco mais cedo,<br />

tipo às 17 horas, é algo que<br />

eu posso fazer. Mas a princípio<br />

eu não planejo parar de<br />

trabalhar. Enquanto eu tiver<br />

saúde, n<strong>em</strong> que seja por um<br />

período b<strong>em</strong> curto, estando<br />

pelo menos presente na corretora,<br />

mesmo que apenas<br />

para me manter ativo.<br />

Eu sou muito devagar no<br />

aproveitamento do meu t<strong>em</strong>po.<br />

Às segundas e quartas-feiras,<br />

quando não está muito frio, eu<br />

jogo tênis à noite. Eu sou muito<br />

caseiro. Adoro sair da corretora<br />

um pouco mais cedo para ir<br />

pra casa. Sou caseiro mesmo!<br />

Algo que eu acho importante<br />

é você se preparar para<br />

a pós aposentadoria, pra você<br />

estar aposentado e continuar<br />

fazendo alguma coisa. Eu não<br />

me vejo <strong>em</strong> casa, sentado, de<br />

pijama, me dizendo aposentado.<br />

Atividade é claro que faz<br />

b<strong>em</strong>. Claro que a gente t<strong>em</strong><br />

que ir reduzindo, se adaptando,<br />

né? O corpo vai sentindo,<br />

mas pra mim foi muito importante<br />

continuar trabalhando.<br />

O relacionamento que a<br />

gente teve nestes 22 anos<br />

de Bamerindus, hoje <strong>em</strong> dia<br />

eu mantenho com poucas<br />

pessoas. Eu tenho um amigo<br />

que v<strong>em</strong> fazendo já, há quase<br />

30 anos, um churrasco<br />

anual chamado “Ex-Bamerindianos”.<br />

Já é uma data fixa;<br />

então o pessoal se encontra<br />

lá. Ainda dentro do Bamerindus,<br />

nós tínhamos um grupo<br />

chamado “Os Executivos”; com<br />

o término do Bamerindus, este<br />

grupo acabou. Ele era formado<br />

pelos gerentes; e há uns<br />

Capa<br />

Rub<strong>em</strong> Cabral<br />

cinco anos, um dos m<strong>em</strong>bros<br />

resolveu recuperar este grupo,<br />

agora com o nome de “Clube<br />

dos Dinossauros”, pela idade<br />

dos participantes. E este grupo<br />

t<strong>em</strong> feito uns três ou quatro<br />

encontros por ano.<br />

Eu tenho amigos, mesmo<br />

ex-B<strong>em</strong>rindianos, que ao perguntar<br />

o que estão fazendo,<br />

eles me falaram que não estavam<br />

fazendo nada. Perderam<br />

o anseio de viver, a vontade;<br />

e no momento <strong>em</strong> que<br />

você perde isto, aí a coisa<br />

começa a ficar ruim, é sinal<br />

de que há outros probl<strong>em</strong>as.<br />

Meu recado é para o pessoal<br />

que está indo para a aposentadoria,<br />

para que se prepare<br />

para este período”.<br />

<strong>APABAM</strong> Notícias ><br />

5


Qualidade Por onde Anda de Vida ?<br />

Agostinho Menshhein<br />

<strong>APABAM</strong> Notícias > 6<br />

Por Onde Anda?<br />

“Fazer o b<strong>em</strong> não importa a qu<strong>em</strong> e fazer mal a ninguém; Aprender a ouvir.<br />

Ensinar Ensinar a falar, Respirar como qu<strong>em</strong> deve tudo ao ao ar”. ar”.<br />

Nascido <strong>em</strong> Gaspar-SC, filho de Odilo e Ana<br />

Verônica, vivi minha infância e juventude <strong>em</strong> Pomerode-SC,<br />

a cidade mais al<strong>em</strong>ã do Brasil. Lá ingressei<br />

no Bamerindus <strong>em</strong> 1970 no cargo de contínuo,<br />

tendo sido indicado pelo Diretor do Colégio<br />

Comercial Dr. Blumenau, Sr Kurt Kl<strong>em</strong>z. Passei por<br />

todas as carteiras e <strong>em</strong> 1974 fui transferido para<br />

Indaial, depois Guaramirim, Blumenau-Centro, Criciúma<br />

e Joinville-Centro, todas <strong>em</strong> Santa Catarina,<br />

no cargo de Chefe de Serviços. Em 1975 coordenei<br />

a transferência dos serviços da agência Praça<br />

XV <strong>em</strong> Florianópolis-SC do Bancial para o Bamerindus.<br />

Em 1979 minha vida deu uma reviravolta e eu<br />

acabei seduzido por esta linda e fria Curitiba, que<br />

aprendi a gostar dia após dia, tanto que aqui finquei<br />

raízes e lá se vão nada menos que 33 anos<br />

b<strong>em</strong> vividos, com alguns percalços é b<strong>em</strong> verdade,<br />

mas qu<strong>em</strong> não os teve, não é?<br />

Quando cheguei <strong>em</strong> Curitiba fui trabalhar no<br />

DESER com Leonardo Cazon e Osmar Calixto,<br />

na área de compensação, onde fiquei até 1985,<br />

época <strong>em</strong> que grandes mudanças<br />

ocorreram, como a cobrança<br />

eletrônica de cheques, onde os<br />

cheques BBB eram liquidados<br />

por meio eletrônico (vejam só)<br />

no mesmo dia do depósito, independente<br />

da agência de orig<strong>em</strong>.<br />

Depois veio a Compensação Nacional,<br />

com trocas regionais de<br />

cheques de todos os bancos, de<br />

qualquer cidade e banco sacado.<br />

Foi nessa época que passei<br />

alguns meses <strong>em</strong> Campo Grande-<br />

MS, coordenando as <strong>atividade</strong>s<br />

relacionadas à compensação,<br />

quando da incorporação do Banco<br />

Financial SA.<br />

Em 1985 fui convidado pelo Sr<br />

Basílio Villani a assumir a gerência<br />

dos fundos de investimento ao<br />

lado do Juarez Rovel. No começo<br />

de 1986, no fervor do plano<br />

cruzado, acumulei a gerência de<br />

captação, que acabou fundindo<br />

mais tarde com a de fundos,<br />

transformando-se na GECAP, Gerência<br />

de Captação e Fundos. Não<br />

bastasse a revolução do plano<br />

cruzado, <strong>em</strong> março de 1990 veio<br />

o furacão Plano Collor, que se não<br />

levou alguns dos nossos para o<br />

hospício, deixou-os b<strong>em</strong> próximos<br />

da loucura.<br />

Antes disso passei uns t<strong>em</strong>pos<br />

na Corretora do Banco F. Barreto<br />

SA, coordenando a passag<strong>em</strong>/absorção<br />

dos fundos de investimento<br />

e captação, quando da incorporação<br />

deste ao Bamerindus.<br />

Em dez<strong>em</strong>bro de 1990 fui<br />

trabalhar na Controladoria e <strong>em</strong><br />

1994 na Bamerindus DTVM, s<strong>em</strong>pre<br />

envolvido com a captação de<br />

fundos de investimento, geração<br />

das cotas para o mercado e contabilidade.<br />

Foi nessa época que<br />

ocorreu um crescimento vertiginoso<br />

na indústria de fundos e <strong>em</strong><br />

1993 fomos eleitos, pela Revista<br />

Exame, “o melhor administrador<br />

de fundos de investimentos do<br />

país”.<br />

Em 1997, quando estava na<br />

área de desenvolvimento de produtos,<br />

veio o HSBC e fui convidado<br />

a reassumir a Gerência de Fundos,<br />

lá permanecendo até minha saída<br />

e aposentadoria ocorrida <strong>em</strong> janeiro<br />

de 2000.<br />

Em agosto de 1997 passei por<br />

um grave probl<strong>em</strong>a de saúde, mas<br />

fui salvo pela providência divina,<br />

que enviou seu anjo, na pessoa<br />

do Enéas Guardiola Meinhardt,<br />

para me visitar, s<strong>em</strong> n<strong>em</strong> saber<br />

ao certo o meu endereço, tendo<br />

me levado ao Hospital Santa Cruz,<br />

onde fui submetido à cirurgia de<br />

<strong>em</strong>ergência.<br />

Nestes últimos anos procurei<br />

me distanciar dos holofotes; andei<br />

por muitas estradas mas não<br />

me achei, até que l<strong>em</strong>brei que<br />

qu<strong>em</strong> faz a minha estrada sou eu.<br />

Há 5 anos participo do Conselho<br />

Fiscal da <strong>APABAM</strong> e há 2 estou na<br />

Coopesf, a pedido dos amigos que<br />

por lá estão. Jogo meu futebol segundas<br />

e quintas feiras no Clube<br />

Unidos Vilhauer, formado pela<br />

velha guarda do Bamerindus. Cuido<br />

da minha horta, que me toma<br />

um bom t<strong>em</strong>po e me dá enorme<br />

prazer. No mais, vivo de b<strong>em</strong> com<br />

a vida, ao lado de minha esposa<br />

Maria do Carmo e dos meus filhos,<br />

Rafael, André e Daniel e sigo<br />

firme no meu ideal de vida que é:<br />

“Fazer o b<strong>em</strong> não importa a qu<strong>em</strong><br />

e fazer mal a ninguém;<br />

Aprender a ouvir. Ensinar a falar,<br />

R.e.s.p.i.r.a.r como qu<strong>em</strong> deve<br />

tudo ao ar”.


Por Onde Anda?<br />

S<br />

ou natural da cidade de<br />

Quatiguá, norte pioneiro<br />

do Paraná. Nasci no dia 10<br />

de fevereiro de 1938. Com<br />

14 anos de idade tive meu<br />

primeiro <strong>em</strong>prego <strong>em</strong> uma<br />

das primeiras agências já<br />

com o novo nome, BANCO<br />

MERCANTIL E INDUSTRIAL<br />

DO PARANÁ S/A “BAMERIN-<br />

DUS”, ex Banco Meridional<br />

da Produção S/A, na cidade<br />

de Cinzas, hoje Jundiaí do<br />

Sul.<br />

A agência foi inaugurada<br />

no dia 19 de nov<strong>em</strong>bro de<br />

1952. Sendo gerente o sr.<br />

Sebastião Lopes de Azevedo,<br />

e Chefe de Serviços o<br />

sr. Ary Casagrande (ambos<br />

já falecidos). Fui admitido<br />

pelas mãos do nosso saudoso<br />

Presidente, o sr. Avelino<br />

A. Vieira, como contínuo,<br />

encarregado da limpeza e<br />

aceites de duplicatas e entregas<br />

de avisos.<br />

Alguns meses depois o sr.<br />

Tomaz Edison A. Vieira veio<br />

substituir o sr. Ary Casagrande,<br />

e ficou até meados<br />

do ano de 1953, quando<br />

foi transferido para a nova<br />

Agência de Ribeirão Claro,<br />

como chefe de Serviços. A<br />

partir daí fiquei encarregado<br />

das tarefas da Contadoria.<br />

Em outubro de 1953 fui<br />

promovido a Chefe de Serviço<br />

da Agência, onde fiquei<br />

até outubro de 1955,<br />

quando fui transferido para<br />

Foz do Iguaçu, junto com o<br />

sr. Edison inaugurar a nova<br />

Agência. Em fevereiro de<br />

1956 fui nas mesmas funções<br />

para Wenceslau Braz,<br />

onde após alguns meses fui<br />

promovido a Chefe de Seção<br />

da Matriz, para substituir<br />

Gerentes e Chefes de Serviços<br />

<strong>em</strong> férias.<br />

Antonio Zanini<br />

Fui Gerente de Agências<br />

<strong>em</strong> Nova Londrina, Floraí,<br />

Colombo e Francisco Beltrão;<br />

Gerente Regional <strong>em</strong> Pato<br />

Branco, Cascavel, Londrina e<br />

Goiânia.Em 1978 fui promovido<br />

a Direg para a região<br />

Centro-Oeste do Brasil, que<br />

abrangia os Estados de Goiás,<br />

Mato Grosso do Sul, Mato<br />

Grosso, Rondônia, Pará, Tocantins,<br />

parte do Maranhão e<br />

Piauí, além de Distrito Federal,<br />

Acre, Amazaonas e Roraima.<br />

A nossa principal missão era<br />

expandir a Rede de Agências<br />

Bamerindus.<br />

Com o trágico falecimento<br />

do sr. Edison, assumiu a<br />

Presidência do Bamerindus<br />

o sr. José Eduardo A. Vieira.<br />

As Diregs vieram todas para<br />

Curitiba. Fiquei ainda nos<br />

anos 90 como Conselheiro<br />

do Banco, e também como<br />

Diretor Geral de Produção,<br />

para todas as Regionais do<br />

banco. Aposentei 10 dias<br />

antes da intervenção no Bamerindus.<br />

Tive a alegria de conviver<br />

com grandes colegas e amigos<br />

no meu t<strong>em</strong>po de Banco:<br />

Aramis Correia Fernandes,<br />

Ibrahim Fayad, saudoso<br />

Mauro Cezimbra; Regionais:<br />

Romeu Tramontin, Augusto<br />

Sabadin, Raul Brenner, Valdo<br />

Batista de Souza, Sergio<br />

Bocchese, Ad<strong>em</strong>ir Salviato,<br />

Vilmar José Peters, Flavio<br />

Bodanese, Alberto poças,<br />

Warton Cruz Oliveira, Elói<br />

Medina e Mauro Ferraz.<br />

Apoio e solidariedade:<br />

de saudosa m<strong>em</strong>ória, dr.<br />

Por onde Anda ?<br />

Jair Mocelim, dr. Germano<br />

Vilhena de Andrade, dr. José<br />

Marcio Peixoto, Hamilcar Pizzatto,<br />

Délcio Araújo e Cecim<br />

Calixto. Diretores que me<br />

apoiaram ainda ao t<strong>em</strong>po do<br />

Bamerindus: Belmiro, Castor<br />

Jobim, Sérgio Proença e<br />

George Pereira. Este relato<br />

narrou parte da minha feliz<br />

história no Bamerindus.<br />

Após a intervenção do<br />

banco, até março de 2012,<br />

prestei uma assessoria financeira<br />

ao lado do meu<br />

colega Valdo Batista. No<br />

momento sigo conversando<br />

com várias pessoas, s<strong>em</strong>pre<br />

encontro os amigos, gosto<br />

muito de passear. Sou casado<br />

há 55 anos com a mesma<br />

mulher, Nezel, com qu<strong>em</strong> tenho<br />

dois filhos e três netas.<br />

<strong>APABAM</strong> Notícias ><br />

7


Eventos | Rota Viag<strong>em</strong><br />

C<br />

om 63 anos de idade, nascido <strong>em</strong><br />

Parapuã (SP), residindo no Paraná<br />

desde os 5 anos, e <strong>em</strong> Curitiba<br />

desde os 18. Casei-me <strong>em</strong> 1972 com<br />

a Sulei Bonin Capristo, que também era<br />

funcionária do Bamerindus. Tiv<strong>em</strong>os um<br />

casal de filhos - a Danielle e o Jiuliano.<br />

Ambos estão casados e nos deram quatro<br />

netos, um casal cada um.<br />

Iniciei no Bamerindus aos 15<br />

anos como contínuo na agência 097,<br />

de Alto Paraná, e entre os diversos<br />

cargos que ocupei, passei pelo Processamento<br />

de Dados, pela Diretoria<br />

Regional de Agências e na Diretoria<br />

Internacional. Um programa de incentivo<br />

à aposentadoria voluntária conduziu-me<br />

à aposentadoria <strong>em</strong> 2006,<br />

após 32 anos de serviços ininterruptos<br />

às várias áreas e <strong>em</strong>presas do<br />

Grupo Bamerindus; porém continuo<br />

na ativa, fazendo parte do conselho<br />

da Coopesf e administrando a pousada<br />

Dubai, <strong>em</strong> Bombinhas (SC).<br />

O Caminho de Santiago de<br />

Compostela<br />

Exist<strong>em</strong> vários caminhos que<br />

conduz<strong>em</strong> a Santiago de Compostela,<br />

e que há mais de mil anos são realizados<br />

por peregrinos de todas as raças<br />

e crenças. O que eles têm <strong>em</strong> comum<br />

é o ponto de chegada, a cidade de<br />

Santiago de Compostela, na região da<br />

Galícia, Espanha. Segundo a tradição,<br />

ali repousam os restos mortais de<br />

Tiago Maior, um dos doze apóstolos<br />

de Jesus, respeitosamente guardados<br />

numa arca no porão da catedral<br />

dedicada ao santo. Nós escolh<strong>em</strong>os<br />

o caminho mais tradicional que é o<br />

francês, e sai da divisa com a França,<br />

cruzando de leste a oeste toda a extensão<br />

norte da Espanha.<br />

Preparando o Caminho<br />

Eu e minha esposa Sulei já fiz<strong>em</strong>os<br />

muitas viagens pelo Brasil e pelo<br />

mundo. Estiv<strong>em</strong>os algumas vezes <strong>em</strong><br />

países da Europa, da Ásia, da América<br />

do Sul, Central e do Norte, s<strong>em</strong>pre<br />

<strong>em</strong> viagens tradicionais, indo de<br />

avião, andando <strong>em</strong> ônibus, taxis ou<br />

carros alugados, mas nunca com longas<br />

caminhadas a pé. Assim, quando<br />

marcamos a data desta viag<strong>em</strong>, realizamos<br />

também um programa de<br />

condicionamento físico com longas<br />

caminhadas diárias e também exercícios<br />

de Pilates, para alongamento<br />

e fortalecimento da musculatura da<br />

coluna, das pernas e dos braços,<br />

numa acad<strong>em</strong>ia. Não tiv<strong>em</strong>os nenhum<br />

acidente ou contusão durante<br />

todo o caminho, graças às recomendações<br />

de nossas fisioterapeutas que<br />

orientavam cada exercício, durante os<br />

três meses que antecederam a nossa<br />

saída e nos conduziram a uma boa e<br />

adequada forma física.<br />

A escolha das roupas, calçados e<br />

equipamentos (tênis, meias, sandália,<br />

chapéu, capa de chuva, mochila, sacos<br />

de dormir, cantil, estojo de primeiros<br />

socorros) são fundamentais para ter<br />

conforto e segurança durante a caminhada.<br />

É preciso equacionar peso e<br />

espaço, pois tudo t<strong>em</strong> que ser transportado<br />

na mochila. Também os exames e<br />

orientações médicas são importantes e<br />

necessários antes da partida. Levamos<br />

os principais medicamentos.<br />

A caminhada de Roncesvalles até<br />

Santiago de Compostela<br />

O trajeto todo são 775 km, que<br />

dividimos <strong>em</strong> 26 etapas diárias. Em<br />

cada etapa caminhávamos de 18 a<br />

32 km por dia, a pé. Conhec<strong>em</strong>os<br />

gente de todas as idades e partes<br />

do mundo, mas a grande maioria<br />

que faz o caminho são os espanhóis,<br />

muito entusiasmados e com<br />

alegria contagiante. Percorr<strong>em</strong>os<br />

202 km <strong>em</strong> tr<strong>em</strong> e 573 km a pé,<br />

Rota de Viag<strong>em</strong><br />

Jair Euclides Capristo<br />

seguindo s<strong>em</strong>pre a “flecha amarela”,<br />

que com toda sua simplicidade orienta<br />

muito b<strong>em</strong> a direção dos Peregrinos.<br />

Períodos de neblinas, garoas e<br />

chuvas quase diariamente, também<br />

com frio, neve, lama, vento, subidas<br />

íngr<strong>em</strong>es e descidas difíceis, montanhas<br />

com neve e vales nublados. Um<br />

esforço físico positivo, com um pouco<br />

de sofrimento suportável, e muiiiiiitos<br />

momentos de cont<strong>em</strong>plação, história<br />

medieval, igrejas, museus, áreas agrícolas<br />

fantásticas (uva e azeitona), fotos,<br />

vídeos, <strong>em</strong>oções, alegrias, reflexões,<br />

pensamentos, ideias e orações.<br />

Cruzamos 150 cidades e povoados<br />

<strong>em</strong> quatro províncias espanholas.<br />

Tínhamos dois guias de viagens – um<br />

livro e o Iphone, que nos indicavam os<br />

roteiros e onde dormir, seguindo s<strong>em</strong>pre<br />

a flecha amarela. Ficamos <strong>em</strong> 26<br />

albergues diferentes, razoavelmente<br />

confortáveis, num grande espírito de<br />

desprendimento, humildade, compartilhamento,<br />

convivência e honestidade.<br />

Tomamos muito vinho e com<strong>em</strong>os<br />

quase diariamente um enorme e delicioso<br />

sanduiche de pão baguete com<br />

queijo e presunto (jamon) que eles<br />

chamam de “bocadillo”. Era nossa<br />

principal refeição. Claro que tínhamos<br />

outras refeições completas (menu do<br />

peregrino), pois o caminho também é<br />

uma viag<strong>em</strong> gastronômica excelente.<br />

Resolv<strong>em</strong>os fazer um blog para<br />

diariamente ir relatando a viag<strong>em</strong> e<br />

postando fotos dos locais visitados,<br />

que nos foi muito facilitado pela capacidade<br />

do Iphone, que podia ser<br />

conectado diretamente a Internet<br />

nos locais com disponibilidade de<br />

wi-fi, permitindo assim que nossos<br />

amigos pudess<strong>em</strong> acompanhar cada<br />

passo que fazíamos no caminho. Receb<strong>em</strong>os<br />

centenas de comentários e<br />

incentivos à nossa caminhada (www.<br />

jairesulei.blogspot.com).<br />

O lado espiritual fala muito alto durante<br />

todo o caminho e <strong>em</strong>ociona mesmo<br />

na chegada à majestosa Catedral,<br />

com suas três torres escuras e úmidas<br />

pela chuva. No ribombar dos sinos, a<br />

missa dos Peregrinos com cânticos e a<br />

música envolvente do órgão que ecoa<br />

suav<strong>em</strong>ente por todos os cantos e mex<strong>em</strong><br />

no fundo da alma. Uma freira sobe<br />

ao altar e com sua voz maravilhosa<br />

orienta a todos para cantar. A trajetória<br />

pendular perfeita do gigante “botafumeiro”,<br />

um enorme incensório que<br />

aromatiza toda a extensão da Catedral<br />

e indica a grandeza do feito. Exuberante!<br />

Uma sensação de ter concluído uma<br />

realização que no início parecia impossível,<br />

mas que de forma organizada e<br />

adequadamente preparada, nos levou<br />

ao destino planejado, que era chegar<br />

ali. A visita ao túmulo do Apóstolo que<br />

fica sob o altar e o abraço na grande<br />

estátua que fica sobre o altar, onde<br />

coloquei minha Credencial com todos<br />

os carimbos dos locais visitados, num<br />

ritual peregrino de grande significação,<br />

faz o coração bater mais forte. Muita<br />

<strong>em</strong>oção! Fomos ao Centro de Atendimentos<br />

ao Peregrino para a retirada<br />

da Compostelana, uma certificação pela<br />

realização do caminho a pé (também<br />

pode ser de bicicleta ou a cavalo), que<br />

é concedido após minuciosa análise dos<br />

carimbos dos locais percorridos. Cerca<br />

de mil peregrinos chegam diariamente,<br />

dobrando no período do verão.<br />

O Caminho é uma oportunidade<br />

para conhecer pessoas do mundo<br />

inteiro e praticar línguas estrangeiras,<br />

com um misto de fé, espiritualidade,<br />

turismo rural e ecológico. Um desafio<br />

na busca de saúde física e mental, e,<br />

um fantástico roteiro gastronômico.<br />

Tudo isso realizado de forma econômica<br />

e com liberdade.<br />

Nós já iniciamos o planejamento<br />

para realizar o Caminho do Norte,<br />

que cruza toda a Espanha de Leste<br />

a Oeste, agora pelo litoral norte,<br />

s<strong>em</strong>pre chegando a Santiago de<br />

Compostela.<br />

Buen Camino!<br />

Mande você também fotos de viagens que você já fez. Você pode estar na próxima edição do Fator A. Mande um e-mail para a Apabam,<br />

apabam@apabam.com.br, com suas fotos e um breve relato.<br />

<strong>APABAM</strong> Notícias > 8

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!