redescobrindo a cidade tfg Maria João Figueiredo, 2009 - Grupo ...
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6 Obviamente, parte-se do<br />
princípio de que as pessoas<br />
não jogam lixo nas ruas como<br />
fazem atualmente, e que também<br />
inexistem conexões clandestinas<br />
de esgoto ao canal do<br />
córrego.<br />
aplicáveis a cada tipo de eixo viário: das três, apenas uma ocorre ao<br />
norte e ao sul do trilho do trem. Elas serão descritas na medida em<br />
que ocorrem, num percurso da nascente à foz.<br />
De montante a jusante, a Rua General Jardim (logo após a<br />
Praça Rotary) será a primeira rua onde esse canal será construído.<br />
Neste trecho especifico, a rua tem largura de aproximadamente 8 metros<br />
e apresenta fluxo de automóveis relativamente alto, já que cruza<br />
a Rua Amaral Gurgel. Além disso, a rua está inserida numa região de<br />
urbanização bastante consolidada ,onde quase todos os lotes estão<br />
ocupados - apresentam taxas de ocupação de 100% e coeficientes<br />
de aproveitamento altos. Para esse caso, onde as potencialidades<br />
paisagísticas parecem ser mínimas, pensou-se na aplicação de um<br />
canal central ao eixo viário (seção tipo A), sobreposto por uma grade<br />
forte o suficiente para suportar o peso de um caminhão e com uma<br />
malha fina o suficiente para não ser atravessada pelo lixo. Se for necessário,<br />
podem ser utilizados dois tipos de grades sobrepostas6 .<br />
Nesses casos, o rio não estará presente no meio urbano com<br />
todas as suas potencialidades, inclusive porque não interferira na<br />
circulação dos automóveis e reunirá em seu canal as águas fluviais e<br />
as águas pluviais.<br />
Analisando um corte padrão da estrutura de drenagem das<br />
ruas de São Paulo observa-se uma sobreposição de problemas. A<br />
água que precipita sobre o asfalto escoa transversalmente a rua, até<br />
atingir a sarjeta. Pela sarjeta, escoa longitudinalmente até atingir uma<br />
boca de lobo. Na primeira sobrecarga sobre essas sarjetas (que pode<br />
ocorrer pelo grande volume de água que a atinge ou mesmo por um<br />
saco de lixo que obstrui a passagem da água) e água se acumula<br />
a prejudica principalmente os pedestres, deixando “ilesos” os automóveis.<br />
São esses mesmos veículos os responsáveis pelos famigerados<br />
espirros d’água sobre os pedestres.<br />
Depois de chegar à boca de lobo, a água passa por uma<br />
canalização chamada conexão e atinge a galeria. Essas galerias<br />
normalmente são construídas em concreto e em seção única retangular<br />
calculada para uma vazão máxima de projeto estabelecida<br />
pelo tempo de retorno. O problema de se trabalhar com essa seção<br />
(como já exposto no capítulo 4) é que o canal permanece a maior<br />
parte do tempo com vazões menores do que a de projeto. Como o<br />
canal é muito largo para essas vazões, as águas tendem a depositar<br />
sedimentos em seu fundo, criando canais meândricos sobre o ca-<br />
estrutura de drenagem atual<br />
corte esquemático<br />
escala 1:100<br />
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