UNDAF 2012-15 - UNDP Mozambique
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Quadro das Nações Unidas para Assistência ao<br />
Desenvolvimento de Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong>
ÍNDICE<br />
ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS ............................................................................................................... iii<br />
SUMÁRIO EXECUTIVO..............................................................................................................................1<br />
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................3<br />
1.1. O Contexto de Moçambique .............................................................................................................4<br />
1.2. O apoio das Nações Unidas ao Processo de Desenvolvimento Nacional ............................................5<br />
2. RESULTADOS DO <strong>UNDAF</strong>..................................................................................................................6<br />
2.1. Área Económica................................................................................................................................6<br />
2.2. Área Social........................................................................................................................................9<br />
2.3. Área da Governação ....................................................................................................................... 13<br />
3. ESTIMATIVA DOS RECURSOS NECESSÁRIOS.................................................................................... <strong>15</strong><br />
4. IMPLEMENTAÇÃO.......................................................................................................................... 16<br />
5. MONITORIA E AVALIAÇÃO ............................................................................................................. 17<br />
ANEX0: Matriz de Resultados do <strong>UNDAF</strong>................................................................................................ 19<br />
________________________________________________________________________________<br />
Moçambique, <strong>UNDAF</strong> <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong>
ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS<br />
ACNUR Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados<br />
ARV Anti-Retroviral<br />
AWP Annual Work Plan/Plano Anual de Actividades<br />
BER Budget Execution Report/Relatório da Execução Orçamental<br />
BM Banco Mundial<br />
CCA Common Country Assessment/Avaliação Comum do País<br />
CAADP Comprehensive África Agricultura Development Programme/Programa Compreensivo<br />
para o Desenvolvimento da Agricultura de África<br />
C/G/HR Integrated Approach to Culture, Gender and Human Rights/Abordagem Integrada sobre<br />
a Cultura, Género e Direitos Humanos<br />
CNCS Conselho Nacional de Combate ao SIDA<br />
CNJ Conselho Nacional da Juventude<br />
CRC Convention on the Rights of the Child/Convenção sobre os Direitos da Criança<br />
CPD Country Programme Document/Documento do Programa do País<br />
CPI Centro de Promoção de Investimentos<br />
DaO Delivering as One – Designação do Programa da Reforma Acelerada da ONU<br />
DBS Direct Budget Suppor/Apoio Directo ao Orçamento<br />
DRG Development Results Groups/Grupos sobre Resultados de Desenvolvimento<br />
DRR Disaster Risk Reduction/Redução do Risco de Desastres<br />
CE Comissão Europeia<br />
ESDEM Demographic and Socio-Economic Database/Base de Dados Demográficos e<br />
Socioeconómicos<br />
FAO Food and Agriculture Organization/Organização das Nações Unidas para a Agricultura e<br />
Alimentação<br />
FSN Food Security and Nutrition/Segurança Alimentar e Nutrição<br />
GdM Governo de Moçambique<br />
HACT Harmonized Approach to Cash Transfer/Abordagem Harmonizada para Transferência de<br />
Fundos<br />
HCT Humanitarian Country Team/Equipa de Gestão Humanitária do País<br />
HIV and AIDS Human Immunodeficiency Virus/Vírus de Imunodeficiência Humana/Acquired<br />
Immunodeficiency Syndrome/Sindroma de Imunodeficiência Adquirida<br />
IADG International Agreed Development Goals/Objectivos de Desenvolvimento Acordados<br />
Internacionalmente<br />
IAEA International Agency for Atomic Energy/Agência Internacional para a Energia Atómica<br />
IFAD International Fund for Agriculture Development/Fundo Internacional para o<br />
Desenvolvimento da Agricultura<br />
FMI Fundo Monetário Internacional<br />
FNUAP Fundo das Nações Unidas para a População<br />
INAR Instituto Nacional de Apoio aos Refugiados<br />
INAS Instituto Nacional de Acção Social<br />
INATUR Instituto Nacional de Turismo<br />
INE Instituto Nacional de Estatística<br />
INGC Instituto Nacional de Gestão de Calamidades<br />
INEFP Instituto Nacional do Emprego e Formação Profissional<br />
INNOQ Instituto Nacional de Normalização e Qualidade<br />
INSIDA Informação sobre HIV e SIDA em Moçambique<br />
IOF Inquérito Nacional sobre Orçamento Familiar<br />
IPEME Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas
IPEX Instituto para a Promoção de Exportações<br />
IPT Tratamento Preventivo Intermitente<br />
ITC International Trade Centre/Centro do Comércio Internacional<br />
MAE Ministério da Administração Estatal<br />
MARP Mecanismo Africano de Revisão de Pares<br />
MCT Ministério da Ciência e Tecnologia<br />
MDGR Millennium Development Goals Report/Relatório dos ODMs<br />
MIC Ministério da Indústria e Comércio<br />
MICOA Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental<br />
MICS Multiple Indicators Cluster Survey<br />
MICULTURA: Ministério da Cultura<br />
MINAG Ministério da Agricultura<br />
MINEC Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação<br />
MINED Ministério da Educação<br />
MINT Ministério do Interior<br />
MIPESCAS Ministério das Pescas<br />
MISAU Ministério da Saúde<br />
MF Ministério das Finanças<br />
MJD Ministério da Juventude e Desportos<br />
MMAS Ministério da Mulher e Acção Social<br />
MMR Maternal Mortality Ratio/Rácio de Mortalidade Materna<br />
MoJ Ministério da Justiça<br />
MOPH Ministério das Obras Públicas e Habitação<br />
MPD Ministério da Planificação e Desenvolvimento<br />
MP Member of Parliament/Membro da Assembleia da República<br />
MSME Micro Small and Medium Enterprises/Micro, Pequenas e Médias Empresas<br />
M&A Monitoria e Avaliação<br />
NRAs Non Resident Agencies/Agências Não Residentes<br />
OCHA Office for the Coordination of Humanitarian Affairs/Escritório para a Coordenação dos<br />
Assuntos Humanitários<br />
ODAIs Objectivos de Desenvolvimento Acordados Internacionalmente<br />
ODMs Objectivos de Desenvolvimento do Milénio<br />
OHCHR Office for the UN High Commissioner for Human Rights/Escritório do Alto Comissário<br />
das Nações Unidas para os Direitos Humanos<br />
OIM Organização Internacional para a Migração<br />
OIT Organização Internacional do Trabalho<br />
OMS Organização Mundial da Saúde<br />
OSC Organizações da Sociedade Civil<br />
PARP Plano de Acção de Redução da Pobreza<br />
PARPA Plano de Acção de Redução da Pobreza Absoluta<br />
PDD Plano de Desenvolvimento Distrital<br />
PEN Plano Estratégico Nacional Multissectorial para o Combate ao HIV e à SIDA<br />
PES Plano Económico e Social<br />
PESE Plano Estratégico do Sector da Educação<br />
PESS Plano Estratégico do Sector da Saúde<br />
PIB Produto Interno Bruto<br />
PIREP Programa Integrado para a Reforma da Educação<br />
PLWHA People Living with HIV or AIDS/Pessoas Vivendo com o HIV ou a SIDA<br />
PMA Programa Mundial de Alimentação<br />
PMTCT Prevention of Mother-to-Child Transmission/Prevenção de Transmissão da Mãe para<br />
Filho<br />
________________________________________________________________________________<br />
Moçambique, <strong>UNDAF</strong> <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong>
PNB Produto Nacional Bruto<br />
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento<br />
PQG Programa Quinquenal do Governo<br />
PROAGRI Programa Nacional de Desenvolvimento Agrícola<br />
RH Reproductive Health/Saúde Reprodutiva<br />
SADC Southern African Development Community/Comunidade para o Desenvolvimento da<br />
África Austral<br />
SETSAN Secretariado Técnico para a Segurança Alimentar e Nutrição<br />
SRH Sexual and Reproductive Health/Saúde Sexual e Reprodutiva<br />
SHR/MMR National Reproductive Health Polic/Política Nacional da Saúde Reprodutiva<br />
STAE Secretariado Técnico de Administração Eleitoral<br />
SWAp Sector Wide Approach/Abordagem Sectorial Alargada<br />
TAP Treatment Acceleration Programme/Programa de Aceleração do Tratamento<br />
TB Tuberculosis/Tuberculose<br />
NU Nações Unidas<br />
UNAIDS Joint United Nations Programme on HIV and AIDS/Programa Conjunto das Nações<br />
Unidas para o HIV e a SIDA<br />
UNCDF United Nations Capital Development Fund/Fundo das Nações Unidas para o<br />
Desenvolvimento de Capital<br />
UNCT United Nations Country Team/Equipa de Gestão das Nações Unidas no País<br />
UNCTAD United Nations Conference on Trade and Development/Conferência das Nações Unidas<br />
sobre o Comércio e Desenvolvimento<br />
<strong>UNDAF</strong> United Nations Development Assistance Framework/Quadro das Nações Unidas Para a<br />
Assistência ao Desenvolvimento<br />
UNEP United Nations Environment Programme/Programa das Nações Unidas para o Meio<br />
Ambiente<br />
UNESCO United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization/Organização das<br />
Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura<br />
UN-HABITAT United Nations Agency Human Settlements Programme/Programa das Nações Unidas<br />
para os Assentamentos Humanos<br />
UNICEF United Nations Children’s Fund/Fundo das Nações Unidas para a Infância<br />
UNIDO United Nations Industrial Development Organization/Organização das Nações Unidas<br />
para o Desenvolvimento Industrial<br />
UNODC United Nations Office of Drugs and Crime/Escritório das Nações Unidas contra a Droga e<br />
o Crime<br />
UN OMT UN Operations Management Team/Equipa das Nações Unidas de Gestão de Operações<br />
UNT TAM UN Technical Team on AIDS in <strong>Mozambique</strong>/Equipa técnica das Nações Unidas sobre o<br />
SIDA em Moçambique<br />
UN-WOMEN United Nations Entity for Gender Equality and the Empowerment of Women/Entidade<br />
das Nações Unidas para a Igualdade do Género e o Empoderamento da Mulher<br />
UNV United Nations Volunteers/Voluntários das Nações Unidas<br />
________________________________________________________________________________<br />
Moçambique, <strong>UNDAF</strong> <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong>
No <strong>UNDAF</strong> de <strong>2012</strong>-<strong>15</strong>, o Sistema das Nações Unidas e o Governo de Moçambique<br />
comprometem-se a uma estratégia comum para melhorar o desempenho e o impacto da<br />
resposta conjunta aos desafios do desenvolvimento de Moçambique<br />
_______________________________________<br />
Sra. JENNIFER TOPPING<br />
COORDENADORA RESIDENTE DAS NAÇÕES UNIDAS<br />
________________________________________<br />
S. Excia. OLDEMIRO BALOI<br />
MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS E COOPERAÇÃO<br />
Maputo, de Julho de 2011<br />
________________________________________________________________________________<br />
Moçambique, <strong>UNDAF</strong> <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong>
________________<br />
Sra. ADÉLIA BRANCO<br />
GESTORA PROG. UN-MULHER<br />
________________<br />
Sra. FLAVIA PANSIERI<br />
COORDENADORA EXECUTIVA, UNV<br />
___________________________<br />
Sr. JESPER MORCH<br />
REPRESENTANTE, UNICEF<br />
__________________<br />
Sra. LOLA CASTRO<br />
REPRESENTANTE, PMA<br />
__________________<br />
Sr. MARTIN CLEMENSSON<br />
DIRECTOR DO PAÍS, OIT<br />
__________________<br />
Sra. PATRICIA J.FRANCIS<br />
DIRETORA EXECUTIVA, ITC<br />
________________________________<br />
Sr. STUART SIMPSON<br />
REPRESENTANTE, OIM<br />
___________________________<br />
Sr. CARLOS ZACCAGNINI DE ORY<br />
REPRESENTANTE, ACNUR<br />
____________________<br />
Sra. ABIGAIL DAVID<br />
ENCARREGADA DO ESCRITÓRIO,<br />
ONUSIDA<br />
__________________<br />
Sr. JOCELYN MASON<br />
DIRECTOR DO PAÍS, PNUD<br />
__________________<br />
Sr. MAKARIMI ADÉCHOUBOU<br />
CHEFE DO ESCRITÓRIO REGIONAL,<br />
UNCDF<br />
__________________<br />
Sr. MOUNKAILA GOUMANDAKOYE<br />
DIRECTOR REGIONAL/REP, UNEP, MOZ<br />
_______________________<br />
Dr. PROSPER TUMUSIIME<br />
REPRESENTANTE A.I, OMS<br />
________________<br />
Sra. YANINE POC<br />
REPRESENTANTE REGIONAL, OHCHR<br />
_____________________<br />
Sr. CUSTÓDIO MUCAVEL<br />
OFICIAL DO PAÍS, IFAD<br />
__________________<br />
Sr. JAIME COMICHE<br />
CHEFE DE OPERAÇÕES, UNIDO<br />
_________________<br />
Sr. JULIO DE CASTRO<br />
REPRESENTANTE, FAO<br />
__________________<br />
Sra. MANUELA TORTORA<br />
CHEFE TCS, UNCTAD<br />
____________________<br />
Sra. PATRICIA GUZMAN<br />
REPRESENTANTE, FNUAP<br />
______________________<br />
Sr. SILVA MAGAIA<br />
GESTOR PROGR., UN-HABITAT<br />
__________________<br />
Sra. ZULMIRA RODRIGUES<br />
ENCARREGADA DO ESCRITÓRIO,<br />
UNESCO<br />
________________________________________________________________________________<br />
Moçambique, <strong>UNDAF</strong> <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong>
SUMÁRIO EXECUTIVO<br />
O Quadro das Nações Unidas Para Assistência ao Desenvolvimento de Moçambique (<strong>UNDAF</strong> <strong>2012</strong> – 20<strong>15</strong>) é a<br />
expressão programática do apoio das Nações Unidas ao Governo de Moçambique nesta fase derradeira para o<br />
alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs) em 20<strong>15</strong>. É também o primeiro <strong>UNDAF</strong><br />
elaborado no âmbito da implementação da reforma acelerada da ONU, a iniciativa “Delivering as One” (DaO) em<br />
que Moçambique é um dos países pilotos.<br />
Neste contexto, são combinados os esforços de 21 agências das Nações Unidas que operam no país para um<br />
apoio eficaz e eficiente ao Programa Quinquenal do Governo (PQG) 2010-2014, em complementaridade ao apoio<br />
dos parceiros bilaterais e outros multilaterais. Moçambique está, também, entre os países onde a<br />
implementação da Agenda da Declaração de Paris está avançada, sendo que o presente <strong>UNDAF</strong> representa o<br />
plano de interacção das Nações Unidas no quadro da nova arquitectura de ajuda.<br />
O <strong>UNDAF</strong> foi elaborado em alinhamento ao Plano de Acção para a Redução da Pobreza para o período 2011-<br />
2014 (PARP) cujo objectivo central é reduzir a pobreza na projecção de 54,7% em 2009 para 42% em 2014.<br />
Tendo em 1992 sido considerado um dos países mais pobres e com limitadas capacidades, Moçambique registou<br />
melhorias significativas, primeiro como parte do “dividendo da paz” e, seguidamente, graças ao crescimento<br />
económico notável e à contínua ajuda ao desenvolvimento pelos parceiros de cooperação em apoio às<br />
estratégias de redução da pobreza.<br />
Com base no segundo Inquérito Nacional sobre os Orçamentos Familiares (IOF), a Terceira Avaliação da Pobreza<br />
nota que embora a pobreza tenha diminuído em cerca de 70% em 1997 para 54% em 2003, desde então,<br />
permaneceu estável (GdM 2010). Ao mesmo tempo, embora outros indicadores que não sejam de rendimento<br />
apresentem uma melhoria, Moçambique ainda se encontra entre os países mais pobres, segundo o Relatório de<br />
Desenvolvimento Humano (2010) reflectindo os efeitos persistentes resultantes dos mais de <strong>15</strong> anos de guerra.<br />
Para além disso, existem indicações que a desigualdade de rendimentos está a crescer.<br />
Actualmente, 70% da população em Moçambique vive em zonas rurais e a maioria depende da agricultura de<br />
subsistência (INE 2010). Embora se tenham registado esforços assinaláveis para resolver a questão, a<br />
produtividade agrícola extremamente baixa combinada com uma alta vulnerabilidade dos choques climáticos<br />
significa que um grande número da população sofre de insegurança alimentar crónica e o rendimento dos<br />
produtos agrícolas é baixo e imprevisível. A alta taxa de seroprevalência, considerada uma das maiores do<br />
mundo (INSIDA 2009) bem como a alta incidência de outras doenças, tais como, a Malária, a Tuberculose (TB) e<br />
doenças derivadas da água agravam estas condições.<br />
A desigualdade do género significa que as mulheres e as crianças são vítimas da pobreza, insegurança alimentar<br />
e doenças de forma desproporcionada. Simultaneamente, desde as primeiras eleições multipartidárias em 1994,<br />
Moçambique tem usufruído de um período de estabilidade política durante o qual se tem verificado o<br />
aprofundamento da democracia., Os mecanismos de acesso às instituições e aos processos políticos e os hábitos<br />
de participação democrática precisam ser consolidados, o que significa que a voz do público e a<br />
responsabilização das instituições públicas necessitam de ser fortalecidos.<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
1
O <strong>UNDAF</strong> <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong> tem em vista “Reduzir a pobreza e as disparidades para melhorar a vida das pessoas mais<br />
vulneráveis em Moçambique até 20<strong>15</strong>”, à luz dos instrumentos dos direitos humanos, dos ODMs e dos<br />
Objectivos de Desenvolvimento Acordados Internacionalmente (ODAIs), sendo este o seu objectivo geral no<br />
apoio às prioridades nacionais definidas no Programa Quinquenal do Governo, no PARP 2011-2014 e nas<br />
políticas sectoriais nacionais. Este objectivo geral é guiado por três princípios orientadores que garantem que as<br />
intervenções das Nações Unidas em apoio ao Governo: i) adoptem abordagens que respeitem os valores<br />
culturais, que sejam sensíveis as questões do género e que sejam baseadas no respeito pelos direitos humanos<br />
com foco particular na mulher e na criança; ii) integrem as questões de HIV e SIDA em todas as áreas de<br />
resultados do <strong>UNDAF</strong>; e iii) sejam justificadas pela promoção de políticas e estratégias baseadas em evidências<br />
para um desenvolvimento equitativo e sustentável.<br />
Os resultados do <strong>UNDAF</strong> estão organizados em torno de três áreas de enfoque:<br />
• A Área Económica que visa contribuir para redução das disparidades económicas através da<br />
concentração de esforços nas camadas mais pobres das zonas rurais, particularmente nas mulheres e<br />
nos jovens, melhorando as suas capacidades produtivas, o seu rendimento, os seus meios de<br />
subsistência e reduzindo a vulnerabilidade aos desastres naturais.<br />
• A Área Social que visa contribuir para reduzir as desigualdades no acesso aos serviços sociais pelos<br />
grupos vulneráveis, particularmente as mulheres e as crianças. Adoptando uma abordagem baseada nos<br />
direitos humanos, as actividades das Nações Unidas irão incidir na melhoria da capacidade de entidades<br />
responsáveis pela prestação de serviços e no empoderamento de titulares de direitos, especialmente as<br />
pessoas vulneráveis, para terem acesso e usarem os serviços sociais de forma a melhorar a sua saúde,<br />
educação, o acesso a água, às condições de saneamento e protecção social.<br />
• No âmbito da Governação, as Nações Unidas irão focalizar o seu contributo, em primeiro lugar, no<br />
reforço da democracia e dos mecanismos públicos de responsabilização através, por um lado, do<br />
fortalecimento das instituições democráticas e de justiça do Governo e, por outro lado, do reforço da<br />
capacidade das populações vulneráveis por meio das organizações da sociedade civil e do sector privado<br />
para participarem eficazmente na elaboração de políticas e para salvaguardarem os seus direitos. Em<br />
segundo lugar, as Nações Unidas irão concentrar a sua contribuição na melhoria da governação a nível<br />
local, tanto no reforço das instituições locais do Governo assim como no apoio à participação das<br />
populações locais no seu próprio desenvolvimento.<br />
No quadro destes resultados, a estratégia das Nações Unidas será, por um lado, o desenvolvimento de<br />
capacidades das instituições públicas com ênfase a nível descentralizado e o apoio na elaboração de políticas e<br />
estratégias nacionais para melhorar a qualidade dos serviços que têm impacto sobre os grupos vulneráveis,<br />
especialmente as mulheres e as crianças. Por outro lado, a estratégia irá contribuir para a mudança de<br />
comportamento através da sensibilização das comunidades para adoptarem um comportamento mais<br />
responsável no uso dos serviços existentes.<br />
Os resultados estratégicos deste <strong>UNDAF</strong> são intencionalmente de alto nível, para permitir um melhor<br />
alinhamento entre o apoio conjunto das Nações Unidas e os objectivos do Governo a nível macro. De modo a<br />
garantir uma responsabilização adequada pelos resultados, serão detalhados no Plano de Acção do <strong>UNDAF</strong> os<br />
produtos e as actividades pelos quais as Nações Unidas são responsáveis. De notar que este <strong>UNDAF</strong> integrará<br />
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<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
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todas as actividades das Nações Unidas em Moçambique, incluindo as de assistência humanitária, e constitui,<br />
portanto, o Programa Único das Nações Unidas para Moçambique.<br />
O Plano de Acção do <strong>UNDAF</strong> integrará o conjunto dos planos de todas as agências, em substituição dos Planos de<br />
Acção individuais das agências no país (CPAPs). Os planos de actividades anuais serão, de modo geral, conjuntos,<br />
ao mesmo tempo que as acções de monitoria e avaliação estarão harmonizadas internamente entre as agências<br />
e alinhadas aos sistemas nacionais. O quadro de financiamento será apoiado pelo Fundo Comum acrescido dos<br />
recursos específicos das agências.<br />
No contexto da Declaração de Paris e da Agenda de Acção de Acra, entre outros, complementada pela agenda<br />
da reforma da ONU, DaO, espera-se que as Nações Unidas em Moçambique desempenhem um papel mais activo<br />
e prestem maior apoio a nível técnico e de políticas , na elaboração de estratégias do Governo, planificação e na<br />
coordenação da ajuda. Constitui o cerne da abordagem DaO, alcançar maior coerência entre as agências das<br />
Nações Unidas de modo a garantir que as capacidades técnicas das Nações Unidas sejam amplamente e<br />
eficientemente aplicadas. Em complementaridade a esta abordagem, as Nações Unidas continuarão a<br />
providenciar apoio focalizado à programas em áreas prioritárias e a modelos experimentais para uma futura<br />
replicação.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
O presente <strong>UNDAF</strong> <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong>, que é a expressão do compromisso conjunto do sistema das Nações Unidas em<br />
apoio aos esforços de desenvolvimento do Governo de Moçambique, cobre o período remanescente para o<br />
alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs), constituindo assim um período crítico no<br />
processo de desenvolvimento do país. Este baseia-se no Programa Quinquenal do Governo (PQG) 2010-2014 e<br />
foi elaborado em alinhamento ao Programa de Acção para a Redução da Pobreza (PARP) 2011-2014 que<br />
operacionaliza o objectivo do combate a pobreza e a promoção da cultura de trabalho do PQG.<br />
Este <strong>UNDAF</strong> é o resultado de uma parceria sólida e contínua entre o Governo de Moçambique e as Nações<br />
Unidas. O <strong>UNDAF</strong> foi desenvolvido tomando como ponto de partida o Documento de análise sobre a situação de<br />
desenvolvimento do país produzido pelas Nações Unidas e o Documento de posição das Nações Unidas em<br />
relação aos desafios de desenvolvimento identificados. Foi elaborado através de um processo de planificação<br />
participativo que se baseou na revisão do PARPA II realizada em 2009 pelo Governo, na revisão de médio prazo<br />
do <strong>UNDAF</strong> também realizada em 2009, na avaliação final do <strong>UNDAF</strong> 2007-2009 ocorrida em 2010, incluindo a<br />
avaliação da operacionalização da iniciativa DaO também realizada por outros países pilotos em 2010.<br />
Cada fase do processo de planificação foi acompanhada por reuniões estratégicas com o Governo ao mais alto<br />
nível, tal como o seminário conjunto de priorização dos resultados do <strong>UNDAF</strong> Governo/Nações Unidas decorrido<br />
em Junho de 2010, e consultas alargadas com a sociedade civil e parceiros de desenvolvimento internacional.<br />
Cursos conjuntos de formação integrando funcionários do Governo e das Nações Unidas sobre princípios de<br />
programação do <strong>UNDAF</strong> garantiram que os valores fundamentais das Nações Unidas, a saber, a abordagem<br />
transversal e integrada sobre a cultura, género e direitos humanos, assim como a gestão baseada em resultados,<br />
fossem compreendidos por todas as partes relevantes ao processo. O facto do presente <strong>UNDAF</strong> ter sido<br />
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<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
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elaborado em paralelo a elaboração do PARP 2011-2014 e com o envolvimento activo dos funcionários do<br />
Governo e das Nações Unidas em ambos processos, facilitou igualmente um melhor alinhamento das Nações<br />
Unidas com os ciclos e sistemas de planificação nacionais.<br />
1.1. O Contexto de Moçambique<br />
Moçambique, com uma população de cerca de 21,4 milhões de habitantes dos quais 43% com idade inferior a <strong>15</strong><br />
anos (INE, 2010), emergiu de uma guerra de desestabilização há quase vinte anos como um dos países mais<br />
empobrecidos e fragilizados do mundo. Desde então tem tido um crescimento económico assinalável com uma<br />
taxa de crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) acima dos 7,5%, nos últimos cinco anos, resultando<br />
num PIB estimado em 10,5 bilhões de Dólares Americanos em 2011 (FMI 2011). O Governo tem demonstrado<br />
assim um forte compromisso em satisfazer as necessidades básicas da população e alcançar os seus<br />
compromissos em relação aos ODMs.<br />
Contudo, Moçambique continua a enfrentar sérios desafios. Não obstante os esforços do Governo, o<br />
crescimento foi desigual e ainda não se traduziu suficientemente em desenvolvimento económico e social<br />
amplo. Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2010, Moçambique classificou-se na 165ª posição<br />
de entre 169 países (PNUD, 2010), continuando a ser um dos mais pobres do mundo. Independentemente do<br />
alto nível de desenvolvimento económico, o progresso em relação aos ODMs e aos ODAIs são variados.<br />
Embora a Terceira Avaliação da Pobreza Nacional publicada em Setembro de 2010 confirme melhorias<br />
importantes no acesso aos serviços de educação e saúde, a pobreza ligada ao consumo alimentar ainda<br />
permanece generalizada no país. Segundo este relatório, a taxa de pobreza nacional não mudou<br />
significativamente desde 2002/03 (54,1%) para 2008/09 (54.7%), apesar de algumas variações a nível provincial.<br />
O relatório confirma também que os agregados familiares chefiados por mulheres são, em geral, mais pobres do<br />
que os chefiados por homens.<br />
Cerca de 70% da população vive nas zonas rurais e mantém-se particularmente vulnerável. A maior parte deste<br />
grupo populacional depende da agricultura de subsistência. A baixa produtividade do sector agrícola combinada<br />
com o acesso limitado aos serviços sociais básicos de qualidade e a vulnerabilidade do sector a choques<br />
climáticos conduz a níveis elevados de malnutrição infantil e insegurança alimentar nas zonas rurais. De notar<br />
que grupos específicos tais como, mulheres, crianças, pessoas com deficiência, refugiados, idosos e doentes<br />
crónicos, permanecem ainda mais vulneráveis do que os outros.<br />
Os desafios subjacentes, que contribuem para elevadas taxas de pobreza representam constrangimentos<br />
importantes para a concretização dos ODM e dos ODAI, estão relacionados com as limitadas capacidades de<br />
recursos financeiros e humanos das instituições nacionais e o uso limitado de dados para elaborar políticas<br />
baseadas em evidências e na desigualdade do género.<br />
Para além destes factores, a epidemia do HIV ameaça destruir importantes resultados de desenvolvimento<br />
alcançados ao longo das últimas décadas, dada a seroprevalência nacional em adultos (<strong>15</strong>-49) de 11,5% com<br />
variações geográficas e diferenças significativas entre as zonas urbanas e rurais (sendo a população urbana a<br />
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<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
4
mais infectada). Conjuntamente, a rápida urbanização combinada com a elevada densidade populacional, infraestruturas<br />
precárias e meios de subsistência frágeis, assim como o aumento da migração transfronteiriça<br />
representa um crescente desafio para o desenvolvimento. Finalmente, a vulnerabilidade de Moçambique<br />
perante os desastres naturais implica que o progresso do desenvolvimento permaneça frágil e sujeito a possíveis<br />
retrocessos.<br />
Moçambique, todavia, possui recursos naturais abundantes, incluindo 36 milhões de hectares de terra arável,<br />
dos quais apenas 10% é actualmente usada para fins de produção e possui igualmente boas potencialidades para<br />
comércio. No seu quadro de potencialidades, o país possui um litoral com cerca de 2.470km que oferece<br />
oportunidades para actividades piscatórias e turismo. Três portos estratégicos e corredores de transporte vitais<br />
servem os países vizinhos do hinterland e oferecem muitas oportunidades para o crescimento económico a favor<br />
dos mais pobres.<br />
À luz desta situação, o PARP 2011-2014 pretende prosseguir com o desafio de alcançar um crescimento<br />
económico inclusivo, reduzir a pobreza e a vulnerabilidade em Moçambique concentrando-se nos três objectivos<br />
gerais: aumento da produção e da produtividade agrária e pesqueira, criação de emprego, e o desenvolvimento<br />
humano e social. A boa governação, a macroeconomia e gestão sólida das finanças públicas constituem pilares<br />
de apoio indispensáveis para o alcance destes objectivos do PARP.<br />
1.2. O apoio das Nações Unidas ao Processo de Desenvolvimento Nacional<br />
O Governo de Moçambique (GdM) tem recebido apoio significativo dos parceiros bilaterais e multilaterais nos<br />
seus esforços de desenvolvimento. Nesse âmbito é de salientar que Moçambique é o maior beneficiário do<br />
mundo de apoio directo ao orçamento do estado e está entre os países mais avançados em termos da<br />
implementação da Agenda da Declaração de Paris. Moçambique é também um dos oito países pilotos da<br />
iniciativa DaO das Nações Unidas. Estas inovações estão associadas e levaram a Equipe de Gestão das Nações<br />
Unidas no País (UNCT) a reconsiderar cuidadosamente o seu papel e vantagens comparativas na nova<br />
arquitectura da ajuda.<br />
Dada a sua longa presença em Moçambique e a sua rede de actuação internacional, a vantagem comparativa das<br />
Nações Unidas reside no seu conhecimento do contexto de desenvolvimento nacional e internacional e na sua<br />
capacidade de mobilizar e melhorar as capacidades técnicas das estruturas do Governo e das organizações da<br />
sociedade civil para expandirem os serviços prestados. Os multi-mandatos inerentes as diversas agências<br />
permitem às Nações Unidas prestar apoio multi-disciplinar e facilitar uma abordagem multissectorial mais<br />
integrada por parte do Governo tanto nos esforços de desenvolvimento de médio prazo como nas operações de<br />
emergência.<br />
O HIV e SIDA, as questões de género, a segurança alimentar ou a redução do risco de desastres são exemplos<br />
que necessitam de abordagens multissectoriais e onde as Nações Unidas podem contribuir com as competências<br />
especializadas de todas as suas agências. As Nações Unidas em Moçambique são reconhecidas também pela sua<br />
capacidade de prestar apoio normativo e assessoria a políticas tanto a nível central como descentralizado com<br />
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ase na sua imparcialidade e universalidade para facilitar as parcerias entre as instituições governamentais, a<br />
sociedade civil e o sector privado, assim como na sua função de normação e padronização.<br />
Orientado pelos instrumentos dos direitos humanos, os ODMs e os ODAIs, o <strong>UNDAF</strong> vai contribuir para se atingir<br />
uma maior equidade social e económica abrangendo as zonas mais desfavorecidas e os grupos vulneráveis assim<br />
como apoiar o envolvimento abrangente dos cidadãos e instituições públicas no processo de desenvolvimento<br />
como condição prévia para a redução sustentável da pobreza.<br />
A assessoria multidisciplinar e advocacia sobre políticas serão complementadas, sempre que possível e julgado<br />
adequado, pelo desenvolvimento de capacidades e a realização de actividades de apoio técnico a nível<br />
descentralizado reflectindo a abordagem estratégica do Governo e competência técnica das Nações Unidas. Em<br />
resposta aos desafios de desenvolvimento e desigualdades subjacentes e percebendo o impacto do HIV e do<br />
SIDA como colossais desafios ao desenvolvimento em Moçambique, todas as intervenções do <strong>UNDAF</strong> serão<br />
orientadas por três princípios básicos:<br />
• Implementação sistemática de uma abordagem que respeite os valores culturais, o género e baseada<br />
nos direitos humanos, com enfoque nos grupos mais vulneráveis, particularmente as mulheres e as<br />
crianças;<br />
• Integração das questões do HIV e SIDA em todas as áreas de resultados do <strong>UNDAF</strong>;<br />
• Promoção de políticas e estratégias baseadas em evidências para o desenvolvimento equitativo e<br />
sustentável de todos os sectores.<br />
2. RESULTADOS DO <strong>UNDAF</strong><br />
De acordo com o compromisso estratégico de “Reduzir a pobreza e as disparidades para melhorar a vida das<br />
pessoas mais vulneráveis em Moçambique até 20<strong>15</strong>”, sob a liderança do Governo, o sistema das Nações Unidas<br />
no país, consistindo de dez agências residentes e onze não residentes, procurará atingir oito resultados<br />
estratégicos em colaboração com a sociedade civil e outros parceiros de desenvolvimento nas áreas económica,<br />
social e de governação.<br />
2.1. Área Económica<br />
O relatório da terceira avaliação da pobreza constatou um progresso lento na redução da pobreza ao longo do<br />
tempo atribuído a três factores principais: o fraco crescimento da produtividade no sector primário, a<br />
vulnerabilidade do sector agrícola perante os choques climáticos e o impacto social do elevado preço dos<br />
alimentos e dos combustíveis. Como o financiamento público ou os incentivos dirigidos ao aumento da produção<br />
e do emprego são ainda muito limitados, a insegurança alimentar e de meios de subsistência, que são a<br />
manifestação extrema da vulnerabilidade, continuam a afectar a melhoria das outras dimensões do<br />
desenvolvimento humano.<br />
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O sector da agricultura representa a principal fonte de subsistência da população que vive nas zonas rurais de<br />
Moçambique (70%). Calcula-se que sustenta 80% da população economicamente activa e 87% da força de<br />
trabalho feminina no país, mas representa apenas 29% do PIB (IFAD, 2010, INE, 2006), uma vez que se baseia em<br />
grande parte na agricultura de subsistência com baixo rendimento e elevadas perdas pós colheitas. Contribuem<br />
também para a baixa produtividade e elevados custos de transacção no sector, o acesso insuficiente a insumos<br />
agrícolas de qualidade, a cobertura inadequada dos serviços de extensão e outros serviços de apoio e o fraco<br />
desenvolvimento das cadeias de valor para os produtos agrícolas e pecuários.<br />
Contudo, deve-se observar que enquanto a agricultura de subsistência predomina nas zonas rurais, as Micro,<br />
Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) geram o maior número de empregos no sector privado urbano. Calculase<br />
que a pequena economia formal é, em grande medida, incapaz de absorver os cerca de 300.000 jovens que<br />
entram para o mercado de trabalho anualmente (Inquérito sobre o Mercado Laboral 2004/5).<br />
Consequentemente, a maioria procura alternativas na economia informal onde acabam frequentemente em<br />
empregos de baixa produtividade com retorno marginal.<br />
Entre os principais desafios para a criação de emprego sustentável, tanto nas zonas rurais como peri-urbanas,<br />
constam as insuficientes políticas e regulamentos favoráveis, os elevados níveis de analfabetismo, insuficientes<br />
instituições de formação técnico-profissional, acesso limitado a micro-créditos e a outros serviços financeiros<br />
para grupos vulneráveis; a disponibilidade insuficiente de informação de referência sobre negócios, bem como<br />
fracas estruturas de gestão de muitas MPMEs. Ademais, como as mulheres e os jovens frequentemente<br />
enfrentam maiores desafios para o acesso às oportunidades de emprego sustentável, considerações específicas<br />
para o empoderamento das mulheres e o desenvolvimento dos jovens são vitais para uma redução tangível da<br />
pobreza.<br />
Além disso, a produção agrícola é bastante susceptível aos impactos das mudanças climáticas e dos desastres<br />
naturais. Como as secas, cheias e ciclones tropicais periódicos provocam a degradação contínua das já precárias<br />
condições de subsistência, a insegurança alimentar e nutricional tornam-se quase que permanentes. O HIV e o<br />
SIDA constituem grande ameaça com impacto na mortalidade e aumento da vulnerabilidade e a pobreza.<br />
Com o fim de facilitar o crescimento socioeconómico rápido, sustentável e inclusivo e a segurança alimentar, o<br />
aumento da produtividade na agricultura e nas pescas, combinado com a criação do emprego sustentável são<br />
considerados objectivos centrais no PARP 2011-2014 sendo a gestão do risco de desastres um dos principais<br />
elementos transversais. Portanto, as Nações Unidas irão complementar os seus esforços no apoio ao<br />
crescimento da produtividade do sector primário que terá impacto directo na subsistência nas zonas rurais, com<br />
intervenções que permitam as MPMEs criar oportunidades de emprego sustentáveis. Dado que os desastres<br />
naturais recorrentes podem comprometer as realizações bem sucedidas no âmbito destas duas áreas de<br />
resultados, a gestão dos mesmos e as medidas de adaptação às mudanças climáticas são indispensáveis para o<br />
desenvolvimento de uma economia sustentável no país.<br />
No âmbito do Resultado 1, as Nações Unidas apoiarão o Ministério da Agricultura, o Ministério das Pescas e o<br />
Ministério da Indústria e Comércio para garantir que “Os grupos vulneráveis (com particular enfoque nas<br />
mulheres) deverão solicitar e garantir a produção e a produtividade do sector primário, de modo a aumentar a<br />
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sua própria segurança alimentar”. Atenção especial será prestada aos agricultores de subsistência que<br />
representam o segmento mais pobre e vulnerável da população. A complementaridade entre as agências das<br />
Nações Unidas permitirá intervenções em todos os pontos ao longo da cadeia de valores. De modo a estabelecer<br />
a ligação entre a produção agrícola e a segurança alimentar, a questão da igualdade do género será visada de<br />
forma sistemática.<br />
Concretamente, as Nações Unidas irão estabelecer sinergias entre as agencias de modo a:<br />
• Contribuir para a criação de um quadro institucional, político e de implementação que conduza ao<br />
desenvolvimento dos sectores da agricultura e das pescas e apoiar a transformação da agricultura de<br />
subsistência num empreendimento competitivo, sustentável e orientada para o mercado;<br />
• Apoiar os pequenos agricultores de subsistência na adaptação de técnicas melhoradas e de capacidades<br />
de organização para aumentar a produtividade nos sectores agrário e pesqueiro e reduzir as perdas após<br />
a colheita, de modo a aumentar a disponibilidade sustentável de alimentos;<br />
• Apoiar as comunidades de pescadores a adoptarem técnicas melhoradas e mais produtivas relacionadas<br />
com o tratamento, armazenamento e conservação de produtos pesqueiros;<br />
• Facilitar o direito de uso da terra, em particular para as mulheres, através da emissão de títulos de uso e<br />
aproveitamento .<br />
O envolvimento activo das Nações Unidas nos grupos de trabalho de segurança alimentar existentes, o Grupo de<br />
parceiros do Programa Nacional do Desenvolvimento Agrícola (PROAGRI) e o Grupo do Programa Compreensivo<br />
para o Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP), irá facilitar a colaboração contínua com as principais<br />
partes interessadas e os parceiros do lado da oferta e assim contribuir para a realização geral dos resultados.<br />
As Nações Unidas pretendem prestar este apoio garantindo que “Os grupos vulneráveis tenham acesso as<br />
novas oportunidades para melhorar o rendimento e os meios de subsistência, com enfoque específico no<br />
emprego decente” (Resultado 2) ajudando a aumentar as oportunidades económicas às MPMEs nas zonas rurais<br />
e peri-urbanas a aperfeiçoar as capacidades técnicas e profissionais dos desfavorecidos e facilitar a integração do<br />
país no sistema de comércio internacional. Será dada prioridade aos sectores com um elevado potencial para<br />
criar emprego produtivo e apoio em meios de subsistência para mulheres e jovens no processamento de<br />
produtos agrícolas, fabricação, pescas, turismo e indústria criativa.<br />
Ao apoiar os vários Ministérios instituições especializadas e associações empresariais, as Nações Unidas irão:<br />
• Promover o acesso dos pequenos agricultores aos mercados nacionais e internacionais, através do<br />
desenvolvimento de cadeias de valores e expansão de ligações comerciais sustentáveis;<br />
• Melhorar o acesso das MPME a serviços financeiros, através da promoção de finanças inclusivas e do<br />
desenvolvimento de produtos inovadores de micro-finanças;<br />
• Fortalecer os processos de gestão de negócios de MPME seleccionados, introduzindo sistemas básicos<br />
para o desenvolvimento de negócios, assim como a gestão de recursos financeiros e humanos incluindo<br />
a extensão dos serviços de prevenção do HIV ao meio laboral;<br />
• Facilitar a gestão de negócios vitais e estudos de mercado, através da recolha e análise de dados<br />
relacionados com oportunidades de investimento, procura e oferta e produtos prioritários;<br />
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• Apoiar o desenvolvimento de mais oportunidades de formação profissional orientada para a procura que<br />
facilite o aumento da integração no mercado de trabalho , particularmente de mulheres e jovens<br />
formados. Apoiar o desenvolvimento de políticas, a concepção, elaboração e implementação de<br />
programas de acção social produtiva para os grupos mais vulneráveis.<br />
Os desastres naturais em Moçambique, tornam-se cada vez mais frequentes e devastadores. Assim, as<br />
Nações Unidas vêm enfatizando a necessidade de evoluir progressivamente duma resposta reactiva à<br />
emergência para a planificação de uma abordagem baseada na redução de riscos, que promove a<br />
prevenção de desastres, a mitigação de riscos e a adaptação progressiva às mudanças climáticas.<br />
Neste sentido, as Nações Unidas irão apoiar o Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental, o<br />
Ministério da Agricultura e o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades Naturais a garantirem “A gestão<br />
sustentável e eficaz dos recursos naturais e a redução do risco de desastres que beneficiem toda a<br />
população de Moçambique, particularmente os mais vulneráveis” (Resultado 3).<br />
Em particular, as Nações Unidas irão:<br />
• Fortalecer o quadro de políticas e legislativo para a redução do risco de desastres, incluindo o Plano<br />
Director do Governo para a mitigação de desastres; promover a integração da sustentabilidade<br />
ambiental e a adaptação às mudanças climáticas nos processos nacionais de planificação a todos os<br />
níveis tendo em conta a dimensão cultural e do género;<br />
• Melhorar os sistemas nacionais de aviso prévio e de monitoria para a gestão de desastres a fim de<br />
facilitar a tomada de decisões pelas partes interessadas;<br />
• Apoiar a expansão dos mecanismos comunitários integrados para superação dos desastres<br />
nacionais e a gestão sustentável dos recursos naturais nas províncias propensas a desastres;<br />
• Proporcionar a rápida ajuda humanitária e apoiar na recuperação inicial das comunidades afectadas<br />
pelos desastres naturais em estreita colaboração com os parceiros nacionais envolvidas.<br />
• Apoiar o compromisso nacional em relação ao Artigo 5 da Convenção Ottawa para a eliminação<br />
total de minas anti-pessoais ate o ano 2014.<br />
Como forma de facilitar a complementaridade das intervenções com outros parceiros envolvidos, as Nações<br />
Unidas participarão activamente no Conselho Técnico de Gestão de Calamidades, assim como nos Grupos de<br />
Trabalho de Redução de Riscos de Desastres, de Desminagem e Meio Ambiente no contexto do PARP. A<br />
coordenação da ajuda humanitária será realizada de forma contínua através da Equipa Humanitária do País e da<br />
Abordagem de Grupos de Trabalho temáticos.<br />
2.2. Área Social<br />
Moçambique tem vindo a conhecer nos últimos anos progressos notáveis no acesso aos serviços sociais básicos.<br />
Não obstante este avanço, a qualidade dos serviços sociais tem permanecido fraca e persistem desigualdades<br />
em termos de áreas geográficas, grupos vulneráveis e género havendo igualmente a necessidade de uma<br />
promoção mais agressiva de hábitos de vida saudáveis.<br />
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O PARP 2011-2014 destaca a importância do desenvolvimento humano e social para a redução sustentável da<br />
pobreza e alcance das ODMs e sublinha particularmente as áreas da Educação, Água e Saneamento, HIV e SIDA,<br />
Protecção Social, Habitação, Saúde e Nutrição.<br />
Na área da Saúde, particularmente, Moçambique tem um perfil epidemiológico típico de um país com uma<br />
elevada taxa de crescimento populacional de 2,7 e uma baixa esperança de vida de apenas 51,7 anos (INE, 2009,<br />
2010). As causas imediatas mais comuns da morte e doença são a malária, a tuberculose, o SIDA, as infecções<br />
respiratórias agudas e doenças diarreicas, frequentemente acompanhadas de subnutrição como um factor de<br />
agravamento. Embora o País esteja num bom caminho para atingir as metas dos ODMs de reduzir a<br />
percentagem de baixo peso (para a idade), a desnutrição crónica mantêm-se a níveis elevados na cifra de 46%<br />
(Relatório da Terceira Avaliação da Pobreza).<br />
Esta situação é exacerbada por factores tais como gravidezes precoce, infecções, fracos cuidados de higiene e<br />
baixo consumo de alimentos de qualidade. Um factor importante que contribui para o elevado nível de doenças<br />
relacionadas com a alimentação e a água é o acesso inadequado à água potável e infra-estruturas de<br />
saneamento e higiene. Verificaram-se melhorias no quadro institucional e de políticas ao longo dos últimos anos<br />
no entanto, a cobertura de infra-estruturas de água e saneamento ainda permanecem baixas, particularmente<br />
nas zonas rurais das províncias do norte e centro do país, com apenas 43% da população a ter acesso a água<br />
potável e 19% a saneamento.<br />
A epidemia do HIV é igualmente uma ameaça para o desenvolvimento de Moçambique. Em 2009, 22% do total<br />
de óbitos no País foram devido ao SIDA, sendo esta a segunda causa de morte em crianças menores de 5 anos<br />
depois da malária, e, uma das causas indirectas de mortalidade materna. Moçambique tem também a terceira<br />
maior taxa de mortalidade calculada entre os pacientes de TB-HIV entre os 22 países com elevadas taxas de TB.<br />
Com uma taxa de prevalência de 13,1% entre as mulheres contra 9,2% entre os homens, o HIV afecta de forma<br />
desproporcional as mulheres e as raparigas. Embora a tendência crescente das infecções de HIV tenha diminuído<br />
em anos transactos, revela-se ainda necessário intensificar e expandir as acções de prevenção focalizadas, como<br />
forma de reduzir o número de novas infecções para além de continuar cuidados, tratamento e mitigação em<br />
grande escala para uma reversão sustentável da tendência.<br />
Na área da educação, apesar do aumento da taxa de assiduidade no ensino primário de 81% (MICS, 2008), as<br />
discrepâncias no desempenho da criança na escola persistem tanto nas zonas urbanas como rurais por causa do<br />
aumento do número da população escolar que ainda não é acompanhada pela melhoria da qualidade do ensino.<br />
Por outro lado, a escolarização geral em Moçambique permanece baixa, em 52% (Moçambique MDGR, 2010),<br />
apesar de alguns progressos verificados nos últimos anos. Outros efeitos visíveis de discriminação e<br />
marginalização das mulheres e das raparigas na sociedade são os elevados índices de gravidez precoce na<br />
adolescência (41%, MICS, 2008) que leva as raparigas a desistirem da escola e a elevada prevalência da violência<br />
contra as mulheres, especialmente nas zonas rurais (mais de metade das mulheres Moçambicanas experimentou<br />
algum tipo de violência na sua vida). Isto adiciona-se às elevadas taxas de mortalidade materna, calculadas no<br />
Censo Populacional de 2007, em 500 mortes por 100.000 nados vivos, sendo a maioria das mortes devido a<br />
condições preveníveis e tratáveis. As principais causas têm sido o fraco uso de métodos contraceptivos (12% em<br />
2008) e a baixa cobertura e qualidade das condições de saúde materna.<br />
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As medidas de protecção social podem desempenhar um papel fundamental na garantia da redução da pobreza<br />
e a segurança alimentar, na redução de vulnerabilidades e contribuição para o desenvolvimento social,<br />
particularmente para os indivíduos que não podem ser abrangidos pelas intervenções convencionais do sector.<br />
Com o fim de alcançar mais beneficiários de forma eficaz, há necessidade de expandir a cobertura fiscal,<br />
melhorar a concepção e a implementação dos programas e expandir os programas existentes e novos para<br />
serem mais inclusivos relativamente aos grupos mais vulneráveis.<br />
É nos sectores sociais onde as Nações Unidas se comprometem a alocar uma maior percentagem do seu<br />
financiamento, organizando as suas actividades à volta de dois resultados estratégicos. O primeiro resultado tem<br />
em vista melhorar a capacidade das pessoas responsáveis pela prestação de serviços e o segundo fortalecer a<br />
capacidade dos titulares de direitos para solicitar, terem acesso e usarem os serviços sociais.<br />
No âmbito do primeiro resultado, “Prestação equitativa e de qualidade de serviços sociais essenciais<br />
asseguram o bem-estar aos grupos vulneráveis” (Resultado 4), o enfoque principal será na melhoria das<br />
capacidades das instituições públicas para uma melhor prestação de serviços sociais. Assim almeja-se o<br />
incremento do acesso equitativo e de qualidade à serviços de educação, à água potável, à saúde e nutrição, ao<br />
saneamento, à habitação e à atenção às pessoas vivendo com o HIV. Este enfoque será complementado ao mais<br />
alto nível por acções de advocacia através do aumento de parcerias e envolvimento nos programas sectoriais<br />
para o desenvolvimento, execução e monitoria sistemática das políticas, planos e orçamentos na perspectiva dos<br />
direitos humanos, género e igualdade.<br />
Concretamente, a contribuição das Nações Unidas visa:<br />
• Permitir que autoridades públicas e outros provedores a nível descentralizado prestem serviços de<br />
abastecimento de água e saneamento de qualidade nas zonas rurais e melhorem os assentamentos<br />
informais nas zonas peri-urbanas, enquanto apoiam, em simultâneo, a reforma de políticas e de<br />
mecanismos de implementação participativos e responsáveis a nível central;<br />
• Fortalecer as políticas e os padrões nacionais sobre a aprendizagem na primeira infância, a qualidade do<br />
ensino e a avaliação dos alunos; garantir que existam estratégias nacionais e mecanismos de avaliação<br />
para a formação de candidatos e para professores em exercício incluindo facilitadores de alfabetização.<br />
Estes deverão ser complementados pela promoção de uma abordagem multi-sectorial e abrangente para<br />
a educação e desenvolvimento da primeira infância;<br />
• Melhorar a eficiência e a eficácia dos programas de protecção social como uma ferramenta essencial<br />
para promover o crescimento económico inclusivo;<br />
• Aumentar o retorno do investimento dos programas de protecção social através de melhores sistemas<br />
de gestão e finanças e através de melhores ligações entre os programas de protecção social, segurança<br />
alimentar, a mitigação do impacto do HIV e a Redução dos Riscos de Desastres;<br />
• Melhorar as componentes essenciais do sistema nacional de saúde tais como, recursos humanos,<br />
finanças, gestão de informação, processo de aquisição de produtos médicos e tecnologias;<br />
• Aumentar a cobertura dos pacotes de intervenção específicos para a prevenção, tratamento e cuidados<br />
da malária, tuberculose, HIV e SIDA, doenças neonatais e infantis, doenças emergentes e negligenciadas,<br />
assim como doenças não transmissíveis;<br />
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• Aumentar a disponibilidade de serviços integrados e de qualidade de saúde reprodutiva sensíveis ao<br />
género;<br />
• Permitir a prestação de serviços coordenados de nutrição e segurança alimentar para as crianças mais<br />
vulneráveis e suas famílias tais como, pessoas que vivem infectadas e aquelas afectadas pelo HIV e SIDA,<br />
com o fim de reduzir a malnutrição crónica;<br />
• Melhorar a prestação e a qualidade dos serviços integrados para a prevenção da infecção do HIV em<br />
recém-nascidos, jovens e adultos.<br />
As Nações Unidas irão complementar as suas intervenções a nível nacional e de políticas com actividades de<br />
sensibilização e elevação da consciência das comunidades a nível descentralizado, utilizando a abordagem<br />
baseada na cultura, género e direitos humanos para a programação, tendo em vista atingir o segundo<br />
resultado da área social, “Grupos vulneráveis solicitam, acedem e usam serviços sociais de qualidade e<br />
prestados equitativamente” (Resultado 5). Estas actividades abarcarão várias abordagens incluindo o<br />
engajamento cívico e acções voluntárias a nível comunitário.<br />
Ao empoderar os grupos vulneráveis através de iniciativas de capacitação institucional de longo prazo tendo<br />
em conta a situação dos titulares de direitos e os deveres dos órgãos competentes, o Sistema das Nações<br />
Unidas irá:<br />
• Facilitar a criação de um ambiente favorável a nível municipal, distrital e provincial para garantir o<br />
envolvimento do sector privado e público e melhorar a participação das comunidades na gestão<br />
sustentável das infra-estruturas de água e saneamento;<br />
• Contribuir para a redução do risco de infecção por HIV e de outras doenças sexualmente transmissíveis,<br />
particularmente entre as raparigas e mulheres, promovendo práticas culturais positivas e de mudança de<br />
atitude assim como promovendo ambientes favoráveis à adopção de comportamentos seguros;<br />
• Aumentar o conhecimento e a consciência da população sobre os riscos relacionados com a saúde,<br />
segurança alimentar e riscos de nutrição, reconhecendo a responsabilidade dos usuários na promoção<br />
de estilos de vida saudáveis e o pré-requisito do seu envolvimento no processo de desenvolvimento<br />
social;<br />
• Reduzir as principais barreiras que impedem a utilização de serviços de saúde e nutrição pelos grupos<br />
vulneráveis nas zonas rurais;<br />
• Apoiar os programas integrados de alfabetização e aprendizagem para jovens e mulheres vulneráveis;<br />
• Prestar ajuda complementar e integrada aos grupos vulneráveis que não estão abrangidos pelos<br />
programas de protecção social básica.<br />
De modo a maximizar os resultados do desenvolvimento e garantir a complementaridade com outros parceiros<br />
do sector social, as Nações Unidas maximizarão a utilização de mecanismos de coordenação existentes tais<br />
como, o Conselho Nacional para o Combate ao SIDA (CNCS), o grupo de Parceiros de Apoio Programático (PAPs)<br />
e os vários mecanismos de SWAp, incluindo o ProSAUDE (saúde e nutrição), FASE (educação) e PRONASAR (água<br />
e saneamento).<br />
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2.3. Área da Governação<br />
O PARP 2011-2014 considera a Governação - especificamente, um bom ambiente de negócios, um quadro legal<br />
de qualidade, descentralização e desconcentração das principais funções do Estado e recursos para o nível local,<br />
bem como os sistemas democráticos e o respeito do Estado de Direito – como um "pilar de apoio" ou précondição<br />
para a realização dos seus três objectivos gerais visando reduzir a pobreza e a vulnerabilidade em<br />
Moçambique.<br />
A área de enfoque sobre a governação centra-se especialmente nos sistemas e processos que permitem às<br />
pessoas usufruírem dos seus direitos, tanto a nível nacional como a nível descentralizado seguindo a abordagem<br />
baseada nos direitos humanos adoptada pelo <strong>UNDAF</strong>. É de salientar que em Moçambique registam-se avanços<br />
assinaláveis na área de consolidação da cultura democrática. O País tem realizado com êxito as eleições gerais e<br />
municipais periódicas, tendo também realizado pela primeira vez no ano 2009 eleições a nível provincial. De<br />
modo a incrementar este ganho, as leis eleitorais estão actualmente a ser melhoradas e os hábitos de<br />
participação democrática precisam de ser aprofundados através da educação cívica. Urge também assegurar o<br />
acesso equitativo à justiça, incluindo o fortalecimento das instituições judiciais e enfrentar os desafios<br />
estruturais na administração formal e costumeira da justiça.<br />
Por outro lado, membros da Assembleia da República (Deputados) reconhecem que as funções de supervisão da<br />
Assembleia da República e sua capacidade de formular leis, com consulta ao público ainda precisam ser<br />
fortalecidas apesar de avanços significativos registados.<br />
Uma formulação eficaz de políticas, a monitoria e a programação podem ser melhorados com a utilização de<br />
informação de qualidade, integração sistemática das questões transversais e capacidades institucionais de<br />
planificação e orçamentação mais sólidas, tanto a nível nacional como a nível descentralizado. Ademais, a<br />
qualidade da participação do sector privado e da sociedade civil pode ser melhorada nos processos de<br />
planificação e orçamentação central e descentralizada, através, por exemplo, do aprofundamento dos<br />
mecanismos participativos estabelecidos, como os Observatórios de Desenvolvimento e os Conselhos<br />
Consultivos. As autoridades comunitárias e religiosas também precisam de ser devidamente reconhecidas pela<br />
sua rica diversidade cultural.<br />
Os desafios de ordem estrutural e organizacional das organizações da sociedade civil, tais como o acesso<br />
limitado a informação, a fraca coordenação entre elas e a sua limitada capacidade financeira e de recursos<br />
humanos condicionam o seu efectivo envolvimento no processo de desenvolvimento. Contudo, é fundamental<br />
que as estratégias e os planos a todos os níveis, reflictam completamente as questões fundamentais de<br />
desenvolvimento relacionadas com as necessidades dos grupos vulneráveis, tomem em consideração a<br />
ratificação, aprovação e execução de instrumentos legais e reguladores internacionais e regionais.<br />
A estratégia e a política de descentralização visando reforçar o acesso eficiente e equitativo aos serviços públicos<br />
é considerada uma prioridade nacional. Isto inclui, entre outros, serviços públicos integrados, serviços judiciais,<br />
registo civil, a criação de uma Comissão Nacional de Direitos Humanos que também seja operacional a nível<br />
descentralizado e cuidados integrados às vítimas de violência e de abuso. Embora a prestação dos serviços deva<br />
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ser reforçada, é fundamental que os grupos vulneráveis estejam conscientes dos seus direitos , a fim de serem<br />
capazes de aumentar o seu conhecimento e participar eficazmente nos processos de planificação, orçamentação<br />
e monitoria.<br />
As Nações Unidas irão colaborar com os actores nacionais estatais e não estatais com vista a promover um<br />
funcionamento forte e eficiente do sistema de governação e da transparência dos processos de decisão no<br />
âmbito do "reforço dos sistemas de governação democrática e processos de garantia da equidade, o Estado de<br />
Direito e o respeito dos direitos humanos em todos os níveis" (Resultado 6).<br />
Assim, especificamente, o Sistema das Nações Unidas irá:<br />
• Fortalecer os sistemas de gestão eleitorais e a educação cívica com um enfoque especial nas mulheres;<br />
• Promover a função de supervisão Parlamentar eficaz sobre as finanças públicas e a sua capacidade de<br />
iniciar, recomendar e rever a legislação e facilitar a sua promulgação;<br />
• Contribuir para a melhoria da capacidade institucional dos principais actores nacionais em relação aos<br />
processos nacionais de planificação, orçamentação e de monitoria, com especial atenção para as<br />
questões transversais;<br />
• Apoiar a consolidação do processo de autarcização e os mecanismos de transferência de funções e<br />
competências do Estado para as Autarquias locais;<br />
• Apoiar a recolha, análise e utilização estratégica de dados desagregados, especialmente por idade, sexo<br />
e províncias, para a elaboração de políticas baseadas em evidências, com enfoque na equidade e<br />
inclusão dos grupos vulneráveis;<br />
• Fortalecer o sistema judicial e facilitar o acesso integrado à justiça e ao sector de protecção,<br />
particularmente para as mulheres, incluindo a formação da polícia sobre a violência sexual e violação<br />
baseada no género;<br />
• Advogar para a ratificação e a domesticação dos principais instrumentos internacionais e regionais de<br />
direitos humanos, bem como para a retirada das restrições existentes;<br />
• Apoiar a criação da Comissão Nacional de Direitos Humanos;<br />
• Fortalecer os sistemas nacionais para conceber, financiar, implementar e monitorar uma resposta eficaz<br />
ao HIV abrangendo áreas importantes, tais como HIV e direitos humanos, HIV e género, estigma e<br />
discriminação.<br />
Para a realização do Resultado Estratégico 7 "As Pessoas em Moçambique participam na elaboração e<br />
monitoria de uma agenda de desenvolvimento nacional transparente e equitativa", as Nações Unidas irão<br />
contribuir para uma maior participação da sociedade civil e do sector privado nos processos de desenvolvimento<br />
através do voluntariado e:<br />
• Sensibilizar e mobilizar apoio para o gozo dos direitos humanos por parte das populações vulneráveis,<br />
incluindo os direitos das mulheres e das pessoas vivendo com HIV e SIDA;<br />
• Reforçar o papel da sociedade civil no processo de desenvolvimento através da melhoria dos<br />
mecanismos de participação nos órgãos de governação incluindo a participação no Fórum Nacional do<br />
Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP), nos Conselhos Consultivos e nos Observatórios de<br />
Desenvolvimento;<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
14
• Desenvolver capacidades dos representantes tanto da sociedade civil como do sector privado para uma<br />
participação efectiva na definição e monitoria da agenda de desenvolvimento a todos os níveis;<br />
• Apoiar o estabelecimento de um fórum nacional urbano como uma plataforma de diálogo entre os<br />
vários intervenientes do sector, o Governo e os parceiros de desenvolvimento;<br />
• Apoiar a implementação de estratégias de gestão do conhecimento com enfoque específico na igualdade<br />
de acesso e uso da informação para o desenvolvimento a nível descentralizado e socialmente inclusivo.<br />
O Comité de Conselheiros da Sociedade Civil será um dos principais fóruns de coordenação das intervenções com<br />
a sociedade civil, para além de outros fóruns mais especializados, como por exemplo, o Fórum da Sociedade Civil<br />
para os Direitos Humanos/ da Criança ou o Fórum das Rádios Comunitárias (FORCOM).<br />
O Resultado Estratégico 8, "Governo e sociedade civil prestam serviços coordenados, equitativos e integrados<br />
a nível descentralizado”, está concentrado no fortalecimento da governação local, apoiando o processo de<br />
descentralização como parte integrante do processo de Governação em Moçambique e do Programa da Reforma<br />
do Sector Público.<br />
Especificamente, o Sistema das Nações Unidas irá:<br />
• Apoiar o Governo e a sociedade civil no desenvolvimento das suas capacidades a nível provincial, distrital<br />
e municipal para integrar as questões transversais nos ciclos de planificação económica e social;<br />
• Melhorar os sistemas de informação que contenham dados desagregados por idade, sexo e áreas<br />
geográficas, para uma efectiva planificação, monitoria, avaliação e tomada de decisões a nível provincial<br />
e distrital;<br />
• Apoiar distritos seleccionados a providenciar serviços integrados da polícia, protecção e justiça para as<br />
vítimas de violência e de abuso;<br />
• Fortalecer o sistema de registo civil, tanto a nível central como descentralizado, para aumentar o acesso<br />
aos direitos de cidadania assegurando assim o pleno exercício dos direitos humanos básicos e a<br />
prevenção de apátridas;<br />
• Fortalecer as capacidades do Governo para implementar a política de descentralização e melhorar os<br />
sistemas e estratégias para permitir a sua implementação.<br />
3. ESTIMATIVA DOS RECURSOS NECESSÁRIOS<br />
A contribuição total do Sistema das Nações Unidas, incluindo as agências residentes e não-residentes, para a<br />
implementação do <strong>UNDAF</strong> <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong> em Moçambique está estimada em 739 milhões de USD.<br />
Aproximadamente 56% (414 milhões de USD) do total dos recursos estão previstos para a Área Social, 32% (238<br />
milhões de USD) para a Área Económica e, 12% (87 milhões de USD) para a Área da Governação. Estas<br />
estimativas incluem, tanto fundos regulares assim como outros recursos que as agências irão mobilizar de fontes<br />
externas em conjunto ou individualmente. O/A Coordenador/a Residente apoiará os esforços de mobilização de<br />
recursos das agências através da elaboração de uma estratégia conjunta de mobilização de fundos e pela<br />
instauração de um Fundo Comum.<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
<strong>15</strong>
A tabela a seguir ilustra a distribuição indicativa dos recursos por Resultados Estratégicos do <strong>UNDAF</strong>. A estrutura<br />
detalhada de fundos por agências está incluída na matriz de resultados em anexo e será mais específica e<br />
actualizada anualmente, no Quadro Orçamental Comum do Plano de Acção do <strong>UNDAF</strong>.<br />
Tabela resumo da alocação de recursos financeiros do Sistema das Nações Unidas para os Resultados<br />
Estratégicos do <strong>UNDAF</strong>:<br />
ÁREAS DE<br />
ENFOQUE<br />
ÁREA<br />
ECONÓMICA<br />
ÁREA SOCIAL<br />
ÁREA DE<br />
GOVERNAÇÃO<br />
4. IMPLEMENTAÇÃO<br />
RESULTADOS ESTRATÉGICOS RECURSOS REGULARES<br />
(em milhares de USD)<br />
Resultado 1: Produtividade<br />
do sector primário<br />
Resultado 2: Emprego<br />
decente<br />
Resultado 3: Gestão dos<br />
recursos naturais<br />
Resultado 4: Prestação de<br />
serviços sociais de qualidade<br />
Resultado 5: Uso equitativo<br />
dos serviços sociais<br />
Resultado 6: Sistemas e<br />
processos democráticos<br />
Resultado 7: Participação na<br />
agenda de desenvolvimento<br />
Resultado 8: Prestação de<br />
serviços descentralizados<br />
OUTROS RECURSOS<br />
(em milhares de USD)<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
TOTAL<br />
(milhares USD)<br />
33.597 35.610 69.207<br />
21.169 37.740 58.909<br />
11.207 99.054 110.261<br />
42.625 226.114 268.739<br />
26.447 118.553 145.000<br />
17.392 14.810 32.202<br />
7.390 12.330 19.720<br />
16.230 18.910 35.140<br />
<strong>UNDAF</strong> 176.057 563.121 739.178<br />
O <strong>UNDAF</strong> <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong> será implementado sob a coordenação geral do Comité Directivo do <strong>UNDAF</strong> representado<br />
ao mais alto nível pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC), Ministério da Planificação e<br />
Desenvolvimento (MPD), Ministério da Finanças (MF) e outros Ministérios envolvidos na cooperação com as<br />
Nações Unidas; bem como pelos Chefes de Agências das Nações Unidas. Este comité, co-presidido pelo Ministro<br />
dos Negócios Estrangeiros e Cooperação e pelo/a Coordenador/a Residente das Nações Unidas, será o órgão<br />
mais alto de tomada de decisões e providenciará orientações estratégicas para a operacionalização do <strong>UNDAF</strong>.<br />
O Comité Directivo integrará ainda representantes do Comité de conselheiros da Sociedade Civil e dos Parceiros<br />
de Cooperação com papel observador e consultivo. O papel destes será especificado no Plano de Acção do<br />
<strong>UNDAF</strong>.<br />
A Equipa de Gestão das Nações Unidas no País (UNCT), sob a liderança do/a Coordenador/a Residente das<br />
Nações Unidas, será responsável pela eficiência das suas intervenções e irá dirigir os processos de planificação,<br />
execução e monitoria em conformidade com as recomendações e decisões do Comité Directivo do <strong>UNDAF</strong>; Irá<br />
supervisionar a implementação do <strong>UNDAF</strong> regularmente, discutir e determinar a abordagem de implementação,<br />
16
incluindo o número e tipo de programas conjuntos e identificar as possibilidades de mobilização conjunta de<br />
recursos para todo o programa das Nações Unidas.<br />
Enquanto a implementação das actividades de programação das Nações Unidas será feita por intervenientes<br />
estatais e não estatais com o apoio das agências das Nações Unidas, os Grupos de Resultados de<br />
Desenvolvimento (GRD) servirão como mecanismos operacionais para a coordenação, gestão e monitoria<br />
sectorial das intervenções das Nações Unidas em torno dos produtos e resultados estratégicos do <strong>UNDAF</strong> e<br />
integração do HIV e o SIDA assim como as questões de género em todo programa. Cada GRD será presidido por<br />
um Chefe de Agência que irá apresentar regularmente um relatório à Equipe de Gestão do País das Nações<br />
Unidas.<br />
Os especialistas de M&A nos GRDs irão facilitar a recolha eficaz de dados e a monitoria dos progressos realizados<br />
para o alcance dos resultados do <strong>UNDAF</strong>. A colectividade dos pontos focais de M&A irá constituir o Grupo de<br />
M&A, sob a liderança do Gabinete do/a Coordenador/a Residente. No contexto do <strong>UNDAF</strong>, este grupo será<br />
responsável por (i) elaborar e gerir o Plano de M&A do <strong>UNDAF</strong>, (ii) desenvolver ferramentas de M&A conjuntas,<br />
(iii) gerir e actualizar a base de dados (DevInfo) da M&A do <strong>UNDAF</strong>, e (iv) consolidar o relatório anual do <strong>UNDAF</strong><br />
com base nas contribuições dos diferentes GRDs.<br />
As estruturas do <strong>UNDAF</strong> serão alinhadas aos mecanismos de coordenação do Governo, assim que a arquitectura<br />
da assistência em torno do PARP seja definida. Os detalhes do mecanismo de coordenação, as funções e<br />
responsabilidades das agências e o alinhamento com as estruturas nacionais de coordenação no âmbito do PARP<br />
serão detalhados no Plano de Acção do <strong>UNDAF</strong> e no plano de gestão das Nações Unidas que permitirá<br />
aprofundar ainda mais a abordagem do DaO em Moçambique.<br />
Complementarmente à coordenação das iniciativas de desenvolvimento das Nações Unidas, a ajuda humanitária<br />
será coordenada pela Equipa Humanitária do País (HCT), a nível de supervisão, e através da abordagem de<br />
grupos temáticos baseada nos Grupos intersectoriais de Trabalho Humanitário.<br />
5. MONITORIA E AVALIAÇÃO<br />
O progresso no alcance dos resultados do <strong>UNDAF</strong> será monitorado tanto a nível dos resultados estratégicos<br />
(Outcomes) assim como de produtos (Outputs) com base nos indicadores definidos na Matriz de Resultados<br />
conforme o Plano de M&A, que será elaborado. Para os indicadores de resultados estratégicos, alinhados aos<br />
indicadores nacionais do PARP e/ou planos sectoriais, os dados serão extraídos de fontes nacionais. Visto que<br />
estes dados servem, em primeiro lugar, para medir os resultados nacionais, a contribuição específica das Nações<br />
Unidas só será monitorada a nível de produtos, para o qual os indicadores serão definidos no Plano de Acção do<br />
<strong>UNDAF</strong>. As Nações Unidas vão adicionalmente monitorar indicadores de impacto seleccionados e relacionados<br />
com os ODMs de modo a avaliar o resultado da sua contribuição ao desenvolvimento sócio-económico de<br />
Moçambique.<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
17
A Revisão Anual do <strong>UNDAF</strong>, sob a liderança do Comité Directivo do <strong>UNDAF</strong> servirá como principal mecanismo para a<br />
monitoria e análise do progresso no alcance dos resultados do <strong>UNDAF</strong> e fará igualmente um balanço das lições aprendidas e<br />
das boas práticas<br />
Cada GRD será responsável pela elaboração de relatórios de monitoria com base nos indicadores de produtos<br />
estabelecidos no <strong>UNDAF</strong> e de relatórios do desempenho financeiro da sua respectiva área. Sempre que<br />
necessário, as acções de monitoria a nível dos GRD poderão ser precedidas de revisões não substantivas de<br />
monitoria das agências com encargos mínimos para as próprias agências e para o Governo. A avaliação do<br />
indicador será complementada por uma narrativa analítica sobre o progresso relativo aos resultados esperados,<br />
tendo em conta o grau de desembolso financeiro e integração dos assuntos transversais, tais como HIV e SIDA,<br />
cultura, género e direitos humanos, nas actividades de programação.<br />
Com base nas contribuições dos GRDs, o grupo de M&A irá actualizar a base de dados (DevInfo) das Nações<br />
Unidas, classificar o estágio do progresso das metas anuais dos resultados do <strong>UNDAF</strong> (por exemplo, satisfez,<br />
atrasou, etc.) e preparar um relatório de monitoria anual integrado do <strong>UNDAF</strong>, que represente o documento de<br />
apoio mais importante para a reunião de revisão anual. As posteriores decisões e recomendações do Comité<br />
Directivo do <strong>UNDAF</strong> irão então alimentar o processo de planificação anual seguinte.<br />
Em 2013, as Nações Unidas irão preparar um relatório de progresso mais amplo do <strong>UNDAF</strong>, que irá destacar as<br />
contribuições das Nações Unidas para os resultados nacionais, tal como definido no PARP e no Programa<br />
Quinquenal do Governo e abrangendo o período de implementação do <strong>UNDAF</strong> a partir de <strong>2012</strong>. A monitoria do<br />
<strong>UNDAF</strong> será alinhada na medida do possível aos sistemas nacionais.<br />
Avaliação Externa do <strong>UNDAF</strong><br />
Uma avaliação externa, abrangendo todo o ciclo de programação será realizada no penúltimo ano da<br />
implementação do <strong>UNDAF</strong> (2014), em estreita colaboração com os actores intervenientes a nível nacional. A<br />
avaliação tem como objectivo analisar a relevância, eficiência, eficácia, impacto e sustentabilidade das<br />
contribuições do Sistema das Nações Unidas para as prioridades nacionais. Juntamente com o relatório anual de<br />
progresso do <strong>UNDAF</strong>, as conclusões da avaliação orientarão o exercício da planificação estratégica do Equipa do<br />
UNCT para o subsequente <strong>UNDAF</strong>. O grupo M&A inter-agência será responsável pela preparação técnica e<br />
acompanhamento da avaliação externa.<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
18
ANEX0: Matriz de Resultados do <strong>UNDAF</strong><br />
MATRIZ DE RESULTADOS DO <strong>UNDAF</strong> – NÍVEL DE RESULTADOS ESTRATÉGICOS<br />
Área Económica<br />
Prioridades e Metas de Desenvolvimento Nacional:<br />
- Melhorar/Aumentar o acesso aos insumos agrícolas<br />
- Melhorar o acesso a mercados<br />
- Estimular a criação de empregos e melhorar a empregabilidade dos cidadãos<br />
- Melhorar a gestão sustentável dos recursos naturais<br />
- Melhorar as estratégias de adaptação as mudanças climáticas<br />
Resultados<br />
Estratégicos<br />
RESULTADO 1:<br />
Grupos vulneráveis<br />
(com enfoque para<br />
mulheres)<br />
demandam e<br />
asseguram a<br />
produção e<br />
produtividade no<br />
sector primário de<br />
modo a melhorar a<br />
sua própria<br />
segurança<br />
alimentar<br />
Indicador, Linha de Base, Meta Meios de Verificação Riscos e Pressupostos Intervenientes Orçamento Indicativo em<br />
‘000 USD – TOTAL<br />
1. % da população com insegurança<br />
alimentar e nutricional crónica<br />
[SETSAN-AVC]<br />
LB: 35% (2009)<br />
Meta: 25% (2014)<br />
2. Proporção de mulheres camponesas<br />
/ homens camponeses assistidos por<br />
serviços de extensão pública<br />
incluindo subcontratos<br />
LB: 1: 0,44<br />
Meta: 1: 0,520 (20<strong>15</strong>)<br />
3. Produção de cereais desagregada<br />
por província<br />
Província:<br />
Niassa: 336.252; Cabo Delgado: 270,806<br />
Nampula: 344.247; Zambézia: 524.314<br />
Tete: 312.938; Manica: 366.420<br />
1 Recursos Regulares / Outros Recursos<br />
Análise de<br />
vulnerabilidade crónica<br />
(AVC) – relatórios<br />
anuais SETSAN e CFSAM<br />
(2009 e 2013)<br />
Relatórios do Ministério<br />
de Agricultura<br />
Relatório da campanha<br />
agrícola do MINAG<br />
2009/10, 2014<br />
Pressupostos:<br />
- Condições climáticas favoráveis<br />
ao sector agrário<br />
- Governo continua com<br />
segurança alimentar e nutrição<br />
como prioridade<br />
- Politicas favoráveis para<br />
participação de mulheres na<br />
agricultura<br />
- O Governo continua a<br />
implementar a legislação,<br />
estratégias e outros<br />
instrumentos para promoção da<br />
pesca artesanal<br />
- Financiamento disponível para o<br />
sector produtivo<br />
Riscos:<br />
- Desastres naturais (cheias<br />
MIC<br />
MINAG<br />
MP<br />
SETSAN<br />
INGC<br />
ProAgri<br />
Parceiros de<br />
Desenvolvimento<br />
(RR/OR) 1<br />
UNESCO: 982 (447/535)<br />
UNIDO: 650 (0/650)<br />
PMA : 2055 (0/2055)<br />
IFAD: 27550 (27550/0)<br />
FAO: 34250 (3350/30900)<br />
FNUAP: 1270 (600/670)<br />
ACNUR: 850 (550/300)<br />
UNWOMEN : 100 (0/100)<br />
PNUD: 1000 (600/400)<br />
UNCDF: 500 (500/0)
Resultados<br />
Estratégicos<br />
RESULTADO 2:<br />
Grupos vulneráveis<br />
acedem a novas<br />
oportunidades<br />
para o aumento de<br />
rendimentos e<br />
melhoria das<br />
condições de vida,<br />
com enfoque<br />
especial no<br />
emprego digno<br />
Indicador, Linha de Base, Meta Meios de Verificação Riscos e Pressupostos Intervenientes Orçamento Indicativo em<br />
‘000 USD – TOTAL<br />
(RR/OR) 1<br />
Sofala: <strong>15</strong>8.201; Inhambane: 99.067<br />
Gaza: 144.565; Maputo: 60.122<br />
LB: 2,616,934 tons (2008 – 2009)<br />
Meta: 3500 (20<strong>15</strong>)<br />
4. Produção de pescado nacional<br />
proveniente da pesca artesanal<br />
LB: 125.000 tons (2008)<br />
Meta: <strong>15</strong>1.250 tons<br />
1. Proporção dos bens duráveis de<br />
mulheres em relação aos homens -<br />
famílias chefiadas por mulheres<br />
LB: 31% mulheres; 69% homens<br />
Meta: 2<br />
2. No. de incubadoras e centros de<br />
transferência de conhecimento<br />
LB: Actualmente não existe. Estão em<br />
processo de instalação dois centros em<br />
Chókwé e Boane.<br />
Meta: 3 incubadoras e 3 centros de<br />
transferência de conhecimento até<br />
20<strong>15</strong><br />
2 Considerar meta do PARP após sua aprovação<br />
Relatórios anuais de<br />
IDPPE, CHS, PDM, e IIP<br />
IOF 2009 e 2014<br />
Relatórios Anuais do<br />
IPEME aprovados pelo<br />
MIC<br />
Pressupostos:<br />
- Politicas favoráveis ao<br />
desenvolvimento e expansão de<br />
pequenas e médias+ empresas<br />
- IPEME – empreendedorismo<br />
feminino e juvenil reduzirá o<br />
desequilíbrio de género na<br />
posse de bens duráveis<br />
- IPI – Operacionalização do<br />
sistema dos indicadores<br />
geográficos com o objectivo de<br />
agregar valores de produtos<br />
agrários, pecuários e pesqueiro<br />
para aumento da renda para a<br />
população local<br />
- Compromisso do Governo de<br />
criar ambiente favorável ao<br />
MIC (IPEME,<br />
INNOQ, IPEX, IPI,<br />
DASP)<br />
MITRAB (INEFP)<br />
MPD (CPI)<br />
MMAS<br />
M. Cultura<br />
CTA<br />
OTM<br />
CONSILMO<br />
Sociedade Civil<br />
Sector Privado<br />
Municípios<br />
Parceiros de<br />
Desenvolvimento<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
UNESCO: 1265 (565/700)<br />
PNUD: 11700 (2800/8900)<br />
ILO: 5000 (50/4950)<br />
UNIDO: 8604 (0/8604)<br />
PMA : 4980 (0/4980)<br />
IFAD: 13900 (13900/0)<br />
FAO: 2650 (250/2400)<br />
FNUAP: 1000 (300/700)<br />
UNICEF: 2300<br />
(1600/1300)<br />
UNCDF: 3600 (0/2000)<br />
OIM: 240 (0/240)<br />
ACNUR: 1290 (640/650)<br />
UN-WOMEN : 100 (0/100)<br />
UNCTAD: 900 (<strong>15</strong>0/750)<br />
ITC: 1380 (64/1316)<br />
20
Resultados<br />
Estratégicos<br />
RESULTADO 3:<br />
Gestão efectiva e<br />
sustentável dos<br />
recursos naturais e<br />
redução de riscos<br />
de desastres<br />
beneficiam toda a<br />
população em<br />
Moçambique,<br />
particularmente as<br />
Indicador, Linha de Base, Meta Meios de Verificação Riscos e Pressupostos Intervenientes Orçamento Indicativo em<br />
‘000 USD – TOTAL<br />
3. No. de jovens e mulheres que<br />
acedem ao emprego após a<br />
formação profissional<br />
LB: 101.726 (formados em 2009)<br />
Meta: 100.000 p/ano<br />
4. No. de Centros de Mediação e<br />
Arbitragem Laboral<br />
operacionalizados a nível nacional<br />
LB: 0 (2009)<br />
Meta: Operacionalizar Centros de<br />
Mediação e Arbitragem Laboral em<br />
todas as províncias<br />
5. Total da população rural com acesso<br />
aos serviços micro financeiros<br />
LB: total 200.000<br />
Meta: total 310.000<br />
1. No. de comunidades vulneráveis,<br />
com capacidades reforçadas para<br />
adaptação às mudanças climáticas<br />
LB: 2 projectos em curso (Guija e<br />
Chicualacuala) em 2009<br />
Meta: 200 comunidades (2014)<br />
2. No. de localidades implementando<br />
instrumentos de ordenamento de<br />
território 3<br />
Relatórios de monitoria<br />
do MAE (DNPDR), FARE<br />
Visitas de auscultação<br />
nas empresas,<br />
mediando o problema<br />
até a sua conclusão<br />
Relatórios do MPD -<br />
FARE<br />
Relatórios anuais do<br />
INGC; Estudo sobre<br />
mudanças climáticas<br />
pelo INGC; Relatórios de<br />
balanço do PES e<br />
PESOD; Relatório do<br />
VAC/SETSAN<br />
MICOA/INE – CDA 2010<br />
Pressupostos:<br />
- O compromisso político e<br />
financeiro para DRR-AMC das<br />
contrapartes nacionais e<br />
internacionais<br />
- Existência de uma estratégia<br />
clara que coordenem<br />
intervenções multissectoriais<br />
- Continuação da implementação<br />
dos PESOP e PESOD<br />
- Todas as áreas minadas<br />
INGC, CTGC<br />
INE<br />
MICOA<br />
MPD<br />
MMAS<br />
HCT<br />
MINAG<br />
MOPH<br />
Governos<br />
provinciais<br />
Administração<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
(RR/OR) 1<br />
UNESCO: 877 (282/595)<br />
UNIDO: 4429 (0/4429)<br />
PMA : 42400 (0/42400)<br />
FAO: 6575 (665/5910)<br />
FNUAP: 310 (100/210)<br />
UNICEF: 600 (0/600)<br />
OIM: 2300 (0/2300)<br />
ACNUR: 800 (0/800)<br />
UNWOMEN:1200<br />
(350/850)<br />
PNUD: 35160<br />
21
Resultados<br />
Estratégicos<br />
Indicador, Linha de Base, Meta Meios de Verificação Riscos e Pressupostos Intervenientes Orçamento Indicativo em<br />
‘000 USD – TOTAL<br />
(RR/OR) 1<br />
LB: 40 distritos (2010)<br />
Meta: 88 distritos (20<strong>15</strong>)<br />
3. No. de distritos classificados como<br />
estando livres de minas para uso e<br />
aproveitamento da terra<br />
LB: 40 distritos (2010)<br />
Meta: 128 distritos (2014)<br />
4. % de sectores com respostas<br />
específicas sobre necessidades de<br />
mulheres, raparigas, homens e<br />
rapazes no plano de contingência<br />
LB: 25%<br />
Meta: 80%<br />
3 Instrumentos: PDUT, PEU, PP, PRB e PEDD.<br />
Relatórios anuais do<br />
IND<br />
Planos de contingência<br />
anuais (INGC)<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
22
MATRIZ DE RESULTADOS DO <strong>UNDAF</strong> – NÍVEL DE RESULTADOS ESTRATÉGICOS<br />
Área Social<br />
Prioridades e Metas de Desenvolvimento Nacional:<br />
- Melhorar a qualidade de serviços e reduzir desigualidades<br />
- Integrar intervenções para os mais vulneráveis e liga-los a criação de emprego<br />
- Melhorar os serviços e infra-estruturas sociais com vista a promover o desenvolvimento sócio-económico e criar um ambiente conducivo a produção<br />
Resultados<br />
Estratégicos<br />
RESULTADO 4:<br />
Provisão<br />
equitativa de<br />
serviços de<br />
qualidade<br />
asseguram a<br />
melhoria das<br />
condições de<br />
vida de todos<br />
os grupos<br />
vulneráveis 5<br />
Indicador, Linha de Base, Meta Meios de Verificação Riscos e Pressupostos Intervenientes Orçamento Indicativo em<br />
‘000 USD – TOTAL (RR/OR) 4<br />
1. Taxa de desnutrição crónica em<br />
menores de 5 anos desagregada por<br />
sexo, província, rural/Urbano<br />
(abaixo menos 2 DP 6 )<br />
Província:<br />
Niassa: 45.5%; Cabo Delgado: 55.7%<br />
Nampula: 50,6%; Zambézia: 45.8%<br />
Tete: 48%; Manica: 48.3%<br />
Sofala: 40.5%; Inhambane: 34.5%<br />
Gaza: 34.2%; Maputo Província: 28%<br />
Maputo Cidade: 24.9%<br />
LB: Feminino: 40.7%; Masculino: 46.8%<br />
Rural: 47.3%; Urbano: 34.7%<br />
Media nacional: 44% (MICS)<br />
Meta: 30 % de monos de 5 anos<br />
4 Recursos Regulares / Outros Recursos<br />
INE, MICS Pressupostos:<br />
- Coordenação eficaz dos<br />
actores aos níveis centrais<br />
e provinciais<br />
- Liderança / envolvimento<br />
comunitário adequado<br />
para apoiar a<br />
implementação dos<br />
programas no sector<br />
social<br />
- Intervenção e estratégia<br />
efectiva para a mudança<br />
salutar de<br />
comportamento<br />
sociocultural<br />
-<br />
INE<br />
MISAU<br />
MINED<br />
MINEC<br />
MMAS<br />
MOPH<br />
MPD<br />
CNCS<br />
MINAG (SETSAN)<br />
MIC<br />
MTC<br />
MJD<br />
MITRAB<br />
GABINFO<br />
Institutos<br />
académicos e de<br />
formação<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
UNICEF: 114800 (31600/83200)<br />
UN-HABITAT: 3000 (0/3000)<br />
OMS: 33861 (3230/30631)<br />
FNUAP: 38492 (4000/34492)<br />
ONUSIDA: 1000 (0/1000)<br />
ACNUR: 2366 (1765/601)<br />
OIM: 1740 (0/1740)<br />
FAO: 5<strong>15</strong>0 (500/4650)<br />
PMA : 60400 (0/60400)<br />
OIT: 2850 (0/2850)<br />
UNESCO: 5080 (<strong>15</strong>30/3550)<br />
5 Serviços Sociais Essenciais: incluindo serviços nas áreas da saúde, nutrição, educação, HIV e SIDA, habitação, segurança, cidadania/identidade, justiça e bem-estar<br />
social.<br />
6 Nível de malnutrição crónica<br />
23
2. % da população com (a) acesso a<br />
água potável e (b) acesso ao<br />
saneamento adequado<br />
rural/urbano<br />
LB: (a) Rural: 54%; Urbano: 60% (2009)<br />
(b) Rural: 40%; Urbano: 47% (2009)<br />
Meta: (a) Rural: 70%; Urbano:<br />
70%(20<strong>15</strong>)<br />
(b) Rural: 50%; Urbano: 80%<br />
(20<strong>15</strong>)<br />
3. % de agregados familiares vivendo<br />
em situação de pobreza<br />
beneficiando dos programas de<br />
protecção social básica<br />
LB: total 8.3%<br />
Meta: total 36.5%<br />
4. Taxa de analfabetismo<br />
LB: Total: 48%; Mulheres: 63% (2009);<br />
Meta: Total: 30%; Mulheres: 40%<br />
(2014)<br />
5. No. de pessoas vivendo com HIV<br />
elegíveis para o tratamento que<br />
recebem TARV segundo os<br />
protocolos nacionais, desagregado<br />
por idade, sexo e província<br />
Província:<br />
Niassa: 4.651; Cabo Delgado: 9.045<br />
Nampula: 10.540; Zambézia: 19.967<br />
Tete: 13.288; Manica: 14.347<br />
Sofala: 20.428; Inhambane: 9.651<br />
Gaza: 26.755; Maputo Província:<br />
27.910<br />
Maputo Cidade: 47.181<br />
LB: Total: 203.763; Adultos: 187.578;<br />
Balanço do PES,<br />
Relatório da DNA,<br />
PENAR<br />
Balanço do PES<br />
Estatísticas do MINED<br />
MISAU, programa<br />
HIV/SIDA, Balanço do<br />
PES<br />
Organizações da<br />
Sociedade Civil<br />
Parceiros de<br />
Desenvolvimento<br />
Sector privado<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
24
Feminino: 66.431; Masculino: 121.147;<br />
Crianças 16.185<br />
Meta: Adultos: 280.000; Feminino:<br />
227,616; Masculino: 132.641; Crianças:<br />
40,000<br />
6. % de testagens voluntárias para o<br />
HIV, desagregada por sexo, idade,<br />
urbano/rural e província<br />
LB: Total Homens <strong>15</strong>-49 anos: 8.5%<br />
Total Mulheres <strong>15</strong>-49 anos: <strong>15</strong>.6%<br />
Homens / Mulheres <strong>15</strong>-49 anos p/<br />
província:<br />
Niassa: 4.7% / 12.2%<br />
Cabo Delgado: 3.7% / 8.3%<br />
Nampula: 3.8% / 10.3%<br />
Zambézia: 5.6% / 7.0%<br />
Tete: 9.8% / 33.1%<br />
Manica: 10.2% / 22.7%<br />
Sofala: 13.2% / 20.7%<br />
Inhambane: 14.3% / 18.9%<br />
Gaza: 9.8%; 26.1%<br />
Maputo Província: 16.9% / 24.2%<br />
Maputo Cidade: 23.2% / 32.7%<br />
Urbano: <strong>15</strong>.9% / 25.3%<br />
Rural: 5.1% / 13.2%<br />
LB: Total Homens <strong>15</strong>-24 anos: 10.1%<br />
Total Mulheres <strong>15</strong>-24 anos: 22.8%<br />
Homens / Mulheres <strong>15</strong>-24 anos p/<br />
província: Niassa: 8.7% / 19.2%<br />
Cabo Delgado: 2.3% / 14.2%<br />
Nampula: 8.1% / 16.6%<br />
Zambézia: 7.0% / 10.5%<br />
Tete: 12.5% / 44.5%<br />
Manica: 11.5% / 24.8%<br />
Sofala: 13.5% / 26.6%<br />
Inhambane: 18.0% / 27.7%<br />
INSIDA, Relatórios de<br />
MISAU<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
25
Gaza: 9.1% / 30.3%<br />
Maputo Província: 10.7% / 29.3%<br />
Maputo Cidade: 19.3% / 35.0%<br />
Urbano: 16.7% / 31.9%<br />
Rural: 5.1% / 17.5%<br />
Meta: 30% para homens e mulheres de<br />
<strong>15</strong>-49 anos; 40% para homens e<br />
mulheres<br />
7. No. de testagens voluntárias para<br />
o HIV, desagregada por sexo, idade<br />
e província<br />
Província:<br />
Niassa: 39.489; Cabo Delgado: 6.713<br />
Nampula: 33.138; Tete: 53.692<br />
Zambézia: 70.585; Sofala: 114.179<br />
Manica: 109.248; Inhambane: 24.281<br />
Gaza: 35.263; Maputo Província:<br />
61.257<br />
Maputo Cidade: 40.868<br />
LB: Total: 529.922; Feminino: 312.654;<br />
Masculino: 217.268<br />
Idade:<br />
<strong>15</strong> a 19 anos: 92.973<br />
20 a 24 anos: 130.645<br />
25 to 29 anos: 126.468<br />
30 to 49 anos: 141.229<br />
Meta: (depende da análise final dos<br />
dados do INSIDA)<br />
Idade:<br />
<strong>15</strong> to 19 anos:<br />
20 to 24 anos:<br />
8. Taxa de cobertura de partos<br />
institucionais, desagregada por<br />
província e rural/urbano<br />
Província:<br />
Niassa: 74.6%; Cabo Delgado: 45.2%<br />
Relatórios de MISAU<br />
SIS (total e por<br />
província); IDS, MICS<br />
(rural, urbano)<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
26
RESULTADO 5:<br />
Grupos<br />
vulneráveis<br />
demandam,<br />
acedem e usam<br />
serviços sociais<br />
de qualidade e<br />
Nampula: 61.6%; Tete: 49.2%<br />
Zambézia: 39.8%; Sofala: 64.4%<br />
Manica: 56.5%; Inhambane: 61.6%<br />
Gaza: 68.9%; Maputo Província: 75.3%<br />
Maputo Cidade: 92.9%<br />
Rural: 49%; Urbano: 80.6% (2009)<br />
LB: total 55%<br />
Meta: total 66% (20<strong>15</strong>)<br />
9. % da população com insegurança<br />
alimentar crónica severa que<br />
beneficiou de serviços básicos de<br />
assistência alimentar e insumos<br />
agrícolas<br />
LB: 40% (2009)<br />
Meta: 75% (2014)<br />
10. % de mulheres e crianças vítimas<br />
de violência que beneficiam de<br />
pelo menos 3 serviços de<br />
atendimento integrados<br />
LB: 0% (2010)<br />
Meta: 25% (20<strong>15</strong>)<br />
11. % de distritos com Conselhos de<br />
Saúde funcionais<br />
LB: 16 distritos com Conselhos de<br />
Saúde(11% dos distritos )<br />
Meta: 64 distritos com Conselhos de<br />
Saúde (50% dos distritos) 2014<br />
1. % da população que usa (a) fontes<br />
seguras de água e (b) infraestruturas<br />
de saneamento<br />
adequadas nas zonas rurais e<br />
urbanas<br />
a) LB: Total: 43%; Urbano: 69.9%;<br />
Rural: 29.9%<br />
CFSVA – SETSAN<br />
Relatórios do MMAS<br />
Relatório do MISAU<br />
MISAU, MICS<br />
Balanço do PES<br />
Inquéritos do INE<br />
Estudo de Base do<br />
PRONASAR<br />
Pressupostos:<br />
- Intervenções usando<br />
mudança de<br />
comportamento socioculturalmente<br />
apropriadas<br />
- Coordenação eficaz dos<br />
actores aos níveis centrais<br />
INE<br />
MISAU<br />
MINED<br />
MINEC<br />
MMAS<br />
MOPH<br />
MPD<br />
CNCS<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
UNICEF: 70500 (12200/58300)<br />
UN-HABITAT: 2000 (0/2000)<br />
OMS: 6893 (280/6613)<br />
FNUAP: 13900 (3800/10100)<br />
ONUSIDA: 11000 (4000/7000)<br />
ACNUR: 6892 (5232/1660)<br />
OIM: 680 (0/680)<br />
PMA : 29600 (0/29600)<br />
27
prestados com<br />
equidade<br />
Província:<br />
Niassa: 44.1%; Cabo Delgado: 29.9%<br />
Nampula: 43.1%; Zambézia: 23.6%<br />
Tete: 34.2%; Manica: 32.0%<br />
Sofala: 48%; Inhambane: 34.9%<br />
Gaza: 60.7%; Maputo Província: 67.7%<br />
Maputo Cidade: 94.3%<br />
b) LB: Total: 19.3%; Urbano: 47.1%;<br />
Rural: 5.8%<br />
Província:<br />
Niassa: <strong>15</strong>.4%; Cabo Delgado: 5,6%<br />
Nampula: <strong>15</strong>,2%; Zambézia: 7,6%<br />
Tete: 3.4%; Manica: 14.2%<br />
Sofala: 22%; Inhambane: <strong>15</strong>.5%<br />
Gaza: 23.8%; Maputo Província: 47.2%<br />
Maputo Cidade: 84.6%<br />
Meta: (a) Rural: 58%; Urbano: 78%<br />
(20<strong>15</strong>);<br />
(b) Rural: 45%; Urbano: 63%<br />
(20<strong>15</strong>)<br />
2. % de adolescentes e jovens de <strong>15</strong>-<br />
24 anos de idade que já tiveram<br />
mais de um parceiro sexual nos<br />
passados 12 meses e que<br />
reportaram o uso de preservativo<br />
durante a sua última relação<br />
desagregados por sexo, e<br />
rural/urbano<br />
LB: Total 44% (2008)<br />
Mulheres: 32.4%; Homens: 37.2%<br />
Mulheres rurais: 14.9%; Mulheres<br />
urbanas: 34.9%<br />
Homens rurais: 7.6%; Homens<br />
Urbanos: 43%<br />
Meta: Total 60% para homens e<br />
mulheres<br />
INSIDA, Relatório do<br />
MISAU<br />
e provinciais<br />
- Liderança / Envolvimento<br />
comunitário adequado<br />
para apoiar a<br />
implementação do<br />
programa<br />
- Afectação suficiente do<br />
Orçamento do Estado ao<br />
sector da saúde<br />
MINAG (SETSAN)<br />
MIC<br />
MTC<br />
MJD<br />
MITRAB<br />
GABINFO<br />
Institutos<br />
académicos e de<br />
formação<br />
Organizações da<br />
Sociedade Civil<br />
Parceiros de<br />
Desenvolvimento<br />
Sector privado<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
OIT: 700 (0/700)<br />
UNESCO: 2635 (935/1700)<br />
UNV: 200 (0/200)<br />
28
3. % de crianças menos 5 anos de<br />
idade que dormem sob protecção<br />
de REMTLD, desagregado por<br />
província e rural/urbano<br />
Província:<br />
Niassa: 17.0%; Cabo Delgado: 33.0%<br />
Nampula: 33.5%; Zambézia: 22.6%<br />
Tete: 14.5%; Manica: 14.9%<br />
Sofala: 29.7%; Inhambane: 22.1%<br />
Gaza: 9.9%; Maputo Província: 8.5%<br />
Maputo Cidade: <strong>15</strong>.5%<br />
LB: total 23% (2008); Rural: 21.8%;<br />
Urbano 25.4%<br />
Meta: total 40% para urbano e rural<br />
4. % de raparigas matriculadas na<br />
escola primária na idade apropriada<br />
(6 anos)<br />
LB: 68.8% (2010)<br />
Meta: 81%<br />
5. No. de crianças órfãs e vulneráveis,<br />
que acedem a um mínimo de 3 dos<br />
6 serviços sociais básicos (como<br />
definido no PACOV), desagregadas<br />
por província<br />
Província:<br />
Cabo Delgado: 1.766; Niassa: 694<br />
Nampula: 27.<strong>15</strong>4; Zambézia: 71,259<br />
Tete: 10.367; Manica: 41,432<br />
Sofala: 50.914; Inhambane: 30,000<br />
Gaza: 33.022; Maputo: 3.019<br />
Maputo Cidade: 11.680<br />
LB: total 281.307 (2009) Meta: total<br />
518.854 (20<strong>15</strong>)<br />
MICS, Relatório do<br />
MISAU<br />
Dados de MINED<br />
Balanço do PES<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
29
Resultados<br />
Estratégicos<br />
RESULTADO 6:<br />
Sistemas e<br />
processos<br />
democráticos de<br />
governação<br />
reforçados,<br />
garantem a<br />
equidade, o<br />
respeito pelo<br />
Estado de<br />
Direito e os<br />
Direitos<br />
Humanos a<br />
todos os níveis<br />
Indicador, Linha de Base, Meta Meios de Verificação Riscos e Pressupostos Intervenientes Orçamento Indicativo em<br />
‘000 USD – TOTAL (RR/OR) 7<br />
1. No. de pessoas atendidas nos Gabinetes<br />
de Atendimento da Mulher e Criança<br />
vítimas de violência<br />
LB: 19.965 (2009)<br />
• Mulheres – 13.583<br />
• Crianças – 3.590<br />
• Homens – 2.792<br />
Meta: 30.000 (2014)<br />
2. % de distritos abrangidos pela<br />
institucionalização da Educação Cívica<br />
Eleitoral Permanente<br />
LB: 4% - Projectos-piloto implementados nos<br />
distritos de Manhiça, Magude, Moamba,<br />
Morrumbala e Milange<br />
Meta: 65% distritos ou seja 83 distritos<br />
(20<strong>15</strong>)<br />
7 Recursos Regulares / Outros Recursos<br />
MATRIZ DE RESULTADOS DO <strong>UNDAF</strong> – NÍVEL DE RESULTADOS ESTRATÉGICOS<br />
Área da Governação<br />
Prioridades e Metas de Desenvolvimento Nacional:<br />
- Melhorar o acesso e qualidade de prestação de serviços públicos aos cidadãos a todos níveis<br />
- Combate a corrupção em instituições públicas<br />
- Consolidar o estado democrático e de direito<br />
- Melhorar a coordenação da resposta ao HIV&AIDS e equidade do gênero<br />
- Descentralização e governação local<br />
Relatórios da Polícia<br />
Relatórios de CNE e<br />
STAE<br />
Pressupostos:<br />
- Consciencialização social sobre a<br />
necessidade de denunciar a<br />
violência contra a Mulher e a<br />
Criança<br />
- Revisão de legislação eleitoral<br />
deverá tomar em consideração<br />
as recomendações da missão de<br />
observação eleitoral<br />
internacional e da sociedade civil<br />
- A nova lei eleitoral assegura a<br />
inclusão de todas as forcas<br />
políticas no processo eleitoral<br />
- A qualidade do funcionamento<br />
das assembleias nacionais e<br />
provinciais<br />
- Aprovação e implementação da<br />
política de descentralização<br />
- Espaço na agenda de trabalhos<br />
MINT<br />
MMAS<br />
STAE<br />
Assembleias<br />
Provinciais e<br />
Municipais<br />
MITRAB<br />
INE<br />
Sociedade Civil<br />
Parceiros de<br />
desenvolvime<br />
nto<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
PNUD: 16500 (8450/8050)<br />
UNWOMEN: 1200 (300/900)<br />
ACNUR: 3180 (1980/1200)<br />
OIM: 1000 (0/1000)<br />
UNICEF: 7100 (5500/1600)<br />
FNUAP: 1250 (400/850)<br />
FAO: 780 (80/700)<br />
OIT: 400 (400/0)<br />
UNESCO: 792 (282/510)<br />
30
Resultados<br />
Estratégicos<br />
Indicador, Linha de Base, Meta Meios de Verificação Riscos e Pressupostos Intervenientes Orçamento Indicativo em<br />
‘000 USD – TOTAL (RR/OR) 7<br />
3. % de Orçamento Nacional alocado às<br />
províncias e aos distritos<br />
LB: 24% (2010) para províncias; 5,2% para<br />
distritos<br />
Meta: 29% para províncias; 6% para distritos<br />
4. No. de levantamentos estatísticos<br />
governamentais contendo dados<br />
desagregados em termos de sexo, idade, e<br />
com cobertura nacional, provincial, e distrital,<br />
com impacto demonstrativo sobre os PESODs<br />
publicamente disponível 8<br />
LB: 1 (2009)<br />
Meta: 6 (20<strong>15</strong>)<br />
5. No. de instrumentos legais internacionais<br />
e regionais ratificados sendo<br />
implementados<br />
LB: 18 (2009)<br />
Meta: 3 (2014)<br />
Orçamento Geral do<br />
Estado<br />
Relatórios de MPD,<br />
INE e sectores<br />
Relatórios do MARP/<br />
Assembleia da<br />
Republica<br />
8 Inquérito demográfico e de saúde; inquérito a força de trabalho; inquérito ao orçamento familiar; inquérito de indicadores básicos de bem-estar; estatísticas<br />
territoriais; comércio externo<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
31
Resultados<br />
Estratégicos<br />
RESULTADO 7:<br />
População em<br />
Moçambique<br />
participa na<br />
formulação e<br />
monitoria de<br />
uma agenda<br />
nacional de<br />
desenvolviment<br />
o transparente e<br />
equitativa<br />
Indicador, Linha de Base, Meta Meios de Verificação Riscos e Pressupostos Intervenientes Orçamento Indicativo em<br />
‘000 USD – TOTAL (RR/OR) 7<br />
1. No. de Conselhos Locais que funcionam<br />
de acordo com as normas estabelecidas 9<br />
LB: 7 distritos (2010)<br />
Meta: 50 distritos<br />
2. No. de Observatórios de<br />
Desenvolvimento (OD) que tem uma<br />
posição comum da sociedade civil<br />
LB: 1 (2009)<br />
Meta: 11 (2014)<br />
3. % de iniciativas de elaboração ou revisão<br />
de leis com participação demonstrada da<br />
sociedade civil<br />
LB: por estabelecer no ano <strong>2012</strong><br />
Meta: por estabelecer no ano <strong>2012</strong><br />
4. Combate a corrupção reforçado pelo<br />
sector da Justiça (no. de processos) 10<br />
LB: Processos instituídos 623; acusados 178;<br />
abstidos/arquivados 102; julgados 43. Os<br />
restantes, em instrução preparatória (2009)<br />
Meta: 11<br />
Relatórios de<br />
Conselhos<br />
Consultivos e<br />
Observatórios de<br />
Desenvolvimento<br />
Balanço do PES<br />
Relatórios dos<br />
Observatórios de<br />
Desenvolvimento e<br />
Organizações da<br />
Sociedade Civil<br />
Relatórios da<br />
Assembleia da<br />
República<br />
Relatório da<br />
Procuradoria da<br />
República<br />
Pressupostos:<br />
- Aprovação e implementação da<br />
política de descentralização<br />
- Compromisso dos Governos<br />
Provinciais para organizar a<br />
sociedade civil com base no<br />
Guião dos ODs<br />
- Participação efectiva da<br />
sociedade civil nos ODs<br />
- Compromisso do governo e da<br />
Assembleia para discussão com<br />
sociedade civil a elaboração e<br />
revisão de leis<br />
- Implementação do plano e da<br />
estratégia de combate de<br />
corrupção nos prazos previstos<br />
- Continuação de implementação<br />
da plataforma de Beijing<br />
- Continuação do compromisso do<br />
governo para a implementação<br />
do protocolo da SADC sobre<br />
género e desenvolvimento.<br />
9 Normas estabelecidas são definidas pelo LOLE e seu regulamento (incluindo género, frequência dos encontros etc.)<br />
Conselhos<br />
locais<br />
Observatórios<br />
de<br />
Desenvolvime<br />
nto<br />
Secretariado<br />
do MARP<br />
Sociedade Civil<br />
MPD<br />
MAE<br />
CNCS<br />
Parceiros de<br />
desenvolvime<br />
nto<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
PNUD: 3000 (2000/1000)<br />
ACNUR: 890 (330/560)<br />
UNICEF: 10200 (3500/6700)<br />
FNUAP: 2550 (<strong>15</strong>00/1050)<br />
OIT: <strong>15</strong>0 (0/<strong>15</strong>0)<br />
UNESCO: 1730 (360/1370)<br />
UNWOMEN : 200 (0/200)<br />
UNHABITAT: 1000 (0/1000)<br />
UNV: 300 (0/300)<br />
32
Resultados<br />
Estratégicos<br />
RESULTADO 8:<br />
Governo e<br />
Sociedade Civil<br />
prestam serviços<br />
integrados,<br />
coordenados e<br />
equitativos a<br />
nível<br />
descentralizado<br />
Indicador, Linha de Base, Meta Meios de Verificação Riscos e Pressupostos Intervenientes Orçamento Indicativo em<br />
‘000 USD – TOTAL (RR/OR) 7<br />
5. % de mulheres membros do Parlamento,<br />
Ministras, Vice-Ministras, Governadoras,<br />
Secretarias Permanentes dos Ministérios e<br />
das províncias, Administradoras distritais,<br />
Chefes dos postos administrativos,<br />
Secretários Permanentes Distritais, Chefes<br />
de Localidades e Directoras provinciais<br />
LB: Parlamento: 39,2% (2010); Ministros:<br />
28,5% (2010); Vice-Ministras: 19% (2010);<br />
Governadoras: 27,2% (2010); Secretarias<br />
Permanentes dos Ministérios: 24% (2010); SP<br />
das Províncias: 45,5% (2008);<br />
Administradoras distritais: 20,3% (2008);<br />
Chefes dos Postos Administrativos: 11%<br />
(2008); Directoras provinciais: 20,7%<br />
Meta: 50% a todos os níveis<br />
1. Aumento do grau de satisfação dos<br />
utentes dos serviços públicos (taxa de<br />
acesso e qualidade de serviços)<br />
LB: 81% e 60% (2009)<br />
Meta: 90% e 75% (2010)<br />
2. No. de distritos com relatórios de<br />
balanço do PES que apresentam assuntos<br />
transversais (Cultura, Género, Direitos<br />
Humanos, Desminagem , HIV e o SIDA)<br />
LB: 0 (2010)<br />
Relatório da<br />
Assembleia da<br />
República e<br />
resultados das<br />
eleições<br />
Relatórios do<br />
Objectivos de<br />
Desenvolvimento do<br />
Milénio<br />
Estatísticas do<br />
Ministério da Função<br />
Pública e Ministério<br />
da Administração<br />
Estatal<br />
Relatório sobre o<br />
grau de satisfação<br />
dos cidadãos<br />
(Citizen’s Report Card<br />
Index Report)<br />
Balanço de PESOD e<br />
PESOP<br />
Pressupostos:<br />
- Vontade política para aceitar e<br />
usar Citizen’s Report Card<br />
- Integração de questões<br />
transversais com prioridades na<br />
gestão descentralizada<br />
- Continuação de capacitação do<br />
IPAJ<br />
- Coordenação da implementação<br />
da estratégia de combate ao HIV<br />
e SIDA<br />
Riscos:<br />
10 Ver outros indicadores na área da corrupção usados por outros países africanos que podem ser adoptados na matriz (Nações Unidas.)<br />
11 Será adoptada a meta do Governo quando finalizado o documento do PARP<br />
MAE<br />
MPD<br />
Governos<br />
provinciais<br />
Sociedade civil<br />
Parceiros de<br />
desenvolvimento<br />
MJD<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
PNUD: 4100 (3500/600)<br />
ACNUR: 4040 (1720/2320)<br />
UNICEF: 10500 (3600/6900)<br />
FNUAP: 9970 (5600/4370)<br />
FAO: 1770 (170/1600)<br />
UNWOMEN: <strong>15</strong>50<br />
(450/1100)<br />
UNESCO: 2410 (390/2020)<br />
UNCDF: 800 (800/0)<br />
33
Resultados<br />
Estratégicos<br />
Maputo, 2011<br />
Meta: 70%<br />
Indicador, Linha de Base, Meta Meios de Verificação Riscos e Pressupostos Intervenientes Orçamento Indicativo em<br />
‘000 USD – TOTAL (RR/OR) 7<br />
3. No. de casos assistidos pelo IPAJ<br />
LB: 39.000 (2009)<br />
Meta: 77.000<br />
4. Nível de desempenho de compromisso<br />
do Governo na resposta nacional ao HIV e<br />
SIDA, Tuberculose, Malária e outras<br />
doenças endémicas<br />
LB: 75%<br />
Meta: 90%<br />
Relatórios semestrais<br />
do IPAJ<br />
Relatório do índice<br />
composto de política<br />
nacional<br />
_______________________________________________________________________________________<br />
<strong>UNDAF</strong> Moçambique <strong>2012</strong>-20<strong>15</strong><br />
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