Lição 04 - Igreja Presbiteriana do Farol
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O Salmo 106 repete em grande parte a mesma história, mas enfoca desta vez a<br />
paciência de Deus com o seu povo, que vivia se esquecen<strong>do</strong> de suas obras,<br />
desobedecen<strong>do</strong> a suas promessas e se rebelan<strong>do</strong> contra seus mandamentos. O Salmo<br />
107 louva a Deus pelo seu permanente amor, que vem de encontro às necessidades de<br />
diferentes grupos de pessoas: de viajantes perdi<strong>do</strong>s no deserto, de prisioneiros<br />
desfalecen<strong>do</strong> em calabouços, de enfermos... To<strong>do</strong>s estes “na sua angústia clamaram ao<br />
Senhor e Ele os livrou das suas tribulações”.<br />
Bastam estes exemplos para mostrar que Israel não cultuava a Deus na forma de uma<br />
divindade distante ou abstrata, mas como o Senhor da natureza e das nações, como<br />
alguém que se revelara através de atos concretos, crian<strong>do</strong> e manten<strong>do</strong> o seu mun<strong>do</strong>,<br />
redimin<strong>do</strong> e preservan<strong>do</strong> o seu povo. Israel tinha bons motivos para a<strong>do</strong>rá-lo pela sua<br />
bondade, por suas obras e por “to<strong>do</strong>s os seus benefícios”.<br />
A estes poderosos feitos de Deus (o Deus cria<strong>do</strong>r e o Deus da aliança), os cristãos<br />
acrescentam o ato de Deus mais poderoso <strong>do</strong> que to<strong>do</strong>s os demais: o nascimento, a<br />
vida, a morte e a glorificação de Jesus; o seu Dom <strong>do</strong> Espírito Santo; e a sua nova<br />
criação, a <strong>Igreja</strong>.<br />
Esta é a história <strong>do</strong> Novo Testamento, e é por isso que tanto os textos <strong>do</strong> Velho como <strong>do</strong><br />
Novo Testamento, juntos, com uma exposição bíblica, constituem hoje uma parte<br />
indispensável <strong>do</strong> culto cristão.<br />
Somente quan<strong>do</strong> de novo ouvimos sobre o que Deus já fez encontramo-nos em<br />
condições de retribuir-lhe com a nossa a<strong>do</strong>ração e o nosso culto. É também por este<br />
motivo que a leitura e a meditação da Bíblia são uma parte muito importante na<br />
devoção pessoal <strong>do</strong> cristão. To<strong>do</strong> culto cristão, seja ele público ou pessoal, deve ser<br />
uma resposta inteligente à auto revelação de Deus, por suas palavras, e suas obras<br />
registradas nas Escrituras.<br />
É neste contexto que, de passagem, se pode fazer uma referência ao “falar em outras<br />
línguas”. O certo é que as palavras eram ininteligíveis a quem as proferia. Por isso mesmo<br />
foi que Paulo proibiu falar em línguas em público, se não houvesse quem traduzisse ou<br />
interpretasse; e encorajou a sua realização ou devoção pessoal, desde que a pessoa<br />
buscasse entender o que dizia. Leia 1 Co 14.13-15.<br />
Noutras palavras, Paulo não podia admitir nenhuma oração, nenhum culto, em que a<br />
mente permanecesse estéril ou inativa. Ele insistiu que em to<strong>do</strong> culto verdadeiro a mente<br />
tem de ser completamente empenhada, de mo<strong>do</strong> a dar frutos. O prazer <strong>do</strong>s coríntios<br />
para com o culto ininteligível era algo infantil. Quanto ao mal, disse-lhes para serem “no<br />
mo<strong>do</strong> de pensar, sejam adultos”.<br />
O culto cristão não será perfeito senão no céu, pois até então conheceremos a Deus<br />
como Ele é, e daí somente então teremos condições de a<strong>do</strong>rá-lo de maneira própria.<br />
2. FÉ: UMACRENÇA ILÓGICA NO QUE NÃO SE PODE PROVAR?<br />
Quisera saber se há outra virtude cristã mais mal compreendida <strong>do</strong> que a fé.<br />
Comecemos com <strong>do</strong>is aspectos negativos.<br />
IGREJA PRESBITERIANA DO FAROL - Página 2 de 4.- ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL