modelação da adsorção de nutrientes no solo - Universidade do ...
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α (α=0.6). Neste caso, os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> simulação indicam que a concentração <strong>de</strong> nitrato passou <strong>de</strong><br />
0.250 mg/L para 12.380 mg/L, o que representa um aumento <strong>de</strong> 4852 % na concentração <strong>de</strong>ste ião. A<br />
Tabela 4 apresenta a variação na concentração simula<strong>da</strong> em função <strong>da</strong> variação <strong>do</strong>s parâmetros <strong>da</strong>s<br />
isotérmicas.<br />
Tabela 4 – Variação <strong>do</strong>s parâmetros <strong>da</strong>s isotérmicas e consequente variação na concentração<br />
Langmuir<br />
Freundlich<br />
Coeficientes Variação Resposta <strong>da</strong> concentração<br />
Smáx<br />
-<br />
- 50 %<br />
-<br />
+ 50 %<br />
K<br />
+ 50 %<br />
- 50 %<br />
+ 23 %<br />
- 31 %<br />
α<br />
+ 5.5 %<br />
- 36,7%<br />
- 57 %<br />
+ 4 850%<br />
KF<br />
+ 50 % - 67 %<br />
- 50% + 254 %<br />
4 DISCUSÃO<br />
Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s <strong>no</strong> presente estu<strong>do</strong> indicaram que haverá uma <strong>adsorção</strong> preferencial <strong>de</strong><br />
fosfato para valores inferiores 20 mg/L e que, para valores superiores, será o nitrato que mais<br />
adsorverá à matriz <strong>do</strong> <strong>solo</strong>. A <strong>adsorção</strong> preferencial <strong>de</strong> aniões po<strong>de</strong>rá estar associa<strong>da</strong> a gran<strong>de</strong>s<br />
quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> óxi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ferro presentes <strong>no</strong> <strong>solo</strong> (<strong>solo</strong> ferralítico). O amónio mostra ter o me<strong>no</strong>r<br />
potencial <strong>de</strong> <strong>adsorção</strong>, facto que se presume resultar <strong>da</strong> carga positiva que apresenta, indican<strong>do</strong> que o<br />
perfil <strong>de</strong> <strong>solo</strong> testa<strong>do</strong> teria uma fraca capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> troca catiónica. Em hipótese, o facto <strong>do</strong> fosfato<br />
adsorver preferencialmente em relação ao nitrato po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ver-se à carga iónica <strong>do</strong>s compostos e ao<br />
tipo <strong>de</strong> <strong>adsorção</strong> que estes apresentam: o fosfato é um ião trivalente negativo pelo que será mais<br />
rapi<strong>da</strong>mente adsorvi<strong>do</strong> em relação ao nitrato, um ião mo<strong>no</strong>valente. Além disso, os óxi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ferro são<br />
minerais que apresentam gran<strong>de</strong> afini<strong>da</strong><strong>de</strong> para a <strong>adsorção</strong> <strong>do</strong> fosfato, facto que justificaria a<br />
preferencial <strong>adsorção</strong> <strong>de</strong>ste nutriente; caso fosse prova<strong>da</strong> a existência <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s óxi<strong>do</strong>s <strong>no</strong> <strong>solo</strong> em<br />
estu<strong>do</strong>. (RHOTON, F., BIGHAM, J., 2005).<br />
Verifica-se que o fosfato adsorve segun<strong>do</strong> uma isotérmica <strong>de</strong> Langmuir o que, se consi<strong>de</strong>rarmos<br />
o princípio teórico a que está associa<strong>do</strong> esta isotérmica, sugeriria a formação <strong>de</strong> uma mo<strong>no</strong>cama<strong>da</strong> e a<br />
obtenção <strong>de</strong> um valor máximo <strong>de</strong> <strong>adsorção</strong> (FIGUEIREDO, J., RIBEIRO, F. 1989). Pelo contrário, o<br />
nitrato formaria várias cama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>adsorção</strong>, provavelmente por ter me<strong>no</strong>r carga negativa <strong>do</strong> que o<br />
fosfato, o que diminuiria o efeito <strong>de</strong> repulsão <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a cargas idênticas. Além disso, o nitrato é uma<br />
molécula <strong>de</strong> me<strong>no</strong>r raio iónico relativamente ao fosfato, o que po<strong>de</strong>rá permitir uma melhor distribuição<br />
<strong>da</strong>s moléculas. Assim, a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fosfato adsorvi<strong>da</strong> atingirá um esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> saturação, enquanto<br />
que o nitrato continuará a adsorver cama<strong>da</strong> após cama<strong>da</strong>, pelo que se verificará maior quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
nitrato adsorvi<strong>do</strong> <strong>do</strong> que fosfato.<br />
No caso <strong>da</strong>s simulações e ten<strong>do</strong> por base o mo<strong>de</strong>lo SOMOFIQ, os resulta<strong>do</strong>s indicam que <strong>no</strong><br />
cenário 1, a concentração <strong>de</strong> nitrato na água intersticial será <strong>de</strong> 0.25 mg/L (valor presumivelmente<br />
atingi<strong>do</strong> após um a<strong>no</strong> <strong>de</strong> operação - Figura 6). Esta concentração é cerca <strong>de</strong> 100 vezes inferior ao que<br />
é obti<strong>do</strong> <strong>no</strong> cenário 3, em que a concentração <strong>de</strong> nitrato é <strong>de</strong> 27 mg/L (Figura 7). Ain<strong>da</strong> relativamente<br />
ao cenário 3, os resulta<strong>do</strong>s mostram que a concentração <strong>de</strong> nitrato na água intersticial <strong>da</strong> coluna será<br />
Associação Portuguesa <strong>do</strong>s Recursos Hídricos<br />
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