You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
o dinheiro.” As palavras de sua esposa se repetiam na mente dele. Ela fazia tu<strong>do</strong><br />
parecer tão fácil… Pensara em finalmente desistir, mas ele não poderia enfrentar a ira<br />
de Angelina. “Você é um incompetente mesmo!”, pensava numa segunda decepção.<br />
Não. Ele a amava demais para decepcioná-la.<br />
- Passa a grana. – Surpreendentemente a sua voz saíra firme e perfeitamente<br />
segura. Em seguida sacara a arma de sua jaqueta e a mantivera apontada para o jovem e<br />
frágil garoto que logo comera a choramingar.<br />
- Si-sim senhor. – Assentira e começara a tirar o dinheiro <strong>do</strong> caixa. Em seguida<br />
entregara tu<strong>do</strong> a Fred enquanto este saia.<br />
Angelina esperava pelo mari<strong>do</strong> no carro. Acompanhara to<strong>do</strong> o ocorri<strong>do</strong><br />
observan<strong>do</strong> pelas paredes envidraçadas e parecia que ele estava se sain<strong>do</strong> bem. Quan<strong>do</strong><br />
finalmente ele voltara com o dinheiro, ela sentira-se a rainha <strong>do</strong> crime. Lina apenas deu<br />
um sorriso malicioso e deu a partida no carro.<br />
Quan<strong>do</strong> já estavam próximos ao bairro em que moravam, um carro se<br />
aproximava. Era uma patrulha policial.<br />
2<br />
Fred teve um acesso de pânico. Angelina o encarou com mais desprezo <strong>do</strong> que o<br />
costumeiro. Ela realmente sentia nojo <strong>do</strong> homem com quem se casara.<br />
- Eu te falei que não ia dar certo! – Choramingou.<br />
- Pare de agir como uma mulherzinha. – Ela o repreendeu.<br />
- Será que você não percebe, é o fim!<br />
- Claro, que não. Vamos sair da cidade. Quanto você conseguiu naquele café?<br />
- Cerca de 300 dólares.<br />
- Ótimo. – Assentiu - Vamos passar alguns dias fora da cidade!<br />
Frederico suspirou; Angelina acelerou o carro, fez alguns contornos, <strong>do</strong>brou<br />
ruas, chegou à estrada e continuou in<strong>do</strong> em linha reta. Quan<strong>do</strong> o sol ainda era uma fina<br />
linha emergin<strong>do</strong> no horizonte ela disse:<br />
- Acho que despistamos os tiras.<br />
- E agora?<br />
- No primeiro motel que aparecer a gente para.<br />
- Quan<strong>do</strong> vamos voltar? Os vizinhos vão dar falta de nós.<br />
- Daqui a uma semana nós voltamos. Enquanto isso, precisamos ficar quietos.<br />
Após alguns minutos uma espelunca com um letreiro queima<strong>do</strong> mostran<strong>do</strong> o<br />
nome MOTEL apareceu e, mesmo não agradan<strong>do</strong> a nenhum <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is, eles pararam.<br />
- Nós vamos passar uma semana aqui? – Fred perguntou incrédulo.<br />
- Vai bancar a mulherzinha agora? – Angelina satirizou. – Eu que sou uma dama<br />
<strong>do</strong> crime não estou reclaman<strong>do</strong>, por que você reclama?<br />
- Por que eu não sou maluco. – Ele rebateu. – Eu só embarquei nessa por você,<br />
por que eu não aguento mais você reclaman<strong>do</strong> de tu<strong>do</strong>.