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1) (Fgv) TEMA<br />

"Quando George Orwell escreveu seu romance '1984',ele imaginava uma sociedade totalitária, na qual<br />

todo cidadão teria uma câmera de TV vigiando seus movimentos.<br />

Hoje em dia todo escândalo se funda em gravações clandestinas, em câmeras ocultas, em microfones<br />

escondidos. É como se o 'Grande Irmão' tivesse abandonado a esfera do Estado para se tornar representante da<br />

Sociedade Civil.<br />

A alteração é salutar na medida que revela o abuso e a corrupção do próprio aparelho do Estado. Mas seu<br />

significado tem uma gravidade maior.<br />

Todos nós podemos estar sendo espionados. Uma pequena transgressão no Imposto de Renda deixa de estar<br />

a salvo. A tecnologia das comunicações vai tornando público, tendencialmente, o quotidiano de qualquer pessoa.<br />

A 'vida privada' está em vias de desaparecimento."<br />

(MARCELO COELHO - FOLHA DE SÃO PAULO 21/5/97)<br />

2) (FGV)<br />

INSTRUÇÕES<br />

Esta prova é constituída de apenas um texto.<br />

Com base nele.<br />

- Dê um título sugestivo à sua redação.<br />

- Redija um texto a partir das idéias apresentadas. Defenda os seus pontos de vista utilizando-se de argumentação<br />

lógica.<br />

Na avaliação da sua redação, serão ponderados,<br />

- A correta expressão em língua portuguesa.<br />

- A clareza, a concisão e a coerência na exposição do pensamento.<br />

- Sua capacidade de argumentar logicamente em defesa de seus pontos de vista.<br />

- Seu nível de atualização e informação.<br />

- A originalidade na abordagem do tema.<br />

A Banca aceitará qualquer posicionamento ideológico do examinando.<br />

Evite "fazer rascunho" e "passar a limpo" para não perder tempo.<br />

A redação pode ser escrita a lápis.<br />

Atenção para escrever com caligrafia bem legível.<br />

TEMA<br />

"Insisto em comentar as vantagens e desvantagens do mundo virtual. Não perderei tempo em lembrar as<br />

vantagens, elas entram pela cara da gente, tornam-se dia-a-dia mais indispensáveis e mais fáceis de manuseio.<br />

Fico então com as desvantagens, e uma delas me remete ao processo de pensar, de refletir. Desde que Aristóteles<br />

criou o método peripatético, os melhores pensamentos da humanidade vieram quando filósofos, inventores,<br />

matemáticos, músicos e poetas obedeciam aquele processo de pensar caminhando, ou caminhar pensando.<br />

Beethoven passeava na floresta quando voltou correndo, com a Sexta Sinfonia inteira na cabeça. Kant era<br />

metódico, todos os dias saía para seu passeio à tarde, os vizinhos podiam acertar o relógio pela hora em que ele<br />

percorria o bosque de Knigsberg. E foi assim que ele criou seu monumental sistema dedicado à razão pura.<br />

Strauss compunha suas valsas passeando pelos bosques de Viena e Anchieta escreveu seu poema nas areias de<br />

uma praia. Ficar "plugado" a uma tomada pode ser prático, mas não é criador...... Viver "plugado" a uma corrente<br />

de pessoas e informações pode ser divertido e útil. Mas agride o que o ser humano tem de melhor e mais<br />

insubstituível: o seu gosto, o seu erro, a sua miséria e sua glória".<br />

(Cony, C. H - "Folha de São Paulo", 22/08/2000)


3) (FGV) Leia atentamente o texto a seguir.<br />

A distinção entre as esferas pública e privada, encarada do ponto de vista da privatividade e não do corpo<br />

político, equivale à diferença entre o que deve ser exibido e o que deve ser ocultado. Somente a era moderna, em<br />

sua rebelião contra a sociedade, descobriu quão rica e variegada pode ser a esfera do oculto nas condições da<br />

intimidade; mas é impressionante que, desde os primórdios da história até o nosso tempo, o que precisou de ser<br />

escondido na privatividade tenha sido sempre a parte corporal da existência humana, tudo o que é ligado à<br />

necessidade do próprio processo vital e que, antes da era moderna, abrangia todas as atividades a serviço da<br />

subsistência do indivíduo e da sobrevivência da espécie. Mantidos fora da vista eram os trabalhadores que, "com<br />

seu corpo, cuidavam das necessidades (físicas) da vida",* e as mulheres que, com seu corpo, garantem a<br />

sobrevivência física da espécie. Mulheres e escravos pertenciam à mesma categoria e eram mantidos fora das<br />

vistas alheias - não somente porque eram a propriedade de outrem, mas porque a sua vida era "laboriosa",<br />

dedicada a funções corporais. No início da era moderna, depois que o labor "livre" perdeu o seu esconderijo da<br />

privatividade do lar, os operários passaram a ser escondidos e segregados da comunidade como criminosos, atrás<br />

de altos muros e sob constante supervisão. O fato de que a era moderna emancipou as classes operárias e as<br />

mulheres quase no mesmo momento histórico deve, certamente, ser incluído entre as características de uma era<br />

que já não acreditava que as funções corporais e os interesses materiais deviam ser escondidos. E é mais<br />

sintomático ainda da natureza destes fenômenos que os poucos vestígios remanescentes da estrita privatividade,<br />

mesmo em nossa própria civilização, tenham a ver com "necessidades", no sentido original de sermos carentes<br />

pelo fato de termos um corpo.<br />

*Aristóteles, "Política", 1254b 25.<br />

ARENDT, Hannah. "A condição humana". São Paulo: Forense Universitária, 2005, pp. 82-83.<br />

Instrução<br />

- Redija uma dissertação sobre as esferas pública e privada no Brasil atual. Utilize como contraponto a pólis grega<br />

- berço da civilização ocidental - analisada no fragmento anterior por Hannah Arendt. Recomenda-se a adoção de<br />

uma perspectiva histórica e comparativa.<br />

- Dê um título à sua dissertação.<br />

4) (FUVEST)1¡. caderno quarta-feira, 10/10/90JORNAL DO BRASIL<br />

Fundado em 1891<br />

Terra de Cegos<br />

Há um conto de H. G. Wells, chamado "A terra dos cegos", que narra o esforço de um homem com visão normal<br />

para persuadir uma população cega de que ele possui um sentido do qual ela é destituída; fracassa, e afinal a<br />

população decide arrancar-lhe os olhos para curá-lo de sua ilusão.<br />

REDAÇÃO<br />

Discuta a idéia central do conto de Wells, comparando-a com a do ditado popular "Em terra de cego quem tem<br />

um olho é rei". Em sua opinião essas idéias são antagônicas ou você vê um modo de conciliá-las?<br />

5) (FUVEST)<br />

Em muitas pessoas já é um descaramento dizerem "Eu".<br />

[T. W. ADORNO]<br />

Não há sempre sujeito, ou sujeitos. (...)<br />

Digamos que o sujeito é raro, tão raro quanto as verdades.<br />

[A. BADIOU]<br />

Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião,<br />

são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete<br />

sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma<br />

coisa.<br />

[T. W. ADORNO]<br />

Relacione os textos e escreva uma dissertação em prosa, discutindo as idéias neles contidas e expondo argumentos


que sustentem o ponto de vista que você adotou.<br />

6) (FUVEST) REDAÇÃO<br />

1. Leia atentamente os textos dados, procurando identificar a questão neles tratada.<br />

2. ESCREVA UMA DISSERTAÇÃO EM PROSA, relacionando os dois textos e expondo argumentos que sustentem<br />

seu próprio ponto de vista.<br />

Texto I<br />

Entre os Maoris, um povo polinésio, existe uma dança destinada a proteger as sementeiras de batatas, que<br />

quando novas são muito vulneráveis aos ventos do leste: as mulheres executam a dança, entre os batatais,<br />

simulando com os movimentos dos corpos o vento, a chuva, o desenvolvimento e o florescimento do batatal, sendo<br />

esta dança acompanhada de uma canção que é um apelo para que o batatal siga o exemplo do bailado. As<br />

mulheres interpretam em fantasia a realização prática de um desejo. É nisto que consiste a magia: uma técnica<br />

ilusória destinada a suplementar a técnica real.<br />

Mas essa técnica ilusória não é vã. A dança não pode exercer qualquer efeito direto sobre as batatas, mas<br />

pode ter (como de fato tem) um efeito apreciável sobre as mulheres. Inspiradas pela convicção de que a dança<br />

protege a colheita, entregam-se ao trabalho com mais confiança e mais energia. E, deste modo, a dança acaba,<br />

afinal, por ter um efeito sobre a colheita.<br />

[George Thomson]<br />

Texto 2<br />

A ciência livra-nos do medo, combatendo com respostas objetivas esse veneno subjetivo. Com um bom<br />

pára-raios, quem em casa teme as tempestades? Todo ritual mítico está condenado a desaparecer; a função dos<br />

mitos se estreita a cada invenção, e todo vazio em que o pensamento mágico imperava está sendo preenchido pelo<br />

efeito de uma operação racional. Quanto à arte, continuará a fazer o que pode: entreter o homem nas pausas de<br />

seu trabalho, desembaraçada agora de qualquer outra missão, que não mais é preciso lhe atribuir.<br />

[Hercule Granville]<br />

7) (FUVEST)<br />

REDAÇÃO<br />

Como você avalia A JOVEM GERAÇÃO BRASILEIRA QUE CONSTITUI A MAIORIA DOS QUE CHEGAM<br />

AGORA AO VESTIBULAR? Situada, em sua maior parte, na faixa etária que vai dos dezesseis aos vinte e um anos,<br />

que características essa geração apresenta? Que opinião você tem sobre tais características?<br />

Para tratar desse tema, você poderá, por exemplo, identificar as principais virtudes ou os defeitos que<br />

eventualmente essa jovem geração apresente; indicar quais são os valores que, de fato, ela julga mais importantes<br />

e opinar sobre eles. Você poderá, também, considerá-la quanto à formação intelectual, identificando, aí, os pontos<br />

fortes e as possíveis deficiências. Poderá, ainda, observar qual é o grau de respeito pelo outro, de consciência<br />

social, de companheirismo, de solidariedade efetiva, de conformismo ou de inconformismo que essa geração<br />

manifesta.<br />

Refletindo sobre aspectos como os acima sugeridos, escolhendo entre eles os que você julgue mais<br />

pertinentes ou, caso ache necessário, levantando outros aspectos que você considere mais relevantes para tratar<br />

do tema proposto, redija uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, apresentando argumentos que dêem consistência e<br />

objetividade ao seu ponto de vista.


8) (FUVEST) Observação: No Vestibular de 1999, a FUVEST propôs aos candidatos que avaliassem a atual<br />

geração de jovens, isto é, a geração de que eles próprios faziam parte.<br />

Desta vez, muda-se a perspectiva e propõe-se aos candidatos que avaliem a geração precedente: a de seus<br />

formadores. Assim, o tema para este ano é:<br />

REDAÇÃO<br />

Como você avalia os responsáveis por sua formação, ou seja, seus pais e familiares, professores, orientadores<br />

religiosos, líderes políticos, intelectuais, autoridades etc.?<br />

Visando ao desenvolvimento do tema, você poderá, se quiser, refletir sobre as seguintes questões: quais foram os<br />

principais responsáveis por sua formação? Quais são as características mais marcantes que apresentam? Você<br />

julga que eles assumiram, de fato, sua função de formadores? Em que aspectos a formação que lhe<br />

proporcionaram foi satisfatória ou insatisfatória? Você poderá, ainda, identificar os valores que são realmente<br />

importantes para eles, opinando sobre esses valores. Poderá, também, considerar se eles são, em si mesmos,<br />

pessoas íntegras e felizes e se, assim, constituem bons modelos de vida.<br />

Considerando aspectos como os acima sugeridos ou, ainda, escolhendo outros que você julgue mais importantes<br />

para tratar do tema, redija, com sinceridade e plena liberdade de opinião, uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, em<br />

linguagem adequada à situação, procurando argumentar com pertinência e coerência.<br />

9) (FUVEST) Leia atentamente os três textos abaixo.<br />

Texto I<br />

Está no dicionário "Houaiss":<br />

AUTO-ESTIMA s.f. qualidade de quem se valoriza, se contenta com seu modo de ser e demonstra,<br />

conseqüentemente, confiança em seus atos e julgamentos.<br />

A definição do dicionário parece limitar-se ao âmbito do indivíduo, mas a palavra auto-estima já há algum tempo<br />

é associada a uma necessidade coletiva. Por exemplo: nós, brasileiros, precisamos fortalecer nossa auto-estima.<br />

Neste caso, a satisfação com nosso modo de ser, como povo, nos levaria à confiança em nossos atos e julgamentos.<br />

Mas talvez seja o caso de perguntar: não são os nossos atos e julgamentos que acabam por fortalecer ou<br />

enfraquecer nossa auto-estima, como indivíduos ou como povo?<br />

Texto II<br />

Estão num poema de Drummond, da década de vinte, os versos:<br />

"E a gente viajando na pátria sente saudades da pátria.<br />

(...)<br />

Aqui ao menos a gente sabe que é tudo uma canalha só."<br />

Texto III<br />

Está num artigo do jornalista Zuenir Ventura, de dois anos atrás:<br />

De um país em crise e cheio de mazelas, onde, segundo o IBGE, quase um quarto da população ganha R$ 4 por<br />

dia, o que se esperaria? Que fosse a morada de um povo infeliz, cético e pessimista, não?<br />

Não. Por incrível que pareça, não. Os brasileiros não só consideram seu país um lugar bom e ótimo para viver,<br />

como estão otimistas em relação a seu futuro e acreditam que ele se transformará numa superpotência econômica<br />

em cinco anos. Pelo menos essa é a conclusão de um levantamento sobre a "utopia brasileira" realizado pelo<br />

Datafolha.<br />

Com o apoio dos três textos apresentados, escreva uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, na qual você deverá discutir<br />

manifestações concretas de afirmação ou de negação da auto-estima entre os brasileiros.<br />

Apresente argumentos que dêem sustentação ao ponto de vista que você adotou.


10) (FUVEST-GV)<br />

REDAÇÃO<br />

"- Por favor, que caminho devo escolher para sair daqui?<br />

- Isso depende muito do lugar para onde você quer ir, disse o Gato.<br />

- Não me importa muito para onde..<br />

- Então não importa muito o caminho que você escolher, falou o Gato.<br />

- ... desde que eu chegue a algum lugar, completou Alice.<br />

- Oh! você certamente chegará, se caminhar bastante, disse o Gato."<br />

Faça uma dissertação com base no jogo de idéias que ocorre no diálogo acima. Você deve assumir uma posição e<br />

procurar defendê-la com argumentos que a justifiquem.<br />

Esse diálogo de Alice com o Gato, já famoso, está no livro "Alice no país das maravilhas" de Lewis Carrol e tem<br />

sido usado com freqüência por filósofos e pensadores para ilustrar o eterno conflito entre ciência e ética.<br />

Numerosa corrente acha que os objetivos da ciência devem ser definidos fora dela. Ao cientista caberia a tarefa de<br />

indicar os caminhos para se chegar a estes objetivos.<br />

Você concorda com essa corrente ou acha, como muitos outros, que a ciência tem importância em si mesma e que<br />

o cientista, como Alice - não deve importar-se com o lugar onde chegar, desde que chegue a algum lugar, ou o<br />

lugar seria, ou ainda, estaria, no próprio percurso?


11) (ITA)<br />

INSTRUÇÕES PARA REDAÇÃO<br />

Redija uma dissertação (em prosa, de aproximadamente 25 linhas) sobre o tema:<br />

A ocasião faz o ladrão?<br />

Para elaborar sua redação, você poderá valer-se, total ou parcialmente, dos argumentos contidos nos excertos a<br />

seguir, refutando-os ou concordando com os mesmos. NÃO OS COPIE. (Dê um título ao seu texto. A redação final<br />

deve ser feita com caneta azul ou preta.)<br />

1) (...) muito se reclama no Brasil da corrupção pública, que vai do guardinha de trânsito ao deputado federal. A<br />

corrupção privada, no entanto, é igualmente difusa e danosa, embora ninguém pareça escandalizar-se demais<br />

com ela. Quando vou ao Brasil, freqüento jornalistas, cineastas, publicitários, e é impressionante a quantidade de<br />

histórias de corrupção privada que eles têm a contar. Na maior parte dos casos, são atravessadores que faturam<br />

uma bonificação para cada transação comercial que executam. Acredito que em outros campos de trabalho se<br />

verifiquem fatos análogos. Se, em vez de jornalistas, cineastas e publicitários, eu freqüentasse fabricantes de<br />

parafusos ou importadores de máquinas agrícolas, acho que acabaria ouvindo o mesmo número de histórias de<br />

corrupção. (Diogo Mainardi. "Veja", 5/7/2000.)<br />

2) No Brasil uma pessoa já é considerada honesta apenas porque é medíocre em sua desonestidade. (Millôr<br />

Fernandes. "Folha de S. Paulo", 30/7/2000.)<br />

3) Não há povos mais ou menos predispostos à desonestidade. Há sim, sistemas mais permissivos, mais frouxos,<br />

mais corruptos, nos quais ela encontra terreno fértil para plantar suas raízes profundas - o que estaria ocorrendo<br />

no Brasil. ("Isto É", 20/5/1992.)<br />

4) Os excertos a seguir foram extraídos da matéria "O bloco dos honestos", publicada em "Isto É" de 20/5/1992, e<br />

adaptados. (A moeda na época era o Cruzeiro.)<br />

G.B.P. - Funcionária do Metrô de São Paulo<br />

- Salário mensal de Cr$ 640 mil; entre suas funções recolhe roupas doadas para os pobres.<br />

- Trabalhando solitariamente numa sala, encontrou US$ 400* no bolso de um casaco que lhe foi entregue.<br />

- Passou o dinheiro a seu chefe, que aguarda o verdadeiro dono.<br />

(*) US$ 400 correspondia a um pouco mais que o dobro do salário da funcionária, na época.<br />

C.A. - Camareira de hotel<br />

- Ganha mensalmente Cr$ 390 mil, trabalhando 10 horas por dia.<br />

- Entrega à gerência dólares, relógios e jóias esquecidos pelos hóspedes.<br />

- Sua receita para a honestidade é "não dar chance à tentação".<br />

H. H. F. - Fiscal Aduaneiro<br />

- Cr$ 3 milhões de salário mensal, fiscalizando a fronteira Brasil-Paraguai.<br />

- Por suas mãos passam diariamente US$10 milhões em guias de exportação.<br />

- lrredutível, declara: "A corrupção não compensa, tampouco constrói".<br />

J.A.S. - Engenheiro<br />

- Salário de Cr$ 2 milhões por mês, examinando loteamentos fora da lei. Já interditou mais de 60 empreendimentos<br />

imobiliários irregulares.<br />

- Diz que o menor diálogo com "a pilantragem termina em corrupção".


12) (ITA)<br />

Leia os seguintes textos e, com base no que abordam, escreva uma dissertação em prosa, de aproximadamente 25<br />

(vinte e cinco) linhas, sobre<br />

A importância da ética nas atividades e relações humanas.<br />

1. "O que se deve fazer quando um concorrente está se afogando? Pegar uma mangueira e jogar água em sua<br />

boca". (Ray Kroc, fundador do McDonald's, em "Tudo", n¡. 11, 15/04/2001, p. 23)<br />

2. "Temos de dar os parabéns ao Rivaldo. A jogada dele foi a mais inteligente da partida contra os turcos. São<br />

lances como esses que te colocam na Copa do Mundo. Tem de ser malandro. Só quem joga futebol sabe disso."<br />

(Roberto Carlos, jogador da seleção brasileira de futebol, comentando a atitude de Rivaldo, que fingiu ter sido<br />

atingido no rosto pela bola chutada por um adversário. "Folha de S. Paulo", 06/06/2002)<br />

3. Ética. s.f. Estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto<br />

de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. (Dicionário Aurélio<br />

Eletrônico. Versão 2.0 [199_] Rio de Janeiro: Lexikon Informática, Nova Fronteira, CD-ROM)<br />

4. Como toda descoberta científica exige que o pesquisador suspenda seus preconceitos, ela comporta riscos<br />

éticos. Mas a ciência não produz automaticamente efeitos nocivos no plano ético. A aplicação da ciência ao<br />

mundo prático nunca é mecânica ou automática. Ela depende das escolhas humanas. (Renato Janine Ribeiro. In<br />

"Pesquisa: clonagem". FAPESP, n¡. 73, março 2002. Suplemento Especial)


13) (PUCCAMP) Proposta I - Dissertação<br />

Todo texto dissertativo aborda um tema, ou seja, a delimitação de um assunto. Após a leitura atenta do<br />

editorial da "Folha de S. Paulo" e percepção das suas idéias principais, verifique qual é o seu tema e sobre ele<br />

escreva uma dissertação clara e coerente.<br />

NOVO ÁLBUM DE FAMÍLIA<br />

(...) Casamento formal e família já não são quase sinônimos, o primeiro não é mais o fundamento da<br />

segunda; eles estão, por assim dizer, se descolando. O modelo tradicional de família - pai, mãe e filhos morando<br />

na mesma casa - ainda é predominante no país, mas convive com formas alternativas de estrutura familiar, em<br />

expansão. Hoje já têm peso estatístico significativo na sociedade tipos de famílias que alguns especialistas chamam<br />

de subnucleares: solteiros com filhos, casados sem filhos, mães solteiras que moram com os pais e separados com<br />

filhos.<br />

Chama a atenção a projeção que a mulher ganhou dentro da família. A mãe hoje é considerada mais<br />

importante que o pai pela maioria das pessoas. Tal dado exprime os paradoxos da liberação dos costumes e das<br />

conquistas feministas. A mulher aumentou sua participação na renda da casa, conquistou espaço no mercado de<br />

trabalho, mas não se desvencilhou de suas tarefas domésticas tradicionais, o que a transforma numa espécie<br />

heroína de dupla jornada.<br />

A contrapartida dessa tendência se traduz no fato de que o pai perdeu espaço e autoridade dentro da<br />

família, mas não passou a dividir com a mulher as tarefas domésticas. Esse machismo mitigado se torna explícito<br />

nas opiniões sobre a infidelidade e o trabalho. Segundo pesquisa feita, as pessoas condenam mais a mulher que<br />

trai o marido do que o inverso, e a maioria delas ainda acha que a mulher não deve trabalhar fora quando o<br />

homem ganha o suficiente. São resquícios patriarcais que ainda mancham de conservadorismo o álbum da nova<br />

família brasileira.<br />

(Adaptado da FOLHA de S.PAULO, 1-p. 2, 21/09/98).<br />

Proposta II - Dissertação<br />

TIROTEIO<br />

De Duda Mendonça, publicitário que dirigiu a campanha de Maluf, sobre Covas ter dito que não é objeto<br />

de MARKETEIROS:<br />

- Só há dois tipos de político. O que faz MARKETING político. E o que diz que não faz MARKETING político<br />

por MARKETING político.<br />

(Coluna Painel, FOLHA de S. PAULO, 1¡./11/98)<br />

NOTA: MARKETING = conjunto de estudos e medidas que provêem estrategicamente o lançamento e a<br />

sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor, garantindo o bom êxito comercial da iniciativa.<br />

(Dicionário Aurélio)<br />

Muito se discutiu, nas últimas eleições, o papel e o peso da propaganda na divulgação da imagem de cada<br />

político. No texto anterior, você encontra a opinião de um publicitário sobre esse assunto.<br />

A PARTIR DA OPINIÃO DESSE PUBLICITÁRIO, você deve construir um texto, comentando o assunto na<br />

forma de EDITORIAL JORNALÍSTICO. Lembre-se de que um editorial é um texto dissertativo em que o editorialista<br />

expressa a posição do jornal ou revista sobre um determinado tema.<br />

ATENÇÃO: Escolha o público-leitor de seu texto entre as opções seguintes:<br />

a) Estudantes de Jornalismo (jornal de diretórios acadêmico).<br />

b) Operários de uma fábrica (jornal do sindicato).<br />

c) Mulheres de classe média (revista feminina)<br />

d) Adolescentes (caderno especial de um jornal de grande circulação).<br />

Proposta III - Narrativa<br />

LOUCURAS DE AMOR


Um forte beijo selou o fim da aventura amorosa de dois adolescentes na tarde de primavera da quartafeira,<br />

21, no Rio de Janeiro. A jovem M.F.M.C., 15 anos e seu namorado A.S., 14, fugiram das suas casas na<br />

segunda-feira, 19, para realizar um sonho: conseguir emprego e casar. M.F. teve a idéia de fuga depois de saber<br />

que a mãe do rapaz decidira mudar-se com a família para Londrina (Paraná). Os garotos apaixonados<br />

embarcaram para Belo Horizonte com apenas R$250. Nessa cidade, o juizado de menores ameaçou levá-los para<br />

a Febem. Com medo, eles viajaram para tentar a sorte em São Paulo. Na rodoviária paulista, um advogado<br />

comoveu-se com a falsa história de que eram irmãos órfãos e ofereceu emprego aos dois. Um dia de labuta e eles<br />

desistiram do plano. O sofrimento dos pais dos adolescentes só foi amenizado na quarta-feira quando voltaram<br />

para casa no bairro carioca da Barra da Tijuca. "Depois de tudo que passamos é para a gente ficar juntos para<br />

sempre", diz A. O namoro começou há quatro meses.<br />

(Adaptado de "IstoÉ", 28/10/98, p. 20).<br />

Redija um texto narrativo apoiando-se na notícia anterior. Você deve escolher como narrador uma das<br />

seguintes personagens envolvidas no fato:<br />

- a adolescente;<br />

- o adolescente;<br />

- a mãe do rapaz;<br />

- o funcionário do juizado de menores;<br />

- o advogado.


14) (PUC-SP JULHO) MUNDUS IMMUNDUS<br />

Há tantos tipos de lixo, hoje, que podemos pensá-lo sob um ponto de vista filosófico, cultural, religioso, político,<br />

ecológico, espacial, nuclear, eletrônico, ambiental. Podemos pensar nos efeitos que ele causa ao ser humano, à<br />

natureza e à sociedade. Qual deles será mais nocivo? Qual deles nos atinge mais? Você deverá responder a essas<br />

questões no seu texto. Leia com atenção os textos e as imagens que selecionamos para ajudá-lo(a) a construir o<br />

seu texto. Ele poderá ser dissertativo ou narrativo. A opção pelo formato é sua, mas o tema e o título nós<br />

oferecemos, portanto não se desvie da proposta.<br />

"Este final de século e de milênio está submerso na cultura do lixo. Primeiro foram os anos dourados, ao início da<br />

centúria; agora, são os anos trash. (...) Lixo sempre houve sobrando por toda parte. Ainda no século 19, as<br />

famílias burguesas e aristocráticas de Paris despejavam o penico na calçada. As práticas mais elementares de<br />

higiene são surpreendentemente recentes. Não se sabe como nossos antepassados podiam conviver com tanta<br />

imundície nos hábitos cotidianos. 'Mundus Immundus', mundo imundo, clamava Tertuliano no século II da era<br />

cristã, indignado com as torpezas morais do seu tempo e de todos os tempos".<br />

Kujawski, G. A cultura do lixo, in: "Quem está escrevendo o futuro?" Brasília: Letraviva, 2000.<br />

"O mundo não é imundo.(...) Mas o mundo está imundo, sujo, poluído, cheio de impurezas. Montou-se uma<br />

verdadeira indústria do lixo, no sentido literal e figurado, para processar a matéria-prima do crime, do vício, da<br />

indigência mental, do obscurantismo, da desinformação, do mau gosto e da corrupção."<br />

Kujawski, G. Idem<br />

FALTA DE ESPAÇO FAZ JAPÃO CRIAR DEZENAS DE CLASSIFICAÇÕES PARA O LIXO<br />

Quando a cidade de Yokohama dobrou o número de categorias de lixo para 10, ela distribuiu um manual de 27<br />

páginas, com instruções detalhadas sobre 518 itens. Batom entre os incineráveis; os tubos de batom, "após o<br />

conteúdo ter sido usado" em "metais pequenos" ou plásticos. Pegue sua fita métrica antes de jogar sua chaleira:<br />

com menos de 30 centímetros ela vai junto com os metais pequenos, mas acima disso com o refugo grande. (...)<br />

Em cidades pequenas e aldeias onde todos se conhecem, não separar o lixo pode ser impensável. Mas nas grandes<br />

cidades, nem todos o fazem, e talvez mais do que qualquer outro ato, separar o lixo adequadamente é considerado<br />

como prova de que se é um cidadão adulto, responsável.<br />

Disponível na internet "http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2005/05/1"


15) (UFPR) Elabore um resumo de até 10 linhas do texto a seguir.<br />

Para que Filosofia?<br />

É uma pergunta interessante. Não vemos nem ouvimos ninguém perguntar, por exemplo, para que<br />

matemática ou física? Para que geografia ou geologia? Para que história ou sociologia? Para que biologia ou<br />

psicologia? Para que astronomia ou química? Para que pintura, literatura, música ou dança? Mas todo mundo<br />

acha muito natural perguntar: para que Filosofia?<br />

Em geral, essa pergunta costuma receber uma resposta irônica, conhecida dos estudantes de Filosofia: "A<br />

Filosofia é uma ciência com a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual". Ou seja, a Filosofia não serve<br />

para nada. Por isso, se costuma chamar de "filósofo" alguém sempre distraído, com a cabeça no mundo da lua,<br />

pensando e dizendo coisas que ninguém entende e que são perfeitamente inúteis.<br />

Essa pergunta, "Para que Filosofia?", tem a sua razão de ser.<br />

Em nossa cultura e em nossa sociedade, costumamos considerar que alguma coisa só tem o direito de<br />

existir se tiver alguma finalidade prática, muito visível e de utilidade imediata.<br />

Por isso, ninguém pergunta para que as ciências, pois todo mundo imagina ver a utilidade das ciências nos<br />

produtos da técnica, isto é, na aplicação científica à realidade.<br />

Todo mundo também imagina ver a utilidade das artes, tanto por causa da compra e venda das obras de<br />

arte, quanto porque nossa cultura vê os artistas como gênios que merecem ser valorizados para o elogio da<br />

humanidade. Ninguém, todavia, consegue ver para que serviria a Filosofia, donde dizer-se: não serve para coisa<br />

alguma.<br />

Parece, porém, que o senso comum não enxerga algo que os cientistas sabem muito bem. As ciências<br />

pretendem ser conhecimentos verdadeiros, obtidos graças a procedimentos rigorosos de pensamento; pretendem<br />

agir sobre a realidade, através de instrumentos e objetos técnicos; pretendem fazer progressos nos conhecimentos,<br />

corrigindo-os e aumentando-os.<br />

Ora, todas essas pretensões das ciências pressupõem que elas acreditam na existência da verdade, de<br />

procedimentos corretos para bem usar o pensamento, na tecnologia como aplicação prática de teorias, na<br />

racionalidade dos conhecimentos, porque podem ser corrigidos e aperfeiçoados.<br />

Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer fatos, relação entre teoria e prática,<br />

correção e acúmulo de saberes: tudo isso não é ciência, são questões filosóficas. O cientista parte delas como<br />

questões já respondidas, mas é a Filosofia quem as formula e busca respostas para elas.<br />

Assim, o trabalho das ciências pressupõe, como condição, o trabalho da Filosofia, mesmo que o cientista<br />

não seja filósofo.<br />

(CHAUÍ, M. "Convite à Filosofia". São Paulo: Ática, 1994. p. 12-13.)<br />

16) (Ufscar) REDAÇÃO<br />

TEXTO 1<br />

É curioso observarmos as aspirações de desenvolvimento prospectadas no antigo desenho animado Os Jetsons, de<br />

mais de trinta anos atrás, para percebermos o quanto era exatamente a facilitação do trabalho que ali era<br />

privilegiada. Congestionamento de trânsito, problemas com a empregada doméstica? Nem pensar... Havia tubos<br />

acopláveis às costas, robôs para fazer as tarefas de casa, absoluta praticidade na alimentação, e por aí era<br />

anunciado o que se esperava para o futuro.<br />

Eis que o futuro chegou, e o que tomou a frente da cena parece ter sido mesmo o que diz respeito à<br />

comunicação. Creio poder dizer que, no fim das contas, o que mais se acelerou em nossos tempos foram os laços<br />

que nos ligam, ou tentam nos ligar, uns aos outros. (...)<br />

Se em outros momentos da história da humanidade o homem apelava a outros valores para se haver com<br />

as dificuldades da vida - como a constituição da lei, a fé em Deus, as luzes da razão, na contemporaneidade<br />

parece ser no anseio de criar laços, de comunicar-se, que o homem aspira a encontrar a salvação para suas<br />

dificuldades e, sobretudo, para o seu desamparo.<br />

(Denise Maurano, "Para que serve a Psicanálise?")


TEXTO 2<br />

Na lista dos avanços que mais mudaram as feições da humanidade, a internet ocupa um lugar de destaque.<br />

No mundo todo, mais de 600 milhões de pessoas já estão ligadas a ela, apenas 35 anos depois de sua criação. Por<br />

sua capacidade de integrar, desenvolver o conhecimento e o comércio, a rede virtual tornou-se um poderoso<br />

instrumento de promoção de mudanças positivas no planeta.<br />

("Veja", 17.11.2004.)<br />

TEXTO 3<br />

Nadezhda Medvdeva, conhecida como Nadia, é uma mulher perigosa. Morena e cheia de curvas, ela<br />

coleciona namorados pela rede. Seu alvo são homens do Canadá, da Inglaterra, da Austrália, da Nova Zelândia e<br />

dos EUA que colocaram anúncios on-line à procura de namorada.<br />

A relação virtual vai bem até que o casal decide encontrar-se. Ele envia o dinheiro para a passagem. Ela<br />

recebe e desaparece.<br />

Nadia é uma das personagens criadas por um grupo criminoso russo especializado em golpes virtuais.<br />

("Folha de S. Paulo", 10.11.2004.)<br />

TEXTO 4<br />

O pentágono está construindo sua própria Internet, uma rede mundial militar de computadores para as<br />

guerras do futuro.<br />

A meta é dar a todos os comandantes e soldados americanos um quadro em movimento de todos os<br />

inimigos estrangeiros e ameaças - "um ponto de vista de Deus" da Batalha.<br />

Essa "Internet no céu", disse Peter Teets, subsecretário da Força Aérea, ao Congresso, permitirá a "marines<br />

em um jipe Hummer, em uma terra distante, no meio de uma tempestade, abrirem seus laptops, requisitarem<br />

imagens" de um satélite espião e "obter seu download em segundos".<br />

(http://noticias.uol.com.br, 13.11.2004.)<br />

PROPOSTA DE REDAÇÃO<br />

Com base na leitura dos textos apresentados e na sua experiência pessoal, escreva um texto dissertativo que<br />

deverá ter como tema:<br />

O PAPEL DA INTERNET NA<br />

COMUNICAÇÃO ENTRE AS PESSOAS.<br />

Sua redação deverá ser escrita em prosa e obedecer à norma padrão do português do Brasil.<br />

17) (Unb) REDAÇÃO<br />

"... Há dois mil anos a humanidade acreditou que o Sol e as estrelas do céu giravam em torno dela. O papa, os<br />

cardeais, os príncipes, os sábios, capitães, comerciantes, peixeiros e crianças de escola, todos achando que<br />

estavam imóveis nessa bola de cristal."<br />

"... o tempo antigo acabou, e agora é um tempo novo. Já faz cem anos que a humanidade está esperando alguma<br />

coisa."<br />

"... quinhentas mãos se movem em conjunto, organizados de maneira nova."<br />

"... agora, veja o que se diz: se as coisas são assim, assim não vão ficar. Tudo se move, meu amigo."<br />

"... Já se descobriu muita coisa, mas há coisas ainda que poderão ser descobertas. De modo que também as novas<br />

gerações têm o que fazer."<br />

Valendo-se das sugestões anteriores, redija um texto dissertativo, com a extensão mínima de TRINTA e<br />

máxima de SESSENTA linhas, acerca do tema:<br />

A CONSTRUÇÃO DO FUTURO SÓ É POSSÍVEL COM A PARTICIPAÇÃO DE TODOS.


18) (UNESP) INSTRUÇÃO:<br />

Exames vestibulares - Vestibulares em duas fases - Vestibulares em fase única - Vestibulares em questões<br />

discursivas - Vestibulares em testes de múltipla escolha - Vestibulares unificados - Vestibulares seriados - Seleção<br />

por análise do histórico escolar do candidato nos ensinos fundamental e médio - Seleção com base no ENEM -<br />

Reserva de vagas para alunos de escola pública - Sorteio de vagas - Ingresso de mais candidatos nas universidades<br />

em núcleos comuns.<br />

Temas como estes são debatidos com certa freqüência na imprensa. Algumas pessoas dizem que os exames<br />

vestibulares são injustos e que não medem com precisão o conhecimento dos candidatos. Outras afirmam o<br />

contrário: os exames vestibulares das principais universidades do país são, no momento, os mais adequados<br />

instrumentos de avaliação e de seleção dos candidatos.<br />

Alguns políticos sugerem que o acesso às universidades seja feito por análise de currículo, isto é, do<br />

rendimento do candidato ao longo da Escola Fundamental e Média. Outros, julgando que isso beneficiaria os<br />

alunos de escolas particulares, pleiteiam reserva de 30, 40, ou até 50 por cento de vagas nas universidades<br />

públicas para alunos das escolas públicas, único modo de evitar a injustiça social; mas há quem afirme que tal<br />

reserva também seria uma forma de injustiça, pois não premiaria o mérito, o esforço e o conhecimento dos<br />

estudantes e, além disso, esconderia o verdadeiro problema, que é a baixa qualidade do ensino nas escolas<br />

públicas.<br />

O ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio, que busca verificar, por meio de uma redação e de 63<br />

questões de múltipla escolha, se o estudante assumiu determinadas habilidades e competências durante o ensino<br />

médio, é por vezes apresentado como um possível substituto dos exames vestibulares. Alguns professores, todavia,<br />

não concordam com essa idéia, por entender que o Exame Nacional não verifica o que é, de fato, ensinado, e que<br />

as questões de múltipla escolha não são o melhor instrumento de avaliação. Lembram também que um só exame<br />

para selecionar os vestibulandos de todo o País seria operacionalmente inviável e sujeito a erros e distorções.<br />

Já houve quem sugerisse, na década de 70, que as universidades públicas efetuassem um sorteio de suas<br />

vagas, como forma de atingir todos os estratos sociais; já se sugeriu, também, que as universidades deveriam<br />

unificar seus exames vestibulares, pois isto pouparia esforços e gastos dos candidatos e de suas famílias, mas<br />

alguns analistas lembraram que tal unificação prejudicaria a liberdade dos candidatos de optar e concorrer<br />

apenas aos cursos e vagas das universidades que preferissem.<br />

As fundações e comissões elaboradoras e aplicadoras de exames vestibulares das universidades públicas,<br />

por outro lado, declaram que incentivam permanentemente estudos e pesquisas, cujo resultado tem sido o<br />

aperfeiçoamento progressivo de suas provas como instrumentos de avaliação e de seleção.<br />

Enquanto professores, educadores, especialistas, jornalistas, diretores de escolas e de cursos prévestibulares,<br />

reitores e autoridades educacionais sempre são consultados a respeito de tais temas e continuam<br />

alimentando a polêmica, só raramente se pergunta a um dos maiores interessados na questão, que é o próprio<br />

candidato. Neste ano, marcado por reflexões sobre os principais problemas brasileiros, é bastante oportuno<br />

perguntar a você, vestibulando, o que pensa dos exames vestibulares e dos diferentes modos propostos ou já<br />

tentados para substituí-los. Seria para melhor? Para pior? Dever-se-ia acabar com os vestibulares ou aperfeiçoálos?<br />

Você vê outras soluções para este problema, que tem mais de 80 anos?<br />

Releia com atenção este texto e, a seguir, escreva uma redação, de GÊNERO DISSERTATIVO, sobre o tema:<br />

OS EXAMES VESTIBULARES E O ACESSO À UNIVERSIDADE.


19 (Unesp) REDAÇÃO<br />

INSTRUÇÃO: Leia os seguintes trechos.<br />

Não se pode ser sem rebeldia<br />

Eu acho que os adultos, pais e professores, deveriam compreender melhor que a rebeldia, afinal, faz parte do<br />

processo da autonomia, quer dizer, não é possível ser sem rebeldia. O grande problema está em como<br />

amorosamente dar sentido produtivo, dar sentido criador ao ato rebelde e de não acabar com a rebeldia. Tem<br />

professores que acham que a única saída para a rebelião, para a rebeldia é a punição, é a castração. Eu confesso<br />

que tenho grandes dúvidas em torno da eficácia do castigo.<br />

Eu acho que a liberdade não se autentica sem o limite da autoridade, mas o limite que a autoridade se deve propor<br />

a si mesma, para propor ao jovem a liberdade, é um limite que necessariamente não se explicita através de<br />

castigos. Eu acho que a liberdade precisa de limites, a autoridade inclusive tem a tarefa de propor os limites, mas<br />

o que é preciso, ao propor os limites, é propor à liberdade que ela interiorize a necessidade ética do limite, jamais<br />

através do medo.<br />

A liberdade que não faz uma coisa porque teme o castigo não está "eticizando-se". É preciso que eu aceite a<br />

necessidade ética, aí o limite é compromisso e não mais imposição, é assunção. O castigo não faz isso. O castigo<br />

pode criar docilidade, silêncio. Mas os silenciados não mudam o mundo.<br />

(Paulo Freire, "Pedagogia dos sonhos possíveis". Org.Ana M.A. Freire. Editora Unesp)<br />

Autoridade em Ética<br />

Pode-se dizer, em tese, que a essência da ética provém da pressão da comunidade sobre o indivíduo. O homem<br />

pouco tem de gregário, e nem sempre sente, instintivamente, os desejos comuns a sua grei. Esta, ansiosa para que<br />

o indivíduo aja no seu interesse, tem inventado vários artifícios com o fim de harmonizar os interesses individuais<br />

com os seus próprios. Um destes é o governo, outro é a lei e o costume, e o outro é a moral. A moral torna-se uma<br />

força eficiente de duas maneiras: primeiro, através do louvor e da censura dos que o cercam e das autoridades; e<br />

segundo, através do autolouvor e da autocensura, os quais são chamados de "consciência". Por meio destas várias<br />

forças - governo, lei, moral - o interesse da comunidade se faz sentir sobre o indivíduo. [...]<br />

Chego agora a meu último problema, que se relaciona com os direitos do indivíduo, em contraposição aos da<br />

sociedade. A ética, nós o dissemos, é parte de uma tentativa para tornar o homem mais gregário do que a natureza<br />

o fez. As pressões que a moral exerce sobre o indivíduo são, pode-se dizer, devidas ao gregarismo apenas parcial<br />

da espécie humana. Mas isto é uma meia verdade. Muitas de suas melhores cousas vêm do fato de não ser ela<br />

completamente gregária. O homem tem seu valor intrínseco, e os melhores indivíduos fazem contribuições para o<br />

bem geral que não são solicitadas e que, muitas vezes, chegam a sofrer reação por parte do resto da comunidade.<br />

É, pois, uma parte essencial da busca do bem geral, o permitir aos indivíduos liberdades que não sejam,<br />

evidentemente, maléficas aos outros. É isto que dá origem ao permanente conflito entre a liberdade e a<br />

autoridade, e estabelece limites ao princípio de que a autoridade é a fonte da virtude.<br />

(Bertrand Russell. "A sociedade humana na ética e na política". Título original: "Human society in Ethics<br />

and Politics". Tradução de Oswaldo de Araujo Souza. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1956)<br />

PROPOSIÇÃO<br />

A atuação do homem na sociedade, mediada por padrões e modelos de comportamento e sujeita a atritos e tensões<br />

entre os interesses da comunidade e os dos indivíduos, pode assumir as mais variadas formas, que vão do puro e<br />

simples enquadramento até à mais exacerbada rebeldia. Os dois trechos apresentados focalizam essa questão sob<br />

os pontos de vista pedagógico (Paulo Freire) e ético (Bertrand Russell).<br />

Tomando como base de reflexão, se achar necessário, os textos mencionados, a letra de Raul Seixas e o poema de<br />

Fernando Pessoa (Álvaro de Campos), bem como sua própria experiência e opinião, escreva uma redação de<br />

gênero dissertativo sobre o tema<br />

OS PADRÕES SOCIAIS<br />

E A LIBERDADE DO INDIVÍDUO.


20) (Unicamp) A palavra "evolução" tem sido usada em vários sentidos, especialmente de mudança e de<br />

progresso, seja no campo da biologia, seja nas ciências humanas. Tendo em mente esses diversos sentidos, e<br />

considerando a coletânea abaixo, escreva uma dissertação em torno da seguinte afirmação do filósofo Bertrand<br />

Russel (Unpopular Essays, 1959) :<br />

A MUDANÇA É INDUBITÁVEL, MAS O PROGRESSO É UMA QUESTÃO CONTROVERSA.<br />

1. Evolução significa um desenvolvimento ordenado. Podemos dizer, por exemplo, que os automóveis modernos<br />

"evoluíram" a partir das carruagens. Freqüentemente, os cientistas usam palavras num sentido especial, mas<br />

quando falam de evolução de climas, continentes, planetas ou estrelas, estão falando de desenvolvimento<br />

ordenado. Na maioria dos livros científicos, entretanto, a palavra se refere à evolução orgânica, ou seja, à teoria<br />

da evolução aplicada a seres vivos. Essa teoria diz que as plantas e animais se modificaram geração após geração,<br />

e que ainda estão se modificando hoje em dia. Uma vez que essa mudança tem-se prolongado através das eras,<br />

tudo o que vive atualmente na Terra descende, com muitas alterações, de outros seres que viveram há milhares e<br />

até milhões de anos atrás. ("Enciclopédia Delta Universal" , vol. 6, p. 3134.)<br />

2. Quando se focalizou a língua, historicamente, no século XIX, as mudanças que ela sofre através do tempo<br />

foram concebidas dentro da idéia geral de evolução. A evolução, como sabemos, foi um conceito típico daquela<br />

época. Surgiu ele nas ciências da natureza, e depois, por analogia, se estendeu às ciências do homem. (...) Do<br />

ponto de vista das ciências do homem em geral, a plenitude era entendida como o advento de um estado de<br />

civilização superior, e os povos eram vistos como seguindo fases evolutivas até chegar a uma final, superior, que<br />

seria o ápice de sua evolução. (Mattoso Câmara, 1977. "Introdução às línguas indígenas brasileiras". Rio de<br />

Janeiro, Ao Livro Técnico. p. 66.)<br />

3. Progresso, portanto, não é um acidente, mas uma necessidade... É uma parte da natureza. (Herbert Spencer,<br />

"Social Statics", 1850, cap. 2, seção 4.)<br />

4. Ator 1 - Com o passar dos séculos - o homem sempre foi muito lento - tendo desgastado um quadrado de pedra<br />

e desenvolvido uma coisa que acabou chamando de roda, o homem chegou, porém, a uma conclusão<br />

decepcionante - a roda só servia para rodar. Portanto, deixemos claro que a roda não teve a menor importância<br />

na História. Que interessa uma roda rodando? A idéia verdadeiramente genial foi a de colocar uma carga em<br />

cima da roda e, na frente, puxando a carga, um homem pobre. Pois uma coisa é definitiva: a maior conquista do<br />

homem foi outro homem. O outro homem virou escravo e, durante séculos, foi usado como transporte (liteira), ar<br />

refrigerado (abano), lavanderia, e até esgoto, carregando os tonéis de cocô da gente fina. (Millôr Fernandes. "A<br />

História é uma história". Porto Alegre, LP&M, 1978.)<br />

5. Na história evolucionária, relativamente curta, documentada pelos restos fósseis, o homem não aperfeiçoou seu<br />

equipamento hereditário através de modificações corporais perceptíveis em seu esqueleto. Não obstante, pôde<br />

ajustar-se a um número maior de ambientes do que qualquer outra criatura, multiplicar-se infinitamente mais<br />

depressa do que qualquer parente próximo entre os mamíferos superiores, e derrotar o urso polar, a lebre, o<br />

gavião, o tigre, em seus recursos especiais. Pelo controle do fogo e pela habilidade de fazer roupas e casas, o<br />

homem pode viver, e vive e viceja, desde o Círculo Ártico até o Equador. Nos trens e carros que constrói, pode<br />

superar a mais rápida lebre ou avestruz. Nos aviões, pode subir mais alto que a águia, e, com os telescópios, ver<br />

mais longe que o gavião. Com armas de fogo, pode derrubar animais que nem o tigre ousa atacar. Mas fogo,<br />

roupas, casas, trens, aviões, telescópios e revólveres não são, devemos repetir, parte do corpo do homem. Pode<br />

colocá-los de lado à sua vontade. Eles não são herdados no sentido biológico, mas o conhecimento necessário para<br />

sua produção e uso é parte do nosso legado social, resultado de uma tradição acumulada por muitas gerações, e<br />

transmitida, não pelo sangue, mas através da fala e da escrita. (Gordon Childe. "A evolução cultural do homem."<br />

Rio de Janeiro, Zahar, 1966. p. 39-40.)<br />

6. O homem pode ser desculpado por sentir algum orgulho por ter subido, ainda que não por seus próprios<br />

esforços, ao topo da escala orgânica; e o fato de ter subido assim, em vez de ter sido primitivamente colocado lá,<br />

pode dar-lhe esperanças de ter um destino ainda mais alto em um futuro distante. (Charles Darwin, "A<br />

descendência do homem." www.gutenbergnet)


7. ... por causa de nossas ações, os ecossistemas do planeta estão visivelmente evoluindo de formas não previstas<br />

pelos seres humanos. Algumas vezes, as mudanças parecem pequenas. Tomemos o caso das rãs e das salamandras<br />

nas Ilhas Britânicas. Os invernos estão mais quentes nessa região, devido a mudanças de clima causadas pelos<br />

seres humanos. Isso significa que as lagoas onde aqueles animais se reproduzem estão mais quentes. Assim, as<br />

salamandras (Triturus) começaram a se acasalar mais cedo. Mas as rãs (Rana temporaria) não. De modo que a<br />

desova das rãs está virando almoço das salamandras. É possível que as lagoas britânicas em que há salamandras<br />

continuem por dezenas e dezenas de anos cada vez com menos rãs. E então, um dia, o ecossistema da lagoa<br />

desmorona... (Adaptado de Alanna Mitchell, "Bad Evolution", "The Globe and Mail Saturday", 4/5/2002.)<br />

8. Em que consiste, em última análise, o progresso social? No desenvolvimento do melhor modo possível dos<br />

recursos havidos da natureza, da qual tiramos a subsistência, e no apuro dos sentimentos altruísticos, que tornam<br />

a vida cada vez mais suave, permitindo uma cordialidade maior entre os homens, uma solidariedade mais<br />

perfeita, um interesse maior pela felicidade comum, um horror crescente pelas injustiças e iniqüidades... (Manuel<br />

Bonfim, "A América Latina: Males de origem". Rio de Janeiro/Paris, H. Garnier, s/d.)<br />

21) (Unicamp 2008) APRESENTAÇÃO DA COLETÂNEA<br />

Um dos desafios do Estado é a promoção da saúde pública, que envolve o tratamento e também a prevenção de<br />

doenças. Nas discussões sobre saúde pública, é crescente a preocupação com medidas preventivas. Refletir sobre<br />

tais medidas significa pensar a responsabilidade do Estado, sem desconsiderar, no entanto, o papel da sociedade e<br />

de cada indivíduo.<br />

COLETÂNEA<br />

1) O capítulo dedicado à saúde na Constituição Federal (1988) retrata o resultado de todo o processo<br />

desenvolvido ao longo de duas décadas, criando o Sistema Único de Saúde (SUS) e determinando que "a saúde é<br />

direito de todos e dever do Estado" (art. 196). A Constituição prevê o acesso universal e igualitário às ações e<br />

serviços de saúde, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais.<br />

(Adaptado de "História do SUS" em www.portal.sespa.pa.gov.br, 20/08/2007.)<br />

2) Os grandes problemas contemporâneos de saúde pública exigem a atuação eficiente do Estado que, visando à<br />

proteção da saúde da população, emprega tanto os mecanismos de persuasão (informação, fomento), quanto os<br />

meios materiais (execução de serviços) e as tradicionais medidas de polícia administrativa (condicionamento e<br />

limitação da liberdade individual). Exemplar na implementação de política pública é o caso da dengue, que se<br />

expandiu e tem-se apresentado em algumas cidades brasileiras na forma epidêmica clássica, com perspectiva de<br />

ocorrências hemorrágicas de elevada letalidade. Um importante desafio no combate à dengue tem sido o acesso<br />

aos ambientes particulares, pois os profissionais dos serviços de controle encontram, muitas vezes, os imóveis<br />

fechados ou são impedidos pelos proprietários de penetrarem nos recintos. Dada a grande capacidade dispersiva<br />

do mosquito vetor, 'Aedes aegypti', todo o esforço de controle pode ser comprometido caso os operadores de<br />

campo não tenham acesso às habitações.<br />

(Adaptado de "Programa Nacional de Controle da Dengue". Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2002.)<br />

3) Com 800 mil habitantes, o Rio de Janeiro era uma cidade perigosa. Espreitando a vida dos cariocas estavam<br />

diversos tipos de doenças, bem como autoridades capazes de promover sem qualquer cerimônia uma invasão de<br />

privacidade. A capital da jovem República era uma vergonha para a nação. As políticas de saneamento de<br />

Oswaldo Cruz mexeram com a vida de todo mundo. Sobretudo dos pobres. A lei que tornou obrigatória a<br />

vacinação foi aprovada pelo governo em 31 de outubro de 1904; sua regulamentação exigia comprovantes de<br />

vacinação para matrículas em escolas, empregos, viagens, hospedagens e casamentos. A reação popular,<br />

conhecida como Revolta da Vacina, se distinguiu pelo trágico desencontro de boas intenções: as de Oswaldo Cruz<br />

e as da população. Mas em nenhum momento podemos acusar o povo de falta de clareza sobre o que acontecia à<br />

sua volta. Ele tinha noção clara dos limites da ação do Estado.<br />

(Adaptado de José Murilo de Carvalho, Abaixo a vacina!. "Revista Nossa História", ano 2, n- 13, novembro<br />

de 2004, p. 74.)


COLETÂNEA<br />

4) Atribuir ao doente a culpa dos males que o afligem é procedimento tradicional na história da humanidade. Na<br />

Idade Média, a sociedade considerava a hanseníase um castigo de Deus para punir os ímpios. No século XIX,<br />

quando a tuberculose adquiriu características epidêmicas, dizia-se que a enfermidade acometia pessoas<br />

enfraquecidas pela vida devassa. Com a epidemia de Aids, a mesma história: apenas os promíscuos adquiririam o<br />

HIV. Coube à ciência demonstrar que são bactérias os agentes causadores de tuberculose e hanseníase, que a Aids<br />

é transmitida por um vírus, e que esses microorganismos são alheios às virtudes e fraquezas humanas. O mesmo<br />

preconceito se repete agora com a obesidade, até aqui interpretada como condição patológica associada ao pecado<br />

da gula. No entanto, a elucidação dos mecanismos de controle da fome e da saciedade tem demonstrado que<br />

engordar ou emagrecer está longe de ser mera questão de vontade.<br />

(Adaptado de Dráuzio Varela, O gordo e o magro. "Folha de S. Paulo", Ilustrada, 12/11/2005.)<br />

5) "Nós temos uma capacidade razoável de atuar na cura, recuperação da saúde e reabilitação, mas uma<br />

capacidade reduzida no campo da promoção e prevenção", disse o então secretário e hoje ministro da Saúde, José<br />

Gomes Temporão. O objetivo do governo é aumentar a cobertura nas áreas de promoção da saúde e medicina<br />

preventiva. Temporão afirma que as doenças cardiovasculares - como hipertensão arterial e diabetes - são a<br />

principal causa de mortalidade, seguidas pelo câncer. Em ambos os casos, "o controle de peso, tabagismo, ingestão<br />

de álcool, sedentarismo e hábitos alimentares têm um papel extremamente importante". Por isso, quando o<br />

Ministério atua "na educação, informação, prevenção e promoção da saúde, está evitando que muitas pessoas<br />

venham a adoecer".<br />

(Adaptado de Alessandra Bastos, "Programas assistenciais podem 'desfinanciar' saúde" em<br />

www.agenciabrasil.gov.br/notícias, 15/09/2006.)<br />

6) Apesar das inúmeras campanhas, estima-se que cerca de 30 milhões de brasileiros sejam fumantes. Segundo o<br />

Instituto Nacional do Câncer, mais de 70 mil mortes por ano podem ser atribuídas ao cigarro. O SUS gasta quase<br />

R$ 200 milhões anualmente apenas com casos de câncer relacionados ao tabagismo. Diante desse quadro, a<br />

questão é saber se o cerco ao fumo deveria ser ainda mais radical do que tem sido no Brasil. Ou seja, se medidas<br />

como a proibição das propagandas e a colocação de imagens chocantes em maços de cigarro são suficientes para<br />

conter o consumo.<br />

(Adaptado de "O que você acha das campanhas contra o fumo?" em www.bbc.co.uk/portuguese/forum,<br />

01/08/2002.)<br />

7) Um mundo com risco cada vez maior de surtos de doenças, epidemias, acidentes industriais, desastres naturais<br />

e outras emergências que podem rapidamente tornar-se uma ameaça à saúde pública global: é esse o cenário<br />

traçado pelo relatório anual da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo a OMS, desde 1967, terão sido<br />

identificadas mais trinta e nove novas doenças, além do HIV, do Ebola, do Marburgo e da pneumonia atípica.<br />

Outras, como a malária e a tuberculose, terão sofrido mutações e resistirão cada vez mais aos medicamentos.<br />

"Estas ameaças tornaram-se um perigo muito grande para um mundo caracterizado por grande mobilidade,<br />

interdependência econômica e interligação eletrônica. As defesas tradicionais nas fronteiras nacionais não<br />

protegem das invasões de doenças ou de seus portadores", disse Margaret Chan, diretora geral da OMS. "A saúde<br />

pública internacional é uma aspiração coletiva, mas também uma responsabilidade mútua", acrescentou. O<br />

relatório deixa recomendações aos governos, entre as quais a implementação definitiva do regulamento sanitário<br />

internacional e a promoção de campanhas de prevenção e simulação de surtos epidêmicos, para garantir<br />

respostas rápidas e eficazes.<br />

(Adaptado de "OMS prevê novas ameças à saúde pública e pede prevenção global" em<br />

www.ultimahora.publico.clix.pt/sociedade, 23/08/2007.)<br />

8)


9) Na 48ª sessão da Comissão de Narcóticos e Drogas da ONU, os EUA encabeçaram uma "coalizão" que rejeitou<br />

a proposta feita pelo Brasil de incluir os programas de redução de danos no conceito de Saúde como um direito<br />

básico do cidadão. A redução de danos é uma estratégia pragmática para lidar com usuários de drogas injetáveis.<br />

Disponibiliza seringas descartáveis ou mesmo drogas de forma controlada. Procura manter o viciado em contato<br />

com especialistas no tratamento médico e tem o principal objetivo de conter o avanço da Aids no grupo de risco,<br />

evitando o uso de agulhas infectadas. Apesar de soar contraditório à primeira vista, o programa é um sucesso<br />

comprovado pela classe científica. O Brasil é um dos países mais bem-sucedidos na estratégia, assim como a Grã-<br />

Bretanha, o Canadá e a Austrália. O Ministério da Saúde brasileiro, por exemplo, estima que os programas de<br />

redução de danos foram capazes de diminuir em 49% os casos de Aids em usuários de drogas injetáveis entre<br />

1993 e 2002. A posição norte-americana reflete as políticas da Casa Branca, que se preocupou, por exemplo, em<br />

retirar a palavra "camisinha" de todos os sites do governo federal. Essa mesma filosofia aloca recursos para<br />

organizações americanas de combate à Aids que atuam fora dos EUA, pregando a abstinência e a fidelidade como<br />

remédios fundamentais na prevenção da doença.<br />

(Adaptado de Arthur Ituassu, EUA atacam programas de combate à AIDS. "Jornal do Brasil", 12/03/2005.)<br />

PROPOSTA A DISERTAÇÃO<br />

Trabalhe sua dissertação a partir do seguinte recorte temático: Segundo o artigo 196 da Constituição, a saúde é<br />

direito de todos e dever do Estado, devendo ser garantida mediante políticas públicas. Tal responsabilidade<br />

permite ao Estado intervir no comportamento individual e coletivo com ações preventivas, que podem gerar<br />

conflitos.<br />

Instruções:<br />

1 - Discuta os desafios que as ações preventivas lançam ao Estado na promoção da saúde pública.<br />

2 - Trabalhe seus argumentos no sentido de apontar as tensões geradas por essas ações preventivas.<br />

3 - Explore os argumentos de modo a justificar seu ponto de vista sobre tais desafios e tensões.<br />

PROPOSTA B NARRAÇÃO<br />

Trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recorte temático:<br />

O avanço da tecnologia e da ciência médica desmistifica muitos dos preconceitos em torno das doenças.<br />

Entretanto, algumas delas, consideradas atualmente problemas de saúde pública, como obesidade, alcoolismo,<br />

diabetes, AIDS, entre outras, continuam a trazer dificuldades de auto-aceitação e de relacionamento social.<br />

Instruções:<br />

1 - Imagine uma personagem que receba o diagnóstico de uma doença que é tema de campanhas preventivas.<br />

2 - Narre as dificuldades vividas pela personagem no convívio com a doença.<br />

3 - Sua história pode ser narrada em primeira ou terceira pessoa.<br />

PROPOSTA C CARTA ARGUIMENTATIVA<br />

Trabalhe sua carta a partir do seguinte recorte temático:<br />

O governo brasileiro tem promovido campanhas de alcance nacional, a fim de combater o tabagismo, o uso de<br />

álcool e drogas, a proliferação da dengue, do vírus da Aids e da gripe, entre outras doenças que comprometem a<br />

saúde pública.<br />

Instruções:<br />

1 - Escolha uma campanha promovida pelo Ministério da Saúde que, na sua opinião, deva ser mantida.<br />

2 - Argumente no sentido de apontar aspectos positivos da estratégia dessa campanha.


3 - Dirija sua carta ao Ministro da Saúde, justificando a manutenção da campanha escolhida.<br />

22) UEM<br />

Os textos ou excertos apresentados servem de apoio para a produção de sua redação.<br />

Escolha apenas um dos temas oferecidos e coloque o respectivo número no quadrado do canto superior direito<br />

da folha VERSÃO DEFINITIVA.<br />

Cada tema traz orientações próprias, que devem ser observadas para a elaboração de sua redação.<br />

TEMA 1<br />

O QUE SIGNIFICAM OS AVANÇOS GENÉTICOS PARA A<br />

HUMANIDADE?<br />

Nos fragmentos de textos abaixo, você encontrará subsídios para formular hipóteses de respostas a essa pergunta.<br />

Evite fazer meras paráfrases dos textos. Leia com atenção e produza um texto DISSERTATIVO, no qual sua tese<br />

seja sustentada por argumentos convincentes.<br />

O seqüenciamento de 90% do genoma humano está sendo comemorado por cientistas de todo o mundo. Mas<br />

quais as implicações dessa conquista nos campos ético, econômico e biológico?<br />

www.ufmg.br/boletim/bol1284/pag3.html<br />

É preocupante o fato de apenas um consórcio de seis países (os mais ricos) liderados pelos Estados Unidos e pela<br />

Inglaterra terem o controle das conquistas científicas quanto ao genoma humano, que terá de ser patrimônio da<br />

humanidade, e não de alguns, pois envolve vida, que, enquanto direito, deverá ser universal.<br />

Algumas questões éticas terão de ser discutidas, esclarecidas e respondidas: a decifração do nosso corpo será<br />

privatizada, como já querem alguns laboratórios? O código genético será documento para ascensão ao emprego<br />

ou algo absolutamente sigiloso? As conquistas tecnológicas de saúde serão universalizadas ou servirão a alguns<br />

poucos? Essa descoberta robotizará definitivamente o homem?<br />

www.clubedexadrez.com.br/portal/cepex/genesis33.pdf<br />

os cientistas descobriram que os genes são apenas um rascunho ou uma receita tosca de como se fabrica um<br />

ser vivo. Eles contêm a matéria-prima de como fazer os tijolos da vida, as proteínas, mas não todas as instruções<br />

de como montá-los de modo que o resultado final seja um bebê humano saudável. (...) Ou seja, os genes são quase<br />

tudo, quando se imaginava que eram tudo.(...) Da mesma forma como genes não produzem seres idênticos,<br />

também não justificam as diferenças raciais. O resultado final do Projeto Genoma revelou que todos os seres<br />

humanos são 99,99% idênticos do ponto de vista biológico. A diferença entre um negro e um japonês, além da<br />

que enxergamos nos traços físicos, está apenas em uma letra trocada a cada conjunto de 1000 entre todas que<br />

formam nosso código genético.<br />

www.escolavesper.com.br/genoma_projeto.htm<br />

TEMA 2<br />

UM CASO MISTERIOSO<br />

O Inspetor Arruda recebeu um telefonema misterioso. A pessoa do outro lado da linha estava desesperada:<br />

Por favor, venha depressa. Uiii, acho que vou desmaiar...<br />

E, dizendo isso, a ligação foi interrompida... O inspetor ainda escutou o barulho de<br />

alguma coisa caindo... Pelo barulho, parecia...<br />

(Texto adaptado de FILHO, Alberto. http://www.sitededicas.com.br. Acesso em 25 de junho de 2004.)<br />

Redija um texto NARRATIVO, com conflito, personagens e ações adequadas, de forma que você desvende o<br />

mistério do telefonema. O Inspetor Arruda pode ser você mesmo ou um outro personagem criado por você.<br />

23) (UFRGS)<br />

Sua redação deverá ter caráter dissertativo e focalizar o seguinte tema:<br />

Nos dias de hoje, ter esperança é lutar pela concretização de projetos pessoais, ou significa alimentar utopias?<br />

A dissertação pressupõe reflexão acerca do tema proposto, a definição de um ponto de vista e a sustentação deste<br />

mediante argumentos consistentes. Por isso, apresentamos, a seguir, informações que têm a finalidade de auxiliálo<br />

na contextualização do assunto.<br />

Historicamente, foi o Renascimento que inaugurou uma perspectiva cultural centrada no homem e na sua<br />

ilimitada capacidade de renovar-se. A ciência, a cultura e as artes atuaram como coadjuvantes da euforia<br />

provocada pelas grandes descobertas científicas e pelas conquistas ultramarinas, revitalizando as esperanças do<br />

ser humano.<br />

A modernidade assinala uma revolução industrial e cultural que realimenta sem parar a demanda tecnológica.


Computadores permitem, hoje, através da internet e da comunicação sem fronteiras, a circulação de riquezas, a<br />

simultaneidade das informações, encurtando distâncias e transformando o mundo numa aldeia global.<br />

Ao mesmo tempo, parece estar triunfando uma espécie de pensamento único, que tende a homogeneizar as<br />

aspirações e as ações do indivíduos, levando-os a se comportar de acordo com os padrões sociais do momento e,<br />

por vezes, a se acomodar e a abandonar os próprios sonhos.<br />

Albert Camus diz, à luz de sua concepção, o que significa ter esperança: Já se disse que as grandes idéias vêm ao<br />

mundo mansamente, como pombas. Talvez, então, se ouvirmos com atenção, escutaremos, em meio ao estrépito<br />

de impérios, e nações, um discreto bater de asas, o suave acordar da vida e da esperança. Alguns dirão que tal<br />

esperança jaz numa nação; outros, num homem. Eu creio, ao contrário, que ela é despertada, revivificada,<br />

alimentada por milhões de indivíduos solitários, cujos atos e trabalho, diariamente, negam as fronteiras e as<br />

implicações mais cruas da história. Como resultado, brilha por um breve momento a verdade, sempre ameaçada,<br />

de que cada e todo homem, sobre a base de seus próprios sofrimentos e alegrias, constrói para todos.<br />

Acalentamos a esperança de concretizar projetos de vida, esperamos conquistar um lugar na universidade, no<br />

mercado de trabalho, construir relações afetivas. Sonhamos com um futuro melhor para nós, para nossa família e<br />

para a sociedade em que vivemos. Esperamos ser felizes... E a realidade que nos cerca ainda permite ter essas<br />

esperanças? Reflita sobre isso e desenvolva sua redação, posicionando-se frente à questão proposta no tema.<br />

Leia com atenção as instruções a seguir: sua redação deverá ter extensão mínima de 30 linhas, excluindo o título<br />

aquém disso, ela não será avaliada , e máxima de 50 linhas, considerando letra de tamanho regular. O lápis<br />

poderá ser usado somente para rascunho; ao transcrever sua redação para a folha definitiva, faça-o com letra<br />

legível, usando caneta.<br />

Figura de fundo: A grande família, de René Magritte.<br />

Análise da Proposta<br />

1 Formato da prova<br />

O candidato deveria desenvolver uma dissertação entre 30 e 50 linhas sobre o tema, que foi explicitado pela<br />

Banca e está acompanhado por textos de apoio.<br />

2<br />

Questão posta em debate<br />

NOS DIAS DE HOJE, TER ESPERANÇA É LUTAR PELA CONCRETIZAÇÃO DE PROJETOS PESSOAIS, OU SIGNIFICA<br />

ALIMENTAR UTOPIAS?<br />

24( MACKENZIE)<br />

Redija uma dissertação a tinta, desenvolvendo um tema comum aos textos abaixo.<br />

Texto I<br />

Não é racismo quando um negro se insurge contra um branco. A reação de um negro de não querer conviver com<br />

um branco, ou não gostar de um branco, eu acho uma reação natural, embora eu não esteja incitando isso.<br />

Matilde Ribeiro (Ministra da Promoção da Igualdade Racial)<br />

Texto II<br />

O surgimento de uma etnia brasileira, inclusiva, que possa envolver e acolher a gente variada que aqui se juntou,<br />

passa tanto pela anulação das identificações étnicas de índios, africanos e europeus, como pela indiferenciação<br />

entre as várias formas de mestiçagem, como os mulatos (negros com brancos), caboclos (brancos com índios), ou<br />

curibocas (negros com índios).<br />

Darcy Ribeiro<br />

Texto III<br />

Certamente é mais fácil para quem não sofre o estigma da discriminação afirmar a igualdade de brancos e negros,<br />

de brancos e mulatos. Não lhe pesa fazê-lo, uma vez que, dada a discriminação latente na sociedade, essa<br />

afirmação, partindo de um branco, pode até parecer um gesto generoso<br />

óbvia e, muita vez, a expiação de uma culpa herdada.<br />

Ferreira Gullar<br />

25)FUVEST 2007<br />

quando é apenas uma constatação<br />

Em primeiro lugar (...), pode-se realmente viver a vida sem conhecer a felicidade de encontrar num amigo os<br />

mesmos sentimentos? Que haverá de mais doce que poder falar a alguém como falarias a ti mesmo? De que nos<br />

valeria a felicidade se não tivéssemos quem com ela se alegrasse tanto quanto nós próprios? Bem difícil te seria<br />

suportar adversidades sem um companheiro que as sofresse mais ainda.<br />

(...)<br />

Os que suprimem a amizade da vida parecem-me privar o mundo do sol: os deuses imortais nada nos deram de<br />

melhor, nem de mais agradável.<br />

Cícero, Da amizade.


Aprecio no mais alto grau a resposta daquele jovem soldado, a quem Ciro perguntava quanto queria pelo cavalo<br />

com o qual acabara de ganhar uma corrida, e se o trocaria por um reino: Seguramente não, senhor, e no entanto<br />

eu o daria de bom grado se com isso obtivesse a amizade de um homem que eu considerasse digno de ser meu<br />

amigo . E estava certo ao dizer se, pois se encontramos facilmente homens aptos a travar conosco relações<br />

superficiais, o mesmo não acontece quando procuramos uma intimidade sem reservas. Nesse caso, é preciso que<br />

tudo seja límpido e ofereça completa segurança.<br />

Montaigne, Da amizade (adaptado).<br />

Amigo é coisa pra se guardar, (...)<br />

Debaixo de sete chaves, E sei que a poesia está para a prosa<br />

Dentro do coração... Assim como o amor está para a amizade.<br />

Assim falava a canção E quem há de negar que esta lhe é superior?<br />

Que na América ouvi... (...)<br />

Mas quem cantava chorou, Ao ver seu amigo partir...<br />

Mas quem ficou,<br />

No pensamento voou,<br />

Com seu canto que o outro lembrou.<br />

(...)<br />

Fernando Brant / Milton Nascimento,<br />

Canção da América .<br />

Considere os textos e a instrução abaixo:<br />

INSTRUÇÃO: A amizade tem sido objeto de reflexões e elogios de pensadores e artistas de todas as épocas. Os<br />

trechos sobre esse tema, aqui reproduzidos, pertencem a um pensador da Antigüidade Clássica (Cícero), a um<br />

pensador do século XVI (Montaigne) e a compositores da música popular brasileira contemporânea. Você<br />

considera adequadas as idéias neles expressas? Elas são atuais, isto é, você julga que elas têm validade no mundo<br />

de hoje? O que sua própria experiência lhe diz sobre esse assunto? Tendo em conta tais questões, além de outras<br />

que você julgue pertinentes, redija uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, argumentando de modo a expor seu ponto de<br />

vista sobre o assunto.<br />

Boa revisão!<br />

ZEZÉ/2008


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