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EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical<br />

de reconstrução6. É possível, no entanto, dar um bom sentido ao texto sem mudar sua sequencia. O sexto mês era mês<br />

de 5 H. L. Ellison, Men Spake from God (Patemoster Press, 1952), pp. 120 e 121. 6 Veja Introdução pg. 25 e o<br />

comentário sobre 2:14. colheita, com tarefas urgentes nos pomares e nas plantações. Em vinte e três dias este trabalho<br />

poderia ser concluído, e depois todo homem capaz poderia acorrer ao templo.<br />

Nota adicional sobre "o Senhor dos Exércitos"<br />

Este título para DEUS ocorre perto de 300 vezes no Antigo Testamento, predominantemente nos livros proféticos (247<br />

vezes), e com proporção maior em Ageu (14 vezes), Zacarias (53 vezes) e Malaquias (24 vezes). Por esta razão é<br />

importante, em um estudo dos profetas pós-exílicos, examinar o significado deste popular e tradicional nome de DEUS.<br />

A palavra hebraica f ~ã'ôt ("exércitos") tem um significado eminentemente militar (hostes de soldados, em primeiro<br />

lugar), e em alguns contextos o Senhor é o DEUS dos exércitos de Israel (I Sm 17:45, SI 24:7-10). Mas há muitas<br />

passagens que falam da ajuda do Senhor na guerra sem que este título apareça (Dt 1:30, 7:18, 19, etc.), e uma<br />

interpretação meramente nacionalista não faz justiça à teologia nem de passagens históricas antigas. Nem sempre os<br />

exércitos de Israel foram vitoriosos, e até mesmo a arca da aliança do Senhor dos Exércitos foi capturada (I Sm 4:4-11),<br />

depois do que ela é chamada de "arca de DEUS" (v. 13s). Certamente os profetas não estavam dispostos a ensinar que<br />

os exércitos de Israel poderiam esperar favores divinos quando em batalha, e não parece que eles tenham usado o título<br />

com isto em mente.<br />

O nome "Senhor dos Exércitos" não ocorre de Gênesis a Juízes: a primeira vez é I Sm I :3, que relata como Elcana veio<br />

para "adorar e sacrificar ao Senhor dos Exércitos em Silo". Aparece novamente na oração de Ana (I: 11) e na descrição<br />

da arca (4:4). Não foi possível ainda explicar por que o termo foi cunhado em Silo no século onze, mas. é evidente que a<br />

ligação original era mais com culto que com batalhas, e neste caso os "exércitos" ou hostes seriam seres angelicais. O<br />

tradutor dos Salmos, na LXX, e o do rolo grego de Zacarias em Qumran entenderam o nome neste sentido, traduzindo-o<br />

kurios tõn dunameõn. "Senhor dos poderes celestiais", apesar de a LXX preferir em Ageu e Zacarias o termo mais<br />

comum kurios pantokratõr, "Senhor Todo-poderoso". Estas hostes angelicais foram simbolizadas pelos querubins de<br />

ouro que encimavam a arca, entre os quais o Senhor dos Exércitos estava entronizado (I Sm 4:4). Quando Davi<br />

transferiu a arca para Jerusalém ele abençoou o povo em nome do Senhor dos Exércitos (11 Sm 6:18; cfv. 2), e em sua<br />

oração pela construção do templo ele pediu que fosse dito: "O Senhor dos Exércitos é DEUS sobre Israel" (11 Sm 7:26;<br />

cf v. 27). A partir do tempo de Davi houve uma relação especial entre este título e a cidade de Jerusalém, "a cidade do<br />

Senhor dos Exércitos" (SI 48:8). Isaías, que viu no templo "o Rei, o Senhor dos Exércitos" (Is 6: 1-6), usou este nome<br />

com frequência durante seu ministério em Jerusalém.<br />

Há, desta forma, evidências de que este é o título peculiar da divindade em relação ao templo e ao culto, e sua<br />

ocorrência na antífona do Salmo 24, proclamando que o rei da glória está entrando em leu santo lugar, daria apoio a<br />

este ponto de vista. Por outro lado profetas que não estavam relacionados com Jerusalém também usaram C) título.<br />

Elias, no Monte Carmelo, tinha sido "zeloso pelo Senhor, DEUS dos Exércitos (I Rs 19: 10,14); Eliseu pregou ao Reino<br />

do Norte em nome do Senhor dos Exércitos (11 Rs 3: 14), e Amós confrontou Israel com a palavra "do Senhor, o Senhor<br />

dos Exércitos", que "toca a terra, e ela derrete" (Am 9:5), e estava prestes a julgá-los e condená-Ios ao exílio (Am 3:13,<br />

4:12,13, 5:27, 6:14).<br />

Outra possibilidade é que as "hostes" em questão fossem as estrelas. Is 40:26 (cfGn 2:1) pode dar apoio a esta idéia, e<br />

em 45: 12,13 o Criador é claramente identificado com o Senhor dos Exércitos. Durante e depois do exílio, quando a arca<br />

não existia mais e o templo estava em rulnas, é bem possível que tenha predominado uma referência cósmica. B. N.<br />

Wambacq7 afirma que podemos acompanhar o desenvolvimento da idéia de uma associação militar inicial até o conceito<br />

cósmico dos profetas.<br />

G. von Rad apresenta uma boa argumentação contra esta idéia de evolução, dizendo que temos de deixar de lado a<br />

tentativa de explicar racionalmente um nome de DEUS tão antigo, 8 e deixa implícito que o nome deve ter tido<br />

conotações diferentes para cada período e autor. Do argumento de O. Eissfeldt9 tiramos conclusões bem diferentes. Ele<br />

diz que o plural "exércitos" é um plural abstrato intensivo, do que temos outros exemplos no hebraico. A tradução, então<br />

seria "Senhor de poder" ou "Senhor poderoso". Este ponto de vista, que está começando a se impor, poda os diversos<br />

significados possíveis da palavra "exércitos" e a generaliza de uma maneira que a faz perder as referências vívidas do<br />

original, com a tradução. Aquele em nome do qual os profetas falavam era Senhor sobre todos os poderes, visíveis e<br />

invisíveis, no universo e no céu.<br />

7 L'Épithete Divine lahvé Seba'ôt (Bruges. 1947).<br />

8 G. von Rad. Teologia do Antigo Testamento (ASTE. SP) 1973, I. p. 335.<br />

9 O. Eissfeldt, "Jahwe Zebaoth", Miscellanea Academica Berolinensia, li, 2 (1950).<br />

II. OUTUBRO DE 510: ANIMEM-SE E TRABALHEM (2:1-9)<br />

Mais ou menos um mês depois do reinício das obras, Ageu recebeu nova mensagem do Senhor. Podemos imaginar que<br />

nestas semanas a principal tarefa fora limpar o local da construção dos entulhos, verificar quais pedras poderiam ser<br />

reaproveitadas, checar a firmeza das paredes que ainda estavam de pé (sabemos que é surpreendente quantas paredes<br />

ainda ficam de pé mesmo depois de um bombardeio), e organizar os grupos de trabalhadores de acordo com suas<br />

tarefas. Atacar desta forma uma ruína de sessenta anos, sem auxílio mecânico, afetaria o ânimo de qualquer um; por<br />

isto o entusiasmo tinha de ser realimentado. Havia, no entanto, ainda outro fator.<br />

O trabalho pode ter sido interrompido no sétimo mês pelas festas, que não permitiam nenhuma atividade. Além dos dias<br />

de descanso sabático o primeiro dia do mês era a festa das trombetas, e o décimo o Dia da Expiação (Lv 23:23-32). No<br />

décimo quinto dia começava a Festa dos Tabernáculos, quando toda a população morava durante uma semana em<br />

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 14

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