Sacerdócio Universal dos Crentes - Igreja Presbiteriana do Farol
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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL<br />
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A função <strong>do</strong> sacer<strong>do</strong>te <strong>do</strong> AT deve ser entendida como uma figura que apontava pra Jesus Cristo, e para a forte<br />
ênfase ao contexto <strong>do</strong> relacionamento entre Deus e o Povo de Israel. Assim, os sacer<strong>do</strong>tes, como servos da Aliança,<br />
tinham o ofício de media<strong>do</strong>res, atuan<strong>do</strong> nos <strong>do</strong>is senti<strong><strong>do</strong>s</strong>: <strong>do</strong> Povo para Deus e de Deus para o Povo. Porém, a função<br />
principal e mais relevante era como media<strong>do</strong>r entre Deus e o Povo.<br />
A necessidade da existência <strong>do</strong> sacerdócio é decorrente da natureza pecaminosa <strong>do</strong> ser humano. Pois, haven<strong>do</strong><br />
o peca<strong>do</strong>, a natureza pura de Deus não pode conviver com as suas criaturas decaídas, resultan<strong>do</strong> na quebra <strong>do</strong><br />
relacionamento e na santa ira divina. Para aplacar essa ira e restabelecer o relacionamento era necessário um<br />
media<strong>do</strong>r e a oferta sacrificial pelo peca<strong>do</strong>, assim como alguém para oferecê-lo. Essa função media<strong>do</strong>ra era o ofício <strong>do</strong><br />
sacer<strong>do</strong>te.<br />
A instituição <strong>do</strong> sacerdócio está associada à Lei através de Moisés (Hb 7.11-12). Ao serem confronta<strong><strong>do</strong>s</strong> com a<br />
Lei (padrão divino de retidão requeri<strong>do</strong>), os seres humanos são reprova<strong><strong>do</strong>s</strong>. Como conseqüência, existe a necessidade<br />
de um sacerdócio para mediar, de forma redentora, a relação entre Deus e o peca<strong>do</strong>r.<br />
2. O Acesso a Deus: Ontem e Hoje<br />
Ser sacer<strong>do</strong>te significa oferecer sacrifícios e agradar a Deus. Esse ofício está descrito<br />
em Hb 5.1 (a carta aos Hebreus é considerada a Epístola <strong>do</strong> <strong>Sacerdócio</strong>, com grande enlace<br />
com o livro de Levítico), com as seguintes palavras: Cada Grande Sacer<strong>do</strong>te é escolhi<strong>do</strong><br />
entre os homens e nomea<strong>do</strong> para servir a Deus em favor <strong>do</strong> povo, apresentan<strong>do</strong> a Deus<br />
ofertas e sacrifícios pelos peca<strong><strong>do</strong>s</strong>. Assim, to<strong>do</strong> sacer<strong>do</strong>te deve ter o que oferecer. São<br />
diferentes tipos de ofertas (ver Lv 1-7), mas a principal está ligada à oferta pelo peca<strong>do</strong>. A<br />
maior oferta, contu<strong>do</strong>, foi oferecida por Jesus (Hb 8.3), oferecen<strong>do</strong>-se a si mesmo (Hb 7.27), isto é, o seu próprio<br />
sangue (Hb 9.12) e o seu corpo (Hb 10.10).<br />
Durante o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> AT, o acesso <strong>do</strong> ser humano a Deus era limita<strong>do</strong> e sempre intermedia<strong>do</strong> pelo sumo<br />
sacer<strong>do</strong>te, que apenas uma vez ao ano podia entrar no Lugar Santíssimo, a fim de encontrar-se com o Senhor Deus.<br />
Havia, inclusive, uma grossa cortina para separar o Lugar Santo <strong>do</strong> Santíssimo e o sumo sacer<strong>do</strong>te tinha o seu corpo<br />
amarra<strong>do</strong> por cordas, como recurso necessário a retirá-lo de lá em caso de impedimentos de locomoção. Naquela<br />
época:<br />
(1) Apenas os sacer<strong>do</strong>tes, que eram da tribo levita, eram designa<strong><strong>do</strong>s</strong> para levar as ofertas e realizar os<br />
sacrifícios.<br />
(2) Apenas as pessoas que cumpriam os ritos <strong>do</strong> Dia da Expiação eram consideradas em relacionamento<br />
aberto com Deus.<br />
(3) Apenas as pessoas que conheciam, respeitavam e obedeciam aos requisitos da Lei eram consideradas<br />
justas.<br />
(4) Essa ordem sacer<strong>do</strong>tal <strong>do</strong> AT era imperfeita, haven<strong>do</strong> necessidade de outra ordem, nova e diferente (Sl<br />
110.4).<br />
(5) A antiga ordem sacer<strong>do</strong>tal não efetivava a realidade da reconciliação com Deus, mas, apenas,<br />
representava o princípio preparatório da propiciação (cobertura <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>).<br />
(6) Havia a promessa da nova aliança (Jr 31.31-34) que colocaria a Lei de Deus no coração <strong>do</strong> seu povo e<br />
removeria os seus peca<strong><strong>do</strong>s</strong> para sempre.<br />
(7) Os sacer<strong>do</strong>tes <strong>do</strong> AT eram to<strong><strong>do</strong>s</strong> mortais e peca<strong>do</strong>res, necessitan<strong>do</strong>, eles próprios, serem redimi<strong><strong>do</strong>s</strong> e<br />
reconcilia<strong><strong>do</strong>s</strong>. Assim, antes de oferecerem sacrifícios pelo povo, entregavam ofertas pelos seus próprios<br />
peca<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />
(8) A repetição <strong><strong>do</strong>s</strong> sacrifícios ofereci<strong><strong>do</strong>s</strong> pelos sacer<strong>do</strong>tes demonstra não apenas a insuficiência daqueles<br />
sacrifícios, mas, também, a sua incompetência (Hb 5.3, 7.27 e 10.1-2).<br />
(9) Os animais ofereci<strong><strong>do</strong>s</strong> nos sacrifícios simbolizavam a transferência <strong><strong>do</strong>s</strong> peca<strong><strong>do</strong>s</strong> da pessoa peca<strong>do</strong>ra para<br />
uma vítima inocente. Como conseqüência, a natureza daqueles sacrifícios era simbólica, “porque é<br />
impossível que o sangue de touros e de bodes remova peca<strong><strong>do</strong>s</strong>.” (Hb 10.4).<br />
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IGREJA PRESBITERIANA DO FAROL<br />
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