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Sacerdócio Universal dos Crentes - Igreja Presbiteriana do Farol

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL<br />

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O sacerdócio de to<strong><strong>do</strong>s</strong> os crentes é ao mesmo tempo um privilégio, quanto uma responsabilidade; uma posição<br />

e também um serviço. Duas conseqüências práticas daí surgem:<br />

(1) Ninguém pode ser um crente sozinho, viven<strong>do</strong> sua fé na solidão. Não podemos servir a Deus sozinhos.<br />

Isso nos leva à definição de igreja visível como a “comunhão <strong><strong>do</strong>s</strong> santos”, onde os que crêem em Cristo é<br />

que são os santos. Portanto, a igreja local não é o conjunto <strong><strong>do</strong>s</strong> supercristãos que estão na glória celeste.<br />

Além disso, não é a comunhão de uns para com os outros que vai formar a <strong>Igreja</strong>. A base fundamental é a<br />

comunhão que os membros têm em comum com Cristo. Esta comunhão produz relacionamento saudável<br />

entre os irmãos. Quan<strong>do</strong> individualmente uma pessoa passa a ter comunhão pessoal com Cristo, no<br />

mesmo momento e por essa causa, passa a ter comunhão também com to<strong><strong>do</strong>s</strong> os estão uni<strong><strong>do</strong>s</strong> a Jesus.<br />

Cristo é o nosso ponto de encontro, união e de identificação.<br />

(2) A igreja é o povo. São as pessoas que formam a igreja, com suas próprias vidas, e não os aspectos<br />

organizacionais ou seus programas. <strong>Igreja</strong> é a gente da <strong>Igreja</strong>, não as formas de seu agrupamento. Desse<br />

mo<strong>do</strong>, em senti<strong>do</strong> bíblico mais profun<strong>do</strong>, não formamos a <strong>Igreja</strong>, mas somos pessoalmente a <strong>Igreja</strong>. Isto é<br />

verdade se Deus é que nos chamou, Cristo congregou e o Espírito aperfeiçoan<strong>do</strong> pela Palavra divina que<br />

orienta e ensina.<br />

4. Servin<strong>do</strong> em Nome de Deus<br />

Os ofícios apresenta<strong><strong>do</strong>s</strong> por Paulo em Ef 4.11 – como também os descritos em Rm 12 e I<br />

Co 12 - foram da<strong><strong>do</strong>s</strong> e estabeleci<strong><strong>do</strong>s</strong> para o aperfeiçoamento de to<strong><strong>do</strong>s</strong> os santos (os separa<strong><strong>do</strong>s</strong>)<br />

“a fim de que estes” cumpram o seu serviço na <strong>Igreja</strong>. Assim, na igreja o trabalho não é apenas<br />

pastoral ou <strong><strong>do</strong>s</strong> presbíteros e diáconos, mas é também e fundamentalmente comunitário, é de<br />

to<strong><strong>do</strong>s</strong>. Toda a <strong>Igreja</strong> participa em produzir o seu próprio crescimento, seja ele quantitativo<br />

(aumento <strong>do</strong> número de membros), qualitativo (crescimento na fé e na maturidade) ou orgânico<br />

(crescimento na comunhão).<br />

Quan<strong>do</strong> Lutero falou <strong>do</strong> <strong>Sacerdócio</strong> <strong>Universal</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>Crentes</strong>, ele tinha em mente que na <strong>Igreja</strong> de Cristo não pode<br />

haver a divisão entre aqueles que trabalham e os que apenas são especta<strong>do</strong>res e somente ouvem comodamente. Na<br />

verdade, to<strong><strong>do</strong>s</strong> são chama<strong><strong>do</strong>s</strong>, equipa<strong><strong>do</strong>s</strong> e comissiona<strong><strong>do</strong>s</strong> para os ministérios cristãos, na riqueza da sua diversidade<br />

e variações. Assim, os <strong>do</strong>ns espirituais trazem implicações de responsabilidade com a edificação de nossos irmãos.<br />

Murray (2000, p. 20) escreveu que “não há crescimento em igrejas que dependem de algumas poucas pessoas<br />

e os demais membros são especta<strong>do</strong>res. Sempre existe progresso e multiplicação em igrejas cujos membros são<br />

vibrantes e intentam servir a Cristo”.<br />

A palavra leigo quer dizer alguém <strong>do</strong> povo. Como conseqüência, o seu uso para os não consagra<strong><strong>do</strong>s</strong> aos<br />

ministérios é inexato e até inadequa<strong>do</strong>. Na verdade, to<strong><strong>do</strong>s</strong> nós somos ministros, pois to<strong><strong>do</strong>s</strong> somos servos. E to<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

somos leigos, porque to<strong><strong>do</strong>s</strong> somos povo. Assim, não temos clero nem leigos, como ensina até hoje a <strong>Igreja</strong> Católica<br />

Romana.<br />

Algumas denominações históricas, e mais notadamente as neopentecostais, têm busca<strong>do</strong> suas bases<br />

ministeriais no AT e não no NT, usan<strong>do</strong>, inclusive, utilizan<strong>do</strong> termos ministeriais encontra<strong><strong>do</strong>s</strong> no NT, mas com o<br />

significa<strong>do</strong> <strong>do</strong> AT. Quem assim age, por exemplo, afirma que o pastor segun<strong>do</strong> o NT deve ser visto como um<br />

sacer<strong>do</strong>te, mas é o ungi<strong>do</strong> <strong>do</strong> Senhor (AT), o detentor único de uma relação especial com Deus que os outros não têm<br />

(AT), possui<strong>do</strong>r de poderes privilegia<strong><strong>do</strong>s</strong> e de orar mais efetivamente quan<strong>do</strong> intercede (AT). É comum observar no<br />

ambiente das igrejas neopentecostais e algumas pentescostais, os pastores tornam as igrejas inteiramente<br />

dependentes deles. Só eles têm a oração poderosa, a corrente de libertação só pode ser feita por eles, só eles<br />

quebram as maldições etc. Eles se tornam crentes acima <strong><strong>do</strong>s</strong> outros, incontestáveis, líderes que devem ser acata<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />

Têm uma autoridade espiritual especial que os outros não têm, como se eles tivessem um canal exclusivo de<br />

comunicação com Deus.<br />

Além disso, há mudanças substanciais na forma <strong>do</strong> culto dessas igrejas. Para esses pastores, são interessantes<br />

atos de culto com a presença e o uso de objetos, palavras, frases e gestos sagra<strong><strong>do</strong>s</strong>, comemorações de festas<br />

judaicas etc. Assim, a forma pomposa <strong>do</strong> judaísmo é dita ou considerada ser mais atraente, pois permite mais e maior<br />

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IGREJA PRESBITERIANA DO FAROL<br />

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