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Habacuque

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A. A Oração de <strong>Habacuque</strong>, Pedindo Misericórdia (3.1,2)<br />

B. O Poder do Senhor (3.3-7)<br />

C. Os Atos Salvíficos do Senhor (3.8-15)<br />

D. A Fé Inabalável de <strong>Habacuque</strong> (3.16-19)<br />

Autor: <strong>Habacuque</strong><br />

Tema: Viver pela Fé<br />

Data: Cerca de 606 a.C.<br />

Considerações Preliminares<br />

O autor deste livro identifica-se como “o profeta <strong>Habacuque</strong>”(1.1; 3.1). Além disso, não oferece nenhum outro dado<br />

acerca de sua pessoa nem de sua família. Seu nome, que significa “abraço”, não aparece em nenhum outro lugar das<br />

Escrituras. A referência de <strong>Habacuque</strong> ao “cantor-mor sobre os meus instrumentos de música” (3.19), sugere que ele<br />

pode ter sido um músico levita a serviço do santo templo em Jerusalém.<br />

Ao contrário de outros profetas, <strong>Habacuque</strong> não data a sua profecia mediante referências aos reis que foram seus<br />

contemporâneos. Mas o fato de ficar perplexo com o uso que DEUS faz dos babilônios (os “caldeus” de 1.6) como<br />

instrumento de seu juízo contra Judá, sugere um período em que Babilônia já era uma potência mundial. Portanto, a<br />

invasão de Judá era iminente (c. 608—598 a.C.). Nabucodonosor já havia derrotado os egípcios na batalha de<br />

Carquemis (605 a.C.). O Egito, aliás, foi a última potência a se opor à expansão dos babilônios. Se a descrição do<br />

exército babilônico em 1.6-11 refere-se à marcha babilônica em direção à Carquemis, conforme interpreta-se, a data da<br />

profecia de <strong>Habacuque</strong> seria entre 606—605 a.C., durante os primeiros anos do rei Joaquim de Judá.<br />

As conseqüências da ascensão de Babilônia como potência mundial foram devastadoras à apóstata Judá (ver 2 Rs<br />

24,25). Retornando do Egito, Nabucodonosor invadiu Judá, e levou a Babilônia um número considerável de cativos,<br />

entre os quais Daniel e seus três amigos (605 a.C.). Em 597 a.C., as forças babilônicas tornaram a invadir Jerusalém,<br />

saqueando-lhe o templo, e levando outros 10.000 cativos para Babilônia, entre os quais o profeta Ezequiel. Quando o<br />

rei Zedequias intentou livrar Judá do controle babilônico, onze anos mais tarde (586 a.C.), Nabucodonosor, enfurecido,<br />

sitiou Jerusalém, incendiou o templo, destruiu totalmente a cidade, e deportou para Babilônia a maioria dos judeus<br />

sobreviventes. É provável que <strong>Habacuque</strong> haja vivido na maior parte deste período, onde o juízo divino revelou-se<br />

contra Judá.<br />

Propósito<br />

Diferentemente da maioria dos outros profetas, <strong>Habacuque</strong> não profetiza à desviada Judá. Escreveu para ajudar o<br />

remanescente piedoso a compreender os caminhos de DEUS no tocante à sua nação pecaminosa, e ao seu castigo<br />

iminente. <strong>Habacuque</strong>, após haver considerado o intrigante problema de os caldeus, uma nação deploravelmente ímpia,<br />

serem usados por DEUS para tragar o seu povo em juízo (1.6-13), garante aos fiéis que DEUS lidará com toda a<br />

iniqüidade no tempo determinado. Entrementes, “o justo, pela sua fé, viverá” (2.4), e não pelo seu entendimento. Em<br />

seguida, o profeta afiança: “exultarei no DEUS da minha salvação” (3.18).<br />

Visão Panorâmica<br />

Os capítulos 1 e 2 registram as perguntas que <strong>Habacuque</strong> faz, em sua perplexidade, acerca dos caminhos de DEUS,<br />

bem como as respostas que o Senhor lhe deu. Após ter visto tanta iniqüidade e idolatria em Judá, a primeira pergunta<br />

do profeta é: Como DEUS poderia deixar seu povo rebelde escapar sem o devido castigo? DEUS responde,<br />

mostrando-lhe que, dentro em breve, estaria usando os babilônios para castigar Judá. A segunda pergunta de<br />

<strong>Habacuque</strong> segue-se imediatamente: Como DEUS poderia permitir que uma nação ainda mais ímpia e cruel que Judá<br />

castigasse a esta? A isto DEUS responde, garantindo ao profeta que o dia de prestação de contas também chegaria<br />

para os babilônios. No decurso de todo o livro, <strong>Habacuque</strong> expressa a sua fé na soberania de DEUS e na certeza de<br />

que Ele é justo em todos os seus caminhos. A revelação do amor divino aos justos, e de seu propósito em destruir a<br />

ímpia Babilônia, evoca um hino profético de louvor a DEUS, e reafirma as promessas a respeito da salvação em Sião<br />

(cap. 3).<br />

Características Especiais<br />

Cinco aspectos básicos caracterizam a profecia de <strong>Habacuque</strong>. (1) Ao invés de profetizar a respeito da apóstata Judá,<br />

registra, em seu “diário” pessoal, suas conversações particulares com DEUS, e a subseqüente revelação profética. (2)<br />

Contém pelo menos três formas literárias distintas entre si: “diálogo” entre o profeta e DEUS (1.2—2.5); “ais proféticos”<br />

clássicos (2.6-20); e um cântico profético (cap. 3) — todas com dicção vigorosa e com metáforas pitorescas. (3) O<br />

profeta manifesta três características em meio aos tempos adversos: faz perguntas honestas ao Senhor (cap. 1); revela<br />

fé inabalável na soberania divina (2.4; 3.18,19); e manifesta zelo pelo avivamento (3.2). (4) A visão que o profeta tem<br />

de DEUS no capítulo três é uma das mais sublimes da Bíblia, e relembra a teofania no monte Sinai. Outros trechos<br />

inesquecíveis em <strong>Habacuque</strong> são: 1.5; 2.3,4,20; 3.2,17-19. (5) Nenhum profeta do AT fala com mais eloqüência a<br />

respeito da questão da fé que <strong>Habacuque</strong> — não somente na sua declaração, “o justo, pela sua fé, viverá” (2.4), como<br />

também em seu testemunho pessoal (3.17-19).<br />

O Livro de <strong>Habacuque</strong> ante o NT<br />

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 4

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