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adolescente levava submetralhadora em ônibus. 5 - Bem Paraná

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14 ESPAÇO CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2010<br />

cultura@jornaldoestado.com.br<br />

Nesta entrevista,<br />

Sabrina fala sobre<br />

drogas, família, o<br />

sonho de ser mãe,<br />

Seleção Brasileira<br />

e política<br />

Cada vez me apaixono mais<br />

PELA MINHA PROFISSÃO<br />

Sabrina Sato é considerada uma das mulheres<br />

mais desejadas do Brasil. Linda, corpo<br />

sarado, divertida e inteligente - aquela ideia de<br />

que a moça é burra já caiu por terra há muito<br />

t<strong>em</strong>po -, ela conquistou o País com seu jeito<br />

estabanado e autêntico. Aos 29 anos, ganha<br />

cerca de R$ 300 mil por mês, é dona de um<br />

salão de beleza <strong>em</strong> São Paulo e t<strong>em</strong> vários produtos<br />

licenciados com sua marca, como calça<br />

jeans, cosméticos e roupas de ginástica. Nascida<br />

<strong>em</strong> Penápolis, a 491km da capital, ela divide<br />

um tríplex com os irmãos (Karina, 31, e<br />

Karin, 27), que cuidam de sua carreira e de seu<br />

dinheiro. E é tanto dinheiro que ela afirma não<br />

saber quanto t<strong>em</strong> no banco. Nesta entrevista,<br />

Sabrina fala sobre drogas, família, o sonho de<br />

ser mãe, Seleção Brasileira e política. "Não<br />

votei no Lula. E as opções para este ano são<br />

péssimas", diz.<br />

Agência Estado — Como foi sua infância?<br />

Sabrina Sato — Em termos de comportamento,<br />

eu era péssima. Mas s<strong>em</strong>pre ficava entre<br />

os cinco primeiro alunos da turma. Era<br />

amiga de todo mundo Tinha até um amigo meu<br />

que tinha um probl<strong>em</strong>a mental. Todos os moleques<br />

batiam nele. E eu o defendia, batia <strong>em</strong><br />

todo mundo.<br />

Agência Estado — Você já cometeu alguma<br />

transgressão, usou drogas?<br />

Sabrina Sato — Nunca. Meus pais s<strong>em</strong>pre<br />

me deram o que chamo de ‘liberdade vigiada’.<br />

Eles confiam <strong>em</strong> mim. Por ter essa liberdade,<br />

eu pensava muito neles. Tudo o que eu ia<br />

fazer, conversava com meus pais antes. Era chato,<br />

porque eu s<strong>em</strong>pre acabava não fazendo.<br />

Agência Estado — Quis ser médica, como<br />

seus pais?<br />

Sabrina Sato — S<strong>em</strong>pre gostei muito de<br />

pessoas. Queria cuidar delas. Eu tinha vontade<br />

de ser psiquiatra.<br />

Agência Estado — Chegou a prestar vestibular?<br />

Sabrina Sato — Fiz faculdade de dança,<br />

no Rio, durante dois anos e meio. Depois, vim<br />

para São Paulo, onde comecei jornalismo. Mas<br />

não terminei nenhuma. Meus pais s<strong>em</strong>pre ficaram<br />

preocupados com isso. Não terminei a faculdade<br />

de jornalismo por causa do "Big<br />

Brother"(<strong>em</strong> 2003). Depois voltei, mas me senti<br />

deslocada, aos 28 anos e no meio de um monte<br />

de gente com 18.<br />

Agência Estado — E como era ir para a<br />

faculdade, o pessoal não te assediava?<br />

Sabrina Sato — Ficavam olhando. Eu<br />

ficava s<strong>em</strong> grupo. Não rolou. Mas hoje entrevistei<br />

o Caco Barcellos e pedi pra ele me ensinar<br />

jornalismo. Sou muito fã do trabalho dele.<br />

Agência Estado — Já foi divulgado que<br />

você ganha R$ 300 mil por mês. É verdade?<br />

Sabrina Sato — Não sei quanto ganho<br />

por mês. Nunca soube. Qu<strong>em</strong> cuida do meu<br />

dinheiro são meus irmãos: Karin e Karina. Não<br />

sei n<strong>em</strong> quanto tenho no banco. Só sei quanto<br />

posso gastar. Minha irmã só me liga e fala assim:<br />

‘Sabrina, menos. Seu cartão de crédito já<br />

estourou neste mês’ (risos).<br />

Agência Estado —<br />

Quanto custa o condomínio<br />

do seu apartamento?<br />

Sabrina Sato — Não<br />

sei (risos). (A reportag<strong>em</strong><br />

apurou. O condomínio dela<br />

custa R$ 1.200).<br />

Agência Estado — E<br />

1kg de arroz, 1 kg de feijão?<br />

Sabrina Sato — Não<br />

sei. Mas adoro ir ao supermercado<br />

de madrugada. Está<br />

tudo caro. Principalmente no Pão de Açúcar.<br />

No fim de s<strong>em</strong>ana, vou ao Wal-Mart. Compro<br />

muita porcaria. Mas também compro carne,<br />

frango, verduras e muito chocolate.<br />

Agência Estado — Você pensa <strong>em</strong> morar<br />

sozinha?<br />

Sabrina Sato — Não sei morar sozinha.<br />

Morei sozinha no Rio, durante dois anos Foi<br />

horrível. Morro de medo de ficar sozinha. Eu<br />

não imagino quando me casar ficarmos só eu e<br />

meu marido. Quero ter um monte de filhos. Vou<br />

fazer igual à Ivete (Sangalo), ter um filho atrás<br />

do outro. É verdade que a Ivete está grávida?<br />

Agência Estado — Ela desmentiu essa s<strong>em</strong>ana...<br />

Sabrina Sato — Ah, entendi. Mas eu adoro<br />

a Ivete. Quero fazer que n<strong>em</strong> ela.<br />

Aos 29 anos, ela<br />

ganha cerca de R$<br />

300 mil por mês, é<br />

dona de um salão de<br />

beleza <strong>em</strong> São Paulo<br />

e t<strong>em</strong> vários produtos<br />

licenciados com sua<br />

marca, como calça<br />

jeans, cosméticos e<br />

roupas de ginástica<br />

Agência Estado — Está pensando <strong>em</strong> ter<br />

filhos?<br />

Sabrina Sato — Agora, não. T<strong>em</strong> de casar<br />

antes.Daqui a uns quatro anos, depois das<br />

Olimpíadas de 2012, talvez.<br />

Agência Estado — Você está escalada para<br />

cobrir as Olimpíadas?<br />

Sabrina Sato — Não. Mas para a Copa<br />

da África eu estou. Fui cobrir a escalação hoje.<br />

Agência Estado — E o que você achou?<br />

Sabrina Sato — O Dunga não quer ter<br />

dor de cabeça. Ele só chamou qu<strong>em</strong> vai obedecer<br />

tudo o que ele falar. Tipo os alunos da classe<br />

que sentam na primeira fileira. Os do fundão<br />

ele não convocou nenhum<br />

Agência Estado — Você t<strong>em</strong> medo da morte?<br />

Sabrina Sato — Não te-<br />

nho medo de morrer. Tenho<br />

medo de que as pessoas que eu<br />

amo morram. Perdi meus quatro<br />

avós. Sofri porque minha<br />

avó, Luiza, era uma pessoa<br />

muito boa. Ela morreu aos 57<br />

anos, de câncer no estômago.<br />

Agência Estado — Foi<br />

a perda mais difícil que você<br />

já sofreu até hoje?<br />

Sabrina Sato — Foi.<br />

Ela morreu quando eu tinha<br />

7 anos. Era minha segunda<br />

mãe. Se eu tivesse convivido mais t<strong>em</strong>po com<br />

ela, seria uma pessoa mais feliz e generosa.<br />

Ela era um ex<strong>em</strong>plo de vida. Quando estou<br />

nervosa e dou patada <strong>em</strong> alguém, depois penso<br />

nela e peço desculpas (fica com os olhos<br />

marejados).<br />

Agência Estado —Você t<strong>em</strong> muitos amigos?<br />

Sabrina Sato — Acho que a maioria dos nossos<br />

amigos, os verdadeiros, a gente faz na infância.<br />

Quando quero desabafar, procuro minhas amigas<br />

de infância. São elas que vão me falar a verdade,<br />

jogar na minha cara se eu estiver metida.<br />

Agência Estado — E elas falam isso?<br />

Sabrina Sato — Não falam porque eu<br />

não fico (risos). Elas estão num mundo diferente.<br />

A maioria já está casada, com filho. Elas<br />

amadureceram <strong>em</strong> outro sentido. Agora, estão<br />

2<br />

Diorio/Agência Estado /AE<br />

Aos 29 anos,<br />

ganha cerca<br />

de R$ 300 mil<br />

por mês com<br />

seu corpo<br />

sarado e<br />

suas piadas<br />

buscando independência financeira. E eu estou<br />

buscando conciliar vida profissional e pessoal.<br />

Agência Estado — Você se imagina anônima,<br />

casada, cuidando dos filhos?<br />

Sabrina Sato — Sim. Não sei se seria tão<br />

feliz, porque não teria realizado meus sonhos.<br />

Quero ter meus filhos, mas preciso de mais t<strong>em</strong>po.<br />

Tenho medo de não ser uma boa mãe.<br />

Agência Estado — Você namora um deputado<br />

(Fabio Faria). Já pensou <strong>em</strong> seguir carreira<br />

política?<br />

Sabrina Sato — Nunca. Política é uma coisa<br />

que você t<strong>em</strong> de saber fazer. Eu não sou prática,<br />

não sou boa para organizar. Eu sei ter a ideia.<br />

Agência Estado — Qu<strong>em</strong> são as pessoas<br />

mais importantes na sua vida?<br />

Sabrina Sato — O Emílio (Surita, do "Pânico")<br />

é uma delas. Ele acredita <strong>em</strong> mim, me<br />

ensina muito. No "Pânico", encontrei pessoas<br />

que têm caráter. Ali, me sinto protegida. Eu tenho<br />

gente cuidando de mim o t<strong>em</strong>po todo. Em<br />

casa, tenho minha irmã, meu irmão, meus pais.<br />

Agência Estado — Você gosta de ler?<br />

Sabrina Sato — Bastante. Agora, estou<br />

terminando "O Ócio Criativo" (de Domenico<br />

de Masi, sociólogo italiano).<br />

Agência Estado — Ser famosa cansa?<br />

Sabrina Sato — Ainda não cansei. Gosto<br />

do que faço. Cada vez me apaixono mais pela<br />

minha profissão. Estar cada dia num lugar, conhecer<br />

pessoas, aprender, viajar. Hoje de manhã,<br />

por ex<strong>em</strong>plo, eu estava no Rio, com o<br />

Caco Barcellos, de qu<strong>em</strong> sou fã. Agora, estou<br />

aqui te conhecendo. Isso é que é o bacana.<br />

Agência Estado — Em algum momento<br />

você pensa <strong>em</strong> parar tudo?<br />

Sabrina Sato — Lógico. Às vezes, entro<br />

no meu quarto e não quero sair pra nada. Só<br />

quero ficar trancada com meus filmes. Gosto<br />

de filmes tristes e poéticos, como "Sociedade<br />

dos Poetas Mortos" (1989, de Peter Weir) e "O<br />

Hom<strong>em</strong> Elefante" (1980), do David Lynch.<br />

Gosto de ver <strong>em</strong> casa, sozinha.<br />

Agência Estado — Você votou no Lula?<br />

Sabrina Sato — Não (faz careta). Estou<br />

<strong>em</strong> dúvida este ano. As opções são péssimas.

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