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perfil de adolescentes gravidas atendidas na unidade de

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INTRODUÇÃO<br />

PERFIL DE ADOLESCENTES GRAVIDAS ATENDIDAS NA UNIDADE DE SAUDE DA<br />

FAMÍLIA MARIA JUSTINA DE JESUS<br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.<br />

Neila Reis<br />

A adolescência é um período <strong>de</strong> mudanças a<strong>na</strong>tômicas, fisiológicas e sociais<br />

que separam a criança do adulto, prolongando-se dos 10 aos 20 anos incompletos,<br />

abrangendo a pré-adolescência, o período etário entre 10 a 14 anos e a adolescência<br />

propriamente dita, dos 15 aos 19 anos, pelos critérios da Organização Mundial <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (OMS) ou <strong>de</strong> 12 aos 18 anos <strong>de</strong> acordo com o Estatuto da Criança e do<br />

Adolescente (Ministério da Saú<strong>de</strong>; 2001).<br />

A gravi<strong>de</strong>z e a maternida<strong>de</strong> são fenômenos biológicos, que também abrangem<br />

dimensões culturais, históricas e sociais, on<strong>de</strong> não somente a progressão da espécie<br />

está em contexto, como é também uma gran<strong>de</strong> forma <strong>de</strong> progressão <strong>de</strong> valores e laços<br />

afetivos. Contudo, a gravi<strong>de</strong>z não planejada "é um fenômeno socialmente consi<strong>de</strong>rado<br />

<strong>de</strong>sviante" (VILAR E GASPAR, 1999).<br />

A gravi<strong>de</strong>z <strong>na</strong> adolescência implica em uma gran<strong>de</strong> problemática psico-social,<br />

estudos científicos <strong>de</strong>monstram o crescimento do numero <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong> grávidas,<br />

em <strong>de</strong>trimento do <strong>de</strong>créscimo continuo da taxa <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> entre as mulheres<br />

maduras (Ministério da Saú<strong>de</strong>; 2001).<br />

As implicações médicas também preocupam, a gravi<strong>de</strong>z <strong>na</strong> adolescência vem a<br />

ser uma situação <strong>de</strong> risco, on<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte das mortes estão relacio<strong>na</strong>das a<br />

complicações da gravi<strong>de</strong>z, parto e puerpério, alem da agravante <strong>de</strong>sta faixa etária<br />

comumente negligencias a própria saú<strong>de</strong> (KAHALE; 1997).<br />

BETTIOL(1998) relata em sua pesquisa que o aumento da maternida<strong>de</strong><br />

adolescente é mais evi<strong>de</strong>nte <strong>na</strong>s áreas urba<strong>na</strong>s do que <strong>na</strong>s áreas rurais, afirma<br />

também que as taxas <strong>de</strong>sta fecundida<strong>de</strong> variam <strong>de</strong> acordo com a região, sendo mais<br />

elevadas nos Estados mais pobres do país, com <strong>de</strong>staque para as regiões norte e<br />

nor<strong>de</strong>ste. Esta constatação se tor<strong>na</strong> ainda mais grave se for observado que a gran<strong>de</strong><br />

maioria <strong>de</strong>ssas ocorrências acontece entre as camadas menos favorecidas, condição<br />

que po<strong>de</strong> agravar o risco não só da mãe como do bebê.<br />

Estima-se que exista no Brasil, cerca <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong> entre 10 e<br />

20 anos dando a luz todos os anos, o que correspon<strong>de</strong> a 20% do total <strong>de</strong> <strong>na</strong>scimentos.


Sabe-se também que 20% dos <strong>adolescentes</strong> tor<strong>na</strong>m-se grávidas no 1º mês após a<br />

coitarca (GOMES; 1993 , VITORIA; 1995).<br />

O presente estudo baseia-se <strong>na</strong> caracterização <strong>de</strong> aspectos epi<strong>de</strong>miológicos <strong>de</strong><br />

mulheres <strong>adolescentes</strong> <strong>atendidas</strong> <strong>na</strong> Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família Maria Justi<strong>na</strong> <strong>de</strong><br />

Jesus, situada no município <strong>de</strong> Santo Estevão, estado da Bahia, no período <strong>de</strong> janeiro<br />

<strong>de</strong> 2007 a janeiro <strong>de</strong> 2009.<br />

Os dados foram colhidos durante a entrevista do pré <strong>na</strong>tal realizada pela<br />

enfermeira da Unida<strong>de</strong>, mediante o esclarecimento e a prévia autorização para que os<br />

dados fossem incluídos <strong>na</strong> pesquisa, garantindo a preservação da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> das<br />

participantes.<br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.


REVISAO DE LITERATURA<br />

No Brasil, dados do censo <strong>de</strong> 1991 do Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e<br />

Estatística apontam para uma tendência à diminuição do número <strong>de</strong> filhos por mulher<br />

em ida<strong>de</strong> reprodutiva, que era da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 5,8 em 1970, passou para 4,8 em 1980,<br />

para 2,9 em 1991 e 2,3 em 2000. Contudo esse índices não se aplicam a camada<br />

adolescente da população femini<strong>na</strong>, muitos estudos vêm observando uma onda<br />

crescente <strong>de</strong> gestações entre as jovens ( IBGE, 2001).<br />

Estudos científicos, afirmam que a faixa etária i<strong>de</strong>al para a gestação é <strong>de</strong> 20 a<br />

30 anos, on<strong>de</strong> o aparelho reprodutor feminino está <strong>de</strong>senvolvido e amadurecido para<br />

conceber (MADEIRA; 1997)<br />

Conforme afirmação <strong>de</strong> Lima (1994);<br />

“Ate 20 anos após a primeira menstruação muitas jovens não atingiram o<br />

tamanho i<strong>de</strong>al da bacia, nem a altura adulta, com isso, a incidência <strong>de</strong> parto forceps e<br />

por cesaria<strong>na</strong> é bem maior nesta faixa etária”<br />

A gestação <strong>na</strong> adolescência po<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar carência afetiva, <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> <strong>de</strong>safiar<br />

a família, <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> se tor<strong>na</strong>r adulto. A gravi<strong>de</strong>z tem o potencial <strong>de</strong> elevar as jovens à<br />

posição <strong>de</strong> mulheres, conferindo-lhes status <strong>de</strong> adultas. Nesses meios, a família ocupa<br />

posição central, enquanto a escolarida<strong>de</strong> e o trabalho tomam posições periféricas.<br />

(BONETTO; 1993).<br />

A gravi<strong>de</strong>z precoce acaba sendo vista <strong>na</strong> socieda<strong>de</strong> como sinônimo <strong>de</strong><br />

irresponsabilida<strong>de</strong>, especialmente quando a adolescente não vive em conjugalida<strong>de</strong>.<br />

Nas situações esta conjugalida<strong>de</strong> existe, a notícia da gravi<strong>de</strong>z é recebida,<br />

normalmente, com festivida<strong>de</strong> pela família e amigos, uma vez que não contraria a<br />

moral tradicio<strong>na</strong>l (VILAR E GASPAR, 1999).<br />

Ressalva-se que nem sempre a gravi<strong>de</strong>z é in<strong>de</strong>sejada ou não aceita pelo meio<br />

social da adolescente. Segundo Pinto e Silva, 1998:<br />

"A gestação não programada não implica necessariamente em gravi<strong>de</strong>z<br />

in<strong>de</strong>sejada ou em crianças não <strong>de</strong>sejadas. Muitas são rapidamente aceitas ou se<br />

transformam ao longo do processo gestacio<strong>na</strong>l em, claramente, <strong>de</strong>sejadas, resultando<br />

em situações felizes e equilibradas”<br />

Algumas pesquisas apontam que a maioria das <strong>adolescentes</strong> que engravidam<br />

são filhas <strong>de</strong> mães que também engravidaram durante a adolescência. Um fenômeno<br />

psicológico <strong>de</strong> repetição da história mater<strong>na</strong> (SCHILLER, 1994)<br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.


A maternida<strong>de</strong> <strong>na</strong> adolescência também trás conseqüências sociais <strong>de</strong>cisivas,<br />

como o abandono dos estudos, dificulda<strong>de</strong>s fi<strong>na</strong>nceiras e frustração <strong>na</strong> jovem mãe<br />

pela suspensão <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s sociais comuns nesta faixa etária (SOSA; 1988).<br />

Alguns trabalhos relatam ainda a influência direta da gravi<strong>de</strong>z <strong>na</strong> adolescência<br />

<strong>na</strong> educação, on<strong>de</strong> aproximadamente 30% das <strong>adolescentes</strong> grávidas abando<strong>na</strong>m a<br />

escola. Entretanto, a evasão escolar, às vezes, prece<strong>de</strong> a gravi<strong>de</strong>z, sendo inclusive uma<br />

condição <strong>de</strong> risco para engravidar. Em vista disso, aquelas que abando<strong>na</strong>m seus<br />

estudos não se profissio<strong>na</strong>lizam e, conseqüentemente, terão trabalho mal remunerado<br />

no futuro, Observa-se também que a presença <strong>de</strong> repetência escolar que po<strong>de</strong> ser um<br />

fator <strong>de</strong> risco à repetição da gravi<strong>de</strong>z <strong>na</strong> adolescência, pela experiência escolar<br />

negativa(BLUM, 19880).<br />

As complicações advindas da gestação são cerca <strong>de</strong> 35% mais comuns entre as<br />

mães <strong>de</strong> 15 a 19 anos e 60% mais elevadas entre as com menos <strong>de</strong> 14 anos (DALE;<br />

1986). Ainda o autor cita que as conseqüências sociais <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z precoce também<br />

são bastante discutidas pelos meios científicos.<br />

A situação marital das <strong>adolescentes</strong> é também bastante avaliada pelos<br />

estudiosos. Moreira (1997), mostra em seus estudos que, um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />

uniões consensuais ocorrem durante a presente gravi<strong>de</strong>z da adolescente, embora<br />

muitas <strong>de</strong>ssas, possam ter a sua situação marital regularizada durante a atual situação<br />

e não anterior a essa.<br />

“Para a adolescente que se casa, a estabilida<strong>de</strong> matrimonial <strong>de</strong>ixa muito a<br />

<strong>de</strong>sejar e os divórcios são freqüentes em 40 % das mulheres que formaram família<br />

entre os 14 e 17 anos se divorciaram 15 anos mais tar<strong>de</strong>. Elas também ten<strong>de</strong>m a ter<br />

50% mais filhos do que as mulheres que postergaram a maternida<strong>de</strong>”(DALE, 1986).<br />

Vários fatores são atribuídos ao aumento <strong>de</strong> incidência <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong><br />

grávidas, <strong>de</strong>ntre eles a liberação sexual e a precocida<strong>de</strong> da me<strong>na</strong>rca. Outro fator<br />

apontado é o uso in<strong>de</strong>vido, omissão e o <strong>de</strong>sconhecimento <strong>de</strong> métodos contraceptivos<br />

pelos <strong>adolescentes</strong> (MADEIRA; 1997;PAIVA; 1992).<br />

O gran<strong>de</strong> o interesse pela saú<strong>de</strong> reprodutiva femini<strong>na</strong> <strong>de</strong> uma maneira mais<br />

ampla, justamente <strong>de</strong>vido à força produtiva, social e emocio<strong>na</strong> que a mulher<br />

representa para todas as socieda<strong>de</strong>s, incentivou o Ministério da Saú<strong>de</strong> implementar,<br />

em 1984, o Programa <strong>de</strong> Assistência Integral à Saú<strong>de</strong> da Mulher (PAISM) com objetivo<br />

<strong>de</strong> incluir a assistência à mulher <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a adolescência até a terceira ida<strong>de</strong>,<br />

comprometendo-se com o direito das mulheres, oferecendo a opção <strong>de</strong> exercerem a<br />

maternida<strong>de</strong> ou não, tentando abranger a mulher em todo o ciclo vital (NAGAHAMA E<br />

SANTIAGO, 2005).<br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.


OBJETIVOS<br />

I<strong>de</strong>ntificar algumas variáveis sócio-<strong>de</strong>mograficas <strong>de</strong> <strong>adolescentes</strong> <strong>atendidas</strong> <strong>na</strong><br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família Maria Justi<strong>na</strong> <strong>de</strong> Jesus no município <strong>de</strong> Santo Estevão,<br />

estado da Bahia.<br />

I<strong>de</strong>ntificar o conhecimento a cerca <strong>de</strong> planejamento familiar por parte das<br />

<strong>adolescentes</strong>, e se houve implicações <strong>na</strong> gestação diagnóstica.<br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.


METODOLOGIA<br />

Para este trabalho, foi <strong>de</strong>senvolvido um estudo quantitativo <strong>de</strong>scritivo <strong>de</strong><br />

a<strong>na</strong>lise dos dados secundários.<br />

Os dados foram colhidos dos prontuários e <strong>de</strong> entrevistas no atendimento pré<strong>na</strong>tal<br />

realizadas pela enfermagem da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família Maria Justi<strong>na</strong> <strong>de</strong><br />

Jesus. A clientela é composta <strong>de</strong> gestantes <strong>de</strong> baixo risco, que procuram o serviço por<br />

<strong>de</strong>manda espontânea e que foram <strong>atendidas</strong> pela enfermagem da Unida<strong>de</strong>.<br />

A fonte <strong>de</strong> dados da pesquisa foi o registro <strong>de</strong> 12 prontuários <strong>de</strong> atendimentos<br />

pré-<strong>na</strong>tal <strong>de</strong> gestantes que apresentaram gravi<strong>de</strong>z antes <strong>de</strong> completar 20 anos <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong>, no período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2007 a janeiro <strong>de</strong> 2009.<br />

Aos pesquisados foi garantido o anonimato, a privacida<strong>de</strong>, a proteção da<br />

imagem, a não-estigmatização e a não-utilização das informações em prejuízo das<br />

pessoas e/ou das comunida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> forma a respeitar os aspectos éticos da pesquisa.<br />

As variáveis selecio<strong>na</strong>das foram sócio-<strong>de</strong>magráficas, ida<strong>de</strong>, escolarida<strong>de</strong>,<br />

situação conjugal e ocupação; e ginecológicas – ida<strong>de</strong> em cada gestação e métodos<br />

anticoncepcio<strong>na</strong>is usados e porque não foram usados e/ou falharam.<br />

Todas as variáveis foram a<strong>na</strong>lisadas <strong>de</strong>scritivamente e apresentadas em formas<br />

<strong>de</strong> gráficos.<br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.


ANALISE DOS DADOS<br />

Gráfico 1 – Distribuição das gestantes<br />

segundo faixa etária<br />

A ida<strong>de</strong> das <strong>adolescentes</strong> grávidas concentrou-se <strong>na</strong> faixa etária dos 15 aos 19<br />

anos (42%), seguido da ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 20 anos (33%) e dos 10 aos 14 anos (25%).<br />

17%<br />

33%<br />

17%<br />

8%<br />

0%<br />

42%<br />

Quanto à escolarida<strong>de</strong>, 58% referem primeiro grau incompleto, o primeiro grau<br />

completo e o segundo grau incompleto apresentam igualmente a percentagem <strong>de</strong><br />

17%, o segundo grau completo representa 8% das entrevistadas. Felizmente, não foi<br />

encontrada nenhuma a<strong>na</strong>lfabeta.<br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.<br />

25%<br />

58%<br />

10 < 15 anos<br />

15 < 20 anos<br />

Maiores <strong>de</strong> 20 anos<br />

Gráfico 2 – Distribuição das gestantes<br />

segundo escolarida<strong>de</strong><br />

A<strong>na</strong>lfabeta<br />

1º Grau incompleto<br />

1º Grau completo<br />

2º Grau incompleto<br />

2º Grau completo


Gráfico 3 – Distribuição das gestantes<br />

segundo situação conjugal<br />

25%<br />

25%<br />

8%<br />

A maioria as entrevistadas 50% referem situação <strong>de</strong> convívio com o<br />

companheiro ou <strong>de</strong> casadas, ou seja, em um relacio<strong>na</strong>mento consi<strong>de</strong>rado estável<br />

socialmente, contudo 42% se encontravam solteiras e 8% não informaram a situação<br />

conjugal, talvez por inibição em referir esta situação, ou mesmo por não aceitação e<br />

participação do companheiro neste processo gestacio<strong>na</strong>l da adolescente.<br />

No que se refere a ocupação, 16% das <strong>adolescentes</strong> grávidas já tinham<br />

inserção <strong>na</strong> População Economicamente Ativa (PEA). A maioria das entrevistadas 42%,<br />

afirmaram ser estudante, seguido <strong>de</strong> 34% que referem ser doméstica, o que po<strong>de</strong><br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.<br />

42%<br />

Solteira<br />

Casada<br />

Gráfico 4 – Distribuição das gestantes<br />

segundo ocupação<br />

8%<br />

8%<br />

34%<br />

8%<br />

42%<br />

Convive com<br />

companheiro<br />

Não informou<br />

Estudante<br />

Doméstica<br />

Lavradora<br />

Outra<br />

Não informou


significar a ativida<strong>de</strong> do lar ou mesmo o serviço <strong>de</strong> diarista ou empregada doméstica,<br />

8% afirmaram possuir a profissão <strong>de</strong> lavradora, ajudando <strong>na</strong> renda familiar .<br />

Gráfico 5 – Distribuição das gestantes<br />

segundo ida<strong>de</strong> da me<strong>na</strong>rca<br />

41%<br />

0% 0% 0%<br />

17%<br />

8%<br />

A ida<strong>de</strong> média da me<strong>na</strong>rca predomi<strong>na</strong>nte das <strong>adolescentes</strong> entrevistadas foi 12<br />

anos com 41%, seguido da ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 11, 10 e 13 ano ( todos com a percentagem <strong>de</strong><br />

17%),o que coinci<strong>de</strong> com outras literaturas, porém chama a atenção, a presença da<br />

me<strong>na</strong>rca aos 09 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (8%).<br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.<br />

17%<br />

17%<br />

09 anos<br />

10 anos<br />

11 anos<br />

12 anos<br />

13 anos<br />

14 anos<br />

15 anos<br />

Gráfico 6 – Distribuição das gestantes<br />

segundo ida<strong>de</strong> da coitarca<br />

62%<br />

8%<br />

15%<br />

15%<br />

Não informou<br />

Menor <strong>de</strong> 10 anos<br />

10 < 15 anos<br />

15 < 20 anos<br />

Não informou


Nem todas as entrevistadas tiveram sua primeira relação sexual após a<br />

me<strong>na</strong>rca, o que ocorreu em média dos 15 aos 19 anos (62%), cerca <strong>de</strong> 15% referem<br />

que tiveram a coitarca antes dos 10 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, e 15% referem a tiveram entre os<br />

10 e 14 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />

Gráfico 7 – Distribuição das gestantes<br />

segundo número <strong>de</strong> parceiros<br />

25%<br />

8%<br />

8%<br />

0%<br />

O número um a dois parceiros total foi um para 59% das <strong>adolescentes</strong>, 2 a 3<br />

parceiros para cerca <strong>de</strong> 25% das entrevistadas, 3 a 4 parceiros para 8% e mais <strong>de</strong> 4<br />

parceiros para outros 8%. Chama a atenção o fato <strong>de</strong> a situação conjugal influenciar no<br />

modo como a gestação é percebida pela família e pela própria adolescente, chegando<br />

mesmo a alterar padrões relacio<strong>na</strong>is, <strong>na</strong> aceitação e até mesmo interferir nos<br />

comportamentos ao longo da gestação<br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.<br />

59%<br />

1 < 2 parceiros<br />

2 < 3 parceiros<br />

3 < 4 parceiros<br />

Maior que 4 parceiros<br />

Não informou


Gráfico 8 – Distribuição das gestantes<br />

segundo cada ida<strong>de</strong> gestacio<strong>na</strong>l<br />

33%<br />

17%<br />

0%<br />

8%<br />

Segundo a distribuição da ida<strong>de</strong> gestacio<strong>na</strong>l das entrevistadas, a maioria<br />

apresenta a ida<strong>de</strong> gestacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> 20 anos (33%), seguido 25% com o período<br />

gestacio<strong>na</strong>l variando entre 15 a 17 anos.<br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.<br />

17%<br />

25%<br />

Menor <strong>de</strong> 10 anos<br />

10 < 12 anos<br />

12 < 15 anos<br />

15 < 18 anos<br />

18 < 20 anos<br />

20 anos


DISCUSSÃO<br />

Os dados utilizados no presente estudo foram obtidos a partir <strong>de</strong> bases<br />

populacio<strong>na</strong>is, os valores numéricos como a média da me<strong>na</strong>rca <strong>na</strong> faixa dos 12 anos,<br />

primeira gestação aos 15 anos e história <strong>de</strong> ape<strong>na</strong>s um parceiro para a maioria,<br />

igualaram-se aos da literatura vigente. A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> da me<strong>na</strong>rca nos países<br />

<strong>de</strong>senvolvidos está entre 11 a 12 anos e no Brasil, entre 12 a 13 anos. Esta média está<br />

mais baixa do que a observada <strong>na</strong>s décadas passadas, o que favorece a gestação em<br />

ida<strong>de</strong> também mais precoce (Pinto e Silva,1984).<br />

Os dados a respeito do número <strong>de</strong> parceiros é visto como positivo nesta<br />

pesquisa, pois evi<strong>de</strong>ncia a ausência <strong>de</strong> promiscuida<strong>de</strong> <strong>na</strong> maioria as <strong>adolescentes</strong><br />

entrevistadas, o que po<strong>de</strong> influenciar numa menor incidência <strong>de</strong> doenças sexualmente<br />

transmissíveis.<br />

Segundo Zerwes (1992), no Brasil, a me<strong>na</strong>rca situa-se entre os 11,8 e 12, 2<br />

anos, a puberda<strong>de</strong> precoce po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ada por diversos fatores como:<br />

genética e alterações hormo<strong>na</strong>is.Os dados encontrados sobre a ida<strong>de</strong> da me<strong>na</strong>rca,<br />

igualaram-se aos da literatura vigente.<br />

No que se refere a ocupação, ape<strong>na</strong>s 16% das <strong>adolescentes</strong> grávidas já tinham<br />

inserção <strong>na</strong> População Economicamente Ativa (PEA). Como não apresentam trabalho<br />

remunerado, ten<strong>de</strong>m a ser mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes fi<strong>na</strong>nceiramente, seja da família, seja do<br />

companheiro. Paralelamente, a tendência para estabelecer uniões com homens ainda<br />

<strong>adolescentes</strong>, e muitas vezes <strong>de</strong>sempregados, <strong>de</strong>ixa-as em uma situação sócioeconômica<br />

mais precária, o que po<strong>de</strong> torná-las mais expostas a outras situações <strong>de</strong><br />

risco social.<br />

Quanto à situação marital, os achados revelam gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> uniões<br />

consensuais durante a gravi<strong>de</strong>z atual, perfazendo um total <strong>de</strong> 50% das entrevistadas,<br />

este ponto é questio<strong>na</strong>do por autores como Pinto e Silva (1988), que refere como um<br />

dos fatores <strong>de</strong> risco para a repetição da gravi<strong>de</strong>z <strong>na</strong> adolescência é estar morando com<br />

um parceiro ou casada.<br />

Ribeiro et al. (2000) avaliaram em seus estudos que, a proporção <strong>de</strong> gestantes<br />

sem um companheiro estável hoje em dia é cada vez maior,o que po<strong>de</strong> tor<strong>na</strong>r a<br />

gestação pouco aceita socialmente e dificultar a evolução da gestação e até mesmo a<br />

aceitação da futura mãe à nova condição. Muitas vezes, a própria gestação é vista pela<br />

adolescente como a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> concretizar o sonho do casamento e alcançar<br />

autonomia econômica e emocio<strong>na</strong>l em relação à família <strong>de</strong> origem (Desser,1993)<br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.


Obtivemos valores pouco animadores <strong>de</strong> grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> em relação à<br />

literatura , on<strong>de</strong> a maioria das entrevistadas possui primeiro grau incompleto, sendo<br />

algo preocupante, <strong>de</strong>vido ao risco <strong>de</strong> abandono escolar, resultante da gravi<strong>de</strong>z entre<br />

as <strong>adolescentes</strong>, pesquisadores afirmam que mesmo nos países ricos, engravidar <strong>na</strong><br />

adolescência reduz as chances <strong>de</strong> sucesso profissio<strong>na</strong>l e que uma gravi<strong>de</strong>z in<strong>de</strong>sejada<br />

<strong>na</strong> adolescência é, muitas vezes, um fator facilitador para a permanência em uma<br />

situação <strong>de</strong> pobreza, por interromper a continuação dos estudos e reduzir as chances<br />

no mercado <strong>de</strong> trabalho tão competitivo como o atual.<br />

Para autores como Pinto e Silva (1988) :<br />

“A primeira gravi<strong>de</strong>z levou ao abandono escolar, o que favoreceu outras gravi<strong>de</strong>zes,<br />

principalmente se não houve retorno à escola em seis meses após a primeira gravi<strong>de</strong>z ”.<br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.


CONCLUSÃO<br />

Os dados do estudo confirmam que a gravi<strong>de</strong>z <strong>na</strong> adolescência está associada a<br />

resultados <strong>de</strong>sfavoráveis para a gravi<strong>de</strong>z, a família e a sobrevivência <strong>de</strong> seus filhos,<br />

necessitando <strong>de</strong> planejamento e estruturação, o que acarreta responsabilida<strong>de</strong>s para<br />

a família da adolescente, para os profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e gestores.<br />

Existe hoje <strong>na</strong> socieda<strong>de</strong> uma mudança significativa no mo<strong>de</strong>lo hierárquico<br />

familiar, on<strong>de</strong> a mulher assume um papel importante e ascen<strong>de</strong>nte. A maternida<strong>de</strong><br />

precoce acarreta responsabilida<strong>de</strong>s sociais, econômicas e afetivas que muitas jovens<br />

não têm estrutura para suportar. A constatação <strong>de</strong> que a experiência da maternida<strong>de</strong><br />

<strong>na</strong> adolescência influencia negativamente a vivência e os efeitos da gravi<strong>de</strong>z leva-nos a<br />

ressaltar a importância do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticas públicas que privilegiem a<br />

educação sexual como forma <strong>de</strong> se adiar a ocorrência da gestação, que pelo menos ela<br />

ocorra com o <strong>de</strong>vido planejamento da adolescente e do seu parceiro.<br />

Enten<strong>de</strong>r as características da adolescente grávida, é uma forma <strong>de</strong> avaliar e<br />

buscar prevenir este acontecimento se ele não for planejado. É fundamental que o<br />

profissio<strong>na</strong>l das UBS e os professores <strong>de</strong>sses jovens saibam criar um ca<strong>na</strong>l <strong>de</strong> diálogo<br />

com os pais e os <strong>adolescentes</strong> para ajudá-los a lidar melhor com as questões da<br />

sexualida<strong>de</strong> e planejamento familiar; só a prevenção será capaz <strong>de</strong> frear os índices<br />

crescentes não só <strong>de</strong> gestações entre <strong>adolescentes</strong> como as conseqüências sociais<br />

advindas <strong>de</strong>las.<br />

Fornecer orientações sobre métodos anticoncepcio<strong>na</strong>is para <strong>adolescentes</strong><br />

envolve a participação <strong>de</strong> múltiplos profissio<strong>na</strong>is, intensa sensibilização e a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discussão com as próprias <strong>adolescentes</strong> sobre sua oportunida<strong>de</strong>, para<br />

evitar intervenções e programas não-eficientes. O <strong>de</strong>safio é propiciar ao adolescente<br />

acesso a serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que ofereçam um atendimento integral, antes mesmo do<br />

início <strong>de</strong> seu primeiro intercurso, garantindo-lhes privacida<strong>de</strong>, confiabilida<strong>de</strong> e<br />

efetivida<strong>de</strong> <strong>na</strong>s ações <strong>de</strong>senvolvidas.<br />

Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

1. BALLONE, G. J. Gravi<strong>de</strong>z <strong>na</strong> adolescência. Psi web. Psiquiatria Geral/ periódica on<br />

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Neila Reis é Fisioterapeuta e Enfermeira, especialista em Saú<strong>de</strong> Publica e Ortopedia.

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