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SOPHIE, A PARANORMAL<br />
PRÓLOGO<br />
Em toda escola <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, tem sempre uma pessoa como eu, aquela que quan<strong>do</strong><br />
conta uma piada to<strong>do</strong>s riem, se você ingere uma caixa de laxante e começa a<br />
peidar na sala de aula, isso é motivo de risada. Mas as minhas piadas acabaram<br />
em forma trágica, quan<strong>do</strong> Sophie Brown, a garota de 14 anos da escola<br />
Bringstone, decidiu acabar e eliminar to<strong>do</strong>s aqueles que a zombava na escola, e<br />
eu vi, e eu vivenciei tu<strong>do</strong>, presenciei coisas horrendas, atormenta<strong>do</strong>ras. Hoje,<br />
onde passo os meus últimos dias, a historia de Sophie me atormenta, e preciso<br />
contá- la, para alguém, ou então eu nunca viverei em paz, mas afinal, porque eu<br />
deveria ter paz se Sophie nunca esteve em paz?<br />
1<br />
Poucos sabem como começou não que isso importe, pois<br />
ninguém sabe realmente, o fato que vem a seguir foram algumas partes com<br />
minha participação no caso. Tu<strong>do</strong> começou assim...<br />
As meninas <strong>do</strong> turno de manhã jogavam voleibol, aula da professora Jean Clear,<br />
enquanto umas garotas usavam xortinhos curtos, outras biquínis deprava<strong>do</strong>s, se<br />
amostran<strong>do</strong> para os joga<strong>do</strong>res de futebol, lá no canto de um muro, estava a<br />
estranha Sophie, lembro que vestia meias escuras até o joelho, e no mesmo uma<br />
saia grande e escura, uma camiseta de manga comprida, negra, e com borda<strong>do</strong>s<br />
avermelha<strong>do</strong>s em forma de sangue, ou era o que eu pensava. E em seu pescoço<br />
um enorme crucifixo. Ela estava lá, calada, estranha, como se estivesse len<strong>do</strong> os<br />
nossos pensamentos, sem ao menos piscar, sem ao menos mexer os olhos, não<br />
fazia nada, nada.<br />
- Senhorita Brown!<br />
Era a voz da professora Jean, <strong>do</strong>ce, suave, mas direta.<br />
Sophie elevou os olhos rapidamente, fitou a professora assustada. Não disse<br />
nada, Jean a olhou nos olhos, ao longe. E então resolveu prosseguir dizen<strong>do</strong>.<br />
- Sophie, venha, faça os exercícios!<br />
Sophie, no entanto, levou as mãos ao útero, sentira uma espécie de cólica, deu<br />
<strong>do</strong>is passos para a frente, mas parou, a <strong>do</strong>r piorava.<br />
O que estava acontecen<strong>do</strong>?<br />
Pensou. Contu<strong>do</strong>, ela percebeu que to<strong>do</strong>s começavam a olhar e cochichar, ela se<br />
contraiu, mordeu os lábios com tanta força que gotículas de sangue foram