Página 3 - Jornal da Paraíba
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EXEMPLAR DO ASSINANTE<br />
REDE GLOBO<br />
COMEÇA NA QUINTA<br />
‘Verão Total’ vai<br />
aju<strong>da</strong>r enti<strong>da</strong>des<br />
carentes de JP<br />
SERVIÇOS<br />
• Suplemento<br />
COM TUDO EM CIMA<br />
Cléo Pires afina a<br />
silhueta e decide<br />
bancar ‘lado sexy’<br />
• <strong>Página</strong> 3<br />
www.jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
18 PRÉ-SELECIONADOS<br />
Big Brother Brasil<br />
começa nesta 3ª<br />
com novi<strong>da</strong>des<br />
• <strong>Página</strong> 8<br />
DIVULGAÇÃO/ REDE GLOBO<br />
DENTRO DO CONTEXTO...<br />
Juliana Paes vai<br />
mostrar as curvas<br />
na novela <strong>da</strong>s oito<br />
• <strong>Página</strong> 5<br />
PARAÍBA, 11 DE JANEIRO DE 2009 Leia e deci<strong>da</strong> ANO XXXVII Nº 10778 R$ 2,50 DOMINGO<br />
Prefeitos ‘barram’ contratações e<br />
demitem mais de mil servidores<br />
Novos gestores alegam irregulari<strong>da</strong>des e quem perdeu emprego bate à porta do Judiciário para voltar aos postos de trabalho no Executivo • <strong>Página</strong> 3<br />
DIVULGAÇÃO/ FRANCISCO FRANÇA<br />
Belezas para ver nas férias<br />
Do Litoral ao Sertão, <strong>Paraíba</strong> tem riquezas de encher os olhos<br />
Caixa tenta frear crise com R$ 6 bi para a PB<br />
Os recursos, para as mais diversas linhas de financiamento e programas sociais, representam 20% do montante liberado no ano passado • <strong>Página</strong>s 9 e 10<br />
DE CIDADE EM CIDADE<br />
Parlamentares<br />
vão até as bases<br />
durante recesso<br />
• <strong>Página</strong> 5<br />
TEMPO HOJE<br />
máx. 38º<br />
min. 21º<br />
MARÉS<br />
máx. 36º<br />
min. 20º<br />
máx. 31º<br />
min. 24º<br />
Fonte: CLIMATEMPO<br />
Hora Altura<br />
Alta 04h24 2,3 m<br />
Baixa 10h23 0,1 m<br />
Alta 16h41 2,5 m<br />
Baixa 22h54 -0,2 m<br />
PERIGO Comuni<strong>da</strong>des de áreas próximas à linha do trem convivem com o risco de acidentes • Ci<strong>da</strong>des 1 e 3<br />
Internet ban<strong>da</strong> larga desagra<strong>da</strong> usuários<br />
Clientes reclamam <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de do sinal e dos preços cobrados pelas operadoras que têm atuação no Estado • <strong>Página</strong> 7<br />
VIDA & ARTE<br />
PARA ESQUENTAR O DOMINGO<br />
O axé de Ivete toma<br />
conta de Intermares<br />
Baiana agita o dia como a primeira grande<br />
atração do ‘Fest Verão’, além de Timbala<strong>da</strong>,<br />
Garota Safa<strong>da</strong> e Bichinha Arruma<strong>da</strong> • <strong>Página</strong> 5<br />
UMA OBRA DIFERENTE<br />
Romance ‘Riacho Doce’<br />
de Zé Lins, faz 70 anos<br />
• <strong>Página</strong> 1<br />
• <strong>Página</strong>s 13 a 16<br />
MINISSÉRIE ROMANCE FOI ADAPTADO PELA REDE GLOBO EM<br />
1990, COM O CASAL CARLOS ALBERTO RICCELLI E VERA FISCHER<br />
COMERCIAL | JP: 2106 1862 CG: 3341 4554 CLASSIFICADOS | JP: 2106 1818 CG: 3341 5440 ASSINATURAS | JP: 2106 1881 CG: Tel (83) 3341 3136 site: www.jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
RIZEMBERG FELIPE<br />
CMYK<br />
DESENVOLVIMENTO<br />
Balanço de 2008<br />
indica evolução<br />
<strong>da</strong> economia<br />
Estado se destacou no crescimento<br />
do Produto Interno<br />
Bruto, no volume de ven<strong>da</strong>s<br />
do comércio varejista e na<br />
oferta de empregos formais.<br />
Ren<strong>da</strong> também teve alta<br />
• <strong>Página</strong> 12<br />
MAIS DE R$ 690 MILHÕES<br />
Aplicações do<br />
BNB no Estado<br />
superam metas<br />
• <strong>Página</strong> 11<br />
NESTA EDIÇÃO<br />
FELIPE GESTEIRA<br />
A Timemania zerou o placar<br />
acumulado em 2008. Com isso,<br />
os torcedores paraibanos,como<br />
Félix de Brito (foto) ganharam um<br />
incentivo para aju<strong>da</strong>r seus times<br />
• Ci<strong>da</strong>des 7<br />
ATRAÇÃO PRINCIPAL<br />
Pretinha corre<br />
neste domingo<br />
em João Pessoa<br />
• Ci<strong>da</strong>des 6
2<br />
PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />
POLÍTICA<br />
EM 2008/ Cientista político afi rma que cassação do man<strong>da</strong>to do deputado paraibano Walter Brito Neto dividiu opiniões e acirrou os debates<br />
Reforma ‘sepultará’ impasse sobre fideli<strong>da</strong>de<br />
ADJA BRITO<br />
Odebate envolvendo as regras<br />
de fi deli<strong>da</strong>de partidária<br />
dominou as discussões<br />
em torno <strong>da</strong> reforma política e<br />
gerou muita polêmica em 2008,<br />
causando até confl itos entre os poderes<br />
Legislativo e Judiciário. Para<br />
2009, o debate continuará e vai se<br />
estender até que os congressistas<br />
deci<strong>da</strong>m sobre a questão e defi nam,<br />
de uma vez por to<strong>da</strong>s, o texto <strong>da</strong> reforma<br />
política. Esta é uma opinião<br />
do cientista político Rodrigo Freire,<br />
professor <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal<br />
<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>, afi rmando que desde<br />
1989 tramitam no Congresso Nacional<br />
dezenas de projetos pontuais<br />
sobre o tema.<br />
O que houve de novo, em 2008,<br />
foi que pela primeira vez um deputado<br />
perdeu o man<strong>da</strong>to por ter<br />
trocado de partido sem justa causa.<br />
E como todos sabem, quem protagonizou<br />
o fato foi um paraibano - o<br />
deputado Walter Brito Neto. A per<strong>da</strong><br />
de seu man<strong>da</strong>to foi determina-<br />
<strong>da</strong> pelo Supremo Tribunal Federal<br />
(STF) e, no dia 18 de dezembro, a<br />
decisão foi referen<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Mesa<br />
Diretora <strong>da</strong> Câmara Federal. A decisão<br />
do STF e <strong>da</strong> Justiça Eleitoral<br />
dividiu opiniões. Para muitos parlamentares<br />
e gestores públicos a decisão<br />
engessa a ativi<strong>da</strong>de política.<br />
O professor Rodrigo Freire, que<br />
já publicou uma série de textos<br />
sobre o tema, diz que a fi deli<strong>da</strong>de<br />
partidária é um imperativo para a<br />
consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> democracia brasileira.<br />
“A fi deli<strong>da</strong>de partidária é um<br />
ponto fun<strong>da</strong>mental não só para o<br />
fortalecimento do sistema partidário<br />
brasileiro, como também para<br />
a preservação <strong>da</strong> vontade popular<br />
expressa nas urnas. Num sistema<br />
eleitoral proporcional como o nosso,<br />
a fi deli<strong>da</strong>de partidária precisa<br />
ser estendi<strong>da</strong> ao ponto de o man<strong>da</strong>to<br />
pertencer não ao parlamentar,<br />
mas ao partido que o elegeu, sendo<br />
a troca de partido, no exercício do<br />
man<strong>da</strong>to, puni<strong>da</strong> com a cassação<br />
do parlamentar. É bom lembrar que<br />
a maioria absoluta dos parlamenta-<br />
res hoje atuando no Poder Legislativo<br />
foi eleita com a aju<strong>da</strong> do coefi -<br />
ciente partidário”, disse o professor.<br />
Rodrigo Freire ain<strong>da</strong> completa:<br />
“Se os partidos políticos parecem<br />
não ter importância para o exercício<br />
do man<strong>da</strong>to parlamentar - já<br />
que boa parte dos parlamentares<br />
se sente livre para migrar de partido<br />
no exercício do man<strong>da</strong>to -, eles<br />
são fun<strong>da</strong>mentais para a eleição <strong>da</strong><br />
maioria dos parlamentares. O político<br />
precisa saber que todos podem<br />
trocar de legen<strong>da</strong>, mas o man<strong>da</strong>to é<br />
dos partidos, porque só pode haver<br />
eleição através deles. O fortalecimento<br />
dos partidos vai gerar um<br />
novo momento para a política brasileira”.<br />
O cientista político ressaltou<br />
também o voto dos eleitores. “Se os<br />
eleitores que votam em um determinado<br />
candi<strong>da</strong>to, também votam<br />
no partido dele e aju<strong>da</strong>m este partido<br />
a eleger outros candi<strong>da</strong>tos de<br />
seu partido, como, então, permitir<br />
que parlamentares - representantes<br />
<strong>da</strong> vontade popular - troquem de<br />
Necessi<strong>da</strong>de de aprovação urgente<br />
Rodrigo Freire disse que o Congresso<br />
Nacional precisa aprovar,<br />
urgentemente, a reforma política. O<br />
professor lembrou que foi apresentado<br />
por uma Comissão Especial <strong>da</strong><br />
Câmara dos Deputados em 2003,<br />
relatado pelo deputado Ronaldo<br />
Caiado e, na CCJ, pelo deputado<br />
Rubens Otoni, um projeto de reforma<br />
política que tinha um caráter<br />
sistêmico, envolvendo uma ampla<br />
reestruturação do sistema eleitoral<br />
e impactando fortemente o sistema<br />
partidário brasileiro.<br />
“Este projeto foi rejeitado já<br />
nesta legislatura pelo plenário <strong>da</strong><br />
Câmara, em 2007. Era um projeto<br />
que, a meu ver, trazia vários méritos<br />
e que merecia ser aprovado, como o<br />
voto em lista partidária fecha<strong>da</strong>, o<br />
fi m <strong>da</strong>s coligações nas eleições proporcionais,<br />
a fi deli<strong>da</strong>de partidária e<br />
o fi nanciamento público exclusivo<br />
de campanha, entre outros pontos”,<br />
comentou.<br />
Rodrigo Freire disse que a virtude<br />
do projeto estava em tocar em<br />
pontos críticos do atual sistema,<br />
como a desproporção <strong>da</strong> representação<br />
parlamentar dos partidos<br />
(por causa <strong>da</strong>s coligações), a busca<br />
do fortalecimento (ou <strong>da</strong> criação)<br />
de uma cultura partidária no Brasil<br />
(com a lista fecha<strong>da</strong>) e democratizar<br />
o acesso ao fi nanciamento<br />
nas campanhas, coibindo uma <strong>da</strong>s<br />
principais fontes de corrupção no<br />
Brasil, que é o fi nanciamento privado<br />
<strong>da</strong>s campanhas eleitorais.<br />
“Da<strong>da</strong> a atual conjuntura, acredito<br />
que o que deveria se propor para<br />
uma reforma política, como medi<strong>da</strong>s<br />
pontuais e emergenciais, era o<br />
fi m <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s coligações<br />
e a fi deli<strong>da</strong>de partidária, neste último<br />
caso, tornando lei o que já está<br />
regulamentado pelo TSE. Isto teria<br />
um impacto nas eleições parlamentares<br />
de 2010 no sentido de fortalecer<br />
as banca<strong>da</strong>s dos grandes partidos,<br />
e poderia abrir caminho para<br />
uma eventual reforma política mais<br />
completa na próxima legislatura”,<br />
declarou o cientista político. (AB)<br />
partidos sem perder o man<strong>da</strong>to se,<br />
ao trocar de partidos, eles também<br />
estariam aderindo - em tese - a um<br />
programa político antagônico? Estou<br />
considerando aqui que democracias<br />
institucionaliza<strong>da</strong>s também<br />
pressupõem partidos com um grau<br />
mínimo de conteúdo programático-ideológico”,<br />
ressaltou Rodrigo<br />
Freire.<br />
Diante dos impasses sobre o<br />
tema, acredita-se que a solução<br />
defi nitiva para o impasse só virá<br />
com a aprovação de uma reforma<br />
política que também altere a atual<br />
estrutura de poder dos partidos.<br />
Por exemplo, em texto publicado<br />
no portal <strong>da</strong> Câmara Federal, o deputado<br />
Regis de Oliveira (PSC-SP)<br />
comentou que partidos hoje no País<br />
são administrados como uma monarquia,<br />
quer dizer, há um rei que<br />
sobre tudo e sobre todos dispõe <strong>da</strong><br />
forma que quer.<br />
“Então, realmente temos que<br />
disciplinar isso numa futura reforma<br />
política, e acho que o ano de<br />
2009 é excepcional para que a fa-<br />
O professor Rodrigo Freire comentou<br />
que desde o início <strong>da</strong> nova<br />
fase democrática no Brasil, inicia<strong>da</strong><br />
em 1985, com o fi m <strong>da</strong> ditadura<br />
militar, o país vem assistindo a uma<br />
proliferação de partidos políticos,<br />
facilita<strong>da</strong> pela legislação eleitoral<br />
cria<strong>da</strong> pela ‘Nova República’, resultando<br />
num sistema partidário extremamente<br />
multifacetado. “Notese<br />
que este não é um elemento novo<br />
na política brasileira: a experiência<br />
democrática anterior, de 1945-1964,<br />
no seu momento fi nal, também<br />
se caracterizava pela existência de<br />
variados partidos políticos com representação<br />
parlamentar. É sabido,<br />
entretanto, que um cenário destes<br />
tende a favorecer o aparecimento<br />
de partidos políticos sem conteúdo<br />
ideológico, o que difi culta a identifi<br />
cação dos eleitores com os partidos.<br />
Considere-se, entretanto, que é<br />
uma tendência mundial a transfi -<br />
guração de partidos anteriormente<br />
dotados de um conteúdo ideológico<br />
em agremiações estritamente pragmáticas”,<br />
descreveu.<br />
Para Rodrigo Freire, dentre outros<br />
fatores que contribuem para o<br />
enfraquecimento do sistema parti-<br />
RODRIGO FREIRE Para<br />
professor, políticos precisam<br />
dos partidos<br />
çamos, uma vez que não há eleição<br />
e os parlamentares estarão todos<br />
envolvidos nesse processo. É preciso<br />
limitar o exercício do man<strong>da</strong>to<br />
de to<strong>da</strong> a executiva partidária a um<br />
determinado período, para que haja<br />
uma renovação, com eleição nomi-<br />
CMYK<br />
149010 148959<br />
148946<br />
nal e secreta, a fi m de evitar qualquer<br />
tipo de pressão, permitindo a<br />
mu<strong>da</strong>nça dos quadros diretivos e<br />
dos quadros partidários. Nós devemos<br />
isso ao País”, diz o parlamentar<br />
no texto publicado no portal <strong>da</strong> Câmara<br />
Federal.<br />
Legislação facilita criação de partidos<br />
dário brasileiro, está a combinação<br />
de sistema de eleições proporcionais<br />
para cargos parlamentares com<br />
listas partidárias abertas. Neste formato<br />
de listas partidárias, cabe ao<br />
eleitor a responsabili<strong>da</strong>de de ordenamento<br />
<strong>da</strong> lista, ao votar naquele<br />
candi<strong>da</strong>to que é <strong>da</strong> sua preferência,<br />
dentre os apresentados pelo partido<br />
ou coligações de partidos. Neste<br />
caso, o maior adversário do candi<strong>da</strong>to,<br />
na prática, fi ca sendo seu<br />
companheiro de lista partidária, já<br />
que é com ele que vai disputar uma<br />
cadeira no parlamento. Este é um<br />
dos fatores que possibilitam a conclusão<br />
de que a legislação eleitoral<br />
brasileira estimula os candi<strong>da</strong>tos<br />
ao parlamento a fazerem campanhas<br />
centra<strong>da</strong>s nas suas quali<strong>da</strong>des<br />
individuais, e não nos princípios<br />
ideológicos do seu partido.<br />
O cientista político reafi rmou<br />
que a infi deli<strong>da</strong>de partidária, materializa<strong>da</strong><br />
no ‘troca-troca’ de partidos<br />
desperta forte rejeição <strong>da</strong> opinião<br />
pública nacional. “É corrente, inclusive,<br />
entre os analistas, a opinião de<br />
que tal procedimento debilita nosso<br />
sistema político, enfraquecendo os<br />
partidos. Ain<strong>da</strong> sendo os partidos<br />
FRANCISCO FRANÇA<br />
o principal canal de representação<br />
política nas democracias contemporâneas,<br />
a infi deli<strong>da</strong>de partidária<br />
pratica<strong>da</strong> por detentores de man<strong>da</strong>tos<br />
populares deturpa a vontade<br />
popular expressa nas eleições. O<br />
que é ain<strong>da</strong> mais grave em uma<br />
democracia como a nossa, onde<br />
são baixos os níveis de participação<br />
política fora do processo eleitoral”,<br />
frisou.<br />
Para atestar que o man<strong>da</strong>to é<br />
do partido, Rodrigo Freire citou<br />
como exemplo as eleições de 2002,<br />
onde candi<strong>da</strong>to a deputado federal<br />
mais votado naquelas eleições foi<br />
o médico Enéas Carneiro, então<br />
presidente nacional do inexpressivo<br />
PRONA. “Enéas atingiu a espetacular<br />
marca de 1.573.642 votos,<br />
equivalente a 8,02% dos votos válidos<br />
<strong>da</strong>quelas eleições. Então, por<br />
causa do sistema eleitoral proporcional<br />
com lista aberta, a votação<br />
de Enéas permitiu ao seu partido<br />
eleger mais cinco outros deputados<br />
federais, sendo que estes cinco<br />
deputados obtiveram, juntos, apenas<br />
20.235 votos, o que representa<br />
pouco mais de 0,1% dos votos válidos<br />
para deputado federal em São<br />
Paulo naquelas eleições. Ressalte-se<br />
que, dentre estes cinco eleitos, o que<br />
recebeu a menor votação - deputado<br />
federal Vanderlei Assis - totalizou<br />
modestos 275 votos. Para fi ns<br />
de comparação, podemos destacar<br />
que o primeiro suplente de deputado<br />
federal do PMDB em São Paulo,<br />
o candi<strong>da</strong>to Jorge Tadeu, obteve<br />
127.977, que equivalem a 0,65%<br />
dos votos válidos nas eleições de<br />
2002”, exemplifi cou. (AB)
ALEGANDO CAOS/ Medi<strong>da</strong>s provocam protestos de sindicatos de trabalhadores na <strong>Paraíba</strong><br />
Prefeitos já demitiram mais de mil<br />
servidores em 10 dias de man<strong>da</strong>to<br />
JOSUSMAR BARBOSA<br />
Os novos prefeitos paraibanos<br />
‘passaram a tesoura’<br />
nas folhas de pessoal e já<br />
demitiram mais de mil servidores<br />
em apenas dez dias de man<strong>da</strong>to,<br />
gerando protestos dos funcionários<br />
afastados, sindicatos e <strong>da</strong> oposição.<br />
Embora os gestores recém-empossados<br />
aleguem que as contratações<br />
eram ilegais, os demitidos batem à<br />
porta do Judiciário para voltar aos<br />
postos de trabalhos nas prefeituras.<br />
Em Itaporanga, o prefeito Djaci<br />
Brasileiro (PSDB) anulou as contratações<br />
de cerca de 200 servidores<br />
nomeados, a partir de 2008, pelo exprefeito<br />
Antônio Porcino (PMDB). O<br />
tucano alegou que as contratações<br />
foram eiva<strong>da</strong>s de vícios e irregulari<strong>da</strong>des<br />
com o objetivo de assegurar<br />
dividendos eleitorais.<br />
Ele denunciou, por exemplo, a<br />
contratação de algumas pessoas<br />
para a função de digitador quando<br />
na ver<strong>da</strong>de tinham sido aprova<strong>da</strong>s,<br />
no concurso, na função de<br />
gari. Ele também apontou que<br />
uma auxiliar de serviços gerais<br />
foi promovi<strong>da</strong> a professora. Se-<br />
gundo Djaci, uma comissão fi cará<br />
responsável pela apuração <strong>da</strong>s<br />
irregulari<strong>da</strong>des pratica<strong>da</strong>s, pela<br />
gestão passa<strong>da</strong>, na contratação<br />
de servidores durante o período<br />
compreendido entre 2 de junho a<br />
31 de dezembro de 2008. Assessores<br />
do ex-prefeito Antônio Porcino<br />
negam as irregulari<strong>da</strong>des.<br />
POLÍTICA PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 3<br />
LEONARDO SILVA<br />
DJACI BRASILEIRO Prefeito de Itaporanga denunciou contratações<br />
VISTA SERRANA<br />
No município de Vista Serrana,<br />
no Sertão paraibano, o prefeito<br />
Jurandy Araújo (PMDB) demitiu<br />
cerca de 100 servidores, todos estatutários.<br />
A maioria entrou na prefeitura<br />
entre 1983 e 1988, antes <strong>da</strong> promulgação<br />
<strong>da</strong> Constituição Federal.<br />
A justifi cativa <strong>da</strong> assessoria jurídica<br />
<strong>da</strong> Prefeitura é que o pessoal estaria<br />
irregular. Por sua vez, o ex-assessor<br />
jurídico do município, Taciano Fontes,<br />
vê ilegali<strong>da</strong>de nas demissões.<br />
Ele argumenta que os servidores<br />
são estatutários e têm amparo na<br />
Constituição. No seu entendimento,<br />
o que está havendo é perseguição<br />
política. Na última sexta-feira, os<br />
servidores demitidos fi zeram um<br />
protesto na ci<strong>da</strong>de e paralisaram as<br />
ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> prefeitura.<br />
Taciano disse que já foi procurado<br />
pelos servidores e vai impetrar<br />
um man<strong>da</strong>do de segurança na sede<br />
<strong>da</strong> Comarca de Malta para anular as<br />
demissões e garantir o retorno deles<br />
ao trabalho. “O que nos impressiona<br />
é o fato de que as demissões estão<br />
sendo feitas de boca pelo prefeito e<br />
seus irmãos”, criticou o advogado.<br />
O presidente do Sindicato dos<br />
Funcionários Públicos de Patos e Região,<br />
José Gonçalves, disse que vai se<br />
reunir com os servidores para tomar<br />
uma posição. Em Santa Terezinha,<br />
também houve algumas demissões e<br />
o sindicato vai impetrar um man<strong>da</strong>do<br />
de segurança contra a prefeitura.<br />
Em outras ci<strong>da</strong>des sertanejas também<br />
foram registra<strong>da</strong>s demissões.<br />
Em Cajazeiras, 200 concursados afastados<br />
Em Cajazeiras, o prefeito Léo<br />
Abreu (PSB) suspendeu, através de<br />
decreto, o concurso público feito na<br />
gestão do ex-prefeito Carlos Antônio<br />
(PSDB) e demitiu cerca de 200<br />
lotados em diversas áreas <strong>da</strong> administração.<br />
A suspensão do concurso<br />
vai vigorar por 120 dias até o fi m <strong>da</strong><br />
sindicância instaura<strong>da</strong> para avaliar<br />
a legali<strong>da</strong>de do certame, após promover<br />
uma investigação sobre as<br />
provas e os seus resultados. Além<br />
<strong>da</strong> idonei<strong>da</strong>de do concurso, Abreu<br />
está preocupado com a elevação<br />
dos gastos com pessoal, a partir do<br />
ingresso dos convocados. Léo ain<strong>da</strong><br />
decidiu retirar as gratifi cações<br />
irregulares, promover o reca<strong>da</strong>stramento<br />
dos funcionários e convocar<br />
os servidores que estão à disposição<br />
de outros órgãos e até demais ci<strong>da</strong>des<br />
para que se apresentem.<br />
O Sinfunc (Sindicato dos Funcionários<br />
Públicos do Município<br />
de Cajazeiras) não vai defender os<br />
servidores concursados afastados<br />
por Léo Abreu (PSB). “Nenhum deles<br />
é fi liado ao sindicato, nem a nossa<br />
enti<strong>da</strong>de foi ouvi<strong>da</strong> quando <strong>da</strong><br />
LEONARDO SILVA<br />
LÉO ABREU Preocupação com o aumento nos gastos com pessoal<br />
publicação do edital e realização do<br />
concurso”, explicou a presidente do<br />
Sinfunc, Elinete Lourenço Rolim.<br />
Ela é favorável à apuração <strong>da</strong>s<br />
denúncias de irregulari<strong>da</strong>des no<br />
concurso público feito na gestão do<br />
ex-prefeito Carlos Antônio. “Houve<br />
excesso nas convocações e teve secretário<br />
<strong>da</strong> gestão passa<strong>da</strong> que foi<br />
benefi ciado por conta disso. Nós<br />
não vamos entrar nessa briga para<br />
defendê-lo”, avisou Elinete.<br />
LEGALIDADE<br />
O ex-procurador-geral do município<br />
Rogério Oliveira esclareceu<br />
que o concurso foi feito com base<br />
em uma lei aprova<strong>da</strong> pela Câmara<br />
Municipal a qual criou os cargos.<br />
Diante disso, ele alegou que<br />
Abreu, por meio de um decreto,<br />
revogar uma lei, estaria quebrando<br />
a hierarquia jurídica do País. No<br />
entendimento de Rogério, antes<br />
de querer suspender o concurso, o<br />
Executivo teria que acionar a Justiça<br />
para atestar a constitucionali<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> lei. Ele orienta os servidores<br />
a acionar o Judiciário para garantir<br />
os empregos. (JB)<br />
120 do PSF de Queima<strong>da</strong>s estão na rua<br />
Em Queima<strong>da</strong>s, um dos primeiros<br />
atos do prefeito José Carlos<br />
do Rêgo (PTB), mais conhecido<br />
como Carlinhos de Tião, foi demitir<br />
120 profi ssionais concursados<br />
do Programa de Saúde <strong>da</strong> Família<br />
(PSF). Desde a última segun<strong>da</strong>feira,<br />
os servidores estão proibidos<br />
de trabalhar e, por conseguinte, de<br />
receber seus vencimentos.<br />
Ao baixar um decreto determinando<br />
as demissões, o chefe do<br />
Executivo argumenta que apenas<br />
cumpriu uma decisão judicial, de<br />
primeira instância, que anula o<br />
concurso realizado pela Prefeitura<br />
no ano de 2007. Carlinhos alega que<br />
eles estariam nos cargos de forma<br />
irregular. De acordo a advoga<strong>da</strong> dos<br />
concursados, Andrezza Almei<strong>da</strong>, o<br />
prefeito agiu de forma arbitrária,<br />
tirando o pessoal dos cargos sem<br />
que o processo esteja transitado em<br />
julgado.<br />
“São 16 equipes do Programa<br />
de Saúde <strong>da</strong> Família (totalizando<br />
aproxima<strong>da</strong>mente 120 pessoas)<br />
que estão prejudica<strong>da</strong>s por causa<br />
de uma atitude irresponsável de<br />
um gestor público que não esperou<br />
uma decisão fi nal <strong>da</strong> Justiça. Existe<br />
um man<strong>da</strong>do de segurança que<br />
garante os funcionários no cargo”,<br />
asseverou Andrezza.<br />
Ela acrescentou que vai impetrar<br />
um man<strong>da</strong>do de segurança<br />
pedindo a garantia do exercício <strong>da</strong>s<br />
funções dos concursados. “Eles têm<br />
todo o direito de permanecerem<br />
nos seus cargos até que a Justiça dê<br />
um desfecho no processo. Desde<br />
julho do ano passado que o processo<br />
está parado”, explicou Almei<strong>da</strong>.<br />
Com as demissões, a prefeitura<br />
também espera reduzir as despesas<br />
com a folha e, por sua vez, atualizar<br />
os salários atrasados do funcionalismo.<br />
(JB)<br />
Patos devolve 500 funcionários a Oscip<br />
O prefeito de Patos, Nabor Wanderley<br />
(PMDB), encerrou o contrato<br />
com a Interset, nome <strong>da</strong> Oscip<br />
(Organização <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Civil<br />
de Interesse Público) que recebia<br />
por mês cerca de R$ 250 mil para<br />
fornecer mão-de-obra, cerca de 500<br />
trabalhadores, ao Poder Executivo.<br />
Por ano, o repasse chegava a R$ 2,8<br />
milhões. Para preencher parte <strong>da</strong>s<br />
vagas, Nabor garante a realização<br />
de concurso público.<br />
O fi m do contrato com a Interfet<br />
foi uma exigência do Ministério<br />
Público do Trabalho e do Tribunal<br />
de Contas do Estado. Inclusive, a<br />
Prefeitura assinou um termo de<br />
ajustamento de conduta com o<br />
MPT nesse sentido. Os funcionários<br />
trabalhavam em várias áreas <strong>da</strong> administração<br />
pública.<br />
Em relação ao número de vagas<br />
do concurso, ele disse que ain<strong>da</strong><br />
está sendo feito o levantamento <strong>da</strong>s<br />
necessi<strong>da</strong>des de ca<strong>da</strong> pasta. Funcionários<br />
do Executivo patoense à disposição<br />
de outros órgãos estão sendo<br />
convocados para<br />
apresentar. “Após a<br />
conclusão deste levantamento<br />
com a<br />
necessi<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong><br />
órgão, o número de<br />
vagas será defi nido<br />
pelo prefeito para a<br />
realização do concurso”, comentou<br />
Camboim, que foi também exonerado,<br />
mas deve ser renomeado<br />
para o cargo. Também no pacote de<br />
medi<strong>da</strong>s, foi defi nido o retorno dos<br />
dois expedientes, ou seja, turno manhã<br />
e tarde, no funcionamento <strong>da</strong>s<br />
Nabor Wanderley<br />
garantiu que<br />
vai realizar um<br />
concurso público<br />
repartições públicas municipais.<br />
SOUSA<br />
O prefeito Fábio Tyrone (PTB),<br />
mandou a Procuradoria Jurídica do<br />
Município e <strong>da</strong> Secretaria de Administração<br />
apurar as denúncias <strong>da</strong><br />
existência de irregu-<br />
lari<strong>da</strong>des nos últimos<br />
concursos públicos<br />
realizados pela gestão<br />
do ex-prefeito<br />
Salomão Gadelha<br />
(PMDB).<br />
O petebista afi rmou<br />
que se os vícios e as fraudes forem<br />
comprovados, a prefeitura terá<br />
a obrigação de seguir a lei e anulará<br />
todos os processos viciados. “Estamos<br />
estu<strong>da</strong>ndo essa possibili<strong>da</strong>de,<br />
já conversei com o procurador jurídico<br />
<strong>da</strong> Prefeitura, com o secre-<br />
LEONARDO SILVA<br />
NABOR Concurso público em breve<br />
tário de Administração sobre isso<br />
e depois de um estudo nós vamos<br />
decidir. Não gosto de decidir na<strong>da</strong><br />
no calor <strong>da</strong> emoção ou sem estudo<br />
prévio, mas se houver vícios nos<br />
concursos promovidos pela gestão<br />
anterior, nós vamos com certeza,<br />
dentro do direito, anular o concurso”,<br />
arrematou o prefeito Fábio<br />
Tyrone. (JB)<br />
ArimatéaSouza<br />
Linha direta com a coluna: aparte@uol.com.br - Fax: 83 3342.0882<br />
Josusmar Barbosa (Interino)<br />
Grana<br />
Nos três últimos meses de<br />
2008, as prefeituras encheram<br />
os cofres. A capital João<br />
Pessoa recebeu mais de R$ 52<br />
milhões de FPM e cerca de R$<br />
30 milhões de ICMS, totalizando<br />
cifras superiores a R$ 82<br />
milhões.<br />
Grana II<br />
A Prefeitura de Campina<br />
Grande recebeu de rapasses do<br />
FPM, de outubro a dezembro,<br />
R$ 14,2 milhões e mais de R$ 10<br />
milhões <strong>da</strong>s cotas de ICMS.<br />
Repasse<br />
Por sua vez, a Prefeitura de<br />
Santa Rita embolsou R$ 6,2<br />
milhões do Fundo de Participação<br />
dos Municípios e cerca de<br />
R$ 4 milhões de ICMS.<br />
Repasse II<br />
No Sertão, Patos percebeu,<br />
no último trimestre de 2008,<br />
mais de R$ 5,5 milhões de FPM<br />
e R$ 1,5 milhão de Imposto<br />
Sobre Circulação de Mercadorias<br />
e Serviços.<br />
Dinheiro vivo<br />
A Prefeitura de Sousa embolsou,<br />
de outubro a dezembro do<br />
ano passado, R$ 4,5 milhões do<br />
Fundo de Participação dos Municípios<br />
e cerca de R$ 1 milhão<br />
de ICMS.<br />
Dinheiro vivo II<br />
No Alto Sertão, foram repassados<br />
para Cajazeiras, nos<br />
últimos meses de 2008, cerca<br />
de R$ 4 milhões do FPM e R$<br />
900 mil de ICMS.<br />
Atraso<br />
Com tanto dinheiro recebido,<br />
não dá para entender como<br />
algumas prefeituras não conseguiram<br />
fechar o ano com os<br />
salários e gratificação natalina<br />
quitados.<br />
Campanha<br />
Depois de Sousa, o prefeito<br />
de João Pessoa, Ricardo Coutinho<br />
(PSB), deve participar de<br />
eventos em Patos, Cajazeiras,<br />
Monteiro e Guarabira.<br />
Lobby<br />
Suplente do senador Cícero<br />
Lucena (PSDB), o secretário<br />
Carlos Dunga (PTB) vai brigar<br />
até o fim pela candi<strong>da</strong>tura do<br />
tucano ao Governo do Estado.<br />
Lobby II<br />
Uma eventual vitória de<br />
Cícero garantiria quatro anos<br />
de man<strong>da</strong>to a Dunga no<br />
Senado. O empresário João<br />
Rafael, neste caso, passaria a<br />
ser o primeiro suplente.<br />
Cabresto<br />
O presidente estadual do<br />
PTB, Armando Abílio, revela<br />
que 13 membros <strong>da</strong> direção<br />
estadual vão decidir pela política<br />
de alianças nas eleições de<br />
2010. “Desses 13, eu tenho sete<br />
votos”, adianta.<br />
Quem entra<br />
No próximo dia 26, o PTB<br />
vai promover um encontro estadual<br />
para filiar 60 lideranças<br />
ao partido, dentre eles, Mário<br />
Borba, presidente do Conselho<br />
Deliberativo do Sebrae.<br />
1<br />
2 A<br />
3 No<br />
Recursos pelo ralo<br />
O caboclo sonhador está de volta...<br />
APARTE<br />
Ascensão<br />
Após reeleger Fátima<br />
Paulino para Prefeitura de Guarabira,<br />
Roberto Paulino (PMDB)<br />
se cacifou para concorrer a deputado<br />
federal ou a vice-governador,<br />
seja de José Maranhão<br />
ou de Veneziano Vital do Rêgo<br />
(PMDB).<br />
Cabo eleitoral<br />
Com a decisão do deputado<br />
Luiz Couto (PT) de disputar<br />
uma vaga para o Senado,<br />
a prefeita de Pombal, Polyana<br />
Feitosa, decidiu apoiar Wellington<br />
Roberto (PR) para a Câmara<br />
Federal.<br />
Definição<br />
A maioria dos deputados federais<br />
<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> deverá votar<br />
em Michel Temer (PMDB) para a<br />
presidência <strong>da</strong> Câmara Federal.<br />
Em bloco<br />
São eles: Wilson Braga<br />
(PMDB), Luiz Couto (PT), major<br />
Fábio Rodrigues (DEM), Vital<br />
Filho (PMDB), Efraim Filho<br />
(DEM), Damião Feliciano (PDT),<br />
Armando Abílio (PTB), Wilson<br />
Santiago (PMDB) e Rômulo<br />
Gouveia (PSDB).<br />
Partidário<br />
O candi<strong>da</strong>to preferido de<br />
Rômulo é Ciro Nogueira (PP-<br />
PI). No entanto, o PSDB fechou<br />
questão com Temer. Já Wellington<br />
Roberto deve apoiar Nogueira.<br />
Esquer<strong>da</strong><br />
Já os deputados Marcondes<br />
Gadelha e Manoel Júnior,<br />
ambos do PC do B, vão votar<br />
em Aldo Rebelo para presidente.<br />
A eleição é no início de fevereiro.<br />
Ci<strong>da</strong>dão<br />
A Casa <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia de<br />
Campina Grande registrou<br />
507.691 atendimentos em 2008.<br />
Sob a direção de Ronaldo Loureiro,<br />
o órgão funciona nos dois<br />
expedientes e aos sábados.<br />
Ci<strong>da</strong>dão II<br />
O pessoal de Ronaldão, juntamente<br />
com os demais órgãos,<br />
fazem boletim de ocorrência,<br />
certidão de nascimento, título<br />
de eleitor, serviços do Detran,<br />
água, luz e telefone, dentre<br />
outros.<br />
De volta<br />
Por determinação <strong>da</strong> juíza <strong>da</strong><br />
5ª Vara <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> Pública <strong>da</strong><br />
capital, o coman<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> PM,<br />
coronel Kelson Chaves, reintegrou<br />
aos quadros <strong>da</strong> corporação<br />
o ex-sol<strong>da</strong>do José Inocêncio<br />
Lopes.<br />
Entra e sai<br />
Paulo Nepomuceno (Detran)<br />
exonerou Roberto Vicente<br />
Correia do cargo de chefe de<br />
seção de infrações e penali<strong>da</strong>des<br />
<strong>da</strong> 1ª Ciretran. Assumiu o<br />
posto Eudézia Medeiros.<br />
Recesso<br />
Dificilmente, os vereadores<br />
campinenses vão interromper<br />
as férias para participar de uma<br />
sessão especial, a fim de apreciar<br />
os vetos do prefeito Veneziano.<br />
Vi<strong>da</strong> tributa<strong>da</strong><br />
Segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário),<br />
os brasileiros pagam em média R$ 800 de tributos por segundo, R$<br />
50 mil por minuto, R$ 3 milhões por hora, R$ 51 milhões por dia e R$<br />
2,2 bilhões por mês. Pelos cálculos do Impostômetro, <strong>da</strong> Associação<br />
Comercial de São Paulo, ca<strong>da</strong> brasileiro paga R$ 5.628,08 em impostos<br />
por ano.<br />
Os integrantes <strong>da</strong> família ‘Fonseca’ lotaram ontem, em João<br />
Pessoa, a Associação dos Filhos de Itaporanga (Asfita). A família<br />
Fonseca, que em déca<strong>da</strong>s passa<strong>da</strong>s ocupou áreas <strong>da</strong> região do<br />
Vale do Piancó, tem descendência portuguesa, mas fincou raízes<br />
e espalhou descendentes em várias regiões do Sertão e Brejo<br />
paraibano.<br />
prefeita de Alagoinha, Alcione Beltrão (PHS), conseguiu desbloquear,<br />
no Tribunal de Contas do Estado as verbas do FPM. O<br />
bloqueio foi feito pelo TCE-PB ain<strong>da</strong> na administração do exprefeito<br />
Marcus Beltrão. Com os recursos, ela pretende começar<br />
a pagar os salários atrasados – novembro, dezembro e o 13º.<br />
próximo dia 22, na ci<strong>da</strong>de de Junco do Seridó, o Governo<br />
do Estado vai assinar cinco convênios na área de mineração, envolvendo<br />
três ministérios. No total, haverá o repasse de recursos<br />
<strong>da</strong> ordem de R$ 1.059.500,00. Mineradores de 17 municípios <strong>da</strong><br />
região serão contemplados com as ações do programa.
4<br />
PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />
360Graus Linha direta com a coluna:<br />
soutomaior@jornal<strong>da</strong>paraiba. com.br Suetoni Souto Maior<br />
O PSOL E SUAS TENDÊNCIAS<br />
Há mais semelhanças entre o PSOL e o PT do que sonha a nossa<br />
vã filosofia. A frase, um pouco brega, é ver<strong>da</strong>de, foi usa<strong>da</strong> para<br />
mostrar que existem mais pontos em comum entre as duas legen<strong>da</strong>s<br />
do que elas mesmas gostariam de admitir. Um deles é que o Partido<br />
Socialismo e Liber<strong>da</strong>de, a exemplo do Partido dos Trabalhadores, é<br />
formado por tendências (nem sempre harmônicas), que definem os<br />
rumos <strong>da</strong>s respectivas legen<strong>da</strong>s.<br />
As tendências sempre foram uma característica marcante do PT. Delas,<br />
inclusive, vieram a força e, em alguns momentos, a fraqueza <strong>da</strong> legen<strong>da</strong>.<br />
No PSOL, que é substancialmente formado por ex-petistas, a coisa não é<br />
muito diferente. A legen<strong>da</strong> já abriga as tendências Movimento Esquer<strong>da</strong><br />
Socialista, Corrente Socialista dos<br />
Assim como ocorreu com o PT,<br />
começa a ganhar força<br />
no PSOL uma série de<br />
tendências divergentes<br />
quanto ao futuro <strong>da</strong> legen<strong>da</strong><br />
Trabalhadores, Coletivo Socialista<br />
e Liber<strong>da</strong>de e ain<strong>da</strong> Liber<strong>da</strong>de e<br />
Revolução.<br />
Na <strong>Paraíba</strong>, já existem no<br />
PSOL as tendências Movimento<br />
Esquer<strong>da</strong> Socialista, liga<strong>da</strong> à<br />
deputa<strong>da</strong> federal Luciana Genro<br />
(RS), e a Corrente Socialista e<br />
Liber<strong>da</strong>de, liga<strong>da</strong>, na <strong>Paraíba</strong>,<br />
a David Lobão. O presidente<br />
estadual do PSOL, Emanuel de Souza, admite as semelhanças entre as<br />
legen<strong>da</strong>s, mas garante que, ao contrário do PT, to<strong>da</strong>s as tendências têm<br />
como meta o Socialismo e o Marxismo.<br />
As semelhanças entre as legen<strong>da</strong>s não param por aí. Enquanto o PT<br />
surgiu do movimento de alas radicais que tinham como objetivo, entre<br />
outras coisas, combater o militarismo, o PSOL surgiu de um racha na ala<br />
mais radical do Partido dos Trabalhadores, que discor<strong>da</strong>va <strong>da</strong> postura mais<br />
“liberal” <strong>da</strong> legen<strong>da</strong> nos últimos anos no Brasil. Na época, os hoje integrantes<br />
do PSOL eram uma oposição dentro do PT.<br />
Os ex-petistas alegaram para a ruptura episódios como o escân<strong>da</strong>lo do<br />
Mensalão, acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e auxílios<br />
generosos ao sistema bancário. As duas legen<strong>da</strong>s tiveram origens e estruturas<br />
bastante semelhantes. O PSOL hoje aparece com uma postura bem<br />
menos flexível. O que não se sabe é até quando isso vai permanecer.<br />
Demissões<br />
O prefeito de Sousa, Fábio Tyrone (PTB), esclareceu ontem que<br />
não cancelou o concurso promovido pelo ex-prefeito Salomão<br />
Gadelha (PMDB). O que ocorreu, segundo ele, foi o cancelamento <strong>da</strong>s<br />
convocações dos concursados, em decorrência do caos administrativo<br />
na prefeitura. Primeiro será feito um levantamento <strong>da</strong> situação <strong>da</strong><br />
prefeitura. A convocação vai depender do tamanho do “rombo” nas<br />
contas <strong>da</strong> casa. Ou seja, vai ser difícil.<br />
Independência<br />
Os vereadores Eliza e Bruno Farias, ambos do PPS, votaram em Durval<br />
Ferreira (PP) para presidente <strong>da</strong> Câmara Municipal de João Pessoa. Apesar<br />
disso, os dois têm adotado um discurso de independência na Casa. Vão<br />
votar no que acharem melhor para a ci<strong>da</strong>de. A grande questão é saber<br />
o que o presidente estadual <strong>da</strong> legen<strong>da</strong>, José Bernardino, pensa disso. O<br />
dirigente assumiu o comando <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong> Municipal.<br />
Escolha<br />
Apesar de garantir que vai trabalhar pela eleição de Dilma Rousseff,<br />
para substituir o presidente Luiz Inácio Lula <strong>da</strong> Silva (PT), o deputado<br />
petista Luiz Couto revelou que ele estava torcendo mesmo era por uma<br />
candi<strong>da</strong>tura do ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias. “Ele,<br />
porém, disse que não disputaria a presidência antes de tentar ser governador<br />
de Minas Gerais”, lamentou.<br />
Assédio<br />
Muitos já tentaram, mas não teve jeito. O deputado federal e presidente<br />
nacional do PT, Ricardo Berzoini (SP), de férias no Conde, não<br />
quer saber de encontros políticos. Segundo integrantes <strong>da</strong> legen<strong>da</strong>,<br />
o parlamentar veio à <strong>Paraíba</strong> com a família, literalmente, para “recarregar<br />
as baterias”. O ano de 2009 não será fácil politicamente. O<br />
principal desafio é a reforma política.<br />
Paraíso petista<br />
As águas quentes do Litoral<br />
paraibano, literalmente, estão encantando<br />
as lideranças petistas.<br />
Depois de Berzoini, quem deve<br />
aportar por aqui é o ex-ministro<br />
José Dirceu, que chegou ontem<br />
a Recife para curtir as férias. O<br />
petista, no entanto, já confirmou<br />
que a partir do dia 20 estará na<br />
<strong>Paraíba</strong>, onde deve aproveitar<br />
para descansar. Dirceu luta para<br />
conseguir a anistia política e,<br />
com isso, disputar uma vaga na<br />
Câmara Federal.<br />
1<br />
DIVULGAÇÃO<br />
Demissões<br />
O novo presidente <strong>da</strong> Famup, Buba Germano (PSDB), disse<br />
ontem que dificilmente os prefeitos terão como evitar que ocorram<br />
demissões, em decorrência <strong>da</strong> crise mundial. Ele lembrou que as<br />
prefeituras precisarão ter equilíbrio financeiro, controlando despesas<br />
e receitas. “Pessoal é uma despesa. Se a receita cair, tem que haver<br />
cortes”, enfatizou. O alvo, como sempre, serão os comissionados.<br />
Arrocho<br />
O principal efeito <strong>da</strong> crise, segundo Buba Germano, que é prefeito de<br />
Picuí, será sentido principalmente na redução dos repasses do Fundo de<br />
Participação dos Municípios (FPM). Ele alega que as isenções concedi<strong>da</strong>s<br />
pelo governo federal no IPI e no Imposto de Ren<strong>da</strong> vão pesar no cofre <strong>da</strong>s<br />
prefeituras. “São desses tributos que saem os recursos do FPM”, observou.<br />
2<br />
3<br />
O deputado federal major Fábio Rodrigues (DEM) estabeleceu<br />
como meta para este ano a luta por melhores condições de trabalho<br />
para as polícias, no âmbito federal, e nos estados. “Faltam<br />
moradias dignas e um plano de saúde. Uma pessoa, para oferecer<br />
segurança, tem que ter segurança”, enfatiza.<br />
“É um bom moço, uma excelente pessoa e eu o admiro muito<br />
por ter chegado onde chegou com apenas 26 anos”. O depoimento<br />
é do deputado federal Major Fábio Rodrigues, ao se<br />
referir ao deputado cassado por infideli<strong>da</strong>de Walter Brito Neto.<br />
Difícil é o ex-parlamentar pensar o mesmo dele.<br />
O presidente do Instituto de Previdência do Município (IPM),<br />
Pedro Coutinho (PTB), era considerado um dos principais defensores<br />
do prefeito Ricardo Coutinho, na Câmara Municipal.<br />
Porém, corre o boato na Casa de que o parlamentar ficará dividido,<br />
caso o senador Cícero Lucena (PSDB) seja candi<strong>da</strong>to ao<br />
governo. Os dois já foram aliados. Será?<br />
Ogoverno <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> está<br />
montando uma agen<strong>da</strong><br />
administrativa intensa<br />
para ser cumpri<strong>da</strong> ao longo de<br />
2009, rechea<strong>da</strong> de inaugurações,<br />
lançamentos de programas e obras,<br />
muitas delas desenvolvi<strong>da</strong>s em parcerias<br />
com municípios de to<strong>da</strong>s as<br />
regiões do Estado. Só para os dois<br />
primeiros meses do ano, o “agendão”<br />
envolve recursos superiores a<br />
meio bilhão de reais em benefícios<br />
entregues à comuni<strong>da</strong>de. A partir<br />
<strong>da</strong> próxima semana, a “super-agen<strong>da</strong>”<br />
contempla a entrega de cinco<br />
sistemas adutores, cinco creches,<br />
sete escolas, seis estra<strong>da</strong>s e 618 ca-<br />
POLÍTICA<br />
EM TODAS AS REGIÕES/ Governador deve ain<strong>da</strong> lançar programas em parceria com municípios<br />
Governo do Estado prepara agen<strong>da</strong><br />
de ações e inaugurações para 2009<br />
DA REDAÇÃO<br />
DA AGÊNCIA NORDESTE<br />
Uma <strong>da</strong>s apostas do presidente<br />
Luiz Inácio Lula <strong>da</strong><br />
Silva para manter sua populari<strong>da</strong>de<br />
batendo recordes nas<br />
pesquisas de opinião e conseguir<br />
terminar seu segundo man<strong>da</strong>to<br />
como um dos políticos com maior<br />
índice de aprovação por seu desempenho<br />
e ain<strong>da</strong> com o estigma<br />
de que conseguiu derrotar a crise<br />
fi nanceira internacional é fi rmar<br />
uma parceria com os prefeitos.<br />
O presidente se reúne só em fevereiro,<br />
nos dias 10 e 11, em Brasília<br />
com todos os chefes de municípios<br />
que assumiram em 1° de janeiro,<br />
mas o Palácio do Planalto já tra-<br />
sas. Serão realizados, também, sete<br />
encontros regionais com todos os<br />
prefeitos <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> onde a palavra<br />
de ordem será parceria, segundo o<br />
governador Cássio Cunha Lima.<br />
No programa “Boa Tarde <strong>Paraíba</strong>”<br />
de amanhã, aliás, o governador<br />
reservará a maior parte do<br />
tempo para tratar de dois assuntos:<br />
o anúncio <strong>da</strong> tabela de pagamento<br />
anual dos servidores estaduais e a<br />
agen<strong>da</strong> de inaugurações de to<strong>da</strong> a<br />
semana, envolvendo várias áreas do<br />
governo. Só dois importantes eventos<br />
estão marcados para ser abertos<br />
na próxima semana, em João<br />
Pessoa: o ‘Verão Total’ (dia 15), que<br />
deve atrair mais de 500 mil pessoas,<br />
e o IV Salão de Artesanato <strong>da</strong> Paraí-<br />
balha para montar o encontro nos<br />
moldes <strong>da</strong> encomen<strong>da</strong> de Lula. A<br />
Presidência distribuiu carta aos<br />
5.562 prefeitos convi<strong>da</strong>ndo para o<br />
encontro. No texto, o presidente diz:<br />
“Não importa o tamanho <strong>da</strong> sua ci<strong>da</strong>de,<br />
você vai encontrar no governo<br />
federal um parceiro para cumprir<br />
este compromisso”.<br />
Para os prefeitos do Nordeste,<br />
o presidente deve ter um discurso<br />
especial. Não vai abor<strong>da</strong>r apenas<br />
a crise fi nanceira, pretende tratar<br />
de temas incômodos para a Região:<br />
o combate ao analfabetismo,<br />
à mortali<strong>da</strong>de infantil, o estímulo<br />
ao registro civil e o combate à pobreza,<br />
especialmente na área rural.<br />
Deve entrar em discussão ain<strong>da</strong> a<br />
ba, envolvendo os trabalhos de mais<br />
de quatro mil artesãos do Estado.<br />
Um outro grande evento, préagen<strong>da</strong>do<br />
para o fi nal de janeiro ou<br />
início de fevereiro, será a inauguração<br />
<strong>da</strong> duplicação <strong>da</strong> BR-230, no trecho<br />
entre Café do Vento e Campina<br />
Grande - no total, 42 quilômetros.<br />
Entendimentos entre a Secretaria<br />
de Infraestrutura e o Ministério<br />
dos Transportes ultimam os detalhes<br />
para a entrega <strong>da</strong> obra. Estão<br />
também agen<strong>da</strong><strong>da</strong>s as inaugurações<br />
de um Laboratório de Biologia<br />
Molecular, um hospital, um banco<br />
de olhos, além <strong>da</strong> autorização para<br />
a construção de uma nova uni<strong>da</strong>de<br />
hospitalar e uma visita ao Regional<br />
de Campina Grande, batizado de<br />
questão <strong>da</strong> regularização fundiária.<br />
Existe a intenção de se editar uma<br />
medi<strong>da</strong> provisória - ain<strong>da</strong> sem <strong>da</strong>ta<br />
prevista -, permitindo a transferência<br />
para os municípios de terras<br />
federais sem uso que estejam em<br />
áreas urbanas. No encontro deste<br />
ano, Lula quer fazer diferente. Disse<br />
a interlocutores que ao invés de<br />
receber, irá apresentar uma pauta<br />
de reivindicações na Marcha dos<br />
Prefeitos. Vai colocar na mesa aquilo<br />
que acredita ser essencial para o<br />
desenvolvimento do país.<br />
Lula encomendou uma cartilha<br />
e já mandou entregar aos prefeitos<br />
mostrando que não é necessária a<br />
participação intermediários no relacionamento<br />
com a União. A idéia<br />
148152<br />
“Dom Luiz Gonzaga Fernandes”.<br />
Na área de Segurança Pública, destacam-se<br />
duas inaugurações: a sede<br />
<strong>da</strong> Ciretran em Itabaiana e mais<br />
uma delegacia distrital, em Santa<br />
Rita.<br />
Uma inovação está programa<strong>da</strong><br />
para a abertura do ano letivo<br />
nas escolas estaduais, este ano. A<br />
Secretaria de Educação e Cultura<br />
promoverá a abertura solene, de<br />
forma simultânea, nas 12 regiões<br />
de Ensino do Estado, envolvendo<br />
os municípios-pólos que sediam<br />
as uni<strong>da</strong>des. Também ocorrerá no<br />
início de fevereiro a entrega de portarias<br />
aos 370 aprovados remanescentes<br />
do último concurso público<br />
<strong>da</strong> Educação.<br />
PARA MANTER POPULARIDADE<br />
Lula quer firmar parcerias com os prefeitos<br />
do presidente é acabar com uma<br />
tradição antiga em Brasília, que<br />
instala escritórios de representação,<br />
formados por lobistas, que freqüentam<br />
aos órgãos públicos negociar a<br />
liberação de verbas em nome dos<br />
municípios, cobrando um percentual<br />
sobre o montante liberado. Uma<br />
<strong>da</strong>s ferramentas já está em ação. Foi<br />
inaugurado o Sistema Nacional de<br />
Convênio (Sincov). Basta a prefeitura<br />
fazer o ca<strong>da</strong>stro que to<strong>da</strong>s as<br />
pendências serão soluciona<strong>da</strong>s com<br />
mais rapidez e sem nenhum custo.<br />
Além <strong>da</strong> crise internacional, ele vai<br />
reforçar aos prefeitos que é preciso<br />
lançar mão dos programas sociais<br />
como uma alternativa de manter o<br />
mercado interno aquecido.<br />
Gestores<br />
reclamam<br />
de barreiras<br />
Apesar do entusiasmo do presidente<br />
na relação com os prefeitos,<br />
os chefes dos municípios acreditam<br />
que enfrentarão barreiras. A principal<br />
é a Lei de Responsabili<strong>da</strong>de<br />
Fiscal (LRF). Na avaliação do presidente<br />
<strong>da</strong> Confederação Nacional de<br />
Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski,<br />
as reclamações de Lula sobre a falta<br />
de sintonia são motiva<strong>da</strong>s pela LRF.<br />
No encontro, os prefeitos devem<br />
indicar que existem projetos que<br />
ameaçam a execução orçamentária<br />
dos municípios. Atualmente, estão<br />
em vigor cerca de 180 programas<br />
que se referem às parcerias de ações<br />
envolvendo os governos federal, estaduais<br />
e municipais. Os projetos<br />
passam pela áreas de saúde, educação,<br />
saneamento e meio ambiente,<br />
entre outros.<br />
“Há uma estrutura jurídica que<br />
acaba gerando impasse sobre os<br />
entes federativos. Como sustentar<br />
programas, se os valores são defi nidos<br />
unilateralmente sem discussão<br />
com os municípios? A média de<br />
gastos do Programa de Saúde <strong>da</strong><br />
Família gira em torno de R$ 22 mil<br />
por profi ssional. A União repassa<br />
apenas cerca R$ 5 mil. No Fundeb, a<br />
situação é pareci<strong>da</strong>. Como os municípios<br />
vão arcar com as despesas se<br />
não têm recursos?”, afi rmou.<br />
Ziulkoski disse que os prefeitos<br />
estão dispostos a ouvir os pedidos<br />
de Lula, mas destaca que é preciso<br />
compreender também que nas parcerias<br />
dos municípios com União e<br />
Estados há limites. “A iniciativa do<br />
presidente Lula é muito positiva. E,<br />
estamos dispostos a fazer os acordos<br />
e parcerias. Apoiamos o evento<br />
porque será um ótimo momento<br />
para a aproximação e os contatos<br />
políticos principalmente para os<br />
novos prefeitos”, disse Ziulkoski.<br />
“Vamos mais ouvir do que falar”.<br />
(Da Agência Nordeste)
DO LITORAL AO SERTÃO/ Alguns chegam a visitar um único município pelo menos seis vezes<br />
De olho nas bases, tem deputado<br />
que percorrerá 15 mil km nas férias<br />
BETH TORRES<br />
Para muitos deputados estaduais<br />
paraibanos, recesso<br />
parlamentar não é sinônimo<br />
de descanso e, sim, de muito trabalho<br />
para fortalecimento e conquistas<br />
de bases políticas, ain<strong>da</strong> mais<br />
quando se está a pouco mais de um<br />
ano <strong>da</strong>s eleições estaduais. Nestes 44<br />
dias de férias, tem parlamentar que<br />
chegará a percorrer 15.047,2 quilômetros<br />
para visitar municípios.<br />
Durante essas viagens os deputados<br />
participam de festas, reuniões,<br />
discussões e visitam lideranças<br />
políticas e comunitárias. Para se ter<br />
ideia <strong>da</strong>s distâncias percorri<strong>da</strong>s, dez<br />
parlamentares entrevistados pela<br />
reportagem percorrerão 72.717,3<br />
quilômetros nesse período para<br />
visitar municípios localizados do<br />
Sertão ao Litoral.<br />
Essa distância percorri<strong>da</strong> por<br />
alguns deputados estaduais, durante<br />
o período de recesso parlamentar,<br />
<strong>da</strong>ria para <strong>da</strong>r duas voltas completas<br />
ao redor do globo terrestre<br />
(40.077 quilômetros). Se tivessem<br />
que percorrer essa distância<br />
em<br />
ILUSTRAÇÃO: ADRIANO GONÇALVES<br />
O tucano João Gonçalves concentra<br />
maior parte dos seus votos<br />
em João Pessoa, mas isso não faz<br />
com que percorra uma distância<br />
menor que os outros parlamentares.<br />
Ele informou que percorre uma<br />
média de 250 quilômetros por dia,<br />
o que multiplicado pelos 44 dias<br />
que os deputados fi cam de férias se<br />
chega a 11 mil quilômetros, maior<br />
parte deles dentro <strong>da</strong> capital. O parlamentar<br />
disse que não tira férias e<br />
que mantem a rotina de viagens e<br />
visitas dentro do recesso parlamentar<br />
também. Informou ain<strong>da</strong> que<br />
para este mês estão previstas visitas<br />
aos municípios de Conceição, São<br />
José de Piranhas, Cajazeiras, Monte<br />
Horebe, Bonito de Santa Fé, Patos,<br />
além de ci<strong>da</strong>des localiza<strong>da</strong>s na região<br />
do Cariri paraibano. “Eu gosto<br />
é de estar perto do povo”, destacou.<br />
O pedetista Manuel Ludgério<br />
um carro popular, os parlamentares<br />
teriam que desembolsar R$<br />
14.234,41 (um deputado estadual<br />
ganha aproxima<strong>da</strong>mente R$ 13<br />
mil), uma vez que esse tipo de veículo<br />
faz cerca de 12 quilômetros<br />
com um litro de gasolina. Segundo<br />
a última pesquisa divulga<strong>da</strong> pelo<br />
Procon Estadual, o litro do combustível<br />
mais barato custa R$ 2,349. No<br />
caso do óleo diesel, esse valor cairia<br />
para R$ 12.113,49, pois o litro do<br />
combustível mais barato custa R$<br />
1,999 e geralmente se percorre 12<br />
quilômetros com ca<strong>da</strong> litro.<br />
O parlamentar Rodrigo Soares<br />
(PT), por exemplo, deve percorrer<br />
8.041,4 quilômetros no recesso<br />
parlamentar, visitando os seguintes<br />
municípios: Caaporã, Pitimbu, Mamanguape,<br />
Rio Tinto, Jacaraú, Sapé,<br />
Sobrado, Patos, Pombal, Serra de<br />
Teixeira (Maturéia e Teixeira), Piancó,<br />
Conceição, Campina Grande e<br />
Ibiara. Alguns municípios, principalmente<br />
os localizados na região<br />
do Litoral Sul, o parlamentar visitará<br />
mais de uma vez.<br />
Caaporã, que é<br />
governado pelo pai<br />
de Rodrigo, João Batista Soares<br />
(PMDB), receberá seis visitas do<br />
parlamentar. O petista também irá<br />
quatro vezes para Pitimbu, Mamanguape,<br />
Rio Tinto e Jacaraú, que<br />
junto a Caaporã são ci<strong>da</strong>des onde<br />
o político concentra grande quanti<strong>da</strong>de<br />
de votos. O petista contou<br />
que, dependendo <strong>da</strong> distância e<br />
<strong>da</strong> sua agen<strong>da</strong>, visita mais de um<br />
município por dia. Nas locali<strong>da</strong>des<br />
o deputado se reúne com prefeitos,<br />
vereadores, lideranças e a população<br />
de uma forma geral. As viagens<br />
servem para manter o contato permanente<br />
com as bases e ain<strong>da</strong> promover<br />
debates e discussões sobre<br />
temas polêmicos, que são de interesse<br />
<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de.<br />
Rodrigo Soares, que vem sendo<br />
apontado dentro do Partido dos<br />
Trabalhadores como possível candi<strong>da</strong>to<br />
a deputado federal, afi rmou<br />
que as visitas servem para manter e<br />
fortalecer as bases. Quanto ao posto<br />
que vai disputar em 2010, o petista<br />
afi rmou que o seu nome está à disposição<br />
do partido e que isso dependerá<br />
de discussões internas.<br />
O peemedebista Gervásio Maia<br />
Filho afi rmou que tem a rotina de<br />
POLÍTICA PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 5<br />
viajar todos os fi nais de semana e<br />
que ela é manti<strong>da</strong> mesmo durante o<br />
recesso parlamentar. Ele informou<br />
que percorre cerca de 1,2 mil quilômetros<br />
por fi nal de semana. Levando-se<br />
em consideração que durante<br />
o recesso parlamentar serão cinco<br />
fi nais de semana, o deputado percorrerá<br />
seis mil quilômetros neste<br />
período.<br />
O líder <strong>da</strong>s oposições na Assembleia<br />
Legislativa preferiu não<br />
nominar os municípios que deverá<br />
percorrer durante o recesso, mas<br />
informou que visitará locali<strong>da</strong>des<br />
do Serão, Brejo, Cariri e Litoral paraibano.<br />
Ele disse que as viagens<br />
possibilitam um contato direto com<br />
lideranças e com a população. “Durante<br />
as visitas nós podemos colher<br />
informações sobre as necessi<strong>da</strong>des<br />
<strong>da</strong>s pessoas e levar o parlamento<br />
para perto <strong>da</strong> população”, comentou.<br />
O deputado acrescentou que<br />
sempre visita municípios que estão<br />
passando por difi cul<strong>da</strong>des e que<br />
maior parte <strong>da</strong>s deman<strong>da</strong>s estão<br />
nas áreas de segurança pública,<br />
agricultura, saúde e educação. Gervásio<br />
disse também que em 2010<br />
será candi<strong>da</strong>to à reeleição, pois não<br />
tem pretensão de disputar o posto<br />
de deputado federal.<br />
João Gonçalves an<strong>da</strong> 250 km por dia em JP<br />
A deputa<strong>da</strong> Flora Diniz (PSDB)<br />
vai visitar nove ci<strong>da</strong>des do Sertão<br />
<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> durante o recesso parlamentar.<br />
Segundo a deputa<strong>da</strong>, os<br />
municípios visitados serão Princesa<br />
Isabel, São José de Princesa,<br />
Manaíra, Tavares, Juru, Água Branca,<br />
Imacula<strong>da</strong>, Matureia e Teixeira.<br />
Ela deverá percorrer 15.047,2<br />
quilômetros. Por dia a deputa<strong>da</strong><br />
pretende passar em três ci<strong>da</strong>des<br />
para garantir a presença em to<strong>da</strong>s.<br />
A meta é conseguir conversar com<br />
aliados políticos e com a população<br />
sobre projetos que o município almeja<br />
conseguir junto ao governo<br />
do Estado.<br />
“Estou indo visitar prefeitos,<br />
vereadores e amigos que tenho<br />
nessas locali<strong>da</strong>des, mas o principal<br />
é saber do que a população de ca<strong>da</strong><br />
uma <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des está precisando<br />
deve percorrer 3.989,2 quilômetros<br />
durante o recesso parlamentar. Os<br />
municípios que estão no seu roteiro<br />
são Barra de Santana, Puxinanã,<br />
Santa Cecília do Umbuzeiro, Lagoa<br />
Seca, Areial, Pocinhos, Juripiranga,<br />
Itatuba, Aroeiras, Nova Palmeira,<br />
Riachão do Bacamarte, Natuba e<br />
Gado Bravo.<br />
Ele informou que vai aos municípios<br />
participar de festas de padroeira,<br />
reuniões com prefeitos, vereadores<br />
e lideranças locais para ouvir<br />
as deman<strong>da</strong>s e tentar levar soluções<br />
para elas. O deputado lembrou que,<br />
durante esse período de seca, vem<br />
realizando várias visitas aos municípios<br />
vitimados pela estiagem.<br />
Ludgério deverá disputar o posto<br />
de deputado estadual no próximo<br />
ano. Ele desistiu de concorrer ao<br />
cargo federal após Rômulo Gouveia<br />
(PSDB) ter sido derrotado nas ur-<br />
nas na eleição municipal em Campina<br />
Grande.<br />
O democrata Arnaldo Monteiro,<br />
que tem maior parte <strong>da</strong>s suas bases<br />
na região do Brejo, deverá percorrer<br />
4.930,4 quilômetros durante o recesso.<br />
Ele fará visita às locali<strong>da</strong>des<br />
de Areial, Pocinhos, Monta<strong>da</strong>s, São<br />
Sebastião de Lagoa de Roça, Lagoa<br />
Seca, Serra Redon<strong>da</strong>, Massaranduba,<br />
Aroeiras, Campina Grande, Remígio,<br />
Areia, Damião, Cuitegi, Cuité,<br />
Congo, Pilar e Bananeiras. Arnaldo<br />
diz que percorre uma ci<strong>da</strong>de por<br />
dia, pois segundo ele, fi ca com mais<br />
tempo para se reunir com as pessoas<br />
e ouvir as reivindicações. Disse<br />
que é muito importante fi car em<br />
contato direto com as bases para<br />
saber o que realmente está acontecendo<br />
em determina<strong>da</strong> locali<strong>da</strong>de.<br />
“O que os olhos não veem o coração<br />
não sente, por isso sempre estou em<br />
contato com as bases”, destacou. O<br />
parlamentar informou que destina<br />
três dias para fi car em João Pessoa,<br />
onde participa <strong>da</strong>s sessões e durante<br />
os outros dias visita as bases.<br />
“Um homem público deve estar em<br />
contato permanente com as bases”,<br />
defendeu.<br />
O deputado Guilherme Almei<strong>da</strong><br />
(PSB) deve percorrer os municípios<br />
de Dona Inês (serão duas visitas a<br />
essa locali<strong>da</strong>de), Boa Vista, Cubati,<br />
Malta, Campina Grande, Bananeiras,<br />
Pocinhos, Sossego, Lagoa Seca,<br />
Puxinanã e Juazeirinho. Ao todo, o<br />
parlamentar viajará 5.095 quilômetros.<br />
O socialista informou que<br />
sempre vai aos municípios participar<br />
de eventos, e para visitar prefeitos,<br />
vereadores e outras lideranças.<br />
“Sempre temos que fazer as visitas,<br />
porque foi esse pessoal que nos elegeu”,<br />
destacou. (BT)<br />
Flora Diniz chega a visitar 3 ci<strong>da</strong>des por dia<br />
para que possamos fazer essa ponte<br />
com o governo do Estado. Vamos<br />
aproveitar também a nossa peregrinação<br />
para fortalecer as bases já<br />
para o próximo ano”, fi nalizou.<br />
O tucano Ricardo Barbosa também<br />
mantém uma agen<strong>da</strong> frequente<br />
de viagens. Durante o recesso, ele<br />
deverá visitar Lucena, Cabedelo,<br />
Cajazeiras, São José do Rio do Peixe,<br />
Santa Helena, São José de Piranhas,<br />
Campina Grande, Massaranduba,<br />
Conceição, Santana de Mangueira,<br />
São José do Sabugi, Ibiara, Pitimbu,<br />
Santa Inês e Pombal. Ele deverá<br />
percorrer 9.023 quilômetros.<br />
O deputado afi rmou que está<br />
entre os três parlamentares que<br />
mais viajam, percorrendo uma<br />
média de 1,5 mil quilômetros por<br />
fi nal de semana. As visitas servem<br />
para “marcar presença”, ouvir as<br />
pessoas, visitar as obras do governo<br />
e se reunir com lideranças políticas.<br />
Ele disse que não falta de maneira<br />
alguma às festas de padroeira e de<br />
emancipação política. Durante o<br />
ano de 2008, como lembrou, percorreu<br />
cerca de 90 mil quilômetros,<br />
pois esteve presente em vários municípios,<br />
fortalecendo e ampliando<br />
as suas bases políticas. “Mais de<br />
90% <strong>da</strong>s minhas bases estão a mais<br />
de 500 quilômetros de João Pessoa”,<br />
lembrou.<br />
O petebista Dunga Júnior deverá<br />
percorrer durante o recesso<br />
parlamentar 4.496,2 quilômetros,<br />
visitando os municípios de Pedra<br />
Branca, Queima<strong>da</strong>s, Boqueirão, Caturité,<br />
Pombal, Alcantil, Riacho de<br />
Santo Antônio, Taperoá, Mataraca,<br />
Alagoa Grande e Esperança. O parlamentar<br />
lembrou que o percurso<br />
seria bem maior, caso não tivesse<br />
que <strong>da</strong>r uma para<strong>da</strong> para se preparar<br />
para o mestrado em Relações<br />
Internacionais.<br />
Dunga Júnior disse que visita as<br />
suas bases pelo menos uma vez por<br />
mês, por isso, sempre está viajando.<br />
Lembrou ain<strong>da</strong> que acaba tendo a<br />
vantagem de ter 70% de suas bases<br />
próximas do local onde mora. Ele<br />
afi rmou que não é um deputado de<br />
dinheiro e que faz política visitando<br />
as pessoas e os municípios.<br />
De acordo com ele, as visitas<br />
servem para visitar políticos, a população<br />
local e associações comunitárias.<br />
Destacou ain<strong>da</strong> que tem<br />
seis prefeitos lhe apoiando e que<br />
irá ampliar esse número em quatro<br />
ou cinco novos gestores. Quanto a<br />
2010, deverá ser candi<strong>da</strong>to à reeleição.<br />
(BT)<br />
CláudioHumberto<br />
Linha direta com a coluna: colunach@claudiohumberto.com.br<br />
BOLSA-DITADURA CUSTOU R$ 2,5 BILHÕES<br />
governo Lula já obrigou os cofres <strong>da</strong> União a liberar R$<br />
O 2,5 bilhões em indenizações a supostos “perseguidos”<br />
ou “prejudicados” pela ditadura. A conta ain<strong>da</strong> é modesta,<br />
porque a Comissão de Anistia do Ministério <strong>da</strong> Justiça examinou<br />
apenas 38 mil dos 60 mil pedidos. Se o montante<br />
fosse dividido igualmente, ca<strong>da</strong> anistiado teria ganho R$<br />
65 mil de indenização, mas há aqueles que foram contemplados<br />
individualmente até com R$ 2 milhões.<br />
Rica boquinha<br />
Críticos <strong>da</strong>s malfeitorias com o dinheiro público, os cartunistas Ziraldo<br />
e Jaguar, ex-Pasquim, foram indenizados em R$ 1,2 milhão e R$ 1 milhão.<br />
Atitude digna<br />
Fun<strong>da</strong>dor do Pasquim, Millôr Fernandes recusa a boquinha: “...então eles<br />
não estavam fazendo uma rebelião, mas um investimento?”<br />
Gesto decente<br />
Fun<strong>da</strong>dor do PT, o jornalista<br />
Hélio Doyle é contra enormes indenizações.<br />
Lembra que suas cinco<br />
prisões políticas não o impediram<br />
de trabalhar.<br />
Educação terá R$ 7,5 bi a mais por ano<br />
Com a conclusão dos trabalhos <strong>da</strong> comissão especial <strong>da</strong> Câmara dos<br />
Deputados que analisa a PEC que retira a Educação <strong>da</strong> Desvinculação de<br />
Receita <strong>da</strong> União, o setor terá mais verba para investimentos. A famosa<br />
DRU “rouba”, todos os anos, 20% <strong>da</strong>s verbas <strong>da</strong> Educação. Segundo o<br />
Ministério <strong>da</strong> Educação, se aprova<strong>da</strong> a proposta, cerca de R$ 7,5 bilhões<br />
serão repostos, anualmente, ao orçamento <strong>da</strong> área.<br />
Acabará rápido<br />
A idéia é reduzir anualmente o<br />
percentual incidente sobre a verba<br />
<strong>da</strong> Educação. Em 2009, cairá para<br />
12,5%, em 2010, 5%, e 0% em 2011.<br />
A caráter<br />
O próximo caos nos aeroportos<br />
tem <strong>da</strong>ta marca<strong>da</strong>: o Carnaval. Os<br />
passageiros deveriam ir para as filas<br />
a caráter: fantasiados de palhaços.<br />
‘Fomos!’<br />
O site do Ministério <strong>da</strong>s Relações<br />
Exteriores “viajou” com o chanceler: é<br />
de 11 de dezembro a última notícia de<br />
política externa. Coitado dele...<br />
Mal começou<br />
Nem bem tomou posse, o prefeito<br />
de Recife, João Costa (PT), e já sofreu<br />
um revés. Foi obrigado pelo Tribunal<br />
de Contas a devolver R$ 776,9 mil aos<br />
cofres municipais por conta de rejeição<br />
de prestação de contas de sua<br />
gestão na Secretaria do Planejamento,<br />
que ocupava em 2005.<br />
SOS Obama<br />
No governo Barack Obama, o<br />
eficiente DEA (polícia americana de<br />
combate a drogas) poderia aju<strong>da</strong>r<br />
o Brasil a se livrar do vício em juros<br />
altos e <strong>da</strong> overdose tributária.<br />
Parabéns antológico<br />
Completa 68 anos hoje o mítico<br />
meio de campo do Botafogo e <strong>da</strong><br />
Seleção de 70, Gerson Nunes. Substituto<br />
do eterno Didi, Gerson ain<strong>da</strong><br />
aguar<strong>da</strong> um sucessor digno no<br />
meio-campo <strong>da</strong> Seleção.<br />
Passando o bastão<br />
O Brasil deixa em fevereiro a pre-<br />
“<br />
Nossa grana<br />
Os motoristas, garçons, copeiras<br />
e recepcionistas <strong>da</strong> Controladoria-Geral<br />
<strong>da</strong> União vão custar,<br />
em 2009, mais de R$ 3 milhões<br />
aos cofres públicos.<br />
PODER SEM PUDOR DIVULGAÇÃO<br />
Ah, subir a rampa!<br />
O mineiro Magalhães Pinto sempre sonhou com a Presidência <strong>da</strong> República,<br />
por isso até apoiou o golpe de 1964 imaginando que seria a<br />
“solução civil” dos golpistas. Certo dia, o general Artur <strong>da</strong> Costa e Silva<br />
o convidou para subir com ele a rampa do Palácio do Planalto. Ele subia<br />
a rampa orgulhoso quando o general, ao seu lado, perguntou com<br />
malícia:<br />
- E então, Magalhães, está gostando?<br />
Magalhães percebeu a ironia e devolveu:<br />
- Muito, Senhor Presidente, muito. Mas preferia fazê-lo todos os dias.<br />
sidência do Mercosul. Vai ocupá-la<br />
o Paraguai, em meio à reivindicação<br />
do novo presidente e ex-bispo<br />
Fernando Lugo pelo reajuste <strong>da</strong>s<br />
tarifas de energia de Itaipu.<br />
‘Ceará’ possível?<br />
Trocadilho infame para situação<br />
idem: prefeito de Icó, Marcos Nunes<br />
(PMDB-CE), nomeou secretários os<br />
dois irmãos, a noiva, um primo e a<br />
sogra do irmão. A mulher do vice é<br />
sub-secretária.<br />
Era o que faltava<br />
Qual a chance de um raio cair na<br />
sua cabeça? Setenta e cinco brasileiros<br />
morreram atingidos em 2008,<br />
contra 47 em 2007, segundo o Instituto<br />
Nacional de Pesquisas Espaciais<br />
(Inpe). Pior, só terceiro man<strong>da</strong>to.<br />
Alô, CBF<br />
A torci<strong>da</strong> tupiniquim aguar<strong>da</strong><br />
ansiosamente a convocação para a<br />
Seleção do atacante brasileiro <strong>da</strong><br />
Juventus Amauri, que recebeu ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia<br />
italiana e deve ser convocado<br />
para a Azurra. Ele é ignorado<br />
por Dunga.<br />
Escravidão canavieira<br />
Usineiros do Nordeste estão<br />
pagando R$ 1,00 aos trabalhadores<br />
por ca<strong>da</strong> tonela<strong>da</strong> de cana corta<strong>da</strong>.<br />
Como em média ca<strong>da</strong> um corta<br />
quatro tonela<strong>da</strong>s por dia, fica fácil<br />
fazer as contas.<br />
Tempo esgotado<br />
Lula, que confessou à revista<br />
“Piauí” não ler nem blogs, também<br />
não faz ginástica - visto o “visual”<br />
dele em Noronha. Excesso de<br />
trabalho...<br />
Na<strong>da</strong> mais abala a candi<strong>da</strong>tura de<br />
Michel” - Líder do PMDB, deputado Henrique<br />
Alves, otimista sobre a candi<strong>da</strong>tura de Michel Temer
6 PARAÍBA,<br />
DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />
Editorial<br />
Governo Central volta a gastar o que pode em mais<br />
O uma campanha de combate à dengue. Registre-se,<br />
porém, que as enormes quantias desembolsa<strong>da</strong>s, ano<br />
após ano, não têm sido suficientes para debelar uma<br />
<strong>da</strong>s moléstias mais <strong>da</strong>nosas à saúde dos brasileiros. Os<br />
problemas vão além do nariz torcido de parte expressiva<br />
<strong>da</strong> população para os riscos decorrentes do acúmulo<br />
d’água em quintais, jardins e terrenos baldios, por mais<br />
que avisem as mensagens institucionais no rádio, jornal e<br />
televisão.<br />
Há que se falar, ain<strong>da</strong>, <strong>da</strong> manifesta incapaci<strong>da</strong>de de<br />
grande parcela dos médicos para o diagnóstico preciso e<br />
rápido dos casos de dengue. De tão gritante a questão,<br />
já em novembro de 2007, exigia a reação do Ministério<br />
<strong>da</strong> Saúde, então disposto à orientação de 300 mil profissionais<br />
<strong>da</strong> Medicina lotados nos postos de saúde espalhados<br />
por todo o País. Contava-se em 3,9 mil os convocados<br />
na <strong>Paraíba</strong> .Motivo <strong>da</strong> convocação? Fazer com<br />
que se possa descobrir a doença em seu estágio inicial,<br />
quando os longos períodos de cama e até as mortes<br />
podem ser evita<strong>da</strong>s. Em terras paraibanas, a doença tem<br />
prostrado, anualmente, milhares de pessoas, muitas delas,<br />
gravemente.<br />
Não há exagero na afirmativa de que as estimativas<br />
oficiais a esse respeito an<strong>da</strong>m defasa<strong>da</strong>s, isto é, não corres-<br />
Dora Kramer<br />
FUN DA DO EM 5 DE SE TEM BRO DE 1971<br />
DI RE TOR SU PE RIN TEN DEN TE<br />
Ricardo de Oliveira Carlos<br />
Guerra perdi<strong>da</strong><br />
EDITORA-EXECUTIVA<br />
Angélica Lúcio<br />
angelicalucio@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
pondem à reali<strong>da</strong>de dos fatos. A subnotificação dos casos<br />
de dengue é explicável num Brasil onde a maior parte <strong>da</strong><br />
população não tem acesso fácil aos gabinetes médicos.<br />
Imagine-se, então, qual o apuro do levantamento contra o<br />
qual depõe, ain<strong>da</strong> por cima, o despreparo de profissionais<br />
<strong>da</strong> área de saúde. Para complicar o quadro, já transitam,<br />
livremente, pelo Brasil, três dos quatro sorotipos que<br />
favorecem a forma letal <strong>da</strong> doença.<br />
Se os estudos merecerem fé, 10% dos portadores<br />
de dengue morrem por ano, em média, no Brasil,<br />
por dengue hemorrágica. Como <strong>da</strong>s outras vezes, a<br />
Campanha Nacional de Mobilização antecede o período<br />
<strong>da</strong>s chuvas. Os órgãos de saúde pública pretendem, com<br />
isso, encontrar tempo para o melhor trabalho possível de<br />
prevenção. E não custa repetir: o Aedes-aegipty, o veículo<br />
de propagação de um mal que debilita e mata, anualmente,<br />
milhares de brasileiros, progride e multiplica-se<br />
em criadouros providos pela relapsia de ricos e pobres.<br />
Combate nenhum a esse mosquito surtirá efeito se a<br />
população não se aperceber do fato de que a ela própria<br />
compete, inapelavelmente, as ações mais eficazes contra<br />
um mal que afeta não apenas a saúde de todos, mas,<br />
ain<strong>da</strong>, os cofres de uma Nação carente de todo o tipo<br />
de investimento. Sem tal percepção, qualquer que seja o<br />
dinheiro gasto, esta será uma guerra perdi<strong>da</strong>.<br />
Braulio Tavares btavares13@terra.com.br<br />
Milionários de Moscou<br />
saudoso Paulo Francis costumava dizer que a União<br />
O Soviética era uma ditadura latino-americana sem plantações<br />
de bananas e com neve. A URSS se dissolveu, mas<br />
a Rússia não. Essa é feita de esmalte dentário ou de outra<br />
substância igualmente resistente. Só pode se destruí<strong>da</strong><br />
com dinamite concentra<strong>da</strong>. A velha Rússia, esse país fascinante,<br />
parece hoje uma collage <strong>da</strong> babilônia dos Czares,<br />
dos pesadelos stalinistas, do surrealismo político <strong>da</strong> América<br />
Latina e <strong>da</strong>s sagas mafiosas de Manhattan.<br />
Tomemos, por exemplo, Sergei Knyazev. É um megaempresário<br />
cujo papel é fornecer festas e diversões fora<br />
do comum para os multi-milionários de Moscou. Acredite<br />
ou não, mas ele ficou rico organizando corri<strong>da</strong>s de baratas,<br />
um esporte tão popular na Rússia quanto a briga de galos<br />
aqui. Uma matéria que colhi na Web (http://www.hs.fi/<br />
english/article/Entertaining+the+bored+Russian+megarich/1135218851514)<br />
diz: “Os ricos e super-ricos que já viram<br />
tudo, já provaram de tudo, estão à procura de diversões<br />
que atenuem o tédio de suas vi<strong>da</strong>s, e estão ca<strong>da</strong> vez mais<br />
exigentes em matéria de entretenimento”. Knyazev é rico e<br />
imaginativo, e virou o “wonderboy” dos bilionários.<br />
Por exemplo: lutar com um urso. Claro que o urso é<br />
adestrado, velho, bem alimentadíssimo. Mas não deixa de<br />
ser emocionante, para um cara riquinho, subir no ringue e<br />
se atracar pra valer com a fera. Nunca se sabe, né? Outra<br />
diversão <strong>da</strong> mo<strong>da</strong> é levar os clientes (curiosamente, mulheres<br />
são a maioria) para uma área urbana onde eles podem pegar<br />
Com o início ou recondução <strong>da</strong> gestão de parlamentares<br />
e executivos municipais, bem como de suas respectivas<br />
equipes de trabalho, notemos que ain<strong>da</strong> muitos Municípios<br />
não têm sequer um projeto de Lei do Plano Diretor Participativo,<br />
devendo ser entregue pelo Executivo à Câmara<br />
Municipal. Na elaboração de um Plano Diretor de Desenvolvimento<br />
Urbano (ou Rural) não pode prevalecer uma<br />
visão imediatista, ou seja, pretender resultados imediatos,<br />
sem a participação efetivamente democrática, construtiva.<br />
A transformação de situações sociais há tempo relega<strong>da</strong>s,<br />
preteri<strong>da</strong>s, empurra<strong>da</strong>s com o corpo mole de gestores despreparados<br />
e ineficientes deve ser encara<strong>da</strong> como missão<br />
e tarefa inadiável, com a participação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. Nem<br />
milagre, nem mágica, pois diz a Palavra: “não tentarás o<br />
Senhor teu Deus”.<br />
Ora, a sina do atraso de grande parte do povo brasileiro,<br />
deve-se à falta de planejamento estrutural, regional e local.<br />
Disputas eleitorais entre grupos político-partidários adversários,<br />
comumente acirram os ânimos, sem efetivamente equacionar e<br />
resolver o grande desafio: a colaboração e o compromisso para<br />
com o desenvolvimento regional e local, envolvendo a todos,<br />
independentemente <strong>da</strong> coloração ideológica e partidária.<br />
O Plano Diretor é um instrumento básico indispensável<br />
de políticas de desenvolvimento exigido dos Municípios (com<br />
seus distritos) que possuam mais de 20 mil habitantes. Por que<br />
não elaborar e consoli<strong>da</strong>r um plano diretor entre ci<strong>da</strong>dezinhas<br />
próximas, a partir <strong>da</strong> afini<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s reali<strong>da</strong>des locais e regionais?<br />
Dos 223 Municípios <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> muitos não possuem infraestrutura<br />
sequer para investimentos e manutenção de desenvolvimento<br />
sustentável.<br />
desapreço do presidente Luiz Inácio <strong>da</strong> Silva pela<br />
O leitura já estava devi<strong>da</strong>mente registrado na galeria<br />
dos chefes <strong>da</strong> nação brasileira desde a comparação do ato<br />
de ler ao esforço de uma caminha<strong>da</strong> em esteira mecânica,<br />
ressaltado o caráter desconfortável <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de física e, por<br />
consequência, do exercício mental.<br />
Corria o mês de abril de 2004 quando o presidente<br />
abriu mais uma edição <strong>da</strong> Bienal Internacional do Livro, em<br />
São Paulo, a tese: “A leitura, para a criança, é o mesmo que<br />
uma esteira para uma pessoa <strong>da</strong> nossa i<strong>da</strong>de. Muita gente<br />
até coloca uma esteira no quarto, muitas vezes até coloca<br />
na beira <strong>da</strong> cama, pensando: amanhã vou levantar e vou<br />
começar a an<strong>da</strong>r na esteira. Mas todo dia se levanta com<br />
uma preguiça desgrama<strong>da</strong> e vai ficando para o dia seguinte.<br />
Isso é como o livro para uma criança que não adquiriu no<br />
tempo certo o gosto pela leitura.”<br />
Na edição em bancas <strong>da</strong> revista Piauí, Lula discorre<br />
sobre sua particular ojeriza por notícias. Revela ao jornalista<br />
Mário Sérgio Conti algo mais que uma “preguiça<br />
desgrama<strong>da</strong>” de ler.<br />
Demonstra aversão ao contato com qualquer tipo<br />
de crítica. Elas lhe fazem mal ao estômago, acentuam seu<br />
“problema de azia”. Daí o caráter profilático <strong>da</strong> distância<br />
ain<strong>da</strong> maior que mantém entre sua pessoa e escritos em<br />
geral nos fins de semana.<br />
Cobrança<br />
Esta coluna é publica<strong>da</strong> simultaneamente com o <strong>Jornal</strong> do Brasil. Linha direta com a coluna: dkramer@esta<strong>da</strong>o.com.br<br />
seus carros esporte e dirigir no máximo de veloci<strong>da</strong>de que<br />
quiserem, fazendo o que quiserem, sem ninguém interferir.<br />
Uma <strong>da</strong>s diversões preferi<strong>da</strong>s dos ricos é disfarçar-se<br />
de mendigo, como o califa Harum Al-Rachid fazia nas “Mil e<br />
Uma Noites”. Sujam-se, cobrem-se de andrajos, e saem pelas<br />
ruas de Moscou, relacionando-se com os mendigos reais,<br />
pedindo esmolas, deitando-se ao relento... Claro que, a uma<br />
prudente distância, uma limusine cheia de seguranças está<br />
a postos para qualquer imprevisto. No fim do dia, os participantes<br />
tomam banho e se reúnem num restaurante caro,<br />
onde o que recolheu mais esmolas é declarado vencedor e<br />
paga a conta.<br />
São clientes que chegam a pagar 800 mil euros por um<br />
programa inédito, excitante, fora do comum. Knyazev hoje<br />
é proprietário de duas fábricas de roupas que trabalham<br />
apenas para prover os convi<strong>da</strong>dos de suas festas, “peças” e<br />
reality-games que exigem disfarces e caracterização (“Três<br />
Mosqueteiros”, Mitologia Grega, etc.). Políticos importantes,<br />
por exemplo, gostam de tomar parte em jogos baseados<br />
nos romances de Dostoiévski ambientados num hospício<br />
ou num campo de concentração. Claro que nem todos.<br />
Knyazev explica que muitos clientes querem apenas viver<br />
o dia-a-dia do povo, e pagam pelo direito de se espremer<br />
anonimamente nos trens lotados do metrô. Para quem<br />
nasceu e cresceu rodeado de criados, em palácios, numa<br />
vi<strong>da</strong> nababesca, isto é tão emocionante e perigoso quando<br />
um safari na África.<br />
Dom Aldo * *Arcebispo <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong><br />
Para que pequenas porções populacionais sejam favoreci<strong>da</strong>s<br />
com um mínimo de condições de vi<strong>da</strong> digna e sustentável<br />
é necessário que o poder público e a iniciativa priva<strong>da</strong><br />
orientem e atuem na construção dos espaços urbanos e rurais.<br />
Disso dependem as ofertas dos serviços públicos, essenciais e<br />
indispensáveis.<br />
Um plano diretor reflete necessariamente os anseios <strong>da</strong><br />
população e indica rumos de desenvolvimento. Será tão difícil<br />
compreender que um roteiro e uma agen<strong>da</strong> de desenvolvimento<br />
não coincidem nem perduram por apenas 4 ou de<br />
8 anos de man<strong>da</strong>to de uma gestão, por melhor que ela seja?<br />
Quem deve elaborar o plano diretor? Será preciso convocar a<br />
população, ouvi-la através dos seus mais variados segmentos,<br />
convergindo interesses comuns, estabelecidos como priori<strong>da</strong>des.<br />
Apontar rumos para o desenvolvimento local e regional<br />
segue um roteiro, não a improvisação nem o clientelismo.<br />
Os critérios para o roteiro encontram-se na trilogia: 1. Economicamente<br />
viável e também sustentável; 2. Socialmente justo<br />
tal que haja inclusão <strong>da</strong>s pessoas e famílias; 3. Ecologicamente<br />
equilibrado, tal que se favoreçam os valores éticos e morais e, o<br />
desenvolvimento <strong>da</strong>s reali<strong>da</strong>des temporais.<br />
Traduzindo racionalmente, isso tudo é necessário investir<br />
- local e regionalmente - em recursos humanos, técnicos e financeiros<br />
aplicando-os em políticas fun<strong>da</strong>mentais de pesquisas<br />
sobre a vocação e produção. O que a região produz? Paralelamente<br />
às políticas de saúde, educação, obras de infra-estrutura,<br />
equipamentos urbanos, habitação popular, etc., enten<strong>da</strong>mos<br />
que sem a oferta de trabalho é inútil querer fixar o homem e a<br />
família em ci<strong>da</strong>des humílimas, fa<strong>da</strong><strong>da</strong>s à conservação do imobilismo<br />
histórico. (voltaremos ao assunto)<br />
Não apenas adota a receita, como a recomen<strong>da</strong> “a<br />
qualquer presidente”. Afastem-se <strong>da</strong> imprensa e aproveitem<br />
o ensejo para ficar longe dos políticos também, aconselha. A<br />
menos que se precise de um ou de outros para divulgar suas<br />
palavras e corroborar seus atos.<br />
Na versão integral <strong>da</strong> reportagem/entrevista <strong>da</strong> Piauí,<br />
Lula se diz surpreso com o fato de seu ex-ministro José<br />
Dirceu ter aceitado a companhia de uma profissional de<br />
imprensa - <strong>da</strong> mesma revista - durante uma semana.<br />
Na visão dele, Dirceu se “desnudou” diante <strong>da</strong> jornalista<br />
de forma absolutamente imprudente. O que o presidente<br />
<strong>da</strong> República não tenha notado talvez é que se exibiu<br />
igualmente desnudo para Conti. Que transmitiu aos leitores<br />
algo até então escondido sob o manto <strong>da</strong> autossuficiência.<br />
O presidente Luiz Inácio <strong>da</strong> Silva não tem opinião própria.<br />
Não forma juízo a partir do cotejo entre informações, diferentes<br />
interpretações dos fatos, óticas diversifica<strong>da</strong>s, lógicas<br />
varia<strong>da</strong>s.O presidente Luiz Inácio <strong>da</strong> Silva disse à imprensa<br />
que só sabe o que lhe dizem. “Um homem que conversa<br />
com o tanto de pessoas que eu converso por dia deve ter<br />
uns 30 jornais na cabeça todo santo dia”, diz ele.<br />
Diria bem melhor, de forma gramaticalmente mais<br />
GE RÊN CIA ADMINISTRATIVA/FINANCEIRA<br />
Gelson Lima - gelson@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
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JOÃO PES SOA - Catiuscia Lima - catilima@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
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OPINIÃO<br />
Lila<br />
SE CRE TÁ RIA DE RE DA ÇÃO<br />
Elizângela Monteiro (JP) - elizangela@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
Claudeci Ribeiro (CG) - claudeci@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
CHEFE DE REPORTAGEM<br />
Suetoni Souto Maior - soutomaior@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
EmFoco Linha<br />
FILIADO À<br />
EDITORIAS<br />
POLÍTICA: SONY LACERDA - sonylacer<strong>da</strong>@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
CIDADES: ANDRÉA ALVES - andreaalves@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
TEVÊ/CONCURSOS: NEIDE DONATO - neidedonato@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
ESPORTES: EXPEDITO MADRUGA - madruga@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
VIDA & ARTE: ANDRÉ CANANÉA - andrecananea@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
Muitas emoções<br />
O discurso de Buba Germano (PSDB) na Famup<br />
parecia o de eleição municipal. Ao falar <strong>da</strong> vitória, o<br />
tucano confundiu o nome <strong>da</strong> Famup com o de Picuí.<br />
Para completar a “maratona de eleições”, Buba enfrentará<br />
mais uma disputa este ano. Em abril, deve disputar<br />
a eleição para a nova diretoria <strong>da</strong> Confederação Nacional<br />
dos Municípios (CNM). Ele pretende novamente<br />
ocupar o posto de 1º secretário.<br />
O vice-governador<br />
José Lacer<strong>da</strong> Neto (DEM)<br />
admitiu que, de início, foi<br />
contra a candi<strong>da</strong>tura <strong>da</strong><br />
filha, a vereadora eleita<br />
<strong>da</strong> capital Raissa Lacer<strong>da</strong>.<br />
Disse que não queria<br />
nenhum problema para<br />
o governador Cássio<br />
Cunha Lima (PSDB) e para<br />
o governo. “Eu temia que<br />
a candi<strong>da</strong>tura de Raissa<br />
contribuisse para uma série de problemas, além de<br />
provocar ciumeira na política. Com to<strong>da</strong> essa precaução<br />
ain<strong>da</strong> houve ressentimentos”, revelou. Ele<br />
informou que chegou a aju<strong>da</strong>r outros candi<strong>da</strong>tos<br />
do próprio bolso. No final, tudo deu certo.<br />
1<br />
2 Perguntado<br />
3 Segundo<br />
Preocupação<br />
Louvável<br />
No Ceará está em votação na Comissão de Educação, Cultura e<br />
Esporte um projeto tornando obrigatória a inclusão de conteúdos<br />
regionais e locais no ensino <strong>da</strong> História do Brasil. Precisamos que seja<br />
aprova<strong>da</strong> e leva<strong>da</strong> para todo o país a idéia, pois não é raro encontrar<br />
crianças, adolescentes e mesmo adultos completamente alheios a<br />
acontecimentos, figuras e <strong>da</strong>tas relevantes de sua região ou de sua<br />
ci<strong>da</strong>de. Um projeto louvável do senador Tasso Jereissati que merece<br />
ser copiado por políticos de todos os Estados.<br />
Jonildo Soares<br />
Monteiro<br />
Excelente<br />
João Pessoa já tem as praias mais maravilhosas do país e o povo<br />
mais hospitaleiro do Nordeste como atração turística. Agora com to<strong>da</strong><br />
a estrutura que está sendo monta<strong>da</strong> para o ‘Verão Total’, ninguém vai<br />
segurar o veraneio na capital paraibana. Uma idéia excelente! Sol,<br />
mar, diversão e tranquili<strong>da</strong>de pra ninguém botar defeito podem ser<br />
encontrados neste cantinho abençoado por Deus.<br />
Wellington Moisés Félix<br />
João Pessoa<br />
Autossufi ciente <strong>da</strong> Silva<br />
AGÊNCIAS:<br />
do lei tor@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
compreensível no português pátrio (não culto, elaborado,<br />
elitizado, apenas o idioma pátrio, usado na linguagem<br />
acessível do noticiário), se não fizesse como as crianças<br />
que por alguma circunstância não adquiriram o gosto pela<br />
leitura desde cedo e depois, na i<strong>da</strong>de adulta, tomaram<br />
horror a esteiras.<br />
Lendo, escreve-se, fala-se e se pensa melhor. Mais<br />
não seja por reflexo, treino.Mas o presidente, referido na<br />
orali<strong>da</strong>de, prefere que lhe digam resumi<strong>da</strong>mente o que vai<br />
pelo Brasil e o mundo. Escolhe terceirizar sua capaci<strong>da</strong>de de<br />
percepção e análise, deixar na mão dos outros aquilo que<br />
certamente, com sua celebra<strong>da</strong> sagaci<strong>da</strong>de e intuição, faria<br />
com muito mais eficácia. Tirando disso prazer e proveito inenarráveis.<br />
Só experimentado por quem de vez em quando fecha<br />
a boca, apura os ouvidos, aguça a visão e, de posse <strong>da</strong><br />
inteireza de suas aptidões, traça paralelos entre o que pensa<br />
o “outro” - enti<strong>da</strong>de essencial no exercício <strong>da</strong> convivência e<br />
no combate aos excessos <strong>da</strong> autossuficiência, do isolamento<br />
- e chega às próprias conclusões.<br />
Não é o caminho mais curto, mas é a maneira mais<br />
segura de ao menos se manter alguma coerência na vi<strong>da</strong>,<br />
Mais perto<br />
O deputado-secretário Romero Rodrigues (PSDB) informou<br />
que o governo do Estado pretende descentralizar<br />
o processo de contato com os prefeitos. Estão sendo<br />
programa<strong>da</strong>s várias reuniões de trabalho em diferentes<br />
regiões, nos próximos dias, para discutir ações que<br />
possam realizar em parcerias. A primeira deverá acontecer<br />
em Campina Grande, na próxima sexta-feira. O objetivo<br />
é uma aproximação maior entre governo e gestores.<br />
Portal Eletrônico<br />
O novo Portal Eletrônico do Tribunal de Contas <strong>da</strong><br />
<strong>Paraíba</strong> estará disponível a partir do dia 2 de fevereiro.<br />
Foi o que garantiu o presidente do órgão, conselheiro Nominando<br />
Diniz. Através do portal, os gestores municipais<br />
poderão encaminhar informações rotineiras ao Tribunal.<br />
Os gestores ain<strong>da</strong> terão acesso ao Diário Eletrônico, que<br />
será gratuito aos municípios, que poderão fazer suas publicações<br />
no Diário, diminuindo custos.<br />
Transparência<br />
Nominando quer <strong>da</strong>r mais transparência às prestações<br />
de contas dos prefeitos. Ele deu um exemplo: “Há<br />
um caso, na <strong>Paraíba</strong>, em que o mesmo calçamento foi<br />
apresentado como novi<strong>da</strong>de duas vezes (2002 e 2003) ao<br />
Tribunal de Contas”, contou Nominando. Ele preferiu não<br />
revelar o nome do município, nem o nome do prefeito<br />
que será responsabilizado por desvio de recursos, porque<br />
as contas ain<strong>da</strong> não foram julga<strong>da</strong>s.<br />
“Tenho firme e clara determinação de<br />
permanecer no PSDB”<br />
Geraldo Alckmin<br />
Ex-governador de São Paulo (sobre possível i<strong>da</strong> para o PTB)<br />
“Cléo tem o DNA <strong>da</strong> Glória, mas com<br />
seu brilho próprio, sem ter influência do<br />
trabalho <strong>da</strong> mãe”<br />
Fábio Barreto<br />
Diretor (sobre a atuação <strong>da</strong> atriz no filme ‘Lula, o Filho do<br />
Brasil’)<br />
“Árbitro frouxo não apita no Rio. Não<br />
vai ter esse negócio de jogador tomar<br />
cartão <strong>da</strong> mão do juiz em 2009”<br />
Jorge Rabello<br />
Presidente <strong>da</strong> Comissão de Arbitragem (sobre Campeonato<br />
Carioca)<br />
bem como algum compromisso com a palavra dita.<br />
NATUREZA<br />
Resumo <strong>da</strong> ópera governo-PMDB nas preliminares <strong>da</strong>s<br />
eleições para as presidências <strong>da</strong> Câmara e do Senado, sob a<br />
ótica de um político governista que já foi ministro: “O Palácio<br />
do Planalto fica imobilizado, no aguardo de que 2010 o<br />
PMDB faça diferente de 2008 e se alie preferencialmente ao<br />
PT. Alimenta o crocodilo na esperança de ser devorado por<br />
último.”<br />
FORA DE FOCO<br />
Noves fora, <strong>da</strong> manifestação do assessor especial <strong>da</strong><br />
Presidência, Marco Aurélio Garcia, qualificando como “terrorismo<br />
de Estado” os ataques de Israel em Gaza, sobra<br />
apenas o ridículo <strong>da</strong> cena.<br />
Se a posição brasileira não influi na organização <strong>da</strong><br />
ordem geral <strong>da</strong>quele drama milenar, a declaração de<br />
um auxiliar presidencial, em faixa paralela à política do<br />
Itamaraty, tampouco contribui para o Brasil se postar <strong>da</strong><br />
maneira adequa<strong>da</strong> a um país que é líder regional e abriga<br />
em boa convivência imensas comuni<strong>da</strong>des de ascendência<br />
árabes e ju<strong>da</strong>ica.<br />
Constatação óbvia e por isso mais eloquente a inconveniência.<br />
CLASSIFICADOS<br />
JP: Tel 2106-1818 • Fax 3241-2469<br />
clas sifjp@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
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CIRCULAÇÃO<br />
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circulacaocg@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
Sony Lacer<strong>da</strong> com re<strong>da</strong>ção<br />
direta com a coluna: sony@jornal<strong>da</strong>paraiba.com.br<br />
José Lacer<strong>da</strong> Neto informou que a Vice-Governadoria recebeu uma dotação orçamentária, para 2008,<br />
de R$ 321 mil e devolveu R$ 132 mil. “Isso em um ano de eleição <strong>da</strong> minha filha. Isso é orgulho para mim,<br />
para meus amigos e para o governador. Durante esses 50 anos de vi<strong>da</strong> pública, não tenho até hoje uma<br />
nota que desabone minha conduta”.<br />
o porquê <strong>da</strong> produção tão baixa de alguns companheiros, o senador Efraim Morais (DEM)<br />
afirmou que ca<strong>da</strong> parlamentar tem um estilo de fazer política. “Eu por exemplo tive uma certa dificul<strong>da</strong>de<br />
ter uma aparição melhor, diante <strong>da</strong> missão que me foi destina<strong>da</strong> pelo meu partido na 1ª Secretaria”.<br />
ele, que está deixando o cargo na Mesa, a atuação será mais forte no plenário e nas comissões.<br />
Ele disse que estará voltando à Comissão Mista de Orçamento, entre outras. “Mas eu procurei,<br />
mesmo fazendo a parte Executiva na Casa, procurei fazer minha parte. Quanto aos companheiros, ca<strong>da</strong><br />
um que faça sua parte”, aconselhou Efraim Morais.<br />
VENDA AVUL SA AS SI NA TU RAS<br />
Dias úteis Domingos Mensal Semestral Anual<br />
PB R$ 1,50 R$ 2,50 R$ 29,80 R$ 178,80 R$ 357,60<br />
Outros estados R$ 3,00 R$ 5,00 R$ 59,60 R$ 357,60 R$ 715,20<br />
Número atra sa do R$ 3,00 R$ 5,00<br />
*<strong>Jornal</strong>ista<br />
VENDA AVUL SA<br />
Os exem pla res do JORNAL DA PARAÍBA de ven<strong>da</strong> avul sa não são comer cia li za dos dire ta men te ao públi co. Nesse caso, a ven<strong>da</strong> é feita por<br />
ban cas de ter cei ros devi <strong>da</strong> men te auto ri za <strong>da</strong>s pelas pre fei tu ras, agen tes autô no mos e repre sen tan tes comer ciais cre-denciados (pes soas<br />
jurí di cas), que adqui rem o jor nal para reven <strong>da</strong> ao públi co. As assi na tu ras com entre ga domi ci liar são ven di <strong>da</strong>s por repre sen tan tes autô nomos,<br />
empre sas pres ta do ras de ser vi ço e fun cio ná rios <strong>da</strong> Editora JORNAL DA PARAÍBA.
ECONOMIA PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 7<br />
PRECARIEDADE/ Clientes reclamam <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de do sinal e dos preços cobrados pelas operadoras que possuem atuação no Estado<br />
Internet ban<strong>da</strong> larga na <strong>Paraíba</strong> é ruim e cara<br />
GISELLE PONCIANO<br />
ESPECIAL PARA O JP<br />
Preço alto para o tipo de serviço<br />
oferecido. Essa é a opinião<br />
de usuários e técnicos sobre<br />
o acesso à internet na <strong>Paraíba</strong>, que<br />
ain<strong>da</strong> consideram a oferta ruim,<br />
apesar de já existirem mais opções<br />
de serviços. A principal queixa<br />
sobre esse assunto recai para veloci<strong>da</strong>des<br />
de acesso anuncia<strong>da</strong>s e<br />
não cumpri<strong>da</strong>s. E sobre o preço,<br />
dependendo do provedor, as mensali<strong>da</strong>des<br />
podem fi car até R$ 30<br />
mais caras.<br />
“É complicado mesmo você ter<br />
um serviço que seja estável, que a<br />
conexão não caia”, observou o técnico<br />
em eletrônica e informática,<br />
João Manoel Duarte Filho, apontando<br />
que dos serviços disponíveis na<br />
<strong>Paraíba</strong>, só usaria Big ou Velox.<br />
Ele considera caros os valores<br />
cobrados e alertou para o fato de<br />
que alguns serviços obrigam o assinante<br />
a arcar com o gasto extra do<br />
provedor, fora a mensali<strong>da</strong>de que já<br />
se paga.<br />
“Na prática a empresa só precisaria<br />
de modem e do telefone, para<br />
a internet de transmissão à cabo. E<br />
aí, atrelam a necessi<strong>da</strong>de de provedor<br />
que funciona na ver<strong>da</strong>de como<br />
uma joga<strong>da</strong> comercial”, disse.<br />
Apesar de promessa, suporte é falho<br />
Uma <strong>da</strong>s pessoas que teve<br />
diversos problemas foi o webdesigner<br />
Rodrigo Barbosa. “Foram<br />
dores de cabeça diferentes. Uma<br />
relaciona<strong>da</strong> ao serviço de suporte<br />
e outra à veloci<strong>da</strong>de de acesso”,<br />
contou.<br />
No primeiro caso, ele disse<br />
que fi cou sem sinal de internet em<br />
casa e que não conseguia entrar<br />
em contato com o suporte, que não<br />
era 24 horas e que demorou mais<br />
de um dia pra resolver a questão.<br />
No outro caso, continuou,<br />
“fi z um contrato que estabelecia<br />
300kbps e só atingia 100kbps.<br />
Tentei revolver sozinho primeiro,<br />
mas não consegui porque tinha<br />
que ter o acesso ao dispositivo<br />
que conecta. Liguei para a assistência<br />
técnica e eles me disseram<br />
que era um problema na antena”.<br />
Isso aconteceu há uns dez meses.<br />
Rodrigo relatou que desde então<br />
Em pouco mais de uma déca<strong>da</strong>,<br />
um salto impressionante: <strong>da</strong><br />
internet disca<strong>da</strong> para internet sem<br />
fi o. A necessi<strong>da</strong>de de oferta de serviços<br />
dentro <strong>da</strong> rede mundial de<br />
computadores alavancou a veloci<strong>da</strong>de<br />
de acesso e já chegou ao ponto<br />
<strong>da</strong> oferta gratuita de internet<br />
em estabelecimentos comerciais<br />
– graças ao advento do wi-fi . O<br />
acesso ain<strong>da</strong> poderá ser ampliado<br />
devido a projetos desenvolvidos<br />
pelas administrações públicas do<br />
Estado e <strong>da</strong> capital, por exemplo.<br />
O consultor em informática e<br />
especialista em redes, Alisson Leite,<br />
lembra que assim que a internet<br />
surgiu não haviam muitos serviços.<br />
A rede era usa<strong>da</strong> mais para<br />
checar e-mail, para bate-papos<br />
ou para pesquisa. “Hoje, internet<br />
faz parte do dia-a-dia, podemos<br />
pagar contar, tirar vias<br />
de boletos, f a z e r<br />
Dependendo do provedor que se<br />
escolha, esse gasto extra pode ser<br />
de até R$ 30. Sobre veloci<strong>da</strong>de de<br />
acesso, João indica que a partir de<br />
300kbps já assegura um bom acesso,<br />
com estabili<strong>da</strong>de para ver vídeos.<br />
“Para baixar fi lmes ain<strong>da</strong> tem<br />
que ter um pouco de paciência com<br />
essa veloci<strong>da</strong>de”, disse.<br />
Com relação ao serviço de internet<br />
móvel o técnico disse ser<br />
ain<strong>da</strong> pior que os fi xos. Pela ques-<br />
não teve mais problemas, que hoje<br />
a conexão atinge normalmente<br />
300kbps.<br />
Sobre o preço cobrado, o webdesigner<br />
é um dos que considera<br />
alto para a quali<strong>da</strong>de do serviço<br />
ofereci<strong>da</strong>. “Posso fazer uma comparação<br />
exagera<strong>da</strong>, mas o que<br />
temos aqui é muito caro quando<br />
comparamos com<br />
o serviço em outros<br />
países”, destacou.<br />
O coordenadorexecutivo<br />
<strong>da</strong> Procon<br />
Municipal de João<br />
Pessoa, Sandro Targino,<br />
advertiu que o consumidor<br />
tem direito a não pagar a mensali<strong>da</strong>de<br />
integral se o que foi previsto<br />
no contrato não foi cumprido.<br />
“É possível uma negociação<br />
com a empresa a ponto de reduzir<br />
o valor que se paga. Se eu tenho<br />
um serviço de 300kbps e recebo<br />
Preço cobrado<br />
na <strong>Paraíba</strong> está<br />
entre os mais<br />
altos do Brasil<br />
100kbps, caso a empresa não disponha<br />
um serviço de 100kbps,<br />
terá que oferecer ao consumidor<br />
a opção de pagar o proporcional<br />
ao que ele acessa”, explicou, lembrando<br />
que se o consumidor quiser<br />
rescindir o contrato também<br />
poderá fazê-lo, sem pagar multas<br />
contratuais e ain<strong>da</strong> sendo ressar-<br />
cido pelo que pagou<br />
a mais.<br />
Sandro disse que<br />
muitos casos podem<br />
ser resolvidos diretamente<br />
com o provedor,<br />
com o suporte<br />
oferecido. Caso contrário, o consumidor<br />
deve procurar o Procon.<br />
“Outra possibili<strong>da</strong>de é fazer denúncias<br />
para Anatel”, observou.<br />
Apesar de muita gente falar<br />
mal dos serviços, a quanti<strong>da</strong>de<br />
de registros que chegam ao Procon<br />
Municipal de João Pessoa é<br />
pequena. No montante de sete mil<br />
reclamações computa<strong>da</strong>s durante<br />
esse ano, apenas 63 correspondem<br />
a queixas relaciona<strong>da</strong>s aos serviços<br />
de internet - foram 37 contra a<br />
Jet, 13 contra a Velox, uma contra a<br />
Neoline e 12 contra a Big.<br />
Essas reclamações, prosseguiu,<br />
“têm que acontecer sempre que o<br />
serviço falhar, Às vezes o sinal cai<br />
e você não reclama achando que<br />
vai voltar o serviço em uma hora,<br />
mas é bom que se reclame para<br />
não se repetir mais”.<br />
Ele próprio foi vítima desses<br />
problemas <strong>da</strong> falta de sinal <strong>da</strong><br />
internet. Sandro contou que não<br />
conseguiu acessar a rede mundial<br />
de computadores por mais de sete<br />
dias em sua residência. “A empresa<br />
colocou que era um problema<br />
dos cabos na minha residência,<br />
mas eu reclamei e paguei metade<br />
<strong>da</strong> mensali<strong>da</strong>de apenas”, ensinou.<br />
Wi-fi se populariza em João Pessoa<br />
compras, tirar alguns documentos,<br />
acessar serviços de cartórios.<br />
A gama é grande, isso sem falar no<br />
entretenimento com os jogos online<br />
e com a possibili<strong>da</strong>de de baixar<br />
fi lmes e músicas, por exemplo”,<br />
destacou.<br />
Diante disso, continuou, “foi<br />
preciso ampliar a veloci<strong>da</strong>de de<br />
acesso, para que os serviços fi -<br />
cassem mais rápidos, o que não<br />
acontecia quando a internet era<br />
disca<strong>da</strong>”. Quando era disca<strong>da</strong>,<br />
além do inconveniente de ocupar<br />
a linha telefônica enquanto<br />
estava sendo usa<strong>da</strong>, a internet<br />
tinha uma veloci<strong>da</strong>de de 56<br />
KBPS – sem contar o fato <strong>da</strong><br />
conta no fi nal do mês ser proporcional<br />
ao tempo em que a<br />
pessoa fi cava conecta<strong>da</strong>, a deman<strong>da</strong><br />
era cobra<strong>da</strong> por pulsos.<br />
Com a internet sem fi o, o<br />
acesso é mais<br />
tão <strong>da</strong> relação custo x benefício. E<br />
ain<strong>da</strong>, em alguns casos há limite<br />
para a recepção e emissão de <strong>da</strong>dos.<br />
Quando o consumidor ultrapassa<br />
a marca permiti<strong>da</strong>, há cobrança de<br />
até R$ 0,25 por megabite. E ain<strong>da</strong><br />
“a veloci<strong>da</strong>de termina baixando, cai<br />
a quali<strong>da</strong>de de acesso”, apontou o<br />
consultor em informática e especialista<br />
em redes, Alisson Leite, acrescentando<br />
que “quando você chega<br />
a dois gigas para essa recepção ou<br />
rápido quase 20 vezes, pois a veloci<strong>da</strong>de<br />
de acesso é de um mega.<br />
Alisson explicou que a reali<strong>da</strong>de<br />
wireless gratuita na <strong>Paraíba</strong><br />
ain<strong>da</strong> não permite grandes usos<br />
<strong>da</strong> internet. Pelo fato dos estabe-<br />
FRANCISCO FRANÇA<br />
PROBLEMAS Usuários dizem que empresas anunciam uma veloci<strong>da</strong>de, mas não cumprem com o compromisso<br />
troca de <strong>da</strong>dos, a veloci<strong>da</strong>de passa<br />
até para 128kbps”.<br />
Alisson concor<strong>da</strong> com João sobre<br />
o preço cobrado. “A proporção<br />
é quase três vezes mais cara aqui<br />
do que em outras partes do país,<br />
em média. Um exemplo, se aqui se<br />
paga R$ 100 por uma veloci<strong>da</strong>de<br />
de um mega, em outras locali<strong>da</strong>des<br />
brasileiras esse valor te <strong>da</strong>rá<br />
uma veloci<strong>da</strong>de de três megas”,<br />
esclareceu.<br />
lecimentos oferecerem o serviço<br />
gratuitamente, há restrições para<br />
seu uso. “É algo para um acesso<br />
básico, apenas para checar emails,<br />
documentos ou para chats”,<br />
completou.<br />
OFERTA<br />
Serviço Internet (fi xa) Veloci<strong>da</strong>de Mensali<strong>da</strong>de<br />
BIG 100 kbps R$ 70<br />
200 kbps R$ 80<br />
300 kbps R$ 100<br />
CMYK<br />
Jet 300 kbps R$ 53,90 + R$ 74,90 (pacote<br />
básico com 69 canais)<br />
600 kbps R$ 79,90<br />
1 mega R$ 99,90<br />
2 mega R$ 129,90<br />
Velox¹ 300 kbps R$ 72,90<br />
600 kpbs R$ 109<br />
1 mega R$ 169<br />
Neoline com Big TV² 64 kbps R$ 56<br />
200 kbps R$ 75<br />
300 kbps R$ 96<br />
Neoline<br />
(via rádio) 128 kbps R$ 50<br />
256 kbps R$ 80<br />
1- Requer uso de provedor. O <strong>da</strong> Oi custa R$ 29,90;<br />
2- Pacote básico a partir de R$ 12<br />
Serviço Móvel Veloci<strong>da</strong>de Mensali<strong>da</strong>de Uso<br />
Claro 250 kbps R$ 59 Ilimitado<br />
500 kbps R$ 84,90 Ilimitado<br />
1 mega R$ 119,90 Ilimitado<br />
Oi 300 kbps R$ 59,90 Limite de 2 giga *<br />
600 kbps R$ 79,90 Limite de 5 giga<br />
1 mega R$ 119 Limite de 10 giga<br />
* O limite é para transmissão e emissão de <strong>da</strong>dos, o<br />
excedente é cobrado (R$ 0,10 por megabite)<br />
Restaurantes e pousa<strong>da</strong>s<br />
oferecem acesso gratuito<br />
Mesmo com restrições, a oferta<br />
de wi-fi é uma estratégia de estabelecimentos<br />
comerciais para<br />
atrair e fi delizar clientela. Como é<br />
o caso <strong>da</strong>s Pousa<strong>da</strong>s e do Restaurante<br />
Toca do Caju, assim como o<br />
Caiçara Shopping, em João Pessoa.<br />
“Nós disponibilizamos há um ano,<br />
no restaurante, nas pousa<strong>da</strong>s tem<br />
seis meses mas já percebemos que<br />
isso realmente trouxe mais clientes,<br />
especialmente no restaurante”,<br />
contou a gerente <strong>da</strong> Toca do Caju,<br />
Beatriz Danielle, enfatizando que<br />
quando colocaram o serviço, ain<strong>da</strong><br />
era uma novi<strong>da</strong>de no mercado.<br />
Ela contou que muitos executivos<br />
e turistas vão ao restaurante<br />
no horário do almoço e aproveitam<br />
para resolver pendência enquanto<br />
almoçam. “Nosso fl uxo aumentou<br />
mesmo, pois quando estão no ambiente<br />
consomem”, reforçou.<br />
Outro estabelecimento que<br />
disponibiliza o acesso gratuito à internet<br />
é o Caiçara Shopping, desde<br />
a sua inauguração, há apenas cinco<br />
meses. O diretor administrativo do<br />
Caiçara Shopping, Kilder José Dantas<br />
Guimarães, contou que pensaram<br />
em colocar “esse acesso para<br />
abranger clientes que vêm lanchar,<br />
almoçar e vão poder usar o notebook<br />
com liber<strong>da</strong>de”.<br />
Mas, será que as lan houses serão<br />
prejudica<strong>da</strong>s com a ampliação<br />
dessa oferta gratuita? Não, segundo<br />
Alisson Leite, que é também proprietário<br />
de uma, a Shoppingnet, no<br />
Mag Shopping. “Esse é um diferencial<br />
comercial adotado por várias<br />
empresas. Não atrapalha se a lan<br />
mu<strong>da</strong>r o perfi l e oferecer impressão,<br />
gravação de CD e DVD, conversão<br />
de mídia e vários outros serviços<br />
que englobam esse universo.<br />
Governo quer implantar<br />
serviço gratuito em JP<br />
O Governo do Estado possui<br />
um projeto chamado <strong>Paraíba</strong> Digital,<br />
cujo objetivo é oferecer internet<br />
sem fi o de ban<strong>da</strong> larga e gratuita<br />
para to<strong>da</strong> a orla de João Pessoa e<br />
para grande parte do Centro de<br />
Campina Grande. A previsão é que<br />
seja implantado em 2009, com investimentos<br />
de R$ 17,6 milhões.<br />
O secretário-executivo de Ciência,<br />
Tecnologia, Recursos Hídricos e<br />
Meio Ambiente <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>, Edilton<br />
Rodrigues, explicou que na<br />
ver<strong>da</strong>de, será implantado uma espécie<br />
de projeto-piloto.<br />
“Será uma base de experimento,<br />
com capaci<strong>da</strong>de limita<strong>da</strong> de mil<br />
acessos que vai servir para agilizar<br />
transferência e troca de bancos<br />
de <strong>da</strong>dos, visando a ampliação<br />
do acesso a internet de<br />
forma<br />
mais democrática”, disse. Edilton<br />
lembrou que a Universi<strong>da</strong>de Federal<br />
<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> (UFPB) e a Universi<strong>da</strong>de<br />
Federal de Campina Grande<br />
(UFCG) fazem parte do projeto, e<br />
que por meio de estudos vão contribuir<br />
para o aprimoramento <strong>da</strong><br />
“<strong>Paraíba</strong> Digital”.<br />
Assim, a primeira etapa do<br />
projeto esta orça<strong>da</strong> em R$ 1,5 milhão,<br />
quando o Governo do Estado<br />
irá disponibilizar antenas em pontos<br />
estratégicos nas duas ci<strong>da</strong>des.<br />
A pretensão, no entanto, é de posteriormente<br />
oferecer o serviço a<br />
to<strong>da</strong> a <strong>Paraíba</strong> o que proporcionará<br />
benefícios à administração pública<br />
mas também a grandes e pequenas<br />
empresas, nas áreas <strong>da</strong> Educação,<br />
<strong>da</strong> Saúde, <strong>da</strong> Segurança e do<br />
incremento ao turismo.<br />
148862
8<br />
PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />
GERAL<br />
DINHEIRO/As instituições oferecem atrativos como taxas diferencia<strong>da</strong>s, a partir de 0,88%<br />
Instituições financeiras oferecem<br />
crédito para as contas de janeiro<br />
JACQUELINE SANTOS<br />
Entrar o ano sem dívi<strong>da</strong>s<br />
atrasa<strong>da</strong>s e ain<strong>da</strong> pagar à<br />
vista to<strong>da</strong>s as contas típicas<br />
do mês de janeiro. Para muitos<br />
consumidores esse pode parecer<br />
apenas um sonho distante, no entanto<br />
algumas instituições fi nanceiras<br />
estão disponibilizando créditos<br />
específi cos para as pessoas<br />
arcarem com as despesas comuns<br />
de início de ano, como matrícula<br />
dos fi lhos, material escolar e tributos,<br />
com taxas de juros atrativas e<br />
parcelas a perder de vista. As instituições<br />
oferecem atrativos como<br />
taxas diferencia<strong>da</strong>s, a partir de<br />
0,88%, e prazo de pagamento estendido<br />
em até 96 meses.<br />
A reportagem pesquisou<br />
mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de crédito em vários<br />
bancos de João Pessoa, entre<br />
públicos e privados, no entanto,<br />
constatou que apenas a Caixa Econômica<br />
Federal (CEF) dispõe de<br />
opções de fi nanciamento próprias<br />
para as dívi<strong>da</strong>s características do<br />
primeiro mês do ano. Segundo o<br />
superintendente regional <strong>da</strong> Caixa<br />
na <strong>Paraíba</strong>, Elan de Miran<strong>da</strong>,<br />
a instituição formatou condições<br />
especiais para que os clientes enfrentassem<br />
as contas como as de<br />
férias, matrícula, far<strong>da</strong>mento e<br />
material escolar <strong>da</strong>s crianças, além<br />
dos impostos que batem à porta<br />
nesse período.<br />
“Há tabelas em que o cliente<br />
pode dividir o montante em até 96<br />
vezes. Além disso, existem linhas<br />
com taxas de 0,88% por mês. De<br />
acordo com a necessi<strong>da</strong>de e a situação<br />
de ca<strong>da</strong> cliente (faixa salarial,<br />
empresa em que trabalha, relacionamento<br />
com o banco) montamos<br />
uma carteira de crédito personaliza<strong>da</strong>”,<br />
ressaltou. A CEF tem ain<strong>da</strong><br />
o Crédito Direto que tem limites<br />
pré-aprovados e o dinheiro pode<br />
ser obtido diretamente nos caixas<br />
automáticos, pelo telefone ou pela<br />
site do banco. Nesse caso, o crédito<br />
pode ser entre R$ 300 e R$ 1,5<br />
mil e o prazo para pagamento varia<br />
conforme o tipo de fi nanciamento<br />
escolhido. A Caixa também disponibiliza<br />
o crédito pessoal e para be-<br />
nefi ciários do Instituto Nacional de<br />
Seguro Social (INSS), a aposta são<br />
as baixas taxas (a partir de 0,88%).<br />
Embora não forneçam cartas<br />
de crédito diretamente liga<strong>da</strong>s às<br />
despesas de janeiro, os bancos oferecem<br />
linhas com juros mais baixos<br />
e prazos esticados para atrair<br />
os clientes. É o caso do banco Itaú<br />
que tem taxas de 2% ao mês, no<br />
caso de empréstimos consignados,<br />
e os valores podem ser parcelados<br />
em, no máximo, 36 meses. Outra<br />
mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de procura<strong>da</strong> e disponível<br />
para todos os clientes se refere<br />
ao crediário, que tem juros mais<br />
altos do que os praticados no fi -<br />
nanciamento com desconto direto<br />
136138<br />
FRANCISCO FRANÇA<br />
SERVIÇO BB oferece três tipos de financiamentos, mas nenhum destinado exclusivamente a essas contas<br />
na folha de pagamento do trabalhador,<br />
com 7% ao mês e parcelas<br />
de até 36 vezes.<br />
Segundo uma <strong>da</strong>s assistentes<br />
de gerência do Banco Itaú, Lúcia<br />
Emília Leal Costa, os clientes que<br />
querem fugir <strong>da</strong>s contas venci<strong>da</strong>s<br />
e procuram uma linha de crédito<br />
para quitar os débitos atrasados<br />
podem optar por uma <strong>da</strong>s carteiras<br />
do banco, no entanto, não<br />
existem linhas direciona<strong>da</strong>s para<br />
contas que aparecem junto com o<br />
mês de janeiro. “Nosso banco não<br />
trabalha com carteiras de fi nanciamento<br />
próprias para janeiro”,<br />
ressaltou.<br />
Segundo a assessoria de comunicação<br />
do Banco do Brasil,<br />
a instituição dispõe de três tipos<br />
de fi nanciamento, mas nenhum<br />
está formatado especifi camente<br />
para <strong>da</strong>r suporte nas despesas de<br />
janeiro. Entre as mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des estão<br />
o cartão de crédito e o cheque<br />
especial, com taxas que vão desde<br />
3,79% a 12,20% e não são indica<strong>da</strong>s<br />
para os consumidores que<br />
pretendem fi nanciar a longo prazo.<br />
Outra opção, mais apropria<strong>da</strong> para<br />
parcelamentos prolongados, refere-se<br />
ao crédito automático, em<br />
que os clientes podem dividir em<br />
até 36 meses, com taxas de juros<br />
que variam de 2,64% a 5,5%.<br />
No primeiro mês de vigência<br />
de portabili<strong>da</strong>de<br />
numérica na <strong>Paraíba</strong>,<br />
894 usuários de telefones pediram<br />
para trocar de operadora,<br />
mas apenas 392 ou 43,84% do<br />
total <strong>da</strong>s migrações foram concluí<strong>da</strong>s,<br />
sendo 333 de celulares e<br />
59 de telefonia fi xa. Apesar <strong>da</strong>s<br />
solicitações de telefonia fi xa representarem<br />
apenas 10,51% dos<br />
pedidos (94), a conclusão efetiva<br />
obteve um percentual (62,76%)<br />
bem acima <strong>da</strong> telefonia móvel<br />
(41,62%) do total de 800 que solicitaram<br />
a mu<strong>da</strong>nça. Os números<br />
foram consoli<strong>da</strong>dos pela ABR Telecom,<br />
enti<strong>da</strong>de responsável para<br />
administrar a portabili<strong>da</strong>de.<br />
Dos quatro códigos que começaram<br />
a vigorar desde 1º de<br />
dezembro de 2008, a <strong>Paraíba</strong><br />
apresentou o menor número de<br />
migração solicita<strong>da</strong> e concluí<strong>da</strong>.<br />
Os dois códigos<br />
do interior de São<br />
Paulo (12 e 13)<br />
lideram as migrações<br />
concluí<strong>da</strong>s,<br />
com respectivamente<br />
1.387 e<br />
1.333. Em terceiro<br />
vem o Estado de<br />
Alagoas com 406,<br />
seguido <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> 392.<br />
No país, nos primeiros meses<br />
de migração (de 1º de setembro a<br />
31 de dezembro) mais de 180,144<br />
usuários de telefones pediram<br />
para trocar de operadora e manter<br />
o mesmo número, mas a média<br />
de conclusão de migração do<br />
país 66,11% (119,1 mil) está bem<br />
acima <strong>da</strong> média paraibana.<br />
Para fazer a mu<strong>da</strong>nça, o consumidor<br />
deve se dirigir a uma<br />
<strong>da</strong>s lojas <strong>da</strong> operadora que deseja<br />
migrar, preencher um formulário<br />
com <strong>da</strong>dos pessoais como<br />
nome, endereço, número do CPF<br />
e identi<strong>da</strong>de, além do número de<br />
telefone que deseja manter e o<br />
nome <strong>da</strong> operadora atual. Após o<br />
preenchimento, o usuário recebe<br />
um número de protocolo para o<br />
acompanhamento do processo. A<br />
nova operadora vai agen<strong>da</strong>r uma<br />
148775 148935<br />
CMYK<br />
PORTABILIDADE<br />
Quase 900 pessoas pediram<br />
para mu<strong>da</strong>r de operadora<br />
JEAN GREGÓRIO<br />
A <strong>Paraíba</strong><br />
apresentou o<br />
menor número<br />
de migração<br />
solicita<strong>da</strong> e<br />
concluí<strong>da</strong><br />
<strong>da</strong>ta para a habilitação do serviço<br />
que deve durar até cinco dias.<br />
Para isso, ele tem dois dias úteis a<br />
partir <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta em que ele solicitou<br />
para cancelar.<br />
Durante esse período, o usuário<br />
poderá desistir do processo<br />
de portabili<strong>da</strong>de sem qualquer<br />
problema, como também voltar<br />
a operadora antiga. Basta apenas<br />
repetir o mesmo processo. Já na<br />
portabili<strong>da</strong>de de telefonia fi xa, o<br />
assinante poderá mu<strong>da</strong>r de bairro<br />
e conservar o número anterior,<br />
mesmo fazendo mu<strong>da</strong>nça de endereço.<br />
Na <strong>Paraíba</strong>, mais de 2,482 milhões<br />
de usuários de telefonias,<br />
sendo 2,171 milhões de telefonia<br />
móvel e outros 311,7 mil clientes<br />
de fi xo podem migrar de operadora.<br />
Contudo, a transferência deve<br />
ser solicitado apenas dentro do<br />
mesmo DDD, como também na<br />
mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de móvel para móvel<br />
e de fi xo para fi xo.<br />
Segundo a ABR<br />
Telecom, a migração<br />
já está acessível a 30<br />
DDDs (2.862 municípios),<br />
que servem<br />
a mais de 60 milhões<br />
de usuários de telefonia<br />
no país, a portabili<strong>da</strong>de<br />
numérica<br />
está em processo de implantação<br />
gra<strong>da</strong>tiva.<br />
A implantação segue um<br />
calendário que deverá ser cumprido<br />
totalmente na primeira<br />
semana de março deste ano com<br />
o serviço ao alcance dos mais de<br />
187 milhões de assinantes servidos<br />
pe nos 67 DDDs existentes no<br />
país. De acordo com enti<strong>da</strong>de, faltam<br />
ain<strong>da</strong> sete etapas de implantação<br />
<strong>da</strong> portabili<strong>da</strong>de no Brasil<br />
entre janeiro e março deste ano.<br />
Na última quarta-feira, mais quatro<br />
estados e sete códigos foram<br />
benefi ciados com o novo serviço:<br />
18 (SP), 51 e 55 (RS), 63 (TO), 65<br />
(MT), 92 e 97 (AM).<br />
Os usuários de telefonia móvel<br />
e fi xa contemplados pela portabili<strong>da</strong>de<br />
nesta semana serão<br />
os mais de 15 milhões servidos<br />
pelos DDDs.<br />
148688
NA PARAÍBA/ Meta é ampliar em 20% o repasse de recursos para 2009<br />
Para conter crise, Caixa<br />
promete investir R$ 6 bi<br />
JEAN GREGÓRIO<br />
Para combater os efeitos <strong>da</strong><br />
crise fi nanceira global que<br />
têm provocado restrição<br />
de crédito em bancos privados, a<br />
Superintendência <strong>da</strong> Caixa Econômica<br />
Federal revelou que terá um<br />
movimento inverso. O montante<br />
dos investimentos na <strong>Paraíba</strong> será<br />
mais ‘gordo’ em 2009 e poderá chegar<br />
aos R$ 6 bilhões para as suas<br />
diversas linhas de fi nanciamentos e<br />
programas sociais, o que representa<br />
um crescimento de 20% no volume<br />
desembolsado no ano passado (R$<br />
5 bilhões). O montante equivale a<br />
quase um terço <strong>da</strong> soma de riquezas<br />
produzi<strong>da</strong> por todo o Estado<br />
(R$ 19,9 bilhões), segundo <strong>da</strong>dos<br />
divulgados pelo IBGE no fi nal do<br />
ano passado, mas referente ao ano<br />
de 2006.<br />
“Tivemos um bom ano de<br />
2008, mas eu tenho dito aos clientes<br />
e funcionários que 2009 será o<br />
ano <strong>da</strong> Caixa, será também o ano<br />
do país, pois consoli<strong>da</strong>remos esse<br />
processo de crescimento econômico<br />
com melhor distribuição de<br />
ren<strong>da</strong> e assim debelaremos a crise<br />
fi nanceira global que começou e<br />
se instalou nos EUA, tomou to<strong>da</strong><br />
a Europa e chegou inevitalmente<br />
ao Brasil, mas estaremos neste ano<br />
superando, seguindo o rumo de<br />
crescimento”, prevê com otimismo<br />
o superintendente regional <strong>da</strong> Caixa<br />
Econômica Federal na <strong>Paraíba</strong>,<br />
Elan de Miran<strong>da</strong>.<br />
Somente com o programa sociais<br />
desenvolvido pela Caixa, entre<br />
eles o programa de transferência de<br />
ren<strong>da</strong> como é o caso do Bolsa Família,<br />
desembolsará quase um bilhão<br />
em 2009. Outro bilhão de reais será<br />
destinado ao crédito para pessoa<br />
jurídica (empresas) e para as famílias<br />
(pessoal) enquanto o fi nancia-<br />
mento para a habitação receberá<br />
também um aporte maior no orçamento<br />
deste ano e o montante será<br />
de cerca de R$ 300 milhões, alta de<br />
20% a mais que o ano passado para<br />
as diversas linhas de fi nanciamento<br />
<strong>da</strong> casa própria.<br />
Segundo o superintendente<br />
Elan de Miran<strong>da</strong>, a “a crise fi nanceira<br />
global se deu em duas vertentes: a<br />
falta de dinheiro na praça e de confi<br />
ança. A Caixa por ser um banco do<br />
país com capital exclusivamente <strong>da</strong><br />
União e único completamente público<br />
oferece uma segurança sem<br />
limites para o seus clientes e nesse<br />
aspecto contempla a confi ança no<br />
mercado. Quanto ao crédito, estamos<br />
aumentando os prazos <strong>da</strong>s<br />
operações, disponibilizando mais<br />
volume de fi nanciamento e reduzindo<br />
a taxa de juros em quase todos<br />
os seus produtos, quebrando o<br />
outro eixo <strong>da</strong> crise”, frisou Elan.<br />
O superintendente afi rmou<br />
ain<strong>da</strong> que por ser a Caixa “um ban-<br />
ECONOMIA PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 9<br />
FRANCISCO FRANÇA<br />
OTIMISMO Elan de Miran<strong>da</strong> garante que não faltarão investimentos<br />
co 100% público, ou seja, <strong>da</strong> União<br />
e não pagar dividendos, nem lucros<br />
a sócios ou acionistas, todo o<br />
recurso que é depositado no banco<br />
é revertido em prol <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de e<br />
<strong>da</strong> população na forma de obras e<br />
ações sociais. Na ver<strong>da</strong>de, os clientes<br />
e os benefi ciados são os grandes<br />
acionistas do banco e isso dá mais<br />
tranquili<strong>da</strong>de”, lembrou.<br />
Sobre parcerias e convênios que<br />
serão manti<strong>da</strong>s em 2009, Elan de<br />
Miran<strong>da</strong> destacou as obras do Programa<br />
de Aceleração de Crescimento<br />
(PAC) e na área de saneamento e<br />
do Orçamento <strong>da</strong> União que estão<br />
orçados em torno de R$ 3 bilhões<br />
para a <strong>Paraíba</strong>. “Além de muitas<br />
obras de drenagem e de estra<strong>da</strong>s,<br />
o destaque vai para o saneamento.<br />
Até o fi nal do próximo ano de 2010,<br />
a ci<strong>da</strong>de de João Pessoa será 100%<br />
sanea<strong>da</strong>, o que vai diminuir sensivelmente<br />
as doenças e, por extensão,<br />
gastos com a saúde”, lembrou.<br />
CONTINUA NA PÁGINA 10<br />
136137<br />
149007<br />
CMYK<br />
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10<br />
PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />
ECONOMIA<br />
CONTRAPONTO/ Setor <strong>da</strong> construção agora pede redução nos juros cobrados pelo banco<br />
Empresários comemoram anúncio,<br />
mas criticam excesso de burocracia<br />
JEAN GREGÓRIO<br />
O<br />
presidente do Sindicato <strong>da</strong><br />
Indústria <strong>da</strong> Construção<br />
Civil em João Pessoa (Sinduscon-JP),<br />
Irenaldo Quintans,<br />
elogiou a postura <strong>da</strong> Caixa Econômica<br />
Federal de disponibilizar<br />
mais crédito para o segmento <strong>da</strong><br />
habitação ao classifi car “de injeção<br />
de ânimo para o mercado” como<br />
forma de suprir o mercado imobiliário<br />
que sofreu um recuo dos<br />
bancos privados nessa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de<br />
de fi nanciamento. “As construtoras<br />
fi caram muito contentes com essa<br />
medi<strong>da</strong> que corrobora com a promessa<br />
do presidente Lula de suprir<br />
o mercado de crédito na ausência<br />
dos bancos privados”, frisou Irenaldo<br />
ao acrescentar que a <strong>Paraíba</strong><br />
precisa muito desse fi nanciamento<br />
para diminuir o défi cit habitacional<br />
no Estado (160 mil moradias)<br />
e gerar emprego e ren<strong>da</strong>, porém,<br />
pediu menos burocracia no ato <strong>da</strong><br />
concessão do fi nanciamento. “É<br />
preciso diminuir as exigências e o<br />
tempo <strong>da</strong> liberação do crédito para<br />
que se ganhe em agili<strong>da</strong>de e as taxas<br />
médias entre 8% e 9% podem<br />
cair mais um pouco neste ano para<br />
estimular o setor”, lembrou.<br />
Irenaldo Quintans revelou<br />
que o último trimestre de 2008<br />
foi “o mais sentido pelo setor <strong>da</strong><br />
construção civil” em consequência<br />
do estouro <strong>da</strong> crise fi nanceira<br />
americana e os bancos privados<br />
recuaram e os empresários do setor<br />
e clientes fi caram na expectativa<br />
sobre os desdobramentos <strong>da</strong><br />
crise global. “Apesar do recuo no<br />
ânimo do último trimestre, os três<br />
primeiros trimestres foram bem<br />
acima dos anos anteriores”, mas<br />
afi rmou que “o mercado imobiliário<br />
de João Pessoa continua sólido<br />
e com liquidez”, reforça ao informar<br />
que o crescimento em 2008<br />
do setor foi de 10%.<br />
Já o presidente do Conselho<br />
Regional de Corretores de Imóveis<br />
<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> (Creci-PB), Rômulo Soares,<br />
disse que a postura <strong>da</strong> Caixa<br />
Econômica de aumentar o crédito<br />
será segui<strong>da</strong> pelas demais agên-<br />
cias fi nanceiras ofi ciais como Banco<br />
do Brasil e BNB como forma de<br />
“reagir a crise e não retroceder aos<br />
investimentos mantidos. Houve<br />
uma reunão em Brasília com to<strong>da</strong><br />
a cadeia <strong>da</strong> construção civil com o<br />
Ministro <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> e o presidente<br />
do Banco Central para justamente<br />
garantir esses investimentos neste<br />
ano”. Rômulo Soares acredita<br />
que com o conjuntos <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s<br />
toma<strong>da</strong>s pelo governo federal, o<br />
mercado “volte a normali<strong>da</strong>de já<br />
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CMYK<br />
FRANCISCO FRANÇA<br />
PROMISSOR Mercado imobiliário, em João Pessoa, teve crescimento de 10% em 2008, revela o Sinduscon<br />
em março no setor <strong>da</strong> habitação”,<br />
estima. Ele disse que o último trimestre<br />
de 2008 “não houve recuo<br />
do setor, mas uma a<strong>da</strong>ptação após<br />
com a crise econômica. Alguns<br />
projetos novos foram suspensos<br />
devido à crise e a restrição de crédito<br />
dos bancos privados, mas os<br />
que foram lançados na praça terão<br />
continui<strong>da</strong>de”.<br />
Para Rômulo, o setor conta<br />
com a que<strong>da</strong> <strong>da</strong> taxa básica de<br />
juros do Banco Central <strong>da</strong> Selic e,<br />
por extensão, dos fi nanciamentos<br />
<strong>da</strong> casa própria e voltar aquecer o<br />
mercado. “Acredito que não teremos<br />
que<strong>da</strong> em relação a 2008, mas<br />
um ano estável no setor <strong>da</strong> construção<br />
civil”, projeta.<br />
População de<br />
baixa ren<strong>da</strong><br />
terá estímulo<br />
Além <strong>da</strong> redução de uma série<br />
de mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de linhas de fi nanciamento<br />
de crédito em 2009, as faixas<br />
de ren<strong>da</strong> de menor poder aquisitivo<br />
terão um estímulo a mais. A<br />
taxa de juros para fi nanciamento<br />
<strong>da</strong> habitação de baixa ren<strong>da</strong> será<br />
de 4,5% ao ano. “Uma pessoa que é<br />
cliente <strong>da</strong> Caixa e possui uma ren<strong>da</strong><br />
de até dois salários mínimos pode<br />
ser contempla<strong>da</strong> com as menores<br />
taxas de juros”, lembrou o superintendente<br />
<strong>da</strong> Caixa Econômica Federal,<br />
Elan de Miran<strong>da</strong> ao frisar que a<br />
média está ente 8% a 9%.<br />
Em resposta ao Sinduscon, o<br />
superintendente revelou que fi nanciar<br />
uma casa própria está menos<br />
burocrático hoje em dia. “O processo<br />
de contratação está bastante<br />
simples. Hoje apenas com identi<strong>da</strong>de,<br />
CPF e comprovante de ren<strong>da</strong><br />
é possível qualquer pessoa ter seu<br />
fi nanciamento aprovado na Caixa<br />
Econômica Federal. Houve, na ver<strong>da</strong>de,<br />
um simplifi cação do processo.<br />
Volto a afi rmar que houve um alargamento<br />
dos prazos para 30 anos,<br />
taxas de juros reduzido. No atual<br />
sistema de fi nanciamento, não há<br />
mais saldo devedor residual como<br />
havia antigamente. Final do prazo,<br />
o mutuário não tem mais na<strong>da</strong> a<br />
pagar e as prestações são descrescentes”,<br />
frisou.<br />
Ele citou medi<strong>da</strong>s que permitiram<br />
a deburocratização, mas caso a<br />
documentação esteja correta, a concessão<br />
é quase que imediata. Outra<br />
mu<strong>da</strong>nça foi a eliminação de alguns<br />
documentos e o acumulo <strong>da</strong> ren<strong>da</strong><br />
<strong>da</strong> família para tomar um fi nanciamento.<br />
Outro avanço foi o reconhecimento<br />
<strong>da</strong> ren<strong>da</strong> informal.
A<br />
crise fi nanceira internacional<br />
ain<strong>da</strong> não abalou a<br />
disponibili<strong>da</strong>de de crédito<br />
dos bancos ofi ciais. Em 2008, o<br />
desembolso nas contratações do<br />
BNB na <strong>Paraíba</strong> chegou a mais de<br />
R$ 690 milhões, alta histórica de<br />
43% nas aplicações e distribuí<strong>da</strong>s<br />
em 134,4 mil operações de crédito.<br />
Do volume total disponibilizado<br />
pelo Banco do Nortesde (BNB) no<br />
ano passado, mais de 62% foram de<br />
contratações com recursos do Fundo<br />
Constitucional de Financiamento<br />
do Nordeste (FNE), que atingiu<br />
R$ 429 milhões no ano passado,<br />
um aumento de<br />
ECONOMIA PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 11<br />
EM 2008/ Mais de 62% do volume aplicado foram de recursos do FNE, que atingiu R$ 429 milhões, um aumento de 58% em relação a 2007<br />
BNB investiu mais de R$ 690 mi na <strong>Paraíba</strong><br />
JEAN GREGÓRIO<br />
58% em relação ao<br />
ano anterior.<br />
Na avaliação<br />
do superintendente<br />
em exercício do<br />
BNB, Ramildo Porto,<br />
“as aplicações do<br />
BNB na <strong>Paraíba</strong> superaram as expectativas<br />
e previsões realiza<strong>da</strong>s no<br />
início do exercício. Sabemos que o<br />
banco tem um papel importante no<br />
desenvolvimento do Estado e <strong>da</strong> região<br />
Nordeste e tais números foram<br />
possíveis graças ao esforço de todo<br />
nosso corpo de funcionários aliado<br />
ao excelente nível de parcerias<br />
construí<strong>da</strong>s no Estado”, analisou.<br />
Já o presidente do BNB, Roberto<br />
Smith, salienta que as metas<br />
foram atingi<strong>da</strong>s por to<strong>da</strong>s as dez<br />
Superintendências Estaduais. “Isso<br />
demonstra um processo de integração<br />
muito grande e uma percepção<br />
<strong>da</strong> importância desses resultados<br />
para a Instituição e para todos nós,<br />
que fazemos o BNB”. Um dos responsáveis<br />
foi justamente o crescimento<br />
do FNE. Como é a principal<br />
fonte de recursos do Banco, o FNE<br />
O programa<br />
Crediamigo<br />
cresceu 22%<br />
ano passado<br />
experimentou expansão <strong>da</strong> ordem<br />
de 80,6% nas contratações do BNB<br />
(R$ 7,6 bilhões). “O FNE excedeu<br />
a nossa previsão, que era de R$ 7<br />
bilhões”, declarou Roberto Smith,<br />
destacando que o BNB responde<br />
por 64% do crédito de longo prazo<br />
no Nordeste. Outro destaque do<br />
desempenho do BNB em 2008 foi<br />
o valor contratado em operações<br />
de crédito comercial (CDC), capital<br />
de giro, desconto de títulos e conta<br />
garanti<strong>da</strong>) e câmbio que em todo<br />
o País foi de R$ 3 bilhões, com alta<br />
de 82% em comparação ao ano<br />
anterior, mas não foi apresentados<br />
<strong>da</strong>dos <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>.<br />
Apesar <strong>da</strong> média histórica de<br />
crescimento do BNB<br />
na <strong>Paraíba</strong> em 2008, a<br />
taxa de crescimento do<br />
banco em nível regional<br />
obteve uma expansão<br />
ain<strong>da</strong> mais alta ao<br />
atingir 76,5% nas suas<br />
aplicações em 2008.<br />
Foram desembolsados mais R$<br />
13,2 bilhões em contratações ante<br />
R$ 7,4 bilhões no ano anterior. No<br />
Ceará, onde fi ca a sede do BNB regional,<br />
o crescimento foi mais ain<strong>da</strong><br />
expressivo ao atingir alta 105,9%<br />
nas operações, passando de R$ 1,02<br />
bilhão para R$ 2,1 bilhões.<br />
Contudo, o melhor desempenho<br />
nas contratações do BNB na<br />
<strong>Paraíba</strong> vieram nas operações realiza<strong>da</strong>s<br />
para as micro e pequenas<br />
empresas (MPEs). O volume de<br />
fi nanciamento superou os R$ 100<br />
milhões em fi nanciamento, o que<br />
representa uma expansão de 73%<br />
em relação a 2007. Nesse segmento,<br />
a taxa paraibana fi cou acima<br />
<strong>da</strong> média regional que obteve um<br />
incremento de 63% em relação a<br />
2007.<br />
Já o programa Crediamigo, que<br />
oferece crédito orientado ao microeempreendedores,<br />
cresceu 22% no<br />
ano passado ao emprestar R$ 75<br />
milhões em recursos na viabilização<br />
dos pequenos negócios. O Crediamigo,<br />
que realizou 80,5 mil empréstimos<br />
para pequenos negócios<br />
em mais de 170 municípios paraibanos<br />
a juro baixo, apresentou no<br />
ano passado o maior volume investido<br />
de sua carteira. Nos dez Estados<br />
que atua, o BNB chegou a marca<br />
de mais um bilhão e contratou<br />
mais de um milhão de operações<br />
em 2008 para fortalecer as ativi<strong>da</strong>des<br />
do segmento informal urbano,<br />
os chamados microeempreededores.<br />
Segundo o BNB, o programa<br />
é auto-sustentável, registra mais de<br />
400 mil clientes ativos, uma carteira<br />
ativa de R$ 362 milhões, e uma<br />
inadimplência baixa em torno de<br />
1%. De acordo com o superintendente<br />
em exercício, Ramildo Porto,<br />
“com seus dez anos de existência,<br />
credencia-se como um programa<br />
comprova<strong>da</strong>mente responsável por<br />
mobili<strong>da</strong>de social positiva dos seus<br />
clientes e em franca expansão”.<br />
2009: fi nanciamento não será problema<br />
Apesar dos cenários de crise<br />
projetados sobretudo para o crédito<br />
e crescimento econômico, o<br />
superintendente em exercício do<br />
BNB na <strong>Paraíba</strong>, Ramildo Porto,<br />
revela que fi nanciamento não<br />
será problema em 2009. “Apesar<br />
<strong>da</strong> conjunta de crise global, já<br />
temos garantido pelo orçamento<br />
<strong>da</strong> União a aplicação de pelo menos<br />
R$ 450 milhões do FNE na<br />
<strong>Paraíba</strong> e outros R$ 7,5 bilhões<br />
para serem aplicados em 2009<br />
na Região pelo banco. Quanto às<br />
demais linhas e programas, dependerão<br />
do teto e <strong>da</strong> deman<strong>da</strong>,<br />
o que frisamos sempre aos representantes<br />
de classe esmpresarial<br />
é que para bons projetos estruturados<br />
não faltarão recursos<br />
em 2009”, afi rmou Ramilton que<br />
acredita em um crescimento de<br />
aporte neste ano nas linhas do<br />
BNB entre 18% e 20%.<br />
O BNB não informou na <strong>Paraíba</strong><br />
o volume <strong>da</strong>s contratações do<br />
Programa Nacional de Fortalecimento<br />
<strong>da</strong> Agricultura Familiar<br />
(Pronaf), que no acumulado dos<br />
dez estados houve uma retração<br />
de 37%, em 2008, ao fecharndo<br />
em R$ 739,7 milhões ante R$ 1,1<br />
bilhão em 2007. Segundo Roberto<br />
Smith, os resultados decorreram<br />
tanto <strong>da</strong> expansão <strong>da</strong> inadimplência<br />
(Pronaf B) como <strong>da</strong> difi -<br />
cul<strong>da</strong>de de contratações (Pronaf<br />
A) em função <strong>da</strong>s exigências de<br />
licenças ambientais. O presidente<br />
FELIPE GESTEIRA<br />
BOM DESEMPENHO As metas foram atingi<strong>da</strong>s por to<strong>da</strong>s as dez Superintendências Estaduais<br />
CMYK<br />
criticou o processo sistemático<br />
de renegociação de dívi<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />
carteira <strong>da</strong> agricultura familiar,<br />
que segundo ele, é “um estímulo<br />
à inadimplência. Estamos revendo<br />
a metodologia para liberar<br />
mais recursos para o Pronaf.<br />
Queremos acabar com a cultura<br />
<strong>da</strong> inadimplência”, declarou o<br />
presidente do BNB. Ele informou<br />
que o banco vem procurando migrar<br />
o público do Pronaf B para o<br />
Agroamigo. (JG)<br />
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12<br />
PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />
ECONOMIA<br />
DESENVOLVIMENTO/ Estado foi destaque no crescimento do PIB, no volume de ven<strong>da</strong>s do comércio varejista e na oferta de empregos formais<br />
Economia: PB fecha 2008 de forma positiva<br />
JACQUELINE SANTOS<br />
Um período considerado<br />
excelente para a economia<br />
<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>. O panorama<br />
observado ao longo de todo o ano<br />
que passou, com números positivos<br />
e crescente evolução nos mais<br />
diversos setores, permite que 2008<br />
seja visto como um dos melhores<br />
anos para os paraibanos. Os <strong>da</strong>dos<br />
divulgados refl etem essa reali<strong>da</strong>de:<br />
o Estado foi destaque por conta do<br />
crescimento do Produto Interno<br />
Bruto (PIB) em anos anteriores,<br />
estando entre os primeiros do país;<br />
o volume de ven<strong>da</strong>s do comércio<br />
varejista apresentou a maior taxa<br />
de evolução do Nordeste por vários<br />
meses consecutivos; além <strong>da</strong> maior<br />
oferta de empregos formais observa<strong>da</strong><br />
no ano passado.<br />
O Instituto Brasileiro de Geografi<br />
a e Estatística (IBGE) mostrou,<br />
em 2008, que a <strong>Paraíba</strong> registrou<br />
um crescimento de 6,7% no PIB em<br />
2006, comparando-se com o ano<br />
anterior: segundo maior aumento<br />
<strong>da</strong> região Nordeste e o quarto maior<br />
do Brasil. A soma de to<strong>da</strong>s as riquezas<br />
produzi<strong>da</strong>s na <strong>Paraíba</strong> também<br />
fi cou bem acima <strong>da</strong> taxa de aumento<br />
verifi ca<strong>da</strong> no Nordeste, que foi de<br />
4,8%, de acordo com o órgão. No<br />
último PIB dos estados divulgado<br />
ofi cialmente pelo IBGE, de 2005, a<br />
<strong>Paraíba</strong> registrou um crescimento<br />
de 4%, com R$ 16,8 bilhões, en-<br />
quanto que no país foram 3,2% de<br />
aumento nesse mesmo período.<br />
Para o secretário de Turismo<br />
de Desenvolvimento Econômico<br />
<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>, Roberto Braga, os bons<br />
frutos colhidos têm como base os<br />
investimentos realizados pelo governo<br />
estadual para gerar trabalho<br />
e ren<strong>da</strong> para a população paraibana,<br />
aquecer a economia, o que resulta<br />
em mais riqueza para o Estado. Entre<br />
as ações implementa<strong>da</strong>s estão<br />
a redução de impostos, que serve<br />
como incentivo para a instalação de<br />
novas indústrias na região, e os programas<br />
governamentais a exemplo<br />
do Leite <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>. A população<br />
também teve mais acesso ao mercado<br />
de trabalho e nos últimos seis<br />
Ren<strong>da</strong> dos paraibanos teve alta<br />
Mais uma prova de que a economia<br />
<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> evoluiu nos últimos<br />
anos consiste no crescimento do PIB<br />
per capita, o qual mostrou como o<br />
que mais se desenvolveu entre os<br />
nove Estados do Nordeste: 17,3%. Em<br />
2006, a ren<strong>da</strong> dos paraibanos passou<br />
de R$ 4.691 para R$ 5.507 ao longo<br />
dos 12 meses de 2008. A elevação,<br />
para o secretário de Planejamento e<br />
Gestão, Franklin Araújo, foi possível<br />
graças aos investimentos nas área de<br />
infraestrutura, indústria, comércio e<br />
agricultura. O secretário acredita que<br />
o avanço permanece nos próximos<br />
anos, “já que a <strong>Paraíba</strong> continua caminhando<br />
para o progresso”.<br />
O Produto Interno Bruto (PIB) é<br />
formado pelas riquezas gera<strong>da</strong>s pela<br />
indústria, comércio, agropecuária,<br />
setor de serviços e <strong>da</strong> administração<br />
pública (maior destaque <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>),<br />
construção e o consumo.<br />
O comércio varejista teve mui-<br />
to o que comemorar nesse ano que<br />
passou: o volume de ven<strong>da</strong>s em outubro<br />
de 2008, após três meses de<br />
crescimento seguido, atingiu 26,2%<br />
em relação ao mesmo período do<br />
ano passado e alcançou o maior<br />
índice do Brasil, que foi de apenas<br />
10,1%. Entre os meses de julho,<br />
agosto e setembro, o Estado acumulou<br />
aumento de 15%, 18,2% e 24,2%,<br />
respectivamente,<br />
Mesmo após o anúncio <strong>da</strong> crise<br />
internacional e os efeitos no faturamento<br />
nacional, que apresentou um<br />
declínio de 32,6%, as exportações<br />
paraibanas se mostraram fi rmes e<br />
superaram em dez meses de 2008,<br />
todo o faturamento de 2007. Entre<br />
janeiro e outubro do ano passado, o<br />
setor cresceu mais <strong>da</strong> metade do número<br />
observado no mesmo período<br />
do ano anterior e evoluiu em 51,2%.<br />
Isso resultou também em um maior<br />
faturamento nos dez primeiros<br />
meses de 2008, em relação a todo o<br />
ano de 2007, segundo <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Associação<br />
Brasileira <strong>da</strong> Indústria de<br />
Calçados (Abicalçados), com US$<br />
62,9 milhões ante US$ 41,6 milhões<br />
de 2007. O número de calçados com<br />
destino ao exterior cresceu de 28,3%<br />
entre janeiro a outubro do ano passado<br />
e manteve a 3ª colocação do<br />
país em pares exportados. Um total<br />
de 20,8 milhões de pares deixaram a<br />
<strong>Paraíba</strong> para serem comercializados<br />
nos mais diversos países, em 2008,<br />
ou seja, quase cinco milhões de calçados<br />
a mais do que 2007, em que<br />
foram comercializados 16,2 milhões<br />
de pares.<br />
No setor imobiliário, até novembro<br />
de 2008, de acordo com a Caixa<br />
Econômica, a <strong>Paraíba</strong> teve um aumento<br />
de 70,2% em relação aos onze<br />
meses de 2007. Até dezembro, foram<br />
movimentados R$ 250 milhões em<br />
recursos na habitação.<br />
anos surgiram 45 mil novos postos<br />
com carteira assina<strong>da</strong> no Estado.<br />
O secretário de Planejamento e<br />
Gestão, Franklin Araújo, disse que<br />
o cenário de progresso dos últimos<br />
cinco anos visto na <strong>Paraíba</strong> tem<br />
como base o esforço do governo do<br />
estado em estabelecer medi<strong>da</strong>s e<br />
criar fun<strong>da</strong>mentos para melhorar<br />
a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> população.<br />
O equilíbrio na distribuição dos<br />
investimentos, aplicados em todos<br />
os setores <strong>da</strong> economia paraibana,<br />
foi apontado pelo secretário como<br />
indutor para a estabili<strong>da</strong>de econômica<br />
do Estado. “Na ver<strong>da</strong>de, o<br />
quadro positivo que vimos atualmente<br />
se refl ete <strong>da</strong> consoli<strong>da</strong>ção<br />
de uma série de programas ini-<br />
ciados há mais de quatro anos. Foi<br />
elaborado um planejamento estratégico<br />
de longo prazo e tentamos<br />
a<strong>da</strong>ptá-lo com o plano plurianual<br />
de investimento”, explica.<br />
Analistas técnicos do Instituto<br />
Brasileiro de Geografi a e Estatística,<br />
responsável pelo levantamento<br />
dos números do PIB elogiaram o<br />
desempenho <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> e classifi -<br />
caram como excelentes os índices<br />
<strong>da</strong> agropecuária (setor responsável<br />
por 7,2% <strong>da</strong> economia em 2006),<br />
que teve crescimento de 19,9%. A<br />
projeção <strong>da</strong> Secretaria de Turismo e<br />
Desenvolvimento Econômico é que<br />
até o próximo ano, o PIB do Estado<br />
supere a taxa anual de 6,7% de 2008<br />
e acumule 40,93% em três anos.<br />
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CMYK<br />
Um dos motivos <strong>da</strong> expectativa se<br />
dá por conta de mais uma ativi<strong>da</strong>de<br />
a ser desenvolvi<strong>da</strong> até 2010, que<br />
se trata <strong>da</strong> extração de petróleo <strong>da</strong><br />
área <strong>da</strong> bacia do Rio do Peixe.<br />
FNE impulsionou o crescimento<br />
Entre os vários reforços que viabilizaram<br />
o progresso <strong>da</strong> economia<br />
do Estado estão os investimentos<br />
para o setor produtivo pelo Fundo<br />
Constitucional de Financiamento<br />
do Nordeste (FNE) que esse ano<br />
destinou R$ 429 milhões. A perspetiva<br />
<strong>da</strong> superintendência Estadual<br />
do BNB (Banco do Nordeste)<br />
é que no novo-ano sejam investidos<br />
recursos <strong>da</strong> ordem de R$ 450 milhões.<br />
Os setores que mais procuram<br />
pelo fi nanciamento na <strong>Paraíba</strong><br />
são a indústria, o comércio, serviços<br />
e o turismo, que concentram cerca<br />
de 60% do FNE do Estado.<br />
O secretário Franklin Araújo<br />
destaca ain<strong>da</strong> a valorização aos programas<br />
de combate à desigual<strong>da</strong>de<br />
social, como ‘Leite <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>’ e o<br />
‘Capacitar’, e o convênio com instituições<br />
municipais para fortalecer a<br />
economia local dos 223 municípios<br />
paraibanos. “Buscamos interiorizar<br />
as empresas, investimos em programas<br />
sociais e temos apostado na<br />
organização <strong>da</strong>s cadeias produtivas<br />
como forma de alavancar as pequenas<br />
economias”, cita.<br />
O secretário ressalta que embora<br />
tenham sido efetuados diversos<br />
investimentos para levantar a<br />
economia paraibana, o Estado não<br />
se descuidou do compromisso de<br />
realizar obras estruturantes como<br />
a edifi cação de adutoras e execução<br />
de programas de construção e reparação<br />
de estra<strong>da</strong>s. “A preocupação<br />
com educação, saúde e segurança<br />
pública faz parte do cotidiano do<br />
governo. A boa estrutura verifi ca<strong>da</strong><br />
no Estado, nessas áreas, se torna um<br />
atrativo para novos investidores”.<br />
Com a proximi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> crise fi -<br />
nanceira, que deve ser senti<strong>da</strong> pelos<br />
Estados com mais intensi<strong>da</strong>de nos<br />
próximos meses, a <strong>Paraíba</strong> pretende<br />
se preparar para enfrentar os<br />
LEONARDO SILVA<br />
ROBERTO BRAGA Secretário<br />
citou investimentos do governo<br />
possíveis prejuízos causados por<br />
essa fase conturba<strong>da</strong> <strong>da</strong> economia<br />
mundial. Uma <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s impostas<br />
para enfrentamento do problema<br />
foi a instituição de uma comissão<br />
técnica interpoderes (executivo,<br />
legislativo, judiciário, Tribunal de<br />
Contas do Estado e Ministério Público)<br />
que visa ao acompanhamento<br />
e monitoramento <strong>da</strong> evolução <strong>da</strong><br />
receita gera<strong>da</strong> na <strong>Paraíba</strong> diante <strong>da</strong><br />
situação de estagnação econômica.<br />
“Dia 12, pretende-se convocar<br />
a comissão para nomear e indiciar<br />
os trabalhos, que devem começar a<br />
ser efetivados ain<strong>da</strong> neste mês. Essa<br />
medi<strong>da</strong> vai facilitar na toma<strong>da</strong> de<br />
decisões, como reorganização do<br />
orçamento – redução de gastos, as<br />
quais serão feitas a partir de informações<br />
seguras”, disse. O secretário<br />
garantiu que serão estabeleci<strong>da</strong>s<br />
novas metas, com o foco para o<br />
crescimento.
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GERAL PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 13<br />
FÉRIAS / A <strong>Paraíba</strong> vai além do litoral e do Maior São João do Mundo. Embarque nesta viagem e descubra a riqueza turística do Estado<br />
Belezas preciosas que só têm no interior<br />
RODRIGO APOLINÁRIO<br />
Como um destino que está<br />
sendo descoberto pelos<br />
turistas nacionais e internacionais<br />
no Nordeste brasileiro,<br />
a <strong>Paraíba</strong> é hoje um dos grandes<br />
tesouros a ser desbravado pelos<br />
que gostam de belezas naturais e<br />
de uma história que vale a pena<br />
conferir. Mas se você acha que é só<br />
no Litoral ou no ‘Maior São João do<br />
Mundo’, de Campina Grande, que<br />
a <strong>Paraíba</strong> possui atrativos capazes<br />
de reunir visitantes<br />
Continuando<br />
pela BR-412 é<br />
possível chegar<br />
a Monteiro,<br />
pólo <strong>da</strong> Cultura<br />
Popular <strong>da</strong> PB<br />
nestas férias e provar<br />
que é um destino<br />
incomparável, é um<br />
engano.<br />
Para comprovar<br />
o que estamos dizendo,<br />
é preciso fazer<br />
uma viagem pelos<br />
principais pontos<br />
turísticos do Estado<br />
e conhecer mais sobre as serras,<br />
águas termais, engenhos, sol, mar<br />
e um povo acolhedor que recebe os<br />
visitantes de braços abertos.<br />
CARIRI<br />
Visitando o interior, vamos<br />
começar o nosso passeio pelo Cariri<br />
paraibano. Com uma culinária<br />
peculiar, que pode ser degusta<strong>da</strong><br />
em locais privilegiados de belezas<br />
naturais, e um povo acolhedor que<br />
defende a sua cultura popular, essa<br />
é uma região especial que o turista<br />
não pode deixar de conferir na<br />
<strong>Paraíba</strong>. De acordo com a gestora<br />
do projeto Turismo Histórico e<br />
Cultural do Cariri paraibano, desenvolvido<br />
pelo Sebrae/PB, Rosa<br />
Maria Correia, no Cariri, um dos<br />
primeiros pontos de para<strong>da</strong> é o<br />
município de Boqueirão. “Conhecido<br />
como a terra <strong>da</strong> produção<br />
têxtil, por lá é possível comprar<br />
belas redes e tapetes em lojas por<br />
to<strong>da</strong> a ci<strong>da</strong>de. Em segui<strong>da</strong>, o caminho<br />
é procurar um Hotel Fazen<strong>da</strong><br />
situado às margens do Açude Epitácio<br />
Pessoa, também conhecido<br />
como ‘Boqueirão’, e lá passar o<br />
tempo que quiser. Não esquecendo<br />
de atravessar o açude em passeio<br />
de barco e degustar o sabor <strong>da</strong><br />
Galinha Caipira que é vendi<strong>da</strong> em<br />
restaurantes também às margens<br />
do açude”, ressaltou. Para chegar a<br />
Boqueirão o turista deve se dirigir<br />
a Campina Grande e pegar a BR-<br />
104 até o município<br />
de Queima<strong>da</strong>s, onde<br />
será possível ver a<br />
entra<strong>da</strong> para o município,<br />
através <strong>da</strong><br />
PB-148.<br />
Seguindo nas<br />
terras caririzeiras,<br />
e continuando na<br />
PB-148, o visitante<br />
deve <strong>da</strong>r um pulo<br />
no município vizinho de Cabaceiras.<br />
“Conheci<strong>da</strong> como a ‘Roliúde<br />
Nordestina’, por já ter sido cenário<br />
de vários fi lmes, a exemplo do<br />
‘Auto <strong>da</strong> Compadeci<strong>da</strong>’ e ‘Romance’,<br />
grandes sucessos do cinema<br />
nacional, Cabaceiras é também a<br />
ci<strong>da</strong>de do Bode Rei, por ter a caprinocultura<br />
como um dos seus<br />
grandes potenciais econômicos e<br />
na culinária a partir do bode, um<br />
saboroso atrativo para os seus visitantes”,<br />
contou Rosa.<br />
Quem visita Cabaceiras deve<br />
conhecer o Lajedo de Pai Mateus.<br />
“Um lugar místico, cenário de<br />
vários fi lmes e de um pôr-do-sol<br />
inesquecível, o Lajedo não é para<br />
visitar apenas. Por lá tem um hotel<br />
fazen<strong>da</strong>, onde o turista pode passar<br />
a noite e desfrutar <strong>da</strong> paz que o<br />
interior <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> tem”, ressaltou<br />
a gestora.<br />
‘ROLIÚDE NORDESTINA’<br />
O Lajedo do Pai Mateus é<br />
frequentemente adotado em<br />
várias produções nacionais<br />
Mas o Cariri não cansa de ser<br />
belo e o caminho turístico nessa<br />
região tem como seguinte ponto de<br />
para<strong>da</strong>, Serra Branca, e por lá procurar<br />
conhecer a Serra do Jatobá,<br />
que tem o seu topo branco, o que<br />
determinou o nome do município.<br />
Segundo Rosa Maria, uma <strong>da</strong>s dicas<br />
para os turistas, neste mês de<br />
janeiro, é participar <strong>da</strong> caminha<strong>da</strong><br />
pelo Vale <strong>da</strong>s Serras, situado no<br />
município, que será realiza<strong>da</strong> no<br />
próximo dia 18, pelo projeto An<strong>da</strong><br />
Brasil-2009 em parceria com o<br />
Instituto Francês de Caminha<strong>da</strong>s<br />
(IVV). “Para quem gosta de uma<br />
boa caminha<strong>da</strong> e deseja encher os<br />
olhos com belas paisagens naturais,<br />
uma oportuni<strong>da</strong>de é participar<br />
dessa iniciativa”, disse.<br />
Câmera<br />
É preciso chegar no dia anterior.<br />
“No próximo dia 17, os interessados<br />
devem levar suas barracas<br />
e procurar o Centro Vivo de<br />
Convivência do Cariri, situado na<br />
Praça Matriz <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de Serra<br />
Branca, e lá fazer a sua inscrição.<br />
Logo após, seguir para um acampamento<br />
que será montado nas<br />
proximi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Serra do Jatobá,<br />
para que no dia 18, no início <strong>da</strong><br />
manhã, possamos estar saindo.<br />
Nós caminharemos por dez quilômetros<br />
de contemplação. Teremos<br />
para<strong>da</strong>s para alimentação e água.<br />
Vai ser uma aventura para renovação<br />
<strong>da</strong> mente e a vi<strong>da</strong>”, destacou.<br />
Para quem está em Cabaceiras e<br />
deseja ir a Serra Branca, o caminho<br />
é seguir pela PB-148 até o<br />
Aqui, a estação de calor é também de preços baixos.<br />
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município vizinho de São João do<br />
Cariri, em segui<strong>da</strong> dobrar a esquer<strong>da</strong><br />
pela BR-412. Já para quem<br />
sai de Campina Grande e deseja ir<br />
a Serra Branca, o caminho é pegar<br />
a BR-230 em direção ao Sertão, dobrar<br />
a esquer<strong>da</strong> na Praça do Meio<br />
do Mundo, município de Pocinhos,<br />
e seguir pela BR-412.<br />
A viagem pelo Cariri ain<strong>da</strong> não<br />
terminou. Continuando pela BR-<br />
412 é possível chegar em Monteiro,<br />
a maior ci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> região, pólo <strong>da</strong><br />
Cultura Popular do Estado. “Terra<br />
de grandes nomes <strong>da</strong> cultura paraibana,<br />
como a ‘pifeira’ Zabé <strong>da</strong><br />
Loca, o cantor e compositor Flávio<br />
José e o violeiro Pinto do Monteiro,<br />
esse município é um tesouro<br />
paraibano. Quem passa por lá<br />
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DIVULGAÇÃO<br />
deve visitar o Museu Histórico de<br />
Monteiro, o Teatro Jansen Filho, a<br />
Igreja Matriz, guardiã de obras do<br />
pintor Miguel Guilherme, e a Casa<br />
<strong>da</strong> Rendeira, com produções em<br />
ren<strong>da</strong> renascença, um dos brilhantes<br />
do artesanato paraibano”, disse<br />
Rosa.<br />
A zona rural de Monteiro também<br />
possui vários atrativos. “Outro<br />
local único para quem visita<br />
o Cariri é o sítio Santa Catarina,<br />
onde mora Zabé <strong>da</strong> Loca, artista<br />
tomba<strong>da</strong> como Patrimônio Imaterial<br />
do Estado <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>. Além<br />
<strong>da</strong> Pedra do Peru, onde se podem<br />
praticar esportes radicais, a exemplo<br />
do rappel”, concluiu Rosa Maria<br />
Correia.<br />
CONTINUA NA PÁGINA 14<br />
148960
14<br />
PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />
PONTOS TURÍSTICOS As<br />
pega<strong>da</strong>s dos dinossauros ficam em<br />
Sousa (E); o Santuário <strong>da</strong> Cruz <strong>da</strong><br />
Menina (D) é para<strong>da</strong> obrigatória<br />
GERAL<br />
Sertão conserva pega<strong>da</strong>s de dinossauros<br />
PASSEIO / As águas termais de Sousa são famosas; Santa Luzia possui o ‘Banheiro de Pedra’ e Patos é conheci<strong>da</strong> pelo turismo religioso<br />
RODRIGO APOLINÁRIO <strong>da</strong> deve ser o ‘Banheiro de Pedra’, reu Cléa Cordeiro, presidente <strong>da</strong> <strong>da</strong> região, o Santuário <strong>da</strong> Cruz <strong>da</strong> bike”, disse Cléa. Saindo de Patos Estudiosos de todo o mundo são<br />
Como berço de pega<strong>da</strong>s de<br />
dinossauros, dono de águas<br />
termais que relaxam qual-<br />
no município de Santa Luzia, distante<br />
aproxima<strong>da</strong>mente seis quilômetros<br />
<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de. “Contemplar<br />
o pôr-do-sol no Banheiro de Pedra<br />
PBTur.<br />
Outro destaque é o turismo<br />
religioso, comum em to<strong>da</strong> a região.<br />
“Uma <strong>da</strong>s potenciali<strong>da</strong>des turís-<br />
Menina. “Esse é um local de peregrinação<br />
que atrai milhares de<br />
visitantes a ca<strong>da</strong> ano, espalhando a<br />
fama de um episódio ocorrido ali<br />
para Matureía, o caminho é pegar<br />
a PB-110 até o município de Teixeira<br />
e lá seguir pela PB-306.<br />
Voltando para a BR-230 e<br />
presenças constantes no local”,<br />
ressaltou.<br />
Mas quem passa pelo Sertão,<br />
não pode voltar para casa sem<br />
quer visitante e espaço de fortes é um dos espetáculos mais fasciticas do Sertão paraibano está na tempos atrás, em que uma menina adentrando um pouco mais na mergulhar nas águas <strong>da</strong> Estância<br />
tradições religiosas, o Sertão panantes do Sertão. Há quem diga rica religiosi<strong>da</strong>de popular. Em ca<strong>da</strong> foi assassina<strong>da</strong> e se tornou mártir região, chegamos ao município de Termal Brejo <strong>da</strong>s Freiras, situa<strong>da</strong><br />
raibano é também um dos gran- que índios habitaram as cavernas ci<strong>da</strong>de é possível encontrar uma popular do povo sertanejo, fazen- Sousa. “Por lá foi implantado o Vale no município de São João do Rio<br />
des tesouros do Estado. Segundo esculpi<strong>da</strong>s pelas rochas há muito referência religiosa que serve de do de Patos o epicentro religioso dos Dinossauros, um complexo tu- do Peixe. Conforme a PBTur, na Es-<br />
a Empresa Paraibana de Turismo tempo. O local é chamado de Ba- visita para romeiros e turistas in- <strong>da</strong> região”, frisou a presidente. rístico numa área de 700 metros tância, conforme a crença popular,<br />
(PBTur), a região possui espaços nheiro de Pedra, devido às esculteressados em conhecer um pouco Conforme a PBTur, o ponto tu- quadrados onde existem pega<strong>da</strong>s a água tem o poder de cura, onde<br />
preparados para receber os visituras que as rochas desenvolve- mais sobre a cultura local”, disse. rístico seguinte é a subi<strong>da</strong> para o de animais pré-históricos de 130 a lama também seria medicinal,<br />
tantes, com hotéis de quali<strong>da</strong>de e ram ao logo do tempo, formando Seguindo pela BR-230, o ro- Pico do Jabre, no município de Ma- milhões de anos atrás, o que repre- inclusive, indica<strong>da</strong> para o trata-<br />
pacotes em agências turísticas que na região uma <strong>da</strong>s paisagens mais teiro encontra Patos, ci<strong>da</strong>de coturéia. “São 1.193 metros de altura, senta um dos mais importantes mento de pele. Para quem está em<br />
reúnem a visita na maioria dos belas <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>. Ele também tem nheci<strong>da</strong> como a ‘Mora<strong>da</strong> do Sol’, numa caminha<strong>da</strong> com duas horas sítios paleontológicos do mun- Sousa e deseja chegar lá, deve con-<br />
atrativos.<br />
essa designação pelo fato de que, por atingir durante o ano, picos de de duração para o ponto mais alto do. Nesta área foi construído um tinuar pela BR-230 até o município<br />
Saindo de Campina Grande e na época do inverno, se torna uma temperatura que chegam a cerca <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>. Nesse caminho é pos- centro de visitação que conta com de Cajazeiras, logo após seguir pela<br />
seguindo o roteiro pela BR-230, piscina natural e atrai centenas de de 40º C. Lá é possível encontrar sível praticar caminha<strong>da</strong>, cavalga- passarelas metálicas e um mirante PB-405.<br />
um dos primeiros pontos de para- espectadores e banhistas”, discor- o espaço religioso mais visitado <strong>da</strong>, rappel e escala<strong>da</strong> de moutain- para facilitar o acesso às pega<strong>da</strong>s. CONTINUA NA PÁGINA 15<br />
CMYK<br />
FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />
148993
Outra região que faz diferença<br />
quando se pensa na<br />
<strong>Paraíba</strong>, é o Brejo. Conforme<br />
a Empresa <strong>Paraíba</strong> de Turismo<br />
(PBTur), ela apresenta cenários<br />
com relevo irregular, engenhos,<br />
casas de farinha, cruzeiros, trilhas,<br />
lagoas e cachoeiras rodea<strong>da</strong>s por<br />
uma vegetação sempre verdejante.<br />
Além disso, o frio no período<br />
de junho a setembro, atípico na<br />
Região Nordeste, atrai visitantes<br />
todos os anos.<br />
De acordo com a presidente<br />
<strong>da</strong> PBTur, Cléa Cordeiro, os turistas<br />
que saem de Campina Grande<br />
e visitam o Brejo podem começar<br />
sua viagem pelo município<br />
de Areia. Para chegar lá é preciso<br />
pegar a BR-104/Norte até o município<br />
de Esperança, logo após<br />
seguir pela PB-105 até Remígio<br />
e dobrar pela PB-079. “Título de<br />
Patrimônio <strong>da</strong> Cultura Nacional,<br />
Areia é um espaço único. Nela<br />
foi construído o primeiro teatro<br />
paraibano que já foi chamado de<br />
‘Recreio Dramático’ e hoje é o Teatro<br />
Minerva”, destacou. Conforme<br />
a secretaria de turismo de Areia, a<br />
beleza <strong>da</strong> região é ímpar. Banhado<br />
pelos rios Man<strong>da</strong>ú, Mamanguape,<br />
Bananeiras e Riachão, o município<br />
sempre mantém uma vegetação<br />
verde. As cachoeiras Furna,<br />
Manga, Vaca Brava, Pitombeira<br />
e Jitó são pontos obrigatórios de<br />
visitação. Entre os seus fi lhos mais<br />
ilustres encontram-se o escritor<br />
de ‘A Bagaceira’, José Américo de<br />
Almei<strong>da</strong>, e o pintor do quadro<br />
‘Independência ou Morte’, Pedro<br />
Américo.<br />
Seguindo o roteiro pela PB-<br />
079, a próxima para<strong>da</strong> é o município<br />
de Alagoa Grande. Terra<br />
do cantor Jackson do Pandeiro e<br />
<strong>da</strong> sindicalista Margari<strong>da</strong> Maria<br />
Alves, por lá é possível encontrar<br />
museus que contam as histórias<br />
dessas duas personali<strong>da</strong>des.<br />
“Como outros atrativos do município<br />
de Alagoa Grande nós<br />
podemos encontrar o engenho<br />
Lagoa Verde que produz a cachaça<br />
Volúpia e o Teatro Santa Inês, um<br />
espaço arquitetônico privilegiado<br />
de traços <strong>da</strong> cultura paraibana”,<br />
frisou Cléa Cordeiro.<br />
Com o Cruzeiro de Roma, a<br />
Cachoeira do Roncador, trilhas<br />
ecológicas, engenhos e um artesanato<br />
que já é reconhecido no<br />
exterior, o município de Bananei-<br />
ras, também é outro<br />
espaço que o turista<br />
que visita a <strong>Paraíba</strong><br />
deve conferir. “Para<br />
se ter uma ideia do<br />
potencial dessa região,<br />
em Bananeiras,<br />
artesãos locais são peritos na<br />
manipulação <strong>da</strong> madeira e bambu,<br />
outros constroem rabecas,<br />
guitarras e violões, além disso,<br />
várias artesãs trabalham a palha<br />
GERAL PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 15<br />
TURISMO / Região compreende a ci<strong>da</strong>de de Areia, Patrimônio <strong>da</strong> Cultura Nacional, e Alagoa Grande, berço de Jackson do Pandeiro<br />
Brejo tem trilhas, engenhos e cachoeiras<br />
RODRIGO APOLINÁRIO<br />
Em Bananeiras<br />
existe a famosa<br />
Cachoeira do<br />
Roncador<br />
<strong>da</strong> bananeira, com a qual criam<br />
produtos como bolsas, escarcelas<br />
e bandejas, que já são vendi<strong>da</strong>s no<br />
Sudeste do Brasil e<br />
no exterior”, relatou<br />
Cléa. Para quem sai<br />
de Alagoa Grande, o<br />
caminho para Bananeiras<br />
é seguir pela<br />
PB-075 até o município<br />
de Pirpirituba, pegar a PB-<br />
085 até Borborema, e seguir pela<br />
PB-103.<br />
Já o município de Serraria,<br />
seguindo ao sul pela PB-087, con-<br />
forme a PBTur, é ideal para trilhas<br />
e esportes de aventura. “Lá tem<br />
uma região onde se destacam<br />
as cavernas, como <strong>da</strong> Pedra do<br />
Fumo, <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> Santa Helena,<br />
e os Engenhos Belo Horizonte e<br />
Santo Antônio. O município é um<br />
dos integrantes do roteiro cultural<br />
no período de inverno, quando<br />
a maioria dos engenhos do Brejo<br />
são visitados e é sentido um clima<br />
frio peculiar dessa região paraibana”,<br />
ressaltou.<br />
Seguindo pela PB-087 até a<br />
divisa com Bananeiras, logo após<br />
CMYK<br />
pela PB-105 até Solânea e, em segui<strong>da</strong>,<br />
pela PB-111, é possível chegar<br />
a Araruna, já no Curimataú<br />
paraibano. Lá, na sua zona rural, às<br />
margens do Rio Calabouço, divisa<br />
natural dos Estados <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> e<br />
do Rio Grande do Norte, está uma<br />
<strong>da</strong>s belezas irresistíveis <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>,<br />
a Pedra <strong>da</strong> Boca. Com seus<br />
336 metros de altura, se destaca<br />
majestosa entre outras formações<br />
rochosas que embelezam o Parque<br />
Estadual <strong>da</strong> Pedra <strong>da</strong> Boca, uma<br />
área de conservação ambiental de<br />
aproxima<strong>da</strong>mente 157 hectares.<br />
Campina Grande não tem apenas o São João<br />
LEONARDO SILVA<br />
Terras de inscrições rupestres,<br />
grandes pedras e museus<br />
que contam a história do desenvolvimento<br />
econômico <strong>da</strong> região,<br />
o Agreste paraibano também merece<br />
ser apreciado pelos turistas.<br />
Quem segue pela BR-230, vindo<br />
do litoral, deve prestar atenção<br />
na entra<strong>da</strong> à esquer<strong>da</strong> para o município<br />
de Ingá, situado a 70 km<br />
de João Pessoa. Por lá é possível<br />
encontrar as Itacoatiaras do Ingá,<br />
inscrições em uma pedra de 20m<br />
de largura por 3m de altura, cuja<br />
origem desconheci<strong>da</strong>, aponta<br />
para antigos índios que viviam<br />
na região ou a até visitas de seres<br />
extraterrestres. A formação rochosa<br />
foi tomba<strong>da</strong> pelo Instituto<br />
do Patrimônio Histórico Artístico<br />
Nacional (Iphan).<br />
Conforme a PBTur, vizinho ao<br />
Ingá, o turista encontra o município<br />
de Fagundes, onde na sua<br />
zona rural está situa<strong>da</strong> a Pedra de<br />
Santo Antônio. Com mais de cinco<br />
metros de altura e uma abertura<br />
de menos de um metro, próximo<br />
EXPORTAÇÃO O Museu do Algodão conta uma parte importante <strong>da</strong> história econômica de Campina Grande<br />
a sua base, o monumento natural<br />
é visitado todos os meses por turistas<br />
e romeiros que, seguindo a<br />
crença popular, afi rmam que ao<br />
passarem três vezes segui<strong>da</strong>s pela<br />
abertura <strong>da</strong> pedra, não termina-<br />
rão a vi<strong>da</strong> sem casar.<br />
Retornando à BR-230, e seguindo<br />
mais 40 km para o interior,<br />
na Serra <strong>da</strong> Borborema,<br />
o turista chega ao município de<br />
Campina Grande. Segun<strong>da</strong> maior<br />
ci<strong>da</strong>de do Estado <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> e terra<br />
do ‘Maior São João do Mundo’,<br />
evento realizado no mês de junho,<br />
que recebe cerca de um milhão<br />
de turistas todos os anos, para<br />
assistirem a algumas <strong>da</strong>s mani-<br />
festações de cultura popular mais<br />
consagra<strong>da</strong>s do Nordeste brasileiro,<br />
a ‘Rainha <strong>da</strong> Borborema’ é um<br />
grande pólo turístico paraibano.<br />
Quem chega à Campina Grande<br />
no mês de janeiro pode visitar<br />
os museus Histórico e Geográfi co,<br />
situado no centro, e do Algodão,<br />
no bairro <strong>da</strong> Estação Velha. Nesses<br />
espaços é possível conhecer um<br />
pouco mais <strong>da</strong> história de Campina<br />
Grande, que já foi a segun<strong>da</strong><br />
maior exportadora de algodão do<br />
mundo, fi cando atrás apenas de<br />
Liverpool, na Inglaterra, e hoje é<br />
um pólo educacional, possuindo,<br />
inclusive, a Universi<strong>da</strong>de Federal<br />
de Campina Grande (UFCG). É<br />
possível visitar também os monumentos<br />
dos cantores Jackson do<br />
Pandeiro e Luiz Gonzaga, situados<br />
na Aveni<strong>da</strong> Severino Cruz, às margens<br />
do Açude Velho, bem como<br />
a Catedral de Nossa Senhora <strong>da</strong><br />
Conceição e o Museu de Artes Assis<br />
Chateaubriand, ambos na Aveni<strong>da</strong><br />
Floriano Peixoto, centro.<br />
CONTINUA NA PÁGINA 16<br />
148958
16<br />
PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />
GERAL<br />
TURISMO / Estado possui 117 quilômetros de belas praias e a capital João Pessoa ain<strong>da</strong> reserva valiosos espaços históricos e sacros<br />
Litoral <strong>da</strong> PB é paraíso em estado bruto<br />
RODRIGO APOLINÁRIO<br />
Com uma extensão de 117 km,<br />
desde o estuário do Rio Grajú<br />
(ao norte, na divisa com<br />
o Estado do Rio Grande do Norte)<br />
ao estuário do Rio Goiana (ao sul,<br />
limitando-se com Pernambuco),<br />
o litoral paraibano é, conforme a<br />
PBTur, um paraíso ain<strong>da</strong> em estado<br />
bruto, onde os turistas podem desfrutar<br />
de belas paisagens naturais<br />
fora e dentro do oceano, além de<br />
monumentos históricos <strong>da</strong>tados do<br />
período colonial.<br />
De acordo com a presidente do<br />
órgão, Cléa Cordeiro, “o litoral paraibano<br />
possui 53 praias naturais<br />
e urbaniza<strong>da</strong>s, onde as suas areias<br />
claras e mar verde-azulado são incrementados<br />
por suaves ensea<strong>da</strong>s,<br />
barras, estuários, restingas, cordões<br />
litorâneos, tabuleiros e falésias, bem<br />
como é salpicado, em vários trechos,<br />
por coqueiros, cajueiros, massaran-<br />
dubas e guajirus”.<br />
Conforme a PBTur, a porta de<br />
entra<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> é João Pessoa,<br />
capital paraibana que foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong><br />
em 1585, o que a torna a terceira<br />
capital mais antiga do país, após<br />
Salvador e Rio de Janeiro. “Nela está<br />
a Ponta do Seixas, o ponto mais<br />
oriental <strong>da</strong>s Américas. Além disso,<br />
a ci<strong>da</strong>de têm aspectos<br />
incomuns com os<br />
maiores centros do<br />
Brasil, pois é reconheci<strong>da</strong><br />
como a segun<strong>da</strong><br />
ci<strong>da</strong>de mais verde do<br />
mundo, fi cando atrás<br />
apenas de Paris, na França, e tem<br />
na sua orla marítima um exemplo<br />
de compromisso com a sustentabili<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> natureza, onde numa<br />
extensão de quase 8 km, é proibi<strong>da</strong><br />
a construção de grandes prédios”,<br />
ressaltou a presidente. Segundo a<br />
PBTur, as praias <strong>da</strong> capital paraibana<br />
são <strong>da</strong>s mais limpas do país, em<br />
João Pessoa<br />
é a terceira<br />
capital mais<br />
antiga do país<br />
se tratando de áreas urbanas.<br />
Mas João Pessoa não é apenas<br />
conheci<strong>da</strong> pelas suas belas praias<br />
urbanas. A ci<strong>da</strong>de é um lugar veterano<br />
de espaços históricos e ebulição<br />
cultural. Quem visita a capital<br />
deve conhecer o Centro Cultural São<br />
Francisco, situado no Centro Histórico.<br />
O espaço é um conjunto arqui-<br />
tetônico barroco do<br />
século XVII, formado<br />
pela Igreja de São<br />
Francisco e o Convento<br />
de Santo Antônio,<br />
se consagrando<br />
como um dos mais<br />
ricos e conservados monumentos<br />
<strong>da</strong> arte barroca brasileira.<br />
Outro local que conta parte <strong>da</strong><br />
história paraibana é a Basílica de<br />
Nossa Senhora <strong>da</strong>s Neves, também<br />
no Centro, cuja primeira igreja neste<br />
espaço foi construí<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> nos<br />
idos de 1586. Conforme a PBTur, os<br />
turistas não podem deixar de co-<br />
nhecer também, no Centro Histórico,<br />
a Igreja de São Bento, o Teatro<br />
Santa Roza e o Hotel Globo.<br />
Mas para quem pretende conhecer<br />
belezas naturais quase intoca<strong>da</strong>s<br />
pelo homem, deve seguir para<br />
o litoral Sul. A 40 km de João Pessoa,<br />
na Barra de Garaú, município do<br />
Conde, está a praia de Tambaba.<br />
Lá foi instalado o primeiro campo<br />
de naturismo ofi cial do Nordeste,<br />
o segundo do Brasil. Com uma<br />
extensão de 1,7 km de pura beleza<br />
selvagem, ela está protegi<strong>da</strong> graças<br />
as suas falésias altas e íngremes.<br />
Saindo de João Pessoa, o acesso é<br />
facilitado pela BR-101, integra<strong>da</strong> à<br />
rodovia Conde-Jacumã.<br />
Segundo a PBTur, aproveitando<br />
o sol forte do litoral, os turistas também<br />
podem seguir para o litoral<br />
Norte, a 18 km <strong>da</strong> capital, seguindo<br />
pela BR-230, a ci<strong>da</strong>de de Cabedelo<br />
tem, dentro do mar, o Parque Estadual<br />
Marinho de Areia Vermelha.<br />
LITORAL NORTE Com a maré baixa, Areia Vermelha é boa pedi<strong>da</strong><br />
Com uma área de 230 hectares, esse<br />
espaço pode ser explorado no período<br />
de maré baixa, quando surge<br />
uma porção de areia onde é possível<br />
participar ativamente de momentos<br />
de contemplação e lazer. O passeio<br />
CMYK<br />
DIVULGAÇÃO<br />
pode ser contratado à beira-mar e<br />
dura cerca de três horas.<br />
Para os turistas, a PBTur dispõe<br />
de uma Central de Informações<br />
Turísticas, através do telefone 0800-<br />
2819229 e do www.pbtur.pb.gov.br.<br />
147149<br />
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GERAL PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 17<br />
EM PATOS/ Acervo, composto por mais de 15 mil exemplares, está disponível à população de segun<strong>da</strong> a sexta-feira, <strong>da</strong>s 7h30 às 22h<br />
Biblioteca oferece conhecimento no Sertão<br />
REPÓRTER DO FUTURO<br />
A maior biblioteca<br />
municipal do<br />
Sertão paraibano<br />
está localiza<strong>da</strong> na<br />
ci<strong>da</strong>de de Patos,<br />
interior <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>.<br />
O acervo é composto por mais de<br />
15 mil exemplares, entre literatura<br />
regional e nacional, livros didáticos,<br />
revistas e jornais. Segundo o<br />
diretor Francisco José Leite, a biblioteca<br />
abriga um imenso acervo<br />
de cultura e conhecimento. E esse<br />
acervo está fi cando ain<strong>da</strong> maior,<br />
pois os patoenses costumam doar<br />
livro à biblioteca. “A ca<strong>da</strong> dia que<br />
passa, esse número aumenta, devido<br />
às doações recebi<strong>da</strong>s. Professores,<br />
alunos e to<strong>da</strong> a socie<strong>da</strong>de<br />
vêm contribuindo para que isso<br />
aconteça. As pessoas não jogam<br />
mais os livros fora, elas trazem<br />
para cá”, relata Cristiane Paiva, 21<br />
anos, assistente administrativa.<br />
A biblioteca, que fi ca situa<strong>da</strong><br />
à Rua Rui Barbosa, no Centro <strong>da</strong><br />
ci<strong>da</strong>de, funciona de segun<strong>da</strong> a<br />
sexta-feira, <strong>da</strong>s 7h30 às 22h, oferecendo<br />
aos estu<strong>da</strong>ntes, professores,<br />
estudiosos e a população em<br />
geral um lugar agradável onde se<br />
respira o ar de grandes escritores.<br />
O local conta ain<strong>da</strong> com o auditório<br />
Zefi nha Mota, um espaço<br />
disponível para to<strong>da</strong>s as secretarias<br />
do município, ONGs e instituições<br />
em geral, para a realização<br />
de palestras, reuniões e encontros,<br />
disponibilizando cerca de 110 lugares<br />
e infraestrutura de apoio.<br />
Para as pessoas que não possuem<br />
computadores em casa, e<br />
precisam fazer alguma pesquisa<br />
na internet, a biblioteca municipal<br />
oferece um Telecentro com 16<br />
computadores e, ain<strong>da</strong>, cursos básicos<br />
de informática (Word, Excel<br />
e Internet), para a comuni<strong>da</strong>de e<br />
para todos os professores, alunos<br />
e funcionários <strong>da</strong> Prefeitura Municipal<br />
de Patos.<br />
No mesmo espaço, os estu-<br />
<strong>da</strong>ntes de Patos podem freqüentar<br />
a TV Escola, que possui um<br />
acervo de vídeo e DVD de to<strong>da</strong>s<br />
as disciplinas, com o objetivo de<br />
atender as necessi<strong>da</strong>des de escolas<br />
públicas e priva<strong>da</strong>s, através<br />
do empréstimo dos volumes aos<br />
professores por um período de<br />
até cinco dias.<br />
Para manter a biblioteca funcionando,<br />
além dos funcionários<br />
municipais, alguns voluntários<br />
costumam doar parte do seu<br />
tempo para atender os que procuram<br />
o local, a exemplo do poeta e<br />
escritor Gilmar Pereira Santos, 39<br />
anos. “Faz quatro meses que estou<br />
aqui <strong>da</strong>ndo apoio a um excelente<br />
trabalho desenvolvido pela professora<br />
Silvana com defi cientes<br />
visuais”, explica.<br />
A Biblioteca Municipal foi<br />
CMYK<br />
REPÓRTER DO FUTURO<br />
NO CENTRO A Biblioteca Municipal fica localiza<strong>da</strong> na Rua Rui Barbosa<br />
inaugura<strong>da</strong> em 24 de março de<br />
2006 e tem como patrono Allyrio<br />
Meira Wanderley.<br />
CONTINUA NA PÁGINA 18<br />
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18<br />
PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />
GERAL<br />
ACERVO/ Na Biblioteca Municipal de Patos, os defi cientes visuais encontram a Bíblia Sagra<strong>da</strong> e a orientação <strong>da</strong> professoa Silvania Maria<br />
Títulos em braille possibilitam a inclusão<br />
REPÓRTER DO FUTURO<br />
A Biblioteca<br />
Municipal de Patos<br />
é a única no<br />
Sertão <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong><br />
que possui um local<br />
especializado<br />
com um acervo signifi cativo em<br />
braille, inclusive a Bíblia Sagra<strong>da</strong>.<br />
Neste espaço, podemos encontrar<br />
a simplici<strong>da</strong>de, bom humor e satisfação,<br />
características marcantes de<br />
Silvania Maria de Araújo Lucena,<br />
professora de defi cientes visuais <strong>da</strong><br />
Biblioteca Municipal de Patos desde<br />
julho desse ano.<br />
Os sonhos <strong>da</strong> menina patoense<br />
que não enxergava, foram maiores<br />
que suas limitações. Para portadores<br />
<strong>da</strong> mesma defi ciência, ela é um<br />
exemplo de superação para todos<br />
que conhecem sua história. “Quando<br />
eu era criança não existia uma<br />
escola especial que ensinasse Braille,<br />
e era isso que eu queria fazer. Eu<br />
queria aprender a ler e escrever nessa<br />
linguagem para realizar o meu<br />
sonho de ser professora”, relata<br />
Silvania.<br />
Faz 18 anos que ela se mudou<br />
para Brasília com o objetivo de<br />
estu<strong>da</strong>r, retornando à terra natal<br />
recentemente. “Quando cheguei a<br />
Patos fi z alguns concursos, mas não<br />
encontrei uma oportuni<strong>da</strong>de em<br />
que pudesse exercer o meu trabalho<br />
como gostaria. Quando eu consegui<br />
uma vaga aqui na biblioteca, me<br />
senti realiza<strong>da</strong>”, comenta a professora.<br />
Há quatro meses, Silvania desenvolve<br />
ativi<strong>da</strong>des com alunos<br />
defi cientes visuais na biblioteca. Os<br />
trabalhos acontecem pela manhã e<br />
à tarde, atendendo aos alunos em<br />
horários diferenciados do que estu<strong>da</strong>m.<br />
Segundo ela, as aulas pro-<br />
curam desenvolver a capaci<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong>s pessoas, buscando uma a<strong>da</strong>ptação<br />
<strong>da</strong>s mesmas à sua reali<strong>da</strong>de.<br />
“Desenvolver essas ativi<strong>da</strong>des é um<br />
processo trabalhoso, mas o interesse<br />
deles é fun<strong>da</strong>mental para um<br />
bom resultado. Aqui eles aprendem<br />
a ler e escrever em Braille. Aprendem<br />
matemática através do Soroban,<br />
que é um ábaco a<strong>da</strong>ptado para<br />
cegos. Aprendem sobre orientação e<br />
mobili<strong>da</strong>de, além de terem aula de<br />
ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> diária”, explica.<br />
Apesar do pouco tempo, os<br />
resultados já são bastante satisfatórios.<br />
“Devagarzinho eu estou<br />
deixando esta sala a minha cara, e<br />
os meus alunos participam disso<br />
comigo. Já adquirimos um aparelho<br />
de som para dinamizar as aulas,<br />
confeccionamos cartazes em Braille,<br />
brinquedos e até livros”, destaca<br />
Silvania Maria.<br />
REPÓRTER DO FUTURO<br />
148990 148931<br />
CMYK<br />
APRENDIZADO Os trabalhos<br />
desenvolvidos por Silvania<br />
Maria, na Biblioteca Braille,<br />
acontecem pela manhã<br />
e à tarde, atendendo<br />
os alunos em horários<br />
diferenciados do que estu<strong>da</strong>m<br />
Preconceito é responsável pela exclusão social<br />
O preconceito ain<strong>da</strong> é o maior<br />
responsável pela exclusão social<br />
de pessoas portadoras de alguma<br />
necessi<strong>da</strong>de especial. No entanto,<br />
aliado a isso, existem outros fatores<br />
que difi cultam a a<strong>da</strong>ptação dos<br />
defi cientes visuais a uma reali<strong>da</strong>de<br />
produtiva, seja de trabalho, seja<br />
de cultura. Ao contrário do que se<br />
pensa, pessoas que não enxergam<br />
podem trabalhar. A falta de capacitação,<br />
o desinteresse <strong>da</strong>s empresas<br />
e instituições em contratar pessoas<br />
defi cientes e o preconceito <strong>da</strong> família<br />
são problemas que devem ser<br />
superados em uma ação conjunta.<br />
Segundo a professora Silvania<br />
Maria de Araújo Lucena, que não<br />
enxerga desde a infância, algumas<br />
capitais já empregam essas pessoas.<br />
“Lugares como Brasília e São Paulo<br />
já utilizam pessoas cegas em vários<br />
ramos de ativi<strong>da</strong>des. Eles estão nos<br />
hospitais trabalhando em câmaras<br />
escuras, em lavanderias, em pa<strong>da</strong>rias<br />
e como telefonistas”, informa.<br />
Ela explicou que, em São Paulo,<br />
trabalhou no ramo <strong>da</strong> construção<br />
civil. “Éramos 40 mulheres cegas<br />
trabalhando na construção civil. A<br />
empresa que nos contratou, afi rmava<br />
que pessoas cegas, por terem<br />
o tato mais apurado, trabalhavam<br />
bem no acabamento de obras, e<br />
REPÓRTER DO FUTURO<br />
DEDICAÇÃO A professora Silvania Maria ensina braille na biblioteca<br />
realmente é ver<strong>da</strong>de. Nossos dedos<br />
são nossos olhos,” afi rma.<br />
O apoio <strong>da</strong> família é fun<strong>da</strong>mental<br />
para que reali<strong>da</strong>des como essas<br />
se tornem constantes e acessíveis.<br />
Faz-se necessário um engajamento<br />
dos defi cientes dentro <strong>da</strong> própria<br />
casa e um encaminhamento para<br />
instituições que ofereçam capacitação<br />
e aju<strong>da</strong>. O Sertão paraibano<br />
ain<strong>da</strong> é carente de uma estrutura<br />
adequa<strong>da</strong> para estas pessoas. No<br />
entanto, exemplos de superação são<br />
vivenciados todos os dias por uma<br />
minoria que sabe que a cegueira<br />
é apenas uma difi cul<strong>da</strong>de a mais<br />
para ser enfrenta<strong>da</strong>.<br />
José Janito de Souza, 42 anos, é<br />
um aluno dedicado. Há dois anos<br />
ele frequenta a Escola Especial Irmã<br />
Benigna em Patos, e há dois meses,<br />
as aulas <strong>da</strong> professora Silvania. “Eu<br />
venho de Teixeira todos os dias,<br />
mas adoro estar aqui. Estou no<br />
terceiro ano do supletivo e sei que,<br />
com interesse, a gente supera todos<br />
os desafi os”, concluiu. Já Silvania<br />
Maria conclui: “Sou uma pessoa realiza<strong>da</strong>,<br />
adoro o que faço. O mundo<br />
dos cegos está além <strong>da</strong> escuridão,<br />
nós somos capazes de tudo que<br />
quisermos, nossos sonhos são multicoloridos”.<br />
FACULDADES INTEGRA-<br />
DAS DE PATOS (FIP)<br />
Reportagem e fotos: Denísia de Oliveira<br />
Professora/Orientadora: Maria Zita<br />
Almei<strong>da</strong><br />
148932
GERAL PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009 19<br />
Vigilância faz alerta para riscos nos salões<br />
PERIGO/ Os “vilões” dos salões de beleza são os equipamentos utilizados pela manicure e o uso indevido do formol, nas escovas progressivas<br />
DA REDAÇÃO<br />
O<br />
hábito de ir ao salão de beleza<br />
pode representar um<br />
risco constante à saúde. Se<br />
a sua única preocupação se restringe<br />
à cor do esmalte ou <strong>da</strong> tinta do<br />
cabelo, é melhor rever esse pensamento.<br />
Na busca pela beleza, muitas<br />
pessoas acabam esquecendo de<br />
cui<strong>da</strong>dos primordiais para evitar<br />
infecções. A coordenadora do setor<br />
de saúde <strong>da</strong> Gerência de Vigilância<br />
Sanitária de João Pessoa (GVS-JP),<br />
Eliane Navarro, fez o alerta para o<br />
perigo constante encontrados nos<br />
salões de beleza, que passa desper-<br />
FOTOS: FRANCISCO FRANÇA<br />
cebido e pode provocar doenças<br />
como micoses, tétano, dermatites,<br />
hepatite B e C e Aids.<br />
Os “vilões” dos salões de beleza<br />
são os equipamentos utilizados pela<br />
manicure e o uso indevido do formol,<br />
que permite apenas 0,2% para<br />
conservação do produto. “Acontece<br />
que tem cabeleireira que acrescenta<br />
mais um pouco <strong>da</strong> substância, o<br />
que pode trazer sérios riscos à saúde<br />
<strong>da</strong> paciente”, explicou.<br />
De acordo com a coordenadora,<br />
na capital, mais de cinco mil salões<br />
de beleza estão em funcionamento,<br />
o que não implica dizer que todos<br />
estão regularizados junto à Vigi-<br />
lância Sanitária. Segundo Eliane,<br />
mesmo sabendo que há irregulari<strong>da</strong>des,<br />
nenhum salão foi interditado<br />
em João Pessoa em 2008.<br />
Ano passado foi realiza<strong>da</strong> uma<br />
palestra com os cabeleireiros<br />
e manicures<br />
com o objetivo de<br />
sensibilizá-los para<br />
os riscos eminentes<br />
de contaminação. “O<br />
destaque foi para o<br />
uso do formol e do alicate de unha”,<br />
declarou. O alerta é que o usuário<br />
leve o material de casa, “mas só isso<br />
não resolve, a não ser que seja de<br />
uso individual”.<br />
A esterilização<br />
deve ser feita<br />
em autoclave<br />
ou estufa<br />
148943<br />
148907<br />
Na hora de ir à manicure, no<br />
entanto, o perigo não está apenas<br />
no alicate. Eliane explica que os<br />
palitos e o afastador também representam<br />
riscos e neles, o vírus <strong>da</strong><br />
hepatite, por exemplo,<br />
é capaz de resistir até<br />
72 horas, o que não<br />
acontece com o vírus<br />
<strong>da</strong> Aids.<br />
A esterilização<br />
deve ser feita através<br />
de autoclave ou estufa. No primeiro,<br />
o material é esterilizado a partir de<br />
calor úmido, enquanto no segundo,<br />
é necessária a permanência do objeto<br />
por uma hora a temperatura de<br />
170º ou duas horas a 160º. Porém, a<br />
maioria dos salões, segundo Eliane,<br />
ain<strong>da</strong> utiliza o forninho, bem mais<br />
barato que os demais. “O forninho<br />
não possui termômetro e termostato,<br />
ou seja, não são capazes de matar<br />
todos os vírus e bactérias”, alertou.<br />
Para ela, o usuário é o melhor<br />
parceiro <strong>da</strong> GVS para combater os<br />
riscos nos salões. Mas na prática,<br />
nem sempre isso acontece. A auxiliar<br />
de nutrição, Lourdes Paiva, 34<br />
anos, vai à manicure duas vezes por<br />
mês, mas confessou que não toma<br />
os cui<strong>da</strong>dos devidos e prefere confi<br />
ar no salão, mesmo sabendo que<br />
pode sofrer algum <strong>da</strong>no.<br />
CMYK<br />
SAÚDE A<br />
coordenadora do<br />
setor de saúde<br />
<strong>da</strong> GVS-JP, Eliane<br />
Navarro (1ª foto),<br />
fez o alerta para<br />
os cui<strong>da</strong>dos com a<br />
higiene nos salões<br />
de beleza<br />
A infectologista Berenice Cabral<br />
também alertou para os frequentadores<br />
de salões de beleza. “Sempre<br />
haverá o risco, pois não há como<br />
identifi car quem está infectado”,<br />
disse. “O correto é fi car atento para<br />
a devi<strong>da</strong> esterilização e cui<strong>da</strong>dos de<br />
higiene”, completou. Para abrir um<br />
salão em João Pessoa, é preciso preencher<br />
uma série de requisitos na<br />
GVS, apresentando cópia de licença<br />
sanitária, alvará de funcionamento<br />
e o certifi cado de habilitação de cabeleireiro.<br />
É cobra<strong>da</strong> uma taxa que<br />
varia de acordo com o tamanho do<br />
estabelecimento.<br />
CONTINUA PÁGINA 20.<br />
149026<br />
148969<br />
148906
20<br />
PARAÍBA, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2009<br />
GERAL<br />
PROGRESSIVAS/ O formol é cancerígeno e pode causar <strong>da</strong>nos irreversíveis à cliente, inclusive já houve um caso de morte em Goiás<br />
Uso do formol em cabelos é restrito a 0,2%<br />
DA REDAÇÃO<br />
A<br />
prática de alisar os cabelos<br />
ultrapassou o sinônimo de<br />
beleza e também apresenta<br />
riscos à saúde. O uso indevido de<br />
formol na composição <strong>da</strong> escova tem<br />
preocupado a Gerência de Vigilância<br />
Sanitária (GVS-JP), que fi scaliza no<br />
sentido de cumprir a determinação<br />
<strong>da</strong> Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitária, que permite apenas 0,2%<br />
de formol como conservante.<br />
“Quanto mais formol, mais liso<br />
o cabelo vai fi car”, explicou. “Porém,<br />
vale destacar que quanto mais<br />
formol na composição, mais risco a<br />
pessoa corre”, completou. A aplicação<br />
<strong>da</strong> escova progressiva pode va-<br />
riar entre R$ 80 e R$ 250 nos salões<br />
de João Pessoa.<br />
Entre se adequar às normas <strong>da</strong><br />
Vigilância Sanitária e agra<strong>da</strong>r as<br />
clientes, a cabeleireira Severina Sales,<br />
proprietária do salão El Sha<strong>da</strong>y,<br />
fi cou com a primeira opção. “Eu<br />
poderia ganhar bem mais se usasse<br />
formol, mas sei que faz mal à saúde<br />
e achei melhor só oferecer escovas<br />
sem o produto, como a inteligente e<br />
a marroquina, que também alisam<br />
os cabelos”, destacou.<br />
Finalizando, Eliane lembrou que<br />
o formol é cancerígeno e pode causar<br />
<strong>da</strong>nos irreversíveis à cliente, inclusive<br />
a morte, como aconteceu em<br />
Goiás, quando uma mulher morreu<br />
depois de fazer a aplicação.<br />
ALTERNATIVA Escovas sem o produto, como por exemplo a inteligente e a marroquina, também alisam os<br />
cabelos e não oferecem riscos à saúde<br />
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CMYK<br />
FOTOS: FRANCISCO FRANÇA<br />
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