Seminário Estadual do SISVAN no Piauí Nos dias 14 e 15 de junho ...

PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO ESTADUAL SOBRE O SISTEMA DE
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
OBJETIVO: avaliar o SISVAN no Estado e propor estratégias para
implementação desse sistema.
CLIENTELA ALVO: Coordenações Estaduais de Alimentação e Nutrição,
Ministério da Saúde, CECANS, DATASUS, responsáveis pelo o SISVAN nos
municípios, profissionais do PSF e professores.
14/06/2007- Quinta-feira:
8: 00 h - Abertura Oficial: MS
SESAPI
9:00 h – Palestra de Abertura - SISVAN: Instrumento de Monitoramento da
situação alimentar e nutricional da população. CECAN - Nordeste
9:40 h às 10 h - Debate
10 h – Apresentação Cultural – Projeto Sabiá Intervalo
10:20 h – Mesa Redonda: Experiências Estaduais do SISVAN
- Estado de MG – Daniela Sousa Lima
- Estado do PI – Coordenação da Criança e Adolescente
- Estado do Paraná – Andréia Bonilha Bordim
- Estado do São Paulo – Silvia Saldiva
11:40 h – Debate
12:10 às 13:30 h – Almoço (comidas típicas)
13:30h às 13:50h – uso do TABNET e TABWIN como ferramenta de análise e
uso das informações de Vigilância Nutricional – DATASUS /PI
14:00 às 15:00 h – Grupo de Trabalho – Dificuldades enfrentadas no SISVAN
do Piauí
15:00 h – Painel: SISVAN – Avaliação do Sistema – Resultados e Desafios
(MS, DATASUS, Centro Colaborador e Municípios).
16:20 h – Debate
17:00 h – Lanche/ Programa Cultural
15/06/2007 – Sexta Feira
8:00 h – Apresentação dos Resultados da Pesquisa Estadual de Aleitamento
Materno no Piauí:
- Carmen Viana Ramos – SESAPI
- Norma Sueli Alberto – SESAPI
- João Batista Teles – UFPI
9:00 h – Debate
9:30 h – Lançamento da Publicação: Pesquisa de Prevalência do Aleitamento
Materno do Estado do PI
10:00 às 10:20 h – Intervalo
10:20 às 12:00 h – Grupos de Trabalho – Propostas para área de Aleitamento
Materno.
- Fechamento dos Grupos de Trabalho sobre SISVAN
12:00 às 13:00 h – Apresentação em Plenária dos Trabalhos de Grupos
13:00 h – Encerramento
14:00 às 16:00 h – Passeio pela cidade de Teresina.

Memória do evento:
O seminário iniciou-se às 08:30h de 14/ 06/ 07, com a composição
da mesa de abertura, a qual contava com a participação das seguintes
autoridades:
− DUVAS (Diretora): Dra. Gorete Ferreira
− Ministério da Saúde: Janine Coutinho (CGPAN)
− Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional: Theonas Gomes
− Centro Colaborador de Alimentação e Nutrição – Nordeste 1: Leopoldina
Serqueira
− Coordenação de Alimentação e Nutrição do Tocantins: Teresinha
− Coordenação de Atenção a Saúde da Criança e do Adolescente: Carmem
Ramos
As falas foram concedidas a Coordenadora da Saúde da Criança
(Carmen Ramos), a Presidente do CONSEA (Theonas), a representante do MS
(Janine) e finalizou com o pronunciamento da Diretora da DUVAS (Gorete). A
Técnica da Saúde da Criança e Adolesecente, Carmen Ramos, falou sobre a
importância do SISVAN para o monitoramento da situação de nutrição da
clientela acompanhada pelo Sistema de Saúde, além disso, enfatizou as
dificuldades enfrentadas na implementação do sistema no Estado. Ao final
desejou que o seminário tivesse êxito no cumprimento do seu objetivo e
anunciou que seria elaborado um relatório final contemplando as principais
propostas que seria encaminhado aos orgãos competentes, bem como, a todos
os participantes do seminário. A mesa desejou que o seminário trouxesse uma
melhor resolutividade na área de saúde estadual e municipal. Theonas falou
sobre a necessidade de socialização dos resultados, em especial, junto as
entidades representantes dos movimentos sociais. No que diz respeito ao
pronunciamento da técnica Janine (Ministério da Saúde) desejou que no
seminário, o produto estivesse no boletim eletrônico do SISVAN. A última fala
foi feita por Gorete (DUVAS), representando o atual Secretário Estadual de
Saúde. A mesma aproveitou a oportunidade para falar sobre as novas
diretrizes da nova gestão da SESAPI, na qual será dada prioridade ao
fortalecimento da atenção básica e cumprimento do papel de gestor estadual,
que deverá concentrar-se nas funções de coordenação, avaliação, supervisão
e auditoria do SUS.
A palestra de abertura teve como tema “SISVAN: instrumento de
monitoramento da situação alimentar e nutricional da população”, ministrada
por Leopoldina Sequeira (CECAN – Nordeste I), que falou sobre o histórico da
implantação do SISVAN, com o objetivo de criar um sistema contínuo para o
monitoramento e como fonte de uma base de decisões e ações com a
comunidade (apresentação em anexo). A palestrante comentou sobre o
caminho de 30 anos percorrido pelo Sistema, que foi um processo lento, mas
sempre no sentido de melhoria, para construção de índices e indicadores que
fornecessem o conhecimento da importância e conscientização da alimentação
do Sistema para obtenção de resultados na ponta. Após a palestra iniciou-se
um debate com as seguintes falas: Norma Sueli (Coord. do Adulto e do Idoso),
Leopoldina Serqueira (CECAN), Janine Coutinho (MS/CGPAN). Falaram que
para maior operacionalização do SISVAN precisa-se de uma integração com
outras áreas como por exemplo a Educação, relataram experiências que deram
certo quanto se tem essa integração.

A seguir foi feita a apresentação cultural do Projeto Sabiá,
desenvolvido pelo Programa FOME ZERO. O projeto é voltado às famílias
beneficiárias do Programa Bolsa Família, tendo como público alvo as crianças
na idade escolar. As crianças apresentaram números de canto e dança,
enfatizando a educação alimentar, educação cidadã e controle social. A
apresentação emocionou o público e foi elogiada por várias pessoas, em
especial, pelos convidados dos outros Estados. A programação prosseguiu
com uma mesa redonda sobre as Experiências Estaduais do SISVAN, com a
participação de Daniela Lima (Minas Gerais), Cassandra Muniz (Piauí), Andréia
Bonilha (Paraná) e Silvia Saldiva (São Paulo), todas pertencentes as áreas
técnicas de alimentação e nutrição dos estados. No Estado de Minas Gerais, o
SISVAN foi implantado em 1996, e atualmente possui 645 municípios
informando mensalmente o sistema, dos 853 municípios existentes. A SES faz
uma chamada nutricional anualmente para mobilização da população, mas
ainda tem dificuldades para que a informação fosse transformada em ação. O
Piauí implantou o Sistema de informação em 1992, enfatizando que após o
surgimento do módulo do SISVAN/Bolsa Família houve queda nas adesões
dos municípios, fato relatado, também, pelos outros Estados. No Estado do
Paraná foi implantado em 1994, começaram com SISVAN e todas as outras
ações foram sendo aliadas ao sistema, para maior conhecimento da
comunidade e dos profissionais de saúde criou um teatro do bonecos “Dr.
SISVAN”. A cobertura do SISVAN nesse estado é de 94% dos municípios. Os
três estados mostram maior viabilização do programa por possuírem a maioria
dos municípios com menos de 10 mil habitantes. O estado de São Paulo
implantou o Sistema em 1998, mas atualmente não o possui mais, e um dos
motivos seria uma maioria de municípios com população maior de 10 mil
habitantes o que impede a alimentação do banco de dados com um grande
número de informações (apresentações em anexo).
No debate surgiram alguns questionamento como: Como ocorre o
convênio da SES e SISVAN do estado de Minas Gerais e como é feita a
capacitação com os ACS? Há uma participação das secretarias municipais e
da secretaria estadual para custear as capacitações a cada uma cabendo uma
parte dos custos; sendo as capacitações com os ACS parte de outra
coordenadoria.; Qual a maior dificuldade de um nutricionista estar a frente da
informação do sistema? A pouca inserção do profissional, sendo que os
municípios que possuem os nutricionistas estes atuam no nível ambulatorial e
na atenção à saúde, estando outro profissional nesta função (coordenador do
PSF).
À tarde teve uma fala sobre o Uso do TABNET e TABWIN como
ferramenta de análise e uso de informações de Vigilância Nutricional, de Ana
Amélia Pedrosa – DATASUS/PI. Logo após formaram-se grupos de trabalhos
para relatar as dificuldades enfrentadas no SISVAN do Piauí pelos municípios,
cada grupo elaborou um plano de ação comtemplando as dificuldades,
propostas, metas e responsáveis por cada ação. Os planos foram digitados e a
apresentação dos grupos foi realizada no outro dia, após o Lançamento da
Pesquisa de Aleitamento. A última parte da programação foi um painel sobre o
SISVAN para uma avaliação do Sistema, resultados e desafios pela técnica do
MS, Janine Coutinho (CGPAN) e experiências dos municípios de Teresina e
Campo Maior no SISVAN.

No dia 15/ 06/ 07, iniciou-se com o lançamento e a apresentação
dos resultados da Pesquisa Estadual de Aleitamento Materno no Piauí, por
Norma Sueli Alberto (SESAPI) e Carmen Viana Ramos (SESAPI). A pesquisa é
pioneira no Estado e apresentou as estimativas de prevalência do aleitamento
materno e os fatores associados ao aleitamento. Os resultados mostraram uma
melhora significativa do aleitamento materno exclusivo. Como questionamentos
surgiram: O fato da pesquisa ter sido realizada junto a campanha de vacinação,
que agora realiza-se por um período de uma semana e não só no dia D para o
cumprimento das metas e que estratégia foi utilizada para a zona rural durante
a vacinação? No estudo piloto viram que se a pesquisa so fosse realizada no
dia D a amostra foi reduzida e assim escolheu-se acompanhar a equipe
durante a semana de vacinação. Para cada município sorteado na pesquisa foi
designado um supervisor, monitores e entrevistadores que acompanharam a
vacinação durante a semana toda seguindo o esquema de três em três, ou
seja, uma casa fazia a entrevista e nas outras duas não. A proposta inicial seria
somente na zona urbana, contudo por sugestão do estatístico, realizaram
também na zona rural e pelos postos selecionados de cada cidade, os postos
rurais foram em menor quantidade, assim pediu-se apoio da Secretaria
Municipal de Saúde para que a equipe entrevistadora acompanhasse a equipe
de vacinação durante a semana anterior e no dia D.
Seguiu-se com a Apresentação dos Trabalhos de Grupos dos
municípios, que relataram como dificuldades em comum: a dificuldade de
acesso a informática, a falta de profissionais capacitados, dentre outras;
propondo soluções, estabelecendo metas e designando os responsáveis.
Como questões levantadas em debate surgiram: falta de
comunicação e acesso as informações da SESAPI; falta de comunicação por
parte das regionais do Estado para os municípios; falta de compromisso de
alguns profissionais de saúde, realização de capacitações para o SISVAN para
os profissionais recém chegados nos municípios; falta de conhecimento do
recurso do IGD; grande rotatividade de profissionais que seria resolvida pela
realização de concursos; sensibilização dos gestores.
Na avaliação do seminário foi enfatizado como pontos positivos: a
discussão de propostas reais que podem ser implantadas no município, com
debates democráticos; a presença de outros Estados e do MS; boa logística; a
programação cultural; o local de realização. Como pontos negativos surgiram:
falta da presença dos gestores e de outros municípios; curta duração do
evento. E como sugestões tem-se: que o relatório consolidado seja enviado
aos municípios por e-mail ou documento; realização de mais capacitações do
SISVAN; melhoria da comunicação das regionais com a SESAPI; convocação
das pessoas aprovadas nos concursos para o PSF.
Teresina, 22 de junho de 2007