capa especial 25 anos - Abifina
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de se chegar a algum resultado. O cumprimento de uma agenda de trabalho<br />
de dois <strong>anos</strong>, recheada com estudos e seminários para avaliar até que ponto<br />
o câmbio afeta o comércio, provavelmente não passará dos limites, já explicitados<br />
pela China, de um debate “apenas acadêmico”.<br />
Todos os países importantes no comércio internacional estão jogando o<br />
pôquer cambial, por meio de manipulações unilaterais de suas moedas via<br />
controles externos ou políticas fiscais. A taxa cambial brasileira necessita ser<br />
monitorada através de medidas compensatórias para manter a competitividade<br />
da produção interna no mercado internacional. E isto se faz com políticas<br />
públicas, em <strong>especial</strong> na área fiscal.<br />
China vai usar sua<br />
moeda para 50% do<br />
comércio até 2015<br />
Folha de SP, 13/5/11<br />
O poderoso yuan<br />
Um executivo global do setor bancário prevê que o uso do yuan no<br />
comércio exterior chinês, hoje limitado a 7%, atingirá em 2015 nada<br />
menos do que 50%. Segundo Rakesh Bhatia, diretor de comércio e serviços<br />
internacionais do HSBC, trata-se de uma estratégia da China de<br />
aumentar a importância mundial da sua moeda. O yuan já ultrapassou<br />
a libra como moeda de preferência no pagamento de compras e vendas<br />
do comércio global e agora está em terceiro lugar nesse ranking, atrás<br />
apenas do dólar e do euro.<br />
A diferença entre Brasil e China é que o Brasil ainda acredita no<br />
receituário do Consenso de Washington, enquanto a China e os próprios<br />
Estados Unidos, com uma visão bem mais pragmática, enfrentam sem<br />
rodeios o problema, colocando as respectivas moedas a serviço do desenvolvimento<br />
de suas próprias economias.<br />
Fim da preferência<br />
comercial<br />
Estadão, 16/5/11<br />
Cada um por si<br />
O Itamaraty bem que se esforçou ultimamente para manter o Brasil na lista<br />
dos países em desenvolvimento que se beneficiam de preferência tarifária da<br />
União Europeia. Mas a exclusão acabou se consumando, com o objetivo, explicitado<br />
pelo comissário de Comércio da UE, de estimular os países excluídos a<br />
buscar acordos comerciais com o bloco europeu.<br />
O sistema de preferências tarifárias constitui, em sua essência, um instrumento<br />
que vinha sendo utilizado pelos países de primeiro mundo para<br />
apaziguar mercados emergentes e subdesenvolvidos, concedendo-lhes uma<br />
espécie de migalha em retribuição ao muito que têm deles sugado. Após a<br />
crise de 2008, da qual o primeiro mundo ainda não se refez, a “caridade”<br />
foi suspensa pois os países desenvolvidos necessitam “raspar o fundo do<br />
tacho” para salvar suas economias. Agora, ganha quem for mais competente<br />
e arrojado.<br />
Os subsídios<br />
chineses absolvidos<br />
Estadão, 16/5/11<br />
Precedente perigoso<br />
Artigo do economista Pedro Motta da Veiga comentou a decisão do<br />
Órgão de Apelação da OMC em favor da China no contencioso com os EUA<br />
envolvendo subsídios às exportações por parte de bancos e empresas chinesas,<br />
que os norte-americ<strong>anos</strong> pretendiam retaliar com medidas compensatórias.<br />
O Órgão de Apelação reverteu conclusão anterior do Órgão<br />
de Solução de Controvérsias e decidiu que não há evidências suficientes<br />
para caracterizar tais bancos e empresas, braços operacionais na política<br />
industrial chinesa, como “órgãos públicos”. Segundo Motta Veiga, essa<br />
decisão cria um precedente que pode fortalecer, nos Estados Unidos,<br />
correntes políticas favoráveis ao uso unilateral de mecanismos para lidar<br />
com o “problema chinês”.<br />
Desta vez, infelizmente, a ortodoxia da OMC derrotou uma correta<br />
visão dos Estados Unidos. Somente os burocratas da OMC não sabem que<br />
a economia chinesa é de mercado exclusivamente “para inglês ver”, posto<br />
que subsidia e controla com mão de ferro a produção interna do país.<br />
Déficit do governo no<br />
setor de remédios<br />
triplica; indústria do<br />
país terá regalias<br />
Estadão, 17/5/11<br />
Sinal de alerta<br />
O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, anunciou que o governo<br />
prepara novas medidas de apoio à produção farmacêutica nacional para<br />
conter o déficit comercial do setor, que já atinge US$ 10 bilhões. Gadelha<br />
corretamente atribui parte do problema à valorização do real frente ao<br />
dólar. Outra explicação é a explosão da demanda de medicamentos no<br />
Brasil. Confiamos na continuação, pela presidente Dilma Rousseff, da<br />
política de preferência à produção local inaugurada pelo ministro Temporão,<br />
da qual devem fazer parte a regulamentação da lei que permite usar<br />
o sistema de compras públicas como mecanismo de política industrial e a<br />
ampliação das parcerias entre laboratórios públicos e privados.<br />
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