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Comandos Eletroeletrônicos - Prof. Gilmário Lima

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<strong>Comandos</strong> <strong>Eletroeletrônicos</strong><br />

Programmable Logic Controller - PLC<br />

<strong>Prof</strong>. <strong>Gilmário</strong> <strong>Lima</strong>


Parte 1<br />

Lógica Programada


Definição de Programmable Logic Controller<br />

O PLC é um equipamento composto de componentes eletrônicos e<br />

memória programável ou não-programável que contém dados e<br />

programas com a finalidade de ler e executar instruções, interagindo<br />

com um sistema que deve ser controlado por dispositivos de input e<br />

output do tipo digital ou analógico (Norma IEC 61131-1).<br />

O PLC é um computador que realiza funções de controle em vários<br />

níveis de complexidade. O aspecto interessante do PLC é que ele<br />

pode ser programado e utilizado por pessoas sem um grande<br />

conhecimento no uso do computador. Este pequeno computador<br />

(PLC) é projetado para trabalhar em ambiente industrial com variação<br />

de temperatura, umidade, vibrações, distúrbios elétricos e outras<br />

variantes que existem no ambiente industrial.


Evolução dos Modernos PLC<br />

O primeiro PLC surgiu no final dos anos 1960 na indústria<br />

automobilística com a finalidade de abreviar os tempos de parada das<br />

máquinas na produção.<br />

Os novos PLC reduzem os tempos de parada da máquina de modo a<br />

tornarem-se competitivos , no mercado. Com o passar do tempo, o<br />

PLC transformou-se em um equipamento mais simples de usar, mais<br />

confiável e produtivo. Dos anos 1980 em diante deu-se um enorme<br />

desenvolvimento na indústria dos computadores. O PLC tornou-se<br />

especializado, e sua difusão cresceu exponencilamente.


Vantagens e Desvantagens na Utilização do PLC<br />

Vantagens<br />

Flexibilidade<br />

Fácil gestão das falhas<br />

Grande número de contatos<br />

Baixo custo<br />

Observação do funcionamento<br />

Velocidade de operação<br />

Facilidade de programação<br />

Desvantagens<br />

Nova tecnologia<br />

Aplicação fixa<br />

Condições ambientais extremas


Algoritmos


Diagrama de Blocos<br />

Um grave erro que os programadores, especialmente aqueles pouco<br />

experientes, em geral cometem é iniciar a relatar um programa sem<br />

escrever uma detalhada documentação da tipologia da máquina e do<br />

programa (software).<br />

É importante lembrar que o tempo empregado na preparação dos<br />

programas não pode nunca ser desperdiçado. São muitos os<br />

inconvenientes de uma documentação pobre na elaboração do<br />

software; dentre eles especificamos alguns a seguir:


Diagrama de Blocos<br />

É difícil estar certo do correto funcionamento do software em cada<br />

condição exposta. Isso pode acontecer com qualquer tipo de software<br />

ou programa. Mas se a documentação é carente, isso se torna pior.<br />

É difícil entender como funciona o programa, especialmente depois<br />

de algum tempo de ele ter sido escrito.<br />

Será muito difícil modificá-lo.<br />

O programa será compreensível somente ao autor.


Diagrama de Blocos<br />

A elaboração de um bom programa consiste em seguir três dicas<br />

fundamentais:<br />

1. Entender muito bem o futuro funcionamento da máquina<br />

(principalmente do ponto de vista de hardware). É importante, para um<br />

bom programador de PLC, conhecer o que é sensor, transdutor,<br />

contatores, motor elétrico, válvula pneumática e outros utensílios da<br />

máquina.<br />

2. O programa deve ser definido exatamente com o auxílio de<br />

diagramas ou gráficos.<br />

3. Uma vez realizado o diagrama de funcionamento, é possível<br />

traduzilo na linguagem de programação que o PLC conhece.


Diagrama de Blocos


Diagrama de Blocos<br />

Escrever o algoritmo antes de iniciar o desenvolvimento do programa<br />

representa notáveis vantagens, entre as quais citamos:<br />

os problemas podem ser mais bem resolvidos com o auxilio do<br />

engenheiro projetista da máquina e escritos em português, e não<br />

na linguagem do PLC;<br />

o programa escrito transforma-se assim em uma simples<br />

tradução do algoritmo;<br />

o funcionamento do programa deve ser perfeitamente<br />

compreensível também por outras pessoas;<br />

é muito mais fácil estudar eventuais modificações do algoritmo<br />

para depois inserir no programa que ter que estudar todo o<br />

programa novamente.


Diagrama de Blocos<br />

Um método muito difundido é diagrama de fluxo (flowchart).<br />

Os símbolos utilizados são reconhecidos pelo BSI -British Standards<br />

Institute, pela ECMA - European Computing Manufacturing e por<br />

outras entidades internacionais.


Diagrama de Blocos


Parte 2<br />

Hardware do PLC


Microprocessador e CPU<br />

Esse dispositivo cumpre operações lógicas e matemáticas muito<br />

velozmente, e sobretudo as executa conforme uma seqüência<br />

predefinida, chamada simplesmente programa. O elenco de todas as<br />

operações que um PLC pode executar é chamado set de instruções,<br />

em inglês, instruction set.<br />

A CPU lê os sinais de entrada, carrega as informações provenientes<br />

da máquina adquiridas por meio de um botão, interruptor de posição,<br />

sensores e/ou transdutor.


Microprocessador e CPU<br />

O programa escrito instrui a CPU, informando-a não apenas que o<br />

interruptor I está fechado mas que deve ligar a lâmpada L. A CPU<br />

executa o programa repetitivamente, e, portanto, nesse caso, ler<br />

continuamente a entrada I até que I = 0 (interruptor aberto), portanto<br />

L = 0 mas não apenas I = 1 (interruptor fechado) habilita a saída L = 1,<br />

ligando assim a lâmpada.


Ciclo de Scan


Sistema Operacional<br />

As funções são efetuadas por um software que somente o construtor<br />

do PLC pode alterar. Esse software chama-se SISTEMA<br />

OPERACIONAL, e é gravado numa memória específica chamada ROM.<br />

Entre as principais operações que esse sistema operacional<br />

administra, temos:<br />

1. Autodiagnóstico;<br />

2. Proteção de dados;<br />

3. A função de interrupção (interrupt)


Memória<br />

São os dispositivos que permitem “ler”e “escrever” as informações.<br />

Algumas características:<br />

- possibilidade de ler e escrever;<br />

- velocidade de escrever;<br />

- modalidade de cancelar;<br />

- comportamento em caso de falta da alimentação elétrica;<br />

- quantidade de informação memorizável (capacidade).<br />

ROM (read only memory)<br />

RAM (random access memory)<br />

EAROM (electrically alterable ROM)<br />

EPROM ( erasable programmable ROM)<br />

EEPROM (electrically erasable programmable ROM)<br />

NOVRAM (non volatile random access memory)<br />

memória FLASH


Memória<br />

Memória ROM<br />

A sigla inglesa ROM -Read Only Memory - significa literalmente<br />

memória só de leitura.<br />

Esta é escrita de modo definitivo pelo construtor que a introduz na<br />

máquina, e a disponibiliza para tarefas específicas, podendo ser lida<br />

apenas pelo microprocessador.<br />

Na ausência de energia elétrica, o conteúdo dessa memória não se<br />

perde. Essa propriedade da memória ROM a caracteriza como "nãovolátil".


Memória<br />

Memória RAM<br />

A sigla inglesa RAM - Random Acces Memory - significa literalmente<br />

memória de acesso livre.<br />

A memória RAM pode ser escrita e lida em qualquer momento no<br />

microprocessador. É volátil porque perde o seu conteúdo na ausência<br />

de alimentação.<br />

Pode transformar-se em "não-voláteis" com a presença de pequenos<br />

acumuladores que mantêm a alimentação quando o aparelho é<br />

desligado (bateria de backup). Desse modo os dados são preservados<br />

por muitos meses.


Memória<br />

Memória EAROM<br />

A sigla inglesa EAROM - Electrically Alterable Read Only Memory - é<br />

praticamente uma memória "não-volátil" e é reprogramável, ou seja,<br />

possível de ser alterada eletricamente porque permite, com um<br />

simples sinal elétrico, a modificação de algumas locações das<br />

memórias.<br />

Hoje são memórias já fora do mercado por serem relativamente<br />

lentas; foram substituídas por uma mais utilizada, denominada<br />

EEPROM.


Memória<br />

Memória EPROM<br />

A sigla inglesa EPROM - Erasable Programmable Read Only Memory -<br />

significa literalmente memória só de leitura, podendo ser cancelável e<br />

reprogramável.<br />

As memórias EPROM são "não-voláteis" e podem ser lidas somente<br />

pelo microprocessador, mas, ao contrário da memória ROM, pode ser<br />

cancelável e escrita de novo pelo usuário com um aparelho<br />

específico, chamado programador de EPROM. A EPROM pode ser<br />

cancelada somente expondo-a por alguns minutos a raios ultravioleta<br />

(LTV), que agem sobre a memória atravessando uma pequena janela<br />

do circuito integrado (chip). A vantagem da EPROM está no fato de ela<br />

poder ser reutilizada muitas vezes. As desvantagens consistem no<br />

grande intervalo de tempo necessário para ser cancelada e no custo<br />

adicional do programador de EPROM.


Memória<br />

Memória EEPROM<br />

Essa memória tem um "E" a mais que a memória EPROM refente ao<br />

inglês electrically, eletricamente. De fato, as EEPROM são memórias<br />

que têm a mesma característica da memória EPROM, porém são<br />

canceláveis eletricamente. A grande diferença entre uma e outra<br />

consiste essencialmente no processo de cancelamento e de<br />

reprogramação.<br />

Com esse tipo de memória, não é mais necessário retirar fisicamente<br />

a memória do PLC; basta simplesmente dar o comando ao sistema via<br />

software, que então cancela os dados e reescreve com simples sinais<br />

elétricos. Você poderá perceber que esse tipo de memória parece com<br />

a memória RAM, mas na realidade o processo de leitura e escritura é<br />

muito mais lento que o da memória RAM.


Memória<br />

Memória NOVRAM<br />

A sigla inglesa NOVRAM - Non volatile RAM - significa literalmente<br />

RAM não-volátil, e se associa às características das memórias RAM e<br />

EEPROM.<br />

As vantagens desse tipo de memória são notáveis.<br />

Elas têm elevada velocidade de acesso aos dados, característica<br />

típica da memória RAM, e a não-volatividade dos dados típica da<br />

memória EEPROM. Como desvantagem, o custo ainda elevado.


Memória<br />

Memória FLASH<br />

No mundo da microeletrônica, deu entrada muito recentemente essa<br />

tipologia de memória. Ela será destinada, nos próximos anos,<br />

provavelmente a substituir as memórias ROM e EPROM e também as<br />

grandes memórias de dados (hard disk).<br />

Serão assim eliminadas todas as partes mecânicas necessárias para<br />

o uso do suporte magnético. As características das memórias FLASH<br />

são grande confiabilidade, consumo reduzido, leveza, possibilidade<br />

de ler e escrever com sinais elétricos. Atualmente muitos PLCs (em<br />

particular o Siemens S7-300/400) possuem já a memória FLASH como<br />

suporte obrigatório, com a possibilidade de memorizar até alguns<br />

Mbyte.<br />

São chamadas comumente memory-card.


Fonte de Alimentação<br />

A fonte de alimentação empregada no PLC pode ser de dois tipos:<br />

1.tradicional linear<br />

2.chaveada (switching)<br />

PLC com fonte de alimentação interna<br />

O PLC é ligado diretamente à tensão de rede, e pode alimentar também outro<br />

aparelho que faz parte do sistema que está sendo controlado.<br />

PLC com fonte de alimentação externa<br />

A fonte, por ser externa ao PLC, será dimensionada adequadamente, de modo<br />

a distribuir ao PLC as tensões e corrente corretas para o seu bom<br />

funcionamento e para os vários módulos de expansão.


Parte 3<br />

Unidade de Entrada e Saída


A unidade de entrada e saída é composta de dispositivos apropriados<br />

de modo a permitir o diálogo do PLC com os sinais de entrada e<br />

sinais de saída provenientes do campo.<br />

A unidade de entrada opera sob o sinal de entrada proveniente dos<br />

sensores da instalação para torná-la compatível com a CPU do PLC.<br />

A unidade de saída trata os sinais emitidos pela CPU para enviá-los<br />

aos dispositivos que devem ser acionados, chamados atuadores<br />

(motor elétrico, lâmpadas, válvula pneumática e outros).<br />

A construção prática dessas unidades, que são geralmente chamadas<br />

de "Placas I/O", é efetuada com base em sinais que podem ser:<br />

- digitais (on/off)<br />

- analógicos.


Recordemos brevemente que os sinais digitais são aqueles que<br />

assumem somente dois estados on (1) e off (0) identificados<br />

mediante um nível de tensão que deve ser conhecido por quem<br />

projeta o PLC, segundo a lógica:<br />

1 = tensão presente<br />

0 = tensão ausente<br />

(isso, em lógica positiva)<br />

MERCADO<br />

- placa de entrada digital on/off<br />

- placa de saída digital on/ off<br />

- placa de entrada analógica<br />

- placa de saída analógica.


Parte 4<br />

Software


LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO TEXTUAL<br />

Essa modalidade de programação é das mais "difíceis"<br />

para quem se propõe ao mundo do PLC proveniente do<br />

setor eletrotécnico.<br />

Tal sistema de programação provém do setor eletrônico ou<br />

então informático e, portanto, constitui a verdadeira<br />

linguagem de programação com enorme possibilidade de<br />

desenvolver as necessidades do projeto.


LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO TEXTUAL<br />

Lista de Instruções - IL (Instruction List)<br />

Esse modo de programação é praticamente a linguagem máquina muito<br />

parecida com linguagem Assembler, ou seja, uma linguagem que usa<br />

diretamente as instruções do microcomputador. Tal sistema é pouco intuitivo e<br />

pouco prático, não tem nenhuma representação gráfica e requer muito tempo<br />

do programador para a pesquisa de falhas no programa. Alguns PLC não<br />

permitem uso desse sistema, porém, com outros ele é indispensável para se<br />

usar plenamente a potencialidade do PLC.<br />

Texto Estruturado - ST (Structured Text)<br />

Essa linguagem de programação é de alto nível, como as linguagens Pascal,<br />

Basic e C++, e às vezes indispensável em determinada aplicação ou nas redes<br />

de comunicação. Para desfrutar ao máximo a potencialidade de tal linguagem,<br />

é indispensável a utilização do diagrama de blocos. A linguagem de<br />

programação gráfica se apresenta ao programador como um verdadeiro<br />

esquema elétrico ou esquema a blocos.


LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO GRÁFICA<br />

Diagrama Ladder - LD (Ladder Diagram)<br />

Esta é a linguagem de programação mais utilizada, semelhante a um esquema<br />

elétrico funcional. Ladder significa literalmente "escada", dado que<br />

visualmente o esquema lembra uma escada. Cada degrau é chamado rung.<br />

Diagrama de Blocos Funcionais - FBD (Function Block Diagram)<br />

É uma linguagem a "portas lógicas" que permite desenhar um esquema<br />

clássico de eletrônica digital. É muito utilizado nos sistemas de controle de<br />

grande instalação de processos (centrais termoelétricas, instalações químicas<br />

e outros).<br />

Seqüenciamento Gráfico de Funções - SFC (Sequential Function Chart)<br />

É uma linguagem desenvolvida na França com o nome de linguagem Grafcet.<br />

Representa o funcionamento por passos de um processo automático.


LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO<br />

Lista de Instruções - IL (Instruction List)


LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO<br />

Texto Estruturado - ST (Structured Text)


LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO<br />

Diagrama Ladder - LD (Ladder Diagram)


LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO<br />

Diagrama de Blocos Funcionais - FBD (Function Block Diagram)


Parte 5<br />

PLC Siemens


GENERALIDADES<br />

A Siemens tem atualmente três diferentes faixas de Controlador<br />

Lógico Programável que estão ocupando três diferente segmentos<br />

aplicativos:<br />

PLC compacto (série LOGO)<br />

PLC compacto com expansão (série S7-200)<br />

PLC modular (série S7-300/400)


PLC compacto (série LOGO)<br />

São PLCs de dimensão reduzida e compreendem poucos pontos de I/O<br />

disponíveis.<br />

São empregados na aplicação a baixo custo em que o componente econômico<br />

é determinante.<br />

É utilizado em aplicação em nível de home automation.<br />

A programação desse tipo de PLC é efetuada somente com linguagem de<br />

programação tipo Ladder, FBD.<br />

Para esse tipo de PLC, não é previsto outro tipo de linguagem de<br />

programação.<br />

O termo compacto significa que todos os componentes principais do PLC, tais<br />

como CPU, fonte de alimentação e placa de saída/entrada, ficam no mesmo<br />

boxe, com possibilidade limitada de expansão.


PLC compacto (série LOGO)


PLC Compacto com Expansão (Série S7- 200)<br />

São dispositivos mais evoluídos em relação à série LOGO e dotados de<br />

instrução similar ao segmento superior (modular).<br />

São porém equipados com uma única CPU e fonte de alimentação e dotados<br />

de boa possibilidade de expansão com módulos de entrada e saída tanto<br />

analógico como digital e expansão com módulos especiais.<br />

A aplicação é apropriada para o segmento intermediário, que exige uma certa<br />

flexibilidade na configuração hardware e de tarefa mediamente complexa.


PLC Compacto com Expansão (Série S7- 200)


PLC Modular (Série S7- 300/400)<br />

Sua estrutura é similar à do PLC S7-200, porém com notável possibilidade de<br />

expansão.<br />

São equipados com módulos (placas) alojados num contêiner chamado rack,<br />

com uma configuração hardware (até milhares de I/O) que pode ser variável<br />

segundo o sistema controlado e que permite eventual variação sucessiva.<br />

São dispositivos que permitem a mais elevada capacidade de elaboração e,<br />

por isso, também são mais caros.<br />

São empregados no segmento industrial, em aplicações em que sua<br />

flexibilidade permite a configuração de hardware muito complexo com<br />

bastante facilidade, porque são dotados de placas que podem ser retiradas e<br />

inseridas conforme a conveniência do uso; daí o termo modular.


PLC Modular (Série S7- 300/400)


Parte 6<br />

PLC Siemens – Série S7-200


Configuração básica de um sistema de automação S7-200<br />

Módulo básico<br />

Cabo de comunicação PC/PPI<br />

PC<br />

Software de programação (STEP 7- Micro/WIN), conforme a Norma<br />

IEC 61131-3 (No caso do, V3.1).


Programação STEP 7- Micro/WIN 32


Programação STEP 7- Micro/WIN 32 Aplicação 1<br />

Inversão do sentido de rotação do MIT<br />

+24V<br />

0V<br />

S0<br />

S1<br />

S2<br />

1<br />

S0 - Desliga<br />

S1 - Liga sentido-horário<br />

S2 - Liga sentido-antihorário<br />

2 3<br />

K1 K2<br />

S2<br />

S1<br />

K2 K1<br />

K1 K2<br />

3 2<br />

1 4<br />

5<br />

6<br />

Símbolos<br />

S0<br />

S1<br />

S2<br />

RT<br />

K1<br />

K2<br />

Endereço<br />

I0.0<br />

I0.1<br />

I0.2<br />

I0.3<br />

Q0.0<br />

Q0.1<br />

Comentário<br />

Botão de parada<br />

Botão de partida para frente<br />

Botão de partida para trás<br />

Térmica<br />

Contator motor para frente<br />

Contator motor para trás


Programação STEP 7- Micro/WIN 32 Aplicação 1<br />

Inversão do sentido de rotação do MIT


Programação STEP 7- Micro/WIN 32 Aplicação 1<br />

Inversão do sentido de rotação do MIT


Parte 7<br />

Temporizadores


Em automação, muito frequentemente surge a necessidade de<br />

subordinar algumas ações no transcorrer do tempo ou então gerar<br />

sinais de comando de duração preestabelecida.<br />

Para satisfazer a essas duas exigências, o PLC tem três tipos de<br />

instrução de temporização:<br />

imposição por meio do programa de um determinado tempo de atraso;<br />

imposição analógica (externa) de um determinado tempo de atraso;<br />

geração de sinal com duração preestabelecida.


Imposição por Meio do Programa de um Determinado Tempo de Atraso<br />

Os dispositivos mais usados no desenvolvimento da lógica de controle do<br />

processo, além das bobinas e dos contatos, são os temporizadores (em<br />

inglês, timer).<br />

O timer mais comum é o temporizador com atraso na ligação. Dele derivam<br />

todas as outras funções de temporizadores.<br />

Geralmente em um PLC existem dois ou três tipos de temporizador. Esses<br />

tipos de timer podem ser combinados em várias modalidades, utilizando os<br />

respectivos contatos para realizar variadas tarefas de automação.<br />

Os três tipos de timer mais utilizados são:<br />

• timer com atraso no desligamento<br />

• timer com atraso na ligação com memória<br />

• timer com atraso na ligação


Imposição por Meio do Programa de um Determinado Tempo de Atraso<br />

Timer com atraso no desligamento


Imposição por Meio do Programa de um Determinado Tempo de Atraso<br />

Timer com atraso na ligação com memória


Imposição por Meio do Programa de um Determinado Tempo de Atraso<br />

Timer com atraso na ligação com memória<br />

A diferença principal desse timer em relação ao temporizador com atraso na<br />

ligação é que ele possui uma memória do tempo transcorrido.<br />

Um exemplo: se no intervalo de tempo entre 0 e 10 segundos a entrada I0.1<br />

for aberta (off), o timer memoriza o tempo transcorrido até aquele momento.<br />

Supomos que ele tenha memorizado 5 segundos. No ato do fechamento<br />

seguinte da entrada I0.1 (on), o tempo contado parte de 5 segundos até<br />

chegar a 10 segundos, ativando assim a saída Q0.0. Quando a entrada I0.2<br />

se ativa (on), se reseta a contagem do tempo em qualquer momento.


Imposição por Meio do Programa de um Determinado Tempo de Atraso<br />

Timer com atraso na ligação


Simples <strong>Comandos</strong> Temporizados<br />

Ativação de uma saída por um tempo tx


Simples <strong>Comandos</strong> Temporizados<br />

Ativação de mais de uma saída em seqüência


Simples <strong>Comandos</strong> Temporizados<br />

Ativação de um timer por meio de um botão (sinal impulsivo)


Simples <strong>Comandos</strong> Temporizados<br />

Timer cíclico


Simples <strong>Comandos</strong> Temporizados<br />

Timer em seqüência com atraso na ligação


Simples <strong>Comandos</strong> Temporizados<br />

Timer em seqüência com atraso no desligamento


Operação de Temporização com a CPU S7-200<br />

A CPU S7-200 dispõe de três operações de temporização diferentes:<br />

• temporização com atraso na ligação (TON)<br />

• temporização com atraso no desligamento (TOF)<br />

• temporização com atraso na ligação com memória (TONR)<br />

É importante considerar agora como determinar a resolução do<br />

temporizador, também chamada de base dos tempos. Este determina a<br />

duração de cada intervalo temporal. Exemplo: um TON com base do tempo<br />

de 10 ms conta o número de intervalo de 10 ms que transcorre depois de<br />

estar habilitado. Uma contagem de 50 em um temporizador de 10 ms.<br />

corresponde a um tempo de 500 ms, ou seja, 50 X 10 = 500 ms.<br />

Os timers SIMATIC estão disponíveis em três resoluções:<br />

1 ms, 10 ms, 100 ms.


Operação de Temporização com a CPU S7-200


Boxes TON, TOF, TONR


Boxes TON, TOF, TONR<br />

Exemplo de TON<br />

Nota: PT = 50 significa que o tempo imposto é 100 ms X 50 = 5000 ms = 5 s.


Boxes TON, TOF, TONR<br />

Exemplo de TOF<br />

Nota: PT = 15 significa que o tempo imposto é 10 ms x 15 = 150 ms = 0,15 s.


Boxes TON, TOF, TONR<br />

Exemplo de TONR<br />

Nota: PT = 150 significa que o tempo imposto 100 ms X 150 = 15.000 ms = 15 s.


Geração de sinais de duração preestabelecida<br />

O PLC S7-200 apresenta Merker de sistema.


Aplicação: Esteira Transportadora com Lampejo.<br />

Uma esteira transportadora é acionada pressionando-se o botão S1. Iniciase<br />

assim um lampejo de uma lâmpada (H 1) por 8 segundos. Depois se ativa<br />

um contator K1M que aciona a esteira transportadora.


Aplicação: Esteira Transportadora com Lampejo.


Aplicação: Esteira Transportadora com Lampejo.


Aplicação: Esteira Transportadora com Lampejo.<br />

O funcionamento é o seguinte:<br />

1. Na primeira linha do programa, ativa-se o relé auxiliar K1A por meio do<br />

botão S1.<br />

2. Na segunda linha do programa, ativa-se a contagem do tempo do<br />

temporizador KT1.<br />

3. Na terceira linha do programa, com o fechamento do contato K1A do relé<br />

auxiliar, inicia-se o lampejo da lâmpada H1 com intervalo de 0,5 s on/0,5 s<br />

off.<br />

4. Na quarta linha do programa ocorre o fechamento do contato auxiliar do<br />

temporizador KT1 depois de 8 s. Tem lugar a energização da bobina K1M,<br />

e assim se inicia a partida da esteira transportadora. A bobina do relé<br />

auxiliar K1A é desenergizada por meio do contato KT1 do temporizador na<br />

primeira Linha do programa; uma vez terminados os 8 segundos, também<br />

são desligados o temporizador e a lâmpada H1.


Função SET/RESET<br />

A operação de set pode ser vista como imposição de uma saída em autoretenção.<br />

Com essa instrução da CPU S7-200, pode-se impor 1 bit ou 1 grupo<br />

de bits; ela é tradicionalmente utilizada com a instrução reset. Os dois<br />

trabalham com o mesmo bit ou grupo de bits.


Função SET/RESET<br />

Acionando o botão I0.0 ativa-se a saída Q0.0 (set) com auto-retenção.<br />

Acionando o botão I0.1 desativa-se Q0.0 (reset). É interessante notar que<br />

acionando simultaneamente I0.0 e I0.1, Q0.0 permanece desativado.<br />

Tecnicamente, diz-se que o reset é dominante.<br />

Numa situação inversa, se a linha de reset antecede a linha de set, diz-se que o<br />

set é dominante, acionando a saída Q0.0.<br />

Essa situação se deve à lógica do ciclo de scan do PLC.<br />

De fato, o programa é executado pela CPU de cima para baixo e da esquerda<br />

para a direita.


Parte 8<br />

Contadores


Os contadores do PLC têm um formato similar ao do timer. A entrada<br />

fornece o pulso de contagem que o PLC analisa; no entanto, a outra<br />

entrada permite ressetar tudo a qualquer momento.<br />

São disponíveis contadores crescente (counter op) e decrescente<br />

(counter down).<br />

Em geral o contador crescente conta do número 0 até o valor préimposto,<br />

no qual depois deve acontecer uma ação.<br />

O contador decrescente parte na ordem regressiva do número préimposto<br />

até 0.<br />

Os contadores, na prática, efetuam contagens de eventos de todos os<br />

tipos a partir de um sensor ou transdutor que converte eventos em<br />

pulsos elétricos.<br />

Em todos os exemplos utilizados aqui, a referência será o contador crescente.


Ativação de um contador


Soma de contagem de dois contadores


Soma de contagem de dois contadores


Combinação de Timer e Contador nos Processos Industriais<br />

Exemplo 1: depois que um sensor contou 10 peças, uma pistola de pintura é<br />

ativada por 30 segundos.


Combinação de Timer e Contador nos Processos Industriais<br />

Exemplo 2: a contagem não se inicia antes de 30 segundos do acionamento do<br />

mesmo processo. Um contato do temporizador impede que essa entrada de<br />

contagem seja lida pelo sensor na entrada I0.1 até que passem os 30<br />

segundos impostos. O fechamento do contato do temporizador T1 habilita a<br />

contagem, e depois de 15 peças a saída é ativada.


Combinação de Timer e Contador nos Processos Industriais<br />

Exemplo 2:


Combinação de Timer e Contador nos Processos Industriais<br />

Exemplo 3: ilustra o método para saber quantas peças passaram em 1 minuto<br />

num determinado ponto da linha de produção. O timer e o contador são<br />

habilitados no mesmo instante. O contador recebe um pulso do sensor na<br />

entrada I0.1 por cada peça que passa na esteira e incrementa o próprio valor.<br />

Com o início da contagem, começa também a ativação do timer imposto a 60<br />

segundos. Ao fim dos 60 segundos, a entrada de contagem do contador é<br />

desabilitada. Depois dos 60 segundos, ainda que o sensor na entrada I0.1<br />

continue a enviar pulsos sinalizando que outras peças estão transitando, o<br />

valor do contador não é modificado. O contador pode ser ressetado<br />

manualmente ou mediante uma habilitação proveniente de outra parte do<br />

programa.


Combinação de Timer e Contador nos Processos Industriais<br />

Exemplo 3:


Contador Expandido<br />

Sendo, em geral, o valor máximo de contagem fixado igual a 32767, para se<br />

obter um valor maior pode-se utilizar o pequeno programa, no qual são<br />

empregados dois contadores em cascata para efetuar uma contagem igual a<br />

32767 X 2 = 65534 contagens. Depois da contagem 65534, a saída Q0.2 se<br />

ativa.


Operação de Contagem no S7-200<br />

A CPU S7-200 dispõe de três operações com contagem diferentes:<br />

contagem crescente (CTU)<br />

contagem decrescente (CTD)<br />

contagem crescente/decrescente (CTUD)<br />

Cada vez que se verifica uma transição de um contato de um valor off a um<br />

valor on na entrada de contagem, o contador crescente conta de modo<br />

crescente.<br />

O contador decrescente conta partindo de um valor predefinido quando chega<br />

à borda do sinal na entrada de contagem.<br />

O contador crescente/decrescente conta quando chega à borda do sinal na<br />

entrada de contagem. A entrada de reset resseta a contagem em qualquer<br />

momento. O contador vai de C0 a C255. O contador crescente (CTU) e<br />

decrescente (CTD) tem um campo de contagem de 0 a 32767, e o contador<br />

crescente/decrescente(CTUD) tem um campo de contagem de -32767 a +32767.


Aplicação: Enchimento de uma Caixa de Cerveja<br />

Um sistema de esteira transportadora serve para encher as caixas de<br />

cerveja para serem transportadas. Quando a caixa está vazia, a esteira<br />

começa a funcionar carregando a cerveja na caixa. Quando são contadas 5<br />

cervejas a esteira pára, até que o operário substitua a caixa cheia por uma<br />

vazia.


Aplicação: Enchimento de uma Caixa de Cerveja


Aplicação: Enchimento de uma Caixa de Cerveja


Aplicação: Enchimento de uma Caixa de Cerveja<br />

O funcionamento do diagrama Ladder, em linhas gerais, é o seguinte:<br />

1) Na linha de programa 1, quando se pressiona o botão S1 se ativa o relé<br />

auxiliar K1A, que ativa o sistema.<br />

2) Na linha de programa 2, quando o operador põe a caixa vazia no lugar da<br />

caixa cheia, fecha-se o microinterruptor de presença da caixa S3. Parte<br />

assim um pulso por meio do contato P, a transição positiva que energiza o<br />

relé auxiliar K2A.<br />

3) Na linha de programa 3, o fechamento do contato K2A resseta a contagem.<br />

B1 é o contato fotocélula que conta a garrafa de cerveja.<br />

4) Na linha de programa 4, estando já fechados o contato K1A e o<br />

microinterruptor de presença da caixa S3, ativa-se o contator K1M e a<br />

esteira entra em movimento até o contador contar 5 garrafas de cerveja.<br />

Depois o contato CNT se abre desligando o contator K1M e a esteira pára.<br />

O botão S2 pára a esteira em qualquer momento.


Aplicação: Linha de Transporte Automático de Garrafas


Aplicação: Linha de Transporte Automático de Garrafas


Aplicação: Linha de Transporte Automático de Garrafas<br />

O funcionamento do diagrama Ladder, em linhas gerais, é o seguinte:<br />

1. Na linha de programa 1, acionando-se o botão S1, a bobina K1A é energizada para o início do<br />

ciclo.<br />

2. Na linha de programa 2, se o ciclo é ativado, contam-se os pulsos provenientes do sensor B1,<br />

que assinala a presença das garrafas. O contador é ressetado quando o relé auxiliar K2A (da<br />

linha de programa 3) é energizado.<br />

3. Na linha de programa 3, o contato do contador CNT se fecha depois de 4 pulsos, energizando a<br />

bobina de K2A, que, na linha de programa anterior, vimos ressetar o contador. O relé auxiliar<br />

K2A fica energizado durante os 5 segundos impostos; depois o contato temporizado KT1 se<br />

abrirá.<br />

4. Na linha de programa 4, o contato do relé auxiliar K2A (que resseta o contador) ativa o timer KT1<br />

e faz partir a esteira transportadora M1 por meio do contator K1M. Transcorridos os 5 segundos,<br />

o contato do relé auxiliar K2A se abre, ressetando o timer e desativando K1M; assim a esteira<br />

transportadora M1 pára.<br />

5. Na linha de programa 5, quando se inicia o comando automático, K1A é fechado, encaminhando<br />

assim a esteira transportadora M2 por meio do contator K2M. Quando, ao contrário, se<br />

encaminha a esteira transportadora M1, K2A é aberto; assim a esteira M1 entra em função e a<br />

esteira M2 permanece parada.


Aplicação: Ciclos de Aspiração de Resíduos Materiais<br />

Esta aplicação prevê o controle de um ciclo automático cujo funcionamento<br />

é o seguinte:<br />

Ciclo 1<br />

A primeira unidade operacional (motor M1) deve ser encaminhada a tensão<br />

reduzida (chave estrela/triângulo) e em seguida parada.<br />

Ciclo 2<br />

Depois de 4 paradas manuais da primeira unidade operacional (motor M1) de<br />

um operador, deve intervir automaticamente uma segunda unidade<br />

operacional (motor M2), que tem por função aspirar o resíduo de um<br />

trabalho mecânico, durante um intervalo de 15 segundos.<br />

Ao longo do funcionamento do ciclo 2, não deve acontecer a ligação da<br />

primeira unidade operacional.<br />

O acionamento da segunda unidade operacional pode ser executado<br />

manualmente por meio do botão S3.


Aplicação: Ciclos de Aspiração de Resíduos Materiais


Aplicação: Ciclos de Aspiração de Resíduos Materiais


Aplicação: Ciclos de Aspiração de Resíduos Materiais


Aplicação: Ciclos de Aspiração de Resíduos Materiais<br />

A interpretação do diagrama Ladder é muito simples:<br />

1 a 4) Na linha de programa de 1 a 4, temos o ciclo 1; trata-se de uma chave<br />

estrela/triângulo.<br />

5) Na linha de programa 5, temos a contagem das quatro paradas manuais por<br />

meio do botão de parada S2 e o reset contador, mediante o contato<br />

temporizado K2T, que se ativa no final do ciclo 2.<br />

6) Na linha de programa 6, temos o ciclo 2, ou seja, o acionamento do contator<br />

KM4 relativo ao motor M2 de aspiração residual. O acionamento do contator<br />

KM4 pode acontecer manualmente por meio do botão S3 ou então<br />

automaticamente, por meio do contato CNT do contador. Uma vez acionado,<br />

o KM4 permanece ativo por 15 segundos, depois K2T resseta tudo. Nota-se<br />

que na primeira linha de programa existe um contato fechado de KM4 em<br />

série a bobina de linha KL. Esse contato se abre quando se aciona o motor<br />

de aspiração residual M2 e, portanto, não permite o funcionamento do ciclo<br />

1.


Referências<br />

Prudente, Francesco<br />

Automação Industrial: PLC, teoria e aplicação: curso básico. LTC. 2007.

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