Newsletter agosto 2012 - Câmara Municipal de Oliveira de Frades

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Entrevista com… Paulo Rafael Almeida e Nuno Bastos -Presidente e Vice-Presidente do Andebol Clube de Oliveira de Frades Quando e como começou a vossa ligação ao ACOF? Estamos ligados ao Andebol em Oliveira de Frades desde o seu início, quando este foi implementado pela escola de desporto da Câmara Municipal de Oliveira de Frades há já 18 anos, na altura como atletas. Como dirigentes/treinadores, estamos no clube desde 2008, onde o estruturámos para este ser o que é hoje em dia. Estando ligados há tantos anos ao ACOF, quais as principais diferenças que encontram desde essa época à data de hoje? A principal diferença são as condições que damos às nossas atletas (o clube neste momento só tem equipas femininas, mas antigamente o clube tinha escalões masculinos e femininos). Atualmente asseguramos o transporte, a alimentação nos jogos quer decorram fora ou em casa, equipamentos adequados para a evolução como jogadoras e mulheres. Atualmente, quantos atletas e escalões tem o ACOF? Neste momento, acabámos a época 2011- 2012 com o total de 50 atletas inscritas nos escalões de infantis, iniciadas e juvenis, além de mais 10 dirigentes, no total de 60 pessoas envolvidas no clube, mas pretendemos crescer ainda mais. Como veem o investimento que tem sido feito ao longo dos anos no Desporto no nosso concelho? Relativamente ao Andebol, temos vindo a ter o apoio possível por parte da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, o que para nós é, sem dúvida, fundamental, pois sem esse apoio seria impossível conseguir fazer os campeonatos onde estamos envolvidos. Relativamente às infraestruturas criadas para a prática desportiva é de salientar o novo pavilhão municipal que em breve estará disponível para jogos e treinos e que será uma mais-valia para o desporto do nosso concelho. De realçar que a nível de complexos desportivos, quando estiver completamente concluído, o de Oliveira de Frades vai ser dos melhores à escala Nacional. A formação é a vossa grande aposta…Em que medida é que acham que contribui para o crescimento individual e coletivo? A formação é, seguramente, uma grande aposta, mas esperamos que daqui a 1/ 2 anos possamos também ter uma equipa sénior feminina a competir nos campeonatos nacionais com as nossas atletas que foram evoluindo nas camadas de formação do clube. Mas para isso precisaremos de conseguir mais apoios. A formação de qualquer indivíduo é conseguida com a transmissão de valores e conhecimentos e nesse ponto podemos dizer que o conseguimos fazer a 99% das nossas atletas…tentamos sempre mostrar o melhor caminho a seguir seja a nível desportivo como pessoal. Podemos dizer que temos orgulho nas pessoas que ajudamos a moldar e a crescer. Na vossa opinião, quais são as principais diculdades do ACOF?
A nossa maior diculdade neste momento é conseguir atletas mais jovens, dos 8 aos 12 anos. Este tem sido um ponto que tentamos batalhar de modo a que as nossas atletas iniciem a prática do andebol cada vez mais cedo, só assim é que conseguiremos levar ainda mais longe o nome do nosso clube e do concelho. Também o preço dos combustíveis, que cada vez mais é maior, faz com que o clube tenha um encargo acrescido, com o valor mensal da carrinha do clube para a entrega de atletas que ascende os 200€. Sei que decorreu com êxito o IX Torneio de Andebol “Terras de Lafões 2012”. Qual a importância deste torneio para a formação do clube? O nosso torneio está cada vez mais enraizado no andebol feminino nacional, o que para nós é fantástico, pois temos sempre uma grande procura por parte de equipas nacionais e internacionais para a participação no mesmo. Para as nossas equipas é uma oportunidade de jogarem contra equipas que nunca tinham jogado e poderem assim avaliar as suas capacidades perante as mesmas. E como é um torneio de nal de época podemos dizer que é um prémio que damos às nossas atletas pelo trabalho desenvolvido durante o ano e para as motivar para a época seguinte. Desde que estão a desempenhar este cargo, qual o balanço que fazem? Podemos dizer que devolvemos a credibilidade ao ACOF. Quando iniciámos funções no clube como dirigentes encontramos muitas situações menos claras, o que fez com que tivéssemos muitas diculdades para que as pessoas acreditassem em nós. O clube estava rotulado e isso torna-se difícil de ultrapassar, já para não falarmos das dívidas que o clube tinha para com a FPA que era num valor superior a 5000€ e que, atualmente, encontram-se completamente liquidadas. Neste momento podemos dizer que conseguimos tornar o ACOF num clube respeitado a nível local, com as pessoas sempre dispostas a ajudar com o que podem, como comprovam os apoios para o nosso torneio, e tornámos o clube como uma referência distrital no Andebol Feminino, assim como a nível nacional. Somos reconhecidos pelo trabalho que temos vindo a desenvolver com as nossas atletas, como é o caso mais recente da chamada de duas atletas do clube à Seleção Nacional de Talentos Femininos. Que projetos tem a atual Direção para o futuro? “O futuro a Deus pertence”… mas gostaríamos, como referimos anteriormente, de conseguir dentro de 1 a 2 anos ter uma equipa de seniores femininos a competir no Campeonato Nacional. Temos também o projeto da Academia Movimento que foi lançado no ano passado, mas que pretendemos que cresça depois do novo pavilhão municipal estar concluído. Desta forma, as crianças com menos de 10 anos terão condições de excelência para a prática desportiva, mas depende de mais e melhores apoios, da inclusão de novos treinadores, da criação dos escalões infantis e iniciados masculinos no clube de modo a criarmos bases para o futuro.
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