ISOLAMENTO TÉRMICO PELO EXTERIOR ... - Lena Argamassas
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<strong>ISOLAMENTO</strong> <strong>TÉRMICO</strong> <strong>PELO</strong> <strong>EXTERIOR</strong><br />
Manual de Aplicação
ÍNDICE<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
1. Introdução aos ETICS _________________________________________________________<br />
2. Vantagens do sistema ________________________________________________________<br />
3. Elementos Constituintes do ETICS _______________________________________________ 6<br />
3.1 Suporte ________________________________________________________________<br />
3.2 <strong>Lena</strong> 824 _______________________________________________________________<br />
3.3 EPS – Poliestireno expandido _______________________________________________<br />
3.4 Armadura ______________________________________________________________<br />
3.5 Primário ________________________________________________________________ 10<br />
3.6 RPE – Revestimento final __________________________________________________<br />
3.7 Fixações mecânicas e acessórios ____________________________________________<br />
4. Aplicação do sistema _________________________________________________________<br />
4.1. Condições gerais de aplicação___ ___________________________________________ 14<br />
4.2. Montagem de perfis de arranque ___________________________________________<br />
4.3. Aplicação da cola ________________________________________________________<br />
4.4. Colocação do EPS ________________________________________________________ 16<br />
4.5. Pontos singulares e barramento armado______________________________________ 18<br />
4.6. Revestimento final _______________________________________________________ 20<br />
5. O ETICS e o novo regulamento do RCCTE __________________________________________ 21<br />
6. Perguntas Frequentes_________________________________________________________ 22<br />
Anexos _______________________________________________________________________ 26<br />
Fichas técnicas<br />
Catálogo de cores<br />
Revisão de Março de 2010 Página 2<br />
3<br />
4<br />
6<br />
7<br />
8<br />
9<br />
10<br />
12<br />
13<br />
14<br />
16
1. INTRODUÇÃO AOS ETICS<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
O isolamento térmico dos edifícios é fundamental para minimizar as trocas de calor com o exterior e<br />
reduzir as necessidades de aquecimento/arrefecimento e o risco de condensações.<br />
Em particular, o sistema ETICS tem como função melhorar o conforto interno da habitação<br />
eliminando pontes térmicas, aumento da área útil e protecção das paredes da envolvente.<br />
Este método consiste na colocação de um isolamento térmico sobre a face exterior de uma parede<br />
em alvenaria ou betão. Isto é, na construção de uma única parede com um isolamento de<br />
poliestireno expandido colado com uma argamassa colante, onde posteriormente será aplicada essa<br />
mesma argamassa armada com rede de fibra de vidro compatível com o isolamento.<br />
Este sistema pode ser utilizado praticamente em todo o tipo de construção, nova ou antiga,<br />
industrial, comercial ou residencial.<br />
Na selecção do sistema a utilizar é necessário atender ao tipo de suporte, zona climática e nível de<br />
conforto térmico pretendido, exposição da fachada, tipo de acabamento e condicionamento<br />
regulamentares relativos ao risco de incêndio.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 3
2. VANTAGENS DO SISTEMA<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
• Eliminação de pontes térmicas e redução do risco de condensações<br />
A constante condensação de vapores nas paredes frias, devido às pontes térmicas (por exemplo, em<br />
quartos muito húmidos, com pouca ventilação e mal aquecidos) origina a formação de bolores e<br />
fungos, causa de vários tipos de alergias das vias respiratórias e deterioração das paredes.<br />
• Protecção das alvenarias.<br />
Evita a movimentação das alvenarias causadas por acções higrométricas (água) que causam a<br />
degradação das mesmas por fissuração.<br />
• Diminuição da espessura das paredes<br />
A utilização de material isolante permite uma redução significativa da espessura. Graças a este<br />
factor uma parede simples com isolamento exterior fica praticamente ao mesmo custo que a<br />
tradicional parede dupla com caixa-de-ar e ainda com a vantagem do aumento da área habitável.<br />
• Melhoria do conforto térmico de Inverno e de Verão.<br />
O sistema ETICS é eficiente não só para combater a evasão do calor do interior para o exterior no<br />
inverno, como a entrada do calor no Verão.<br />
.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 4
• Economia de energia e respeito pelo meio ambiente<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
Na presença de um isolamento térmico realmente eficiente poupa-se na energia para o aquecimento<br />
das habitações e preserva-se o meio ambiente no sentido em que há uma redução da emissão de<br />
dióxido de carbono para a atmosfera.<br />
Quando se trata de uma renovação podem-se somar mais algumas vantagens, como:<br />
• Reabilitação sem desalojamento<br />
Podem ser aplicados sem que os moradores sejam desalojados, ou sequer incomodados.<br />
• Reabilitação estética<br />
Proporcionam além da reabilitação térmica, também a reabilitação de estanquecidade e de aspecto.<br />
.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 5
3. ELEMENTOS CONSTITUINTES DO ETICS<br />
.<br />
Legenda:<br />
.<br />
1. Suporte<br />
2. Produto colagem – <strong>Lena</strong> 824<br />
3. EPS – Poliestireno expandido<br />
4. Barramento – <strong>Lena</strong> 824<br />
5. Armadura – rede de fibra de vidro<br />
6. Barramento – <strong>Lena</strong> 824<br />
7. Primário – <strong>Lena</strong> 825 P<br />
8. Revestimento final – <strong>Lena</strong> 823 ou<br />
<strong>Lena</strong> 825<br />
3.1 SUPORTE<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
Os suportes sobre os quais se pode aplicar o sistema ETICS deverão ser superfícies planas verticais<br />
exteriores e superfícies horizontais ou inclinadas não expostas à precipitação, tais como:<br />
• Alvenaria de blocos de betão, tijolo, pedra;<br />
• Alvenaria com reboco de ligantes hidráulicos;<br />
• Suportes pintados ou com revestimentos orgânicos ou minerais, desde que<br />
convenientemente preparados.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 6
3.2 LENA 824 ETICS<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
LENA® 824 ETICS é uma argamassa bi-funcional. É utilizada em simultâneo para fazer a colagem das<br />
placas de poliestireno expandido (EPS) ao suporte e para fazer um barramento armado sobre as<br />
placas de EPS. Esse barramento deve ter alguns milímetros de espessura (4-5mm), realizado em<br />
várias passagens sobre o isolamento, de forma a cobrir por completo a armadura.<br />
Características fundamentais do LENA® 824 ETICS<br />
• Resistência à fissuração.<br />
• Estanquicidade à água.<br />
• Resistência aos choques.<br />
• Durabilidade.<br />
• Resistente às alterações climáticas.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 7
3.3 EPS – POLIESTIRENO EXPANDIDO<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
O poliestireno expandido moldado (EPS) em placas é o material usado como isolante térmico. Deve<br />
ter uma massa volúmica compreendida entre 15 e 20 kg/m 3 e ser ignífugo (classe de reacção ao fogo<br />
M1).<br />
Além disso devem possuir as 3 características fundamentais:<br />
.<br />
.<br />
• Boa resistência térmica e resistência mecânica suficiente para o tipo de acções que vai estar<br />
sujeito.<br />
• Baixo módulo de elasticidade transversal: As placas formam uma camada flexível entre o<br />
suporte e o revestimento, que absorve os deslocamentos diferenciais entre um e outro (de<br />
origem térmica ou outras origens) sem introduzir tensões excessivamente elevadas no<br />
revestimento.<br />
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS GERAIS DO EPS<br />
EPS [20 kg/m 3 ]<br />
Condutividade Térmica, K [w/m.k] 0,038<br />
Absorção de água [%]
3.4 Armadura<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
As armaduras são, geralmente redes de fibra de vidro com características<br />
técnicas devidamente definidas para esse efeito e com um tratamento anti-<br />
alcalino contra a agressividade dos cimentos. A armadura deve ser<br />
incorporada no barramento com LENA 824 cumprindo o efeito clássico de<br />
“sanduíche” para que foram desenhadas. As redes nunca devem ser aplicadas<br />
directamente sobre o suporte, devem sim ser aplicadas entre camadas e<br />
totalmente recobertas.<br />
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS GERAIS DAS REDES<br />
Gramagem da rede 160 g/m 2<br />
Abertura da malha 5x5mm<br />
REDE REFORÇADA<br />
É aplicada nas zonas mais sujeitas a choques, por exemplo, nas faixas inferiores (1ºpiso) de edifícios<br />
multi-familiares que se considerem particularmente expostos a actos de vandalismo ou a outro tipo<br />
de acções potencialmente causadoras de choques ou perfurações deve-se aplicar uma rede mais<br />
espessa e resistente<br />
Tratamento Anti-alcalino<br />
Gramagem rede reforçada - 525 g/m 2 - Abertura da malha de 5x5 mm<br />
Revisão de Março de 2010 Página 9
3.5 PRIMÁRIO<br />
LENA® 825 P<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
• Pintura à base de resinas em solução aquosa, que é aplicada sobre a camada de base.<br />
• Tem como função regular a absorção e melhorar a aderência da camada de acabamento.<br />
• A aplicação do primário pode ser facultativa.<br />
3.6 REVESTIMENTO FINAL<br />
LENA® 825<br />
É um revestimento acrílico colorido fornecido em baldes de 25 kg, destinado à aplicação sobre o<br />
barramento armado e tem as seguintes funções:<br />
• Destina-se a assegurar o aspecto final do ETICS<br />
• Excelente aderência sobre todos os suportes<br />
• Excelente aplicação<br />
• Resistentes ao UV´s e durável no tempo<br />
• Devido à sua natureza acrílica torna-se impermeável<br />
• Aplica-se à trincha ou à talocha<br />
• Protegido contra a formação de fungos e<br />
musgos<br />
• Disponível em várias cores<br />
.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 10
3.7 Fixações mecânicas e acessórios<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
Os ETICS incluem também outros produtos e componentes utilizados para reforço de pontos<br />
singulares, ligação com elementos construtivos e para assegurar a continuidade do sistema.<br />
As fixações mecânicas são usadas como complemento à colagem, têm a função de assegurar a 100%<br />
a fixação do sistema ao suporte. (Imagem 3.8.1).<br />
Os acessórios são elementos plásticos ou em aço inoxidável e têm uma função de suporte, de<br />
protecção e tratamento de zonas especificas, tais como:<br />
• Perfis de arranque e perfis laterais em alumínio ou aço inoxidável (Imagem 3.8.2)<br />
• Cantoneiras de reforço das arestas em alumínio, aço inoxidável, fibra de vidro ou PVC<br />
(Imagem 3.8.3)<br />
• Perfis de protecção de aresta, de canto, de topo, de base, de peitoril e de cobre-juntas.<br />
Imagem (3.8.4)<br />
Imagem 3.8.1<br />
Embora por vezes em obra, nem sempre seja possível utilizar o material mais indicado por uma<br />
questão de disponibilidade imediata, aconselha-se a utilização de perfis de plástico. Os perfis<br />
metálicos estão mais sujeitos a dilatações devido às variações de temperatura que podem provocar<br />
fissurações ao nível do reboco armado e a longo prazo podem começar a apresentar alguma<br />
corrosão na presença da humidade que se tornará visível no revestimento.<br />
Imagem 3.8.2<br />
Revisão de Março de 2010 Página 11
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
A colagem tem que ser dimensionada e verificada como se fosse o único sistema de fixação. A<br />
fixação mecânica serve como segurança adicional em caso de incêndio, ou na fase construtiva.<br />
4. APLICAÇÃO DO SISTEMA<br />
De um modo geral pode-se descrever e enunciar a aplicação do sistema da seguinte forma:<br />
1. Montagem dos andaimes e protecções individuais<br />
2. Remoção de todos os elementos existentes na fachada que tenham de ser substituídos ou cuja<br />
posição deva ser alterada<br />
3. Desmontagem dos tubos de queda garantindo-se que a evacuação das águas pluviais durante os<br />
trabalhos é efectuada longe das fachadas<br />
4. Preparação dos suportes<br />
5. Montagem dos perfis de arranque do sistema no limite inferior da zona a revestir<br />
6. Preparação da argamassa de colagem<br />
7. Aplicação do cimento cola no EPS<br />
8. Colocação do EPS<br />
9. Fixação mecânica do EPS<br />
10. Lixagem de todo o EPS para regularização<br />
11. Reforço dos pontos singulares com acessórios<br />
12. Aplicação da camada de base armada<br />
13. Aplicação do primário<br />
Imagem 3.8.3<br />
14. Aplicação do revestimento final<br />
Imagem 3.8.4<br />
Revisão de Março de 2010 Página 12<br />
.<br />
.
4.1 Condições gerais de aplicação<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
Os trabalhos de colagem das placas de isolamento e de aplicação do reboco não devem ser<br />
realizados quando se verifiquem as seguintes condições:<br />
• Períodos de chuva.<br />
• Temperaturas inferiores a 5º C.<br />
• Em superfícies expostas ao sol durante o Verão ou sujeitas ao vento forte.<br />
A utilização de andaimes cobertos com toldos permite proteger os trabalhos de alguns destes<br />
factores.<br />
4.2 Montagem de perfis de arranque<br />
Os perfis de arranque, com espessura adaptada às placas de isolamento térmico a utilizar, são<br />
colocados horizontalmente no limite inferior da zona a revestir a 15 cm do solo.<br />
1. Colocação da malha e perfil de arranque<br />
Antes da fixação do perfil de arranque cola-se a extremidade em banda da armadura directamente<br />
sobre o suporte com <strong>Lena</strong> 824 e posteriormente deve ser dobrada sobre o isolamento.<br />
Legenda:<br />
1. Argamassa de colagem (<strong>Lena</strong> 824)<br />
2. Barramento armado (<strong>Lena</strong> 824)<br />
3. Revestimento final (<strong>Lena</strong> 823 ou <strong>Lena</strong> 825)<br />
4. Fixação mecânica<br />
5. Perfil de arranque<br />
6. Rede de fibra de vidro<br />
Revisão de Março de 2010 Página 13
2. Fixações mecânicas<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
Para fixação dos perfis de arranque serão utilizados parafusos adequados ao suporte que deverão<br />
distar um dos outros nunca mais que 30 cm. Deverá existir uma fixação a menos de 5 cm das<br />
extremidades.<br />
Entre os perfis deverá existir um espaço de 2 a 3 mm, que permita a sua dilatação e deve ser<br />
reforçado com rede de fibra de vidro 0,3X0,3m. A fixação dos perfis laterais é idêntica à dos perfis de<br />
arranque.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 14
4.3 Aplicação da cola<br />
A cola deve ser aplicada sobre a placa de<br />
isolamento e nunca deverá ser utilizada<br />
para preencher as juntas entre as placas. A<br />
<strong>Lena</strong> <strong>Argamassas</strong> aconselha a aplicação da<br />
cola sobre as placas de EPS apenas através<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
da colagem contínua, com talocha dentada com entalhes de 6x6mm. A colagem contínua garante<br />
uma colagem total por toda área da placa bem como evita a formação possível de condensações e<br />
água entre o suporte e o EPS, efeito comum na colagem por pontos.<br />
No caso de suportes empenados, executar um pré-reboco de forma a regularizar a alvenaria e<br />
proceder à colagem normal da placa de EPS.<br />
Em qualquer tipo de colagem, a cola colocada deve distar sempre pelo menos 2 cm dos contornos da<br />
placa formando uma faixa, para evitar que a cola preencha as juntas entre as placas.<br />
4.4 COLOCAÇÃO DO EPS<br />
1. Colocação das placas<br />
As placas de isolamento são colocadas topo a<br />
topo, em fiadas horizontais a partir da base da<br />
parede, sendo o nível de referência definido<br />
pelo perfil de arranque. São dispostas com<br />
juntas desencontradas, quer em zona corrente,<br />
quer nos cantos e além disso, não deverá haver<br />
coincidência entre as descontinuidades do<br />
suporte.<br />
As placas devem ser colocadas imediatamente<br />
após a aplicação da cola.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 15
2. Caixilharias e folgas<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
Nas ligações do sistema com as caixilharias, peitoris ou outras saliências existentes na fachada,<br />
deverá existir uma folga com cerca de 5 mm, para colocar mástique.<br />
As folgas existentes, devido à degradação pontual do isolamento, e as juntas entre placas cuja<br />
espessura seja superior a 2 mm deverão ser preenchidas com poliestireno expandido.<br />
3. Buchas de fixação do EPS<br />
Devem ser buchas em plástico de cabeça circular com<br />
pelo menos 5 cm de diâmetro e por um parafuso metálico<br />
no seu interior.<br />
Devem ser colocadas cerca de 6 buchas por cada placa de<br />
EPS, 4 na extremidade e 2 ao centro. A colocação das<br />
buchas deve ser feita com a cola ainda não totalmente<br />
seca, de forma a permitir uma possível ajustamento das<br />
placas. As buchas devem ser revestidas com <strong>Lena</strong> 824<br />
para isolar por completo o sistema.<br />
4. Verificação<br />
A regularidade da superfície deverá ser permanentemente verificada com uma régua de 2 m.<br />
O recorte e ajuste das placas, nomeadamente nos cantos e nos vãos, devem ser realizado após a<br />
colagem do isolamento.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 16
4.5 PONTOS SINGULARES E BARRAMENTO ARMADO<br />
1. Cantoneiras de reforço nas arestas<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
Em todos as arestas do sistema são colocadas cantoneiras de reforço,<br />
coladas directamente sobre o isolamento com argamassa idêntica à da<br />
camada de base. São sempre aplicadas por baixo da armadura normal.<br />
Não deverão ser utilizados pregos para posicionar as cantoneiras até à sua<br />
colagem.<br />
2. Reforço dos vãos<br />
Antes da realização do barramento armado, é ainda necessário reforçar os<br />
cantos dos vãos e a zona das juntas entre perfis metálicos com faixas de<br />
armadura com 0,3 × 0,3 m, coladas sobre as placas de isolamento.<br />
3. Imediata aplicação da camada de base após secagem da cola.<br />
O barramento armado deverá ser realizado logo após a secagem da cola para evitar a<br />
deterioração superficial do isolamento térmico. Quando tal ocorrer, toda a superfície deverá ser<br />
lixada antes da aplicação do reboco.<br />
A superfície do isolamento é revestida com uma primeira camada de barramento, LENA 824 (min<br />
4mm), adicionando à argamassa em pó água limpa e amassando durante cerca de 5 minutos até<br />
obtenção de um produto homogéneo.<br />
A constituição do barramento depende do grau de exposição da parede aos choques, podendo<br />
ser utilizadas uma ou duas armaduras normais, ou ainda, uma armadura normal e uma armadura<br />
reforçada. O período de secagem entre camadas não deverá ser muito prolongado (máx. 1 dia)<br />
para que exista uma boa aderência.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 17
4. Barramento com uma armadura normal<br />
A armadura normal é aplicada sobre a primeira<br />
camada de base ainda fresca utilizando uma<br />
talocha em inox.<br />
Nas emendas de armadura deverá existir uma<br />
sobreposição de cerca de 10 cm (nunca<br />
inferior a 5 cm). A armadura deverá envolver<br />
as arestas onde existam cantoneiras de<br />
reforço.<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
Nunca aplicar a armadura directamente sobre o poliestireno expandido.<br />
Após a secagem da primeira camada é aplicada uma última camada de barramento, LENA 824<br />
(mínimo 4 a 5 mm totais de barramento com armadura), de modo a envolver completamente a<br />
armadura.<br />
5. Barramento com duas armaduras normais<br />
É aplicada uma primeira camada de reboco armado. Após a sua secagem, é aplicada uma outra<br />
camada de reboco e colocada a segunda armadura normal, de preferência com as juntas<br />
desfasadas em relação à primeira. Depois de um período de secagem, aplica-se uma última<br />
camada que envolva totalmente a segunda armadura.<br />
6. Barramento com uma armadura normal e uma armadura reforçada<br />
Após a aplicação dos reforços de armadura na envolvente dos vãos e nas juntas dos perfis<br />
metálicos, mas antes de colocar as cantoneiras de reforço, reveste-se a superfície do isolamento<br />
com uma camada de reboco. Sobre a camada ainda fresca aplica-se a armadura reforçada. As<br />
emendas de armadura de reforço são realizadas sem sobreposição.<br />
De seguida colam-se as cantoneiras de reforço sobre a armadura reforçada. Após secagem da<br />
camada inicial de reboco, a superfície é revestida com uma nova camada de reboco que incorpore<br />
uma armadura normal. As juntas da segunda armadura não deverão coincidir com as da armadura<br />
reforçada.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 18
4.6 REVESTIMENTO FINAL<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
Após a secagem completa do barramento armado, entre 24 a 48 horas após a aplicação da última<br />
camada, é aplicado um primário de aderência LENA 825 P a rolo ou a trincha. Como revestimento<br />
final aplicar LENA 825 Revestimento acrílico. Aplicar o produto segundo as prescrições da ficha<br />
técnica.<br />
.<br />
<strong>Lena</strong> 825<br />
.<br />
Misturar, com misturador eléctrico a baixa rotação, o produto no balde de forma a homogeneizar os<br />
componentes do produto. Aplicar <strong>Lena</strong> 825 com uma talocha de inox, de baixo para cima, apertando<br />
o material de forma a regularizar e nivelar a camada. Passar a talocha nos sentidos horizontal e<br />
vertical até obter uma camada uniforme. Para dar acabamento, após algum tempo de secagem, usar<br />
uma talocha plástica lisa, limpa e humedecida, apertando a superfície em suaves movimentos<br />
circulares, verticais ou horizontais, conforme a textura e efeito desejado.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 19
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
5. O ETICS E O NOVO REGULAMENTO DO RCCTE<br />
A energia, o conforto, a durabilidade e a sustentabilidade são palavras-chave que condicionam a<br />
concepção da envolvente dos edifícios, em particular as paredes. O custo da energia e o facto de ser<br />
um bem escasso impõem que se construam edifícios energeticamente eficientes, o que se consegue<br />
isolando termicamente a envolvente vertical.<br />
O novo regulamento do RCCTE (Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos<br />
Edifícios) veio impor a emissão de Certificados energéticos nos seguintes casos:<br />
• Para obter licença de utilização em edifícios novos. Aquando de uma reabilitação importante<br />
de edifícios existentes<br />
• Aquando da locação ou venda de edifícios de habitação e de serviços existentes<br />
• Edifícios públicos (serviços) com mais de 1000 m 2<br />
A entrada em vigor acontece a 1 de Janeiro de 2007 para os novos edifícios destinados à habitação<br />
com área útil superior a 1000 m 2 e os edifícios de serviços, novos ou que sejam objecto de<br />
reabilitação; a 1 de Julho de 2008 para todos os edifícios novos, independentemente da sua área ou<br />
fim; e finalmente, a 1 de Janeiro de 2009 para todos os edifícios, incluindo os existentes.<br />
A nova versão do RCCTE estabelece condições ambientais de referência para cálculo de consumos<br />
energéticos nominais, segundo padrões típicos admitidos, quer em termos de temperatura<br />
ambiente, quer em termos de ventilação para renovação do ar e garantia de uma qualidade do ar<br />
interior aceitável.<br />
No contexto internacional, é unânime que é necessário melhorar a qualidade dos edifícios e reduzir<br />
os seus consumos de energia e as correspondentes emissões de gases que contribuem para o<br />
aquecimento global. Portugal subscreveu o acordo de Quioto e como tal, tem a responsabilidade de<br />
se esforçar na redução das emissões em todos os sectores consumidores de energia, inclusivamente,<br />
o consumo de energia dos edifícios. As pontes térmicas têm uma grande importância não só no<br />
desempenho energético do edifício mas, sobretudo, na durabilidade dos elementos de construção.<br />
Se as pontes térmicas não forem tratadas poderão conduzir ao aparecimento de condensações<br />
superficiais e degradação a longo prazo das alvenarias.<br />
Não existem dúvidas, que a configuração típica do passado recente, em que é construída uma parede<br />
dupla com um forte isolamento térmico na caixa-de-ar, na qual se inseria um pilar de betão com a<br />
largura da parede é mais susceptível ao aparecimento de condensações e às perdas térmicas.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 20
Alvenaria com isolamento térmico<br />
na caixa-de-ar<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
O Sistema de Isolamento térmico pelo exterior é uma das soluções que permite a redução das pontes<br />
térmica aplicando um isolamento que envolve todos os elementos de construção, que resulta numa<br />
superfície exterior contínua e que contribui para o cumprimento do regulamento.<br />
6. PERGUNTAS FREQUENTES<br />
1. NUMA REABILITAÇÃO PODE-SE EXECUTAR O SISTEMA SOBRE UM SUPORTE JÁ EXISTENTE DE CERÂMICA OU<br />
PEDRA NATURAL?<br />
Pode desde que se prepare devidamente o suporte e se siga imperativamente as seguintes<br />
condições:<br />
Acção promotora de aderência<br />
• Verificar o estado das peças (se estão partidas, a descolar). Remover as peças soltas e<br />
com som oco;<br />
• Efectuar rasgos na cerâmica para promover a aderência;<br />
• Desengordurar e limpar o suporte de poeiras e outros detritos;<br />
Alvenaria com isolamento térmico<br />
no exterior<br />
• Em pequenas áreas em que haja, pontualmente, zonas com cerâmica ou cerâmica porosa<br />
aplicar LENA ®870 como um chapisco aditivado;<br />
• Executar normalmente o sistema sem descurar nas fixações mecânicas, perfurando até ao<br />
reboco.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 21
2. PODE-SE REVESTIR O SISTEMA COM CERÂMICA?<br />
Pode-se revestir mediante as seguintes condições:<br />
• Não ultrapassar uma altura de seis metros;<br />
[MANUAL ETICS] LENA ARGAMASSAS<br />
• Privilegiam-se as peças de pequenas dimensões até 15x15 ou com um peso máximo de 25<br />
kg/m 2 ;<br />
• Privilegiam-se peças de cor claras, uma vez que absorvem menos calor.<br />
• Fixação mecânica reforçada.<br />
• A colagem de ser realizada sobre a argamassa de revestimento e após total secagem de<br />
todo o sistema (mínimo 7 dias)<br />
• A colagem deve ser efectuada com um cimento cola bi-componente fléxivel (LENA®6)<br />
Quando se pretender revestir todo o sistema com cerâmica, ou no caso de peças muito grandes e<br />
pesadas, proceder como se de uma fachada ventilada se tratasse.<br />
É comum nos pisos térreos, devido aos impactos de circulação, a execução de um revestimento<br />
cerâmico neste tipo de sistema, desde que devidamente cumprido o plano preconizado.<br />
3. PODE-SE PRESCINDIR DA FIXAÇÃO MECÂNICA?<br />
Não. A fixação mecânica é sempre obrigatória.<br />
A fixação mecânica serve como segurança adicional em caso de incêndio, ou na fase construtiva. É<br />
imprescindível na reabilitação de fachadas.<br />
4. DENTRO DA OFERTA DISPONÍVEL NO MERCADO, QUAL É O TIPO DE <strong>ISOLAMENTO</strong> MAIS ADEQUADO?<br />
O poliestireno expandido (EPS) é o isolamento mais adequado para o sistema. Os ensaios do LNEC<br />
e as homologações existentes apontam o EPS como o material mais indicado.<br />
Comparando com o poliestireno extrudido (XPS), o EPS é menos susceptível à fissuração porque é<br />
menos rígido e tem menor índice de absorção de água. Em incrementar a resistência ao choque<br />
devem ser usadas duas camadas de rede de fibra de vidro reforçadas.<br />
Revisão de Março de 2010 Página 22