aula 11 – introdução ao estudo dos - Portal Impacto
aula 11 – introdução ao estudo dos - Portal Impacto
aula 11 – introdução ao estudo dos - Portal Impacto
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
I. Características gerais <strong>dos</strong> animais:<br />
(CLASSIFICAÇÃO DE WHITTAKER-1969).<br />
FRENTE 01 - AULA <strong>11</strong> <strong>–</strong> INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS ANIMAIS<br />
1 <strong>–</strong> CONCEITO DE ANIMAIS:<br />
Os animais são organismos celulares do tipo pluricelular,<br />
eucariontes, heterótrofos; aéreos, terrestres ou<br />
aquáticos, aeróbios, com reprodução sexuada ou<br />
assexuada, desenvolvimento direto ou indireto; de vida<br />
livre ou simbiontes, podendo ser invertebra<strong>dos</strong> ou<br />
vertebra<strong>dos</strong>.<br />
2 <strong>–</strong> SISTEMÁTICA ANIMAL:<br />
É o mecanismo de classificação <strong>dos</strong> diversos grupos de<br />
Animais. Didaticamente os animais, isto é, o Reino<br />
Methazoa compreende nove principais filos distribuí<strong>dos</strong><br />
da seguinte maneira:<br />
- Poríferos = ESPONJAS.<br />
- Celentera<strong>dos</strong> = MEDUSAS, PÓLIPOS, CARAVELAS.<br />
- Platelmintos = VERMES ACHATADOS.<br />
- Nematelmintos = VERMES CILÍNDRICOS.<br />
- Moluscos = LULAS, OSTRAS, CARAMUJOS.<br />
- Anelídeos = MINHOCAS, NEREIS, SANGUESSUGAS.<br />
- Artrópodes = INSETOS, CRUSTÁCEOS, ARACNÍDEOS.<br />
- Equinodermos = ESTRELA-DO-MAR, OURIÇO-DO-<br />
MAR, SERPENTE-DO-MAR, PEPINO-DO-MAR.<br />
- Corda<strong>dos</strong> = CICLÓSTOMOS, PEIXES, ANFÍBIOS,<br />
RÉPTEIS, AVES E MAMÍFEROS.<br />
3 <strong>–</strong> NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO CELULAR:<br />
É a maneira como as diversas estruturas do indivíduo se<br />
organizam hierarquicamente, para desempenhar suas<br />
diversas funções no organismo. Os níveis de<br />
organização são hierarquicamente agrupa<strong>dos</strong> da<br />
seguinte maneira: Células → teci<strong>dos</strong> → órgãos →<br />
sistemas ou aparelhos → organismo.<br />
4 <strong>–</strong> TECIDOS VERDADEIROS:<br />
Alguns animais não formam teci<strong>dos</strong> verdadeiros, como é<br />
o casos <strong>dos</strong> poríferos, por isso são denomina<strong>dos</strong> de<br />
parazoários; já os demais formam teci<strong>dos</strong> verdadeiros,<br />
portanto, são denomina<strong>dos</strong> eumetazoários.<br />
5 <strong>–</strong> SIMETRIA:<br />
É a capacidade seccionarmos o corpo do animal em<br />
eixos simétricos ou iguais. Dependendo do número de<br />
segmentos secciona<strong>dos</strong> iguais, as simetrias podem ser:<br />
bilateral ou radial; porém, quando o animal não admite<br />
plano de simetria, ele é conhecido como assimétrico.<br />
Portanto didaticamente os animais podem ser agrupa<strong>dos</strong><br />
em três tipos quanto <strong>ao</strong> tipo de simetria corpórea:<br />
assimétricos; simétricos com simetria bilateral ou<br />
simétricos com simetria radial.<br />
a) Assimétricos:<br />
São animais que não admitem plano de simetria<br />
corpórea. Ex: poríferos.<br />
b) Simétricos com simetria bilateral:<br />
Os animais com simetria bilateral são aqueles em que o<br />
corpo admite um plano de simetria, formando duas<br />
partes simétricas ou iguais. Ex: to<strong>dos</strong> os animais exceto<br />
poríferos, celentera<strong>dos</strong> e equinodermos.<br />
c) Simétricos com simetria radial:<br />
São aqueles que admitem mais de um plano de separação<br />
ou plano de simetria, formando mais de duas partes<br />
simétricas ou iguais.<br />
Ex: poríferos, celentera<strong>dos</strong> e equinodermos.<br />
Importante notar que muitos pesquisadores admitem que<br />
os poríferos sejam assimétricos, enquanto que outros<br />
admitem que simétricos com simetria radial.<br />
6 <strong>–</strong> TIPO DE ESTRUTURA DIGESTIVA:<br />
O local da digestão nos diversos grupos animais é também<br />
motivo de discussão e classificação. Existem pelo menos<br />
três tipos de estruturas digestivas presentes nos diversos<br />
grupos animais:<br />
a) Rede de canais.<br />
São estruturas digestivas em que a água e o alimento<br />
penetram por um conjunto de aberturas inalantes<br />
denominadas de poros; percorre a cavidade digestiva, e os<br />
resíduos do metabolismo saem por uma abertura exalante<br />
denominada de ósculo. Ex: poríferos.<br />
b) Tubo com uma abertura.<br />
É uma estrutura digestiva incompleta, portanto, os animais<br />
que apresentam tubo com uma única abertura são<br />
denomina<strong>dos</strong> de animais com tubo digestivo incompleto.<br />
Existe apenas uma abertura inicial denominada de boca. A<br />
água e os alimentos penetram pela boca, percorrem a<br />
faringe, esôfago e intestino (em alguns animais) ou da boca<br />
caem na cavidade gastrovascular; sofrem digestão e os<br />
resíduos do metabolismo são elimina<strong>dos</strong> diretamente pela<br />
boca. Ex: celentera<strong>dos</strong> e platelmintos.<br />
c) Tubo com duas aberturas.<br />
É uma estrutura digestiva completa, portanto, os animais<br />
que apresentam tubo com duas aberturas são<br />
denomina<strong>dos</strong> de animais com tubo digestivo completo.<br />
Existe uma abertura inicial denominada de boca e, uma<br />
abertura terminal que dependendo do animal, pode ser o<br />
ânus ou a cloaca. O ânus diferencia-se da cloaca no<br />
seguinte aspecto: o ânus é uma abertura final relacionado<br />
à eliminação do resíduo metabólico sob a condição pastosa<br />
denominada de fezes; portanto, está ligado <strong>ao</strong> sistema de<br />
excreção digestiva. A cloaca é um órgão misto relacionado<br />
<strong>ao</strong>s sistemas excretores de origem urinária e digestiva,<br />
assim como <strong>ao</strong> sistema reprodutor feminino. Os animais<br />
que apresentam cloaca, portanto, podem urinar, copular e<br />
defecar, enquanto que, tecnicamente os que apresentam<br />
ânus podem defecar. Ex: to<strong>dos</strong> os animais a partir de<br />
nematelmintos.<br />
7 <strong>–</strong> DIFERENCIAÇÃO DO BLASTÓPORO:<br />
Durante a fase de desenvolvimento embrionário, o embrião<br />
na fase embriológica de blástula sofre implantação ou<br />
nidação. A blástula humana é denominada de blastocisto, e<br />
após o fenômeno de nidação o embrião segue seu<br />
desenvolvimento até encontrar sua fase final fetal. Nesse<br />
processo desde o momento da fecundação passa<br />
seqüencialmente pelas fases de mórula, blástula e<br />
gástrula. A mórula é um maciço celular contendo até mais<br />
ou menos sessenta e quatro blastômeros (células<br />
resultantes da segmentação ou clivagem da célula ovo ou<br />
zigoto). A blástula é formada por um grupo celular circular<br />
denominado de blastoderme e uma cavidade rica em<br />
líqui<strong>dos</strong> denominada de blastocele, que <strong>ao</strong> sofrer um<br />
recurvamento formará uma estrutura com dois folhetos<br />
embrionários iniciando a fase de gástrula.
A gástrula é a fase do desenvolvimento embrionário que<br />
se caracteriza pela formação de dois folhetos<br />
embrionários que de fora para dentro são: ectoderma e<br />
mesentoderma (por ser indiferenciado).<br />
O mesentoderma é objeto de discussão entre vários<br />
pesquisadores que o chamam de mesoderma; é<br />
preferível acreditar que o mesoderma seja um folheto<br />
diferenciado. O mesentoderma irá formar o intestino<br />
primitivo do embrião denominado de arquêntero, que<br />
sofrerá comunicação com o meio externo a partir de um<br />
orifício denominado de blastóporo.<br />
Dependendo do animal, o blastóporo poderá sofrer<br />
diferenciação em boca ou ânus, e por isso esses animais<br />
podem pertencer a dois grupos distintos:<br />
a) Animais protostômios.<br />
São aqueles em que o blastóporo sofre diferenciação em<br />
boca. Esses animais são considera<strong>dos</strong> mais primitivos<br />
na escala de evolução zoológica. Ex: nematelmintos,<br />
moluscas, anelidas e artrópodas.<br />
b) Animais deuterostômios.<br />
São animais mais evoluí<strong>dos</strong> embriologicamente, pois o<br />
blastóporo origina o ânus <strong>ao</strong> invés da boca. Ex:<br />
equinodermos e corda<strong>dos</strong>.<br />
Observe que essa classificação obrigatoriamente<br />
acontece com animais que apresentam tubo digestivo<br />
completo.<br />
8 - FOLHETOS EMBRIONÁRIOS E CELOMA:<br />
Após a fase de gástrula, o embrião sofre um<br />
achatamento <strong>ao</strong> nível de ectoderma, formando a placa<br />
neural, gota neural e por último o tubo neural, voltando o<br />
ectoderma novamente a se fechar. O mesentoderma<br />
sofre uma dobra e recurvamento, fragmentando-se em<br />
três partes: uma parte origina o endoderma, outra o tubo<br />
neural, e outra forma o mesoderma.<br />
A cavidade revestida totalmente ou parcialmente<br />
revestida pelo mesoderma é denominada de celoma; a<br />
cavidade totalmente revestida pelo endoderma é o<br />
intestino do embrião.<br />
Dependendo do grau evolutivo do ser vivo, ele pode<br />
apresentar um ou dois folhetos embrionários, podendo<br />
ser denominado da seguinte maneira:<br />
a) Animais diblásticos:<br />
São aqueles que apresentam somente dois folhetos<br />
embrionários: ectoderma e endoderma. Ex: poríferos e<br />
celentera<strong>dos</strong>.<br />
b) Animais triblásticos:<br />
São aqueles que apresentam três folhetos embrionários:<br />
ectoderma, endoderma e mesoderma. Ex: to<strong>dos</strong> a partir<br />
de platelmintos.<br />
Importante notar que o último folheto embrionário a se<br />
formar, é o folheto intermediário: mesoderma.<br />
9 - CELOMA:<br />
É uma cavidade totalmente ou parcialmente revestida<br />
pelo mesoderma. Só apresentam mesoderma os animais<br />
triblásticos, porém, isto não quer dizer que por eles terem<br />
três folhetos embrionários, eles vão apresentar celoma.<br />
Portanto os animais triblásticos, dependendo da<br />
evolução celomática podem ser classifica<strong>dos</strong> em três<br />
grupos:<br />
a) Animais aceloma<strong>dos</strong>:<br />
São aqueles que não apresentam celoma. Ex: somente os<br />
platelmintos.<br />
b) Animais pseudoceloma<strong>dos</strong>:<br />
São aqueles em que o mesoderma reveste parcialmente o<br />
celoma, sendo o celoma denominado de pseudoceloma.<br />
Ex: somente os nematelmintos.<br />
c) Animais celoma<strong>dos</strong>:<br />
São animais que apresentam o celoma verdadeiro, isto é,<br />
são aqueles em que o mesoderma reveste totalmente o<br />
celoma. Ex: to<strong>dos</strong> a partir de moluscos.<br />
9 <strong>–</strong> ORIGEM DO CELOMA:<br />
O celoma é uma cavidade originada a partir do mesoderma<br />
diferenciado (mesoderma propriamente dito) ou do<br />
mesoderma indiferenciado (mesentoderma). Portanto<br />
dependendo dessa origem os animais podem sofrer a<br />
seguinte classificação:<br />
a) Animais enteroceloma<strong>dos</strong>.<br />
São aqueles em que o celoma é originado a partir das<br />
células que formam o arquêntero (intestino primitivo do<br />
embrião), isto é, células que formam o mesentoderma. Ex:<br />
equinodermos e corda<strong>dos</strong>.<br />
Importante notar que os animais mais evoluí<strong>dos</strong> são<br />
tribláticos do tipo celoma<strong>dos</strong> com origem enterocelomada.<br />
b) Animais esquizoceloma<strong>dos</strong>.<br />
São aqueles em que o celoma é originado do endoderma,<br />
portanto, alguns autores afirmam que esse é o celoma<br />
verdadeiro. Ex: moluscas, anelidas e artrópodas.<br />
10 - PRESENÇA DE METAMERIA:<br />
Os metâmeros ou somitos são anéis carnosos que dividem<br />
ou segmentam o corpo do animal, apresentando diversas<br />
funções como crescimento e reprodução. Dependendo de<br />
o animal apresentar ou não esses somitos, ele pode ser<br />
classificado em dois grupos:<br />
a) Animal metamerizado.<br />
São aqueles que apresentam anéis, somitos, ou<br />
metâmeros. Ex: Anelídeos e artrópodes.<br />
b) animal ametamerizado.<br />
São aqueles que não apresentam anéis ou somitos. Ex:<br />
To<strong>dos</strong> menos anelídeos e artrópodes.<br />
<strong>11</strong> <strong>–</strong> DIMORFISMO SEXUAL:<br />
É a capacidade que o animal tem em apresentar as<br />
estruturas reprodutivas agrupadas em um único indivíduo<br />
ou não. Em função dessa característica, é possível<br />
encontrar os seguintes grupos animais:<br />
a) Animais monóicos:<br />
São animais também conheci<strong>dos</strong> como unisexuais,<br />
monosexuais, hermafroditas ou sem dimorfismo sexual.<br />
Apresentam as genitálias masculina e feminina; podendo<br />
ou não ser funcionantes. Devido apresentar as duas<br />
genitálias podem promover auto-fecundação (próprio<br />
animal) e fecundação cruzada (com outros animais). Ex:<br />
Alguns anelídeos,<br />
b) Animais dióicos:<br />
São animais também conheci<strong>dos</strong> como bisexuais,<br />
bisexua<strong>dos</strong>, ou com dimorfismo sexual (apresentam macho<br />
e fêmea separa<strong>dos</strong>). Ex: A maioria <strong>dos</strong> animais.