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Revista Pedagógica – Língua Portuguesa 9º ano do Ensino - seape

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evista pedagógica<br />

<strong>Língua</strong> portuguesa <strong>9º</strong> <strong>ano</strong> <strong>do</strong> ensino Fundamental<br />

seaPe2011<br />

ISSN 2237-8308


ISSN 2237-8308<br />

sEAPE2011<br />

SiStema eStadual de avaliação da aprendizagem eScolar<br />

reviSta pedagógica<br />

língua portuguesa <strong>9º</strong> <strong>ano</strong> <strong>do</strong> ensino Fundamental


governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> acre<br />

Tião Viana<br />

vice <strong>–</strong> governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> acre<br />

Carlos Cesar Correia de Messias<br />

Secretário de esta<strong>do</strong> de educação e esporte<br />

Daniel Queiroz de Sant´ana<br />

Secretário adjunto de esta<strong>do</strong> de educação e esporte<br />

Railton Geber da Rocha<br />

diretor de ensino<br />

Josenir de Araujo Calixto<br />

coordena<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> ensino médio<br />

Ligia Maria Pereira de Souza Carvalho<br />

coordena<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> ensino Fundamental<br />

Francisca Bezerra da Silva<br />

coordena<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> ensino rural<br />

Francisca das Chagas Souza da Silva


7<br />

13<br />

39<br />

67<br />

A importânciA <strong>do</strong>s<br />

resultA<strong>do</strong>s<br />

A escAlA de proficiênciA<br />

pAdrões de desempenho<br />

estudAntil<br />

o trABAlho continuA<br />

8 os resulta<strong>do</strong>s da sua escola<br />

14<br />

16<br />

34<br />

40<br />

44<br />

50<br />

58<br />

65<br />

A estrutura da escala de proficiência<br />

<strong>do</strong>mínios e competências<br />

como formar um leitor proficiente<br />

Abaixo <strong>do</strong> Básico<br />

Básico<br />

Adequa<strong>do</strong><br />

Avança<strong>do</strong><br />

com a palavra, o professor


A importânciA <strong>do</strong>s resultA<strong>do</strong>s<br />

as avaliações em larga escala realizadas pelo Sistema<br />

estadual de avaliação da aprendizagem escolar<br />

(Seape), ao oferecer medidas acerca <strong>do</strong> progresso <strong>do</strong><br />

sistema de ensino como um to<strong>do</strong> e, em particular, de<br />

cada escola, atendem a <strong>do</strong>is propósitos principais: o de<br />

prestar contas à sociedade sobre a eficácia <strong>do</strong>s serviços<br />

educacionais ofereci<strong>do</strong>s à população, e o de fornecer<br />

subsídios para o planejamento das escolas em suas<br />

atividades de gestão e de intervenção pedagógica. para<br />

as escolas, a oportunidade de receber os seus resulta<strong>do</strong>s<br />

de forma individualizada tem como finalidade prover<br />

subsídios para o planejamento de suas ações de aprendizagem.<br />

a revista pedagógica, portanto, foi criada para<br />

atender ao objetivo de divulgar os da<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s pelo<br />

Seape de maneira que eles possam ser, efetivamente,<br />

utiliza<strong>do</strong>s como subsídio para as diversas instâncias<br />

gestoras, bem como por cada unidade escolar.<br />

nesta revista pedagógica você encontrará os resulta<strong>do</strong>s<br />

desta escola em língua portuguesa para o <strong>9º</strong> <strong>ano</strong> <strong>do</strong><br />

ensino Fundamental. para a interpretação pedagógica<br />

desses resulta<strong>do</strong>s, a escala de proficiência, com seus<br />

<strong>do</strong>mínios e competências, será fundamental. com ela,<br />

torna-se possível entender em quais pontos os alunos<br />

estão em relação ao desenvolvimento das habilidades<br />

consideradas essenciais ao aprendiza<strong>do</strong> da língua portuguesa.<br />

como você verá, o detalhamento <strong>do</strong>s níveis<br />

de complexidade das habilidades, apresenta<strong>do</strong> nos <strong>do</strong>mínios<br />

e competências da escala, prioriza a descrição<br />

<strong>do</strong> desenvolvimento cognitivo ao longo <strong>do</strong> processo de<br />

escolarização. essas informações são muito importantes<br />

para o planejamento <strong>do</strong>s professores, bem como para<br />

as intervenções pedagógicas em sala de aula.<br />

os padrões de desempenho oferecem à escola os subsídios<br />

necessários para a elaboração de metas coletivas.<br />

assim, ao relacionar a descrição das habilidades com o<br />

percentual de estudantes em cada padrão, a escola pode<br />

elaborar o seu projeto com propostas mais concisas e<br />

eficazes, capazes de trazer modificações substanciais<br />

para o aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong>s estudantes com vistas à promoção<br />

da equidade.<br />

também são apresenta<strong>do</strong>s, nesta revista, alguns artigos<br />

importantes sobre o ensino de língua portuguesa e<br />

depoimentos de professores que, como você, fazem toda<br />

a diferença nas comunidades em que atuam.<br />

7


8<br />

os resultA<strong>do</strong>s dA suA escolA<br />

os resulta<strong>do</strong>s desta escola no<br />

Seape 2011 são apresenta<strong>do</strong>s<br />

sob seis aspectos. Quatro deles<br />

estão impressos nesta revista.<br />

os outros <strong>do</strong>is, que se referem<br />

aos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> percentual de<br />

acerto no teste, estão disponíveis<br />

no cd (anexo a esta revista) e no<br />

portal da avaliação, pelo endereço<br />

eletrônico www.<strong>seape</strong>.caedufjf.net.<br />

o acesso ao portal da avaliação é<br />

realiza<strong>do</strong> mediante senha enviada<br />

ao gestor da escola.<br />

resultA<strong>do</strong>s impressos nestA revistA<br />

1. Proficiência média<br />

apresenta a proficiência média desta escola. você pode comparar a<br />

proficiência com as médias da sua regional e <strong>do</strong> seu município para a<br />

sua rede. o objetivo é proporcionar uma visão das proficiências médias<br />

e posicionar sua escola em relação a essas médias.<br />

2. Participação (número de alunos)<br />

informa o número estima<strong>do</strong> de alunos para a realização <strong>do</strong> teste e<br />

quantos, efetivamente, participaram da avaliação na sua regional, no<br />

seu município e na sua escola.<br />

3. Evolução <strong>do</strong> percentual de alunos por padrão de desempenho<br />

permite que você acompanhe a evolução <strong>do</strong> percentual de alunos nos<br />

padrões de desempenho das avaliações realizadas pelo Seape em suas<br />

últimas edições.


4. Percentual de alunos por nível de proficiência e padrão de desempenho<br />

apresenta a distribuição <strong>do</strong>s alunos ao longo <strong>do</strong>s intervalos de proficiência<br />

na regional, no município e na sua escola. os gráficos permitem que você<br />

identifique o percentual de alunos para cada padrão de desempenho.<br />

isso será fundamental para planejar intervenções pedagógicas, voltadas<br />

à melhoria <strong>do</strong> processo de ensino e promoção da equidade escolar.<br />

resultA<strong>do</strong>s disponíveis no cd e no portAl dA AvAliAção<br />

5. Percentual de acerto por descritor 6. Resulta<strong>do</strong>s por aluno<br />

Apresenta o percentual de acerto no teste<br />

para cada uma das habilidades avaliadas.<br />

Esses resulta<strong>do</strong>s são apresenta<strong>do</strong>s por<br />

regional, município, escola, turma e aluno.<br />

Cada aluno pode ter acesso aos seus resulta<strong>do</strong>s<br />

no SEAPE. Nesse boletim é informa<strong>do</strong><br />

o padrão de desempenho alcança<strong>do</strong> e quais<br />

habilidades ele possui desenvolvidas em<br />

<strong>Língua</strong> <strong>Portuguesa</strong> para o <strong>9º</strong> <strong>ano</strong> <strong>do</strong> <strong>Ensino</strong><br />

Fundamental. Essas são informações importantes<br />

para o acompanhamento, pelo aluno e<br />

seus familiares, de seu desempenho escolar.<br />

11


A escAlA de proficiênciA<br />

uma escala é a expressão da medida<br />

de uma grandeza. É uma forma de<br />

apresentar resulta<strong>do</strong>s com base em<br />

uma espécie de régua em que os valores<br />

são ordena<strong>do</strong>s e categoriza<strong>do</strong>s.<br />

para as avaliações em larga escala da<br />

educação básica realizadas no Brasil,<br />

os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s alunos em língua<br />

portuguesa são dispostos em uma<br />

escala de proficiência definida pelo<br />

Sistema nacional de avaliação da<br />

educação Básica (SaeB). as escalas <strong>do</strong><br />

SaeB permitem ordenar os resulta<strong>do</strong>s<br />

de desempenho em um continuum, ou<br />

seja, <strong>do</strong> nível mais baixo ao mais alto.<br />

assim, os alunos que alcançaram um<br />

nível mais alto da escala, por exemplo,<br />

mostram que possuem o <strong>do</strong>mínio das<br />

habilidades presentes nos níveis anteriores.<br />

isso significa que o estudante<br />

<strong>do</strong> último <strong>ano</strong> <strong>do</strong> ensino médio deve,<br />

naturalmente, ser capaz de <strong>do</strong>minar<br />

habilidades em um nível mais complexo<br />

<strong>do</strong> que as de um aluno <strong>do</strong> 5º <strong>ano</strong> <strong>do</strong><br />

ensino Fundamental.<br />

as escalas apresentam, também, para<br />

cada intervalo, as habilidades presentes<br />

naquele ponto, o que é muito importante<br />

para o diagnóstico das habilidades<br />

ainda não consolidadas em cada etapa<br />

de escolaridade.<br />

a grande vantagem da a<strong>do</strong>ção de uma<br />

escala de proficiência é sua capacidade<br />

de traduzir as medidas obtidas em diagnósticos<br />

qualitativos <strong>do</strong> desempenho<br />

escolar. com isso, os educa<strong>do</strong>res têm<br />

acesso à descrição das habilidades distintivas<br />

<strong>do</strong>s intervalos correspondentes<br />

a cada nível e podem atuar com mais<br />

precisão na detecção de dificuldades de<br />

aprendizagens, bem como planejar e<br />

executar ações de correção de rumos.<br />

13


14<br />

Domínios Competências Descritores<br />

apropriação <strong>do</strong><br />

sistema da escrita<br />

estratégias de leitura<br />

processamento <strong>do</strong> texto<br />

localiza informação. d1<br />

identifica tema. d6<br />

realiza inferência. d3, d4, d5, d16, d17, d18 e d19<br />

identifica gênero, função, e<br />

destinatário de um texto.<br />

d12<br />

estabelece relações lógico-discursivas. d2, d9, d11 e d15<br />

identifica elementos de<br />

um texto narrativo.<br />

A estruturA dA escAlA de proficiênciA<br />

na primeira coluna da escala são<br />

apresenta<strong>do</strong>s os grandes <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong><br />

conhecimento em língua portuguesa<br />

para toda a educação básica. esses<br />

<strong>do</strong>mínios são agrupamentos de competências<br />

que, por sua vez, agregam<br />

as habilidades presentes na matriz de<br />

referência de língua portuguesa. as<br />

colunas seguintes mostram a relação<br />

entre a escala e a matriz, para cada<br />

competência, trazen<strong>do</strong> os descritores<br />

que lhes são relaciona<strong>do</strong>s.<br />

identifica letras. *<br />

reconhece convenções gráficas. *<br />

manifesta consciência fonológica. *<br />

lê palavras. *<br />

d10<br />

estabelece relações entre textos. d20<br />

distingue posicionamentos. d7, d8, d14 e d21<br />

identifica marcas linguísticas. d13<br />

* as habilidades relativas a essas competências são avaliadas nas séries iniciais <strong>do</strong> ensino Fundamental.<br />

as habilidades, representadas por diferentes<br />

cores, que vão <strong>do</strong> amarelo-claro ao vermelho,<br />

estão dispostas nas várias linhas da<br />

escala. essas cores indicam a gradação de<br />

complexidade das habilidades pertinentes<br />

a cada competência. assim, por exemplo, a<br />

cor amarelo-clara indica o primeiro nível de<br />

complexidade da habilidade, passan<strong>do</strong> pelo<br />

laranja e in<strong>do</strong> até o nível mais complexo,<br />

representa<strong>do</strong> pela cor vermelha. a legenda<br />

explicativa das cores informa sobre essa<br />

gradação na própria escala.<br />

na primeira linha da escala estão dividi<strong>do</strong>s<br />

to<strong>do</strong>s os intervalos em faixas<br />

de 25 pontos, que vão <strong>do</strong> zero a 500.<br />

em tons de verde, estão agrupa<strong>do</strong>s os<br />

padrões de desempenho defini<strong>do</strong>s pela<br />

Secretaria de esta<strong>do</strong> de educação e<br />

esporte <strong>do</strong> acre para o <strong>9º</strong> <strong>ano</strong> <strong>do</strong> ensino<br />

Fundamental. os limites entre os<br />

padrões transpassam a escala, no senti<strong>do</strong><br />

vertical, da primeira à última linha.


escAlA de proficiênciA<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

Abaixo <strong>do</strong> Básico<br />

Básico<br />

a gradação das cores indica a complexidade da tarefa.<br />

pAdrões de desempenho estudAntil pArA o <strong>9º</strong> Ano <strong>do</strong> ensino fundAmentAl<br />

Adequa<strong>do</strong><br />

Avança<strong>do</strong><br />

15


16<br />

<strong>do</strong>mínios e<br />

competênciAs<br />

os <strong>do</strong>mínios da escala de proficiência<br />

agrupam as competências básicas ao<br />

aprendiza<strong>do</strong> da língua portuguesa para<br />

toda a educação básica.<br />

ao relacionar os resulta<strong>do</strong>s de sua<br />

escola a cada um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios da escala<br />

de proficiência e aos respectivos<br />

intervalos de gradação de complexidade<br />

da habilidade, é possível diagnosticar,<br />

com grande precisão, <strong>do</strong>is pontos principais:<br />

o primeiro se refere ao nível de<br />

desenvolvimento obti<strong>do</strong> no teste e o<br />

segun<strong>do</strong> ao que é espera<strong>do</strong> <strong>do</strong>s alunos<br />

nas etapas de escolaridade em que se<br />

encontram. com esses da<strong>do</strong>s é possível<br />

implementar ações em nível de sala de<br />

aula com vistas ao desenvolvimento das<br />

habilidades ainda não consolidadas, o<br />

que, de certo, contribuirá para a melhoria<br />

<strong>do</strong> processo educativo da escola.<br />

ApropriAção <strong>do</strong> sistemA dA escritA<br />

professor, a apropriação <strong>do</strong> sistema de<br />

escrita é condição para que o estudante<br />

leia com compreensão e de forma<br />

autônoma. essa apropriação é o foco<br />

<strong>do</strong> trabalho nos <strong>ano</strong>s iniciais <strong>do</strong> ensino<br />

Fundamental, ao longo <strong>do</strong>s quais se espera<br />

que o estudante avance em suas<br />

hipóteses sobre a língua escrita. neste<br />

<strong>do</strong>mínio, encontram-se reunidas quatro<br />

competências que envolvem percepções<br />

acerca <strong>do</strong>s sinais gráficos que utilizamos<br />

na escrita <strong>–</strong> as letras <strong>–</strong> e sua organização<br />

na página e aquelas referentes a<br />

correspondências entre som e grafia. o<br />

conjunto dessas competências permite<br />

ao alfabetizan<strong>do</strong> ler com compreensão.


identificA letrAs<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

uma das primeiras hipóteses que a criança formula com relação à língua escrita é a de que escrita e desenho são uma mesma<br />

coisa. Sen<strong>do</strong> assim, quan<strong>do</strong> solicitada a escrever, por exemplo, “casa”, a criança pode simplesmente desenhar uma casa.<br />

Quan<strong>do</strong> começa a ter contatos mais sistemáticos com textos escritos, observan<strong>do</strong>-os e ven<strong>do</strong> os ser utiliza<strong>do</strong>s por outras<br />

pessoas, a criança começa a perceber que escrita e desenho são coisas diferentes, reconhecen<strong>do</strong> as letras como os sinais<br />

que se deve utilizar para escrever. para chegar a essa percepção, a criança deverá, inicialmente, diferenciar as letras de<br />

outros símbolos gráficos, como os números, por exemplo. uma vez perceben<strong>do</strong> essa diferenciação, um próximo passo será<br />

o de identificar as letras <strong>do</strong> alfabeto, nomean<strong>do</strong>-as e saben<strong>do</strong> identificá-las mesmo quan<strong>do</strong> escritas em diferentes padrões.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda não desenvolveram<br />

as habilidades relacionadas a esta competência.<br />

estudantes que se encontram em níveis de proficiência entre 75 e 100 pontos são capazes de diferenciar<br />

letras de outros rabiscos, desenhos e/ou outros sinais gráficos também utiliza<strong>do</strong>s na escrita. esse é<br />

um nível básico de desenvolvimento desta competência, representa<strong>do</strong> na escala pelo amarelo- claro.<br />

estudantes com proficiência entre 100 e 125 pontos são capazes de identificar as letras <strong>do</strong> alfabeto. esse<br />

novo nível de complexidade desta competência é indica<strong>do</strong>, na escala, pelo amarelo-escuro.<br />

estudantes com nível de proficiência acima de 125 pontos diferenciam as letras de outros sinais gráficos<br />

e identificam as letras <strong>do</strong> alfabeto, mesmo quan<strong>do</strong> escritas em diferentes padrões gráficos. esse da<strong>do</strong><br />

está indica<strong>do</strong> na escala de proficiência pela cor vermelha.<br />

17


18<br />

reconHece convençÕes GrÁficAs<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

mesmo quan<strong>do</strong> ainda bem pequenas, muitas crianças que têm contatos frequentes com situações de leitura imitam gestos<br />

leitores <strong>do</strong>s adultos. Fazem de conta, por exemplo, que leem um livro, folhean<strong>do</strong>-o e olhan<strong>do</strong> suas páginas. esse é um primeiro<br />

indício de reconhecimento das convenções gráficas. essas convenções incluem saber que a leitura se faz da esquerda para a<br />

direita e de cima para baixo ou, ainda, que, diferentemente da fala, se apresenta num fluxo contínuo e na escrita é necessário<br />

deixar espaços entre as palavras.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda não desenvolveram<br />

as habilidades relacionadas a esta competência.<br />

estudantes que se encontram em níveis de proficiência de 75 a 100 pontos reconhecem que o texto é<br />

organiza<strong>do</strong> na página escrita da esquerda para a direita e de cima para baixo. esse fato é representa<strong>do</strong><br />

na escala pelo amarelo-claro.<br />

estudantes com proficiência acima de 100 pontos, além de reconhecerem as direções da esquerda para<br />

a direita e de cima para baixo na organização da página escrita, também identificam os espaçamentos<br />

adequa<strong>do</strong>s entre palavras na construção <strong>do</strong> texto. na escala, esse novo nível de complexidade da competência<br />

está representa<strong>do</strong> pela cor vermelha.


mAnifestA consciênciA fonolÓGicA<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

a consciência fonológica se desenvolve quan<strong>do</strong> o sujeito percebe que a palavra é composta de unidades menores que ela<br />

própria. essas unidades podem ser a sílaba ou o fonema. as habilidades relacionadas a esta competência são importantes<br />

para que o estudante seja capaz de compreender que existe correspondência entre o que se fala e o que se escreve.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda não desenvolveram<br />

as habilidades relacionadas a esta competência.<br />

os estudantes que se encontram em níveis de proficiência entre 75 e 100 pontos identificam rimas e sílabas<br />

que se repetem em início ou fim de palavra. ouvir e recitar poesias, além de participar de jogos e brincadeiras<br />

que explorem a sonoridade das palavras contribuem para o desenvolvimento destas habilidades.<br />

estudantes com proficiência entre 100 e 125 pontos contam sílabas de uma palavra lida ou ditada. esse<br />

novo nível de complexidade da competência está representa<strong>do</strong> na escala pelo amarelo- escuro.<br />

estudantes com proficiência acima de 125 pontos já consolidaram essa competência e esse fato está<br />

representa<strong>do</strong> na escala de proficiência pela cor vermelha.<br />

19


20<br />

lê pAlAvrAs<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

para ler palavras com compreensão, o alfabetizan<strong>do</strong> precisa desenvolver algumas habilidades. uma delas, bastante elementar, é<br />

a de identificar as direções da escrita: de cima para baixo e da esquerda para direita. em geral, ao iniciar o processo de alfabetização,<br />

o alfabetizan<strong>do</strong> lê com maior facilidade as palavras formadas por sílabas no padrão consoante/vogal, isso porque, quan<strong>do</strong><br />

estão se aproprian<strong>do</strong> da base alfabética, as crianças constroem uma hipótese inicial de que todas as sílabas são formadas por<br />

esse padrão. posteriormente, em função de sua exposição a um vocabulário mais amplo e a atividades nas quais são solicitadas<br />

a refletir sobre a língua escrita, tornam-se hábeis na leitura de palavras compostas por outros padrões silábicos.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda não desenvolveram<br />

as habilidades relacionadas a esta competência.<br />

na escala de proficiência, o amarelo-claro indica que os estudantes que apresentam níveis de proficiência<br />

de entre 75 e 100 pontos são capazes de ler palavras formadas por sílabas no padrão consoante/vogal,<br />

o mais simples, e que, geralmente, é objeto de ensino nas etapas iniciais da alfabetização.<br />

o amarelo-escuro indica, na escala, que estudantes com proficiência entre 100 e 125 pontos alcançaram um<br />

novo nível de complexidade da competência de ler palavras: a leitura de palavra formadas por sílabas com<br />

padrão diferente <strong>do</strong> padrão consoante/vogal.<br />

a cor vermelha indica que estudantes com proficiência acima de 125 pontos já consolidaram as habilidades<br />

que concorrem para a construção da competência de ler palavras.


22<br />

estrAtÉGiAs de leiturA<br />

a concepção de linguagem que fundamenta<br />

o trabalho com a língua materna<br />

no ensino Fundamental é a de que a<br />

linguagem é uma forma de interação<br />

entre os falantes. consequentemente,<br />

o texto deve ser o foco <strong>do</strong> ensino da<br />

língua, uma vez que as interações entre<br />

os sujeitos, mediadas pela linguagem,<br />

se materializam na forma de textos de<br />

diferentes gêneros. o <strong>do</strong>mínio “estratégias<br />

de leitura” reúne as competências<br />

que possibilitam ao leitor utilizar recursos<br />

varia<strong>do</strong>s para ler com compreensão<br />

textos de diferentes gêneros.


locAliZA informAção<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

a competência de localizar informação explícita em textos pode ser considerada uma das mais elementares. com o seu desenvolvimento<br />

o leitor pode recorrer a textos de diversos gêneros, buscan<strong>do</strong> neles informações de que possa necessitar. esta<br />

competência pode apresentar diferentes níveis de complexidade - desde localizar informações em frases, por exemplo, até<br />

fazer essa localização em textos mais extensos - e se consolida a partir <strong>do</strong> desenvolvimento de um conjunto de habilidades<br />

que devem ser objeto de trabalho <strong>do</strong> professor em cada perío<strong>do</strong> de escolarização. isso está indica<strong>do</strong>, na escala de proficiência,<br />

pela gradação de cores.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 100 pontos, ainda não desenvolveram<br />

as habilidades relacionadas a esta competência.<br />

estudantes que se encontram em um nível de proficiência entre 100 e 125 pontos localizam informações<br />

em frases, pequenos avisos, bilhetes curtos, um verso. essa é uma habilidade importante porque mostra<br />

que o leitor consegue estabelecer nexos entre as palavras que compõem uma sentença, produzin<strong>do</strong> senti<strong>do</strong><br />

para o to<strong>do</strong> e não apenas para as palavras isoladamente. na escala de proficiência, o desenvolvimento<br />

desta habilidade está indica<strong>do</strong> pelo amarelo-claro.<br />

os estudantes, que apresentam proficiência entre 125 e 175 pontos, localizam informações em textos<br />

curtos, de gênero familiar e com poucas informações. esses leitores conseguem, por exemplo, a partir<br />

da leitura de um convite, localizar o lugar onde a festa acontecerá ou ainda, a partir da leitura de uma<br />

fábula, localizar uma informação relativa à caracterização de um <strong>do</strong>s personagens. esta habilidade está<br />

indicada, na escala, pelo amarelo-escuro.<br />

os estudantes com proficiência entre 175 e 225 pontos localizam informações em textos mais extensos,<br />

desde que o texto se apresente em gênero que lhes seja familiar. esses leitores selecionam, dentre as<br />

várias informações apresentadas pelo texto, aquela(s) que lhes interessa(m). na escala de proficiência,<br />

o laranja-claro indica o desenvolvimento desta habilidade.<br />

os estudantes com proficiência entre 225 e 250 pontos além de localizar informações em textos mais<br />

extensos, conseguem localizá-las, mesmo quan<strong>do</strong> o gênero e o tipo textual lhe são menos familiares.<br />

isso está indica<strong>do</strong>, na escala de proficiência, pelo laranja-escuro.<br />

a partir de 250 pontos, encontram-se os estudantes que localizam informações explícitas, mesmo<br />

quan<strong>do</strong> essas se encontram sob a forma de paráfrases. esses estudantes já consolidaram a habilidade<br />

de localizar informações explícitas, o que está indica<strong>do</strong>, na escala de proficiência, pela cor vermelha.<br />

23


24<br />

identificA temA<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

a competência de identificar tema se constrói pelo desenvolvimento de um conjunto de habilidades que permitem ao leitor<br />

perceber o texto como um to<strong>do</strong> significativo pela articulação entre suas partes.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos ainda não desenvolveram<br />

as habilidades relacionadas a esta competência.<br />

estudantes que apresentam um nível de proficiência entre 125 e 175 pontos identificam o tema de um<br />

texto desde que esse venha indica<strong>do</strong> no título, como no caso de textos informativos curtos, notícias de<br />

jornal ou revista e textos instrucionais. esses estudantes começam a desenvolver a competência de<br />

identificar tema de um texto, fato indica<strong>do</strong>, na escala de proficiência, pelo amarelo-claro.<br />

estudantes com proficiência entre 175 e 225 pontos, fazem a identificação <strong>do</strong> tema de um texto valen<strong>do</strong>-<br />

-se de pistas textuais. na escala de proficiência, o amarelo-escuro indica este nível mais complexo de<br />

desenvolvimento da competência de identificar tema de um texto.<br />

estudantes com proficiência entre 225 e 275 pontos identificam o tema de um texto mesmo quan<strong>do</strong><br />

esse tema não está marca<strong>do</strong> apenas por pistas textuais, mas é inferi<strong>do</strong> a partir da conjugação dessas<br />

pistas com a experiência de mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> leitor. Justamente por mobilizar intensamente a experiência de<br />

mun<strong>do</strong>, estudantes com esse nível de proficiência conseguem identificar o tema em textos que exijam<br />

inferências, desde que os mesmos sejam de gênero e tipo familiares. o laranja-claro indica este nível<br />

de complexidade mais eleva<strong>do</strong> da competência.<br />

Já os estudantes com nível de proficiência a partir de 275 pontos identificam o tema em textos de tipo<br />

e gênero menos familiares que exijam a realização de inferências nesse processo. esses estudantes já<br />

consolidaram a competência de identificar tema em textos, o que está indica<strong>do</strong> na escala de proficiência<br />

pela cor vermelha.


eAliZA inferênciAs<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

Fazer inferências é uma competência bastante ampla e que caracteriza leitores mais experientes, que conseguem ir além<br />

daquelas informações que se encontram na superfície textual, atingin<strong>do</strong> camadas mais profundas de significação. para realizar<br />

inferências, o leitor deve conjugar, no processo de produção de senti<strong>do</strong>s para o que lê, as pistas oferecidas pelo texto aos seus<br />

conhecimentos prévios, à sua experiência de mun<strong>do</strong>. estão envolvidas na construção da competência de fazer inferências as<br />

habilidades de: inferir o senti<strong>do</strong> de uma palavra ou expressão a partir <strong>do</strong> contexto no qual ela aparece; inferir o senti<strong>do</strong> de<br />

sinais de pontuação ou outros recursos morfossintáticos; inferir uma informação a partir de outras que o texto apresenta ou,<br />

ainda, o efeito de humor ou ironia em um texto.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda não desenvolveram<br />

as habilidades relacionadas a esta competência.<br />

o nível de complexidade dessa competência também pode variar em função de alguns fatores: se o texto<br />

apresenta linguagem não-verbal, verbal ou mista; se o vocabulário é mais ou menos complexo; se o<br />

gênero textual e a temática abordada são mais ou menos familiares ao leitor, dentre outros. estudantes<br />

com proficiência entre 125 e 175 pontos apresentam um nível básico de construção dessa competência,<br />

poden<strong>do</strong> realizar inferências em textos não-verbais como, por exemplo, tirinhas ou histórias sem<br />

texto verbal, e, ainda, inferir o senti<strong>do</strong> de palavras ou expressões a partir <strong>do</strong> contexto em que elas se<br />

apresentam. na escala de proficiência, o amarelo- claro indica esta etapa inicial de desenvolvimento da<br />

competência de realizar inferências.<br />

aqueles estudantes que apresentam proficiência entre 175 e 225 pontos inferem informações em textos<br />

não-verbais e de linguagem mista desde que a temática desenvolvida e o vocabulário emprega<strong>do</strong> lhes<br />

sejam familiares. esses estudantes conseguem, ainda, inferir o efeito de senti<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> por alguns<br />

sinais de pontuação e o efeito de humor em textos como piadas e tirinhas. na escala de proficiência o<br />

desenvolvimento destas habilidades pelos estudantes está indica<strong>do</strong> pelo amarelo-escuro.<br />

estudantes com proficiência entre 225 e 275 pontos realizam tarefas mais sofisticadas como inferir<br />

o senti<strong>do</strong> de uma expressão metafórica ou efeito de senti<strong>do</strong> de uma onomatopeia; inferir o efeito de<br />

senti<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> pelo uso de uma palavra em senti<strong>do</strong> conotativo e pelo uso de notações gráficas e,<br />

ainda, o efeito de senti<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> pelo uso de determinadas expressões em textos pouco familiares<br />

e/ou com vocabulário mais complexo. na escala de proficiência o desenvolvimento destas habilidades<br />

está indica<strong>do</strong> pelo laranja-claro.<br />

estudantes com proficiência a partir de 275 pontos já consolidaram a habilidade de realizar inferências,<br />

pois, além das habilidades relacionadas aos níveis anteriores da escala, inferem informações em textos de<br />

vocabulário mais complexo e temática pouco familiar, valen<strong>do</strong>-se das pistas textuais, de sua experiência<br />

de mun<strong>do</strong> e de leitor e, ainda, de inferir o efeito de ironia em textos diversos, além de reconhecer o efeito<br />

<strong>do</strong> uso de recursos estilísticos. a consolidação das habilidades relacionadas a esta competência está<br />

indicada na escala de proficiência pela cor vermelha.<br />

25


26<br />

identificA Gênero, função e destinAtÁrio de teXtos de diferentes Gêneros<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

a competência de identificar gênero, função ou destinatário de um texto envolve habilidades cujo desenvolvimento permite ao<br />

leitor uma participação mais ativa em situações sociais diversas, nas quais o texto escrito é utiliza<strong>do</strong> com funções comunicativas<br />

reais. estas habilidades vão desde a identificação da finalidade com que um texto foi produzi<strong>do</strong> até a percepção de a quem ele<br />

se dirige. o nível de complexidade que essa competência pode apresentar dependerá da familiaridade <strong>do</strong> leitor com o gênero<br />

textual, portanto, quanto mais amplo for o repertório de gêneros de que o estudante dispuser, maiores suas possibilidades de<br />

perceber a finalidade <strong>do</strong>s textos que lê. É importante destacar que o repertório de gêneros textuais se amplia à medida que<br />

os estudantes têm possibilidades de participar de situações variadas, nas quais a leitura e a escrita tenham funções reais e<br />

atendam a propósitos comunicativos concretos.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 100 pontos, ainda não desenvolveram<br />

as habilidades relacionadas a esta competência.<br />

estudantes que apresentam um nível de proficiência de 100 a 175 pontos identificam a finalidade de textos<br />

de gênero familiar como receitas culinárias, bilhetes, poesias. essa identificação pode se fazer em função<br />

da forma <strong>do</strong> texto, quan<strong>do</strong> ele se apresenta na forma estável em que o gênero geralmente se encontra<br />

em situações da vida cotidiana. por exemplo, no caso da receita culinária, quan<strong>do</strong> ela traz inicialmente<br />

os ingredientes, segui<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de preparo <strong>do</strong>s mesmos. além de identificarem uma notícia. na<br />

escala de proficiência esse início de desenvolvimento da competência está indica<strong>do</strong> pelo amarelo-claro.<br />

aqueles estudantes com proficiência de 175 a 250 pontos identificam o gênero e o destinatário de textos<br />

de ampla circulação na sociedade, menos comuns no ambiente escolar, valen<strong>do</strong>-se das pistas oferecidas<br />

pelo texto, tais como: o tipo de linguagem e o apelo que faz a seus leitores em potencial. na escala de<br />

proficiência, a maior complexidade desta competência está indicada pelo amarelo-escuro.<br />

os estudantes que apresentam proficiência a partir de 250 pontos já consolidaram a competência de<br />

identificar gênero, função e destinatário de textos, ainda que estes se apresentem em gênero pouco<br />

familiar e com vocabulário mais complexo. esse fato está representa<strong>do</strong> na escala de proficiência pela<br />

cor vermelha.


28<br />

processAmento <strong>do</strong> teXto<br />

neste <strong>do</strong>mínio estão agrupadas competências<br />

cujo desenvolvimento tem<br />

início nas séries iniciais <strong>do</strong> ensino<br />

Fundamental, progredin<strong>do</strong> em grau<br />

de complexidade até o final <strong>do</strong> ensino<br />

médio. para melhor compreendermos o<br />

desenvolvimento dessas competências,<br />

precisamos lembrar que a avaliação<br />

tem como foco a leitura, não se fixan<strong>do</strong><br />

em nenhum conteú<strong>do</strong> específico. na<br />

verdade, diversos conteú<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>s<br />

no decorrer de to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong><br />

de escolarização contribuem para o<br />

desenvolvimento das competências e<br />

habilidades associadas a este <strong>do</strong>mínio.<br />

chamamos de processamento <strong>do</strong><br />

texto as estratégias utilizadas na sua<br />

constituição e sua utilização na e para<br />

a construção <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto. neste<br />

<strong>do</strong>mínio, encontramos cinco competências,<br />

as quais serão detalhadas<br />

a seguir, consideran<strong>do</strong> que as cores<br />

apresentadas na escala indicam o início<br />

<strong>do</strong> desenvolvimento da habilidade, as<br />

gradações de dificuldade e sua consequente<br />

consolidação.


estABelece relAçÕes lÓGico-discursivAs entre pArtes de um teXto<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

a competência de estabelecer relações lógico-discursivas envolve habilidades necessárias para que o leitor estabeleça relações<br />

que contribuem para a continuidade, progressão <strong>do</strong> texto, garantin<strong>do</strong> sua coesão e coerência. estas habilidades relacionam-se,<br />

por exemplo, ao reconhecimento de relações semânticas indicadas por conjunções, preposições, advérbios ou verbos. ainda<br />

podemos indicar a capacidade de o estudante reconhecer as relações anafóricas marcadas pelos diversos tipos de pronome.<br />

o grau de complexidade das habilidades associadas a esta competência está diretamente associa<strong>do</strong> a <strong>do</strong>is fatores: a presença<br />

<strong>do</strong>s elementos linguísticos que estabelecem a relação e o posicionamento desses elementos dentro <strong>do</strong> texto, por exemplo, se<br />

um pronome está mais próximo ou mais distante <strong>do</strong> termo a que ele se refere.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 150 pontos ainda não desenvolveram<br />

as habilidades relacionadas a esta competência.<br />

os estudantes que se encontram no intervalo amarelo-claro, de 150 a 200, começam a desenvolver a<br />

habilidade de perceber relações de causa e consequência em texto não-verbal e em texto com linguagem<br />

mista, além de perceberem aquelas relações expressas por meio de advérbios ou locuções adverbiais<br />

como, por exemplo, de tempo, lugar e mo<strong>do</strong>.<br />

no intervalo de 200 a 250, indica<strong>do</strong> pelo amarelo-escuro, os estudantes já conseguem realizar tarefas<br />

mais complexas como estabelecer relações anafóricas por meio <strong>do</strong> uso de pronomes pessoais retos, e<br />

por meio de substituições lexicais. acrescente-se que já começam a estabelecer relações semânticas<br />

pelo uso de conjunções, como as comparativas.<br />

no laranja-claro, intervalo de 250 a 300 pontos na escala, os estudantes atingem um nível maior de<br />

abstração na construção <strong>do</strong>s elos que dão continuidade ao texto, pois reconhecem relações de causa e<br />

consequência sem que haja marcas textuais explícitas indican<strong>do</strong> essa relação semântica. esses estudantes<br />

também reconhecem, na estrutura textual, os termos retoma<strong>do</strong>s por pronomes pessoais oblíquos, por<br />

pronomes demonstrativos e possessivos.<br />

os estudantes com proficiência acima de 300 pontos na escala estabelecem relações lógico-semânticas<br />

mais complexas, pelo uso de conectivos menos comuns ou mesmo pela ausência de conectores. a cor<br />

vermelha indica a consolidação das habilidades associadas a esta competência. É importante ressaltar<br />

que o trabalho com elementos de coesão e coerência <strong>do</strong> texto deve ser algo que promova a compreensão<br />

de que os elementos linguísticos que constroem uma estrutura sintática estabelecem entre si uma rede<br />

de senti<strong>do</strong>, o qual deve ser construí<strong>do</strong> pelo leitor.<br />

29


30<br />

identificA elementos de um teXto nArrAtivo<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

os textos com sequências narrativas são os primeiros com os quais to<strong>do</strong>s nós entramos em contato e com os quais mantemos<br />

maior contato, tanto na oralidade quanto na escrita. daí, observarmos a consolidação das habilidades associadas a essa<br />

competência em níveis mais baixos da escala de proficiência, ao contrário <strong>do</strong> que foi visto na competência anterior. identificar<br />

os elementos estrutura<strong>do</strong>res de uma narrativa significa conseguir dizer onde, quan<strong>do</strong> e com quem os fatos ocorrem, bem<br />

como sob que ponto de vista a história é narrada. esta competência envolve, ainda, a habilidade de reconhecer o fato que deu<br />

origem à história (conflito ou fato gera<strong>do</strong>r), o clímax e o desfecho da narrativa.<br />

esses elementos dizem respeito tanto às narrativas literárias (contos, fábulas, crônicas, romances...) como a narrativas de<br />

caráter não literário, uma notícia, por exemplo.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 150 pontos, ainda não desenvolveram<br />

as habilidades relacionadas a esta competência.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra entre 150 e 175 pontos na escala nível marca<strong>do</strong> pelo amarelo-<br />

-claro, estão começan<strong>do</strong> a desenvolver esta competência. esses estudantes identificam o fato gera<strong>do</strong>r de<br />

uma narrativa curta e simples, bem como reconhecem o espaço em que transcorrem os fatos narra<strong>do</strong>s.<br />

entre 175 e 200 pontos na escala, há um segun<strong>do</strong> nível de complexidade, marca<strong>do</strong> pelo amarelo-escuro.<br />

neste nível, os estudantes reconhecem, por exemplo, a ordem em que os fatos são narra<strong>do</strong>s.<br />

a partir de 200 pontos, os estudantes agregam a esta competência mais duas habilidades: o reconhecimento<br />

da solução de conflitos e <strong>do</strong> tempo em que os fatos ocorrem. nesta última habilidade, isso<br />

pode ocorrer sem que haja marcas explícitas, ou seja, pode ser necessário fazer uma inferência. a faixa<br />

vermelha indica a consolidação das habilidades envolvidas nesta competência.


estABelece relAçÕes entre teXtos<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

esta competência diz respeito ao estabelecimento de relações intertextuais, as quais podem ocorrer dentro de um texto ou entre<br />

textos diferentes. É importante lembrar, também, que a intertextualidade é um fator importante para o estabelecimento <strong>do</strong>s<br />

tipos e <strong>do</strong>s gêneros, na medida em que os relaciona e os distingue. as habilidades envolvidas nesta competência começam a<br />

ser desenvolvidas em níveis mais altos da escala de proficiência, revelan<strong>do</strong>, portanto, tratar-se de habilidades mais complexas,<br />

que exigem <strong>do</strong> leitor uma maior experiência de leitura.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 225 pontos, ainda não desenvolveram<br />

as habilidades relacionadas a esta competência.<br />

os estudantes que se encontram entre 225 e 275 pontos na escala, marca<strong>do</strong> pelo amarelo-claro, começam<br />

a desenvolver as habilidades desta competência. esses estudantes reconhecem diferenças e<br />

semelhanças no tratamento da<strong>do</strong> ao mesmo tema em textos distintos, além de identificar um tema<br />

comum na comparação entre diferentes textos informativos.<br />

o amarelo-escuro, 275 a 325 pontos, indica que os estudantes com uma proficiência que se encontra<br />

neste intervalo já conseguem realizar tarefas mais complexas ao comparar textos, como, por exemplo,<br />

reconhecer, na comparação entre textos, posições contrárias acerca de um determina<strong>do</strong> assunto.<br />

a partir de 325 pontos, temos o vermelho que indica a consolidação das habilidades relacionadas a esta<br />

competência. os estudantes que ultrapassam esse nível na escala de proficiência são considera<strong>do</strong>s<br />

leitores proficientes.<br />

31


32<br />

distinGue posicionAmentos<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

distinguir posicionamentos está diretamente associa<strong>do</strong> a uma relação mais dinâmica entre o leitor e o texto.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 200 pontos, ainda não desenvolveram as<br />

habilidades relacionadas a esta competência.<br />

esta competência começa a se desenvolver entre 200 e 225 pontos na escala de proficiência. os estudantes<br />

que se encontram no nível indica<strong>do</strong> pelo amarelo claro, distinguem fato de opinião em um texto<br />

narrativo, por exemplo.<br />

no amarelo-escuro, de 225 a 275 pontos, encontramse os estudantes que já se relacionam com o texto<br />

de mo<strong>do</strong> mais avança<strong>do</strong>. neste nível de proficiência, encontram-se as habilidades de identificar trechos<br />

de textos em que está expressa uma opinião e a tese de um texto.<br />

o laranja-claro, 275 a 325 pontos, indica uma nova gradação de complexidade das habilidades associadas<br />

a esta competência. os estudantes cujo desempenho se localiza nesse intervalo da escala de proficiência<br />

conseguem reconhecer, na comparação entre textos, posições contrárias acerca de um determina<strong>do</strong> assunto.<br />

o vermelho, acima <strong>do</strong> nível 325, indica a consolidação das habilidades envolvidas nesta competência.


identificA mArcAs linGuísticAs<br />

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500<br />

esta competência relaciona-se ao reconhecimento de que a língua não é imutável e faz parte <strong>do</strong> patrimônio social e cultural<br />

de uma sociedade. assim, identificar marcas linguísticas significa reconhecer as variações que uma língua apresenta, de<br />

acor<strong>do</strong> com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. esta competência envolve as habilidades<br />

de reconhecer, por exemplo, marcas de coloquialidade ou formalidade de uma forma linguística e identificar o locutor ou<br />

interlocutor por meio de marcas linguísticas.<br />

os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda não desenvolveram<br />

as habilidades relacionadas a esta competência.<br />

os estudantes que se encontram no intervalo amarelo-claro, de 125 a 175 pontos na escala, começam<br />

a desenvolver essa competência ao reconhecer expressões próprias da oralidade<br />

no intervalo de 175 a 225, amarelo -escuro, os estudantes já conseguem identificar marcas linguísticas<br />

que diferenciam o estilo de linguagem em textos de gêneros distintos.<br />

no intervalo de 225 a 275, laranja-claro, os estudantes apresentam a habilidade de reconhecer marcas<br />

de formalidade ou de regionalismos e aquelas que evidenciam o locutor de um texto expositivo.<br />

os estudantes que apresentam uma proficiência de 275 a 325 pontos, laranja-escuro, identificam marcas<br />

de coloquialidade que evidenciam o locutor e o interlocutor, as quais são indicadas por expressões<br />

idiomáticas.<br />

a faixa vermelha, a partir <strong>do</strong> nível 325 da escala de proficiência, indica a consolidação das habilidades<br />

associadas a esta competência. o desenvolvimento destas habilidades é muito importante, pois implica<br />

a capacidade de realizar uma reflexão metalinguística.<br />

33


34<br />

... ler é uma<br />

atividade<br />

cognitiva, que<br />

exige operações<br />

mentais que<br />

vão além da<br />

decodificação.<br />

Para compreender<br />

um texto,<br />

é preciso<br />

associar várias<br />

informações, ou<br />

seja, ter uma<br />

postura de leitor<br />

ativo, capaz<br />

de mobilizar<br />

conhecimentos<br />

para construir<br />

o senti<strong>do</strong>.<br />

como formAr um leitor proficiente<br />

os resulta<strong>do</strong>s das avaliações externas<br />

em língua portuguesa apontam<br />

que, apesar da melhoria <strong>do</strong> desempenho<br />

<strong>do</strong>s alunos em leitura ao longo da<br />

última década, uma das dificuldades<br />

da escola brasileira que persiste é desenvolver<br />

habilidades de leitura para a<br />

plena participação social <strong>do</strong>s alunos.<br />

Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sistema nacional de<br />

avaliação da educação Básica (SaeB),<br />

em 2009, da amostra <strong>do</strong>s alunos avalia<strong>do</strong>s<br />

em língua portuguesa, apenas<br />

34,2% e 26,3% apresentaram aprendiza<strong>do</strong><br />

adequa<strong>do</strong>, respectivamente, ao 5°<br />

e 9° <strong>ano</strong>s <strong>do</strong> ensino Fundamental.<br />

apesar <strong>do</strong>s avanços, parcelas significativas<br />

<strong>do</strong> aluna<strong>do</strong> permanecem em níveis<br />

de proficiência aquém <strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s<br />

para a série/<strong>ano</strong> ou idade. mas como as<br />

habilidades de leitura podem ser desenvolvidas?<br />

o que pode ser feito, no âmbito<br />

da escola e da sala de aula? essa reflexão<br />

exige, antes de tu<strong>do</strong>, que <strong>do</strong>centes e<br />

demais atores que estão envolvi<strong>do</strong>s no<br />

processo educacional na escola tenham<br />

clareza <strong>do</strong> que é a leitura. assim, cabe<br />

perguntar: o que é ler?<br />

ao contrário <strong>do</strong> que se imagina, o ato<br />

de ler e compreender não se resume<br />

a passar os olhos pelas páginas de<br />

um livro ou um jornal. ler, no senti<strong>do</strong><br />

amplo, significa construir senti<strong>do</strong>.<br />

Quan<strong>do</strong> construímos senti<strong>do</strong> para o que<br />

lemos, então compreendemos. mais <strong>do</strong><br />

que isso, é preciso ter em mente que<br />

ler é uma atividade complexa, pois o<br />

senti<strong>do</strong> não está nas palavras e frases;<br />

não está da<strong>do</strong> no texto. Só é possível ler<br />

e compreender quan<strong>do</strong> os leitores relacionam<br />

as informações dadas com os<br />

conhecimentos já armazena<strong>do</strong>s, fruto<br />

de suas vivências sociais, culturais e<br />

afetivas, resultantes de sua interação<br />

com o mun<strong>do</strong>.<br />

Sen<strong>do</strong> assim, ler é uma atividade cognitiva,<br />

que exige operações mentais<br />

que vão além da decodificação. para<br />

compreender um texto, é preciso associar<br />

várias informações, ou seja, ter<br />

uma postura de leitor ativo, capaz de<br />

mobilizar conhecimentos para construir<br />

o senti<strong>do</strong>.<br />

Mais além da superfície<br />

em qualquer tipo de texto, numa propaganda,<br />

por exemplo, sempre há várias<br />

pistas que nos conduzem ao senti<strong>do</strong>: o<br />

local onde ele é publica<strong>do</strong> ou veicula<strong>do</strong><br />

(revista, tv, rádio etc.); a existência <strong>do</strong><br />

nome ou da logomarca da empresa<br />

responsável pelo serviço ou produto<br />

oferta<strong>do</strong>. Se a empresa atua na região<br />

onde a propaganda é veiculada, a familiaridade<br />

das pessoas com seu nome


ajuda na compreensão de que se trata<br />

de um anúncio <strong>–</strong> e não de uma matéria<br />

jornalística, por exemplo. além disso,<br />

em anúncios impressos é comum se<br />

relacionar o texto verbal a imagens,<br />

amplian<strong>do</strong> os senti<strong>do</strong>s <strong>–</strong> desde que<br />

o leitor <strong>do</strong> anúncio tenha familiaridade<br />

com o repertório de imagens e<br />

situações apresentadas. ou seja, para<br />

compreender a mensagem, é preciso<br />

associar uma série de informações,<br />

nem sempre apresentadas de maneira<br />

explícita no texto.<br />

a compreensão de um texto como um<br />

to<strong>do</strong>, muitas vezes, ocorre rapidamente,<br />

assentan<strong>do</strong>-se não apenas na dimensão<br />

linguística (palavras e frases), mas<br />

na dimensão discursiva (os interlocutores,<br />

o meio de circulação e o objetivo <strong>do</strong><br />

texto). esse é o movimento: associar o<br />

que o texto traz na sua superfície ao que<br />

já temos de conhecimento acumula<strong>do</strong>.<br />

essa associação é que produz o senti<strong>do</strong>.<br />

por isso, a linguista inge<strong>do</strong>re grunfeld<br />

villaça Koch afirma que a leitura é uma<br />

interação entre autor-texto-leitor.<br />

Sempre que se lê com compreensão<br />

<strong>–</strong> seja o texto verbal ou não <strong>–</strong> se está<br />

associan<strong>do</strong> informações dadas na<br />

superfície <strong>do</strong> texto com outras já armazenadas,<br />

oriundas das interações<br />

sociais: as pessoas conhecem dita<strong>do</strong>s<br />

populares, palavras e frases, músicas,<br />

poemas, conhecem diversos tipos de<br />

textos, estão ligadas a informações <strong>do</strong><br />

cotidi<strong>ano</strong>, conhecem ações típicas realizadas<br />

no dia a dia (pegar um ônibus,<br />

abrir a porta, encontrar com pessoas<br />

no eleva<strong>do</strong>r, pedir uma bebida num<br />

bar, chegar atrasa<strong>do</strong> a uma palestra).<br />

enfim, uma infinidade de conhecimentos<br />

científicos e vivências sociais,<br />

culturais, interpessoais acumula<strong>do</strong>s na<br />

memória e que são ativa<strong>do</strong>s pela leitura<br />

de um texto. por isso, alguns autores,<br />

muito apropriadamente, estabelecem<br />

uma metáfora para o texto: a metáfora<br />

<strong>do</strong> iceberg. um iceberg tem na superfície<br />

da água apenas uma pequena porcentagem<br />

de seu corpo, fican<strong>do</strong> imersa<br />

uma grande quantidade de massa de<br />

gelo. a parte de cima representa o<br />

texto, ou seja, as informações “dadas”.<br />

a parte “submersa” representa to<strong>do</strong> o<br />

conhecimento prévio acumula<strong>do</strong> na<br />

memória. a compreensão é fruto das<br />

relações estabelecidas entre as duas<br />

partes: a que emerge da superfície e<br />

a submersa.<br />

É importante que a escola amplie o<br />

conhecimento <strong>do</strong> aluno, colocan<strong>do</strong>-<br />

-o em contato com diversos tipos de<br />

textos e materiais de comunicação, a<br />

fim de que ele amplie, cada vez mais,<br />

suas possibilidades de compreensão de<br />

textos e, como consequência, <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

que o cerca. cabe ao professor atuar<br />

em sala de aula no senti<strong>do</strong> de desenvolver,<br />

em seus alunos, habilidades de<br />

caráter inferencial, e não meramente<br />

de identificação de informações.<br />

dessa maneira, a escola enfoca os<br />

aspectos discursivos <strong>do</strong> texto, propician<strong>do</strong><br />

ao aluno uma relação direta com<br />

a sociedade. para isso, é preciso que o<br />

trabalho escolar com a língua materna<br />

relacione o conhecimento discursivo,<br />

textual e linguístico, associan<strong>do</strong>-os às<br />

atividades de compreensão.<br />

esse tipo de trabalho, contu<strong>do</strong>, só é<br />

possível se houver uma preocupação e<br />

uma ênfase no letramento <strong>do</strong> professor:<br />

também ele deve ampliar seu conhecimento<br />

geral e especifico da área de<br />

conhecimento na qual atua. ademais,<br />

é fundamental que saibamos, com clareza,<br />

as estratégias necessárias para<br />

ensinar a ler.<br />

Caminhos para ensinar a ler<br />

existem alguns procedimentos, aponta<strong>do</strong>s<br />

em pesquisas, úteis para ampliar<br />

e fortalecer a capacidade de leitura<br />

<strong>do</strong>s alunos no contexto de um trabalho<br />

pedagógico sério e sistemático de<br />

investigação, análise e ação na escola,<br />

apresenta<strong>do</strong>s a seguir:<br />

1. como o conhecimento prévio é uma<br />

condição para que haja a compreensão,<br />

o ponto de partida é, justamente,<br />

expandir a visão de mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s alunos,<br />

suas vivências culturais, sociais<br />

e científicas. cabe à escola atuar em<br />

prol da ampliação <strong>do</strong> contato com as<br />

mais diversas formas de interação<br />

por meio da linguagem, estimulan<strong>do</strong><br />

a interação das crianças e jovens com<br />

diversos textos e mídias.<br />

os gêneros geralmente possuem um<br />

certo formato, então quanto mais fa-<br />

É importante que<br />

a escola amplie<br />

o conhecimento<br />

<strong>do</strong> aluno,<br />

colocan<strong>do</strong>-o<br />

em contato com<br />

diversos tipos de<br />

textos e materiais<br />

de comunicação,<br />

a fim de que ele<br />

amplie, cada<br />

vez mais, suas<br />

possibilidades de<br />

compreensão de<br />

textos e, como<br />

consequência,<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> que<br />

o cerca.<br />

35


36<br />

...o professor<br />

desempenha um<br />

papel central ao<br />

promover a circulação<br />

<strong>do</strong> saber, conduzin<strong>do</strong><br />

o trabalho de mo<strong>do</strong><br />

a aguçar o interesse<br />

e a curiosidade<br />

<strong>do</strong>s alunos ..,<br />

miliariza<strong>do</strong> com a diversidade deles,<br />

mais o aluno é capaz de reconhecer as<br />

regularidades textuais, auxilian<strong>do</strong>-o na<br />

compreensão. alargan<strong>do</strong> esse conhecimento,<br />

ampliam-se as possibilidades<br />

de compreensão. nessa direção, as<br />

vivências extraescolares contribuirão<br />

sobremaneira para isso. ademais, a<br />

valorização da cultura da comunidade<br />

<strong>do</strong>s alunos é uma forma de aproximar<br />

a escola da realidade e vice-versa.<br />

2. cabe ao professor ativar to<strong>do</strong> conhecimento<br />

prévio <strong>do</strong> aluno sobre determina<strong>do</strong><br />

tema, antes mesmo da leitura<br />

<strong>do</strong> texto. ou seja, é preciso fazer uma<br />

contextualização. Há algumas sugestões<br />

para ajudar nesse processo: apresentar,<br />

aos poucos, o título, a seção<br />

<strong>do</strong> jornal ou revista, o subtítulo. neste<br />

momento, o professor pode, inclusive,<br />

antecipar o gênero textual que será li<strong>do</strong>,<br />

para que sejam lembradas também<br />

suas características.<br />

esse procedimento permite que o aluno<br />

mobilize uma série de conhecimentos,<br />

abrin<strong>do</strong>-se o caminho da compreensão:<br />

nessa antecipação são relembra<strong>do</strong>s<br />

vários acontecimentos e ocorrências,<br />

palavras, vivências, enfim, fundamentais<br />

no momento da leitura.<br />

3. outra dimensão é o acesso a materiais<br />

diversos e de qualidade <strong>–</strong> fundamental<br />

para que o aluno desenvolva<br />

seu senso crítico, sua capacidade de<br />

compreensão e abstração, além de<br />

habilidades mais sofisticadas. no entanto,<br />

de pouco vale o acesso a materiais<br />

de qualidade sem uma orientação<br />

adequada para as atividades. ou seja,<br />

o professor desempenha um papel<br />

central ao promover a circulação <strong>do</strong><br />

saber, conduzin<strong>do</strong> o trabalho de mo<strong>do</strong><br />

a aguçar o interesse e a curiosidade<br />

<strong>do</strong>s alunos, fazen<strong>do</strong>-os sanar suas próprias<br />

dúvidas. ele faz a mediação entre<br />

o aluno e o texto de forma experiente:<br />

ao mesmo tempo em que “conduz” a<br />

leitura, deixa que o aluno faça suas<br />

próprias descobertas, abrin<strong>do</strong> espaço<br />

para que o estudante dialogue com o<br />

texto de forma cada vez mais autônoma.<br />

essa tarefa não é fácil, mas como leitor<br />

maduro, o professor saberá interferir<br />

apenas quan<strong>do</strong> necessário.<br />

4. o professor pode, antes de ler o texto,<br />

pedir que os alunos formulem hipóteses.<br />

deve-se, nesse momento, ficar atento<br />

às pistas que emergem <strong>do</strong> texto. para<br />

exemplificar, numa experiência realizada<br />

em sala de aula, foi solicita<strong>do</strong> aos alunos<br />

que formulassem algumas hipóteses a<br />

partir <strong>do</strong> título “Barbárie e cidadania”.<br />

inicialmente, os alunos disseram que<br />

poderiam aparecer palavras como sociedade,<br />

violência, convivência, polícia,<br />

escola, aprendizagem, dentre outras.<br />

como num jogo de adivinhação, foi dito<br />

à turma que o texto estava aloca<strong>do</strong> na<br />

seção esportiva de um jornal, o que<br />

levou à modificação <strong>do</strong> escopo das<br />

sugestões: os estudantes passaram a<br />

mencionar palavras relacionadas a esportes<br />

- futebol, violência entre torcidas,<br />

punições etc. em seguida, foi informa<strong>do</strong><br />

que se tratava de texto <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong><br />

argumentar, o que levou a formulação<br />

de hipóteses como: o autor vai defender<br />

a extinção das torcidas organizadas ou<br />

o autor vai sugerir formas de punir os<br />

torce<strong>do</strong>res que geram violência, dentre<br />

outras bastante plausíveis para o texto.<br />

essa capacidade de formular hipóteses<br />

facilita a leitura, pois ajuda a prever que<br />

tipo de informação pode aparecer no<br />

texto. desse mo<strong>do</strong>, o leitor processa a<br />

informação mais rapidamente, não se<br />

aten<strong>do</strong> ao visual, mas ao senti<strong>do</strong>.<br />

diante <strong>do</strong> texto, então, à medida que o<br />

aluno lê, vai testan<strong>do</strong>, aos poucos, suas<br />

hipóteses. não é necessário “acertá-<br />

-las”. contu<strong>do</strong>, o leitor maduro tem mais<br />

possibilidades de acertá-las, tamanho é<br />

o conhecimento que tem sobre o tema.<br />

Sua capacidade de prever é maior quan<strong>do</strong><br />

já conhece o gênero, o jornal, a posição<br />

política de um autor, o objetivo <strong>do</strong><br />

texto etc. ao longo da leitura, é interessante<br />

que o leitor monitore sua compreensão,<br />

confirman<strong>do</strong> suas hipóteses ou<br />

reformulan<strong>do</strong>-as a cada momento em<br />

que encontra informações inusitadas,<br />

não previamente reconhecidas.<br />

5. outro aspecto a se levar em conta é<br />

o fato de que a leitura torna-se mais<br />

proveitosa quan<strong>do</strong> o professor traça objetivos<br />

para ela. ao se estabelecer um<br />

objetivo, é possível focar determina<strong>do</strong>s


aspectos de interesse para a atividade<br />

que realizada em sala de aula, ou para<br />

um projeto pedagógico em andamento<br />

na escola. a a<strong>do</strong>ção dessas estratégias<br />

favorece a leitura fluente e compreensão<br />

integral <strong>do</strong> texto. após a leitura<br />

propriamente dita há duas estratégias<br />

que podem ser a<strong>do</strong>tadas: a construção<br />

de esquemas e a “reação” aos textos.<br />

1. a construção de esquemas envolve a<br />

percepção e a organização <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong><br />

apresenta<strong>do</strong>. assim, é possível elaborar<br />

uma lista <strong>do</strong>s tópicos e subtópicos<br />

cita<strong>do</strong>s no texto. no exemplo cita<strong>do</strong><br />

anteriormente (o texto argumentativo<br />

sobre esportes), os alunos perceberam<br />

que o autor apresentou um fato <strong>do</strong> cotidi<strong>ano</strong><br />

(um confronto entre torce<strong>do</strong>res);<br />

em seguida, apresentaram algumas soluções<br />

propostas pelo senso comum<br />

para resolver o problema enfoca<strong>do</strong>.<br />

mais à frente, apresentaram sua própria<br />

solução para o problema (sua tese).<br />

em seguida, sustentaram sua proposta<br />

com comentários plausíveis em relação<br />

à sugestão feita. a utilização desse<br />

esquema favorece a internalização ao<br />

mesmo tempo em que se tem uma<br />

compreensão global <strong>do</strong> texto.<br />

2. outra estratégia para a formação<br />

<strong>do</strong> leitor proficiente é o momento de<br />

reação frente ao texto. São inúmeras<br />

as reações que um texto pode provocar,<br />

fazen<strong>do</strong> com que as pessoas exercitem<br />

o senso de humor, a capacidade de argumentar,<br />

contra-argumentar, de propor<br />

soluções, de comparar fatos. todas<br />

essas atividades fazem com que o aluno<br />

cresça intelectualmente.<br />

um gênero textual que focaliza essas<br />

reações e tem o objetivo de registrá-las<br />

é o chama<strong>do</strong> “diário de leitura”, pouco<br />

conheci<strong>do</strong> em escolas e universidades,<br />

mas bastante útil para que o leitor<br />

tenha uma atitude ativa e analítica diante<br />

da leitura. os exercícios de escrita<br />

no diário (<strong>ano</strong>tações que se faz durante<br />

e depois da leitura) proporcionam um<br />

movimento contínuo de reflexão, o que<br />

colabora para a formação <strong>do</strong> cidadão<br />

crítico e participativo que tanto enfatizamos<br />

na educação.<br />

em outras palavras, não basta escrever<br />

sobre o que foi li<strong>do</strong>: o aluno precisa,<br />

para além de descrever, analisar e avaliar<br />

o texto. de fato, é um instrumento<br />

que propicia ao aluno uma conscientização<br />

sobre seus processos de compreensão<br />

e de aprendizagem. ademais,<br />

permite que os professores detectem o<br />

esta<strong>do</strong> real de cada aluno em relação<br />

a esses processos, poden<strong>do</strong>, então,<br />

interferir de maneira mais eficaz no<br />

seu desenvolvimento.<br />

esse conjunto de estratégias evidencia<br />

que há uma constante necessidade de<br />

se retomar alguns princípios centrais e<br />

basilares sobre a leitura, referendan<strong>do</strong><br />

alguns conceitos talvez difusos em virtude<br />

<strong>do</strong> uso corrente no cotidi<strong>ano</strong> escolar.<br />

Da sala de aula para toda a escola<br />

em termos <strong>do</strong> processo pedagógico,<br />

a organização <strong>do</strong> currículo, somada à<br />

formação e qualificação <strong>do</strong>cente, são<br />

aspectos relevantes para a formação <strong>do</strong><br />

leitor. afinal, a maneira como o currículo<br />

se estrutura pode favorecer uma<br />

percepção mais ampla <strong>do</strong>s processos<br />

sociais inerentes à leitura, favorecen<strong>do</strong><br />

a aprendizagem. nessa linha, o desenvolvimento<br />

de projetos pode dar bons<br />

resulta<strong>do</strong>s, na medida em que são<br />

desenvolvidas atividades socialmente<br />

relevantes e engajadas.<br />

ainda nessa direção, a interdisciplinaridade<br />

também contribui, pois promove<br />

uma integração temática e meto<strong>do</strong>lógica<br />

entre áreas <strong>do</strong> conhecimento, por<br />

meio de atividades conjuntas <strong>do</strong> corpo<br />

<strong>do</strong>cente, já que a leitura permeia todas<br />

as áreas <strong>do</strong> conhecimento.<br />

outro aspecto decorre da constatação<br />

que o desenvolvimento das habilidades<br />

de leitura é progressivo. assim, as<br />

crianças com dificuldades podem ser<br />

agrupadas em atividades extraclasse,<br />

a partir da verificação das habilidades<br />

não desenvolvidas, para um trabalho<br />

complementar a fim de avançar na<br />

direção <strong>do</strong> leitor proficiente.<br />

como se constata, muito já foi produzi<strong>do</strong><br />

no campo <strong>do</strong> ensino de língua e<br />

já existe um corpo de conhecimento,<br />

produzi<strong>do</strong> inclusive a partir <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />

das avaliações, que pode colaborar<br />

fortemente para a construção de uma<br />

escola de qualidade.<br />

37


pAdrÕes de desempenHo estudAntil<br />

para uma escola ser considera eficaz,<br />

ou seja, para fazer a diferença na<br />

vida de seus usuários, ela deve proporcionar<br />

altos padrões de aprendizagem a<br />

to<strong>do</strong>s, independente de suas características<br />

individuais, familiares e sociais. Se<br />

apenas um grupo privilegia<strong>do</strong> consegue<br />

aprender com suficiente qualidade o<br />

que é ensina<strong>do</strong>, aumentam-se as desigualdades<br />

intraescolares e, como consequência,<br />

elevam-se os indica<strong>do</strong>res de<br />

repetência, evasão e aban<strong>do</strong>no escolar.<br />

na verdade, criam-se mais injustiças.<br />

esse é um cenário que, certamente,<br />

nenhum professor gostaria de ver em<br />

nenhuma escola.<br />

o desempenho escolar de qualidade<br />

implica, necessariamente, a realização<br />

<strong>do</strong>s objetivos curriculares de ensino<br />

propostos. os padrões de desempenho<br />

estudantil, nesse senti<strong>do</strong>, são baliza<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong>s diferentes graus de realização<br />

educacional alcança<strong>do</strong>s pela escola.<br />

por meio deles é possível analisar a<br />

distância de aprendizagem entre o<br />

percentual de alunos que se encontra<br />

nos níveis mais altos de desempenho<br />

e aqueles que estão nos níveis mais<br />

baixos. a distância entre esses extremos<br />

representa, ainda que de forma<br />

alegórica, o abismo existente entre<br />

aqueles que têm grandes chances de<br />

sucesso escolar e, consequentemente,<br />

maiores possibilidades de acesso aos<br />

bens materiais, culturais e sociais e<br />

aqueles para os quais o fracasso escolar<br />

e a exclusão social podem ser<br />

mera questão de tempo, caso a escola<br />

não reaja e promova ações com vistas<br />

à promoção da equidade. para cada<br />

padrão, são apresenta<strong>do</strong>s exemplos<br />

de item* <strong>do</strong> teste <strong>do</strong> Seape<br />

*o percentual de brancos e nulos não está<br />

contempla<strong>do</strong> nesses exemplos.<br />

39


40<br />

ABAiXo <strong>do</strong> Básico<br />

neste padrão de desempenho, os estudantes<br />

se limitam a realizar operações<br />

básicas de leitura, interagin<strong>do</strong> apenas<br />

com textos <strong>do</strong> cotidi<strong>ano</strong>, de estrutura<br />

simples e de temáticas que lhes são<br />

familiares.<br />

eles localizam informações explícitas.<br />

além disso, realizam inferências<br />

de informações, de efeito de senti<strong>do</strong><br />

de palavra ou expressão, de efeito <strong>do</strong><br />

emprego de pontuação e de efeitos de<br />

humor. identificam, também, a finalidade<br />

desses textos.<br />

Quanto aos textos de estrutura narrativa,<br />

identificam personagem, cenário<br />

e tempo.<br />

na apropriação de elementos que estruturam<br />

o texto, manifestam-se operações<br />

de retomada de informações<br />

por meio de pronomes pessoais retos,<br />

por substituição lexical e por reconhecimento<br />

de relações lógico-discursivas<br />

no texto, marcadas por advérbios e locuções<br />

adverbiais e por marca<strong>do</strong>res de<br />

causa e consequência.<br />

no campo da variação linguística reconhecem<br />

expressões representativas da<br />

linguagem coloquial.<br />

consideran<strong>do</strong> as habilidades descritas,<br />

constata-se que esses estudantes, após<br />

nove <strong>ano</strong>s de escolaridade apresentam<br />

lacunas no processo de desenvolvimento<br />

da competência leitora.


Até 200 Pontos<br />

41


42<br />

Leia o texto abaixo.<br />

(P050141A8) Como terminou a brincadeira das crianças?<br />

(P050141A8_SUP)<br />

A) Depois que a corda arrebentou, os meninos empurraram Mônica no buraco.<br />

B) Mônica pulou corda tão forte que fez um buraco no chão e caiu nele.<br />

C) Mônica saiu andan<strong>do</strong> e estava longe quan<strong>do</strong>, distraída, caiu em um buraco.<br />

D) Sem perceber, Mônica foi andan<strong>do</strong> para trás e caiu em um buraco.


este item avalia a habilidade de os estudantes<br />

interpretarem um texto com<br />

auxílio de material gráfico, nesse caso<br />

o suporte utiliza<strong>do</strong> foi uma história em<br />

quadrinhos, gênero bastante comum<br />

no ambiente escolar e no cotidi<strong>ano</strong><br />

<strong>do</strong>s alunos. na leitura da história em<br />

quadrinhos que dá suporte ao item, é<br />

essencial atentar para os recursos visuais<br />

e gráficos, além de fazer uma leitura<br />

atenta <strong>do</strong> texto verbal.<br />

para escolher a opção correta, os estudantes<br />

deveriam acompanhar a sequência<br />

<strong>do</strong>s quadrinhos, nos quais a<br />

personagem mônica aparece pulan<strong>do</strong><br />

corda, associar a onomatopeia “tum”<br />

(ao barulho da menina pulan<strong>do</strong>) às expressão<br />

das outras crianças sugerin<strong>do</strong><br />

espanto e, finalmente, compreender<br />

que, na última imagem, as crianças<br />

tentam tirar a menina de um buraco,<br />

concluin<strong>do</strong>, dessa forma, que a força<br />

feita pela menina ao pular, abriu um<br />

buraco no chão e, depois, caiu nele. o<br />

percentual de acerto, 90,1%, demonstra<br />

que a maioria <strong>do</strong>s estudantes já desenvolveu<br />

essa habilidade.<br />

os estudantes que escolheram as alternativas<br />

a, c e d demonstram dificuldade<br />

em interpretar textos que associam<br />

elementos verbais e não-verbais, privilegian<strong>do</strong><br />

somente um desses elementos.<br />

na alternativa a (2,3%), esses<br />

estudantes associaram a imagem <strong>do</strong>s<br />

meninos em volta <strong>do</strong> buraco no último<br />

quadrinho ao fato <strong>do</strong>s mesmos terem<br />

empurra<strong>do</strong> mônica, demonstran<strong>do</strong>,<br />

assim, ter desconsidera<strong>do</strong> as falas<br />

presentes no texto. nas alternativas c<br />

(2,5%) e d (5,0%), os estudantes não<br />

relacionaram os quadrinhos anteriores,<br />

nos quais a menina aparece pulan<strong>do</strong><br />

corda, ao fato de ela ter caí<strong>do</strong> no buraco<br />

ou não conseguiram acompanhar a<br />

sequência <strong>do</strong>s quadrinhos, aten<strong>do</strong>-se<br />

a uma informação pontual.<br />

A 2,3%<br />

B 90,1%<br />

C 2,5%<br />

D 5,0%<br />

43


44<br />

Leia o texto abaixo.<br />

POR QUE OS URUBUS VOAM TÃO ALTO?<br />

Os urubus atingem grandes alturas porque pegam carona em correntes de ar quente, que<br />

se deslocam para cima da atmosfera de forma circular. É por isso que quase sempre voam em<br />

círculos. Usan<strong>do</strong> correntes de ar para subir, eles gastam pouca energia para voar. Essas aves<br />

voam alto para ter uma visão p<strong>ano</strong>râmica e localizar alimentos.<br />

(P050118B1) Leia novamente o trecho abaixo.<br />

<strong>Revista</strong> Recreio, n. 376, p. 7. (P050118B1_SUP)<br />

“Usan<strong>do</strong> correntes de ar para subir, eles gastam pouca energia para voar.”<br />

Nesse trecho, a palavra “eles” se refere a<br />

A) urubus.<br />

B) voos.<br />

C) círculos.<br />

D) alimentos.<br />

este item avalia a habilidade de os estudantes<br />

estabelecerem relações entre<br />

partes de um texto, identifican<strong>do</strong> repetições<br />

ou substituições que contribuem<br />

para sua continuidade. a referenciação<br />

constitui uma atividade discursiva, na<br />

qual os estudantes devem interagir com<br />

o material linguístico (texto), fazen<strong>do</strong> as<br />

retomadas necessárias para, assim,<br />

manter a coesão textual e o entendimento<br />

de todas as partes <strong>do</strong> texto. nesse<br />

caso, o texto suporte para o item é um<br />

informativo curto, com característica de<br />

curiosidade. neste item, foi destaca<strong>do</strong><br />

o pronome reto masculino e plural<br />

“eles”. para recuperar o senti<strong>do</strong> desse<br />

pronome, os estudantes deveriam reler o<br />

contexto maior em que a frase se insere<br />

para manter o nexo, já que o referente<br />

encontra-se distante <strong>do</strong> pronome.<br />

os estudantes que marcaram a alternativa<br />

a <strong>–</strong> o gabarito (88,7%) <strong>–</strong> perceberam<br />

que o pronome em destaque retoma o<br />

termo “urubus” cita<strong>do</strong> no início <strong>do</strong> texto.<br />

os estudantes que escolheram a alternativa<br />

B (6,6%) não conseguiram fazer<br />

a retomada pronominal, tampouco conseguiram<br />

proceder à leitura <strong>do</strong> texto.<br />

aqueles estudantes que optaram pela<br />

alternativa c, assim como aqueles que<br />

assinalaram a alternativa d, não conseguiram<br />

relacionar o pronome pessoal<br />

“eles” ao seu referente, pois, apesar<br />

de as palavras “círculos” e “alimentos”<br />

serem substantivos masculinos e estarem<br />

flexionadas no plural, ao serem<br />

substituí<strong>do</strong>s pelo pronome “eles”, não<br />

mantêm o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto.<br />

A 88,7%<br />

B 6,6%<br />

C 2,0%<br />

D 2,3%


Leia o texto abaixo.<br />

5<br />

10<br />

Má digestão<br />

Um homem vai ao médico reclaman<strong>do</strong> de fortes <strong>do</strong>res de estômago.<br />

O médico pergunta:<br />

<strong>–</strong> O que é que você acha que pode ter causa<strong>do</strong> este problema?<br />

O homem responde:<br />

<strong>–</strong> Acho que foi o meu almoço de ontem.<br />

O médico pergunta:<br />

<strong>–</strong> O que você comeu?<br />

<strong>–</strong> Ostras.<br />

<strong>–</strong> E de que cor elas estavam quan<strong>do</strong> você as abriu? <strong>–</strong> perguntou o médico.<br />

O homem olhou para o médico, assusta<strong>do</strong>, e respondeu:<br />

<strong>–</strong> Era pra abrir?<br />

Disponível em: . Acesso em: 12 ago. 2007. (P08335SI_SUP)<br />

(P08335SI) O humor desse texto se estabelece em:<br />

A) “O médico pergunta:”. ( . 2)<br />

B) “<strong>–</strong> Acho que foi o meu almoço de ontem.”. ( . 5)<br />

C) “<strong>–</strong> O que você comeu?”. ( . 7)<br />

D) “<strong>–</strong> Era pra abrir?”. ( . 11)<br />

este item avalia a habilidade de os estudantes<br />

identificarem efeitos de humor<br />

em textos varia<strong>do</strong>s. nesse caso, especificamente,<br />

utiliza-se uma ane<strong>do</strong>ta <strong>–</strong> um<br />

gênero que se caracteriza tipicamente<br />

por explorar esse tipo de recurso <strong>–</strong> para<br />

avaliar se os estudantes conseguem<br />

perceber o traço de humor <strong>do</strong> texto.<br />

os estudantes que escolheram a alternativa<br />

d conseguiram identificar<br />

que esse traço de humor reside no fato<br />

de o homem comer as ostras e ignorar<br />

que precisava separar a concha de<br />

seu conteú<strong>do</strong> e, por isso, ter passa<strong>do</strong><br />

mal. para chegar à resposta correta,<br />

os estudantes deveriam apresentar o<br />

conhecimento prévio de que a ostra é<br />

composta de duas partes e, no momento<br />

de saboreá-la, é necessário abri-la, retirar<br />

seu conteú<strong>do</strong> e descartar a concha.<br />

83,3% <strong>do</strong>s estudantes escolheram essa<br />

alternativa como resposta, demonstran<strong>do</strong><br />

que grande parte já desenvolveu a<br />

habilidade avaliada.<br />

a escolha das alternativas a (6,0%),<br />

B (6,3%) e c (4,0%) revela que os estudantes<br />

consideraram informações<br />

pontuais <strong>do</strong> texto como gera<strong>do</strong>res de<br />

humor, demonstran<strong>do</strong>, dessa forma,<br />

não compreenderem que o humor de<br />

um texto é provoca<strong>do</strong> pela quebra de<br />

expectativa ou por algum fato inusita<strong>do</strong>.<br />

portanto, ainda não desenvolveram a<br />

habilidade avaliada.<br />

A 6,0%<br />

B 6,3%<br />

C 4,0%<br />

D 83,3%<br />

45


46<br />

Básico<br />

os estudantes cujas médias de proficiência<br />

estão situadas neste padrão de<br />

desempenho ampliam suas habilidades<br />

de leitura, sen<strong>do</strong> capazes de interagir<br />

com textos de temática menos familiar<br />

e de estrutura um pouco mais complexa.<br />

no que diz respeito à percepção de<br />

posicionamentos no texto, esses estudantes<br />

conseguem distinguir fatos<br />

de opinião e identificar a tese e os<br />

argumentos que a defende.<br />

na apropriação de elementos que estruturam<br />

o texto, manifestam-se operações<br />

de retomada de informações por<br />

meio de pronomes pessoais e, também,<br />

de indefini<strong>do</strong>s, por substituição lexical e<br />

por reconhecimento de relações lógico-<br />

-discursivas no texto, marcadas por<br />

advérbios e locuções adverbiais e por<br />

marca<strong>do</strong>res de causa e consequência.<br />

no que diz respeito ao tratamento das<br />

informações globais, esses estudantes<br />

inferem o assunto de textos de temática<br />

<strong>do</strong> cotidi<strong>ano</strong>.<br />

revelam a capacidade de selecionar<br />

informações <strong>do</strong> texto, distinguin<strong>do</strong> a<br />

principal das secundárias.<br />

no campo da variação linguística, identificam<br />

interlocutores por meio das<br />

marcas linguísticas.<br />

com relação às operações inferenciais,<br />

eles depreendem informações<br />

implícitas, o senti<strong>do</strong> de palavras ou<br />

expressões, o efeito <strong>do</strong> uso pontuação<br />

e de situações de humor. além disso,<br />

reconhecem o efeito de senti<strong>do</strong> de notações<br />

em um texto de linguagem mista.


DE 200 Até 250 Pontos<br />

47


48<br />

Leia o texto abaixo.<br />

A MIGRAÇÃO NO ESTADO DE RORAIMA<br />

Pessoalmente penso que a migração trouxe vários benefícios para o nosso esta<strong>do</strong>.<br />

Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s históricos, Roraima foi formada por migrantes que vieram de todas as<br />

regiões <strong>do</strong> país, principalmente <strong>do</strong> Maranhão. Os migrantes contribuíram para o crescimento e<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> comércio, para a educação, como também para a implantação de pequenas<br />

indústrias de hoje, agricultura e etc.<br />

Muitas pessoas aqui em nosso esta<strong>do</strong> falam que a migração traz vários problemas para a região como:<br />

desemprego, crescimento da miséria, violência, sobretu<strong>do</strong> o crescimento desordena<strong>do</strong> da população.<br />

Mas podemos perceber que isso não é só um problema de Roraima, mas de to<strong>do</strong> o Brasil.<br />

Logo, confirmo que a migração é de suma importância para o crescimento da nossa região.<br />

Ismael Alexandre da Silva Nascimento <strong>–</strong> E.M.E.I.F. Edisonina de Barros <strong>–</strong> Vila Boa Vista, Roraima. (P050290A8_SUP)<br />

(P050290A8) Nesse texto, qual é a frase que expressa uma opinião <strong>do</strong> autor?<br />

A) “...penso que a migração trouxe vários benefícios para o nosso esta<strong>do</strong>.”.<br />

B) “...Roraima foi formada por migrantes que vieram de todas as regiões <strong>do</strong> país,...”.<br />

C) “Os migrantes contribuíram para o crescimento e desenvolvimento <strong>do</strong> comércio,...”.<br />

D) “...como também para a implantação de pequenas indústrias...”.<br />

este item avalia a habilidade de os estudantes<br />

distinguirem um fato de uma<br />

opinião. para isso, os estudantes deverão<br />

ser capazes de identificar marcas <strong>do</strong><br />

posicionamento <strong>do</strong> autor nas informações<br />

veiculadas pelo texto. nesse caso, o<br />

suporte <strong>do</strong> item é uma redação escolar,<br />

na qual o autor assume posicionamento<br />

favorável à presença de imigrantes no<br />

esta<strong>do</strong> de roraima.<br />

para identificar o gabarito, os estudantes<br />

deveriam perceber que o verbo “penso”,<br />

que introduz o fragmento presente na<br />

alternativa, é o marca<strong>do</strong>r linguístico de<br />

opinião <strong>do</strong> autor no texto. além disso,<br />

fazen<strong>do</strong> um retorno ao suporte, o ad-<br />

vérbio “pessoalmente”, que introduz a<br />

fala <strong>do</strong> autor, é outro forte marca<strong>do</strong>r<br />

opinativo. 62,7% <strong>do</strong>s estudantes optaram<br />

pela alternativa a, revelan<strong>do</strong> que<br />

a maioria já desenvolveu a habilidade<br />

avaliada pelo item.<br />

a alternativa B (14,9%) é um fato e sua<br />

escolha revela ainda uma falta de <strong>do</strong>mínio<br />

na discriminação entre marca<strong>do</strong>res<br />

linguísticos que traduzam opinião. as<br />

alternativas c (16,3%) e d (5,5%) são<br />

fatos utiliza<strong>do</strong>s pelo autor como argumentos<br />

para defesa de seu ponto de<br />

vista, mas não há marcas subjetivas<br />

nesses trechos.<br />

A 62,7%<br />

B 14,9%<br />

C 16,3%<br />

D 5,5%


Leia o texto abaixo.<br />

Só ven<strong>do</strong> que beleza (Marambaia)<br />

Eu tenho uma casinha lá na Marambaia<br />

Fica na beira da praia, só ven<strong>do</strong> que beleza<br />

Tem uma trepadeira que na primavera<br />

Fica toda florescida de brincos-de-princesa<br />

Quan<strong>do</strong> chega o verão eu sento na varanda<br />

Pego o meu violão e começo a tocar<br />

O meu moreno que está sempre bem disposto<br />

Senta ao meu la<strong>do</strong> e começa a cantar.<br />

Quan<strong>do</strong> chega a tarde um ban<strong>do</strong> de an<strong>do</strong>rinhas<br />

Voa em revoada fazen<strong>do</strong> verão<br />

E lá na mata o sabiá gorjeia<br />

Linda melodia pra alegrar meu coração<br />

Às seis o sino da capela<br />

toca as badaladas da Ave-Maria<br />

a lua nasce por detrás da serra<br />

anuncian<strong>do</strong> que acabou o dia.<br />

CAMPOS, Rubens <strong>–</strong> Henricão. In: Omara Portuon<strong>do</strong> e Maria Bethânia. CD Biscoito Fino, 2008. (P090113A8_SUP)<br />

(P090113A8) De acor<strong>do</strong> com esse texto, “brincos-de-princesa” é uma<br />

A) cadeira.<br />

B) canção.<br />

C) flor.<br />

D) joia.<br />

este item avalia a habilidade de os estudantes<br />

procederem à localização de<br />

uma informação solicitada. neste item, o<br />

texto que dá suporte ao item é uma letra<br />

de música, o que exige <strong>do</strong>s estudantes<br />

uma capacidade maior de interação pela<br />

sua organização em versos.<br />

para chegar à resposta correta, os estudantes<br />

precisaram retomar ao texto,<br />

localizan<strong>do</strong>, dentre outras informações,<br />

aquela que foi solicitada. nesse caso, a<br />

informação solicitada no coman<strong>do</strong> para<br />

resposta não está expressa literalmente<br />

no texto, e sim se manifesta por meio de<br />

uma paráfrase, o que pode aumentar a<br />

dificuldade <strong>do</strong> item.<br />

os alunos que escolheram a alternativa<br />

c <strong>–</strong> 59,4% <strong>–</strong> conseguiram efetuar a ati-<br />

vidade de retomada ao texto e compreender<br />

que “Ficar toda florescida” indica<br />

ao leitor que brincos-de-princesa são<br />

flores, demonstran<strong>do</strong>, dessa forma,<br />

que conseguem localizar informações,<br />

mesmo quan<strong>do</strong> a tarefa solicitada no coman<strong>do</strong><br />

para resposta está parafraseada.<br />

os alunos que optaram pelas alternativas<br />

a (6,1%), B (19,9%) e d (14,1%)<br />

demonstram dificuldades em localizar<br />

informações que estejam expressas de<br />

forma diferente ou não conseguiram<br />

acompanhar a progressão textual, pois<br />

realizaram associações equivocadas e<br />

que não completam adequadamente o<br />

enuncia<strong>do</strong>.<br />

A 6,1%<br />

B 19,9%<br />

C 59,4%<br />

D 14,1%<br />

49


50<br />

Leia o texto abaixo.<br />

5<br />

10<br />

EXÉRCITO SUSPENDE CAMINHÕES-PIPA<br />

Espinosa <strong>–</strong> “Só Deus para ter misericórdia da gente”, diz a agricultora Maria Cândida<br />

<strong>do</strong>s Santos, pedin<strong>do</strong> chuva, no povoa<strong>do</strong> de Charquinho, no município de Espinosa, extremo<br />

Norte de Minas. Seu apelo é o mesmo de outras centenas de mora<strong>do</strong>res da região, onde a<br />

ajuda <strong>do</strong>s céus é a única esperança para acabar com o drama imposto pela seca. Se não<br />

chover nos próximos dias, o problema será agrava<strong>do</strong>, pois os caminhões-pipa <strong>do</strong> Exército,<br />

que ajudavam as comunidades foram suspensos ontem.<br />

O 55º Batalhão de Infantaria <strong>do</strong> Exército em Montes Claros confirmou o encerramento<br />

da Operação Pipa, argumentan<strong>do</strong> que o Exército apenas contratou os caminhões, mas<br />

que o programa é custea<strong>do</strong> pelo Ministério da Integração Nacional. Informou ainda que<br />

foram libera<strong>do</strong>s recursos para o aluguel <strong>do</strong>s equipamentos somente até ontem. Procura<strong>do</strong>,<br />

o Ministério informou que a retomada da ajuda depende de novo crédito suplementar, a ser<br />

autoriza<strong>do</strong> por decreto presidencial.<br />

RIBEIRO, Luiz. Esta<strong>do</strong> de Minas, 22 jan. 2008. (P050022A8_SUP)<br />

(P050023A8) Qual é o assunto principal desse texto?<br />

A) A chegada <strong>do</strong> exército com caminhões-pipa nas regiões da seca <strong>do</strong> Norte de Minas.<br />

B) A confirmação de que, se não chover nos próximos dias, o exército sairá de Espinosa.<br />

C) A suspensão da ajuda <strong>do</strong> exército com caminhões-pipa nas regiões de seca em Minas.<br />

D) A oração pedin<strong>do</strong> chuva de D. Maria Cândida, mora<strong>do</strong>ra de Charquinho, em Espinosa.<br />

este item avalia a habilidade de os estudantes<br />

lerem o texto como um to<strong>do</strong>,<br />

relacionan<strong>do</strong> suas diferentes informações<br />

para construir um senti<strong>do</strong> global<br />

e chegar à identificação <strong>do</strong> tema. nesse<br />

caso, o suporte <strong>do</strong> item é uma notícia, na<br />

qual o título já aponta para o assunto, o<br />

que facilita a identificação <strong>do</strong> gabarito,<br />

porém as alternativas de resposta são<br />

um pouco extensas, o que pode ter contribuí<strong>do</strong><br />

para um percentual de acerto<br />

medi<strong>ano</strong> (57,7%).<br />

os estudantes que escolheram a alternativa<br />

c <strong>–</strong> o gabarito <strong>–</strong> conseguiram fazer<br />

uma leitura eficiente, construin<strong>do</strong> um<br />

senti<strong>do</strong> global para o texto, revelan<strong>do</strong><br />

serem leitores maduros que já desenvolveram<br />

uma das habilidades fundamentais<br />

de leitura.<br />

aqueles que escolheram a alternativa<br />

a (12,0%), B (9,7%) e d (20,2%) não<br />

desenvolveram, ainda, essa habilidade<br />

de leitura, visto que elegeram como<br />

assunto <strong>do</strong> texto informações pontuais<br />

presentes no mesmo e não construíram<br />

um senti<strong>do</strong> global, revelan<strong>do</strong> serem leitores<br />

imaturos.<br />

A 12,0%<br />

B 9,7%<br />

C 57,7%<br />

D 20,2%


52<br />

neste padrão de desempenho encon-<br />

tram-se habilidades mais elaboradas,<br />

exigin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s estudantes uma autonomia<br />

de leitura em face das atividades<br />

cognitivas que lhes são exigidas e,<br />

também, <strong>do</strong>s textos com os quais irão<br />

interagir. esses estudantes já interagem<br />

com textos expositivos e argumentativos<br />

com temáticas conhecidas e são<br />

capazes de identificar informações parafraseadas<br />

e distinguir a informação<br />

principal das secundárias.<br />

em relação ao conhecimento das relações<br />

que conjunções, preposições,<br />

pronomes e advérbios estabelecem<br />

para que o texto se construa coeso<br />

e coerente, produzin<strong>do</strong> os efeitos de<br />

senti<strong>do</strong> pretendi<strong>do</strong>s pelo autor, os estudantes<br />

reconhecem essas relações<br />

estabelecidas no texto, expressas por<br />

advérbios e por conjunções, inclusive<br />

as de causa e de consequência.<br />

também recuperam informações em<br />

textos por meio de referência pronominal<br />

(além <strong>do</strong>s pronomes pessoais<br />

e <strong>do</strong>s indefini<strong>do</strong>s, acrescentem-se os<br />

pronomes demonstrativos e os possessivos).<br />

recuperam, ainda, informações<br />

referenciais baseadas na omissão de<br />

um item, elipse de uma palavra, um<br />

sintagma ou uma frase.<br />

AdeQuA<strong>do</strong><br />

Quanto à variação linguística, os estudantes,<br />

identificam expressões próprias<br />

de linguagem técnica e científica.<br />

no que se refere à intertextualidade,<br />

fazem a leitura comparativa de textos<br />

que tratam <strong>do</strong> mesmo tema, revelan<strong>do</strong><br />

um avanço no tratamento das informações<br />

presentes no texto.<br />

o processo inferencial, durante a leitura,<br />

é feito por esses estudantes pelo<br />

reconhecimento <strong>do</strong> tema <strong>do</strong> texto; <strong>do</strong><br />

senti<strong>do</strong> de expressões complexas; <strong>do</strong><br />

efeito de senti<strong>do</strong> decorrente <strong>do</strong> uso<br />

de notações em textos que conjugam<br />

duas ou mais linguagens; <strong>do</strong> efeito de<br />

senti<strong>do</strong> decorrente <strong>do</strong> uso de recursos<br />

morfossintáticos. observa-se, assim,<br />

uma ampliação das ações inferenciais<br />

realizadas pelos estudantes que<br />

apresentam um desempenho que os<br />

posiciona neste padrão.<br />

com relação à leitura global de textos,<br />

os estudantes, conseguem identificar<br />

a tese e os argumentos que a sustentam;<br />

reconhecem a função social de<br />

textos fabulares e de outros com temática<br />

científica, identifican<strong>do</strong>, ainda,<br />

sua finalidade.<br />

percebe-se, pois, que os estudantes<br />

que se localizam neste padrão de desempenho<br />

já desenvolveram habilidades<br />

para uma leitura autônoma.


DE 250 Até 300 Pontos<br />

53


54<br />

Leia o texto abaixo.<br />

<strong>Revista</strong> Sesinho, <strong>ano</strong> 3, nº 25, seção Faça você mesmo, CNI/SESI, p. 25. (P050239A8_SUP)<br />

(P050239A8) Esse texto tem a função de<br />

A) argumentar sobre a alimentação das aves.<br />

B) ensinar como se faz um recipiente.<br />

C) indicar como se tratam os passarinhos.<br />

D) vender embalagens longa-vida.


este item avalia a habilidade de os<br />

estudantes identificarem a finalidade<br />

de textos de gêneros diferentes. para<br />

resolver este item, os estudantes devem<br />

considerar suas características estruturais,<br />

temáticas, o destinatário principal<br />

e o meio de circulação. nesse caso, especificamente,<br />

busca-se avaliar se os<br />

estudantes conseguem perceber qual a<br />

finalidade de um texto instrucional, que<br />

orienta o leitor a respeito da montagem<br />

de um determina<strong>do</strong> objeto e conjuga<br />

elementos verbais e não-verbais.<br />

os estudantes que escolheram a alternativa<br />

B <strong>–</strong> o gabarito <strong>–</strong> conseguiram<br />

perceber as características <strong>do</strong> texto<br />

como: pre<strong>do</strong>mínio da função conativa<br />

da linguagem, enumeração <strong>do</strong> material<br />

a ser utiliza<strong>do</strong> e um passo a passo a<br />

ser segui<strong>do</strong> para montagem, assim,<br />

puderam associá-las ao seu objetivo<br />

comunicativo. menos da metade <strong>do</strong>s<br />

estudantes conseguiram identificar a<br />

finalidade desse texto, portanto somente<br />

48,3% já consolidaram a habilidade<br />

avaliada pelo item.<br />

a alternativa que mais atraiu os estudantes,<br />

depois <strong>do</strong> gabarito, foi a opção<br />

a (20,1%). possivelmente, esse grupo de<br />

estudantes ateve-se ao título (“alimenta<strong>do</strong>r<br />

de aves”) e não considerou o restante<br />

<strong>do</strong> texto. de forma semelhante, os estudantes<br />

que optaram pela alternativa c<br />

(19,7%) demonstraram não considerar<br />

o texto integralmente e associaram a<br />

finalidade <strong>do</strong> texto a um aspecto pontual.<br />

aqueles que escolheram a alternativa d<br />

(11,2%) consideraram apenas as imagens<br />

das caixas de leite, não levan<strong>do</strong> em<br />

consideração o texto em sua totalidade.<br />

A 20,1%<br />

B 48,3%<br />

C 19,7%<br />

D 11,2%<br />

55


56<br />

Leia o texto abaixo.<br />

5<br />

10<br />

15<br />

20<br />

Não deixe o samba morrer<br />

Não deixe o samba morrer<br />

Não deixe o samba acabar<br />

O morro foi feito de samba<br />

De samba pra gente sambar<br />

Quan<strong>do</strong> eu não puder pisar<br />

Mais na avenida<br />

Quan<strong>do</strong> as minhas pernas<br />

Não puderem aguentar<br />

Levar meu corpo<br />

Junto com meu samba<br />

O meu anel de bamba<br />

Entrego a quem mereça usar<br />

Eu vou ficar<br />

No meio <strong>do</strong> povo espian<strong>do</strong><br />

Minha escola perden<strong>do</strong> ou ganhan<strong>do</strong><br />

Mais um carnaval<br />

Antes de me despedir<br />

Deixo ao sambista mais novo<br />

O meu pedi<strong>do</strong> final<br />

Não deixe o samba morrer...<br />

CONCEIÇÃO, Edson; Aloísio. Disponível em:.<br />

Acesso em: 08 nov. 2009. (P090108B1_SUP)<br />

(P090110B1) No trecho “Quan<strong>do</strong> eu não puder pisar / Mais na avenida” (v. 5-6), a palavra destacada<br />

estabelece uma relação de<br />

A) adição.<br />

B) causa.<br />

C) mo<strong>do</strong>.<br />

D) tempo.


este item avalia a habilidade de os<br />

estudantes estabelecerem relações<br />

lógico-discursivas presentes no texto,<br />

marcadas por conjunções, advérbios,<br />

etc. nesse caso, especificamente,<br />

avalia-se se os estudantes conseguem<br />

reconhecer a ideia expressa por uma<br />

conjunção temporal. o suporte utiliza<strong>do</strong><br />

nesse item é a letra de uma música<br />

popular <strong>–</strong> um samba.<br />

os estudantes que marcaram a alternativa<br />

d (57,6%) conseguiram identificar<br />

que a conjunção no trecho destaca<strong>do</strong><br />

no coman<strong>do</strong> para resposta exprime<br />

circunstância tempo.<br />

a alternativa mais atraente, depois <strong>do</strong><br />

gabarito, foi a letra B com 28,1%. esses<br />

estudantes demonstraram não saber<br />

distinguir um conector temporal de<br />

um que marca causalidade, além disso,<br />

podem ter considera<strong>do</strong> que a causa <strong>do</strong><br />

pedi<strong>do</strong> feito no refrão seria introduzida<br />

pelo trecho destaca<strong>do</strong> no coman<strong>do</strong> para<br />

resposta, porém não é essa informação<br />

solicitada. aqueles que escolheram<br />

as alternativas a (5,9%) e c (7,9%), de<br />

forma semelhante, demonstraram que<br />

não conseguem, ainda, identificar um<br />

conector temporal amplamente utiliza<strong>do</strong><br />

como o “quan<strong>do</strong>”, uma habilidade que já<br />

deveria estar consolidada nessa etapa<br />

de escolarização.<br />

A 5,9%<br />

B 28,1%<br />

C 7,9%<br />

D 57,6%<br />

57


58<br />

analisan<strong>do</strong> as habilidades encontradas<br />

neste padrão, conclui-se que os estudantes<br />

que nele se encontram são capazes<br />

de interagir com textos de tema e<br />

vocabulário complexos e não familiares.<br />

os estudantes reconhecem os efeitos<br />

de senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso de recursos morfossintáticos<br />

diversos, de notações,<br />

de repetições, de escolha lexical, em<br />

gêneros de várias naturezas e temáticas,<br />

ou seja, demonstram maior conhecimento<br />

linguístico associa<strong>do</strong> aos<br />

aspectos discursivos <strong>do</strong>s textos.<br />

eles ainda realizam operações de retomadas<br />

com alta complexidade (usan<strong>do</strong><br />

pronomes demonstrativos e indefini<strong>do</strong>s,<br />

retos, incluin<strong>do</strong> também elipses).<br />

São capazes de analisar, com mais<br />

profundidade, uma maior gama de<br />

textos argumentativos, narrativos,<br />

expositivos, instrucionais e de relato,<br />

observan<strong>do</strong> diversas categorias ainda<br />

não atingidas anteriormente, tanto no<br />

interior <strong>do</strong> texto quanto na comparação<br />

entre eles. na comparação, inferem<br />

AVAnçA<strong>do</strong><br />

diferentes posicionamentos em relação<br />

ao mesmo assunto em textos de<br />

tipologias diferentes.<br />

no tocante à análise de textos que<br />

conjugam diversas tipologias, são capazes<br />

de identificá-las e analisá-las,<br />

reconhecen<strong>do</strong> seus objetivos separada<br />

ou conjuntamente. analisam gêneros<br />

textuais híbri<strong>do</strong>s, consideran<strong>do</strong> as<br />

condições de produção e os efeitos de<br />

senti<strong>do</strong> pretendi<strong>do</strong>s.<br />

em textos literários complexos, inferem<br />

o significa<strong>do</strong> da metáfora e o efeito de<br />

senti<strong>do</strong> pretendi<strong>do</strong> com seu uso.<br />

assim, os estudantes que se posicionam<br />

acima de 300 pontos na escala<br />

de proficiência, estão próximos da<br />

manifestação de habilidades de leitura<br />

que os tornarão, efetivamente,<br />

leitores proficientes, ou seja, leitores<br />

que conseguem perceber o ritmo <strong>do</strong><br />

texto, firman<strong>do</strong> o pacto pretendi<strong>do</strong> pelo<br />

autor ou crian<strong>do</strong> um ritmo to<strong>do</strong> seu.


ACIMA DE 300 Pontos<br />

59


60<br />

Leia o texto abaixo.<br />

5<br />

10<br />

15<br />

O bicho Folharal<br />

Havia seca no sertão e somente uma cacimba ao pé de uma serra tinha ainda um pouco<br />

de água. To<strong>do</strong>s os animais selvagens eram obriga<strong>do</strong>s a beber ali. A onça ficou à espera da<br />

raposa, junto da cacimba, dia e noite. Nunca a raposa sentira tanta sede. Ao fim de três dias<br />

já não aguentava mais. Resolveu ir beber, usan<strong>do</strong> duma astúcia qualquer.<br />

Achou um cortiço de abelhas, furou-o e com o mel que dele escorreu untou to<strong>do</strong> o<br />

seu corpo. Depois, rolou num monte de folhas secas, que se pregaram aos seus pelos e<br />

cobriram-na toda. Imediatamente, foi à cacimba. A onça olhou-a bem e perguntou:<br />

<strong>–</strong> Que bicho és tu que eu não conheço, que eu nunca vi?<br />

<strong>–</strong> Sou o bicho Folharal. <strong>–</strong> respondeu a raposa.<br />

<strong>–</strong> Podes beber.<br />

A raposa desceu a rampa <strong>do</strong> bebe<strong>do</strong>uro, meteu-se na água, beben<strong>do</strong>-a com delícia e<br />

a onça lá em cima, desconfiada, ven<strong>do</strong>-a beber demais, como quem trazia uma sede de<br />

vários dias, dizia:<br />

<strong>–</strong> Quanto bebes, Folharal!<br />

Quan<strong>do</strong> já havia bebi<strong>do</strong> o suficiente, a última folha caíra, a onça reconhecera a inimiga<br />

esperta e pulara ferozmente sobre ela, mas a raposa conseguira fugir.<br />

Disponível em: . Acesso em: 02 jul. 09. Fragmento. *Adapta<strong>do</strong>: Reforma Ortográfica. (P050448A9_SUP)<br />

(P050451A9) Na expressão “<strong>–</strong> Quanto bebes, Folharal!” (ℓ. 14), o ponto de exclamação sugere<br />

A) admiração.<br />

B) curiosidade.<br />

C) desconfiança.<br />

D) preocupação.<br />

este item avalia a habilidade de os estudantes<br />

reconhecerem o efeito de senti<strong>do</strong><br />

decorrente <strong>do</strong> uso da pontuação e de<br />

outras notações em um texto narrativo.<br />

neste item, especificamente, é avalia<strong>do</strong><br />

o efeito provoca<strong>do</strong> pelo uso <strong>do</strong> sinal de<br />

exclamação na fala de uma personagem<br />

em uma fábula.<br />

os estudantes que conseguiram identificar<br />

o gabarito, a alternativa c <strong>–</strong> 34,1%<br />

<strong>–</strong> demonstraram conhecer os senti<strong>do</strong>s<br />

possíveis marca<strong>do</strong>s pelo ponto de exclamação.<br />

esses estudantes identificaram<br />

que o ponto de exclamação, nesse contexto,<br />

enfatiza a desconfiança sentida<br />

pela onça ao ver o bicho folharal beber<br />

água em demasia. o baixo percentual<br />

de acerto, possivelmente, está atrela<strong>do</strong><br />

ao desconhecimento pela maioria <strong>do</strong>s<br />

estudantes <strong>do</strong>s efeitos provoca<strong>do</strong>s pelo<br />

emprego de recursos da pontuação em<br />

contribuição à compreensão textual.<br />

os estudantes que escolheram a alternativa<br />

a (28,4%) associaram a fala da<br />

onça marcada pelo ponto de exclamação<br />

ao sentimento de admiração, porém<br />

esses estudantes demonstraram não<br />

perceber a sugestão de dúvida presente<br />

no trecho.<br />

aqueles que assinalaram as alternativas<br />

B (22,7%) e d (13,7%) realizaram inferências<br />

equivocadas, entenden<strong>do</strong> que a<br />

onça estaria curiosa ou preocupada, demonstran<strong>do</strong>,<br />

assim, que, possivelmente,<br />

não entenderam o texto e não consolidaram<br />

a habilidade de reconhecer os<br />

senti<strong>do</strong>s possíveis marca<strong>do</strong>s pelo ponto<br />

de exclamação.<br />

A 28,4%<br />

B 22,7%<br />

C 34,1%<br />

D 13,7%


Leia os textos abaixo.<br />

Texto 1 Texto 2<br />

5<br />

10<br />

15<br />

A ROSA DE HIROSHIMA<br />

Pensem nas crianças<br />

Mudas telepáticas<br />

Pensem nas meninas<br />

Cegas inexatas<br />

Pensem nas mulheres<br />

Rotas alteradas<br />

Pensem nas feridas<br />

Como rosas cálidas<br />

Mas oh não se esqueçam<br />

Da rosa da rosa<br />

Da rosa de Hiroshima<br />

A rosa hereditária<br />

A rosa radioativa<br />

Estúpida e inválida<br />

A rosa com cirrose<br />

Antirrosa atômica<br />

Sem cor sem perfume<br />

Sem rosa sem nada.<br />

Moraes, Vinicius de. In: Ítalo Moriconi (Org.).<br />

Os cem melhores poemas brasileiros <strong>do</strong> século. Rio de<br />

Janeiro: Objetiva, 2001. *Adapta<strong>do</strong>: Reforma Ortográfica.<br />

(P090003EX) Em relação ao tema trata<strong>do</strong>, esses textos apresentam abordagens<br />

A) complementares.<br />

B) idênticas.<br />

C) opostas.<br />

D) subjetivas.<br />

este item avalia a habilidade de os estudantes<br />

reconhecerem posições distintas<br />

entre duas ou mais opiniões relativas ao<br />

mesmo fato ou ao mesmo tema. para<br />

avaliar essa habilidade, foram utiliza<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>is textos: a letra de uma música popular<br />

brasileira e o fragmento de uma<br />

reportagem, ambos tratan<strong>do</strong> de pontos<br />

de vista acerca da explosão da bomba<br />

atômica em Hiroshima em 1945. o primeiro<br />

apresenta uma abordagem subjetiva,<br />

característica <strong>do</strong>s textos literários,<br />

em contraposição ao texto de caráter<br />

informativo que apresenta a descrição<br />

<strong>do</strong>s fatos de forma impessoal.<br />

os estudantes que marcaram a alternativa<br />

a (37,3%) conseguiram identificar o<br />

gabarito. para tanto, foi necessário que<br />

esses estudantes realizassem uma leitu-<br />

5<br />

10<br />

ra atenta <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is textos, relacionan<strong>do</strong> os<br />

aspectos <strong>do</strong> trágico acontecimento descrito<br />

no texto 2 à linguagem metafórica<br />

empregada no texto 1, demonstran<strong>do</strong><br />

destacável competência de leitura crítica<br />

e reflexiva.<br />

os estudantes que escolheram as<br />

alternativas B (15,6%), c (28,5%) e d<br />

(18,3%) não conseguiram emparelhar<br />

e comparar as informações que os <strong>do</strong>is<br />

autores ofereciam: apesar de abordarem<br />

o mesmo assunto, o primeiro autor<br />

emprega símbolos para caracterizar a<br />

situação das mulheres após a tragédia<br />

e o autor <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> texto narra o fato<br />

objetivamente. esses estudantes ainda<br />

não conseguem identificar posicionamentos<br />

em diferentes contextos.<br />

HIROSHIMA<br />

1945 Em 1945, Hiroshima tinha<br />

apenas 350 mil habitantes, <strong>do</strong>s quais<br />

morreram cerca de 140 mil no momento<br />

<strong>do</strong> ataque ou meses depois. Incluin<strong>do</strong> os<br />

desapareci<strong>do</strong>s e aqueles que morreram<br />

de <strong>do</strong>enças como o câncer (consequência<br />

da explosão, que liberou uma onda de<br />

choques, raios de calor e radiação), as<br />

autoridades de Hiroshima calculam um<br />

número total de mortos de cerca de 237<br />

mil pessoas.<br />

Disponível em: . Acesso<br />

em: 08 mar. 2010.<br />

(P090003EX_SUP)<br />

A 37,3%<br />

B 15,6%<br />

C 28,5%<br />

D 18,3%<br />

61


62<br />

Leia o texto abaixo.<br />

5<br />

10<br />

Há mais de quarenta <strong>ano</strong>s (estou com<br />

56, comecei ce<strong>do</strong>, aos 9) me revezei<br />

entre oito profissões para ganhar a vida.<br />

Me acostumei a, quanto me interessava<br />

e precisava, exercer uma ou outra<br />

atividade e muitas vezes fazer tu<strong>do</strong> ao<br />

mesmo tempo. Tenho si<strong>do</strong> professor de<br />

pós-graduação, compositor, dramaturgo,<br />

roteirista de cinema e televisão, criativo,<br />

publicitário, marketeiro político e treina<strong>do</strong>r<br />

de executivos em web business.<br />

Nos intervalos, nunca deixei de ser<br />

poeta e, talvez por isso, ter uma montanha<br />

de livros de poesia para crianças, jovens<br />

Escrever: vicioso ofício<br />

15<br />

20<br />

25<br />

e adultos, e estar com mais de 4 milhões<br />

de exemplares vendi<strong>do</strong>s, o que, no<br />

Brasil, até a mim espanta. Daí, de três<br />

<strong>ano</strong>s para cá, resolvi ser apenas escritor<br />

profissional.<br />

A decisão foi difícil, mas estou satisfeito<br />

pelo seu principal efeito colateral: como<br />

meu status caiu de um carro importa<strong>do</strong><br />

para um fusquinha, nunca mais serei rico<br />

a ponto de atrair mulheres interesseiras.<br />

Quem me amar vai me amar pelo que eu<br />

sou: um poeta tupiniquim, apaixona<strong>do</strong>,<br />

mas duro. [...]<br />

TAVARES, Ulisses. Escrever: vicioso ofício. In: Discutin<strong>do</strong> Literatura, <strong>ano</strong> II, n° 9, 2008, p. 24. (P090120CE_SUP)<br />

(P090120CE) Qual é a ideia principal desse texto?<br />

A) As milhares de vendas <strong>do</strong> autor.<br />

B) As diversas profissões <strong>do</strong> autor.<br />

C) A paixão <strong>do</strong> autor pela arte de ser poeta.<br />

D) A difícil decisão de ser escritor profissional.<br />

este item avalia a habilidade de os estudantes<br />

diferenciarem em um texto<br />

as partes principais das secundárias,<br />

ou seja, a habilidade em reconhecer<br />

a estrutura e a organização <strong>do</strong> texto e<br />

localizar a informação principal e as<br />

informações secundárias que o compõem.<br />

para isso, foi utilizada uma narrativa<br />

em primeira pessoa facilmente<br />

compreensível, porém com a presença<br />

de alguns termos menos comuns, como<br />

estrangeirismos, o que demandaria uma<br />

maior capacidade de interação com o<br />

texto para selecionar dentre as informações<br />

apresentadas aquela que é a mais<br />

relevante. para identificar corretamente<br />

o gabarito, os estudantes precisariam<br />

demonstrar percepção de hierarquia<br />

entre as ideias apresentadas pelo autor.<br />

os estudantes que escolheram a alternativa<br />

c <strong>–</strong> 42,2% <strong>–</strong> demonstraram<br />

que são proficientes na habilidade de<br />

selecionar dentre as informações de um<br />

texto aquela que traduz a ideia principal,<br />

conseguiram identificar que a parte<br />

principal desse texto refere-se à paixão<br />

<strong>do</strong> autor pelo ato de escrever.<br />

a opção pelas alternativas a (4,4%), B<br />

(25,8%) e d (27,4%) indica que os estudantes<br />

tomaram informações pontuais<br />

para responder à tarefa solicitada pelo<br />

item, demonstran<strong>do</strong>, dessa forma, que<br />

não conseguem, ainda, elencar qual<br />

parte <strong>do</strong> texto apresenta a informação<br />

principal.<br />

A 4,4%<br />

B 25,8%<br />

C 42,2%<br />

D 27,4%


Leia o texto abaixo.<br />

5<br />

10<br />

Fome e subdesenvolvimento<br />

A fome é, de longe, o sintoma mais grave e mais geral <strong>do</strong> subdesenvolvimento. Resulta<br />

de to<strong>do</strong> um conjunto de causas e provoca toda uma gama de consequências. Sen<strong>do</strong> a<br />

alimentação a necessidade primeira <strong>do</strong> homem e a busca da alimentação ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong>,<br />

durante milênios, uma preocupação quase obsessiva, a fome é, entre as características<br />

<strong>do</strong> subdesenvolvimento, aquela que mais profundamente choca a opinião <strong>do</strong>s países<br />

ricos. É a manifestação mais flagrante da miséria, a expressão das privações que não<br />

é possível eludir: admite-se que os homens fiquem nus (é, diz-se, “a tradição”), que se<br />

alojem em cabanas (à primeira vista é “pitoresco”), que sejam <strong>do</strong>entios (não existe a<br />

<strong>do</strong>ença nos países desenvolvi<strong>do</strong>s?), que não tenham trabalho (“certamente não gostam<br />

de se cansar”) etc., mas não é possível admitir a fome. Sua denúncia é, de fato, o único<br />

meio de levar a opinião pública <strong>do</strong>s países subdesenvolvi<strong>do</strong>s a tomar consciência <strong>do</strong>s<br />

problemas <strong>do</strong> subdesenvolvimento. Atualmente a fome caracteriza a totalidade <strong>do</strong>s países<br />

subdesenvolvi<strong>do</strong>s. Mesmo na Argentina, onde o regime alimentar médio é contu<strong>do</strong> copioso,<br />

uma importante fração da população sofre de uma nítida insuficiência alimentar.<br />

LACOSTE, Yves. Geografia <strong>do</strong> subdesenvolvimento. São Paulo: Difel, 1975. P. 29. Adapta<strong>do</strong>: Reforma Ortográfica. (P090002PE_SUP)<br />

(P090002PE) Pela leitura global desse texto, pode-se concluir que sua finalidade é<br />

A) convencer o público da dura realidade <strong>do</strong>s países subdesenvolvi<strong>do</strong>s.<br />

B) explicar as causas da miséria existente e suas possíveis soluções.<br />

C) informar ao leitor a problemática da fome nos países subdesenvolvi<strong>do</strong>s.<br />

D) sensibilizar o governo a fim de que haja melhor distribuição de renda.<br />

este item avalia a habilidade de os estudantes<br />

identificarem a finalidade de um<br />

texto. nesse caso, foi solicita<strong>do</strong> que os<br />

estudantes apontassem qual a função<br />

de um texto dissertativo cuja temática<br />

é complexa e exigiria estratégias de<br />

leituras mais refinadas.<br />

os estudantes que escolheram a alternativa<br />

c <strong>–</strong> o gabarito <strong>–</strong> conseguiram perceber<br />

a intenção comunicativa <strong>do</strong> texto,<br />

demonstran<strong>do</strong> articular corretamente<br />

suas partes, inclusive o título, e apontar<br />

qual a finalidade <strong>do</strong> mesmo. 48,2% <strong>do</strong>s<br />

estudantes já consolidaram a habilidade<br />

avaliada pelo item.<br />

os estudantes que assinalaram a alternativa<br />

a (22,6%) não perceberam que,<br />

apesar <strong>do</strong> autor abordar a situação<br />

sofrida <strong>do</strong>s países subdesenvolvi<strong>do</strong>s<br />

em relação à alimentação, ele não usa<br />

argumentos de forma a persuadir o<br />

leitor a tomar determinada postura,<br />

apenas apresenta os fatos. a opção pela<br />

alternativa B (16,3%) demonstra uma<br />

leitura superficial e que os estudantes,<br />

possivelmente, usaram conhecimento<br />

externo ao texto, já que, apesar <strong>do</strong> autor<br />

mencionar que a fome possui várias<br />

causas, ele não as cita nem aponta<br />

soluções, apenas defende ser preciso<br />

denunciá-la. de forma semelhante,<br />

aqueles que escolheram a alternativa<br />

d (12,5%) não restringiram sua resposta<br />

ao texto, pois o autor não direciona sua<br />

crítica ao governo e indica forte influência<br />

<strong>do</strong> conhecimento de mun<strong>do</strong> por<br />

parte <strong>do</strong>s estudantes.<br />

A 22,6%<br />

B 16,3%<br />

C 48,2%<br />

D 12,5%<br />

63


Irismar Carvalho da Rocha<br />

para muitos, enfrentar uma sala de<br />

aula lotada to<strong>do</strong>s os dias pode ser um<br />

pesadelo. não para irismar carvalho da<br />

rocha, graduada em letras vernáculas,<br />

pós-graduada em psicologia e professora<br />

de língua portuguesa há 25 <strong>ano</strong>s. o<br />

amor pela sala de aula funciona como<br />

uma terapia, apesar de to<strong>do</strong>s os contratempos:<br />

“gosto demais, me sinto bem;<br />

lá esqueço to<strong>do</strong>s os meus problemas”,<br />

afirma. atualmente, irismar leciona para<br />

sete turmas; sen<strong>do</strong> cinco no turno da<br />

manhã e duas à tarde, com um total de<br />

180 alunos.<br />

para a experiente professora, o impasse<br />

da profissão hoje está na convivência<br />

com as novas tecnologias, o que também<br />

é uma questão pessoal, uma vez que<br />

na sua época de estudante não havia<br />

celular ou internet. “eu achava melhor.<br />

parece-me que as pessoas gostavam<br />

mais de estudar”.<br />

consciente dessa realidade, irismar acredita<br />

que a função da escola nos tempos<br />

atuais “ainda é ensinar”, mas “com novas<br />

possibilidades para os estudantes”. apesar<br />

da dificuldade com tecnologias, ela<br />

ressalta a importância <strong>do</strong>s programas de<br />

capacitação e formação continuada para<br />

o desenvolvimento de competências para<br />

as novas linguagens.<br />

CoM A PAlAvRA, o PRofEssoR<br />

conversA com umA professorA dedicAdA<br />

SEAPE<br />

com relação aos resulta<strong>do</strong>s das avaliações<br />

externas, elaboradas pelo Seape, irismar<br />

relata que as notas de seus alunos cresceram<br />

bastante. “essas avaliações são fundamentais,<br />

pois só assim é possível detectar<br />

as falhas e pensar formas de corrigi-las”.<br />

ela também elogia as questões, as quais<br />

considera “importantíssimas”, e que, em<br />

suas palavras, “só vieram a acrescentar<br />

mais em nosso trabalho”.<br />

irismar acredita que, com os padrões de<br />

desempenho determina<strong>do</strong>s pelo esta<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> acre, é possível observar se alunos e<br />

professores estão bem, se existe alguma<br />

dificuldade e, com isso, aprender mais.<br />

Quanto ao auxílio <strong>do</strong>s boletins e revistas<br />

pedagógicas em seu trabalho, ela é enfática:<br />

“É muito importante, pois é mais uma<br />

ferramenta para o professor detectar falhas<br />

ou até mesmo observar quem precisa de<br />

mais atenção nos estu<strong>do</strong>s”.<br />

para terminar a entrevista, uma pergunta<br />

simples: “para que serve uma escala de<br />

proficiência?”. a professora irismar não teve<br />

dúvidas e respondeu com a mesma simplicidade:<br />

“É para conhecer nossas habilidades<br />

em relação ao que é ensina<strong>do</strong> aos alunos”.<br />

assume, com isso, uma postura crítica e reflexiva,<br />

em conformidade com as diretrizes<br />

da política educacional contemporânea.<br />

65


A consolidação de uma escola de qualidade<br />

é uma exigência social. A aprendizagem<br />

de to<strong>do</strong>s no tempo e idade certos é um<br />

dever <strong>do</strong>s governos democráticos.<br />

Para tanto, as unidades escolares devem ser<br />

autônomas, capazes de planejar e executar<br />

seus projetos com o objetivo de garantir<br />

a aprendizagem <strong>do</strong>s alunos. Tanto mais<br />

eficazes serão as ações desenvolvidas pelas<br />

escolas quanto mais informações acerca<br />

de si próprias elas tiveram à disposição.<br />

Nesse contexto, a avaliação se insere como<br />

forte instrumento prove<strong>do</strong>r de da<strong>do</strong>s sobre a<br />

realidade educacional. Portanto, os resulta<strong>do</strong>s<br />

apresenta<strong>do</strong>s nesta revista, para atingir o fim<br />

a que se destinam, devem ser socializa<strong>do</strong>s,<br />

estuda<strong>do</strong>s, analisa<strong>do</strong>s e debati<strong>do</strong>s à exaustão<br />

em suas múltiplas possibilidades de uso<br />

pedagógico. Temos certeza que isso já está<br />

acontecen<strong>do</strong> em todas as escolas <strong>do</strong> Acre.


Coordenação Geral<br />

Lina Kátia Mesquita Oliveira<br />

Coordenação Técnica<br />

Manuel Fernan<strong>do</strong> Palácios da Cunha Melo<br />

Coordenação de Pesquisa<br />

Tufi Macha<strong>do</strong> Soares<br />

Coordenação de Análise e<br />

Publicação de Resulta<strong>do</strong>s<br />

Wagner Silveira Rezende<br />

Coordenação de Instrumentos<br />

de Avaliação<br />

Verônica Mendes Vieira<br />

Coordenação de Medidas Estatísticas<br />

Wellington Silva<br />

Coordenação de Produção Visual<br />

Hamilton Ferreira<br />

Grupo de Design na Comunicação<br />

Edna Rezende S. de Alcântara<br />

Grupo de Indica<strong>do</strong>res e<br />

Análises Educacionais<br />

João Filocre<br />

Equipe de Instrumentos de Avaliação<br />

1. Equipe de <strong>Língua</strong> <strong>Portuguesa</strong><br />

Adriana de Lourdes Ferreira de Andrade<br />

Ana Letícia Duin Tavares<br />

Higor Evérson de Araújo Pif<strong>ano</strong><br />

Hilda Aparecida Linhares da Silva<br />

Micarello (Coord. Alfabetização)<br />

Josiane Tole<strong>do</strong> Ferreira Silva (Coord. LP)<br />

Leila Márcia Mafra Martins<br />

Maika Som Macha<strong>do</strong><br />

Maria Diomara da Silva<br />

Rachel Garcia Finamore<br />

Roberta Fulco<br />

2. Equipe de Matemática<br />

Bruno Rinco Dutra Pereira<br />

Cecilia Cavedagne Cunha<br />

Dayane Cristina Rocha Tinoco<br />

Janaína Aparecida Ponte Coelho<br />

Luciara Alves de Paula<br />

Pablo Rafael de Oliveira Carlos<br />

Tatiane Gonçalves de Moraes (Coord. MAT)<br />

Tiago de Paula Zagnoli<br />

3. Equipe de Ciências<br />

Fernanda Gomes da Silva<br />

Priscila Karla Silva Dias<br />

4. Equipe de Apoio<br />

Carlos Palácios Carvalho da Cunha e Melo<br />

Daniella de Fátima Raymun<strong>do</strong><br />

Janine Reis Ferreira<br />

Mayra da Silva Moreira<br />

Tatiana Reis<br />

Equipe de Produção Visual<br />

Alexandre Calder<strong>ano</strong> Fiorilo<br />

Clarissa Aguiar Nunes de Paula<br />

Carlos Eduar<strong>do</strong> de Oliveira Castro<br />

Henrique de Abreu Oliveira Bedetti<br />

Luciana Freesz<br />

Marcela Zaghetto Miranda<br />

Paulo Ricar<strong>do</strong> Zacanini<br />

Raul Furiatti Moreira<br />

Rômulo Oliveira de Farias<br />

Vanessa Martins Ferreira Henry Rua<br />

Equipe de Medidas e Estatísticas<br />

Ailton Fonseca Galvão<br />

Carolina Dutra Cyrino<br />

Clayton Sirilo <strong>do</strong> Valle Furta<strong>do</strong><br />

Leonar<strong>do</strong> Pampanelli Azeve<strong>do</strong> Lucas<br />

Priscila Gregório Bernar<strong>do</strong><br />

Roberta de Oliveira Fávero<br />

Equipe de Análise e Publicação<br />

de Resulta<strong>do</strong>s<br />

Álvaro Dyogo Pereira<br />

Astrid Sarmento Cosac<br />

Camila Fonseca de Oliveira<br />

Carolina Augusta Assunção Gouvêa<br />

Carolina de Lima Gouvêa<br />

Carolina Ferreira Rodrigues<br />

Carolina Pires Araújo<br />

Cristi<strong>ano</strong> Lopes da Silva<br />

Daniel Aguiar de Leighton Brooke<br />

Daniel Araújo Vignoli<br />

Débora de Oliveira<br />

Fernanda Coelho da Silva Castro<br />

Francisca Rosilda de Oliveira Sales<br />

Gabriella Cristina <strong>do</strong> Nascimento Ribeiro<br />

Heguiberto Alves Amorim<br />

João Assis Dulci<br />

João Daniel Neto<br />

João Paulo Costa Vasconcelos<br />

Josiane Silva<br />

Juliana Frizzoni Candian<br />

Leonar<strong>do</strong> Augusto <strong>do</strong>s Campos<br />

Lívia Fagundes Neves<br />

Luciana Netto de Sales<br />

Luci<strong>ano</strong> Vieira Chinelato<br />

Luís Antônio Fajar<strong>do</strong> Pontes<br />

Luís Cláudio Rodrigues de Carvalho<br />

Marcel Vieira Gomes<br />

Mariana de Tole<strong>do</strong> Lopes<br />

Mariana Pereira Dornelas<br />

Michele Sobreiro Pires<br />

Rodrigo Coutinho Corrêa<br />

Rogério Amorim Gomes<br />

Stanley Cunha Teixeira<br />

Tatiana Casali Ribeiro<br />

Túlio Silva de Paula<br />

Grupo de Design na Comunicação<br />

Aline Quintella<br />

Carolina Cerqueira<br />

Demetrius Coutinho<br />

Eduar<strong>do</strong> Garcia<br />

Fabrício Carvalho (vice-coordena<strong>do</strong>r)<br />

Guilherme Batista<br />

Juliana Dias Souza Damasceno<br />

Nívea Costa<br />

Grupo de Indica<strong>do</strong>res e<br />

Análises Educacionais<br />

Izabel Guimarães Marri<br />

Julio Alfre<strong>do</strong> Racchumi Romero<br />

Vanessa Guimarães Pinto


Ficha Catalográfica<br />

VOLUME 3 <strong>–</strong> PORTUGUÊS <strong>–</strong> <strong>9º</strong> <strong>ano</strong> <strong>Ensino</strong> Fundamental<br />

ACRE. Secretaria de Esta<strong>do</strong> de Educação e Esporte. SEAPE <strong>–</strong> 2011 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação,<br />

CAEd. v. 3 (jan/dez. 2011), Juiz de Fora, 2011 <strong>–</strong> Anual<br />

ANDRADE, Adriana de Lourdes Ferreira de; FINAMORE, Rachel Garcia; FULCO, Roberta; MACHADO, Maika Som; MARTINS, Leila Márcia<br />

Mafra; MICARELLO, Hilda Aparecida Linhares da Silva; OLIVEIRA, Camila Fonseca de; PIFANO, Higor Evérson de Araújo; SILVA, Josiane<br />

Tole<strong>do</strong> Ferreira (coord.); SILVA, Maria Diomara da; TAVARES, Ana Letícia Duin.<br />

Conteú<strong>do</strong>: <strong>9º</strong> <strong>ano</strong> <strong>do</strong> <strong>Ensino</strong> Fundamental <strong>–</strong> <strong>Língua</strong> <strong>Portuguesa</strong><br />

ISSN 2237-8308<br />

CDU 373.3+373.5:371.26(05)


a imPortância <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />

a escala de Proficiência<br />

Padrões de desemPenho estudantil<br />

o traBalho continua

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