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Página 3 - Jornal da Paraíba

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EXEMPLAR DO ASSINANTE<br />

REDE GLOBO<br />

COMEÇA NA QUINTA<br />

‘Verão Total’ vai<br />

aju<strong>da</strong>r enti<strong>da</strong>des<br />

carentes de JP<br />

SERVIÇOS<br />

• Suplemento<br />

COM TUDO EM CIMA<br />

Cléo Pires afina a<br />

silhueta e decide<br />

bancar ‘lado sexy’<br />

• <strong>Página</strong> 3<br />

www.jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

18 PRÉ-SELECIONADOS<br />

Big Brother Brasil<br />

começa nesta 3ª<br />

com novi<strong>da</strong>des<br />

• <strong>Página</strong> 8<br />

DIVULGAÇÃO/ REDE GLOBO<br />

DENTRO DO CONTEXTO...<br />

Juliana Paes vai<br />

mostrar as curvas<br />

na novela <strong>da</strong>s oito<br />

• <strong>Página</strong> 5<br />

PARAÍBA, 11 DE JANEIRO DE 2009 Leia e deci<strong>da</strong> ANO XXXVII Nº 10778 R$ 2,50 DOMINGO<br />

Prefeitos ‘barram’ contratações e<br />

demitem mais de mil servidores<br />

Novos gestores alegam irregulari<strong>da</strong>des e quem perdeu emprego bate à porta do Judiciário para voltar aos postos de trabalho no Executivo • <strong>Página</strong> 3<br />

DIVULGAÇÃO/ FRANCISCO FRANÇA<br />

Belezas para ver nas férias<br />

Do Litoral ao Sertão, <strong>Paraíba</strong> tem riquezas de encher os olhos<br />

Caixa tenta frear crise com R$ 6 bi para a PB<br />

Os recursos, para as mais diversas linhas de financiamento e programas sociais, representam 20% do montante liberado no ano passado • <strong>Página</strong>s 9 e 10<br />

DE CIDADE EM CIDADE<br />

Parlamentares<br />

vão até as bases<br />

durante recesso<br />

• <strong>Página</strong> 5<br />

TEMPO HOJE<br />

máx. 38º<br />

min. 21º<br />

MARÉS<br />

máx. 36º<br />

min. 20º<br />

máx. 31º<br />

min. 24º<br />

Fonte: CLIMATEMPO<br />

Hora Altura<br />

Alta 04h24 2,3 m<br />

Baixa 10h23 0,1 m<br />

Alta 16h41 2,5 m<br />

Baixa 22h54 -0,2 m<br />

PERIGO Comuni<strong>da</strong>des de áreas próximas à linha do trem convivem com o risco de acidentes • Ci<strong>da</strong>des 1 e 3<br />

Internet ban<strong>da</strong> larga desagra<strong>da</strong> usuários<br />

Clientes reclamam <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de do sinal e dos preços cobrados pelas operadoras que têm atuação no Estado • <strong>Página</strong> 7<br />

VIDA & ARTE<br />

PARA ESQUENTAR O DOMINGO<br />

O axé de Ivete toma<br />

conta de Intermares<br />

Baiana agita o dia como a primeira grande<br />

atração do ‘Fest Verão’, além de Timbala<strong>da</strong>,<br />

Garota Safa<strong>da</strong> e Bichinha Arruma<strong>da</strong> • <strong>Página</strong> 5<br />

UMA OBRA DIFERENTE<br />

Romance ‘Riacho Doce’<br />

de Zé Lins, faz 70 anos<br />

• <strong>Página</strong> 1<br />

• <strong>Página</strong>s 13 a 16<br />

MINISSÉRIE ROMANCE FOI ADAPTADO PELA REDE GLOBO EM<br />

1990, COM O CASAL CARLOS ALBERTO RICCELLI E VERA FISCHER<br />

COMERCIAL | JP: 2106 1862 CG: 3341 4554 CLASSIFICADOS | JP: 2106 1818 CG: 3341 5440 ASSINATURAS | JP: 2106 1881 CG: Tel (83) 3341 3136 site: www.jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

RIZEMBERG FELIPE<br />

CMYK<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

Balanço de 2008<br />

indica evolução<br />

<strong>da</strong> economia<br />

Estado se destacou no crescimento<br />

do Produto Interno<br />

Bruto, no volume de ven<strong>da</strong>s<br />

do comércio varejista e na<br />

oferta de empregos formais.<br />

Ren<strong>da</strong> também teve alta<br />

• <strong>Página</strong> 12<br />

MAIS DE R$ 690 MILHÕES<br />

Aplicações do<br />

BNB no Estado<br />

superam metas<br />

• <strong>Página</strong> 11<br />

NESTA EDIÇÃO<br />

FELIPE GESTEIRA<br />

A Timemania zerou o placar<br />

acumulado em 2008. Com isso,<br />

os torcedores paraibanos,como<br />

Félix de Brito (foto) ganharam um<br />

incentivo para aju<strong>da</strong>r seus times<br />

• Ci<strong>da</strong>des 7<br />

ATRAÇÃO PRINCIPAL<br />

Pretinha corre<br />

neste domingo<br />

em João Pessoa<br />

• Ci<strong>da</strong>des 6


2<br />

PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />

POLÍTICA<br />

EM 2008/ Cientista político afi rma que cassação do man<strong>da</strong>to do deputado paraibano Walter Brito Neto dividiu opiniões e acirrou os debates<br />

Reforma ‘sepultará’ impasse sobre fideli<strong>da</strong>de<br />

ADJA BRITO<br />

Odebate envolvendo as regras<br />

de fi deli<strong>da</strong>de partidária<br />

dominou as discussões<br />

em torno <strong>da</strong> reforma política e<br />

gerou muita polêmica em 2008,<br />

causando até confl itos entre os poderes<br />

Legislativo e Judiciário. Para<br />

2009, o debate continuará e vai se<br />

estender até que os congressistas<br />

deci<strong>da</strong>m sobre a questão e defi nam,<br />

de uma vez por to<strong>da</strong>s, o texto <strong>da</strong> reforma<br />

política. Esta é uma opinião<br />

do cientista político Rodrigo Freire,<br />

professor <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal<br />

<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>, afi rmando que desde<br />

1989 tramitam no Congresso Nacional<br />

dezenas de projetos pontuais<br />

sobre o tema.<br />

O que houve de novo, em 2008,<br />

foi que pela primeira vez um deputado<br />

perdeu o man<strong>da</strong>to por ter<br />

trocado de partido sem justa causa.<br />

E como todos sabem, quem protagonizou<br />

o fato foi um paraibano - o<br />

deputado Walter Brito Neto. A per<strong>da</strong><br />

de seu man<strong>da</strong>to foi determina-<br />

<strong>da</strong> pelo Supremo Tribunal Federal<br />

(STF) e, no dia 18 de dezembro, a<br />

decisão foi referen<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Mesa<br />

Diretora <strong>da</strong> Câmara Federal. A decisão<br />

do STF e <strong>da</strong> Justiça Eleitoral<br />

dividiu opiniões. Para muitos parlamentares<br />

e gestores públicos a decisão<br />

engessa a ativi<strong>da</strong>de política.<br />

O professor Rodrigo Freire, que<br />

já publicou uma série de textos<br />

sobre o tema, diz que a fi deli<strong>da</strong>de<br />

partidária é um imperativo para a<br />

consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> democracia brasileira.<br />

“A fi deli<strong>da</strong>de partidária é um<br />

ponto fun<strong>da</strong>mental não só para o<br />

fortalecimento do sistema partidário<br />

brasileiro, como também para<br />

a preservação <strong>da</strong> vontade popular<br />

expressa nas urnas. Num sistema<br />

eleitoral proporcional como o nosso,<br />

a fi deli<strong>da</strong>de partidária precisa<br />

ser estendi<strong>da</strong> ao ponto de o man<strong>da</strong>to<br />

pertencer não ao parlamentar,<br />

mas ao partido que o elegeu, sendo<br />

a troca de partido, no exercício do<br />

man<strong>da</strong>to, puni<strong>da</strong> com a cassação<br />

do parlamentar. É bom lembrar que<br />

a maioria absoluta dos parlamenta-<br />

res hoje atuando no Poder Legislativo<br />

foi eleita com a aju<strong>da</strong> do coefi -<br />

ciente partidário”, disse o professor.<br />

Rodrigo Freire ain<strong>da</strong> completa:<br />

“Se os partidos políticos parecem<br />

não ter importância para o exercício<br />

do man<strong>da</strong>to parlamentar - já<br />

que boa parte dos parlamentares<br />

se sente livre para migrar de partido<br />

no exercício do man<strong>da</strong>to -, eles<br />

são fun<strong>da</strong>mentais para a eleição <strong>da</strong><br />

maioria dos parlamentares. O político<br />

precisa saber que todos podem<br />

trocar de legen<strong>da</strong>, mas o man<strong>da</strong>to é<br />

dos partidos, porque só pode haver<br />

eleição através deles. O fortalecimento<br />

dos partidos vai gerar um<br />

novo momento para a política brasileira”.<br />

O cientista político ressaltou<br />

também o voto dos eleitores. “Se os<br />

eleitores que votam em um determinado<br />

candi<strong>da</strong>to, também votam<br />

no partido dele e aju<strong>da</strong>m este partido<br />

a eleger outros candi<strong>da</strong>tos de<br />

seu partido, como, então, permitir<br />

que parlamentares - representantes<br />

<strong>da</strong> vontade popular - troquem de<br />

Necessi<strong>da</strong>de de aprovação urgente<br />

Rodrigo Freire disse que o Congresso<br />

Nacional precisa aprovar,<br />

urgentemente, a reforma política. O<br />

professor lembrou que foi apresentado<br />

por uma Comissão Especial <strong>da</strong><br />

Câmara dos Deputados em 2003,<br />

relatado pelo deputado Ronaldo<br />

Caiado e, na CCJ, pelo deputado<br />

Rubens Otoni, um projeto de reforma<br />

política que tinha um caráter<br />

sistêmico, envolvendo uma ampla<br />

reestruturação do sistema eleitoral<br />

e impactando fortemente o sistema<br />

partidário brasileiro.<br />

“Este projeto foi rejeitado já<br />

nesta legislatura pelo plenário <strong>da</strong><br />

Câmara, em 2007. Era um projeto<br />

que, a meu ver, trazia vários méritos<br />

e que merecia ser aprovado, como o<br />

voto em lista partidária fecha<strong>da</strong>, o<br />

fi m <strong>da</strong>s coligações nas eleições proporcionais,<br />

a fi deli<strong>da</strong>de partidária e<br />

o fi nanciamento público exclusivo<br />

de campanha, entre outros pontos”,<br />

comentou.<br />

Rodrigo Freire disse que a virtude<br />

do projeto estava em tocar em<br />

pontos críticos do atual sistema,<br />

como a desproporção <strong>da</strong> representação<br />

parlamentar dos partidos<br />

(por causa <strong>da</strong>s coligações), a busca<br />

do fortalecimento (ou <strong>da</strong> criação)<br />

de uma cultura partidária no Brasil<br />

(com a lista fecha<strong>da</strong>) e democratizar<br />

o acesso ao fi nanciamento<br />

nas campanhas, coibindo uma <strong>da</strong>s<br />

principais fontes de corrupção no<br />

Brasil, que é o fi nanciamento privado<br />

<strong>da</strong>s campanhas eleitorais.<br />

“Da<strong>da</strong> a atual conjuntura, acredito<br />

que o que deveria se propor para<br />

uma reforma política, como medi<strong>da</strong>s<br />

pontuais e emergenciais, era o<br />

fi m <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s coligações<br />

e a fi deli<strong>da</strong>de partidária, neste último<br />

caso, tornando lei o que já está<br />

regulamentado pelo TSE. Isto teria<br />

um impacto nas eleições parlamentares<br />

de 2010 no sentido de fortalecer<br />

as banca<strong>da</strong>s dos grandes partidos,<br />

e poderia abrir caminho para<br />

uma eventual reforma política mais<br />

completa na próxima legislatura”,<br />

declarou o cientista político. (AB)<br />

partidos sem perder o man<strong>da</strong>to se,<br />

ao trocar de partidos, eles também<br />

estariam aderindo - em tese - a um<br />

programa político antagônico? Estou<br />

considerando aqui que democracias<br />

institucionaliza<strong>da</strong>s também<br />

pressupõem partidos com um grau<br />

mínimo de conteúdo programático-ideológico”,<br />

ressaltou Rodrigo<br />

Freire.<br />

Diante dos impasses sobre o<br />

tema, acredita-se que a solução<br />

defi nitiva para o impasse só virá<br />

com a aprovação de uma reforma<br />

política que também altere a atual<br />

estrutura de poder dos partidos.<br />

Por exemplo, em texto publicado<br />

no portal <strong>da</strong> Câmara Federal, o deputado<br />

Regis de Oliveira (PSC-SP)<br />

comentou que partidos hoje no País<br />

são administrados como uma monarquia,<br />

quer dizer, há um rei que<br />

sobre tudo e sobre todos dispõe <strong>da</strong><br />

forma que quer.<br />

“Então, realmente temos que<br />

disciplinar isso numa futura reforma<br />

política, e acho que o ano de<br />

2009 é excepcional para que a fa-<br />

O professor Rodrigo Freire comentou<br />

que desde o início <strong>da</strong> nova<br />

fase democrática no Brasil, inicia<strong>da</strong><br />

em 1985, com o fi m <strong>da</strong> ditadura<br />

militar, o país vem assistindo a uma<br />

proliferação de partidos políticos,<br />

facilita<strong>da</strong> pela legislação eleitoral<br />

cria<strong>da</strong> pela ‘Nova República’, resultando<br />

num sistema partidário extremamente<br />

multifacetado. “Notese<br />

que este não é um elemento novo<br />

na política brasileira: a experiência<br />

democrática anterior, de 1945-1964,<br />

no seu momento fi nal, também<br />

se caracterizava pela existência de<br />

variados partidos políticos com representação<br />

parlamentar. É sabido,<br />

entretanto, que um cenário destes<br />

tende a favorecer o aparecimento<br />

de partidos políticos sem conteúdo<br />

ideológico, o que difi culta a identifi<br />

cação dos eleitores com os partidos.<br />

Considere-se, entretanto, que é<br />

uma tendência mundial a transfi -<br />

guração de partidos anteriormente<br />

dotados de um conteúdo ideológico<br />

em agremiações estritamente pragmáticas”,<br />

descreveu.<br />

Para Rodrigo Freire, dentre outros<br />

fatores que contribuem para o<br />

enfraquecimento do sistema parti-<br />

RODRIGO FREIRE Para<br />

professor, políticos precisam<br />

dos partidos<br />

çamos, uma vez que não há eleição<br />

e os parlamentares estarão todos<br />

envolvidos nesse processo. É preciso<br />

limitar o exercício do man<strong>da</strong>to<br />

de to<strong>da</strong> a executiva partidária a um<br />

determinado período, para que haja<br />

uma renovação, com eleição nomi-<br />

CMYK<br />

149010 148959<br />

148946<br />

nal e secreta, a fi m de evitar qualquer<br />

tipo de pressão, permitindo a<br />

mu<strong>da</strong>nça dos quadros diretivos e<br />

dos quadros partidários. Nós devemos<br />

isso ao País”, diz o parlamentar<br />

no texto publicado no portal <strong>da</strong> Câmara<br />

Federal.<br />

Legislação facilita criação de partidos<br />

dário brasileiro, está a combinação<br />

de sistema de eleições proporcionais<br />

para cargos parlamentares com<br />

listas partidárias abertas. Neste formato<br />

de listas partidárias, cabe ao<br />

eleitor a responsabili<strong>da</strong>de de ordenamento<br />

<strong>da</strong> lista, ao votar naquele<br />

candi<strong>da</strong>to que é <strong>da</strong> sua preferência,<br />

dentre os apresentados pelo partido<br />

ou coligações de partidos. Neste<br />

caso, o maior adversário do candi<strong>da</strong>to,<br />

na prática, fi ca sendo seu<br />

companheiro de lista partidária, já<br />

que é com ele que vai disputar uma<br />

cadeira no parlamento. Este é um<br />

dos fatores que possibilitam a conclusão<br />

de que a legislação eleitoral<br />

brasileira estimula os candi<strong>da</strong>tos<br />

ao parlamento a fazerem campanhas<br />

centra<strong>da</strong>s nas suas quali<strong>da</strong>des<br />

individuais, e não nos princípios<br />

ideológicos do seu partido.<br />

O cientista político reafi rmou<br />

que a infi deli<strong>da</strong>de partidária, materializa<strong>da</strong><br />

no ‘troca-troca’ de partidos<br />

desperta forte rejeição <strong>da</strong> opinião<br />

pública nacional. “É corrente, inclusive,<br />

entre os analistas, a opinião de<br />

que tal procedimento debilita nosso<br />

sistema político, enfraquecendo os<br />

partidos. Ain<strong>da</strong> sendo os partidos<br />

FRANCISCO FRANÇA<br />

o principal canal de representação<br />

política nas democracias contemporâneas,<br />

a infi deli<strong>da</strong>de partidária<br />

pratica<strong>da</strong> por detentores de man<strong>da</strong>tos<br />

populares deturpa a vontade<br />

popular expressa nas eleições. O<br />

que é ain<strong>da</strong> mais grave em uma<br />

democracia como a nossa, onde<br />

são baixos os níveis de participação<br />

política fora do processo eleitoral”,<br />

frisou.<br />

Para atestar que o man<strong>da</strong>to é<br />

do partido, Rodrigo Freire citou<br />

como exemplo as eleições de 2002,<br />

onde candi<strong>da</strong>to a deputado federal<br />

mais votado naquelas eleições foi<br />

o médico Enéas Carneiro, então<br />

presidente nacional do inexpressivo<br />

PRONA. “Enéas atingiu a espetacular<br />

marca de 1.573.642 votos,<br />

equivalente a 8,02% dos votos válidos<br />

<strong>da</strong>quelas eleições. Então, por<br />

causa do sistema eleitoral proporcional<br />

com lista aberta, a votação<br />

de Enéas permitiu ao seu partido<br />

eleger mais cinco outros deputados<br />

federais, sendo que estes cinco<br />

deputados obtiveram, juntos, apenas<br />

20.235 votos, o que representa<br />

pouco mais de 0,1% dos votos válidos<br />

para deputado federal em São<br />

Paulo naquelas eleições. Ressalte-se<br />

que, dentre estes cinco eleitos, o que<br />

recebeu a menor votação - deputado<br />

federal Vanderlei Assis - totalizou<br />

modestos 275 votos. Para fi ns<br />

de comparação, podemos destacar<br />

que o primeiro suplente de deputado<br />

federal do PMDB em São Paulo,<br />

o candi<strong>da</strong>to Jorge Tadeu, obteve<br />

127.977, que equivalem a 0,65%<br />

dos votos válidos nas eleições de<br />

2002”, exemplifi cou. (AB)


ALEGANDO CAOS/ Medi<strong>da</strong>s provocam protestos de sindicatos de trabalhadores na <strong>Paraíba</strong><br />

Prefeitos já demitiram mais de mil<br />

servidores em 10 dias de man<strong>da</strong>to<br />

JOSUSMAR BARBOSA<br />

Os novos prefeitos paraibanos<br />

‘passaram a tesoura’<br />

nas folhas de pessoal e já<br />

demitiram mais de mil servidores<br />

em apenas dez dias de man<strong>da</strong>to,<br />

gerando protestos dos funcionários<br />

afastados, sindicatos e <strong>da</strong> oposição.<br />

Embora os gestores recém-empossados<br />

aleguem que as contratações<br />

eram ilegais, os demitidos batem à<br />

porta do Judiciário para voltar aos<br />

postos de trabalhos nas prefeituras.<br />

Em Itaporanga, o prefeito Djaci<br />

Brasileiro (PSDB) anulou as contratações<br />

de cerca de 200 servidores<br />

nomeados, a partir de 2008, pelo exprefeito<br />

Antônio Porcino (PMDB). O<br />

tucano alegou que as contratações<br />

foram eiva<strong>da</strong>s de vícios e irregulari<strong>da</strong>des<br />

com o objetivo de assegurar<br />

dividendos eleitorais.<br />

Ele denunciou, por exemplo, a<br />

contratação de algumas pessoas<br />

para a função de digitador quando<br />

na ver<strong>da</strong>de tinham sido aprova<strong>da</strong>s,<br />

no concurso, na função de<br />

gari. Ele também apontou que<br />

uma auxiliar de serviços gerais<br />

foi promovi<strong>da</strong> a professora. Se-<br />

gundo Djaci, uma comissão fi cará<br />

responsável pela apuração <strong>da</strong>s<br />

irregulari<strong>da</strong>des pratica<strong>da</strong>s, pela<br />

gestão passa<strong>da</strong>, na contratação<br />

de servidores durante o período<br />

compreendido entre 2 de junho a<br />

31 de dezembro de 2008. Assessores<br />

do ex-prefeito Antônio Porcino<br />

negam as irregulari<strong>da</strong>des.<br />

POLÍTICA PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 3<br />

LEONARDO SILVA<br />

DJACI BRASILEIRO Prefeito de Itaporanga denunciou contratações<br />

VISTA SERRANA<br />

No município de Vista Serrana,<br />

no Sertão paraibano, o prefeito<br />

Jurandy Araújo (PMDB) demitiu<br />

cerca de 100 servidores, todos estatutários.<br />

A maioria entrou na prefeitura<br />

entre 1983 e 1988, antes <strong>da</strong> promulgação<br />

<strong>da</strong> Constituição Federal.<br />

A justifi cativa <strong>da</strong> assessoria jurídica<br />

<strong>da</strong> Prefeitura é que o pessoal estaria<br />

irregular. Por sua vez, o ex-assessor<br />

jurídico do município, Taciano Fontes,<br />

vê ilegali<strong>da</strong>de nas demissões.<br />

Ele argumenta que os servidores<br />

são estatutários e têm amparo na<br />

Constituição. No seu entendimento,<br />

o que está havendo é perseguição<br />

política. Na última sexta-feira, os<br />

servidores demitidos fi zeram um<br />

protesto na ci<strong>da</strong>de e paralisaram as<br />

ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> prefeitura.<br />

Taciano disse que já foi procurado<br />

pelos servidores e vai impetrar<br />

um man<strong>da</strong>do de segurança na sede<br />

<strong>da</strong> Comarca de Malta para anular as<br />

demissões e garantir o retorno deles<br />

ao trabalho. “O que nos impressiona<br />

é o fato de que as demissões estão<br />

sendo feitas de boca pelo prefeito e<br />

seus irmãos”, criticou o advogado.<br />

O presidente do Sindicato dos<br />

Funcionários Públicos de Patos e Região,<br />

José Gonçalves, disse que vai se<br />

reunir com os servidores para tomar<br />

uma posição. Em Santa Terezinha,<br />

também houve algumas demissões e<br />

o sindicato vai impetrar um man<strong>da</strong>do<br />

de segurança contra a prefeitura.<br />

Em outras ci<strong>da</strong>des sertanejas também<br />

foram registra<strong>da</strong>s demissões.<br />

Em Cajazeiras, 200 concursados afastados<br />

Em Cajazeiras, o prefeito Léo<br />

Abreu (PSB) suspendeu, através de<br />

decreto, o concurso público feito na<br />

gestão do ex-prefeito Carlos Antônio<br />

(PSDB) e demitiu cerca de 200<br />

lotados em diversas áreas <strong>da</strong> administração.<br />

A suspensão do concurso<br />

vai vigorar por 120 dias até o fi m <strong>da</strong><br />

sindicância instaura<strong>da</strong> para avaliar<br />

a legali<strong>da</strong>de do certame, após promover<br />

uma investigação sobre as<br />

provas e os seus resultados. Além<br />

<strong>da</strong> idonei<strong>da</strong>de do concurso, Abreu<br />

está preocupado com a elevação<br />

dos gastos com pessoal, a partir do<br />

ingresso dos convocados. Léo ain<strong>da</strong><br />

decidiu retirar as gratifi cações<br />

irregulares, promover o reca<strong>da</strong>stramento<br />

dos funcionários e convocar<br />

os servidores que estão à disposição<br />

de outros órgãos e até demais ci<strong>da</strong>des<br />

para que se apresentem.<br />

O Sinfunc (Sindicato dos Funcionários<br />

Públicos do Município<br />

de Cajazeiras) não vai defender os<br />

servidores concursados afastados<br />

por Léo Abreu (PSB). “Nenhum deles<br />

é fi liado ao sindicato, nem a nossa<br />

enti<strong>da</strong>de foi ouvi<strong>da</strong> quando <strong>da</strong><br />

LEONARDO SILVA<br />

LÉO ABREU Preocupação com o aumento nos gastos com pessoal<br />

publicação do edital e realização do<br />

concurso”, explicou a presidente do<br />

Sinfunc, Elinete Lourenço Rolim.<br />

Ela é favorável à apuração <strong>da</strong>s<br />

denúncias de irregulari<strong>da</strong>des no<br />

concurso público feito na gestão do<br />

ex-prefeito Carlos Antônio. “Houve<br />

excesso nas convocações e teve secretário<br />

<strong>da</strong> gestão passa<strong>da</strong> que foi<br />

benefi ciado por conta disso. Nós<br />

não vamos entrar nessa briga para<br />

defendê-lo”, avisou Elinete.<br />

LEGALIDADE<br />

O ex-procurador-geral do município<br />

Rogério Oliveira esclareceu<br />

que o concurso foi feito com base<br />

em uma lei aprova<strong>da</strong> pela Câmara<br />

Municipal a qual criou os cargos.<br />

Diante disso, ele alegou que<br />

Abreu, por meio de um decreto,<br />

revogar uma lei, estaria quebrando<br />

a hierarquia jurídica do País. No<br />

entendimento de Rogério, antes<br />

de querer suspender o concurso, o<br />

Executivo teria que acionar a Justiça<br />

para atestar a constitucionali<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> lei. Ele orienta os servidores<br />

a acionar o Judiciário para garantir<br />

os empregos. (JB)<br />

120 do PSF de Queima<strong>da</strong>s estão na rua<br />

Em Queima<strong>da</strong>s, um dos primeiros<br />

atos do prefeito José Carlos<br />

do Rêgo (PTB), mais conhecido<br />

como Carlinhos de Tião, foi demitir<br />

120 profi ssionais concursados<br />

do Programa de Saúde <strong>da</strong> Família<br />

(PSF). Desde a última segun<strong>da</strong>feira,<br />

os servidores estão proibidos<br />

de trabalhar e, por conseguinte, de<br />

receber seus vencimentos.<br />

Ao baixar um decreto determinando<br />

as demissões, o chefe do<br />

Executivo argumenta que apenas<br />

cumpriu uma decisão judicial, de<br />

primeira instância, que anula o<br />

concurso realizado pela Prefeitura<br />

no ano de 2007. Carlinhos alega que<br />

eles estariam nos cargos de forma<br />

irregular. De acordo a advoga<strong>da</strong> dos<br />

concursados, Andrezza Almei<strong>da</strong>, o<br />

prefeito agiu de forma arbitrária,<br />

tirando o pessoal dos cargos sem<br />

que o processo esteja transitado em<br />

julgado.<br />

“São 16 equipes do Programa<br />

de Saúde <strong>da</strong> Família (totalizando<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 120 pessoas)<br />

que estão prejudica<strong>da</strong>s por causa<br />

de uma atitude irresponsável de<br />

um gestor público que não esperou<br />

uma decisão fi nal <strong>da</strong> Justiça. Existe<br />

um man<strong>da</strong>do de segurança que<br />

garante os funcionários no cargo”,<br />

asseverou Andrezza.<br />

Ela acrescentou que vai impetrar<br />

um man<strong>da</strong>do de segurança<br />

pedindo a garantia do exercício <strong>da</strong>s<br />

funções dos concursados. “Eles têm<br />

todo o direito de permanecerem<br />

nos seus cargos até que a Justiça dê<br />

um desfecho no processo. Desde<br />

julho do ano passado que o processo<br />

está parado”, explicou Almei<strong>da</strong>.<br />

Com as demissões, a prefeitura<br />

também espera reduzir as despesas<br />

com a folha e, por sua vez, atualizar<br />

os salários atrasados do funcionalismo.<br />

(JB)<br />

Patos devolve 500 funcionários a Oscip<br />

O prefeito de Patos, Nabor Wanderley<br />

(PMDB), encerrou o contrato<br />

com a Interset, nome <strong>da</strong> Oscip<br />

(Organização <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Civil<br />

de Interesse Público) que recebia<br />

por mês cerca de R$ 250 mil para<br />

fornecer mão-de-obra, cerca de 500<br />

trabalhadores, ao Poder Executivo.<br />

Por ano, o repasse chegava a R$ 2,8<br />

milhões. Para preencher parte <strong>da</strong>s<br />

vagas, Nabor garante a realização<br />

de concurso público.<br />

O fi m do contrato com a Interfet<br />

foi uma exigência do Ministério<br />

Público do Trabalho e do Tribunal<br />

de Contas do Estado. Inclusive, a<br />

Prefeitura assinou um termo de<br />

ajustamento de conduta com o<br />

MPT nesse sentido. Os funcionários<br />

trabalhavam em várias áreas <strong>da</strong> administração<br />

pública.<br />

Em relação ao número de vagas<br />

do concurso, ele disse que ain<strong>da</strong><br />

está sendo feito o levantamento <strong>da</strong>s<br />

necessi<strong>da</strong>des de ca<strong>da</strong> pasta. Funcionários<br />

do Executivo patoense à disposição<br />

de outros órgãos estão sendo<br />

convocados para<br />

apresentar. “Após a<br />

conclusão deste levantamento<br />

com a<br />

necessi<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong><br />

órgão, o número de<br />

vagas será defi nido<br />

pelo prefeito para a<br />

realização do concurso”, comentou<br />

Camboim, que foi também exonerado,<br />

mas deve ser renomeado<br />

para o cargo. Também no pacote de<br />

medi<strong>da</strong>s, foi defi nido o retorno dos<br />

dois expedientes, ou seja, turno manhã<br />

e tarde, no funcionamento <strong>da</strong>s<br />

Nabor Wanderley<br />

garantiu que<br />

vai realizar um<br />

concurso público<br />

repartições públicas municipais.<br />

SOUSA<br />

O prefeito Fábio Tyrone (PTB),<br />

mandou a Procuradoria Jurídica do<br />

Município e <strong>da</strong> Secretaria de Administração<br />

apurar as denúncias <strong>da</strong><br />

existência de irregu-<br />

lari<strong>da</strong>des nos últimos<br />

concursos públicos<br />

realizados pela gestão<br />

do ex-prefeito<br />

Salomão Gadelha<br />

(PMDB).<br />

O petebista afi rmou<br />

que se os vícios e as fraudes forem<br />

comprovados, a prefeitura terá<br />

a obrigação de seguir a lei e anulará<br />

todos os processos viciados. “Estamos<br />

estu<strong>da</strong>ndo essa possibili<strong>da</strong>de,<br />

já conversei com o procurador jurídico<br />

<strong>da</strong> Prefeitura, com o secre-<br />

LEONARDO SILVA<br />

NABOR Concurso público em breve<br />

tário de Administração sobre isso<br />

e depois de um estudo nós vamos<br />

decidir. Não gosto de decidir na<strong>da</strong><br />

no calor <strong>da</strong> emoção ou sem estudo<br />

prévio, mas se houver vícios nos<br />

concursos promovidos pela gestão<br />

anterior, nós vamos com certeza,<br />

dentro do direito, anular o concurso”,<br />

arrematou o prefeito Fábio<br />

Tyrone. (JB)<br />

ArimatéaSouza<br />

Linha direta com a coluna: aparte@uol.com.br - Fax: 83 3342.0882<br />

Josusmar Barbosa (Interino)<br />

Grana<br />

Nos três últimos meses de<br />

2008, as prefeituras encheram<br />

os cofres. A capital João<br />

Pessoa recebeu mais de R$ 52<br />

milhões de FPM e cerca de R$<br />

30 milhões de ICMS, totalizando<br />

cifras superiores a R$ 82<br />

milhões.<br />

Grana II<br />

A Prefeitura de Campina<br />

Grande recebeu de rapasses do<br />

FPM, de outubro a dezembro,<br />

R$ 14,2 milhões e mais de R$ 10<br />

milhões <strong>da</strong>s cotas de ICMS.<br />

Repasse<br />

Por sua vez, a Prefeitura de<br />

Santa Rita embolsou R$ 6,2<br />

milhões do Fundo de Participação<br />

dos Municípios e cerca de<br />

R$ 4 milhões de ICMS.<br />

Repasse II<br />

No Sertão, Patos percebeu,<br />

no último trimestre de 2008,<br />

mais de R$ 5,5 milhões de FPM<br />

e R$ 1,5 milhão de Imposto<br />

Sobre Circulação de Mercadorias<br />

e Serviços.<br />

Dinheiro vivo<br />

A Prefeitura de Sousa embolsou,<br />

de outubro a dezembro do<br />

ano passado, R$ 4,5 milhões do<br />

Fundo de Participação dos Municípios<br />

e cerca de R$ 1 milhão<br />

de ICMS.<br />

Dinheiro vivo II<br />

No Alto Sertão, foram repassados<br />

para Cajazeiras, nos<br />

últimos meses de 2008, cerca<br />

de R$ 4 milhões do FPM e R$<br />

900 mil de ICMS.<br />

Atraso<br />

Com tanto dinheiro recebido,<br />

não dá para entender como<br />

algumas prefeituras não conseguiram<br />

fechar o ano com os<br />

salários e gratificação natalina<br />

quitados.<br />

Campanha<br />

Depois de Sousa, o prefeito<br />

de João Pessoa, Ricardo Coutinho<br />

(PSB), deve participar de<br />

eventos em Patos, Cajazeiras,<br />

Monteiro e Guarabira.<br />

Lobby<br />

Suplente do senador Cícero<br />

Lucena (PSDB), o secretário<br />

Carlos Dunga (PTB) vai brigar<br />

até o fim pela candi<strong>da</strong>tura do<br />

tucano ao Governo do Estado.<br />

Lobby II<br />

Uma eventual vitória de<br />

Cícero garantiria quatro anos<br />

de man<strong>da</strong>to a Dunga no<br />

Senado. O empresário João<br />

Rafael, neste caso, passaria a<br />

ser o primeiro suplente.<br />

Cabresto<br />

O presidente estadual do<br />

PTB, Armando Abílio, revela<br />

que 13 membros <strong>da</strong> direção<br />

estadual vão decidir pela política<br />

de alianças nas eleições de<br />

2010. “Desses 13, eu tenho sete<br />

votos”, adianta.<br />

Quem entra<br />

No próximo dia 26, o PTB<br />

vai promover um encontro estadual<br />

para filiar 60 lideranças<br />

ao partido, dentre eles, Mário<br />

Borba, presidente do Conselho<br />

Deliberativo do Sebrae.<br />

1<br />

2 A<br />

3 No<br />

Recursos pelo ralo<br />

O caboclo sonhador está de volta...<br />

APARTE<br />

Ascensão<br />

Após reeleger Fátima<br />

Paulino para Prefeitura de Guarabira,<br />

Roberto Paulino (PMDB)<br />

se cacifou para concorrer a deputado<br />

federal ou a vice-governador,<br />

seja de José Maranhão<br />

ou de Veneziano Vital do Rêgo<br />

(PMDB).<br />

Cabo eleitoral<br />

Com a decisão do deputado<br />

Luiz Couto (PT) de disputar<br />

uma vaga para o Senado,<br />

a prefeita de Pombal, Polyana<br />

Feitosa, decidiu apoiar Wellington<br />

Roberto (PR) para a Câmara<br />

Federal.<br />

Definição<br />

A maioria dos deputados federais<br />

<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> deverá votar<br />

em Michel Temer (PMDB) para a<br />

presidência <strong>da</strong> Câmara Federal.<br />

Em bloco<br />

São eles: Wilson Braga<br />

(PMDB), Luiz Couto (PT), major<br />

Fábio Rodrigues (DEM), Vital<br />

Filho (PMDB), Efraim Filho<br />

(DEM), Damião Feliciano (PDT),<br />

Armando Abílio (PTB), Wilson<br />

Santiago (PMDB) e Rômulo<br />

Gouveia (PSDB).<br />

Partidário<br />

O candi<strong>da</strong>to preferido de<br />

Rômulo é Ciro Nogueira (PP-<br />

PI). No entanto, o PSDB fechou<br />

questão com Temer. Já Wellington<br />

Roberto deve apoiar Nogueira.<br />

Esquer<strong>da</strong><br />

Já os deputados Marcondes<br />

Gadelha e Manoel Júnior,<br />

ambos do PC do B, vão votar<br />

em Aldo Rebelo para presidente.<br />

A eleição é no início de fevereiro.<br />

Ci<strong>da</strong>dão<br />

A Casa <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia de<br />

Campina Grande registrou<br />

507.691 atendimentos em 2008.<br />

Sob a direção de Ronaldo Loureiro,<br />

o órgão funciona nos dois<br />

expedientes e aos sábados.<br />

Ci<strong>da</strong>dão II<br />

O pessoal de Ronaldão, juntamente<br />

com os demais órgãos,<br />

fazem boletim de ocorrência,<br />

certidão de nascimento, título<br />

de eleitor, serviços do Detran,<br />

água, luz e telefone, dentre<br />

outros.<br />

De volta<br />

Por determinação <strong>da</strong> juíza <strong>da</strong><br />

5ª Vara <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> Pública <strong>da</strong><br />

capital, o coman<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> PM,<br />

coronel Kelson Chaves, reintegrou<br />

aos quadros <strong>da</strong> corporação<br />

o ex-sol<strong>da</strong>do José Inocêncio<br />

Lopes.<br />

Entra e sai<br />

Paulo Nepomuceno (Detran)<br />

exonerou Roberto Vicente<br />

Correia do cargo de chefe de<br />

seção de infrações e penali<strong>da</strong>des<br />

<strong>da</strong> 1ª Ciretran. Assumiu o<br />

posto Eudézia Medeiros.<br />

Recesso<br />

Dificilmente, os vereadores<br />

campinenses vão interromper<br />

as férias para participar de uma<br />

sessão especial, a fim de apreciar<br />

os vetos do prefeito Veneziano.<br />

Vi<strong>da</strong> tributa<strong>da</strong><br />

Segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário),<br />

os brasileiros pagam em média R$ 800 de tributos por segundo, R$<br />

50 mil por minuto, R$ 3 milhões por hora, R$ 51 milhões por dia e R$<br />

2,2 bilhões por mês. Pelos cálculos do Impostômetro, <strong>da</strong> Associação<br />

Comercial de São Paulo, ca<strong>da</strong> brasileiro paga R$ 5.628,08 em impostos<br />

por ano.<br />

Os integrantes <strong>da</strong> família ‘Fonseca’ lotaram ontem, em João<br />

Pessoa, a Associação dos Filhos de Itaporanga (Asfita). A família<br />

Fonseca, que em déca<strong>da</strong>s passa<strong>da</strong>s ocupou áreas <strong>da</strong> região do<br />

Vale do Piancó, tem descendência portuguesa, mas fincou raízes<br />

e espalhou descendentes em várias regiões do Sertão e Brejo<br />

paraibano.<br />

prefeita de Alagoinha, Alcione Beltrão (PHS), conseguiu desbloquear,<br />

no Tribunal de Contas do Estado as verbas do FPM. O<br />

bloqueio foi feito pelo TCE-PB ain<strong>da</strong> na administração do exprefeito<br />

Marcus Beltrão. Com os recursos, ela pretende começar<br />

a pagar os salários atrasados – novembro, dezembro e o 13º.<br />

próximo dia 22, na ci<strong>da</strong>de de Junco do Seridó, o Governo<br />

do Estado vai assinar cinco convênios na área de mineração, envolvendo<br />

três ministérios. No total, haverá o repasse de recursos<br />

<strong>da</strong> ordem de R$ 1.059.500,00. Mineradores de 17 municípios <strong>da</strong><br />

região serão contemplados com as ações do programa.


4<br />

PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />

360Graus Linha direta com a coluna:<br />

soutomaior@jornal<strong>da</strong>paraiba. com.br Suetoni Souto Maior<br />

O PSOL E SUAS TENDÊNCIAS<br />

Há mais semelhanças entre o PSOL e o PT do que sonha a nossa<br />

vã filosofia. A frase, um pouco brega, é ver<strong>da</strong>de, foi usa<strong>da</strong> para<br />

mostrar que existem mais pontos em comum entre as duas legen<strong>da</strong>s<br />

do que elas mesmas gostariam de admitir. Um deles é que o Partido<br />

Socialismo e Liber<strong>da</strong>de, a exemplo do Partido dos Trabalhadores, é<br />

formado por tendências (nem sempre harmônicas), que definem os<br />

rumos <strong>da</strong>s respectivas legen<strong>da</strong>s.<br />

As tendências sempre foram uma característica marcante do PT. Delas,<br />

inclusive, vieram a força e, em alguns momentos, a fraqueza <strong>da</strong> legen<strong>da</strong>.<br />

No PSOL, que é substancialmente formado por ex-petistas, a coisa não é<br />

muito diferente. A legen<strong>da</strong> já abriga as tendências Movimento Esquer<strong>da</strong><br />

Socialista, Corrente Socialista dos<br />

Assim como ocorreu com o PT,<br />

começa a ganhar força<br />

no PSOL uma série de<br />

tendências divergentes<br />

quanto ao futuro <strong>da</strong> legen<strong>da</strong><br />

Trabalhadores, Coletivo Socialista<br />

e Liber<strong>da</strong>de e ain<strong>da</strong> Liber<strong>da</strong>de e<br />

Revolução.<br />

Na <strong>Paraíba</strong>, já existem no<br />

PSOL as tendências Movimento<br />

Esquer<strong>da</strong> Socialista, liga<strong>da</strong> à<br />

deputa<strong>da</strong> federal Luciana Genro<br />

(RS), e a Corrente Socialista e<br />

Liber<strong>da</strong>de, liga<strong>da</strong>, na <strong>Paraíba</strong>,<br />

a David Lobão. O presidente<br />

estadual do PSOL, Emanuel de Souza, admite as semelhanças entre as<br />

legen<strong>da</strong>s, mas garante que, ao contrário do PT, to<strong>da</strong>s as tendências têm<br />

como meta o Socialismo e o Marxismo.<br />

As semelhanças entre as legen<strong>da</strong>s não param por aí. Enquanto o PT<br />

surgiu do movimento de alas radicais que tinham como objetivo, entre<br />

outras coisas, combater o militarismo, o PSOL surgiu de um racha na ala<br />

mais radical do Partido dos Trabalhadores, que discor<strong>da</strong>va <strong>da</strong> postura mais<br />

“liberal” <strong>da</strong> legen<strong>da</strong> nos últimos anos no Brasil. Na época, os hoje integrantes<br />

do PSOL eram uma oposição dentro do PT.<br />

Os ex-petistas alegaram para a ruptura episódios como o escân<strong>da</strong>lo do<br />

Mensalão, acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e auxílios<br />

generosos ao sistema bancário. As duas legen<strong>da</strong>s tiveram origens e estruturas<br />

bastante semelhantes. O PSOL hoje aparece com uma postura bem<br />

menos flexível. O que não se sabe é até quando isso vai permanecer.<br />

Demissões<br />

O prefeito de Sousa, Fábio Tyrone (PTB), esclareceu ontem que<br />

não cancelou o concurso promovido pelo ex-prefeito Salomão<br />

Gadelha (PMDB). O que ocorreu, segundo ele, foi o cancelamento <strong>da</strong>s<br />

convocações dos concursados, em decorrência do caos administrativo<br />

na prefeitura. Primeiro será feito um levantamento <strong>da</strong> situação <strong>da</strong><br />

prefeitura. A convocação vai depender do tamanho do “rombo” nas<br />

contas <strong>da</strong> casa. Ou seja, vai ser difícil.<br />

Independência<br />

Os vereadores Eliza e Bruno Farias, ambos do PPS, votaram em Durval<br />

Ferreira (PP) para presidente <strong>da</strong> Câmara Municipal de João Pessoa. Apesar<br />

disso, os dois têm adotado um discurso de independência na Casa. Vão<br />

votar no que acharem melhor para a ci<strong>da</strong>de. A grande questão é saber<br />

o que o presidente estadual <strong>da</strong> legen<strong>da</strong>, José Bernardino, pensa disso. O<br />

dirigente assumiu o comando <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong> Municipal.<br />

Escolha<br />

Apesar de garantir que vai trabalhar pela eleição de Dilma Rousseff,<br />

para substituir o presidente Luiz Inácio Lula <strong>da</strong> Silva (PT), o deputado<br />

petista Luiz Couto revelou que ele estava torcendo mesmo era por uma<br />

candi<strong>da</strong>tura do ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias. “Ele,<br />

porém, disse que não disputaria a presidência antes de tentar ser governador<br />

de Minas Gerais”, lamentou.<br />

Assédio<br />

Muitos já tentaram, mas não teve jeito. O deputado federal e presidente<br />

nacional do PT, Ricardo Berzoini (SP), de férias no Conde, não<br />

quer saber de encontros políticos. Segundo integrantes <strong>da</strong> legen<strong>da</strong>,<br />

o parlamentar veio à <strong>Paraíba</strong> com a família, literalmente, para “recarregar<br />

as baterias”. O ano de 2009 não será fácil politicamente. O<br />

principal desafio é a reforma política.<br />

Paraíso petista<br />

As águas quentes do Litoral<br />

paraibano, literalmente, estão encantando<br />

as lideranças petistas.<br />

Depois de Berzoini, quem deve<br />

aportar por aqui é o ex-ministro<br />

José Dirceu, que chegou ontem<br />

a Recife para curtir as férias. O<br />

petista, no entanto, já confirmou<br />

que a partir do dia 20 estará na<br />

<strong>Paraíba</strong>, onde deve aproveitar<br />

para descansar. Dirceu luta para<br />

conseguir a anistia política e,<br />

com isso, disputar uma vaga na<br />

Câmara Federal.<br />

1<br />

DIVULGAÇÃO<br />

Demissões<br />

O novo presidente <strong>da</strong> Famup, Buba Germano (PSDB), disse<br />

ontem que dificilmente os prefeitos terão como evitar que ocorram<br />

demissões, em decorrência <strong>da</strong> crise mundial. Ele lembrou que as<br />

prefeituras precisarão ter equilíbrio financeiro, controlando despesas<br />

e receitas. “Pessoal é uma despesa. Se a receita cair, tem que haver<br />

cortes”, enfatizou. O alvo, como sempre, serão os comissionados.<br />

Arrocho<br />

O principal efeito <strong>da</strong> crise, segundo Buba Germano, que é prefeito de<br />

Picuí, será sentido principalmente na redução dos repasses do Fundo de<br />

Participação dos Municípios (FPM). Ele alega que as isenções concedi<strong>da</strong>s<br />

pelo governo federal no IPI e no Imposto de Ren<strong>da</strong> vão pesar no cofre <strong>da</strong>s<br />

prefeituras. “São desses tributos que saem os recursos do FPM”, observou.<br />

2<br />

3<br />

O deputado federal major Fábio Rodrigues (DEM) estabeleceu<br />

como meta para este ano a luta por melhores condições de trabalho<br />

para as polícias, no âmbito federal, e nos estados. “Faltam<br />

moradias dignas e um plano de saúde. Uma pessoa, para oferecer<br />

segurança, tem que ter segurança”, enfatiza.<br />

“É um bom moço, uma excelente pessoa e eu o admiro muito<br />

por ter chegado onde chegou com apenas 26 anos”. O depoimento<br />

é do deputado federal Major Fábio Rodrigues, ao se<br />

referir ao deputado cassado por infideli<strong>da</strong>de Walter Brito Neto.<br />

Difícil é o ex-parlamentar pensar o mesmo dele.<br />

O presidente do Instituto de Previdência do Município (IPM),<br />

Pedro Coutinho (PTB), era considerado um dos principais defensores<br />

do prefeito Ricardo Coutinho, na Câmara Municipal.<br />

Porém, corre o boato na Casa de que o parlamentar ficará dividido,<br />

caso o senador Cícero Lucena (PSDB) seja candi<strong>da</strong>to ao<br />

governo. Os dois já foram aliados. Será?<br />

Ogoverno <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> está<br />

montando uma agen<strong>da</strong><br />

administrativa intensa<br />

para ser cumpri<strong>da</strong> ao longo de<br />

2009, rechea<strong>da</strong> de inaugurações,<br />

lançamentos de programas e obras,<br />

muitas delas desenvolvi<strong>da</strong>s em parcerias<br />

com municípios de to<strong>da</strong>s as<br />

regiões do Estado. Só para os dois<br />

primeiros meses do ano, o “agendão”<br />

envolve recursos superiores a<br />

meio bilhão de reais em benefícios<br />

entregues à comuni<strong>da</strong>de. A partir<br />

<strong>da</strong> próxima semana, a “super-agen<strong>da</strong>”<br />

contempla a entrega de cinco<br />

sistemas adutores, cinco creches,<br />

sete escolas, seis estra<strong>da</strong>s e 618 ca-<br />

POLÍTICA<br />

EM TODAS AS REGIÕES/ Governador deve ain<strong>da</strong> lançar programas em parceria com municípios<br />

Governo do Estado prepara agen<strong>da</strong><br />

de ações e inaugurações para 2009<br />

DA REDAÇÃO<br />

DA AGÊNCIA NORDESTE<br />

Uma <strong>da</strong>s apostas do presidente<br />

Luiz Inácio Lula <strong>da</strong><br />

Silva para manter sua populari<strong>da</strong>de<br />

batendo recordes nas<br />

pesquisas de opinião e conseguir<br />

terminar seu segundo man<strong>da</strong>to<br />

como um dos políticos com maior<br />

índice de aprovação por seu desempenho<br />

e ain<strong>da</strong> com o estigma<br />

de que conseguiu derrotar a crise<br />

fi nanceira internacional é fi rmar<br />

uma parceria com os prefeitos.<br />

O presidente se reúne só em fevereiro,<br />

nos dias 10 e 11, em Brasília<br />

com todos os chefes de municípios<br />

que assumiram em 1° de janeiro,<br />

mas o Palácio do Planalto já tra-<br />

sas. Serão realizados, também, sete<br />

encontros regionais com todos os<br />

prefeitos <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> onde a palavra<br />

de ordem será parceria, segundo o<br />

governador Cássio Cunha Lima.<br />

No programa “Boa Tarde <strong>Paraíba</strong>”<br />

de amanhã, aliás, o governador<br />

reservará a maior parte do<br />

tempo para tratar de dois assuntos:<br />

o anúncio <strong>da</strong> tabela de pagamento<br />

anual dos servidores estaduais e a<br />

agen<strong>da</strong> de inaugurações de to<strong>da</strong> a<br />

semana, envolvendo várias áreas do<br />

governo. Só dois importantes eventos<br />

estão marcados para ser abertos<br />

na próxima semana, em João<br />

Pessoa: o ‘Verão Total’ (dia 15), que<br />

deve atrair mais de 500 mil pessoas,<br />

e o IV Salão de Artesanato <strong>da</strong> Paraí-<br />

balha para montar o encontro nos<br />

moldes <strong>da</strong> encomen<strong>da</strong> de Lula. A<br />

Presidência distribuiu carta aos<br />

5.562 prefeitos convi<strong>da</strong>ndo para o<br />

encontro. No texto, o presidente diz:<br />

“Não importa o tamanho <strong>da</strong> sua ci<strong>da</strong>de,<br />

você vai encontrar no governo<br />

federal um parceiro para cumprir<br />

este compromisso”.<br />

Para os prefeitos do Nordeste,<br />

o presidente deve ter um discurso<br />

especial. Não vai abor<strong>da</strong>r apenas<br />

a crise fi nanceira, pretende tratar<br />

de temas incômodos para a Região:<br />

o combate ao analfabetismo,<br />

à mortali<strong>da</strong>de infantil, o estímulo<br />

ao registro civil e o combate à pobreza,<br />

especialmente na área rural.<br />

Deve entrar em discussão ain<strong>da</strong> a<br />

ba, envolvendo os trabalhos de mais<br />

de quatro mil artesãos do Estado.<br />

Um outro grande evento, préagen<strong>da</strong>do<br />

para o fi nal de janeiro ou<br />

início de fevereiro, será a inauguração<br />

<strong>da</strong> duplicação <strong>da</strong> BR-230, no trecho<br />

entre Café do Vento e Campina<br />

Grande - no total, 42 quilômetros.<br />

Entendimentos entre a Secretaria<br />

de Infraestrutura e o Ministério<br />

dos Transportes ultimam os detalhes<br />

para a entrega <strong>da</strong> obra. Estão<br />

também agen<strong>da</strong><strong>da</strong>s as inaugurações<br />

de um Laboratório de Biologia<br />

Molecular, um hospital, um banco<br />

de olhos, além <strong>da</strong> autorização para<br />

a construção de uma nova uni<strong>da</strong>de<br />

hospitalar e uma visita ao Regional<br />

de Campina Grande, batizado de<br />

questão <strong>da</strong> regularização fundiária.<br />

Existe a intenção de se editar uma<br />

medi<strong>da</strong> provisória - ain<strong>da</strong> sem <strong>da</strong>ta<br />

prevista -, permitindo a transferência<br />

para os municípios de terras<br />

federais sem uso que estejam em<br />

áreas urbanas. No encontro deste<br />

ano, Lula quer fazer diferente. Disse<br />

a interlocutores que ao invés de<br />

receber, irá apresentar uma pauta<br />

de reivindicações na Marcha dos<br />

Prefeitos. Vai colocar na mesa aquilo<br />

que acredita ser essencial para o<br />

desenvolvimento do país.<br />

Lula encomendou uma cartilha<br />

e já mandou entregar aos prefeitos<br />

mostrando que não é necessária a<br />

participação intermediários no relacionamento<br />

com a União. A idéia<br />

148152<br />

“Dom Luiz Gonzaga Fernandes”.<br />

Na área de Segurança Pública, destacam-se<br />

duas inaugurações: a sede<br />

<strong>da</strong> Ciretran em Itabaiana e mais<br />

uma delegacia distrital, em Santa<br />

Rita.<br />

Uma inovação está programa<strong>da</strong><br />

para a abertura do ano letivo<br />

nas escolas estaduais, este ano. A<br />

Secretaria de Educação e Cultura<br />

promoverá a abertura solene, de<br />

forma simultânea, nas 12 regiões<br />

de Ensino do Estado, envolvendo<br />

os municípios-pólos que sediam<br />

as uni<strong>da</strong>des. Também ocorrerá no<br />

início de fevereiro a entrega de portarias<br />

aos 370 aprovados remanescentes<br />

do último concurso público<br />

<strong>da</strong> Educação.<br />

PARA MANTER POPULARIDADE<br />

Lula quer firmar parcerias com os prefeitos<br />

do presidente é acabar com uma<br />

tradição antiga em Brasília, que<br />

instala escritórios de representação,<br />

formados por lobistas, que freqüentam<br />

aos órgãos públicos negociar a<br />

liberação de verbas em nome dos<br />

municípios, cobrando um percentual<br />

sobre o montante liberado. Uma<br />

<strong>da</strong>s ferramentas já está em ação. Foi<br />

inaugurado o Sistema Nacional de<br />

Convênio (Sincov). Basta a prefeitura<br />

fazer o ca<strong>da</strong>stro que to<strong>da</strong>s as<br />

pendências serão soluciona<strong>da</strong>s com<br />

mais rapidez e sem nenhum custo.<br />

Além <strong>da</strong> crise internacional, ele vai<br />

reforçar aos prefeitos que é preciso<br />

lançar mão dos programas sociais<br />

como uma alternativa de manter o<br />

mercado interno aquecido.<br />

Gestores<br />

reclamam<br />

de barreiras<br />

Apesar do entusiasmo do presidente<br />

na relação com os prefeitos,<br />

os chefes dos municípios acreditam<br />

que enfrentarão barreiras. A principal<br />

é a Lei de Responsabili<strong>da</strong>de<br />

Fiscal (LRF). Na avaliação do presidente<br />

<strong>da</strong> Confederação Nacional de<br />

Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski,<br />

as reclamações de Lula sobre a falta<br />

de sintonia são motiva<strong>da</strong>s pela LRF.<br />

No encontro, os prefeitos devem<br />

indicar que existem projetos que<br />

ameaçam a execução orçamentária<br />

dos municípios. Atualmente, estão<br />

em vigor cerca de 180 programas<br />

que se referem às parcerias de ações<br />

envolvendo os governos federal, estaduais<br />

e municipais. Os projetos<br />

passam pela áreas de saúde, educação,<br />

saneamento e meio ambiente,<br />

entre outros.<br />

“Há uma estrutura jurídica que<br />

acaba gerando impasse sobre os<br />

entes federativos. Como sustentar<br />

programas, se os valores são defi nidos<br />

unilateralmente sem discussão<br />

com os municípios? A média de<br />

gastos do Programa de Saúde <strong>da</strong><br />

Família gira em torno de R$ 22 mil<br />

por profi ssional. A União repassa<br />

apenas cerca R$ 5 mil. No Fundeb, a<br />

situação é pareci<strong>da</strong>. Como os municípios<br />

vão arcar com as despesas se<br />

não têm recursos?”, afi rmou.<br />

Ziulkoski disse que os prefeitos<br />

estão dispostos a ouvir os pedidos<br />

de Lula, mas destaca que é preciso<br />

compreender também que nas parcerias<br />

dos municípios com União e<br />

Estados há limites. “A iniciativa do<br />

presidente Lula é muito positiva. E,<br />

estamos dispostos a fazer os acordos<br />

e parcerias. Apoiamos o evento<br />

porque será um ótimo momento<br />

para a aproximação e os contatos<br />

políticos principalmente para os<br />

novos prefeitos”, disse Ziulkoski.<br />

“Vamos mais ouvir do que falar”.<br />

(Da Agência Nordeste)


DO LITORAL AO SERTÃO/ Alguns chegam a visitar um único município pelo menos seis vezes<br />

De olho nas bases, tem deputado<br />

que percorrerá 15 mil km nas férias<br />

BETH TORRES<br />

Para muitos deputados estaduais<br />

paraibanos, recesso<br />

parlamentar não é sinônimo<br />

de descanso e, sim, de muito trabalho<br />

para fortalecimento e conquistas<br />

de bases políticas, ain<strong>da</strong> mais<br />

quando se está a pouco mais de um<br />

ano <strong>da</strong>s eleições estaduais. Nestes 44<br />

dias de férias, tem parlamentar que<br />

chegará a percorrer 15.047,2 quilômetros<br />

para visitar municípios.<br />

Durante essas viagens os deputados<br />

participam de festas, reuniões,<br />

discussões e visitam lideranças<br />

políticas e comunitárias. Para se ter<br />

ideia <strong>da</strong>s distâncias percorri<strong>da</strong>s, dez<br />

parlamentares entrevistados pela<br />

reportagem percorrerão 72.717,3<br />

quilômetros nesse período para<br />

visitar municípios localizados do<br />

Sertão ao Litoral.<br />

Essa distância percorri<strong>da</strong> por<br />

alguns deputados estaduais, durante<br />

o período de recesso parlamentar,<br />

<strong>da</strong>ria para <strong>da</strong>r duas voltas completas<br />

ao redor do globo terrestre<br />

(40.077 quilômetros). Se tivessem<br />

que percorrer essa distância<br />

em<br />

ILUSTRAÇÃO: ADRIANO GONÇALVES<br />

O tucano João Gonçalves concentra<br />

maior parte dos seus votos<br />

em João Pessoa, mas isso não faz<br />

com que percorra uma distância<br />

menor que os outros parlamentares.<br />

Ele informou que percorre uma<br />

média de 250 quilômetros por dia,<br />

o que multiplicado pelos 44 dias<br />

que os deputados fi cam de férias se<br />

chega a 11 mil quilômetros, maior<br />

parte deles dentro <strong>da</strong> capital. O parlamentar<br />

disse que não tira férias e<br />

que mantem a rotina de viagens e<br />

visitas dentro do recesso parlamentar<br />

também. Informou ain<strong>da</strong> que<br />

para este mês estão previstas visitas<br />

aos municípios de Conceição, São<br />

José de Piranhas, Cajazeiras, Monte<br />

Horebe, Bonito de Santa Fé, Patos,<br />

além de ci<strong>da</strong>des localiza<strong>da</strong>s na região<br />

do Cariri paraibano. “Eu gosto<br />

é de estar perto do povo”, destacou.<br />

O pedetista Manuel Ludgério<br />

um carro popular, os parlamentares<br />

teriam que desembolsar R$<br />

14.234,41 (um deputado estadual<br />

ganha aproxima<strong>da</strong>mente R$ 13<br />

mil), uma vez que esse tipo de veículo<br />

faz cerca de 12 quilômetros<br />

com um litro de gasolina. Segundo<br />

a última pesquisa divulga<strong>da</strong> pelo<br />

Procon Estadual, o litro do combustível<br />

mais barato custa R$ 2,349. No<br />

caso do óleo diesel, esse valor cairia<br />

para R$ 12.113,49, pois o litro do<br />

combustível mais barato custa R$<br />

1,999 e geralmente se percorre 12<br />

quilômetros com ca<strong>da</strong> litro.<br />

O parlamentar Rodrigo Soares<br />

(PT), por exemplo, deve percorrer<br />

8.041,4 quilômetros no recesso<br />

parlamentar, visitando os seguintes<br />

municípios: Caaporã, Pitimbu, Mamanguape,<br />

Rio Tinto, Jacaraú, Sapé,<br />

Sobrado, Patos, Pombal, Serra de<br />

Teixeira (Maturéia e Teixeira), Piancó,<br />

Conceição, Campina Grande e<br />

Ibiara. Alguns municípios, principalmente<br />

os localizados na região<br />

do Litoral Sul, o parlamentar visitará<br />

mais de uma vez.<br />

Caaporã, que é<br />

governado pelo pai<br />

de Rodrigo, João Batista Soares<br />

(PMDB), receberá seis visitas do<br />

parlamentar. O petista também irá<br />

quatro vezes para Pitimbu, Mamanguape,<br />

Rio Tinto e Jacaraú, que<br />

junto a Caaporã são ci<strong>da</strong>des onde<br />

o político concentra grande quanti<strong>da</strong>de<br />

de votos. O petista contou<br />

que, dependendo <strong>da</strong> distância e<br />

<strong>da</strong> sua agen<strong>da</strong>, visita mais de um<br />

município por dia. Nas locali<strong>da</strong>des<br />

o deputado se reúne com prefeitos,<br />

vereadores, lideranças e a população<br />

de uma forma geral. As viagens<br />

servem para manter o contato permanente<br />

com as bases e ain<strong>da</strong> promover<br />

debates e discussões sobre<br />

temas polêmicos, que são de interesse<br />

<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de.<br />

Rodrigo Soares, que vem sendo<br />

apontado dentro do Partido dos<br />

Trabalhadores como possível candi<strong>da</strong>to<br />

a deputado federal, afi rmou<br />

que as visitas servem para manter e<br />

fortalecer as bases. Quanto ao posto<br />

que vai disputar em 2010, o petista<br />

afi rmou que o seu nome está à disposição<br />

do partido e que isso dependerá<br />

de discussões internas.<br />

O peemedebista Gervásio Maia<br />

Filho afi rmou que tem a rotina de<br />

POLÍTICA PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 5<br />

viajar todos os fi nais de semana e<br />

que ela é manti<strong>da</strong> mesmo durante o<br />

recesso parlamentar. Ele informou<br />

que percorre cerca de 1,2 mil quilômetros<br />

por fi nal de semana. Levando-se<br />

em consideração que durante<br />

o recesso parlamentar serão cinco<br />

fi nais de semana, o deputado percorrerá<br />

seis mil quilômetros neste<br />

período.<br />

O líder <strong>da</strong>s oposições na Assembleia<br />

Legislativa preferiu não<br />

nominar os municípios que deverá<br />

percorrer durante o recesso, mas<br />

informou que visitará locali<strong>da</strong>des<br />

do Serão, Brejo, Cariri e Litoral paraibano.<br />

Ele disse que as viagens<br />

possibilitam um contato direto com<br />

lideranças e com a população. “Durante<br />

as visitas nós podemos colher<br />

informações sobre as necessi<strong>da</strong>des<br />

<strong>da</strong>s pessoas e levar o parlamento<br />

para perto <strong>da</strong> população”, comentou.<br />

O deputado acrescentou que<br />

sempre visita municípios que estão<br />

passando por difi cul<strong>da</strong>des e que<br />

maior parte <strong>da</strong>s deman<strong>da</strong>s estão<br />

nas áreas de segurança pública,<br />

agricultura, saúde e educação. Gervásio<br />

disse também que em 2010<br />

será candi<strong>da</strong>to à reeleição, pois não<br />

tem pretensão de disputar o posto<br />

de deputado federal.<br />

João Gonçalves an<strong>da</strong> 250 km por dia em JP<br />

A deputa<strong>da</strong> Flora Diniz (PSDB)<br />

vai visitar nove ci<strong>da</strong>des do Sertão<br />

<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> durante o recesso parlamentar.<br />

Segundo a deputa<strong>da</strong>, os<br />

municípios visitados serão Princesa<br />

Isabel, São José de Princesa,<br />

Manaíra, Tavares, Juru, Água Branca,<br />

Imacula<strong>da</strong>, Matureia e Teixeira.<br />

Ela deverá percorrer 15.047,2<br />

quilômetros. Por dia a deputa<strong>da</strong><br />

pretende passar em três ci<strong>da</strong>des<br />

para garantir a presença em to<strong>da</strong>s.<br />

A meta é conseguir conversar com<br />

aliados políticos e com a população<br />

sobre projetos que o município almeja<br />

conseguir junto ao governo<br />

do Estado.<br />

“Estou indo visitar prefeitos,<br />

vereadores e amigos que tenho<br />

nessas locali<strong>da</strong>des, mas o principal<br />

é saber do que a população de ca<strong>da</strong><br />

uma <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des está precisando<br />

deve percorrer 3.989,2 quilômetros<br />

durante o recesso parlamentar. Os<br />

municípios que estão no seu roteiro<br />

são Barra de Santana, Puxinanã,<br />

Santa Cecília do Umbuzeiro, Lagoa<br />

Seca, Areial, Pocinhos, Juripiranga,<br />

Itatuba, Aroeiras, Nova Palmeira,<br />

Riachão do Bacamarte, Natuba e<br />

Gado Bravo.<br />

Ele informou que vai aos municípios<br />

participar de festas de padroeira,<br />

reuniões com prefeitos, vereadores<br />

e lideranças locais para ouvir<br />

as deman<strong>da</strong>s e tentar levar soluções<br />

para elas. O deputado lembrou que,<br />

durante esse período de seca, vem<br />

realizando várias visitas aos municípios<br />

vitimados pela estiagem.<br />

Ludgério deverá disputar o posto<br />

de deputado estadual no próximo<br />

ano. Ele desistiu de concorrer ao<br />

cargo federal após Rômulo Gouveia<br />

(PSDB) ter sido derrotado nas ur-<br />

nas na eleição municipal em Campina<br />

Grande.<br />

O democrata Arnaldo Monteiro,<br />

que tem maior parte <strong>da</strong>s suas bases<br />

na região do Brejo, deverá percorrer<br />

4.930,4 quilômetros durante o recesso.<br />

Ele fará visita às locali<strong>da</strong>des<br />

de Areial, Pocinhos, Monta<strong>da</strong>s, São<br />

Sebastião de Lagoa de Roça, Lagoa<br />

Seca, Serra Redon<strong>da</strong>, Massaranduba,<br />

Aroeiras, Campina Grande, Remígio,<br />

Areia, Damião, Cuitegi, Cuité,<br />

Congo, Pilar e Bananeiras. Arnaldo<br />

diz que percorre uma ci<strong>da</strong>de por<br />

dia, pois segundo ele, fi ca com mais<br />

tempo para se reunir com as pessoas<br />

e ouvir as reivindicações. Disse<br />

que é muito importante fi car em<br />

contato direto com as bases para<br />

saber o que realmente está acontecendo<br />

em determina<strong>da</strong> locali<strong>da</strong>de.<br />

“O que os olhos não veem o coração<br />

não sente, por isso sempre estou em<br />

contato com as bases”, destacou. O<br />

parlamentar informou que destina<br />

três dias para fi car em João Pessoa,<br />

onde participa <strong>da</strong>s sessões e durante<br />

os outros dias visita as bases.<br />

“Um homem público deve estar em<br />

contato permanente com as bases”,<br />

defendeu.<br />

O deputado Guilherme Almei<strong>da</strong><br />

(PSB) deve percorrer os municípios<br />

de Dona Inês (serão duas visitas a<br />

essa locali<strong>da</strong>de), Boa Vista, Cubati,<br />

Malta, Campina Grande, Bananeiras,<br />

Pocinhos, Sossego, Lagoa Seca,<br />

Puxinanã e Juazeirinho. Ao todo, o<br />

parlamentar viajará 5.095 quilômetros.<br />

O socialista informou que<br />

sempre vai aos municípios participar<br />

de eventos, e para visitar prefeitos,<br />

vereadores e outras lideranças.<br />

“Sempre temos que fazer as visitas,<br />

porque foi esse pessoal que nos elegeu”,<br />

destacou. (BT)<br />

Flora Diniz chega a visitar 3 ci<strong>da</strong>des por dia<br />

para que possamos fazer essa ponte<br />

com o governo do Estado. Vamos<br />

aproveitar também a nossa peregrinação<br />

para fortalecer as bases já<br />

para o próximo ano”, fi nalizou.<br />

O tucano Ricardo Barbosa também<br />

mantém uma agen<strong>da</strong> frequente<br />

de viagens. Durante o recesso, ele<br />

deverá visitar Lucena, Cabedelo,<br />

Cajazeiras, São José do Rio do Peixe,<br />

Santa Helena, São José de Piranhas,<br />

Campina Grande, Massaranduba,<br />

Conceição, Santana de Mangueira,<br />

São José do Sabugi, Ibiara, Pitimbu,<br />

Santa Inês e Pombal. Ele deverá<br />

percorrer 9.023 quilômetros.<br />

O deputado afi rmou que está<br />

entre os três parlamentares que<br />

mais viajam, percorrendo uma<br />

média de 1,5 mil quilômetros por<br />

fi nal de semana. As visitas servem<br />

para “marcar presença”, ouvir as<br />

pessoas, visitar as obras do governo<br />

e se reunir com lideranças políticas.<br />

Ele disse que não falta de maneira<br />

alguma às festas de padroeira e de<br />

emancipação política. Durante o<br />

ano de 2008, como lembrou, percorreu<br />

cerca de 90 mil quilômetros,<br />

pois esteve presente em vários municípios,<br />

fortalecendo e ampliando<br />

as suas bases políticas. “Mais de<br />

90% <strong>da</strong>s minhas bases estão a mais<br />

de 500 quilômetros de João Pessoa”,<br />

lembrou.<br />

O petebista Dunga Júnior deverá<br />

percorrer durante o recesso<br />

parlamentar 4.496,2 quilômetros,<br />

visitando os municípios de Pedra<br />

Branca, Queima<strong>da</strong>s, Boqueirão, Caturité,<br />

Pombal, Alcantil, Riacho de<br />

Santo Antônio, Taperoá, Mataraca,<br />

Alagoa Grande e Esperança. O parlamentar<br />

lembrou que o percurso<br />

seria bem maior, caso não tivesse<br />

que <strong>da</strong>r uma para<strong>da</strong> para se preparar<br />

para o mestrado em Relações<br />

Internacionais.<br />

Dunga Júnior disse que visita as<br />

suas bases pelo menos uma vez por<br />

mês, por isso, sempre está viajando.<br />

Lembrou ain<strong>da</strong> que acaba tendo a<br />

vantagem de ter 70% de suas bases<br />

próximas do local onde mora. Ele<br />

afi rmou que não é um deputado de<br />

dinheiro e que faz política visitando<br />

as pessoas e os municípios.<br />

De acordo com ele, as visitas<br />

servem para visitar políticos, a população<br />

local e associações comunitárias.<br />

Destacou ain<strong>da</strong> que tem<br />

seis prefeitos lhe apoiando e que<br />

irá ampliar esse número em quatro<br />

ou cinco novos gestores. Quanto a<br />

2010, deverá ser candi<strong>da</strong>to à reeleição.<br />

(BT)<br />

CláudioHumberto<br />

Linha direta com a coluna: colunach@claudiohumberto.com.br<br />

BOLSA-DITADURA CUSTOU R$ 2,5 BILHÕES<br />

governo Lula já obrigou os cofres <strong>da</strong> União a liberar R$<br />

O 2,5 bilhões em indenizações a supostos “perseguidos”<br />

ou “prejudicados” pela ditadura. A conta ain<strong>da</strong> é modesta,<br />

porque a Comissão de Anistia do Ministério <strong>da</strong> Justiça examinou<br />

apenas 38 mil dos 60 mil pedidos. Se o montante<br />

fosse dividido igualmente, ca<strong>da</strong> anistiado teria ganho R$<br />

65 mil de indenização, mas há aqueles que foram contemplados<br />

individualmente até com R$ 2 milhões.<br />

Rica boquinha<br />

Críticos <strong>da</strong>s malfeitorias com o dinheiro público, os cartunistas Ziraldo<br />

e Jaguar, ex-Pasquim, foram indenizados em R$ 1,2 milhão e R$ 1 milhão.<br />

Atitude digna<br />

Fun<strong>da</strong>dor do Pasquim, Millôr Fernandes recusa a boquinha: “...então eles<br />

não estavam fazendo uma rebelião, mas um investimento?”<br />

Gesto decente<br />

Fun<strong>da</strong>dor do PT, o jornalista<br />

Hélio Doyle é contra enormes indenizações.<br />

Lembra que suas cinco<br />

prisões políticas não o impediram<br />

de trabalhar.<br />

Educação terá R$ 7,5 bi a mais por ano<br />

Com a conclusão dos trabalhos <strong>da</strong> comissão especial <strong>da</strong> Câmara dos<br />

Deputados que analisa a PEC que retira a Educação <strong>da</strong> Desvinculação de<br />

Receita <strong>da</strong> União, o setor terá mais verba para investimentos. A famosa<br />

DRU “rouba”, todos os anos, 20% <strong>da</strong>s verbas <strong>da</strong> Educação. Segundo o<br />

Ministério <strong>da</strong> Educação, se aprova<strong>da</strong> a proposta, cerca de R$ 7,5 bilhões<br />

serão repostos, anualmente, ao orçamento <strong>da</strong> área.<br />

Acabará rápido<br />

A idéia é reduzir anualmente o<br />

percentual incidente sobre a verba<br />

<strong>da</strong> Educação. Em 2009, cairá para<br />

12,5%, em 2010, 5%, e 0% em 2011.<br />

A caráter<br />

O próximo caos nos aeroportos<br />

tem <strong>da</strong>ta marca<strong>da</strong>: o Carnaval. Os<br />

passageiros deveriam ir para as filas<br />

a caráter: fantasiados de palhaços.<br />

‘Fomos!’<br />

O site do Ministério <strong>da</strong>s Relações<br />

Exteriores “viajou” com o chanceler: é<br />

de 11 de dezembro a última notícia de<br />

política externa. Coitado dele...<br />

Mal começou<br />

Nem bem tomou posse, o prefeito<br />

de Recife, João Costa (PT), e já sofreu<br />

um revés. Foi obrigado pelo Tribunal<br />

de Contas a devolver R$ 776,9 mil aos<br />

cofres municipais por conta de rejeição<br />

de prestação de contas de sua<br />

gestão na Secretaria do Planejamento,<br />

que ocupava em 2005.<br />

SOS Obama<br />

No governo Barack Obama, o<br />

eficiente DEA (polícia americana de<br />

combate a drogas) poderia aju<strong>da</strong>r<br />

o Brasil a se livrar do vício em juros<br />

altos e <strong>da</strong> overdose tributária.<br />

Parabéns antológico<br />

Completa 68 anos hoje o mítico<br />

meio de campo do Botafogo e <strong>da</strong><br />

Seleção de 70, Gerson Nunes. Substituto<br />

do eterno Didi, Gerson ain<strong>da</strong><br />

aguar<strong>da</strong> um sucessor digno no<br />

meio-campo <strong>da</strong> Seleção.<br />

Passando o bastão<br />

O Brasil deixa em fevereiro a pre-<br />

“<br />

Nossa grana<br />

Os motoristas, garçons, copeiras<br />

e recepcionistas <strong>da</strong> Controladoria-Geral<br />

<strong>da</strong> União vão custar,<br />

em 2009, mais de R$ 3 milhões<br />

aos cofres públicos.<br />

PODER SEM PUDOR DIVULGAÇÃO<br />

Ah, subir a rampa!<br />

O mineiro Magalhães Pinto sempre sonhou com a Presidência <strong>da</strong> República,<br />

por isso até apoiou o golpe de 1964 imaginando que seria a<br />

“solução civil” dos golpistas. Certo dia, o general Artur <strong>da</strong> Costa e Silva<br />

o convidou para subir com ele a rampa do Palácio do Planalto. Ele subia<br />

a rampa orgulhoso quando o general, ao seu lado, perguntou com<br />

malícia:<br />

- E então, Magalhães, está gostando?<br />

Magalhães percebeu a ironia e devolveu:<br />

- Muito, Senhor Presidente, muito. Mas preferia fazê-lo todos os dias.<br />

sidência do Mercosul. Vai ocupá-la<br />

o Paraguai, em meio à reivindicação<br />

do novo presidente e ex-bispo<br />

Fernando Lugo pelo reajuste <strong>da</strong>s<br />

tarifas de energia de Itaipu.<br />

‘Ceará’ possível?<br />

Trocadilho infame para situação<br />

idem: prefeito de Icó, Marcos Nunes<br />

(PMDB-CE), nomeou secretários os<br />

dois irmãos, a noiva, um primo e a<br />

sogra do irmão. A mulher do vice é<br />

sub-secretária.<br />

Era o que faltava<br />

Qual a chance de um raio cair na<br />

sua cabeça? Setenta e cinco brasileiros<br />

morreram atingidos em 2008,<br />

contra 47 em 2007, segundo o Instituto<br />

Nacional de Pesquisas Espaciais<br />

(Inpe). Pior, só terceiro man<strong>da</strong>to.<br />

Alô, CBF<br />

A torci<strong>da</strong> tupiniquim aguar<strong>da</strong><br />

ansiosamente a convocação para a<br />

Seleção do atacante brasileiro <strong>da</strong><br />

Juventus Amauri, que recebeu ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia<br />

italiana e deve ser convocado<br />

para a Azurra. Ele é ignorado<br />

por Dunga.<br />

Escravidão canavieira<br />

Usineiros do Nordeste estão<br />

pagando R$ 1,00 aos trabalhadores<br />

por ca<strong>da</strong> tonela<strong>da</strong> de cana corta<strong>da</strong>.<br />

Como em média ca<strong>da</strong> um corta<br />

quatro tonela<strong>da</strong>s por dia, fica fácil<br />

fazer as contas.<br />

Tempo esgotado<br />

Lula, que confessou à revista<br />

“Piauí” não ler nem blogs, também<br />

não faz ginástica - visto o “visual”<br />

dele em Noronha. Excesso de<br />

trabalho...<br />

Na<strong>da</strong> mais abala a candi<strong>da</strong>tura de<br />

Michel” - Líder do PMDB, deputado Henrique<br />

Alves, otimista sobre a candi<strong>da</strong>tura de Michel Temer


6 PARAÍBA,<br />

DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />

Editorial<br />

Governo Central volta a gastar o que pode em mais<br />

O uma campanha de combate à dengue. Registre-se,<br />

porém, que as enormes quantias desembolsa<strong>da</strong>s, ano<br />

após ano, não têm sido suficientes para debelar uma<br />

<strong>da</strong>s moléstias mais <strong>da</strong>nosas à saúde dos brasileiros. Os<br />

problemas vão além do nariz torcido de parte expressiva<br />

<strong>da</strong> população para os riscos decorrentes do acúmulo<br />

d’água em quintais, jardins e terrenos baldios, por mais<br />

que avisem as mensagens institucionais no rádio, jornal e<br />

televisão.<br />

Há que se falar, ain<strong>da</strong>, <strong>da</strong> manifesta incapaci<strong>da</strong>de de<br />

grande parcela dos médicos para o diagnóstico preciso e<br />

rápido dos casos de dengue. De tão gritante a questão,<br />

já em novembro de 2007, exigia a reação do Ministério<br />

<strong>da</strong> Saúde, então disposto à orientação de 300 mil profissionais<br />

<strong>da</strong> Medicina lotados nos postos de saúde espalhados<br />

por todo o País. Contava-se em 3,9 mil os convocados<br />

na <strong>Paraíba</strong> .Motivo <strong>da</strong> convocação? Fazer com<br />

que se possa descobrir a doença em seu estágio inicial,<br />

quando os longos períodos de cama e até as mortes<br />

podem ser evita<strong>da</strong>s. Em terras paraibanas, a doença tem<br />

prostrado, anualmente, milhares de pessoas, muitas delas,<br />

gravemente.<br />

Não há exagero na afirmativa de que as estimativas<br />

oficiais a esse respeito an<strong>da</strong>m defasa<strong>da</strong>s, isto é, não corres-<br />

Dora Kramer<br />

FUN DA DO EM 5 DE SE TEM BRO DE 1971<br />

DI RE TOR SU PE RIN TEN DEN TE<br />

Ricardo de Oliveira Carlos<br />

Guerra perdi<strong>da</strong><br />

EDITORA-EXECUTIVA<br />

Angélica Lúcio<br />

angelicalucio@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

pondem à reali<strong>da</strong>de dos fatos. A subnotificação dos casos<br />

de dengue é explicável num Brasil onde a maior parte <strong>da</strong><br />

população não tem acesso fácil aos gabinetes médicos.<br />

Imagine-se, então, qual o apuro do levantamento contra o<br />

qual depõe, ain<strong>da</strong> por cima, o despreparo de profissionais<br />

<strong>da</strong> área de saúde. Para complicar o quadro, já transitam,<br />

livremente, pelo Brasil, três dos quatro sorotipos que<br />

favorecem a forma letal <strong>da</strong> doença.<br />

Se os estudos merecerem fé, 10% dos portadores<br />

de dengue morrem por ano, em média, no Brasil,<br />

por dengue hemorrágica. Como <strong>da</strong>s outras vezes, a<br />

Campanha Nacional de Mobilização antecede o período<br />

<strong>da</strong>s chuvas. Os órgãos de saúde pública pretendem, com<br />

isso, encontrar tempo para o melhor trabalho possível de<br />

prevenção. E não custa repetir: o Aedes-aegipty, o veículo<br />

de propagação de um mal que debilita e mata, anualmente,<br />

milhares de brasileiros, progride e multiplica-se<br />

em criadouros providos pela relapsia de ricos e pobres.<br />

Combate nenhum a esse mosquito surtirá efeito se a<br />

população não se aperceber do fato de que a ela própria<br />

compete, inapelavelmente, as ações mais eficazes contra<br />

um mal que afeta não apenas a saúde de todos, mas,<br />

ain<strong>da</strong>, os cofres de uma Nação carente de todo o tipo<br />

de investimento. Sem tal percepção, qualquer que seja o<br />

dinheiro gasto, esta será uma guerra perdi<strong>da</strong>.<br />

Braulio Tavares btavares13@terra.com.br<br />

Milionários de Moscou<br />

saudoso Paulo Francis costumava dizer que a União<br />

O Soviética era uma ditadura latino-americana sem plantações<br />

de bananas e com neve. A URSS se dissolveu, mas<br />

a Rússia não. Essa é feita de esmalte dentário ou de outra<br />

substância igualmente resistente. Só pode se destruí<strong>da</strong><br />

com dinamite concentra<strong>da</strong>. A velha Rússia, esse país fascinante,<br />

parece hoje uma collage <strong>da</strong> babilônia dos Czares,<br />

dos pesadelos stalinistas, do surrealismo político <strong>da</strong> América<br />

Latina e <strong>da</strong>s sagas mafiosas de Manhattan.<br />

Tomemos, por exemplo, Sergei Knyazev. É um megaempresário<br />

cujo papel é fornecer festas e diversões fora<br />

do comum para os multi-milionários de Moscou. Acredite<br />

ou não, mas ele ficou rico organizando corri<strong>da</strong>s de baratas,<br />

um esporte tão popular na Rússia quanto a briga de galos<br />

aqui. Uma matéria que colhi na Web (http://www.hs.fi/<br />

english/article/Entertaining+the+bored+Russian+megarich/1135218851514)<br />

diz: “Os ricos e super-ricos que já viram<br />

tudo, já provaram de tudo, estão à procura de diversões<br />

que atenuem o tédio de suas vi<strong>da</strong>s, e estão ca<strong>da</strong> vez mais<br />

exigentes em matéria de entretenimento”. Knyazev é rico e<br />

imaginativo, e virou o “wonderboy” dos bilionários.<br />

Por exemplo: lutar com um urso. Claro que o urso é<br />

adestrado, velho, bem alimentadíssimo. Mas não deixa de<br />

ser emocionante, para um cara riquinho, subir no ringue e<br />

se atracar pra valer com a fera. Nunca se sabe, né? Outra<br />

diversão <strong>da</strong> mo<strong>da</strong> é levar os clientes (curiosamente, mulheres<br />

são a maioria) para uma área urbana onde eles podem pegar<br />

Com o início ou recondução <strong>da</strong> gestão de parlamentares<br />

e executivos municipais, bem como de suas respectivas<br />

equipes de trabalho, notemos que ain<strong>da</strong> muitos Municípios<br />

não têm sequer um projeto de Lei do Plano Diretor Participativo,<br />

devendo ser entregue pelo Executivo à Câmara<br />

Municipal. Na elaboração de um Plano Diretor de Desenvolvimento<br />

Urbano (ou Rural) não pode prevalecer uma<br />

visão imediatista, ou seja, pretender resultados imediatos,<br />

sem a participação efetivamente democrática, construtiva.<br />

A transformação de situações sociais há tempo relega<strong>da</strong>s,<br />

preteri<strong>da</strong>s, empurra<strong>da</strong>s com o corpo mole de gestores despreparados<br />

e ineficientes deve ser encara<strong>da</strong> como missão<br />

e tarefa inadiável, com a participação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. Nem<br />

milagre, nem mágica, pois diz a Palavra: “não tentarás o<br />

Senhor teu Deus”.<br />

Ora, a sina do atraso de grande parte do povo brasileiro,<br />

deve-se à falta de planejamento estrutural, regional e local.<br />

Disputas eleitorais entre grupos político-partidários adversários,<br />

comumente acirram os ânimos, sem efetivamente equacionar e<br />

resolver o grande desafio: a colaboração e o compromisso para<br />

com o desenvolvimento regional e local, envolvendo a todos,<br />

independentemente <strong>da</strong> coloração ideológica e partidária.<br />

O Plano Diretor é um instrumento básico indispensável<br />

de políticas de desenvolvimento exigido dos Municípios (com<br />

seus distritos) que possuam mais de 20 mil habitantes. Por que<br />

não elaborar e consoli<strong>da</strong>r um plano diretor entre ci<strong>da</strong>dezinhas<br />

próximas, a partir <strong>da</strong> afini<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s reali<strong>da</strong>des locais e regionais?<br />

Dos 223 Municípios <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> muitos não possuem infraestrutura<br />

sequer para investimentos e manutenção de desenvolvimento<br />

sustentável.<br />

desapreço do presidente Luiz Inácio <strong>da</strong> Silva pela<br />

O leitura já estava devi<strong>da</strong>mente registrado na galeria<br />

dos chefes <strong>da</strong> nação brasileira desde a comparação do ato<br />

de ler ao esforço de uma caminha<strong>da</strong> em esteira mecânica,<br />

ressaltado o caráter desconfortável <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de física e, por<br />

consequência, do exercício mental.<br />

Corria o mês de abril de 2004 quando o presidente<br />

abriu mais uma edição <strong>da</strong> Bienal Internacional do Livro, em<br />

São Paulo, a tese: “A leitura, para a criança, é o mesmo que<br />

uma esteira para uma pessoa <strong>da</strong> nossa i<strong>da</strong>de. Muita gente<br />

até coloca uma esteira no quarto, muitas vezes até coloca<br />

na beira <strong>da</strong> cama, pensando: amanhã vou levantar e vou<br />

começar a an<strong>da</strong>r na esteira. Mas todo dia se levanta com<br />

uma preguiça desgrama<strong>da</strong> e vai ficando para o dia seguinte.<br />

Isso é como o livro para uma criança que não adquiriu no<br />

tempo certo o gosto pela leitura.”<br />

Na edição em bancas <strong>da</strong> revista Piauí, Lula discorre<br />

sobre sua particular ojeriza por notícias. Revela ao jornalista<br />

Mário Sérgio Conti algo mais que uma “preguiça<br />

desgrama<strong>da</strong>” de ler.<br />

Demonstra aversão ao contato com qualquer tipo<br />

de crítica. Elas lhe fazem mal ao estômago, acentuam seu<br />

“problema de azia”. Daí o caráter profilático <strong>da</strong> distância<br />

ain<strong>da</strong> maior que mantém entre sua pessoa e escritos em<br />

geral nos fins de semana.<br />

Cobrança<br />

Esta coluna é publica<strong>da</strong> simultaneamente com o <strong>Jornal</strong> do Brasil. Linha direta com a coluna: dkramer@esta<strong>da</strong>o.com.br<br />

seus carros esporte e dirigir no máximo de veloci<strong>da</strong>de que<br />

quiserem, fazendo o que quiserem, sem ninguém interferir.<br />

Uma <strong>da</strong>s diversões preferi<strong>da</strong>s dos ricos é disfarçar-se<br />

de mendigo, como o califa Harum Al-Rachid fazia nas “Mil e<br />

Uma Noites”. Sujam-se, cobrem-se de andrajos, e saem pelas<br />

ruas de Moscou, relacionando-se com os mendigos reais,<br />

pedindo esmolas, deitando-se ao relento... Claro que, a uma<br />

prudente distância, uma limusine cheia de seguranças está<br />

a postos para qualquer imprevisto. No fim do dia, os participantes<br />

tomam banho e se reúnem num restaurante caro,<br />

onde o que recolheu mais esmolas é declarado vencedor e<br />

paga a conta.<br />

São clientes que chegam a pagar 800 mil euros por um<br />

programa inédito, excitante, fora do comum. Knyazev hoje<br />

é proprietário de duas fábricas de roupas que trabalham<br />

apenas para prover os convi<strong>da</strong>dos de suas festas, “peças” e<br />

reality-games que exigem disfarces e caracterização (“Três<br />

Mosqueteiros”, Mitologia Grega, etc.). Políticos importantes,<br />

por exemplo, gostam de tomar parte em jogos baseados<br />

nos romances de Dostoiévski ambientados num hospício<br />

ou num campo de concentração. Claro que nem todos.<br />

Knyazev explica que muitos clientes querem apenas viver<br />

o dia-a-dia do povo, e pagam pelo direito de se espremer<br />

anonimamente nos trens lotados do metrô. Para quem<br />

nasceu e cresceu rodeado de criados, em palácios, numa<br />

vi<strong>da</strong> nababesca, isto é tão emocionante e perigoso quando<br />

um safari na África.<br />

Dom Aldo * *Arcebispo <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong><br />

Para que pequenas porções populacionais sejam favoreci<strong>da</strong>s<br />

com um mínimo de condições de vi<strong>da</strong> digna e sustentável<br />

é necessário que o poder público e a iniciativa priva<strong>da</strong><br />

orientem e atuem na construção dos espaços urbanos e rurais.<br />

Disso dependem as ofertas dos serviços públicos, essenciais e<br />

indispensáveis.<br />

Um plano diretor reflete necessariamente os anseios <strong>da</strong><br />

população e indica rumos de desenvolvimento. Será tão difícil<br />

compreender que um roteiro e uma agen<strong>da</strong> de desenvolvimento<br />

não coincidem nem perduram por apenas 4 ou de<br />

8 anos de man<strong>da</strong>to de uma gestão, por melhor que ela seja?<br />

Quem deve elaborar o plano diretor? Será preciso convocar a<br />

população, ouvi-la através dos seus mais variados segmentos,<br />

convergindo interesses comuns, estabelecidos como priori<strong>da</strong>des.<br />

Apontar rumos para o desenvolvimento local e regional<br />

segue um roteiro, não a improvisação nem o clientelismo.<br />

Os critérios para o roteiro encontram-se na trilogia: 1. Economicamente<br />

viável e também sustentável; 2. Socialmente justo<br />

tal que haja inclusão <strong>da</strong>s pessoas e famílias; 3. Ecologicamente<br />

equilibrado, tal que se favoreçam os valores éticos e morais e, o<br />

desenvolvimento <strong>da</strong>s reali<strong>da</strong>des temporais.<br />

Traduzindo racionalmente, isso tudo é necessário investir<br />

- local e regionalmente - em recursos humanos, técnicos e financeiros<br />

aplicando-os em políticas fun<strong>da</strong>mentais de pesquisas<br />

sobre a vocação e produção. O que a região produz? Paralelamente<br />

às políticas de saúde, educação, obras de infra-estrutura,<br />

equipamentos urbanos, habitação popular, etc., enten<strong>da</strong>mos<br />

que sem a oferta de trabalho é inútil querer fixar o homem e a<br />

família em ci<strong>da</strong>des humílimas, fa<strong>da</strong><strong>da</strong>s à conservação do imobilismo<br />

histórico. (voltaremos ao assunto)<br />

Não apenas adota a receita, como a recomen<strong>da</strong> “a<br />

qualquer presidente”. Afastem-se <strong>da</strong> imprensa e aproveitem<br />

o ensejo para ficar longe dos políticos também, aconselha. A<br />

menos que se precise de um ou de outros para divulgar suas<br />

palavras e corroborar seus atos.<br />

Na versão integral <strong>da</strong> reportagem/entrevista <strong>da</strong> Piauí,<br />

Lula se diz surpreso com o fato de seu ex-ministro José<br />

Dirceu ter aceitado a companhia de uma profissional de<br />

imprensa - <strong>da</strong> mesma revista - durante uma semana.<br />

Na visão dele, Dirceu se “desnudou” diante <strong>da</strong> jornalista<br />

de forma absolutamente imprudente. O que o presidente<br />

<strong>da</strong> República não tenha notado talvez é que se exibiu<br />

igualmente desnudo para Conti. Que transmitiu aos leitores<br />

algo até então escondido sob o manto <strong>da</strong> autossuficiência.<br />

O presidente Luiz Inácio <strong>da</strong> Silva não tem opinião própria.<br />

Não forma juízo a partir do cotejo entre informações, diferentes<br />

interpretações dos fatos, óticas diversifica<strong>da</strong>s, lógicas<br />

varia<strong>da</strong>s.O presidente Luiz Inácio <strong>da</strong> Silva disse à imprensa<br />

que só sabe o que lhe dizem. “Um homem que conversa<br />

com o tanto de pessoas que eu converso por dia deve ter<br />

uns 30 jornais na cabeça todo santo dia”, diz ele.<br />

Diria bem melhor, de forma gramaticalmente mais<br />

GE RÊN CIA ADMINISTRATIVA/FINANCEIRA<br />

Gelson Lima - gelson@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

GE RÊN CIA CO MER CIAL<br />

JOÃO PES SOA - Catiuscia Lima - catilima@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

CAMPINA GRAN DE - Maria José - mariajose@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

GE RÊN CIA DE CIRCULAÇÃO<br />

Guilherme Nobre - guilhermenobre@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

GE RÊN CIA DE PRODUÇÃO<br />

Albertino Bezerra - albertino@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

CAMPINA GRAN DE: Rua Major Juvino do Ó, 81 - Centro - CEP 58101-020 • PABX: (83) 3341-4554/3341-3136 • FAX RE DA ÇÃO: (83) 3321-8160 • FAX CO MER CIAL: (83) 3341-3399<br />

JOÃO PES SOA: Rua Monsenhor Walfredo Leal, 258 - Tambiá - CEP 58020-540 • TEL.: (83) 2106-1800 • FAX RE DA ÇÃO: (83) 3241-2469 • FAX CO MER CIAL: (83) 3241-2563<br />

OPINIÃO<br />

Lila<br />

SE CRE TÁ RIA DE RE DA ÇÃO<br />

Elizângela Monteiro (JP) - elizangela@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

Claudeci Ribeiro (CG) - claudeci@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

CHEFE DE REPORTAGEM<br />

Suetoni Souto Maior - soutomaior@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

EmFoco Linha<br />

FILIADO À<br />

EDITORIAS<br />

POLÍTICA: SONY LACERDA - sonylacer<strong>da</strong>@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

CIDADES: ANDRÉA ALVES - andreaalves@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

TEVÊ/CONCURSOS: NEIDE DONATO - neidedonato@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

ESPORTES: EXPEDITO MADRUGA - madruga@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

VIDA & ARTE: ANDRÉ CANANÉA - andrecananea@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

Muitas emoções<br />

O discurso de Buba Germano (PSDB) na Famup<br />

parecia o de eleição municipal. Ao falar <strong>da</strong> vitória, o<br />

tucano confundiu o nome <strong>da</strong> Famup com o de Picuí.<br />

Para completar a “maratona de eleições”, Buba enfrentará<br />

mais uma disputa este ano. Em abril, deve disputar<br />

a eleição para a nova diretoria <strong>da</strong> Confederação Nacional<br />

dos Municípios (CNM). Ele pretende novamente<br />

ocupar o posto de 1º secretário.<br />

O vice-governador<br />

José Lacer<strong>da</strong> Neto (DEM)<br />

admitiu que, de início, foi<br />

contra a candi<strong>da</strong>tura <strong>da</strong><br />

filha, a vereadora eleita<br />

<strong>da</strong> capital Raissa Lacer<strong>da</strong>.<br />

Disse que não queria<br />

nenhum problema para<br />

o governador Cássio<br />

Cunha Lima (PSDB) e para<br />

o governo. “Eu temia que<br />

a candi<strong>da</strong>tura de Raissa<br />

contribuisse para uma série de problemas, além de<br />

provocar ciumeira na política. Com to<strong>da</strong> essa precaução<br />

ain<strong>da</strong> houve ressentimentos”, revelou. Ele<br />

informou que chegou a aju<strong>da</strong>r outros candi<strong>da</strong>tos<br />

do próprio bolso. No final, tudo deu certo.<br />

1<br />

2 Perguntado<br />

3 Segundo<br />

Preocupação<br />

Louvável<br />

No Ceará está em votação na Comissão de Educação, Cultura e<br />

Esporte um projeto tornando obrigatória a inclusão de conteúdos<br />

regionais e locais no ensino <strong>da</strong> História do Brasil. Precisamos que seja<br />

aprova<strong>da</strong> e leva<strong>da</strong> para todo o país a idéia, pois não é raro encontrar<br />

crianças, adolescentes e mesmo adultos completamente alheios a<br />

acontecimentos, figuras e <strong>da</strong>tas relevantes de sua região ou de sua<br />

ci<strong>da</strong>de. Um projeto louvável do senador Tasso Jereissati que merece<br />

ser copiado por políticos de todos os Estados.<br />

Jonildo Soares<br />

Monteiro<br />

Excelente<br />

João Pessoa já tem as praias mais maravilhosas do país e o povo<br />

mais hospitaleiro do Nordeste como atração turística. Agora com to<strong>da</strong><br />

a estrutura que está sendo monta<strong>da</strong> para o ‘Verão Total’, ninguém vai<br />

segurar o veraneio na capital paraibana. Uma idéia excelente! Sol,<br />

mar, diversão e tranquili<strong>da</strong>de pra ninguém botar defeito podem ser<br />

encontrados neste cantinho abençoado por Deus.<br />

Wellington Moisés Félix<br />

João Pessoa<br />

Autossufi ciente <strong>da</strong> Silva<br />

AGÊNCIAS:<br />

do lei tor@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

compreensível no português pátrio (não culto, elaborado,<br />

elitizado, apenas o idioma pátrio, usado na linguagem<br />

acessível do noticiário), se não fizesse como as crianças<br />

que por alguma circunstância não adquiriram o gosto pela<br />

leitura desde cedo e depois, na i<strong>da</strong>de adulta, tomaram<br />

horror a esteiras.<br />

Lendo, escreve-se, fala-se e se pensa melhor. Mais<br />

não seja por reflexo, treino.Mas o presidente, referido na<br />

orali<strong>da</strong>de, prefere que lhe digam resumi<strong>da</strong>mente o que vai<br />

pelo Brasil e o mundo. Escolhe terceirizar sua capaci<strong>da</strong>de de<br />

percepção e análise, deixar na mão dos outros aquilo que<br />

certamente, com sua celebra<strong>da</strong> sagaci<strong>da</strong>de e intuição, faria<br />

com muito mais eficácia. Tirando disso prazer e proveito inenarráveis.<br />

Só experimentado por quem de vez em quando fecha<br />

a boca, apura os ouvidos, aguça a visão e, de posse <strong>da</strong><br />

inteireza de suas aptidões, traça paralelos entre o que pensa<br />

o “outro” - enti<strong>da</strong>de essencial no exercício <strong>da</strong> convivência e<br />

no combate aos excessos <strong>da</strong> autossuficiência, do isolamento<br />

- e chega às próprias conclusões.<br />

Não é o caminho mais curto, mas é a maneira mais<br />

segura de ao menos se manter alguma coerência na vi<strong>da</strong>,<br />

Mais perto<br />

O deputado-secretário Romero Rodrigues (PSDB) informou<br />

que o governo do Estado pretende descentralizar<br />

o processo de contato com os prefeitos. Estão sendo<br />

programa<strong>da</strong>s várias reuniões de trabalho em diferentes<br />

regiões, nos próximos dias, para discutir ações que<br />

possam realizar em parcerias. A primeira deverá acontecer<br />

em Campina Grande, na próxima sexta-feira. O objetivo<br />

é uma aproximação maior entre governo e gestores.<br />

Portal Eletrônico<br />

O novo Portal Eletrônico do Tribunal de Contas <strong>da</strong><br />

<strong>Paraíba</strong> estará disponível a partir do dia 2 de fevereiro.<br />

Foi o que garantiu o presidente do órgão, conselheiro Nominando<br />

Diniz. Através do portal, os gestores municipais<br />

poderão encaminhar informações rotineiras ao Tribunal.<br />

Os gestores ain<strong>da</strong> terão acesso ao Diário Eletrônico, que<br />

será gratuito aos municípios, que poderão fazer suas publicações<br />

no Diário, diminuindo custos.<br />

Transparência<br />

Nominando quer <strong>da</strong>r mais transparência às prestações<br />

de contas dos prefeitos. Ele deu um exemplo: “Há<br />

um caso, na <strong>Paraíba</strong>, em que o mesmo calçamento foi<br />

apresentado como novi<strong>da</strong>de duas vezes (2002 e 2003) ao<br />

Tribunal de Contas”, contou Nominando. Ele preferiu não<br />

revelar o nome do município, nem o nome do prefeito<br />

que será responsabilizado por desvio de recursos, porque<br />

as contas ain<strong>da</strong> não foram julga<strong>da</strong>s.<br />

“Tenho firme e clara determinação de<br />

permanecer no PSDB”<br />

Geraldo Alckmin<br />

Ex-governador de São Paulo (sobre possível i<strong>da</strong> para o PTB)<br />

“Cléo tem o DNA <strong>da</strong> Glória, mas com<br />

seu brilho próprio, sem ter influência do<br />

trabalho <strong>da</strong> mãe”<br />

Fábio Barreto<br />

Diretor (sobre a atuação <strong>da</strong> atriz no filme ‘Lula, o Filho do<br />

Brasil’)<br />

“Árbitro frouxo não apita no Rio. Não<br />

vai ter esse negócio de jogador tomar<br />

cartão <strong>da</strong> mão do juiz em 2009”<br />

Jorge Rabello<br />

Presidente <strong>da</strong> Comissão de Arbitragem (sobre Campeonato<br />

Carioca)<br />

bem como algum compromisso com a palavra dita.<br />

NATUREZA<br />

Resumo <strong>da</strong> ópera governo-PMDB nas preliminares <strong>da</strong>s<br />

eleições para as presidências <strong>da</strong> Câmara e do Senado, sob a<br />

ótica de um político governista que já foi ministro: “O Palácio<br />

do Planalto fica imobilizado, no aguardo de que 2010 o<br />

PMDB faça diferente de 2008 e se alie preferencialmente ao<br />

PT. Alimenta o crocodilo na esperança de ser devorado por<br />

último.”<br />

FORA DE FOCO<br />

Noves fora, <strong>da</strong> manifestação do assessor especial <strong>da</strong><br />

Presidência, Marco Aurélio Garcia, qualificando como “terrorismo<br />

de Estado” os ataques de Israel em Gaza, sobra<br />

apenas o ridículo <strong>da</strong> cena.<br />

Se a posição brasileira não influi na organização <strong>da</strong><br />

ordem geral <strong>da</strong>quele drama milenar, a declaração de<br />

um auxiliar presidencial, em faixa paralela à política do<br />

Itamaraty, tampouco contribui para o Brasil se postar <strong>da</strong><br />

maneira adequa<strong>da</strong> a um país que é líder regional e abriga<br />

em boa convivência imensas comuni<strong>da</strong>des de ascendência<br />

árabes e ju<strong>da</strong>ica.<br />

Constatação óbvia e por isso mais eloquente a inconveniência.<br />

CLASSIFICADOS<br />

JP: Tel 2106-1818 • Fax 3241-2469<br />

clas sifjp@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

CG: Tel.: (83) 3341-5440 • Fax (83) 3341-3399<br />

clas si fcg@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

JP: Tel. (83) 2106-1881<br />

as si na tu rasjp@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

CG: Tel. (83) 3341-3136<br />

as si na tu ras@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

CIRCULAÇÃO<br />

JP: Tel. (83) 2106-1879 (JP)<br />

cir cu lajp@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

CG:Telefax (83) 3341-7177<br />

circulacaocg@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

Sony Lacer<strong>da</strong> com re<strong>da</strong>ção<br />

direta com a coluna: sony@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />

José Lacer<strong>da</strong> Neto informou que a Vice-Governadoria recebeu uma dotação orçamentária, para 2008,<br />

de R$ 321 mil e devolveu R$ 132 mil. “Isso em um ano de eleição <strong>da</strong> minha filha. Isso é orgulho para mim,<br />

para meus amigos e para o governador. Durante esses 50 anos de vi<strong>da</strong> pública, não tenho até hoje uma<br />

nota que desabone minha conduta”.<br />

o porquê <strong>da</strong> produção tão baixa de alguns companheiros, o senador Efraim Morais (DEM)<br />

afirmou que ca<strong>da</strong> parlamentar tem um estilo de fazer política. “Eu por exemplo tive uma certa dificul<strong>da</strong>de<br />

ter uma aparição melhor, diante <strong>da</strong> missão que me foi destina<strong>da</strong> pelo meu partido na 1ª Secretaria”.<br />

ele, que está deixando o cargo na Mesa, a atuação será mais forte no plenário e nas comissões.<br />

Ele disse que estará voltando à Comissão Mista de Orçamento, entre outras. “Mas eu procurei,<br />

mesmo fazendo a parte Executiva na Casa, procurei fazer minha parte. Quanto aos companheiros, ca<strong>da</strong><br />

um que faça sua parte”, aconselhou Efraim Morais.<br />

VENDA AVUL SA AS SI NA TU RAS<br />

Dias úteis Domingos Mensal Semestral Anual<br />

PB R$ 1,50 R$ 2,50 R$ 29,80 R$ 178,80 R$ 357,60<br />

Outros estados R$ 3,00 R$ 5,00 R$ 59,60 R$ 357,60 R$ 715,20<br />

Número atra sa do R$ 3,00 R$ 5,00<br />

*<strong>Jornal</strong>ista<br />

VENDA AVUL SA<br />

Os exem pla res do JORNAL DA PARAÍBA de ven<strong>da</strong> avul sa não são comer cia li za dos dire ta men te ao públi co. Nesse caso, a ven<strong>da</strong> é feita por<br />

ban cas de ter cei ros devi <strong>da</strong> men te auto ri za <strong>da</strong>s pelas pre fei tu ras, agen tes autô no mos e repre sen tan tes comer ciais cre-denciados (pes soas<br />

jurí di cas), que adqui rem o jor nal para reven <strong>da</strong> ao públi co. As assi na tu ras com entre ga domi ci liar são ven di <strong>da</strong>s por repre sen tan tes autô nomos,<br />

empre sas pres ta do ras de ser vi ço e fun cio ná rios <strong>da</strong> Editora JORNAL DA PARAÍBA.


ECONOMIA PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 7<br />

PRECARIEDADE/ Clientes reclamam <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de do sinal e dos preços cobrados pelas operadoras que possuem atuação no Estado<br />

Internet ban<strong>da</strong> larga na <strong>Paraíba</strong> é ruim e cara<br />

GISELLE PONCIANO<br />

ESPECIAL PARA O JP<br />

Preço alto para o tipo de serviço<br />

oferecido. Essa é a opinião<br />

de usuários e técnicos sobre<br />

o acesso à internet na <strong>Paraíba</strong>, que<br />

ain<strong>da</strong> consideram a oferta ruim,<br />

apesar de já existirem mais opções<br />

de serviços. A principal queixa<br />

sobre esse assunto recai para veloci<strong>da</strong>des<br />

de acesso anuncia<strong>da</strong>s e<br />

não cumpri<strong>da</strong>s. E sobre o preço,<br />

dependendo do provedor, as mensali<strong>da</strong>des<br />

podem fi car até R$ 30<br />

mais caras.<br />

“É complicado mesmo você ter<br />

um serviço que seja estável, que a<br />

conexão não caia”, observou o técnico<br />

em eletrônica e informática,<br />

João Manoel Duarte Filho, apontando<br />

que dos serviços disponíveis na<br />

<strong>Paraíba</strong>, só usaria Big ou Velox.<br />

Ele considera caros os valores<br />

cobrados e alertou para o fato de<br />

que alguns serviços obrigam o assinante<br />

a arcar com o gasto extra do<br />

provedor, fora a mensali<strong>da</strong>de que já<br />

se paga.<br />

“Na prática a empresa só precisaria<br />

de modem e do telefone, para<br />

a internet de transmissão à cabo. E<br />

aí, atrelam a necessi<strong>da</strong>de de provedor<br />

que funciona na ver<strong>da</strong>de como<br />

uma joga<strong>da</strong> comercial”, disse.<br />

Apesar de promessa, suporte é falho<br />

Uma <strong>da</strong>s pessoas que teve<br />

diversos problemas foi o webdesigner<br />

Rodrigo Barbosa. “Foram<br />

dores de cabeça diferentes. Uma<br />

relaciona<strong>da</strong> ao serviço de suporte<br />

e outra à veloci<strong>da</strong>de de acesso”,<br />

contou.<br />

No primeiro caso, ele disse<br />

que fi cou sem sinal de internet em<br />

casa e que não conseguia entrar<br />

em contato com o suporte, que não<br />

era 24 horas e que demorou mais<br />

de um dia pra resolver a questão.<br />

No outro caso, continuou,<br />

“fi z um contrato que estabelecia<br />

300kbps e só atingia 100kbps.<br />

Tentei revolver sozinho primeiro,<br />

mas não consegui porque tinha<br />

que ter o acesso ao dispositivo<br />

que conecta. Liguei para a assistência<br />

técnica e eles me disseram<br />

que era um problema na antena”.<br />

Isso aconteceu há uns dez meses.<br />

Rodrigo relatou que desde então<br />

Em pouco mais de uma déca<strong>da</strong>,<br />

um salto impressionante: <strong>da</strong><br />

internet disca<strong>da</strong> para internet sem<br />

fi o. A necessi<strong>da</strong>de de oferta de serviços<br />

dentro <strong>da</strong> rede mundial de<br />

computadores alavancou a veloci<strong>da</strong>de<br />

de acesso e já chegou ao ponto<br />

<strong>da</strong> oferta gratuita de internet<br />

em estabelecimentos comerciais<br />

– graças ao advento do wi-fi . O<br />

acesso ain<strong>da</strong> poderá ser ampliado<br />

devido a projetos desenvolvidos<br />

pelas administrações públicas do<br />

Estado e <strong>da</strong> capital, por exemplo.<br />

O consultor em informática e<br />

especialista em redes, Alisson Leite,<br />

lembra que assim que a internet<br />

surgiu não haviam muitos serviços.<br />

A rede era usa<strong>da</strong> mais para<br />

checar e-mail, para bate-papos<br />

ou para pesquisa. “Hoje, internet<br />

faz parte do dia-a-dia, podemos<br />

pagar contar, tirar vias<br />

de boletos, f a z e r<br />

Dependendo do provedor que se<br />

escolha, esse gasto extra pode ser<br />

de até R$ 30. Sobre veloci<strong>da</strong>de de<br />

acesso, João indica que a partir de<br />

300kbps já assegura um bom acesso,<br />

com estabili<strong>da</strong>de para ver vídeos.<br />

“Para baixar fi lmes ain<strong>da</strong> tem<br />

que ter um pouco de paciência com<br />

essa veloci<strong>da</strong>de”, disse.<br />

Com relação ao serviço de internet<br />

móvel o técnico disse ser<br />

ain<strong>da</strong> pior que os fi xos. Pela ques-<br />

não teve mais problemas, que hoje<br />

a conexão atinge normalmente<br />

300kbps.<br />

Sobre o preço cobrado, o webdesigner<br />

é um dos que considera<br />

alto para a quali<strong>da</strong>de do serviço<br />

ofereci<strong>da</strong>. “Posso fazer uma comparação<br />

exagera<strong>da</strong>, mas o que<br />

temos aqui é muito caro quando<br />

comparamos com<br />

o serviço em outros<br />

países”, destacou.<br />

O coordenadorexecutivo<br />

<strong>da</strong> Procon<br />

Municipal de João<br />

Pessoa, Sandro Targino,<br />

advertiu que o consumidor<br />

tem direito a não pagar a mensali<strong>da</strong>de<br />

integral se o que foi previsto<br />

no contrato não foi cumprido.<br />

“É possível uma negociação<br />

com a empresa a ponto de reduzir<br />

o valor que se paga. Se eu tenho<br />

um serviço de 300kbps e recebo<br />

Preço cobrado<br />

na <strong>Paraíba</strong> está<br />

entre os mais<br />

altos do Brasil<br />

100kbps, caso a empresa não disponha<br />

um serviço de 100kbps,<br />

terá que oferecer ao consumidor<br />

a opção de pagar o proporcional<br />

ao que ele acessa”, explicou, lembrando<br />

que se o consumidor quiser<br />

rescindir o contrato também<br />

poderá fazê-lo, sem pagar multas<br />

contratuais e ain<strong>da</strong> sendo ressar-<br />

cido pelo que pagou<br />

a mais.<br />

Sandro disse que<br />

muitos casos podem<br />

ser resolvidos diretamente<br />

com o provedor,<br />

com o suporte<br />

oferecido. Caso contrário, o consumidor<br />

deve procurar o Procon.<br />

“Outra possibili<strong>da</strong>de é fazer denúncias<br />

para Anatel”, observou.<br />

Apesar de muita gente falar<br />

mal dos serviços, a quanti<strong>da</strong>de<br />

de registros que chegam ao Procon<br />

Municipal de João Pessoa é<br />

pequena. No montante de sete mil<br />

reclamações computa<strong>da</strong>s durante<br />

esse ano, apenas 63 correspondem<br />

a queixas relaciona<strong>da</strong>s aos serviços<br />

de internet - foram 37 contra a<br />

Jet, 13 contra a Velox, uma contra a<br />

Neoline e 12 contra a Big.<br />

Essas reclamações, prosseguiu,<br />

“têm que acontecer sempre que o<br />

serviço falhar, Às vezes o sinal cai<br />

e você não reclama achando que<br />

vai voltar o serviço em uma hora,<br />

mas é bom que se reclame para<br />

não se repetir mais”.<br />

Ele próprio foi vítima desses<br />

problemas <strong>da</strong> falta de sinal <strong>da</strong><br />

internet. Sandro contou que não<br />

conseguiu acessar a rede mundial<br />

de computadores por mais de sete<br />

dias em sua residência. “A empresa<br />

colocou que era um problema<br />

dos cabos na minha residência,<br />

mas eu reclamei e paguei metade<br />

<strong>da</strong> mensali<strong>da</strong>de apenas”, ensinou.<br />

Wi-fi se populariza em João Pessoa<br />

compras, tirar alguns documentos,<br />

acessar serviços de cartórios.<br />

A gama é grande, isso sem falar no<br />

entretenimento com os jogos online<br />

e com a possibili<strong>da</strong>de de baixar<br />

fi lmes e músicas, por exemplo”,<br />

destacou.<br />

Diante disso, continuou, “foi<br />

preciso ampliar a veloci<strong>da</strong>de de<br />

acesso, para que os serviços fi -<br />

cassem mais rápidos, o que não<br />

acontecia quando a internet era<br />

disca<strong>da</strong>”. Quando era disca<strong>da</strong>,<br />

além do inconveniente de ocupar<br />

a linha telefônica enquanto<br />

estava sendo usa<strong>da</strong>, a internet<br />

tinha uma veloci<strong>da</strong>de de 56<br />

KBPS – sem contar o fato <strong>da</strong><br />

conta no fi nal do mês ser proporcional<br />

ao tempo em que a<br />

pessoa fi cava conecta<strong>da</strong>, a deman<strong>da</strong><br />

era cobra<strong>da</strong> por pulsos.<br />

Com a internet sem fi o, o<br />

acesso é mais<br />

tão <strong>da</strong> relação custo x benefício. E<br />

ain<strong>da</strong>, em alguns casos há limite<br />

para a recepção e emissão de <strong>da</strong>dos.<br />

Quando o consumidor ultrapassa<br />

a marca permiti<strong>da</strong>, há cobrança de<br />

até R$ 0,25 por megabite. E ain<strong>da</strong><br />

“a veloci<strong>da</strong>de termina baixando, cai<br />

a quali<strong>da</strong>de de acesso”, apontou o<br />

consultor em informática e especialista<br />

em redes, Alisson Leite, acrescentando<br />

que “quando você chega<br />

a dois gigas para essa recepção ou<br />

rápido quase 20 vezes, pois a veloci<strong>da</strong>de<br />

de acesso é de um mega.<br />

Alisson explicou que a reali<strong>da</strong>de<br />

wireless gratuita na <strong>Paraíba</strong><br />

ain<strong>da</strong> não permite grandes usos<br />

<strong>da</strong> internet. Pelo fato dos estabe-<br />

FRANCISCO FRANÇA<br />

PROBLEMAS Usuários dizem que empresas anunciam uma veloci<strong>da</strong>de, mas não cumprem com o compromisso<br />

troca de <strong>da</strong>dos, a veloci<strong>da</strong>de passa<br />

até para 128kbps”.<br />

Alisson concor<strong>da</strong> com João sobre<br />

o preço cobrado. “A proporção<br />

é quase três vezes mais cara aqui<br />

do que em outras partes do país,<br />

em média. Um exemplo, se aqui se<br />

paga R$ 100 por uma veloci<strong>da</strong>de<br />

de um mega, em outras locali<strong>da</strong>des<br />

brasileiras esse valor te <strong>da</strong>rá<br />

uma veloci<strong>da</strong>de de três megas”,<br />

esclareceu.<br />

lecimentos oferecerem o serviço<br />

gratuitamente, há restrições para<br />

seu uso. “É algo para um acesso<br />

básico, apenas para checar emails,<br />

documentos ou para chats”,<br />

completou.<br />

OFERTA<br />

Serviço Internet (fi xa) Veloci<strong>da</strong>de Mensali<strong>da</strong>de<br />

BIG 100 kbps R$ 70<br />

200 kbps R$ 80<br />

300 kbps R$ 100<br />

CMYK<br />

Jet 300 kbps R$ 53,90 + R$ 74,90 (pacote<br />

básico com 69 canais)<br />

600 kbps R$ 79,90<br />

1 mega R$ 99,90<br />

2 mega R$ 129,90<br />

Velox¹ 300 kbps R$ 72,90<br />

600 kpbs R$ 109<br />

1 mega R$ 169<br />

Neoline com Big TV² 64 kbps R$ 56<br />

200 kbps R$ 75<br />

300 kbps R$ 96<br />

Neoline<br />

(via rádio) 128 kbps R$ 50<br />

256 kbps R$ 80<br />

1- Requer uso de provedor. O <strong>da</strong> Oi custa R$ 29,90;<br />

2- Pacote básico a partir de R$ 12<br />

Serviço Móvel Veloci<strong>da</strong>de Mensali<strong>da</strong>de Uso<br />

Claro 250 kbps R$ 59 Ilimitado<br />

500 kbps R$ 84,90 Ilimitado<br />

1 mega R$ 119,90 Ilimitado<br />

Oi 300 kbps R$ 59,90 Limite de 2 giga *<br />

600 kbps R$ 79,90 Limite de 5 giga<br />

1 mega R$ 119 Limite de 10 giga<br />

* O limite é para transmissão e emissão de <strong>da</strong>dos, o<br />

excedente é cobrado (R$ 0,10 por megabite)<br />

Restaurantes e pousa<strong>da</strong>s<br />

oferecem acesso gratuito<br />

Mesmo com restrições, a oferta<br />

de wi-fi é uma estratégia de estabelecimentos<br />

comerciais para<br />

atrair e fi delizar clientela. Como é<br />

o caso <strong>da</strong>s Pousa<strong>da</strong>s e do Restaurante<br />

Toca do Caju, assim como o<br />

Caiçara Shopping, em João Pessoa.<br />

“Nós disponibilizamos há um ano,<br />

no restaurante, nas pousa<strong>da</strong>s tem<br />

seis meses mas já percebemos que<br />

isso realmente trouxe mais clientes,<br />

especialmente no restaurante”,<br />

contou a gerente <strong>da</strong> Toca do Caju,<br />

Beatriz Danielle, enfatizando que<br />

quando colocaram o serviço, ain<strong>da</strong><br />

era uma novi<strong>da</strong>de no mercado.<br />

Ela contou que muitos executivos<br />

e turistas vão ao restaurante<br />

no horário do almoço e aproveitam<br />

para resolver pendência enquanto<br />

almoçam. “Nosso fl uxo aumentou<br />

mesmo, pois quando estão no ambiente<br />

consomem”, reforçou.<br />

Outro estabelecimento que<br />

disponibiliza o acesso gratuito à internet<br />

é o Caiçara Shopping, desde<br />

a sua inauguração, há apenas cinco<br />

meses. O diretor administrativo do<br />

Caiçara Shopping, Kilder José Dantas<br />

Guimarães, contou que pensaram<br />

em colocar “esse acesso para<br />

abranger clientes que vêm lanchar,<br />

almoçar e vão poder usar o notebook<br />

com liber<strong>da</strong>de”.<br />

Mas, será que as lan houses serão<br />

prejudica<strong>da</strong>s com a ampliação<br />

dessa oferta gratuita? Não, segundo<br />

Alisson Leite, que é também proprietário<br />

de uma, a Shoppingnet, no<br />

Mag Shopping. “Esse é um diferencial<br />

comercial adotado por várias<br />

empresas. Não atrapalha se a lan<br />

mu<strong>da</strong>r o perfi l e oferecer impressão,<br />

gravação de CD e DVD, conversão<br />

de mídia e vários outros serviços<br />

que englobam esse universo.<br />

Governo quer implantar<br />

serviço gratuito em JP<br />

O Governo do Estado possui<br />

um projeto chamado <strong>Paraíba</strong> Digital,<br />

cujo objetivo é oferecer internet<br />

sem fi o de ban<strong>da</strong> larga e gratuita<br />

para to<strong>da</strong> a orla de João Pessoa e<br />

para grande parte do Centro de<br />

Campina Grande. A previsão é que<br />

seja implantado em 2009, com investimentos<br />

de R$ 17,6 milhões.<br />

O secretário-executivo de Ciência,<br />

Tecnologia, Recursos Hídricos e<br />

Meio Ambiente <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>, Edilton<br />

Rodrigues, explicou que na<br />

ver<strong>da</strong>de, será implantado uma espécie<br />

de projeto-piloto.<br />

“Será uma base de experimento,<br />

com capaci<strong>da</strong>de limita<strong>da</strong> de mil<br />

acessos que vai servir para agilizar<br />

transferência e troca de bancos<br />

de <strong>da</strong>dos, visando a ampliação<br />

do acesso a internet de<br />

forma<br />

mais democrática”, disse. Edilton<br />

lembrou que a Universi<strong>da</strong>de Federal<br />

<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> (UFPB) e a Universi<strong>da</strong>de<br />

Federal de Campina Grande<br />

(UFCG) fazem parte do projeto, e<br />

que por meio de estudos vão contribuir<br />

para o aprimoramento <strong>da</strong><br />

“<strong>Paraíba</strong> Digital”.<br />

Assim, a primeira etapa do<br />

projeto esta orça<strong>da</strong> em R$ 1,5 milhão,<br />

quando o Governo do Estado<br />

irá disponibilizar antenas em pontos<br />

estratégicos nas duas ci<strong>da</strong>des.<br />

A pretensão, no entanto, é de posteriormente<br />

oferecer o serviço a<br />

to<strong>da</strong> a <strong>Paraíba</strong> o que proporcionará<br />

benefícios à administração pública<br />

mas também a grandes e pequenas<br />

empresas, nas áreas <strong>da</strong> Educação,<br />

<strong>da</strong> Saúde, <strong>da</strong> Segurança e do<br />

incremento ao turismo.<br />

148862


8<br />

PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />

GERAL<br />

DINHEIRO/As instituições oferecem atrativos como taxas diferencia<strong>da</strong>s, a partir de 0,88%<br />

Instituições financeiras oferecem<br />

crédito para as contas de janeiro<br />

JACQUELINE SANTOS<br />

Entrar o ano sem dívi<strong>da</strong>s<br />

atrasa<strong>da</strong>s e ain<strong>da</strong> pagar à<br />

vista to<strong>da</strong>s as contas típicas<br />

do mês de janeiro. Para muitos<br />

consumidores esse pode parecer<br />

apenas um sonho distante, no entanto<br />

algumas instituições fi nanceiras<br />

estão disponibilizando créditos<br />

específi cos para as pessoas<br />

arcarem com as despesas comuns<br />

de início de ano, como matrícula<br />

dos fi lhos, material escolar e tributos,<br />

com taxas de juros atrativas e<br />

parcelas a perder de vista. As instituições<br />

oferecem atrativos como<br />

taxas diferencia<strong>da</strong>s, a partir de<br />

0,88%, e prazo de pagamento estendido<br />

em até 96 meses.<br />

A reportagem pesquisou<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de crédito em vários<br />

bancos de João Pessoa, entre<br />

públicos e privados, no entanto,<br />

constatou que apenas a Caixa Econômica<br />

Federal (CEF) dispõe de<br />

opções de fi nanciamento próprias<br />

para as dívi<strong>da</strong>s características do<br />

primeiro mês do ano. Segundo o<br />

superintendente regional <strong>da</strong> Caixa<br />

na <strong>Paraíba</strong>, Elan de Miran<strong>da</strong>,<br />

a instituição formatou condições<br />

especiais para que os clientes enfrentassem<br />

as contas como as de<br />

férias, matrícula, far<strong>da</strong>mento e<br />

material escolar <strong>da</strong>s crianças, além<br />

dos impostos que batem à porta<br />

nesse período.<br />

“Há tabelas em que o cliente<br />

pode dividir o montante em até 96<br />

vezes. Além disso, existem linhas<br />

com taxas de 0,88% por mês. De<br />

acordo com a necessi<strong>da</strong>de e a situação<br />

de ca<strong>da</strong> cliente (faixa salarial,<br />

empresa em que trabalha, relacionamento<br />

com o banco) montamos<br />

uma carteira de crédito personaliza<strong>da</strong>”,<br />

ressaltou. A CEF tem ain<strong>da</strong><br />

o Crédito Direto que tem limites<br />

pré-aprovados e o dinheiro pode<br />

ser obtido diretamente nos caixas<br />

automáticos, pelo telefone ou pela<br />

site do banco. Nesse caso, o crédito<br />

pode ser entre R$ 300 e R$ 1,5<br />

mil e o prazo para pagamento varia<br />

conforme o tipo de fi nanciamento<br />

escolhido. A Caixa também disponibiliza<br />

o crédito pessoal e para be-<br />

nefi ciários do Instituto Nacional de<br />

Seguro Social (INSS), a aposta são<br />

as baixas taxas (a partir de 0,88%).<br />

Embora não forneçam cartas<br />

de crédito diretamente liga<strong>da</strong>s às<br />

despesas de janeiro, os bancos oferecem<br />

linhas com juros mais baixos<br />

e prazos esticados para atrair<br />

os clientes. É o caso do banco Itaú<br />

que tem taxas de 2% ao mês, no<br />

caso de empréstimos consignados,<br />

e os valores podem ser parcelados<br />

em, no máximo, 36 meses. Outra<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de procura<strong>da</strong> e disponível<br />

para todos os clientes se refere<br />

ao crediário, que tem juros mais<br />

altos do que os praticados no fi -<br />

nanciamento com desconto direto<br />

136138<br />

FRANCISCO FRANÇA<br />

SERVIÇO BB oferece três tipos de financiamentos, mas nenhum destinado exclusivamente a essas contas<br />

na folha de pagamento do trabalhador,<br />

com 7% ao mês e parcelas<br />

de até 36 vezes.<br />

Segundo uma <strong>da</strong>s assistentes<br />

de gerência do Banco Itaú, Lúcia<br />

Emília Leal Costa, os clientes que<br />

querem fugir <strong>da</strong>s contas venci<strong>da</strong>s<br />

e procuram uma linha de crédito<br />

para quitar os débitos atrasados<br />

podem optar por uma <strong>da</strong>s carteiras<br />

do banco, no entanto, não<br />

existem linhas direciona<strong>da</strong>s para<br />

contas que aparecem junto com o<br />

mês de janeiro. “Nosso banco não<br />

trabalha com carteiras de fi nanciamento<br />

próprias para janeiro”,<br />

ressaltou.<br />

Segundo a assessoria de comunicação<br />

do Banco do Brasil,<br />

a instituição dispõe de três tipos<br />

de fi nanciamento, mas nenhum<br />

está formatado especifi camente<br />

para <strong>da</strong>r suporte nas despesas de<br />

janeiro. Entre as mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des estão<br />

o cartão de crédito e o cheque<br />

especial, com taxas que vão desde<br />

3,79% a 12,20% e não são indica<strong>da</strong>s<br />

para os consumidores que<br />

pretendem fi nanciar a longo prazo.<br />

Outra opção, mais apropria<strong>da</strong> para<br />

parcelamentos prolongados, refere-se<br />

ao crédito automático, em<br />

que os clientes podem dividir em<br />

até 36 meses, com taxas de juros<br />

que variam de 2,64% a 5,5%.<br />

No primeiro mês de vigência<br />

de portabili<strong>da</strong>de<br />

numérica na <strong>Paraíba</strong>,<br />

894 usuários de telefones pediram<br />

para trocar de operadora,<br />

mas apenas 392 ou 43,84% do<br />

total <strong>da</strong>s migrações foram concluí<strong>da</strong>s,<br />

sendo 333 de celulares e<br />

59 de telefonia fi xa. Apesar <strong>da</strong>s<br />

solicitações de telefonia fi xa representarem<br />

apenas 10,51% dos<br />

pedidos (94), a conclusão efetiva<br />

obteve um percentual (62,76%)<br />

bem acima <strong>da</strong> telefonia móvel<br />

(41,62%) do total de 800 que solicitaram<br />

a mu<strong>da</strong>nça. Os números<br />

foram consoli<strong>da</strong>dos pela ABR Telecom,<br />

enti<strong>da</strong>de responsável para<br />

administrar a portabili<strong>da</strong>de.<br />

Dos quatro códigos que começaram<br />

a vigorar desde 1º de<br />

dezembro de 2008, a <strong>Paraíba</strong><br />

apresentou o menor número de<br />

migração solicita<strong>da</strong> e concluí<strong>da</strong>.<br />

Os dois códigos<br />

do interior de São<br />

Paulo (12 e 13)<br />

lideram as migrações<br />

concluí<strong>da</strong>s,<br />

com respectivamente<br />

1.387 e<br />

1.333. Em terceiro<br />

vem o Estado de<br />

Alagoas com 406,<br />

seguido <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> 392.<br />

No país, nos primeiros meses<br />

de migração (de 1º de setembro a<br />

31 de dezembro) mais de 180,144<br />

usuários de telefones pediram<br />

para trocar de operadora e manter<br />

o mesmo número, mas a média<br />

de conclusão de migração do<br />

país 66,11% (119,1 mil) está bem<br />

acima <strong>da</strong> média paraibana.<br />

Para fazer a mu<strong>da</strong>nça, o consumidor<br />

deve se dirigir a uma<br />

<strong>da</strong>s lojas <strong>da</strong> operadora que deseja<br />

migrar, preencher um formulário<br />

com <strong>da</strong>dos pessoais como<br />

nome, endereço, número do CPF<br />

e identi<strong>da</strong>de, além do número de<br />

telefone que deseja manter e o<br />

nome <strong>da</strong> operadora atual. Após o<br />

preenchimento, o usuário recebe<br />

um número de protocolo para o<br />

acompanhamento do processo. A<br />

nova operadora vai agen<strong>da</strong>r uma<br />

148775 148935<br />

CMYK<br />

PORTABILIDADE<br />

Quase 900 pessoas pediram<br />

para mu<strong>da</strong>r de operadora<br />

JEAN GREGÓRIO<br />

A <strong>Paraíba</strong><br />

apresentou o<br />

menor número<br />

de migração<br />

solicita<strong>da</strong> e<br />

concluí<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong>ta para a habilitação do serviço<br />

que deve durar até cinco dias.<br />

Para isso, ele tem dois dias úteis a<br />

partir <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta em que ele solicitou<br />

para cancelar.<br />

Durante esse período, o usuário<br />

poderá desistir do processo<br />

de portabili<strong>da</strong>de sem qualquer<br />

problema, como também voltar<br />

a operadora antiga. Basta apenas<br />

repetir o mesmo processo. Já na<br />

portabili<strong>da</strong>de de telefonia fi xa, o<br />

assinante poderá mu<strong>da</strong>r de bairro<br />

e conservar o número anterior,<br />

mesmo fazendo mu<strong>da</strong>nça de endereço.<br />

Na <strong>Paraíba</strong>, mais de 2,482 milhões<br />

de usuários de telefonias,<br />

sendo 2,171 milhões de telefonia<br />

móvel e outros 311,7 mil clientes<br />

de fi xo podem migrar de operadora.<br />

Contudo, a transferência deve<br />

ser solicitado apenas dentro do<br />

mesmo DDD, como também na<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de móvel para móvel<br />

e de fi xo para fi xo.<br />

Segundo a ABR<br />

Telecom, a migração<br />

já está acessível a 30<br />

DDDs (2.862 municípios),<br />

que servem<br />

a mais de 60 milhões<br />

de usuários de telefonia<br />

no país, a portabili<strong>da</strong>de<br />

numérica<br />

está em processo de implantação<br />

gra<strong>da</strong>tiva.<br />

A implantação segue um<br />

calendário que deverá ser cumprido<br />

totalmente na primeira<br />

semana de março deste ano com<br />

o serviço ao alcance dos mais de<br />

187 milhões de assinantes servidos<br />

pe nos 67 DDDs existentes no<br />

país. De acordo com enti<strong>da</strong>de, faltam<br />

ain<strong>da</strong> sete etapas de implantação<br />

<strong>da</strong> portabili<strong>da</strong>de no Brasil<br />

entre janeiro e março deste ano.<br />

Na última quarta-feira, mais quatro<br />

estados e sete códigos foram<br />

benefi ciados com o novo serviço:<br />

18 (SP), 51 e 55 (RS), 63 (TO), 65<br />

(MT), 92 e 97 (AM).<br />

Os usuários de telefonia móvel<br />

e fi xa contemplados pela portabili<strong>da</strong>de<br />

nesta semana serão<br />

os mais de 15 milhões servidos<br />

pelos DDDs.<br />

148688


NA PARAÍBA/ Meta é ampliar em 20% o repasse de recursos para 2009<br />

Para conter crise, Caixa<br />

promete investir R$ 6 bi<br />

JEAN GREGÓRIO<br />

Para combater os efeitos <strong>da</strong><br />

crise fi nanceira global que<br />

têm provocado restrição<br />

de crédito em bancos privados, a<br />

Superintendência <strong>da</strong> Caixa Econômica<br />

Federal revelou que terá um<br />

movimento inverso. O montante<br />

dos investimentos na <strong>Paraíba</strong> será<br />

mais ‘gordo’ em 2009 e poderá chegar<br />

aos R$ 6 bilhões para as suas<br />

diversas linhas de fi nanciamentos e<br />

programas sociais, o que representa<br />

um crescimento de 20% no volume<br />

desembolsado no ano passado (R$<br />

5 bilhões). O montante equivale a<br />

quase um terço <strong>da</strong> soma de riquezas<br />

produzi<strong>da</strong> por todo o Estado<br />

(R$ 19,9 bilhões), segundo <strong>da</strong>dos<br />

divulgados pelo IBGE no fi nal do<br />

ano passado, mas referente ao ano<br />

de 2006.<br />

“Tivemos um bom ano de<br />

2008, mas eu tenho dito aos clientes<br />

e funcionários que 2009 será o<br />

ano <strong>da</strong> Caixa, será também o ano<br />

do país, pois consoli<strong>da</strong>remos esse<br />

processo de crescimento econômico<br />

com melhor distribuição de<br />

ren<strong>da</strong> e assim debelaremos a crise<br />

fi nanceira global que começou e<br />

se instalou nos EUA, tomou to<strong>da</strong><br />

a Europa e chegou inevitalmente<br />

ao Brasil, mas estaremos neste ano<br />

superando, seguindo o rumo de<br />

crescimento”, prevê com otimismo<br />

o superintendente regional <strong>da</strong> Caixa<br />

Econômica Federal na <strong>Paraíba</strong>,<br />

Elan de Miran<strong>da</strong>.<br />

Somente com o programa sociais<br />

desenvolvido pela Caixa, entre<br />

eles o programa de transferência de<br />

ren<strong>da</strong> como é o caso do Bolsa Família,<br />

desembolsará quase um bilhão<br />

em 2009. Outro bilhão de reais será<br />

destinado ao crédito para pessoa<br />

jurídica (empresas) e para as famílias<br />

(pessoal) enquanto o fi nancia-<br />

mento para a habitação receberá<br />

também um aporte maior no orçamento<br />

deste ano e o montante será<br />

de cerca de R$ 300 milhões, alta de<br />

20% a mais que o ano passado para<br />

as diversas linhas de fi nanciamento<br />

<strong>da</strong> casa própria.<br />

Segundo o superintendente<br />

Elan de Miran<strong>da</strong>, a “a crise fi nanceira<br />

global se deu em duas vertentes: a<br />

falta de dinheiro na praça e de confi<br />

ança. A Caixa por ser um banco do<br />

país com capital exclusivamente <strong>da</strong><br />

União e único completamente público<br />

oferece uma segurança sem<br />

limites para o seus clientes e nesse<br />

aspecto contempla a confi ança no<br />

mercado. Quanto ao crédito, estamos<br />

aumentando os prazos <strong>da</strong>s<br />

operações, disponibilizando mais<br />

volume de fi nanciamento e reduzindo<br />

a taxa de juros em quase todos<br />

os seus produtos, quebrando o<br />

outro eixo <strong>da</strong> crise”, frisou Elan.<br />

O superintendente afi rmou<br />

ain<strong>da</strong> que por ser a Caixa “um ban-<br />

ECONOMIA PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 9<br />

FRANCISCO FRANÇA<br />

OTIMISMO Elan de Miran<strong>da</strong> garante que não faltarão investimentos<br />

co 100% público, ou seja, <strong>da</strong> União<br />

e não pagar dividendos, nem lucros<br />

a sócios ou acionistas, todo o<br />

recurso que é depositado no banco<br />

é revertido em prol <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de e<br />

<strong>da</strong> população na forma de obras e<br />

ações sociais. Na ver<strong>da</strong>de, os clientes<br />

e os benefi ciados são os grandes<br />

acionistas do banco e isso dá mais<br />

tranquili<strong>da</strong>de”, lembrou.<br />

Sobre parcerias e convênios que<br />

serão manti<strong>da</strong>s em 2009, Elan de<br />

Miran<strong>da</strong> destacou as obras do Programa<br />

de Aceleração de Crescimento<br />

(PAC) e na área de saneamento e<br />

do Orçamento <strong>da</strong> União que estão<br />

orçados em torno de R$ 3 bilhões<br />

para a <strong>Paraíba</strong>. “Além de muitas<br />

obras de drenagem e de estra<strong>da</strong>s,<br />

o destaque vai para o saneamento.<br />

Até o fi nal do próximo ano de 2010,<br />

a ci<strong>da</strong>de de João Pessoa será 100%<br />

sanea<strong>da</strong>, o que vai diminuir sensivelmente<br />

as doenças e, por extensão,<br />

gastos com a saúde”, lembrou.<br />

CONTINUA NA PÁGINA 10<br />

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10<br />

PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />

ECONOMIA<br />

CONTRAPONTO/ Setor <strong>da</strong> construção agora pede redução nos juros cobrados pelo banco<br />

Empresários comemoram anúncio,<br />

mas criticam excesso de burocracia<br />

JEAN GREGÓRIO<br />

O<br />

presidente do Sindicato <strong>da</strong><br />

Indústria <strong>da</strong> Construção<br />

Civil em João Pessoa (Sinduscon-JP),<br />

Irenaldo Quintans,<br />

elogiou a postura <strong>da</strong> Caixa Econômica<br />

Federal de disponibilizar<br />

mais crédito para o segmento <strong>da</strong><br />

habitação ao classifi car “de injeção<br />

de ânimo para o mercado” como<br />

forma de suprir o mercado imobiliário<br />

que sofreu um recuo dos<br />

bancos privados nessa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de<br />

de fi nanciamento. “As construtoras<br />

fi caram muito contentes com essa<br />

medi<strong>da</strong> que corrobora com a promessa<br />

do presidente Lula de suprir<br />

o mercado de crédito na ausência<br />

dos bancos privados”, frisou Irenaldo<br />

ao acrescentar que a <strong>Paraíba</strong><br />

precisa muito desse fi nanciamento<br />

para diminuir o défi cit habitacional<br />

no Estado (160 mil moradias)<br />

e gerar emprego e ren<strong>da</strong>, porém,<br />

pediu menos burocracia no ato <strong>da</strong><br />

concessão do fi nanciamento. “É<br />

preciso diminuir as exigências e o<br />

tempo <strong>da</strong> liberação do crédito para<br />

que se ganhe em agili<strong>da</strong>de e as taxas<br />

médias entre 8% e 9% podem<br />

cair mais um pouco neste ano para<br />

estimular o setor”, lembrou.<br />

Irenaldo Quintans revelou<br />

que o último trimestre de 2008<br />

foi “o mais sentido pelo setor <strong>da</strong><br />

construção civil” em consequência<br />

do estouro <strong>da</strong> crise fi nanceira<br />

americana e os bancos privados<br />

recuaram e os empresários do setor<br />

e clientes fi caram na expectativa<br />

sobre os desdobramentos <strong>da</strong><br />

crise global. “Apesar do recuo no<br />

ânimo do último trimestre, os três<br />

primeiros trimestres foram bem<br />

acima dos anos anteriores”, mas<br />

afi rmou que “o mercado imobiliário<br />

de João Pessoa continua sólido<br />

e com liquidez”, reforça ao informar<br />

que o crescimento em 2008<br />

do setor foi de 10%.<br />

Já o presidente do Conselho<br />

Regional de Corretores de Imóveis<br />

<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> (Creci-PB), Rômulo Soares,<br />

disse que a postura <strong>da</strong> Caixa<br />

Econômica de aumentar o crédito<br />

será segui<strong>da</strong> pelas demais agên-<br />

cias fi nanceiras ofi ciais como Banco<br />

do Brasil e BNB como forma de<br />

“reagir a crise e não retroceder aos<br />

investimentos mantidos. Houve<br />

uma reunão em Brasília com to<strong>da</strong><br />

a cadeia <strong>da</strong> construção civil com o<br />

Ministro <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> e o presidente<br />

do Banco Central para justamente<br />

garantir esses investimentos neste<br />

ano”. Rômulo Soares acredita<br />

que com o conjuntos <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s<br />

toma<strong>da</strong>s pelo governo federal, o<br />

mercado “volte a normali<strong>da</strong>de já<br />

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FRANCISCO FRANÇA<br />

PROMISSOR Mercado imobiliário, em João Pessoa, teve crescimento de 10% em 2008, revela o Sinduscon<br />

em março no setor <strong>da</strong> habitação”,<br />

estima. Ele disse que o último trimestre<br />

de 2008 “não houve recuo<br />

do setor, mas uma a<strong>da</strong>ptação após<br />

com a crise econômica. Alguns<br />

projetos novos foram suspensos<br />

devido à crise e a restrição de crédito<br />

dos bancos privados, mas os<br />

que foram lançados na praça terão<br />

continui<strong>da</strong>de”.<br />

Para Rômulo, o setor conta<br />

com a que<strong>da</strong> <strong>da</strong> taxa básica de<br />

juros do Banco Central <strong>da</strong> Selic e,<br />

por extensão, dos fi nanciamentos<br />

<strong>da</strong> casa própria e voltar aquecer o<br />

mercado. “Acredito que não teremos<br />

que<strong>da</strong> em relação a 2008, mas<br />

um ano estável no setor <strong>da</strong> construção<br />

civil”, projeta.<br />

População de<br />

baixa ren<strong>da</strong><br />

terá estímulo<br />

Além <strong>da</strong> redução de uma série<br />

de mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de linhas de fi nanciamento<br />

de crédito em 2009, as faixas<br />

de ren<strong>da</strong> de menor poder aquisitivo<br />

terão um estímulo a mais. A<br />

taxa de juros para fi nanciamento<br />

<strong>da</strong> habitação de baixa ren<strong>da</strong> será<br />

de 4,5% ao ano. “Uma pessoa que é<br />

cliente <strong>da</strong> Caixa e possui uma ren<strong>da</strong><br />

de até dois salários mínimos pode<br />

ser contempla<strong>da</strong> com as menores<br />

taxas de juros”, lembrou o superintendente<br />

<strong>da</strong> Caixa Econômica Federal,<br />

Elan de Miran<strong>da</strong> ao frisar que a<br />

média está ente 8% a 9%.<br />

Em resposta ao Sinduscon, o<br />

superintendente revelou que fi nanciar<br />

uma casa própria está menos<br />

burocrático hoje em dia. “O processo<br />

de contratação está bastante<br />

simples. Hoje apenas com identi<strong>da</strong>de,<br />

CPF e comprovante de ren<strong>da</strong><br />

é possível qualquer pessoa ter seu<br />

fi nanciamento aprovado na Caixa<br />

Econômica Federal. Houve, na ver<strong>da</strong>de,<br />

um simplifi cação do processo.<br />

Volto a afi rmar que houve um alargamento<br />

dos prazos para 30 anos,<br />

taxas de juros reduzido. No atual<br />

sistema de fi nanciamento, não há<br />

mais saldo devedor residual como<br />

havia antigamente. Final do prazo,<br />

o mutuário não tem mais na<strong>da</strong> a<br />

pagar e as prestações são descrescentes”,<br />

frisou.<br />

Ele citou medi<strong>da</strong>s que permitiram<br />

a deburocratização, mas caso a<br />

documentação esteja correta, a concessão<br />

é quase que imediata. Outra<br />

mu<strong>da</strong>nça foi a eliminação de alguns<br />

documentos e o acumulo <strong>da</strong> ren<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> família para tomar um fi nanciamento.<br />

Outro avanço foi o reconhecimento<br />

<strong>da</strong> ren<strong>da</strong> informal.


A<br />

crise fi nanceira internacional<br />

ain<strong>da</strong> não abalou a<br />

disponibili<strong>da</strong>de de crédito<br />

dos bancos ofi ciais. Em 2008, o<br />

desembolso nas contratações do<br />

BNB na <strong>Paraíba</strong> chegou a mais de<br />

R$ 690 milhões, alta histórica de<br />

43% nas aplicações e distribuí<strong>da</strong>s<br />

em 134,4 mil operações de crédito.<br />

Do volume total disponibilizado<br />

pelo Banco do Nortesde (BNB) no<br />

ano passado, mais de 62% foram de<br />

contratações com recursos do Fundo<br />

Constitucional de Financiamento<br />

do Nordeste (FNE), que atingiu<br />

R$ 429 milhões no ano passado,<br />

um aumento de<br />

ECONOMIA PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 11<br />

EM 2008/ Mais de 62% do volume aplicado foram de recursos do FNE, que atingiu R$ 429 milhões, um aumento de 58% em relação a 2007<br />

BNB investiu mais de R$ 690 mi na <strong>Paraíba</strong><br />

JEAN GREGÓRIO<br />

58% em relação ao<br />

ano anterior.<br />

Na avaliação<br />

do superintendente<br />

em exercício do<br />

BNB, Ramildo Porto,<br />

“as aplicações do<br />

BNB na <strong>Paraíba</strong> superaram as expectativas<br />

e previsões realiza<strong>da</strong>s no<br />

início do exercício. Sabemos que o<br />

banco tem um papel importante no<br />

desenvolvimento do Estado e <strong>da</strong> região<br />

Nordeste e tais números foram<br />

possíveis graças ao esforço de todo<br />

nosso corpo de funcionários aliado<br />

ao excelente nível de parcerias<br />

construí<strong>da</strong>s no Estado”, analisou.<br />

Já o presidente do BNB, Roberto<br />

Smith, salienta que as metas<br />

foram atingi<strong>da</strong>s por to<strong>da</strong>s as dez<br />

Superintendências Estaduais. “Isso<br />

demonstra um processo de integração<br />

muito grande e uma percepção<br />

<strong>da</strong> importância desses resultados<br />

para a Instituição e para todos nós,<br />

que fazemos o BNB”. Um dos responsáveis<br />

foi justamente o crescimento<br />

do FNE. Como é a principal<br />

fonte de recursos do Banco, o FNE<br />

O programa<br />

Crediamigo<br />

cresceu 22%<br />

ano passado<br />

experimentou expansão <strong>da</strong> ordem<br />

de 80,6% nas contratações do BNB<br />

(R$ 7,6 bilhões). “O FNE excedeu<br />

a nossa previsão, que era de R$ 7<br />

bilhões”, declarou Roberto Smith,<br />

destacando que o BNB responde<br />

por 64% do crédito de longo prazo<br />

no Nordeste. Outro destaque do<br />

desempenho do BNB em 2008 foi<br />

o valor contratado em operações<br />

de crédito comercial (CDC), capital<br />

de giro, desconto de títulos e conta<br />

garanti<strong>da</strong>) e câmbio que em todo<br />

o País foi de R$ 3 bilhões, com alta<br />

de 82% em comparação ao ano<br />

anterior, mas não foi apresentados<br />

<strong>da</strong>dos <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>.<br />

Apesar <strong>da</strong> média histórica de<br />

crescimento do BNB<br />

na <strong>Paraíba</strong> em 2008, a<br />

taxa de crescimento do<br />

banco em nível regional<br />

obteve uma expansão<br />

ain<strong>da</strong> mais alta ao<br />

atingir 76,5% nas suas<br />

aplicações em 2008.<br />

Foram desembolsados mais R$<br />

13,2 bilhões em contratações ante<br />

R$ 7,4 bilhões no ano anterior. No<br />

Ceará, onde fi ca a sede do BNB regional,<br />

o crescimento foi mais ain<strong>da</strong><br />

expressivo ao atingir alta 105,9%<br />

nas operações, passando de R$ 1,02<br />

bilhão para R$ 2,1 bilhões.<br />

Contudo, o melhor desempenho<br />

nas contratações do BNB na<br />

<strong>Paraíba</strong> vieram nas operações realiza<strong>da</strong>s<br />

para as micro e pequenas<br />

empresas (MPEs). O volume de<br />

fi nanciamento superou os R$ 100<br />

milhões em fi nanciamento, o que<br />

representa uma expansão de 73%<br />

em relação a 2007. Nesse segmento,<br />

a taxa paraibana fi cou acima<br />

<strong>da</strong> média regional que obteve um<br />

incremento de 63% em relação a<br />

2007.<br />

Já o programa Crediamigo, que<br />

oferece crédito orientado ao microeempreendedores,<br />

cresceu 22% no<br />

ano passado ao emprestar R$ 75<br />

milhões em recursos na viabilização<br />

dos pequenos negócios. O Crediamigo,<br />

que realizou 80,5 mil empréstimos<br />

para pequenos negócios<br />

em mais de 170 municípios paraibanos<br />

a juro baixo, apresentou no<br />

ano passado o maior volume investido<br />

de sua carteira. Nos dez Estados<br />

que atua, o BNB chegou a marca<br />

de mais um bilhão e contratou<br />

mais de um milhão de operações<br />

em 2008 para fortalecer as ativi<strong>da</strong>des<br />

do segmento informal urbano,<br />

os chamados microeempreededores.<br />

Segundo o BNB, o programa<br />

é auto-sustentável, registra mais de<br />

400 mil clientes ativos, uma carteira<br />

ativa de R$ 362 milhões, e uma<br />

inadimplência baixa em torno de<br />

1%. De acordo com o superintendente<br />

em exercício, Ramildo Porto,<br />

“com seus dez anos de existência,<br />

credencia-se como um programa<br />

comprova<strong>da</strong>mente responsável por<br />

mobili<strong>da</strong>de social positiva dos seus<br />

clientes e em franca expansão”.<br />

2009: fi nanciamento não será problema<br />

Apesar dos cenários de crise<br />

projetados sobretudo para o crédito<br />

e crescimento econômico, o<br />

superintendente em exercício do<br />

BNB na <strong>Paraíba</strong>, Ramildo Porto,<br />

revela que fi nanciamento não<br />

será problema em 2009. “Apesar<br />

<strong>da</strong> conjunta de crise global, já<br />

temos garantido pelo orçamento<br />

<strong>da</strong> União a aplicação de pelo menos<br />

R$ 450 milhões do FNE na<br />

<strong>Paraíba</strong> e outros R$ 7,5 bilhões<br />

para serem aplicados em 2009<br />

na Região pelo banco. Quanto às<br />

demais linhas e programas, dependerão<br />

do teto e <strong>da</strong> deman<strong>da</strong>,<br />

o que frisamos sempre aos representantes<br />

de classe esmpresarial<br />

é que para bons projetos estruturados<br />

não faltarão recursos<br />

em 2009”, afi rmou Ramilton que<br />

acredita em um crescimento de<br />

aporte neste ano nas linhas do<br />

BNB entre 18% e 20%.<br />

O BNB não informou na <strong>Paraíba</strong><br />

o volume <strong>da</strong>s contratações do<br />

Programa Nacional de Fortalecimento<br />

<strong>da</strong> Agricultura Familiar<br />

(Pronaf), que no acumulado dos<br />

dez estados houve uma retração<br />

de 37%, em 2008, ao fecharndo<br />

em R$ 739,7 milhões ante R$ 1,1<br />

bilhão em 2007. Segundo Roberto<br />

Smith, os resultados decorreram<br />

tanto <strong>da</strong> expansão <strong>da</strong> inadimplência<br />

(Pronaf B) como <strong>da</strong> difi -<br />

cul<strong>da</strong>de de contratações (Pronaf<br />

A) em função <strong>da</strong>s exigências de<br />

licenças ambientais. O presidente<br />

FELIPE GESTEIRA<br />

BOM DESEMPENHO As metas foram atingi<strong>da</strong>s por to<strong>da</strong>s as dez Superintendências Estaduais<br />

CMYK<br />

criticou o processo sistemático<br />

de renegociação de dívi<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

carteira <strong>da</strong> agricultura familiar,<br />

que segundo ele, é “um estímulo<br />

à inadimplência. Estamos revendo<br />

a metodologia para liberar<br />

mais recursos para o Pronaf.<br />

Queremos acabar com a cultura<br />

<strong>da</strong> inadimplência”, declarou o<br />

presidente do BNB. Ele informou<br />

que o banco vem procurando migrar<br />

o público do Pronaf B para o<br />

Agroamigo. (JG)<br />

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12<br />

PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />

ECONOMIA<br />

DESENVOLVIMENTO/ Estado foi destaque no crescimento do PIB, no volume de ven<strong>da</strong>s do comércio varejista e na oferta de empregos formais<br />

Economia: PB fecha 2008 de forma positiva<br />

JACQUELINE SANTOS<br />

Um período considerado<br />

excelente para a economia<br />

<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>. O panorama<br />

observado ao longo de todo o ano<br />

que passou, com números positivos<br />

e crescente evolução nos mais<br />

diversos setores, permite que 2008<br />

seja visto como um dos melhores<br />

anos para os paraibanos. Os <strong>da</strong>dos<br />

divulgados refl etem essa reali<strong>da</strong>de:<br />

o Estado foi destaque por conta do<br />

crescimento do Produto Interno<br />

Bruto (PIB) em anos anteriores,<br />

estando entre os primeiros do país;<br />

o volume de ven<strong>da</strong>s do comércio<br />

varejista apresentou a maior taxa<br />

de evolução do Nordeste por vários<br />

meses consecutivos; além <strong>da</strong> maior<br />

oferta de empregos formais observa<strong>da</strong><br />

no ano passado.<br />

O Instituto Brasileiro de Geografi<br />

a e Estatística (IBGE) mostrou,<br />

em 2008, que a <strong>Paraíba</strong> registrou<br />

um crescimento de 6,7% no PIB em<br />

2006, comparando-se com o ano<br />

anterior: segundo maior aumento<br />

<strong>da</strong> região Nordeste e o quarto maior<br />

do Brasil. A soma de to<strong>da</strong>s as riquezas<br />

produzi<strong>da</strong>s na <strong>Paraíba</strong> também<br />

fi cou bem acima <strong>da</strong> taxa de aumento<br />

verifi ca<strong>da</strong> no Nordeste, que foi de<br />

4,8%, de acordo com o órgão. No<br />

último PIB dos estados divulgado<br />

ofi cialmente pelo IBGE, de 2005, a<br />

<strong>Paraíba</strong> registrou um crescimento<br />

de 4%, com R$ 16,8 bilhões, en-<br />

quanto que no país foram 3,2% de<br />

aumento nesse mesmo período.<br />

Para o secretário de Turismo<br />

de Desenvolvimento Econômico<br />

<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>, Roberto Braga, os bons<br />

frutos colhidos têm como base os<br />

investimentos realizados pelo governo<br />

estadual para gerar trabalho<br />

e ren<strong>da</strong> para a população paraibana,<br />

aquecer a economia, o que resulta<br />

em mais riqueza para o Estado. Entre<br />

as ações implementa<strong>da</strong>s estão<br />

a redução de impostos, que serve<br />

como incentivo para a instalação de<br />

novas indústrias na região, e os programas<br />

governamentais a exemplo<br />

do Leite <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>. A população<br />

também teve mais acesso ao mercado<br />

de trabalho e nos últimos seis<br />

Ren<strong>da</strong> dos paraibanos teve alta<br />

Mais uma prova de que a economia<br />

<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> evoluiu nos últimos<br />

anos consiste no crescimento do PIB<br />

per capita, o qual mostrou como o<br />

que mais se desenvolveu entre os<br />

nove Estados do Nordeste: 17,3%. Em<br />

2006, a ren<strong>da</strong> dos paraibanos passou<br />

de R$ 4.691 para R$ 5.507 ao longo<br />

dos 12 meses de 2008. A elevação,<br />

para o secretário de Planejamento e<br />

Gestão, Franklin Araújo, foi possível<br />

graças aos investimentos nas área de<br />

infraestrutura, indústria, comércio e<br />

agricultura. O secretário acredita que<br />

o avanço permanece nos próximos<br />

anos, “já que a <strong>Paraíba</strong> continua caminhando<br />

para o progresso”.<br />

O Produto Interno Bruto (PIB) é<br />

formado pelas riquezas gera<strong>da</strong>s pela<br />

indústria, comércio, agropecuária,<br />

setor de serviços e <strong>da</strong> administração<br />

pública (maior destaque <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>),<br />

construção e o consumo.<br />

O comércio varejista teve mui-<br />

to o que comemorar nesse ano que<br />

passou: o volume de ven<strong>da</strong>s em outubro<br />

de 2008, após três meses de<br />

crescimento seguido, atingiu 26,2%<br />

em relação ao mesmo período do<br />

ano passado e alcançou o maior<br />

índice do Brasil, que foi de apenas<br />

10,1%. Entre os meses de julho,<br />

agosto e setembro, o Estado acumulou<br />

aumento de 15%, 18,2% e 24,2%,<br />

respectivamente,<br />

Mesmo após o anúncio <strong>da</strong> crise<br />

internacional e os efeitos no faturamento<br />

nacional, que apresentou um<br />

declínio de 32,6%, as exportações<br />

paraibanas se mostraram fi rmes e<br />

superaram em dez meses de 2008,<br />

todo o faturamento de 2007. Entre<br />

janeiro e outubro do ano passado, o<br />

setor cresceu mais <strong>da</strong> metade do número<br />

observado no mesmo período<br />

do ano anterior e evoluiu em 51,2%.<br />

Isso resultou também em um maior<br />

faturamento nos dez primeiros<br />

meses de 2008, em relação a todo o<br />

ano de 2007, segundo <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Associação<br />

Brasileira <strong>da</strong> Indústria de<br />

Calçados (Abicalçados), com US$<br />

62,9 milhões ante US$ 41,6 milhões<br />

de 2007. O número de calçados com<br />

destino ao exterior cresceu de 28,3%<br />

entre janeiro a outubro do ano passado<br />

e manteve a 3ª colocação do<br />

país em pares exportados. Um total<br />

de 20,8 milhões de pares deixaram a<br />

<strong>Paraíba</strong> para serem comercializados<br />

nos mais diversos países, em 2008,<br />

ou seja, quase cinco milhões de calçados<br />

a mais do que 2007, em que<br />

foram comercializados 16,2 milhões<br />

de pares.<br />

No setor imobiliário, até novembro<br />

de 2008, de acordo com a Caixa<br />

Econômica, a <strong>Paraíba</strong> teve um aumento<br />

de 70,2% em relação aos onze<br />

meses de 2007. Até dezembro, foram<br />

movimentados R$ 250 milhões em<br />

recursos na habitação.<br />

anos surgiram 45 mil novos postos<br />

com carteira assina<strong>da</strong> no Estado.<br />

O secretário de Planejamento e<br />

Gestão, Franklin Araújo, disse que<br />

o cenário de progresso dos últimos<br />

cinco anos visto na <strong>Paraíba</strong> tem<br />

como base o esforço do governo do<br />

estado em estabelecer medi<strong>da</strong>s e<br />

criar fun<strong>da</strong>mentos para melhorar<br />

a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> população.<br />

O equilíbrio na distribuição dos<br />

investimentos, aplicados em todos<br />

os setores <strong>da</strong> economia paraibana,<br />

foi apontado pelo secretário como<br />

indutor para a estabili<strong>da</strong>de econômica<br />

do Estado. “Na ver<strong>da</strong>de, o<br />

quadro positivo que vimos atualmente<br />

se refl ete <strong>da</strong> consoli<strong>da</strong>ção<br />

de uma série de programas ini-<br />

ciados há mais de quatro anos. Foi<br />

elaborado um planejamento estratégico<br />

de longo prazo e tentamos<br />

a<strong>da</strong>ptá-lo com o plano plurianual<br />

de investimento”, explica.<br />

Analistas técnicos do Instituto<br />

Brasileiro de Geografi a e Estatística,<br />

responsável pelo levantamento<br />

dos números do PIB elogiaram o<br />

desempenho <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> e classifi -<br />

caram como excelentes os índices<br />

<strong>da</strong> agropecuária (setor responsável<br />

por 7,2% <strong>da</strong> economia em 2006),<br />

que teve crescimento de 19,9%. A<br />

projeção <strong>da</strong> Secretaria de Turismo e<br />

Desenvolvimento Econômico é que<br />

até o próximo ano, o PIB do Estado<br />

supere a taxa anual de 6,7% de 2008<br />

e acumule 40,93% em três anos.<br />

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CMYK<br />

Um dos motivos <strong>da</strong> expectativa se<br />

dá por conta de mais uma ativi<strong>da</strong>de<br />

a ser desenvolvi<strong>da</strong> até 2010, que<br />

se trata <strong>da</strong> extração de petróleo <strong>da</strong><br />

área <strong>da</strong> bacia do Rio do Peixe.<br />

FNE impulsionou o crescimento<br />

Entre os vários reforços que viabilizaram<br />

o progresso <strong>da</strong> economia<br />

do Estado estão os investimentos<br />

para o setor produtivo pelo Fundo<br />

Constitucional de Financiamento<br />

do Nordeste (FNE) que esse ano<br />

destinou R$ 429 milhões. A perspetiva<br />

<strong>da</strong> superintendência Estadual<br />

do BNB (Banco do Nordeste)<br />

é que no novo-ano sejam investidos<br />

recursos <strong>da</strong> ordem de R$ 450 milhões.<br />

Os setores que mais procuram<br />

pelo fi nanciamento na <strong>Paraíba</strong><br />

são a indústria, o comércio, serviços<br />

e o turismo, que concentram cerca<br />

de 60% do FNE do Estado.<br />

O secretário Franklin Araújo<br />

destaca ain<strong>da</strong> a valorização aos programas<br />

de combate à desigual<strong>da</strong>de<br />

social, como ‘Leite <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>’ e o<br />

‘Capacitar’, e o convênio com instituições<br />

municipais para fortalecer a<br />

economia local dos 223 municípios<br />

paraibanos. “Buscamos interiorizar<br />

as empresas, investimos em programas<br />

sociais e temos apostado na<br />

organização <strong>da</strong>s cadeias produtivas<br />

como forma de alavancar as pequenas<br />

economias”, cita.<br />

O secretário ressalta que embora<br />

tenham sido efetuados diversos<br />

investimentos para levantar a<br />

economia paraibana, o Estado não<br />

se descuidou do compromisso de<br />

realizar obras estruturantes como<br />

a edifi cação de adutoras e execução<br />

de programas de construção e reparação<br />

de estra<strong>da</strong>s. “A preocupação<br />

com educação, saúde e segurança<br />

pública faz parte do cotidiano do<br />

governo. A boa estrutura verifi ca<strong>da</strong><br />

no Estado, nessas áreas, se torna um<br />

atrativo para novos investidores”.<br />

Com a proximi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> crise fi -<br />

nanceira, que deve ser senti<strong>da</strong> pelos<br />

Estados com mais intensi<strong>da</strong>de nos<br />

próximos meses, a <strong>Paraíba</strong> pretende<br />

se preparar para enfrentar os<br />

LEONARDO SILVA<br />

ROBERTO BRAGA Secretário<br />

citou investimentos do governo<br />

possíveis prejuízos causados por<br />

essa fase conturba<strong>da</strong> <strong>da</strong> economia<br />

mundial. Uma <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s impostas<br />

para enfrentamento do problema<br />

foi a instituição de uma comissão<br />

técnica interpoderes (executivo,<br />

legislativo, judiciário, Tribunal de<br />

Contas do Estado e Ministério Público)<br />

que visa ao acompanhamento<br />

e monitoramento <strong>da</strong> evolução <strong>da</strong><br />

receita gera<strong>da</strong> na <strong>Paraíba</strong> diante <strong>da</strong><br />

situação de estagnação econômica.<br />

“Dia 12, pretende-se convocar<br />

a comissão para nomear e indiciar<br />

os trabalhos, que devem começar a<br />

ser efetivados ain<strong>da</strong> neste mês. Essa<br />

medi<strong>da</strong> vai facilitar na toma<strong>da</strong> de<br />

decisões, como reorganização do<br />

orçamento – redução de gastos, as<br />

quais serão feitas a partir de informações<br />

seguras”, disse. O secretário<br />

garantiu que serão estabeleci<strong>da</strong>s<br />

novas metas, com o foco para o<br />

crescimento.


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GERAL PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 13<br />

FÉRIAS / A <strong>Paraíba</strong> vai além do litoral e do Maior São João do Mundo. Embarque nesta viagem e descubra a riqueza turística do Estado<br />

Belezas preciosas que só têm no interior<br />

RODRIGO APOLINÁRIO<br />

Como um destino que está<br />

sendo descoberto pelos<br />

turistas nacionais e internacionais<br />

no Nordeste brasileiro,<br />

a <strong>Paraíba</strong> é hoje um dos grandes<br />

tesouros a ser desbravado pelos<br />

que gostam de belezas naturais e<br />

de uma história que vale a pena<br />

conferir. Mas se você acha que é só<br />

no Litoral ou no ‘Maior São João do<br />

Mundo’, de Campina Grande, que<br />

a <strong>Paraíba</strong> possui atrativos capazes<br />

de reunir visitantes<br />

Continuando<br />

pela BR-412 é<br />

possível chegar<br />

a Monteiro,<br />

pólo <strong>da</strong> Cultura<br />

Popular <strong>da</strong> PB<br />

nestas férias e provar<br />

que é um destino<br />

incomparável, é um<br />

engano.<br />

Para comprovar<br />

o que estamos dizendo,<br />

é preciso fazer<br />

uma viagem pelos<br />

principais pontos<br />

turísticos do Estado<br />

e conhecer mais sobre as serras,<br />

águas termais, engenhos, sol, mar<br />

e um povo acolhedor que recebe os<br />

visitantes de braços abertos.<br />

CARIRI<br />

Visitando o interior, vamos<br />

começar o nosso passeio pelo Cariri<br />

paraibano. Com uma culinária<br />

peculiar, que pode ser degusta<strong>da</strong><br />

em locais privilegiados de belezas<br />

naturais, e um povo acolhedor que<br />

defende a sua cultura popular, essa<br />

é uma região especial que o turista<br />

não pode deixar de conferir na<br />

<strong>Paraíba</strong>. De acordo com a gestora<br />

do projeto Turismo Histórico e<br />

Cultural do Cariri paraibano, desenvolvido<br />

pelo Sebrae/PB, Rosa<br />

Maria Correia, no Cariri, um dos<br />

primeiros pontos de para<strong>da</strong> é o<br />

município de Boqueirão. “Conhecido<br />

como a terra <strong>da</strong> produção<br />

têxtil, por lá é possível comprar<br />

belas redes e tapetes em lojas por<br />

to<strong>da</strong> a ci<strong>da</strong>de. Em segui<strong>da</strong>, o caminho<br />

é procurar um Hotel Fazen<strong>da</strong><br />

situado às margens do Açude Epitácio<br />

Pessoa, também conhecido<br />

como ‘Boqueirão’, e lá passar o<br />

tempo que quiser. Não esquecendo<br />

de atravessar o açude em passeio<br />

de barco e degustar o sabor <strong>da</strong><br />

Galinha Caipira que é vendi<strong>da</strong> em<br />

restaurantes também às margens<br />

do açude”, ressaltou. Para chegar a<br />

Boqueirão o turista deve se dirigir<br />

a Campina Grande e pegar a BR-<br />

104 até o município<br />

de Queima<strong>da</strong>s, onde<br />

será possível ver a<br />

entra<strong>da</strong> para o município,<br />

através <strong>da</strong><br />

PB-148.<br />

Seguindo nas<br />

terras caririzeiras,<br />

e continuando na<br />

PB-148, o visitante<br />

deve <strong>da</strong>r um pulo<br />

no município vizinho de Cabaceiras.<br />

“Conheci<strong>da</strong> como a ‘Roliúde<br />

Nordestina’, por já ter sido cenário<br />

de vários fi lmes, a exemplo do<br />

‘Auto <strong>da</strong> Compadeci<strong>da</strong>’ e ‘Romance’,<br />

grandes sucessos do cinema<br />

nacional, Cabaceiras é também a<br />

ci<strong>da</strong>de do Bode Rei, por ter a caprinocultura<br />

como um dos seus<br />

grandes potenciais econômicos e<br />

na culinária a partir do bode, um<br />

saboroso atrativo para os seus visitantes”,<br />

contou Rosa.<br />

Quem visita Cabaceiras deve<br />

conhecer o Lajedo de Pai Mateus.<br />

“Um lugar místico, cenário de<br />

vários fi lmes e de um pôr-do-sol<br />

inesquecível, o Lajedo não é para<br />

visitar apenas. Por lá tem um hotel<br />

fazen<strong>da</strong>, onde o turista pode passar<br />

a noite e desfrutar <strong>da</strong> paz que o<br />

interior <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> tem”, ressaltou<br />

a gestora.<br />

‘ROLIÚDE NORDESTINA’<br />

O Lajedo do Pai Mateus é<br />

frequentemente adotado em<br />

várias produções nacionais<br />

Mas o Cariri não cansa de ser<br />

belo e o caminho turístico nessa<br />

região tem como seguinte ponto de<br />

para<strong>da</strong>, Serra Branca, e por lá procurar<br />

conhecer a Serra do Jatobá,<br />

que tem o seu topo branco, o que<br />

determinou o nome do município.<br />

Segundo Rosa Maria, uma <strong>da</strong>s dicas<br />

para os turistas, neste mês de<br />

janeiro, é participar <strong>da</strong> caminha<strong>da</strong><br />

pelo Vale <strong>da</strong>s Serras, situado no<br />

município, que será realiza<strong>da</strong> no<br />

próximo dia 18, pelo projeto An<strong>da</strong><br />

Brasil-2009 em parceria com o<br />

Instituto Francês de Caminha<strong>da</strong>s<br />

(IVV). “Para quem gosta de uma<br />

boa caminha<strong>da</strong> e deseja encher os<br />

olhos com belas paisagens naturais,<br />

uma oportuni<strong>da</strong>de é participar<br />

dessa iniciativa”, disse.<br />

Câmera<br />

É preciso chegar no dia anterior.<br />

“No próximo dia 17, os interessados<br />

devem levar suas barracas<br />

e procurar o Centro Vivo de<br />

Convivência do Cariri, situado na<br />

Praça Matriz <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de Serra<br />

Branca, e lá fazer a sua inscrição.<br />

Logo após, seguir para um acampamento<br />

que será montado nas<br />

proximi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Serra do Jatobá,<br />

para que no dia 18, no início <strong>da</strong><br />

manhã, possamos estar saindo.<br />

Nós caminharemos por dez quilômetros<br />

de contemplação. Teremos<br />

para<strong>da</strong>s para alimentação e água.<br />

Vai ser uma aventura para renovação<br />

<strong>da</strong> mente e a vi<strong>da</strong>”, destacou.<br />

Para quem está em Cabaceiras e<br />

deseja ir a Serra Branca, o caminho<br />

é seguir pela PB-148 até o<br />

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município vizinho de São João do<br />

Cariri, em segui<strong>da</strong> dobrar a esquer<strong>da</strong><br />

pela BR-412. Já para quem<br />

sai de Campina Grande e deseja ir<br />

a Serra Branca, o caminho é pegar<br />

a BR-230 em direção ao Sertão, dobrar<br />

a esquer<strong>da</strong> na Praça do Meio<br />

do Mundo, município de Pocinhos,<br />

e seguir pela BR-412.<br />

A viagem pelo Cariri ain<strong>da</strong> não<br />

terminou. Continuando pela BR-<br />

412 é possível chegar em Monteiro,<br />

a maior ci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> região, pólo <strong>da</strong><br />

Cultura Popular do Estado. “Terra<br />

de grandes nomes <strong>da</strong> cultura paraibana,<br />

como a ‘pifeira’ Zabé <strong>da</strong><br />

Loca, o cantor e compositor Flávio<br />

José e o violeiro Pinto do Monteiro,<br />

esse município é um tesouro<br />

paraibano. Quem passa por lá<br />

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produtos anunciados não se encontrem disponíveis em algumas de nossas lojas. Iniciaremos a promoção com, no mínimo, 10 uni<strong>da</strong>des nas lojas nas quais os produtos estejam disponíveis. Não vendemos por atacado. Quanti<strong>da</strong>des limita<strong>da</strong>s. Fotos ilustrativas. Centro do Cliente Bompreço - 0800 705 5050 - ccb@bompreco.com.br<br />

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deve visitar o Museu Histórico de<br />

Monteiro, o Teatro Jansen Filho, a<br />

Igreja Matriz, guardiã de obras do<br />

pintor Miguel Guilherme, e a Casa<br />

<strong>da</strong> Rendeira, com produções em<br />

ren<strong>da</strong> renascença, um dos brilhantes<br />

do artesanato paraibano”, disse<br />

Rosa.<br />

A zona rural de Monteiro também<br />

possui vários atrativos. “Outro<br />

local único para quem visita<br />

o Cariri é o sítio Santa Catarina,<br />

onde mora Zabé <strong>da</strong> Loca, artista<br />

tomba<strong>da</strong> como Patrimônio Imaterial<br />

do Estado <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>. Além<br />

<strong>da</strong> Pedra do Peru, onde se podem<br />

praticar esportes radicais, a exemplo<br />

do rappel”, concluiu Rosa Maria<br />

Correia.<br />

CONTINUA NA PÁGINA 14<br />

148960


14<br />

PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />

PONTOS TURÍSTICOS As<br />

pega<strong>da</strong>s dos dinossauros ficam em<br />

Sousa (E); o Santuário <strong>da</strong> Cruz <strong>da</strong><br />

Menina (D) é para<strong>da</strong> obrigatória<br />

GERAL<br />

Sertão conserva pega<strong>da</strong>s de dinossauros<br />

PASSEIO / As águas termais de Sousa são famosas; Santa Luzia possui o ‘Banheiro de Pedra’ e Patos é conheci<strong>da</strong> pelo turismo religioso<br />

RODRIGO APOLINÁRIO <strong>da</strong> deve ser o ‘Banheiro de Pedra’, reu Cléa Cordeiro, presidente <strong>da</strong> <strong>da</strong> região, o Santuário <strong>da</strong> Cruz <strong>da</strong> bike”, disse Cléa. Saindo de Patos Estudiosos de todo o mundo são<br />

Como berço de pega<strong>da</strong>s de<br />

dinossauros, dono de águas<br />

termais que relaxam qual-<br />

no município de Santa Luzia, distante<br />

aproxima<strong>da</strong>mente seis quilômetros<br />

<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de. “Contemplar<br />

o pôr-do-sol no Banheiro de Pedra<br />

PBTur.<br />

Outro destaque é o turismo<br />

religioso, comum em to<strong>da</strong> a região.<br />

“Uma <strong>da</strong>s potenciali<strong>da</strong>des turís-<br />

Menina. “Esse é um local de peregrinação<br />

que atrai milhares de<br />

visitantes a ca<strong>da</strong> ano, espalhando a<br />

fama de um episódio ocorrido ali<br />

para Matureía, o caminho é pegar<br />

a PB-110 até o município de Teixeira<br />

e lá seguir pela PB-306.<br />

Voltando para a BR-230 e<br />

presenças constantes no local”,<br />

ressaltou.<br />

Mas quem passa pelo Sertão,<br />

não pode voltar para casa sem<br />

quer visitante e espaço de fortes é um dos espetáculos mais fasciticas do Sertão paraibano está na tempos atrás, em que uma menina adentrando um pouco mais na mergulhar nas águas <strong>da</strong> Estância<br />

tradições religiosas, o Sertão panantes do Sertão. Há quem diga rica religiosi<strong>da</strong>de popular. Em ca<strong>da</strong> foi assassina<strong>da</strong> e se tornou mártir região, chegamos ao município de Termal Brejo <strong>da</strong>s Freiras, situa<strong>da</strong><br />

raibano é também um dos gran- que índios habitaram as cavernas ci<strong>da</strong>de é possível encontrar uma popular do povo sertanejo, fazen- Sousa. “Por lá foi implantado o Vale no município de São João do Rio<br />

des tesouros do Estado. Segundo esculpi<strong>da</strong>s pelas rochas há muito referência religiosa que serve de do de Patos o epicentro religioso dos Dinossauros, um complexo tu- do Peixe. Conforme a PBTur, na Es-<br />

a Empresa Paraibana de Turismo tempo. O local é chamado de Ba- visita para romeiros e turistas in- <strong>da</strong> região”, frisou a presidente. rístico numa área de 700 metros tância, conforme a crença popular,<br />

(PBTur), a região possui espaços nheiro de Pedra, devido às esculteressados em conhecer um pouco Conforme a PBTur, o ponto tu- quadrados onde existem pega<strong>da</strong>s a água tem o poder de cura, onde<br />

preparados para receber os visituras que as rochas desenvolve- mais sobre a cultura local”, disse. rístico seguinte é a subi<strong>da</strong> para o de animais pré-históricos de 130 a lama também seria medicinal,<br />

tantes, com hotéis de quali<strong>da</strong>de e ram ao logo do tempo, formando Seguindo pela BR-230, o ro- Pico do Jabre, no município de Ma- milhões de anos atrás, o que repre- inclusive, indica<strong>da</strong> para o trata-<br />

pacotes em agências turísticas que na região uma <strong>da</strong>s paisagens mais teiro encontra Patos, ci<strong>da</strong>de coturéia. “São 1.193 metros de altura, senta um dos mais importantes mento de pele. Para quem está em<br />

reúnem a visita na maioria dos belas <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>. Ele também tem nheci<strong>da</strong> como a ‘Mora<strong>da</strong> do Sol’, numa caminha<strong>da</strong> com duas horas sítios paleontológicos do mun- Sousa e deseja chegar lá, deve con-<br />

atrativos.<br />

essa designação pelo fato de que, por atingir durante o ano, picos de de duração para o ponto mais alto do. Nesta área foi construído um tinuar pela BR-230 até o município<br />

Saindo de Campina Grande e na época do inverno, se torna uma temperatura que chegam a cerca <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>. Nesse caminho é pos- centro de visitação que conta com de Cajazeiras, logo após seguir pela<br />

seguindo o roteiro pela BR-230, piscina natural e atrai centenas de de 40º C. Lá é possível encontrar sível praticar caminha<strong>da</strong>, cavalga- passarelas metálicas e um mirante PB-405.<br />

um dos primeiros pontos de para- espectadores e banhistas”, discor- o espaço religioso mais visitado <strong>da</strong>, rappel e escala<strong>da</strong> de moutain- para facilitar o acesso às pega<strong>da</strong>s. CONTINUA NA PÁGINA 15<br />

CMYK<br />

FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />

148993


Outra região que faz diferença<br />

quando se pensa na<br />

<strong>Paraíba</strong>, é o Brejo. Conforme<br />

a Empresa <strong>Paraíba</strong> de Turismo<br />

(PBTur), ela apresenta cenários<br />

com relevo irregular, engenhos,<br />

casas de farinha, cruzeiros, trilhas,<br />

lagoas e cachoeiras rodea<strong>da</strong>s por<br />

uma vegetação sempre verdejante.<br />

Além disso, o frio no período<br />

de junho a setembro, atípico na<br />

Região Nordeste, atrai visitantes<br />

todos os anos.<br />

De acordo com a presidente<br />

<strong>da</strong> PBTur, Cléa Cordeiro, os turistas<br />

que saem de Campina Grande<br />

e visitam o Brejo podem começar<br />

sua viagem pelo município<br />

de Areia. Para chegar lá é preciso<br />

pegar a BR-104/Norte até o município<br />

de Esperança, logo após<br />

seguir pela PB-105 até Remígio<br />

e dobrar pela PB-079. “Título de<br />

Patrimônio <strong>da</strong> Cultura Nacional,<br />

Areia é um espaço único. Nela<br />

foi construído o primeiro teatro<br />

paraibano que já foi chamado de<br />

‘Recreio Dramático’ e hoje é o Teatro<br />

Minerva”, destacou. Conforme<br />

a secretaria de turismo de Areia, a<br />

beleza <strong>da</strong> região é ímpar. Banhado<br />

pelos rios Man<strong>da</strong>ú, Mamanguape,<br />

Bananeiras e Riachão, o município<br />

sempre mantém uma vegetação<br />

verde. As cachoeiras Furna,<br />

Manga, Vaca Brava, Pitombeira<br />

e Jitó são pontos obrigatórios de<br />

visitação. Entre os seus fi lhos mais<br />

ilustres encontram-se o escritor<br />

de ‘A Bagaceira’, José Américo de<br />

Almei<strong>da</strong>, e o pintor do quadro<br />

‘Independência ou Morte’, Pedro<br />

Américo.<br />

Seguindo o roteiro pela PB-<br />

079, a próxima para<strong>da</strong> é o município<br />

de Alagoa Grande. Terra<br />

do cantor Jackson do Pandeiro e<br />

<strong>da</strong> sindicalista Margari<strong>da</strong> Maria<br />

Alves, por lá é possível encontrar<br />

museus que contam as histórias<br />

dessas duas personali<strong>da</strong>des.<br />

“Como outros atrativos do município<br />

de Alagoa Grande nós<br />

podemos encontrar o engenho<br />

Lagoa Verde que produz a cachaça<br />

Volúpia e o Teatro Santa Inês, um<br />

espaço arquitetônico privilegiado<br />

de traços <strong>da</strong> cultura paraibana”,<br />

frisou Cléa Cordeiro.<br />

Com o Cruzeiro de Roma, a<br />

Cachoeira do Roncador, trilhas<br />

ecológicas, engenhos e um artesanato<br />

que já é reconhecido no<br />

exterior, o município de Bananei-<br />

ras, também é outro<br />

espaço que o turista<br />

que visita a <strong>Paraíba</strong><br />

deve conferir. “Para<br />

se ter uma ideia do<br />

potencial dessa região,<br />

em Bananeiras,<br />

artesãos locais são peritos na<br />

manipulação <strong>da</strong> madeira e bambu,<br />

outros constroem rabecas,<br />

guitarras e violões, além disso,<br />

várias artesãs trabalham a palha<br />

GERAL PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 15<br />

TURISMO / Região compreende a ci<strong>da</strong>de de Areia, Patrimônio <strong>da</strong> Cultura Nacional, e Alagoa Grande, berço de Jackson do Pandeiro<br />

Brejo tem trilhas, engenhos e cachoeiras<br />

RODRIGO APOLINÁRIO<br />

Em Bananeiras<br />

existe a famosa<br />

Cachoeira do<br />

Roncador<br />

<strong>da</strong> bananeira, com a qual criam<br />

produtos como bolsas, escarcelas<br />

e bandejas, que já são vendi<strong>da</strong>s no<br />

Sudeste do Brasil e<br />

no exterior”, relatou<br />

Cléa. Para quem sai<br />

de Alagoa Grande, o<br />

caminho para Bananeiras<br />

é seguir pela<br />

PB-075 até o município<br />

de Pirpirituba, pegar a PB-<br />

085 até Borborema, e seguir pela<br />

PB-103.<br />

Já o município de Serraria,<br />

seguindo ao sul pela PB-087, con-<br />

forme a PBTur, é ideal para trilhas<br />

e esportes de aventura. “Lá tem<br />

uma região onde se destacam<br />

as cavernas, como <strong>da</strong> Pedra do<br />

Fumo, <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> Santa Helena,<br />

e os Engenhos Belo Horizonte e<br />

Santo Antônio. O município é um<br />

dos integrantes do roteiro cultural<br />

no período de inverno, quando<br />

a maioria dos engenhos do Brejo<br />

são visitados e é sentido um clima<br />

frio peculiar dessa região paraibana”,<br />

ressaltou.<br />

Seguindo pela PB-087 até a<br />

divisa com Bananeiras, logo após<br />

CMYK<br />

pela PB-105 até Solânea e, em segui<strong>da</strong>,<br />

pela PB-111, é possível chegar<br />

a Araruna, já no Curimataú<br />

paraibano. Lá, na sua zona rural, às<br />

margens do Rio Calabouço, divisa<br />

natural dos Estados <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> e<br />

do Rio Grande do Norte, está uma<br />

<strong>da</strong>s belezas irresistíveis <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>,<br />

a Pedra <strong>da</strong> Boca. Com seus<br />

336 metros de altura, se destaca<br />

majestosa entre outras formações<br />

rochosas que embelezam o Parque<br />

Estadual <strong>da</strong> Pedra <strong>da</strong> Boca, uma<br />

área de conservação ambiental de<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 157 hectares.<br />

Campina Grande não tem apenas o São João<br />

LEONARDO SILVA<br />

Terras de inscrições rupestres,<br />

grandes pedras e museus<br />

que contam a história do desenvolvimento<br />

econômico <strong>da</strong> região,<br />

o Agreste paraibano também merece<br />

ser apreciado pelos turistas.<br />

Quem segue pela BR-230, vindo<br />

do litoral, deve prestar atenção<br />

na entra<strong>da</strong> à esquer<strong>da</strong> para o município<br />

de Ingá, situado a 70 km<br />

de João Pessoa. Por lá é possível<br />

encontrar as Itacoatiaras do Ingá,<br />

inscrições em uma pedra de 20m<br />

de largura por 3m de altura, cuja<br />

origem desconheci<strong>da</strong>, aponta<br />

para antigos índios que viviam<br />

na região ou a até visitas de seres<br />

extraterrestres. A formação rochosa<br />

foi tomba<strong>da</strong> pelo Instituto<br />

do Patrimônio Histórico Artístico<br />

Nacional (Iphan).<br />

Conforme a PBTur, vizinho ao<br />

Ingá, o turista encontra o município<br />

de Fagundes, onde na sua<br />

zona rural está situa<strong>da</strong> a Pedra de<br />

Santo Antônio. Com mais de cinco<br />

metros de altura e uma abertura<br />

de menos de um metro, próximo<br />

EXPORTAÇÃO O Museu do Algodão conta uma parte importante <strong>da</strong> história econômica de Campina Grande<br />

a sua base, o monumento natural<br />

é visitado todos os meses por turistas<br />

e romeiros que, seguindo a<br />

crença popular, afi rmam que ao<br />

passarem três vezes segui<strong>da</strong>s pela<br />

abertura <strong>da</strong> pedra, não termina-<br />

rão a vi<strong>da</strong> sem casar.<br />

Retornando à BR-230, e seguindo<br />

mais 40 km para o interior,<br />

na Serra <strong>da</strong> Borborema,<br />

o turista chega ao município de<br />

Campina Grande. Segun<strong>da</strong> maior<br />

ci<strong>da</strong>de do Estado <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> e terra<br />

do ‘Maior São João do Mundo’,<br />

evento realizado no mês de junho,<br />

que recebe cerca de um milhão<br />

de turistas todos os anos, para<br />

assistirem a algumas <strong>da</strong>s mani-<br />

festações de cultura popular mais<br />

consagra<strong>da</strong>s do Nordeste brasileiro,<br />

a ‘Rainha <strong>da</strong> Borborema’ é um<br />

grande pólo turístico paraibano.<br />

Quem chega à Campina Grande<br />

no mês de janeiro pode visitar<br />

os museus Histórico e Geográfi co,<br />

situado no centro, e do Algodão,<br />

no bairro <strong>da</strong> Estação Velha. Nesses<br />

espaços é possível conhecer um<br />

pouco mais <strong>da</strong> história de Campina<br />

Grande, que já foi a segun<strong>da</strong><br />

maior exportadora de algodão do<br />

mundo, fi cando atrás apenas de<br />

Liverpool, na Inglaterra, e hoje é<br />

um pólo educacional, possuindo,<br />

inclusive, a Universi<strong>da</strong>de Federal<br />

de Campina Grande (UFCG). É<br />

possível visitar também os monumentos<br />

dos cantores Jackson do<br />

Pandeiro e Luiz Gonzaga, situados<br />

na Aveni<strong>da</strong> Severino Cruz, às margens<br />

do Açude Velho, bem como<br />

a Catedral de Nossa Senhora <strong>da</strong><br />

Conceição e o Museu de Artes Assis<br />

Chateaubriand, ambos na Aveni<strong>da</strong><br />

Floriano Peixoto, centro.<br />

CONTINUA NA PÁGINA 16<br />

148958


16<br />

PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />

GERAL<br />

TURISMO / Estado possui 117 quilômetros de belas praias e a capital João Pessoa ain<strong>da</strong> reserva valiosos espaços históricos e sacros<br />

Litoral <strong>da</strong> PB é paraíso em estado bruto<br />

RODRIGO APOLINÁRIO<br />

Com uma extensão de 117 km,<br />

desde o estuário do Rio Grajú<br />

(ao norte, na divisa com<br />

o Estado do Rio Grande do Norte)<br />

ao estuário do Rio Goiana (ao sul,<br />

limitando-se com Pernambuco),<br />

o litoral paraibano é, conforme a<br />

PBTur, um paraíso ain<strong>da</strong> em estado<br />

bruto, onde os turistas podem desfrutar<br />

de belas paisagens naturais<br />

fora e dentro do oceano, além de<br />

monumentos históricos <strong>da</strong>tados do<br />

período colonial.<br />

De acordo com a presidente do<br />

órgão, Cléa Cordeiro, “o litoral paraibano<br />

possui 53 praias naturais<br />

e urbaniza<strong>da</strong>s, onde as suas areias<br />

claras e mar verde-azulado são incrementados<br />

por suaves ensea<strong>da</strong>s,<br />

barras, estuários, restingas, cordões<br />

litorâneos, tabuleiros e falésias, bem<br />

como é salpicado, em vários trechos,<br />

por coqueiros, cajueiros, massaran-<br />

dubas e guajirus”.<br />

Conforme a PBTur, a porta de<br />

entra<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> é João Pessoa,<br />

capital paraibana que foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

em 1585, o que a torna a terceira<br />

capital mais antiga do país, após<br />

Salvador e Rio de Janeiro. “Nela está<br />

a Ponta do Seixas, o ponto mais<br />

oriental <strong>da</strong>s Américas. Além disso,<br />

a ci<strong>da</strong>de têm aspectos<br />

incomuns com os<br />

maiores centros do<br />

Brasil, pois é reconheci<strong>da</strong><br />

como a segun<strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong>de mais verde do<br />

mundo, fi cando atrás<br />

apenas de Paris, na França, e tem<br />

na sua orla marítima um exemplo<br />

de compromisso com a sustentabili<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> natureza, onde numa<br />

extensão de quase 8 km, é proibi<strong>da</strong><br />

a construção de grandes prédios”,<br />

ressaltou a presidente. Segundo a<br />

PBTur, as praias <strong>da</strong> capital paraibana<br />

são <strong>da</strong>s mais limpas do país, em<br />

João Pessoa<br />

é a terceira<br />

capital mais<br />

antiga do país<br />

se tratando de áreas urbanas.<br />

Mas João Pessoa não é apenas<br />

conheci<strong>da</strong> pelas suas belas praias<br />

urbanas. A ci<strong>da</strong>de é um lugar veterano<br />

de espaços históricos e ebulição<br />

cultural. Quem visita a capital<br />

deve conhecer o Centro Cultural São<br />

Francisco, situado no Centro Histórico.<br />

O espaço é um conjunto arqui-<br />

tetônico barroco do<br />

século XVII, formado<br />

pela Igreja de São<br />

Francisco e o Convento<br />

de Santo Antônio,<br />

se consagrando<br />

como um dos mais<br />

ricos e conservados monumentos<br />

<strong>da</strong> arte barroca brasileira.<br />

Outro local que conta parte <strong>da</strong><br />

história paraibana é a Basílica de<br />

Nossa Senhora <strong>da</strong>s Neves, também<br />

no Centro, cuja primeira igreja neste<br />

espaço foi construí<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> nos<br />

idos de 1586. Conforme a PBTur, os<br />

turistas não podem deixar de co-<br />

nhecer também, no Centro Histórico,<br />

a Igreja de São Bento, o Teatro<br />

Santa Roza e o Hotel Globo.<br />

Mas para quem pretende conhecer<br />

belezas naturais quase intoca<strong>da</strong>s<br />

pelo homem, deve seguir para<br />

o litoral Sul. A 40 km de João Pessoa,<br />

na Barra de Garaú, município do<br />

Conde, está a praia de Tambaba.<br />

Lá foi instalado o primeiro campo<br />

de naturismo ofi cial do Nordeste,<br />

o segundo do Brasil. Com uma<br />

extensão de 1,7 km de pura beleza<br />

selvagem, ela está protegi<strong>da</strong> graças<br />

as suas falésias altas e íngremes.<br />

Saindo de João Pessoa, o acesso é<br />

facilitado pela BR-101, integra<strong>da</strong> à<br />

rodovia Conde-Jacumã.<br />

Segundo a PBTur, aproveitando<br />

o sol forte do litoral, os turistas também<br />

podem seguir para o litoral<br />

Norte, a 18 km <strong>da</strong> capital, seguindo<br />

pela BR-230, a ci<strong>da</strong>de de Cabedelo<br />

tem, dentro do mar, o Parque Estadual<br />

Marinho de Areia Vermelha.<br />

LITORAL NORTE Com a maré baixa, Areia Vermelha é boa pedi<strong>da</strong><br />

Com uma área de 230 hectares, esse<br />

espaço pode ser explorado no período<br />

de maré baixa, quando surge<br />

uma porção de areia onde é possível<br />

participar ativamente de momentos<br />

de contemplação e lazer. O passeio<br />

CMYK<br />

DIVULGAÇÃO<br />

pode ser contratado à beira-mar e<br />

dura cerca de três horas.<br />

Para os turistas, a PBTur dispõe<br />

de uma Central de Informações<br />

Turísticas, através do telefone 0800-<br />

2819229 e do www.pbtur.pb.gov.br.<br />

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GERAL PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 17<br />

EM PATOS/ Acervo, composto por mais de 15 mil exemplares, está disponível à população de segun<strong>da</strong> a sexta-feira, <strong>da</strong>s 7h30 às 22h<br />

Biblioteca oferece conhecimento no Sertão<br />

REPÓRTER DO FUTURO<br />

A maior biblioteca<br />

municipal do<br />

Sertão paraibano<br />

está localiza<strong>da</strong> na<br />

ci<strong>da</strong>de de Patos,<br />

interior <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>.<br />

O acervo é composto por mais de<br />

15 mil exemplares, entre literatura<br />

regional e nacional, livros didáticos,<br />

revistas e jornais. Segundo o<br />

diretor Francisco José Leite, a biblioteca<br />

abriga um imenso acervo<br />

de cultura e conhecimento. E esse<br />

acervo está fi cando ain<strong>da</strong> maior,<br />

pois os patoenses costumam doar<br />

livro à biblioteca. “A ca<strong>da</strong> dia que<br />

passa, esse número aumenta, devido<br />

às doações recebi<strong>da</strong>s. Professores,<br />

alunos e to<strong>da</strong> a socie<strong>da</strong>de<br />

vêm contribuindo para que isso<br />

aconteça. As pessoas não jogam<br />

mais os livros fora, elas trazem<br />

para cá”, relata Cristiane Paiva, 21<br />

anos, assistente administrativa.<br />

A biblioteca, que fi ca situa<strong>da</strong><br />

à Rua Rui Barbosa, no Centro <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong>de, funciona de segun<strong>da</strong> a<br />

sexta-feira, <strong>da</strong>s 7h30 às 22h, oferecendo<br />

aos estu<strong>da</strong>ntes, professores,<br />

estudiosos e a população em<br />

geral um lugar agradável onde se<br />

respira o ar de grandes escritores.<br />

O local conta ain<strong>da</strong> com o auditório<br />

Zefi nha Mota, um espaço<br />

disponível para to<strong>da</strong>s as secretarias<br />

do município, ONGs e instituições<br />

em geral, para a realização<br />

de palestras, reuniões e encontros,<br />

disponibilizando cerca de 110 lugares<br />

e infraestrutura de apoio.<br />

Para as pessoas que não possuem<br />

computadores em casa, e<br />

precisam fazer alguma pesquisa<br />

na internet, a biblioteca municipal<br />

oferece um Telecentro com 16<br />

computadores e, ain<strong>da</strong>, cursos básicos<br />

de informática (Word, Excel<br />

e Internet), para a comuni<strong>da</strong>de e<br />

para todos os professores, alunos<br />

e funcionários <strong>da</strong> Prefeitura Municipal<br />

de Patos.<br />

No mesmo espaço, os estu-<br />

<strong>da</strong>ntes de Patos podem freqüentar<br />

a TV Escola, que possui um<br />

acervo de vídeo e DVD de to<strong>da</strong>s<br />

as disciplinas, com o objetivo de<br />

atender as necessi<strong>da</strong>des de escolas<br />

públicas e priva<strong>da</strong>s, através<br />

do empréstimo dos volumes aos<br />

professores por um período de<br />

até cinco dias.<br />

Para manter a biblioteca funcionando,<br />

além dos funcionários<br />

municipais, alguns voluntários<br />

costumam doar parte do seu<br />

tempo para atender os que procuram<br />

o local, a exemplo do poeta e<br />

escritor Gilmar Pereira Santos, 39<br />

anos. “Faz quatro meses que estou<br />

aqui <strong>da</strong>ndo apoio a um excelente<br />

trabalho desenvolvido pela professora<br />

Silvana com defi cientes<br />

visuais”, explica.<br />

A Biblioteca Municipal foi<br />

CMYK<br />

REPÓRTER DO FUTURO<br />

NO CENTRO A Biblioteca Municipal fica localiza<strong>da</strong> na Rua Rui Barbosa<br />

inaugura<strong>da</strong> em 24 de março de<br />

2006 e tem como patrono Allyrio<br />

Meira Wanderley.<br />

CONTINUA NA PÁGINA 18<br />

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18<br />

PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />

GERAL<br />

ACERVO/ Na Biblioteca Municipal de Patos, os defi cientes visuais encontram a Bíblia Sagra<strong>da</strong> e a orientação <strong>da</strong> professoa Silvania Maria<br />

Títulos em braille possibilitam a inclusão<br />

REPÓRTER DO FUTURO<br />

A Biblioteca<br />

Municipal de Patos<br />

é a única no<br />

Sertão <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong><br />

que possui um local<br />

especializado<br />

com um acervo signifi cativo em<br />

braille, inclusive a Bíblia Sagra<strong>da</strong>.<br />

Neste espaço, podemos encontrar<br />

a simplici<strong>da</strong>de, bom humor e satisfação,<br />

características marcantes de<br />

Silvania Maria de Araújo Lucena,<br />

professora de defi cientes visuais <strong>da</strong><br />

Biblioteca Municipal de Patos desde<br />

julho desse ano.<br />

Os sonhos <strong>da</strong> menina patoense<br />

que não enxergava, foram maiores<br />

que suas limitações. Para portadores<br />

<strong>da</strong> mesma defi ciência, ela é um<br />

exemplo de superação para todos<br />

que conhecem sua história. “Quando<br />

eu era criança não existia uma<br />

escola especial que ensinasse Braille,<br />

e era isso que eu queria fazer. Eu<br />

queria aprender a ler e escrever nessa<br />

linguagem para realizar o meu<br />

sonho de ser professora”, relata<br />

Silvania.<br />

Faz 18 anos que ela se mudou<br />

para Brasília com o objetivo de<br />

estu<strong>da</strong>r, retornando à terra natal<br />

recentemente. “Quando cheguei a<br />

Patos fi z alguns concursos, mas não<br />

encontrei uma oportuni<strong>da</strong>de em<br />

que pudesse exercer o meu trabalho<br />

como gostaria. Quando eu consegui<br />

uma vaga aqui na biblioteca, me<br />

senti realiza<strong>da</strong>”, comenta a professora.<br />

Há quatro meses, Silvania desenvolve<br />

ativi<strong>da</strong>des com alunos<br />

defi cientes visuais na biblioteca. Os<br />

trabalhos acontecem pela manhã e<br />

à tarde, atendendo aos alunos em<br />

horários diferenciados do que estu<strong>da</strong>m.<br />

Segundo ela, as aulas pro-<br />

curam desenvolver a capaci<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong>s pessoas, buscando uma a<strong>da</strong>ptação<br />

<strong>da</strong>s mesmas à sua reali<strong>da</strong>de.<br />

“Desenvolver essas ativi<strong>da</strong>des é um<br />

processo trabalhoso, mas o interesse<br />

deles é fun<strong>da</strong>mental para um<br />

bom resultado. Aqui eles aprendem<br />

a ler e escrever em Braille. Aprendem<br />

matemática através do Soroban,<br />

que é um ábaco a<strong>da</strong>ptado para<br />

cegos. Aprendem sobre orientação e<br />

mobili<strong>da</strong>de, além de terem aula de<br />

ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> diária”, explica.<br />

Apesar do pouco tempo, os<br />

resultados já são bastante satisfatórios.<br />

“Devagarzinho eu estou<br />

deixando esta sala a minha cara, e<br />

os meus alunos participam disso<br />

comigo. Já adquirimos um aparelho<br />

de som para dinamizar as aulas,<br />

confeccionamos cartazes em Braille,<br />

brinquedos e até livros”, destaca<br />

Silvania Maria.<br />

REPÓRTER DO FUTURO<br />

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CMYK<br />

APRENDIZADO Os trabalhos<br />

desenvolvidos por Silvania<br />

Maria, na Biblioteca Braille,<br />

acontecem pela manhã<br />

e à tarde, atendendo<br />

os alunos em horários<br />

diferenciados do que estu<strong>da</strong>m<br />

Preconceito é responsável pela exclusão social<br />

O preconceito ain<strong>da</strong> é o maior<br />

responsável pela exclusão social<br />

de pessoas portadoras de alguma<br />

necessi<strong>da</strong>de especial. No entanto,<br />

aliado a isso, existem outros fatores<br />

que difi cultam a a<strong>da</strong>ptação dos<br />

defi cientes visuais a uma reali<strong>da</strong>de<br />

produtiva, seja de trabalho, seja<br />

de cultura. Ao contrário do que se<br />

pensa, pessoas que não enxergam<br />

podem trabalhar. A falta de capacitação,<br />

o desinteresse <strong>da</strong>s empresas<br />

e instituições em contratar pessoas<br />

defi cientes e o preconceito <strong>da</strong> família<br />

são problemas que devem ser<br />

superados em uma ação conjunta.<br />

Segundo a professora Silvania<br />

Maria de Araújo Lucena, que não<br />

enxerga desde a infância, algumas<br />

capitais já empregam essas pessoas.<br />

“Lugares como Brasília e São Paulo<br />

já utilizam pessoas cegas em vários<br />

ramos de ativi<strong>da</strong>des. Eles estão nos<br />

hospitais trabalhando em câmaras<br />

escuras, em lavanderias, em pa<strong>da</strong>rias<br />

e como telefonistas”, informa.<br />

Ela explicou que, em São Paulo,<br />

trabalhou no ramo <strong>da</strong> construção<br />

civil. “Éramos 40 mulheres cegas<br />

trabalhando na construção civil. A<br />

empresa que nos contratou, afi rmava<br />

que pessoas cegas, por terem<br />

o tato mais apurado, trabalhavam<br />

bem no acabamento de obras, e<br />

REPÓRTER DO FUTURO<br />

DEDICAÇÃO A professora Silvania Maria ensina braille na biblioteca<br />

realmente é ver<strong>da</strong>de. Nossos dedos<br />

são nossos olhos,” afi rma.<br />

O apoio <strong>da</strong> família é fun<strong>da</strong>mental<br />

para que reali<strong>da</strong>des como essas<br />

se tornem constantes e acessíveis.<br />

Faz-se necessário um engajamento<br />

dos defi cientes dentro <strong>da</strong> própria<br />

casa e um encaminhamento para<br />

instituições que ofereçam capacitação<br />

e aju<strong>da</strong>. O Sertão paraibano<br />

ain<strong>da</strong> é carente de uma estrutura<br />

adequa<strong>da</strong> para estas pessoas. No<br />

entanto, exemplos de superação são<br />

vivenciados todos os dias por uma<br />

minoria que sabe que a cegueira<br />

é apenas uma difi cul<strong>da</strong>de a mais<br />

para ser enfrenta<strong>da</strong>.<br />

José Janito de Souza, 42 anos, é<br />

um aluno dedicado. Há dois anos<br />

ele frequenta a Escola Especial Irmã<br />

Benigna em Patos, e há dois meses,<br />

as aulas <strong>da</strong> professora Silvania. “Eu<br />

venho de Teixeira todos os dias,<br />

mas adoro estar aqui. Estou no<br />

terceiro ano do supletivo e sei que,<br />

com interesse, a gente supera todos<br />

os desafi os”, concluiu. Já Silvania<br />

Maria conclui: “Sou uma pessoa realiza<strong>da</strong>,<br />

adoro o que faço. O mundo<br />

dos cegos está além <strong>da</strong> escuridão,<br />

nós somos capazes de tudo que<br />

quisermos, nossos sonhos são multicoloridos”.<br />

FACULDADES INTEGRA-<br />

DAS DE PATOS (FIP)<br />

Reportagem e fotos: Denísia de Oliveira<br />

Professora/Orientadora: Maria Zita<br />

Almei<strong>da</strong><br />

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GERAL PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 19<br />

Vigilância faz alerta para riscos nos salões<br />

PERIGO/ Os “vilões” dos salões de beleza são os equipamentos utilizados pela manicure e o uso indevido do formol, nas escovas progressivas<br />

DA REDAÇÃO<br />

O<br />

hábito de ir ao salão de beleza<br />

pode representar um<br />

risco constante à saúde. Se<br />

a sua única preocupação se restringe<br />

à cor do esmalte ou <strong>da</strong> tinta do<br />

cabelo, é melhor rever esse pensamento.<br />

Na busca pela beleza, muitas<br />

pessoas acabam esquecendo de<br />

cui<strong>da</strong>dos primordiais para evitar<br />

infecções. A coordenadora do setor<br />

de saúde <strong>da</strong> Gerência de Vigilância<br />

Sanitária de João Pessoa (GVS-JP),<br />

Eliane Navarro, fez o alerta para o<br />

perigo constante encontrados nos<br />

salões de beleza, que passa desper-<br />

FOTOS: FRANCISCO FRANÇA<br />

cebido e pode provocar doenças<br />

como micoses, tétano, dermatites,<br />

hepatite B e C e Aids.<br />

Os “vilões” dos salões de beleza<br />

são os equipamentos utilizados pela<br />

manicure e o uso indevido do formol,<br />

que permite apenas 0,2% para<br />

conservação do produto. “Acontece<br />

que tem cabeleireira que acrescenta<br />

mais um pouco <strong>da</strong> substância, o<br />

que pode trazer sérios riscos à saúde<br />

<strong>da</strong> paciente”, explicou.<br />

De acordo com a coordenadora,<br />

na capital, mais de cinco mil salões<br />

de beleza estão em funcionamento,<br />

o que não implica dizer que todos<br />

estão regularizados junto à Vigi-<br />

lância Sanitária. Segundo Eliane,<br />

mesmo sabendo que há irregulari<strong>da</strong>des,<br />

nenhum salão foi interditado<br />

em João Pessoa em 2008.<br />

Ano passado foi realiza<strong>da</strong> uma<br />

palestra com os cabeleireiros<br />

e manicures<br />

com o objetivo de<br />

sensibilizá-los para<br />

os riscos eminentes<br />

de contaminação. “O<br />

destaque foi para o<br />

uso do formol e do alicate de unha”,<br />

declarou. O alerta é que o usuário<br />

leve o material de casa, “mas só isso<br />

não resolve, a não ser que seja de<br />

uso individual”.<br />

A esterilização<br />

deve ser feita<br />

em autoclave<br />

ou estufa<br />

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148907<br />

Na hora de ir à manicure, no<br />

entanto, o perigo não está apenas<br />

no alicate. Eliane explica que os<br />

palitos e o afastador também representam<br />

riscos e neles, o vírus <strong>da</strong><br />

hepatite, por exemplo,<br />

é capaz de resistir até<br />

72 horas, o que não<br />

acontece com o vírus<br />

<strong>da</strong> Aids.<br />

A esterilização<br />

deve ser feita através<br />

de autoclave ou estufa. No primeiro,<br />

o material é esterilizado a partir de<br />

calor úmido, enquanto no segundo,<br />

é necessária a permanência do objeto<br />

por uma hora a temperatura de<br />

170º ou duas horas a 160º. Porém, a<br />

maioria dos salões, segundo Eliane,<br />

ain<strong>da</strong> utiliza o forninho, bem mais<br />

barato que os demais. “O forninho<br />

não possui termômetro e termostato,<br />

ou seja, não são capazes de matar<br />

todos os vírus e bactérias”, alertou.<br />

Para ela, o usuário é o melhor<br />

parceiro <strong>da</strong> GVS para combater os<br />

riscos nos salões. Mas na prática,<br />

nem sempre isso acontece. A auxiliar<br />

de nutrição, Lourdes Paiva, 34<br />

anos, vai à manicure duas vezes por<br />

mês, mas confessou que não toma<br />

os cui<strong>da</strong>dos devidos e prefere confi<br />

ar no salão, mesmo sabendo que<br />

pode sofrer algum <strong>da</strong>no.<br />

CMYK<br />

SAÚDE A<br />

coordenadora do<br />

setor de saúde<br />

<strong>da</strong> GVS-JP, Eliane<br />

Navarro (1ª foto),<br />

fez o alerta para<br />

os cui<strong>da</strong>dos com a<br />

higiene nos salões<br />

de beleza<br />

A infectologista Berenice Cabral<br />

também alertou para os frequentadores<br />

de salões de beleza. “Sempre<br />

haverá o risco, pois não há como<br />

identifi car quem está infectado”,<br />

disse. “O correto é fi car atento para<br />

a devi<strong>da</strong> esterilização e cui<strong>da</strong>dos de<br />

higiene”, completou. Para abrir um<br />

salão em João Pessoa, é preciso preencher<br />

uma série de requisitos na<br />

GVS, apresentando cópia de licença<br />

sanitária, alvará de funcionamento<br />

e o certifi cado de habilitação de cabeleireiro.<br />

É cobra<strong>da</strong> uma taxa que<br />

varia de acordo com o tamanho do<br />

estabelecimento.<br />

CONTINUA PÁGINA 20.<br />

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148969<br />

148906


20<br />

PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />

GERAL<br />

PROGRESSIVAS/ O formol é cancerígeno e pode causar <strong>da</strong>nos irreversíveis à cliente, inclusive já houve um caso de morte em Goiás<br />

Uso do formol em cabelos é restrito a 0,2%<br />

DA REDAÇÃO<br />

A<br />

prática de alisar os cabelos<br />

ultrapassou o sinônimo de<br />

beleza e também apresenta<br />

riscos à saúde. O uso indevido de<br />

formol na composição <strong>da</strong> escova tem<br />

preocupado a Gerência de Vigilância<br />

Sanitária (GVS-JP), que fi scaliza no<br />

sentido de cumprir a determinação<br />

<strong>da</strong> Agência Nacional de Vigilância<br />

Sanitária, que permite apenas 0,2%<br />

de formol como conservante.<br />

“Quanto mais formol, mais liso<br />

o cabelo vai fi car”, explicou. “Porém,<br />

vale destacar que quanto mais<br />

formol na composição, mais risco a<br />

pessoa corre”, completou. A aplicação<br />

<strong>da</strong> escova progressiva pode va-<br />

riar entre R$ 80 e R$ 250 nos salões<br />

de João Pessoa.<br />

Entre se adequar às normas <strong>da</strong><br />

Vigilância Sanitária e agra<strong>da</strong>r as<br />

clientes, a cabeleireira Severina Sales,<br />

proprietária do salão El Sha<strong>da</strong>y,<br />

fi cou com a primeira opção. “Eu<br />

poderia ganhar bem mais se usasse<br />

formol, mas sei que faz mal à saúde<br />

e achei melhor só oferecer escovas<br />

sem o produto, como a inteligente e<br />

a marroquina, que também alisam<br />

os cabelos”, destacou.<br />

Finalizando, Eliane lembrou que<br />

o formol é cancerígeno e pode causar<br />

<strong>da</strong>nos irreversíveis à cliente, inclusive<br />

a morte, como aconteceu em<br />

Goiás, quando uma mulher morreu<br />

depois de fazer a aplicação.<br />

ALTERNATIVA Escovas sem o produto, como por exemplo a inteligente e a marroquina, também alisam os<br />

cabelos e não oferecem riscos à saúde<br />

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CMYK<br />

FOTOS: FRANCISCO FRANÇA<br />

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