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Sacerdócio Universal dos Crentes - Igreja Presbiteriana do Farol

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ESTUDO<br />

Introdução<br />

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL<br />

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3<br />

A DOUTRINA DO SACERDÓCIO<br />

UNIVERSAL DOS CRENTES<br />

O apóstolo Pedro, em I Pe 2.5-9, escreve que to<strong><strong>do</strong>s</strong> os crentes, “como pedras que vivem”, são “deixem que<br />

Deus os use na construção de um templo espiritual onde vocês servirão como sacer<strong>do</strong>tes dedica<strong><strong>do</strong>s</strong> a Deus. E isso<br />

para que, por meio de Jesus Cristo, ofereçam sacrifícios que Deus aceite.” e, como sacer<strong>do</strong>tes de Deus, devem “para<br />

anunciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz.”. Assim, pode-se<br />

afirmar que to<strong><strong>do</strong>s</strong> os crentes são sacer<strong>do</strong>tes!<br />

Esse fato traz consigo três grandes implicações. Em primeiro lugar, como sacer<strong>do</strong>tes, temos um livre e ilimita<strong>do</strong><br />

acesso a Deus (I Pe 2.5); e, em segun<strong>do</strong> lugar, esse sacerdócio requer santidade daquele que se dispõe a ser servo<br />

de Deus na a<strong>do</strong>ração. Terceiro, o exercício de funções na vida da <strong>Igreja</strong>, seja na participação no culto – o oferecimento<br />

de sacrifícios espirituais agradáveis a Deus -, seja nas amplas e variadas maneiras de servir em nome de Deus as<br />

demais pessoas (I Pe 2.9). Nesse serviço a Deus, está incluída a função de interceder e apresentar Cristo ao mun<strong>do</strong><br />

através <strong>do</strong> testemunho pessoal.<br />

A <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> sacerdócio universal <strong><strong>do</strong>s</strong> crentes, apesar de ser claramente apresentada no NT, possui apoio<br />

antecipa<strong>do</strong> no AT em textos como Ex 19.5 (“Agora, se me obedecerem e cumprirem a minha aliança vocês serão o<br />

meu povo. O mun<strong>do</strong> inteiro é meu, mas vocês serão o meu povo, escolhi<strong>do</strong> por mim.”) e Is 61.6 (“E vocês serão<br />

conheci<strong><strong>do</strong>s</strong> como sacer<strong>do</strong>tes <strong>do</strong> SENHOR, como servos <strong>do</strong> nosso Deus. As riquezas das outras nações serão de<br />

vocês, e vocês se orgulharão de serem <strong>do</strong>nos dessa imensa fortuna.”).<br />

1. A Função Sacer<strong>do</strong>tal<br />

O sacerdócio foi estabeleci<strong>do</strong> em Arão e nos seus filhos, quan<strong>do</strong> a religiosidade <strong>do</strong><br />

Povo de Israel foi formalmente instituída na Aliança <strong>do</strong> Monte Sinai. Assim, Arão foi<br />

estabeleci<strong>do</strong> como sumo sacer<strong>do</strong>te e os seus filhos como sacer<strong>do</strong>tes. Cabia ao sumo<br />

sacer<strong>do</strong>te o papel principal de dirigir o culto, gerenciar as atividades <strong>do</strong> tabernáculo, organizar<br />

e realizar as ofertas de sacrifício e as festas religiosas <strong>do</strong> Povo. O sumo sacer<strong>do</strong>te era o<br />

responsável por entrar no local <strong>do</strong> templo chama<strong>do</strong> Santo <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos, uma vez por ano para<br />

fazer as ofertas pelo peca<strong><strong>do</strong>s</strong> dele e depois <strong>do</strong> povo. Os sacer<strong>do</strong>tes atuavam como apoio em tarefas estabelecidas<br />

pelo próprio Deus, sen<strong>do</strong> responsáveis pela manutenção <strong>do</strong> tabernáculo e, depois, <strong>do</strong> templo, o ensino e pela música<br />

orquestral e coral. Além disso, a ordem <strong><strong>do</strong>s</strong> sacer<strong>do</strong>tes era hereditária e exclusiva à tribo de Levi.<br />

Com o passar da história, a função de sumo sacer<strong>do</strong>te assumiu uma posição de destaque e prestígio entre o<br />

povo, especialmente quan<strong>do</strong> foi construí<strong>do</strong> e estabeleci<strong>do</strong> o templo em Jerusalém. O sumo sacer<strong>do</strong>te, a partir daí,<br />

passou a ser aquele vence<strong>do</strong>r nas disputas políticas pelo poder religioso e social. A divisão <strong>do</strong> poder ficou constituída<br />

no topo pelo sumo sacer<strong>do</strong>te, que era o presidente <strong>do</strong> Sinédrio (órgão formula<strong>do</strong>r de leis), em seguida por um pequeno<br />

grupo forma<strong>do</strong> pelos antigos sumos sacer<strong>do</strong>tes e sacer<strong>do</strong>tes de famílias influentes e, na base, pelos demais<br />

sacer<strong>do</strong>tes.<br />

Com a destruição <strong>do</strong> templo, no ano 70 d.C., a religião judaica ficou sem os sacer<strong>do</strong>tes e a tradição <strong><strong>do</strong>s</strong> levitas,<br />

pois eles dependiam da existência daquele. Foi, então, o templo substituí<strong>do</strong> definitivamente pelas sinagogas que já<br />

existiam fora de Jerusalém e os sacer<strong>do</strong>tes substituí<strong><strong>do</strong>s</strong> pelos rabinos.<br />

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IGREJA PRESBITERIANA DO FAROL<br />

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL<br />

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A função <strong>do</strong> sacer<strong>do</strong>te <strong>do</strong> AT deve ser entendida como uma figura que apontava pra Jesus Cristo, e para a forte<br />

ênfase ao contexto <strong>do</strong> relacionamento entre Deus e o Povo de Israel. Assim, os sacer<strong>do</strong>tes, como servos da Aliança,<br />

tinham o ofício de media<strong>do</strong>res, atuan<strong>do</strong> nos <strong>do</strong>is senti<strong><strong>do</strong>s</strong>: <strong>do</strong> Povo para Deus e de Deus para o Povo. Porém, a função<br />

principal e mais relevante era como media<strong>do</strong>r entre Deus e o Povo.<br />

A necessidade da existência <strong>do</strong> sacerdócio é decorrente da natureza pecaminosa <strong>do</strong> ser humano. Pois, haven<strong>do</strong><br />

o peca<strong>do</strong>, a natureza pura de Deus não pode conviver com as suas criaturas decaídas, resultan<strong>do</strong> na quebra <strong>do</strong><br />

relacionamento e na santa ira divina. Para aplacar essa ira e restabelecer o relacionamento era necessário um<br />

media<strong>do</strong>r e a oferta sacrificial pelo peca<strong>do</strong>, assim como alguém para oferecê-lo. Essa função media<strong>do</strong>ra era o ofício <strong>do</strong><br />

sacer<strong>do</strong>te.<br />

A instituição <strong>do</strong> sacerdócio está associada à Lei através de Moisés (Hb 7.11-12). Ao serem confronta<strong><strong>do</strong>s</strong> com a<br />

Lei (padrão divino de retidão requeri<strong>do</strong>), os seres humanos são reprova<strong><strong>do</strong>s</strong>. Como conseqüência, existe a necessidade<br />

de um sacerdócio para mediar, de forma redentora, a relação entre Deus e o peca<strong>do</strong>r.<br />

2. O Acesso a Deus: Ontem e Hoje<br />

Ser sacer<strong>do</strong>te significa oferecer sacrifícios e agradar a Deus. Esse ofício está descrito<br />

em Hb 5.1 (a carta aos Hebreus é considerada a Epístola <strong>do</strong> <strong>Sacerdócio</strong>, com grande enlace<br />

com o livro de Levítico), com as seguintes palavras: Cada Grande Sacer<strong>do</strong>te é escolhi<strong>do</strong><br />

entre os homens e nomea<strong>do</strong> para servir a Deus em favor <strong>do</strong> povo, apresentan<strong>do</strong> a Deus<br />

ofertas e sacrifícios pelos peca<strong><strong>do</strong>s</strong>. Assim, to<strong>do</strong> sacer<strong>do</strong>te deve ter o que oferecer. São<br />

diferentes tipos de ofertas (ver Lv 1-7), mas a principal está ligada à oferta pelo peca<strong>do</strong>. A<br />

maior oferta, contu<strong>do</strong>, foi oferecida por Jesus (Hb 8.3), oferecen<strong>do</strong>-se a si mesmo (Hb 7.27), isto é, o seu próprio<br />

sangue (Hb 9.12) e o seu corpo (Hb 10.10).<br />

Durante o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> AT, o acesso <strong>do</strong> ser humano a Deus era limita<strong>do</strong> e sempre intermedia<strong>do</strong> pelo sumo<br />

sacer<strong>do</strong>te, que apenas uma vez ao ano podia entrar no Lugar Santíssimo, a fim de encontrar-se com o Senhor Deus.<br />

Havia, inclusive, uma grossa cortina para separar o Lugar Santo <strong>do</strong> Santíssimo e o sumo sacer<strong>do</strong>te tinha o seu corpo<br />

amarra<strong>do</strong> por cordas, como recurso necessário a retirá-lo de lá em caso de impedimentos de locomoção. Naquela<br />

época:<br />

(1) Apenas os sacer<strong>do</strong>tes, que eram da tribo levita, eram designa<strong><strong>do</strong>s</strong> para levar as ofertas e realizar os<br />

sacrifícios.<br />

(2) Apenas as pessoas que cumpriam os ritos <strong>do</strong> Dia da Expiação eram consideradas em relacionamento<br />

aberto com Deus.<br />

(3) Apenas as pessoas que conheciam, respeitavam e obedeciam aos requisitos da Lei eram consideradas<br />

justas.<br />

(4) Essa ordem sacer<strong>do</strong>tal <strong>do</strong> AT era imperfeita, haven<strong>do</strong> necessidade de outra ordem, nova e diferente (Sl<br />

110.4).<br />

(5) A antiga ordem sacer<strong>do</strong>tal não efetivava a realidade da reconciliação com Deus, mas, apenas,<br />

representava o princípio preparatório da propiciação (cobertura <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>).<br />

(6) Havia a promessa da nova aliança (Jr 31.31-34) que colocaria a Lei de Deus no coração <strong>do</strong> seu povo e<br />

removeria os seus peca<strong><strong>do</strong>s</strong> para sempre.<br />

(7) Os sacer<strong>do</strong>tes <strong>do</strong> AT eram to<strong><strong>do</strong>s</strong> mortais e peca<strong>do</strong>res, necessitan<strong>do</strong>, eles próprios, serem redimi<strong><strong>do</strong>s</strong> e<br />

reconcilia<strong><strong>do</strong>s</strong>. Assim, antes de oferecerem sacrifícios pelo povo, entregavam ofertas pelos seus próprios<br />

peca<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />

(8) A repetição <strong><strong>do</strong>s</strong> sacrifícios ofereci<strong><strong>do</strong>s</strong> pelos sacer<strong>do</strong>tes demonstra não apenas a insuficiência daqueles<br />

sacrifícios, mas, também, a sua incompetência (Hb 5.3, 7.27 e 10.1-2).<br />

(9) Os animais ofereci<strong><strong>do</strong>s</strong> nos sacrifícios simbolizavam a transferência <strong><strong>do</strong>s</strong> peca<strong><strong>do</strong>s</strong> da pessoa peca<strong>do</strong>ra para<br />

uma vítima inocente. Como conseqüência, a natureza daqueles sacrifícios era simbólica, “porque é<br />

impossível que o sangue de touros e de bodes remova peca<strong><strong>do</strong>s</strong>.” (Hb 10.4).<br />

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IGREJA PRESBITERIANA DO FAROL<br />

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL<br />

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Por outro la<strong>do</strong>, após a morte de Cristo na cruz, algo marcante aconteceu que destruiu a barreira que nos<br />

separava <strong>do</strong> acesso livre e ilimita<strong>do</strong> a Deus. Exatamente na hora da crucificação de Jesus, o véu <strong>do</strong> Santuário foi<br />

rompi<strong>do</strong> pelo próprio Deus de alto a baixo, como sinal concreto <strong>do</strong> fato de que to<strong><strong>do</strong>s</strong> os santos poderiam livremente. A<br />

partir daí, vir a Deus tornou uma tarefa exercida apenas através <strong>do</strong> intermédio de Jesus Cristo, o Sumo Sacer<strong>do</strong>te para<br />

sempre (Mt 27.51-54; Ef 2.13). Como conseqüência:<br />

(1) To<strong>do</strong> crente verdadeiro foi chama<strong>do</strong> para ser um sacer<strong>do</strong>te, pois cristo é o modelo a ser imita<strong>do</strong>.<br />

(2) Os que crêem no Senhor são seus filhos, independentemente da idade, gênero e posição social.<br />

(3) A comunicação entre Deus e o ser humano é bilateral, pois podemos falar com Ele através da oração,<br />

assim como Ele fala conosco através da sua Palavra escrita e pelo Espírito Santo que habita no crente.<br />

(4) São declara<strong><strong>do</strong>s</strong> justos to<strong><strong>do</strong>s</strong> aqueles que crêem em Cristo (I Jo 2.29) e herdarão a vida eterna com Deus<br />

(Jo 3.16).<br />

(5) Jesus Cristo é o sumo sacer<strong>do</strong>te perfeito que ofereceu o sacrifício perfeito, uma só vez, a fim de cumprir as<br />

promessas <strong>do</strong> AT.<br />

(6) A nova ordem sacer<strong>do</strong>tal – sacer<strong>do</strong>te e rei – encontra seu ponto perfeito na pessoa singular de Jesus.<br />

(7) A perfeição <strong>do</strong> sacrifício de Jesus está baseada no fato dEle não ter peca<strong>do</strong> algum, na sua natureza<br />

humana perfeita e no valor infinito da sua vida.<br />

(8) Jesus foi, ao mesmo tempo e de uma vez por todas, sacer<strong>do</strong>te e sacrifício.<br />

(9) Jesus foi o carrega<strong>do</strong>r de peca<strong><strong>do</strong>s</strong>, fazen<strong>do</strong>-se peca<strong>do</strong> por nós (não peca<strong>do</strong>r por nós) e sofren<strong>do</strong> a<br />

rejeição e morte que eram nossas (I Pe 2.22-24 e 3.18; Hb 4.15 e 7.26-27).<br />

(10) Em Cristo, e só nEle, somos santifica<strong><strong>do</strong>s</strong> (Hb 2.14-15 e 10.10-14).<br />

Como em Cristo foram cumpridas e finalizadas todas as necessidades de sacrifícios, não há mais senti<strong>do</strong> de<br />

qualquer outro sacrifício ou a repetição <strong><strong>do</strong>s</strong> antigos sacrifícios.<br />

3. <strong>Sacerdócio</strong> <strong>Universal</strong> de To<strong><strong>do</strong>s</strong> os <strong>Crentes</strong><br />

A <strong>Igreja</strong> Católica <strong>do</strong> século V até o século XVI exercia o sacerdócio entre as pessoas e Deus.<br />

Ela havia cria<strong>do</strong> <strong>do</strong>is tipos de pessoas: O clero – chama<strong>do</strong> de espiritual – que exercia todas as<br />

atividades religiosas, inclusive a própria a<strong>do</strong>ração; e o povo – considera<strong>do</strong> de pessoas comuns sem<br />

acesso ao mun<strong>do</strong> espiritual. A Reforma Protestante rompeu com essa posição, reafirman<strong>do</strong> o<br />

princípio bíblico de que, como indivíduos, to<strong><strong>do</strong>s</strong> os cristãos são igualmente sacer<strong>do</strong>tes. Esse é o<br />

sacerdócio daqueles que, pela fé, foram uni<strong><strong>do</strong>s</strong> com Cristo (I Pd 2.5 e 9). Isso quer dizer, também,<br />

que cada membro individual tem comunhão pessoal direta com a Cabeça Divina, possui<br />

responsabilidade imediata diante dEle e que diretamente dEle é que obtém perdão e adquire força.<br />

Ao proclamar a <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> sacerdócio universal de to<strong><strong>do</strong>s</strong> os crentes (I Pd 2.9 e Ap 1.6),<br />

Lutero tornou impossível para um grupo na <strong>Igreja</strong> manter outros em posição inferior, ao mesmo tempo em que<br />

recolocou to<strong><strong>do</strong>s</strong> os fiéis, incluin<strong>do</strong> os considera<strong><strong>do</strong>s</strong> ”mais baixos”, à condição privilegiada de sacer<strong>do</strong>te. To<strong><strong>do</strong>s</strong> estão<br />

nivela<strong><strong>do</strong>s</strong> perante Deus.<br />

Como cada crente é um sacer<strong>do</strong>te, então cada um é capaz de fazer com que o Evangelho e seus benefícios<br />

estejam disponíveis para os outros. Entretanto, pessoas são chamadas por Deus para ministérios específicos, a fim de<br />

fazer a igreja funcionar efetivamente e cooperar para o crescimento da mesma. Tais ministérios devem ser vistos como<br />

chama<strong><strong>do</strong>s</strong> a proclamar uma mensagem <strong>do</strong>a<strong>do</strong>ra de vida e transforma<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, para servir, ao invés de ter poder<br />

sobre outros. Desse mo<strong>do</strong>, Lutero rompeu decisivamente com a divisão tradicional da igreja nas classes de clero e<br />

crentes comuns.<br />

Essa <strong>do</strong>utrina não quer dizer que devemos eliminar o ministério pastoral como ordem distinta dentro da igreja,<br />

como fizeram os quacres (denominação que nasceu na Inglaterra). Nem tampouco que cada crente é seu próprio<br />

sacer<strong>do</strong>te, possuin<strong>do</strong> o direito <strong>do</strong> julgamento ao seu bel prazer. Esta função de juiz é apenas de Cristo. Na verdade, a<br />

<strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> sacerdócio universal de to<strong><strong>do</strong>s</strong> os crentes quer dizer que “to<strong>do</strong> cristão é sacer<strong>do</strong>te de alguém, e somos<br />

to<strong><strong>do</strong>s</strong> sacer<strong>do</strong>tes uns <strong><strong>do</strong>s</strong> outros” (GEORGE, 1994, p. 96).<br />

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IGREJA PRESBITERIANA DO FAROL<br />

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL<br />

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O sacerdócio de to<strong><strong>do</strong>s</strong> os crentes é ao mesmo tempo um privilégio, quanto uma responsabilidade; uma posição<br />

e também um serviço. Duas conseqüências práticas daí surgem:<br />

(1) Ninguém pode ser um crente sozinho, viven<strong>do</strong> sua fé na solidão. Não podemos servir a Deus sozinhos.<br />

Isso nos leva à definição de igreja visível como a “comunhão <strong><strong>do</strong>s</strong> santos”, onde os que crêem em Cristo é<br />

que são os santos. Portanto, a igreja local não é o conjunto <strong><strong>do</strong>s</strong> supercristãos que estão na glória celeste.<br />

Além disso, não é a comunhão de uns para com os outros que vai formar a <strong>Igreja</strong>. A base fundamental é a<br />

comunhão que os membros têm em comum com Cristo. Esta comunhão produz relacionamento saudável<br />

entre os irmãos. Quan<strong>do</strong> individualmente uma pessoa passa a ter comunhão pessoal com Cristo, no<br />

mesmo momento e por essa causa, passa a ter comunhão também com to<strong><strong>do</strong>s</strong> os estão uni<strong><strong>do</strong>s</strong> a Jesus.<br />

Cristo é o nosso ponto de encontro, união e de identificação.<br />

(2) A igreja é o povo. São as pessoas que formam a igreja, com suas próprias vidas, e não os aspectos<br />

organizacionais ou seus programas. <strong>Igreja</strong> é a gente da <strong>Igreja</strong>, não as formas de seu agrupamento. Desse<br />

mo<strong>do</strong>, em senti<strong>do</strong> bíblico mais profun<strong>do</strong>, não formamos a <strong>Igreja</strong>, mas somos pessoalmente a <strong>Igreja</strong>. Isto é<br />

verdade se Deus é que nos chamou, Cristo congregou e o Espírito aperfeiçoan<strong>do</strong> pela Palavra divina que<br />

orienta e ensina.<br />

4. Servin<strong>do</strong> em Nome de Deus<br />

Os ofícios apresenta<strong><strong>do</strong>s</strong> por Paulo em Ef 4.11 – como também os descritos em Rm 12 e I<br />

Co 12 - foram da<strong><strong>do</strong>s</strong> e estabeleci<strong><strong>do</strong>s</strong> para o aperfeiçoamento de to<strong><strong>do</strong>s</strong> os santos (os separa<strong><strong>do</strong>s</strong>)<br />

“a fim de que estes” cumpram o seu serviço na <strong>Igreja</strong>. Assim, na igreja o trabalho não é apenas<br />

pastoral ou <strong><strong>do</strong>s</strong> presbíteros e diáconos, mas é também e fundamentalmente comunitário, é de<br />

to<strong><strong>do</strong>s</strong>. Toda a <strong>Igreja</strong> participa em produzir o seu próprio crescimento, seja ele quantitativo<br />

(aumento <strong>do</strong> número de membros), qualitativo (crescimento na fé e na maturidade) ou orgânico<br />

(crescimento na comunhão).<br />

Quan<strong>do</strong> Lutero falou <strong>do</strong> <strong>Sacerdócio</strong> <strong>Universal</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>Crentes</strong>, ele tinha em mente que na <strong>Igreja</strong> de Cristo não pode<br />

haver a divisão entre aqueles que trabalham e os que apenas são especta<strong>do</strong>res e somente ouvem comodamente. Na<br />

verdade, to<strong><strong>do</strong>s</strong> são chama<strong><strong>do</strong>s</strong>, equipa<strong><strong>do</strong>s</strong> e comissiona<strong><strong>do</strong>s</strong> para os ministérios cristãos, na riqueza da sua diversidade<br />

e variações. Assim, os <strong>do</strong>ns espirituais trazem implicações de responsabilidade com a edificação de nossos irmãos.<br />

Murray (2000, p. 20) escreveu que “não há crescimento em igrejas que dependem de algumas poucas pessoas<br />

e os demais membros são especta<strong>do</strong>res. Sempre existe progresso e multiplicação em igrejas cujos membros são<br />

vibrantes e intentam servir a Cristo”.<br />

A palavra leigo quer dizer alguém <strong>do</strong> povo. Como conseqüência, o seu uso para os não consagra<strong><strong>do</strong>s</strong> aos<br />

ministérios é inexato e até inadequa<strong>do</strong>. Na verdade, to<strong><strong>do</strong>s</strong> nós somos ministros, pois to<strong><strong>do</strong>s</strong> somos servos. E to<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

somos leigos, porque to<strong><strong>do</strong>s</strong> somos povo. Assim, não temos clero nem leigos, como ensina até hoje a <strong>Igreja</strong> Católica<br />

Romana.<br />

Algumas denominações históricas, e mais notadamente as neopentecostais, têm busca<strong>do</strong> suas bases<br />

ministeriais no AT e não no NT, usan<strong>do</strong>, inclusive, utilizan<strong>do</strong> termos ministeriais encontra<strong><strong>do</strong>s</strong> no NT, mas com o<br />

significa<strong>do</strong> <strong>do</strong> AT. Quem assim age, por exemplo, afirma que o pastor segun<strong>do</strong> o NT deve ser visto como um<br />

sacer<strong>do</strong>te, mas é o ungi<strong>do</strong> <strong>do</strong> Senhor (AT), o detentor único de uma relação especial com Deus que os outros não têm<br />

(AT), possui<strong>do</strong>r de poderes privilegia<strong><strong>do</strong>s</strong> e de orar mais efetivamente quan<strong>do</strong> intercede (AT). É comum observar no<br />

ambiente das igrejas neopentecostais e algumas pentescostais, os pastores tornam as igrejas inteiramente<br />

dependentes deles. Só eles têm a oração poderosa, a corrente de libertação só pode ser feita por eles, só eles<br />

quebram as maldições etc. Eles se tornam crentes acima <strong><strong>do</strong>s</strong> outros, incontestáveis, líderes que devem ser acata<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />

Têm uma autoridade espiritual especial que os outros não têm, como se eles tivessem um canal exclusivo de<br />

comunicação com Deus.<br />

Além disso, há mudanças substanciais na forma <strong>do</strong> culto dessas igrejas. Para esses pastores, são interessantes<br />

atos de culto com a presença e o uso de objetos, palavras, frases e gestos sagra<strong><strong>do</strong>s</strong>, comemorações de festas<br />

judaicas etc. Assim, a forma pomposa <strong>do</strong> judaísmo é dita ou considerada ser mais atraente, pois permite mais e maior<br />

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IGREJA PRESBITERIANA DO FAROL<br />

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manobra <strong>do</strong> líder que se coloca acima <strong><strong>do</strong>s</strong> outros. Com isso, os membros da igreja se tornam os ajudantes de um<br />

obreiro principal e diferencia<strong>do</strong>.<br />

Contrariamente a isso, a <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> sacerdócio universal <strong><strong>do</strong>s</strong> crentes afirma que a obra é de to<strong><strong>do</strong>s</strong> e que não<br />

podemos ter “gurus ilumina<strong><strong>do</strong>s</strong>” em nosso meio. Não há pessoas credenciadas para terem mais acesso a Deus, em<br />

detrimento de outras. Não temos entre nós uma pessoa que tem revelações especiais de Deus que o crente membro<br />

não pode.<br />

Como o Espírito Santo foi da<strong>do</strong> a to<strong><strong>do</strong>s</strong>, e não apenas aos pastores e líderes, assim como to<strong><strong>do</strong>s</strong> recebemos<br />

<strong>do</strong>ns espirituais, a tarefa de fazer a obra foi dada à <strong>Igreja</strong> como um to<strong>do</strong>. Assim, poderíamos escrever nos cabeçalhos<br />

<strong><strong>do</strong>s</strong> nossos boletins: Ministros da <strong>Igreja</strong>: to<strong><strong>do</strong>s</strong> os crentes. Auxiliares <strong><strong>do</strong>s</strong> ministros: os pastores da <strong>Igreja</strong>. Em outras<br />

palavras: a tarefa <strong><strong>do</strong>s</strong> pastores é serem pastores e não <strong>do</strong>mina<strong>do</strong>res, nem centraliza<strong>do</strong>res, nem executores (I Pe 5.1-<br />

3).<br />

Assim como não há, para os cristãos, separação entre o secular e o sagra<strong>do</strong>, não há também divisão na igreja<br />

entre ministros e leigos, como se fossem cristãos de primeira e segunda classe. A <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> sacerdócio universal <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

crentes contempla, pelo menos, os seguintes pontos:<br />

(1) O AT já antecipa a idéia <strong>do</strong> sacerdócio para to<strong><strong>do</strong>s</strong> os filhos de Deus (Ex 19.5-6; Is 61.6).<br />

(2) Jesus Cristo é o nosso grande sumo sacer<strong>do</strong>te:<br />

▪ As funções <strong>do</strong> sacerdócio <strong>do</strong> AT estão centradas e aperfeiçoadas nEle (Jo 1.29).<br />

▪ Ele é o único media<strong>do</strong>r entre Deus e os seres humanos (1 Tm 2.5), no senti<strong>do</strong> de Deus para os homens e<br />

destes para Deus.<br />

▪ Ele é, ao mesmo tempo, o sacer<strong>do</strong>te e o sacrifício.<br />

▪ O sacerdócio de Cristo é superior ao sacerdócio levítico, sen<strong>do</strong> definitivo e totalmente eficaz (Hb 2.17; 3.1;<br />

4.14-16; 5.10; 6.20; 7.24-27; 9.12,26; 10.12).<br />

(3) To<strong><strong>do</strong>s</strong> os crentes são sacer<strong>do</strong>tes, especialmente nas áreas da a<strong>do</strong>ração, serviço e testemunho (I Pe 2.5-<br />

9).<br />

(4) Associa<strong>do</strong> ao sacerdócio <strong>do</strong> cristão há o aspecto governamental, isto é, os santos desfrutam <strong>do</strong> governo<br />

de Deus e, no futuro, eles reinarão com Cristo (I Pe 2.9; Ap 1.5-6).<br />

(5) Não há um ofício sacer<strong>do</strong>tal na <strong>Igreja</strong>. Essa idéia é estranha ao NT.<br />

(6) A idéia de uma classe sacer<strong>do</strong>tal foi desenvolvida na Idade Média. O clero era uma classe distinta <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

leigos e <strong>do</strong>tada de dignidade e direitos especiais. Isso era resultante da interpretação da eucaristia como<br />

um sacrifício (a repetição <strong>do</strong> sacrifício de Cristo), o que implicava na existência da figura <strong>do</strong> sacer<strong>do</strong>te.<br />

(7) A decisão de que os sacramentos só podiam ser ministra<strong><strong>do</strong>s</strong> através <strong>do</strong> sacerdócio, acarretou na<br />

hierarquia <strong><strong>do</strong>s</strong> sacer<strong>do</strong>tes sobre os leigos, dan<strong>do</strong>-lhes um enorme poder sobre a vida <strong><strong>do</strong>s</strong> fiéis.<br />

(8) Biblicamente, quan<strong>do</strong> Deus instituiu o sacerdócio levita, jamais teve como propósito criar uma classe de<br />

servos de primeira linha em detrimento <strong><strong>do</strong>s</strong> outros, como de segunda grandeza. O serviço sacer<strong>do</strong>tal era<br />

apenas ordenação de serviço.<br />

(9) Apesar de para Deus não haver acepção de pessoas (Rm 2.11 ; Ef 2.13-16), Ele escolhe homens e<br />

mulheres para propósitos específicos (Jz 4.4-5; Jr 1.4-5; Rm 16.1-2).<br />

(10) Os sacer<strong>do</strong>tes no AT tinham o objetivo de servir o povo em relação ao culto a Deus. Os sacer<strong>do</strong>tes eram<br />

pessoas separadas para um ofício, mas como seres humanos iguais aos seus irmãos, podiam ter família e<br />

viver socialmente.<br />

(11) Não havia privilégios de Deus para os sacer<strong>do</strong>tes, mas uma vocação e serviço especiais; não havia<br />

acessos especiais a Deus, pois a mediação e sacrifícios eram para eles mesmos e para to<strong>do</strong> povo.<br />

(12) A ação sacer<strong>do</strong>tal e litúrgica <strong><strong>do</strong>s</strong> levitas era para o povo de Israel e, ao mesmo tempo, o próprio Israel foi<br />

feito povo sacer<strong>do</strong>tal às nações (Ex 19.6).<br />

(13) Apesar da <strong>Igreja</strong> Primitiva conferir honra aos ministros que a serviam (Hb 13.7; I Tm 5.1), isto jamais<br />

objetivou a instituição de privilégios não compartilha<strong><strong>do</strong>s</strong> pelos cristãos comuns, nem a existência de uma<br />

classe especial de religiosos.<br />

(14) Os reforma<strong>do</strong>res defenderam o sacerdócio de to<strong><strong>do</strong>s</strong> os crentes, mas não rejeitaram a ordenação de<br />

ministros da Palavra e suas responsabilidades sacramentais. A sua grande rejeição residia na existência<br />

de um sacer<strong>do</strong>te, missionário, bispo ou monge de estarem total e exclusivamente envolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> com as<br />

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atividades religiosas e serem consideradas pessoas mais próximas de Deus e distintas das demais em<br />

santidade.<br />

(15) A Reforma restaurou o leigo como membro <strong>do</strong> Corpo de Cristo e, portanto, ten<strong>do</strong> ministério na <strong>Igreja</strong>,<br />

assim como o pastor é ordena<strong>do</strong> para o ministério da Palavra e ministração <strong><strong>do</strong>s</strong> sacramentos. A<br />

pluralidade de ministérios apenas deveria ser vista como distinção funcional.<br />

(16) Calvino, com a sua <strong>do</strong>utrina da pluralidade <strong><strong>do</strong>s</strong> ministérios eclesiásticos, abriu definitivamente as portas<br />

para o ministério leigo participativo.<br />

(17) O ensino reforma<strong>do</strong> sobre os ministérios plurais apresenta quatro ofícios eclesiásticos: Pastor, Mestre,<br />

Presbítero e Diácono. Calvino é o único reforma<strong>do</strong>r a defender que os ofícios de presbítero e diácono são<br />

também permanentes como os demais.<br />

(18) A conclusão prática da <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> sacerdócio universal <strong><strong>do</strong>s</strong> crentes é de considerar a <strong>Igreja</strong> como povo de<br />

Deus, evidenciada pela ação <strong>do</strong> Espírito Santo em to<strong><strong>do</strong>s</strong> e através de to<strong><strong>do</strong>s</strong>, fazen<strong>do</strong>-nos membros<br />

comprometi<strong><strong>do</strong>s</strong> da <strong>Igreja</strong> de Cristo e dan<strong>do</strong>-nos o privilégio de participarmos da missão de Deus.<br />

Conclusão<br />

A <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> <strong>Sacerdócio</strong> <strong>Universal</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>Crentes</strong> rejeita a instituição de um clero distinto <strong>do</strong> povo da igreja.<br />

Assim, não temos sacer<strong>do</strong>tes entre nós no senti<strong>do</strong> de alguém com mais acesso a Deus <strong>do</strong> que os demais, ao mesmo<br />

tempo em que to<strong><strong>do</strong>s</strong> nós somos sacer<strong>do</strong>tes, porque temos livre acesso a Deus, sem necessidade de um media<strong>do</strong>r<br />

humano. Assim, por exemplo, o pastor não é um media<strong>do</strong>r. Sua oração não é a mais poderosa, mas tem tanto valor,<br />

aos olhos de Deus, quanto àquelas <strong><strong>do</strong>s</strong> demais membros da comunidade cristã.<br />

Lutero tentou apagar o conceito católico de que a <strong>Igreja</strong> era a liderança, o clero. Para ele, <strong>Igreja</strong> é o povo e não a<br />

instituição, representada por seu clero. Ele queria a ênfase no povo, pois o povo é a <strong>Igreja</strong> e o povo é sacer<strong>do</strong>te.<br />

No entanto, esta <strong>do</strong>utrina tem si<strong>do</strong> crescentemente desconsiderada em muitas igrejas, como resulta<strong>do</strong> de um<br />

mau entendimento de que temos um clero e um laicato. Demonstração disso sucede, por exemplo, quan<strong>do</strong> se instituem<br />

nas igrejas ministros forma<strong><strong>do</strong>s</strong> e assalaria<strong><strong>do</strong>s</strong> para tu<strong>do</strong>, como se fosse a única alternativa de prover liderança para as<br />

comunidades eclesiásticas. É como se apenas as pessoas que são formadas em seminários, e que sejam devidamente<br />

remuneradas, podem realizar a obra de Deus. Em outras palavras: os ministros fazem o trabalho e os crentes pagam a<br />

conta.<br />

Bibliografia<br />

GEORGE, Timothy. Teologia <strong><strong>do</strong>s</strong> reforma<strong>do</strong>res. São Paulo: Mun<strong>do</strong> Cristão, 1994.<br />

LYRA, Sérgio Paulo Ribeiro. O ministério leigo - uma perspectiva histórico-missiológica. Disponível em: < >. Acesso em: 11 mar. de 2004.<br />

10:19:31.<br />

MURRAY, Iain. A <strong>Igreja</strong>: crescimento e sucesso: In: Fé para hoje, n.º 6. São José <strong><strong>do</strong>s</strong> Campos, SP: Fiel, 2000.<br />

Para Revisão<br />

1. Para que os crentes são sacer<strong>do</strong>tes?<br />

2. A <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> sacerdócio universal <strong><strong>do</strong>s</strong> crentes é uma <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> NT ou está prevista no AT?<br />

3. Qual era a função sacer<strong>do</strong>tal no AT?<br />

4. Que contribuição trouxe Lutero para a <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> sacerdócio?<br />

5. Existe o <strong>do</strong>m de sacerdócio?<br />

6. Como algumas igrejas neopentecostais e carismáticas têm utiliza<strong>do</strong> a <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> sacerdócio?<br />

Para Discussão<br />

1. To<strong><strong>do</strong>s</strong> os membros da <strong>Igreja</strong> são sacer<strong>do</strong>tes?<br />

2. Qual é o grande marco divisor entre o sacerdócio no AT e no NT?<br />

3. Jesus se fez peca<strong>do</strong> ou peca<strong>do</strong>r por nós na cruz?<br />

4. Qual o impacto que a <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> sacerdócio universal <strong><strong>do</strong>s</strong> crentes provocou na <strong>Igreja</strong> Medieval?<br />

5. Quem são os ministros na <strong>Igreja</strong>?<br />

Autor: Rubem Ximenes<br />

____________________________________________________________________________________<br />

IGREJA PRESBITERIANA DO FAROL<br />

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