5.21 MB - Caleffi
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outubro 2005<br />
24<br />
A REGULAÇÃO<br />
DAS INSTALAÇÕES<br />
DE CHÃO RADIANTE
outubro 2005<br />
24<br />
A REGULAÇÃO<br />
DAS INSTALAÇÕES<br />
DE CHÃO RADIANTE<br />
CALEFFI Lda<br />
Componentes Hidrotérmicos<br />
Sede:<br />
Urbanização das Austrálias,<br />
Iote 17, Milheirós<br />
Apartado 1214<br />
4471-909 Maia Codex<br />
Tel: 229619410<br />
Fax: 229619420<br />
caleffi.sede@caleffi.pt<br />
Filial:<br />
Centro Empresarial de Talaíde<br />
Armazém. 01<br />
Limites do Casal do<br />
Penedo de Talaíde<br />
2785-601 - São Domingos de Rana<br />
Tel: 214227190<br />
Fax: 214227199<br />
caleffi.filial@caleffi.pt<br />
www.caleffi.pt<br />
Sumário<br />
3 A regulação das instalações de chão radiante<br />
4 As regulações dos anos setenta<br />
Exemplo: Dimensionamento do circuito de injecção<br />
8 As primeiras regulações para caldeiras murais<br />
Necessidade ou não das regulações climáticas<br />
Necessidade ou não dos circuitos anti-condensação<br />
Soluções adoptadas<br />
10 Novos produtos para a regulação do chão radiante<br />
12 Grupos de ponto fixo com reguladores termostáticos<br />
- Grupos de interior com válvula termostática<br />
- Grupos de interior com misturadora termostática<br />
- Grupos para SEPCOLL com misturadora termostática<br />
18 Grupos de ponto fixo compensado com reguladores electrónicos<br />
24 Grupos monobloco com regulação climática<br />
- Grupos para instalação externa<br />
- Grupos para instalação em caixa<br />
28 Observações gerais<br />
Regulações termostáticas<br />
Regulações electrónicas com compensação<br />
Regulações climáticas<br />
Caudais das caldeiras/chão radiante<br />
29 Notas conclusivas<br />
30 Grupos de regulação térmica<br />
- Grupos de regulação térmica de ponto fixo de caixa, série 162<br />
- Grupos de regulação de ponto fixo para SEPCOLL, série 163<br />
- Grupos de regulação térmica modulante de caixa, série 161<br />
- Grupos de regulação térmica climática para central, série 152-153<br />
34 Novos produtos <strong>Caleffi</strong><br />
- Colectores em material plástico especificos para chão radiante, série 671<br />
- Sistema de controlo da temperatura via rádio para instalações de chão<br />
radiante, série 740
A REGULAÇÃO DAS INSTALAÇÕES<br />
DE CHÃO RADIANTE<br />
Dedicamos este número da revista Hidráulica às<br />
instalações de aquecimento por chão radiante.<br />
Iremos focar em especial os seus sistemas de<br />
regulação; sistemas que (como sabemos e como<br />
também veremos de seguida) são um pouco<br />
diferentes dos tradicionais, já que devem garantir<br />
condições de funcionamento e de segurança mais<br />
rigorosas. O desenvolvimento será subdividido em<br />
quatro partes:<br />
Na primeira, examinaremos as regulações dos anos<br />
setenta e os vários problemas, em parte diferentes<br />
dos actuais, que aquelas deveriam resolver.<br />
Na segunda, consideraremos os critérios e as<br />
escolhas que têm permitido criar regulações muito<br />
compactas, que também podem ser utilizadas com<br />
caldeiras murais.<br />
Marco Doninelli, Mario Doninelli, Alberto Perini<br />
Na terceira, examinaremos as regulações<br />
principais (sempre para chão radiante) actualmente<br />
disponíveis, propondo esquemas de base para uma<br />
sua correcta utilização.<br />
Na quarta parte, por fim, iremos propor notas e<br />
observações inerentes à escolha destas regulações.<br />
Para além disso, colocaremos em evidência, os<br />
perigos ligados ao uso de tipos de distribuição<br />
que não são capazes de fornecer ao chão<br />
radiante o caudal pedido.<br />
Não deve ser esquecido, de facto, que para uma<br />
correcta regulação dos terminais (e, por isso, do<br />
chão radiante) é necessário garantir aos mesmos<br />
não só a temperatura correcta (do fluido), mas<br />
também o caudal adequado.<br />
3
Como sabemos, após as péssimas prestações dos<br />
anos cinquenta, as instalações de aquecimento por<br />
chão radiante foram redescobertas e reavaliadas<br />
nos anos setenta.<br />
Para a sua reavaliação contribuiu de modo decisivo<br />
a implantação de novos sistemas de regulação<br />
capazes de resolver aqueles que tinham sido os<br />
inconvenientes mais graves dos anos cinquenta,<br />
ou seja:<br />
1. O sobreaquecimento dos locais<br />
devido ao envio de água demasiado quente para<br />
o chão radiante e ao calor considerável que se<br />
pode acumular nos pavimentos, sendo que,<br />
naquele tempo, não se colocava material isolante<br />
debaixo da argamassa.<br />
2. A segurança de funcionamento<br />
que podia ser comprometida pelo bloqueio das<br />
válvulas de regulação e, por isso, pelo consequente<br />
possível envio ao chão radiante de água (a do<br />
circuito da caldeira) a temperaturas demasiado<br />
elevadas, capazes de causar sérios danos nos<br />
pavimentos e nas paredes adjacentes a estes.<br />
4<br />
AS REGULAÇÕES<br />
DOS ANOS SETENTA<br />
3. Os limites funcionais da regulação<br />
de facto, com os sistemas tradicionais (entre o<br />
circuito de alta temperatura da caldeira e o de<br />
baixa temperatura do chão radiante), as válvulas<br />
de regulação podiam “trabalhar” apenas para um<br />
segmento muito limitado do seu curso. O que as<br />
tornava pouco precisas e expostas a oscilações<br />
contínuas.<br />
4. A condensação dos fumos<br />
devida às baixas temperaturas de retorno do<br />
fluido à caldeira e responsável, devido à sua<br />
agressividade, por corrosões graves capazes<br />
de causar perdas e também ruptura nas caldeiras.<br />
Estes problemas, nos anos setenta, foram<br />
resolvidos adoptando sistemas específicos de<br />
regulação ditos de “injecção” (ver esquema<br />
apresentado de seguida). Na prática, eram<br />
sistemas construídos com válvulas de regulação<br />
muito pequenas que “injectavam” o fluido quente<br />
do circuito da caldeira no de baixa temperatura<br />
do chão radiante. Com este engenhoso recurso,<br />
as válvulas podiam “trabalhar”, desfrutando<br />
por inteiro o seu curso e, assim, garantir um<br />
funcionamento regular e sem oscilações.
As válvulas de regulação pequenas também<br />
ofereciam mais segurança. De facto, no caso de<br />
bloqueio, faziam passar (do circuito da caldeira ao<br />
do chão radiante) apenas uma quantidade<br />
limitada de fluido quente. E tal permitia minimizar,<br />
ou até mesmo excluir, o perigo de enviar ao chão<br />
radiante água a temperaturas demasiado elevadas.<br />
Para evitar o mesmo perigo, também eram<br />
utilizados termostatos de segurança que paravam<br />
as bombas, quando eram superadas as temperaturas<br />
máximas de exercício previstas (50-55°C).<br />
Para proteger as caldeiras (que no retorno<br />
necessitavam de temperaturas superiores a 60°C<br />
mesmo para a validade dos seus Certificados de<br />
Garantia), os sistemas de injecção eram geralmente<br />
integrados com circuito anti-condensação.<br />
As válvulas de retenção e de regulação,<br />
devidamente posicionados e reguladas, serviam<br />
para evitar circulações de parasitas e equilibrar<br />
os vários circuitos entre eles.<br />
Para distribuir o fluido ao chão radiante eram<br />
utilizados colectores normais com válvulas e<br />
detentores análogos aos usados para os<br />
radiadores.<br />
Ver, ou rever, como podem ser calculados e<br />
balanceados os sistemas de regulação de<br />
injecção pode ser útil por, pelo menos, dois<br />
motivos: (1) acontece ainda, nas velhas<br />
instalações, ser necessário reequilibrar o seu<br />
sistema distributivo, (2) podem ser ainda<br />
convenientemente utilizados em alguns casos,<br />
por exemplo, em instalações centralizadas ou para<br />
aquecer grandes superfícies.<br />
5
6<br />
Exemplo: Dimensionamento do circuito de injecção<br />
Dimensionar o circuito de injecção abaixo apresentado,<br />
considerando:<br />
Q = 15.000 kcal/h (calor dispersão chão radiante)<br />
Tp = 45°C (temperatura de projecto chão radiante)<br />
G = 3.000 l/h (caudal do circuito de chão radiante)<br />
Tc = 75°C (temperatura de ida água caldeira)<br />
Tcr = 60°C (temperatura mínima de retorno à caldeira)<br />
Circuito de distribuição chão radiante (segmentos<br />
CD e HG)<br />
ΔT = 15.000 / 3.000 = 5°C (salto térmico chão radiante)<br />
Trc = 45 – 5 = 40°C (temperatura de retorno chão radiante)<br />
O diâmetro deste circuito pode ser determinado com o<br />
método das perdas de carga lineares constantes (ved 1°<br />
“Handbook <strong>Caleffi</strong>”) supondo: r = 10 mm c.a./m. Com base<br />
neste valor e no caudal de projecto (3.000 l/h) resulta:<br />
Ø = 1 1/2” (diâmetro circuito chão radiante)<br />
Circuito de injecção (segmentos BC e GF)<br />
TBC = 75°C (temperatura de projecto segmento BC =<br />
temperatura de ida caldeira)<br />
TGF = 40°C (temperatura de projecto segmento GF =<br />
temperatura de retorno circuito chão radiante)<br />
ΔT = 75 – 40 = 35°C (salto térmico de projecto do<br />
circuito de injecção)<br />
Conhecida a quantidade de calor que deve ser fornecida<br />
ao chão radiante (15.000 kcal/h), pode assim determinar-se<br />
o caudal de projecto do circuito em questão:<br />
GBC-GF = 15.000 / 35 = 429 l/h<br />
O circuito de injecção tem segmentos muito curtos, por<br />
isso o seu diâmetro pode ser determinado com perdas<br />
de carga lineares constantes elevadas, por exemplo: r =<br />
80-100 mm c.a./m. Com base nestes valores e no caudal<br />
de projecto (429 l/h) resulta:<br />
Ø = 1/2” (diâmetro circuito de injecção)
By-pass chão radiante (segmentos CG)<br />
O caudal máximo deste by-pass obtém-se com a válvula<br />
de injecção fechada e pode ser assumida igual ao do<br />
circuito de chão radiante:<br />
GCG = 3.000 l/h<br />
Sendo este segmento muito curto, o diâmetro do by-pass<br />
pode ser determinado com perdas de carga lineares<br />
constantes elevadas, por exemplo: r = 80-100 mm<br />
c.a./m. Com base nestes valores e no caudal acima<br />
obtido, resulta:<br />
Ø =1” (diâmetro by-pass chão radiante)<br />
Circuito da caldeira (segmentos AB e FE)<br />
TAB = 75°C (temperatura de ida água caldeira)<br />
TFE = 60°C (temperatura mínima de retorno à caldeira)<br />
ΔT = 75 – 60 = 15°C (salto térmico circuito caldeira)<br />
Conhecida a quantidade de calor que deve ser fornecida<br />
ao circuito de chão radiante (15.000 kcal/h), pode assim<br />
determinar-se o caudal de projecto dos segmentos de<br />
ligação à caldeira:<br />
GAB-FE = 15.000 / 15 = 1.000 l/h<br />
Sendo estes segmentos muito curtos, podem ser<br />
dimensionados com perdas de carga lineares constantes<br />
elevadas, por exemplo: r = 80-100 mm c.a./m. Com base<br />
nestes valores e no caudal anteriormente determinado<br />
(1.000 l/h), resulta:<br />
Ø = 3/4” (diâmetro do circuito de caldeira)<br />
Circuito anti-condensação (segmento BF)<br />
Conhecidos os valores:<br />
GGF = 429 l/h (caudal segmento GF)<br />
GFE = 1.000 l/h (caudal segmento FE)<br />
O caudal do circuito de anti-condensação pode ser<br />
calculado fazendo um balanço dos caudais na ramificação F:<br />
GBF = 1.000 – 429 = 571 l/h<br />
O diâmetro deste circuito pode ser determinado com um<br />
critério análogo ao utilizado em cima para segmentos<br />
muito curtos. Assim resulta:<br />
Ø = 1/2” (diâmetro circuito anti-condensação)<br />
7
No final dos anos setenta, a rápida afirmação das<br />
caldeiras murais reabriu o discurso sobre a<br />
regulação do chão radiante, já que os sistemas<br />
utilizados até então ocupavam demasiado espaço.<br />
Foram encontradas soluções adequadas, apenas<br />
colocando em discussão a necessidade, ou não,<br />
de utilizar regulações climáticas e circuitos<br />
anti-condensação, isto é, elementos considerados<br />
essenciais, até então, para a correcta regulação do<br />
chão radiante. E uma revisão semelhante merece<br />
algumas considerações:<br />
Necessidade ou não das regulações climáticas<br />
O medo de sobreaquecer os locais (entre as<br />
causas principais de mau-estar e contestações dos<br />
anos cinquenta) tinha induzido os projectistas a<br />
confiar apenas nas regulações climáticas;<br />
regulações que enviam água ao chão radiante à<br />
menor temperatura possível, e portanto, permitem<br />
minimizar as causas que levam ao sobreaquecimento<br />
dos locais.<br />
Pelo contrário, considerava-se que as regulações<br />
de ponto fixo (que enviam água ao chão radiante<br />
de modo descontínuo e à maior temperatura de<br />
exercício prevista) pudessem fazer acumular<br />
demasiado calor nos pavimentos e, por isso,<br />
sobreaquecer os locais.<br />
Testes experimentais, e também um exame mais<br />
atento à forma como o chão radiante cede calor<br />
evidenciaram, contudo, que também as regulações<br />
de ponto fixo podiam fornecer prestações<br />
seguramente aceitáveis.<br />
Necessidade ou não dos circuitos anti-condensação<br />
Esta necessidade, pelo contrário, terminou já que as<br />
caldeiras murais começaram a ser produzidas<br />
com aços especiais, capazes de resistir à acção<br />
corrosiva dos fumos condensados.<br />
Soluções adoptadas<br />
O facto de não ser necessário recorrer a sistemas com<br />
regulações climáticas e circuitos anti-condensação<br />
levou à criação de soluções francamente mais<br />
compactas e que pudessem ser inseridas nas<br />
paredes.<br />
Esta soluções eram criadas in loco ou montadas<br />
na oficina, já que não existia ainda um mercado<br />
capaz de justificar a sua montagem em série. E eram<br />
essencialmente soluções do tipo apresentado de<br />
seguida:<br />
8<br />
AS PRIMEIRAS REGULAÇÕES<br />
PARA CALDEIRAS MURAIS<br />
A solução [1] era criada com a ajuda de uma<br />
misturadora termostática e permitia servir apenas<br />
uma zona.<br />
As bombas da caldeira e do circuito do chão<br />
radiante eram ambas comandadas pelo termostato<br />
ambiente.<br />
O by-pass com válvula de regulação servia para<br />
não fazer queimar a bomba da caldeira, garantindo<br />
à mesma um caudal mínimo mesmo quando a<br />
misturadora termostática fechava a via do circuito<br />
da caldeira.
A solução [2] era criada com a ajuda de uma<br />
válvula termostática e permitia servir uma única<br />
zona.<br />
As bombas da caldeira e do circuito de chão<br />
radiante eram ambas comandadas pelo termostato<br />
ambiente.<br />
Como no caso precedente, o by-pass com válvula<br />
de regulação servia para não fazer queimar a<br />
bomba da caldeira, garantindo à mesma um<br />
caudal mínimo, mesmo com a válvula termostática<br />
fechada.<br />
A solução [3] era criada com duas válvulas (uma<br />
termostática e uma de zona) que permitiam servir<br />
uma zona de chão radiante e uma zona de<br />
radiadores.<br />
A válvula de zona e a bomba do chão radiante<br />
eram comandadas por termostatos ambiente. O seu<br />
fecho simultâneo levava ao fecho da bomba da<br />
caldeira.<br />
Não era necessário um by-pass com válvula de<br />
regulação, já que a válvula de três vias garantia,<br />
em cada posição, um caudal mínimo suficiente<br />
para não fazer queimar a bomba da caldeira.<br />
9
Na prática, até ao final dos anos oitenta, não<br />
existiam materiais fabricados propositadamente<br />
para as instalações de chão radiante. Assim, para<br />
regular temperaturas e caudais, deviam utilizar-se<br />
materiais concebidos e desenvolvidos para outros<br />
tipos de instalação.<br />
Todavia, a difusão constante das instalações de<br />
chão radiante mudou esta situação. E, mais ou<br />
menos no início dos anos noventa, começaram a<br />
surgir os primeiros materiais específicos para chão<br />
radiante, dando assim vida a um novo sector de<br />
mercado, actualmente bastante rico e diversificado.<br />
Entre os primeiros materiais específicos para chão<br />
radiante devem, sem dúvida, ser considerados os<br />
colectores de distribuição com válvulas<br />
micrométricas externas e grupos de topo para a<br />
saída de ar e a descarga de água.<br />
Os colectores foram depois produzidos com<br />
válvulas de intercepção incorporadas nos<br />
mesmos.<br />
10<br />
NOVOS PRODUTOS PARA A REGULAÇÃO<br />
DO CHÃO RADIANTE<br />
Também foram propostos termómetros e<br />
reguladores de caudal para circuito de chão<br />
radiante.<br />
O desenho abaixo indicado diz respeito a um<br />
exemplo com termómetros, quer nas ligações dos<br />
colectores, quer no retorno dos vários circuitos de<br />
derivação.<br />
Para além disso, foram disponibilizados colectores<br />
com comandos electrotérmicos que, comandados<br />
por termostatos ambiente, permitem regular de<br />
modo autónomo a temperatura de cada local.<br />
O desenho abaixo apresentado diz respeito a um<br />
exemplo com colectores dotados de válvulas de<br />
regulação micrométricas internas, comandos<br />
electrotérmicos, medidores de caudal e by-pass<br />
de topo de regulação fixa com purgador de ar.<br />
O by-pass tem a função de garantir um caudal<br />
mínimo, mesmo com os comandos electrotérmicos<br />
fechados; este caudal pode servir para proteger as<br />
bombas e fazer funcionar correctamente as sondas<br />
de regulação.
Diversas (ver desenhos abaixo indicados) foram<br />
também as propostas relativas a grupos de<br />
regulação pré-montados.<br />
Nas páginas que se seguem, examinaremos estas<br />
propostas (ou melhor, as ainda actuais),<br />
subdividindo-as com base no tipo de regulação<br />
que são capazes de oferecer, ou seja:<br />
❑ de ponto fixo com reguladores termostáticos;<br />
❑ de ponto fixo compensado com reguladores<br />
electrónicos;<br />
❑ de tipo climático.<br />
Para além disso, iremos propor tipos de instalação<br />
que permitem uma utilização adequada das várias<br />
soluções consideradas.<br />
11
São grupos com reguladores termostáticos que<br />
accionam válvulas de duas ou de três vias.<br />
Servem para manter constante (segundo o valor<br />
pedido) a temperatura da água enviada ao chão<br />
radiante.<br />
Grupos de interior com válvula termostática<br />
Estes grupos (ver esquema abaixo apresentado)<br />
funcionam de modo essencialmente semelhante<br />
aos de injecção utilizados com as primeiras<br />
caldeiras murais.<br />
12<br />
GRUPOS DE PONTO FIXO COM<br />
REGULADORES TERMOSTÁTICOS<br />
O fluido proveniente do circuito da caldeira é<br />
injectado no circuito de chão radiante através da<br />
acção reguladora de uma válvula termostática de<br />
2 vias com sonda de imersão.<br />
A temperatura dos locais é regulada com um<br />
termostato ambiente que comanda a bomba do<br />
chão radiante. Um termostato de segurança<br />
bloqueia a bomba, se for ultrapassada a temperatura<br />
máxima de exercício.<br />
A válvula de regulação serve, se necessário, para<br />
equilibrar os circuitos com o objectivo de garantir a<br />
injecção do fluido a alta temperatura no circuito de<br />
chão radiante.<br />
Encontram-se disponíveis kits que permitem servir<br />
com o mesmo grupo não só o chão radiante, como<br />
também os terminais a alta temperatura.
Grupos de interior com misturadora termostática<br />
São grupos regulados com a ajuda de uma<br />
misturadora termostática. O seu funcionamento<br />
é facilmente deduzível a partir do esquema abaixo<br />
indicado. Se existir uma bomba a montante destes<br />
grupos (ver solução n. 4 apresentada em seguida),<br />
deve utilizar-se uma válvula de bloqueio de 2<br />
vias para proceder ao fecho, quando o termostato de<br />
segurança fechar a bomba do chão radiante. Sem<br />
essa válvula e com a misturadora desregulada, pode<br />
de facto, ser enviada água demasiado quente ao<br />
chão radiante, mesmo se a respectiva bomba<br />
estiver fechada. Esta medida de segurança não é<br />
necessária, se a montante do grupo não existirem<br />
impulsos de bombas, por exemplo, se o grupo<br />
derivar directamente de um SEPCOLL.<br />
Grupos para SEPCOLL com misturadora termostática<br />
Trata-se de grupos (para montar em caixa ou não)<br />
dotatos de misturadoras termostáticas<br />
propositadamente criados para optimizar a<br />
regulação do chão radiante e para permitir a<br />
montagem directa (dos grupos) nos SEPCOLL.<br />
Graças às características específicas das suas<br />
misturadoras, estes grupos podem oferecer<br />
elevadas prestações e uma fácil colocação em<br />
funcionamento. Além disso, o seu modo de<br />
funcionar é facilmente compreendido, mesmo<br />
sem a ajuda de esquemas explicativos, o que<br />
simplifica consideravelmente as intervenções de<br />
controlo e manutenção.<br />
13
14<br />
Solução 1<br />
O chão radiante e os radiadores (de baixa temperatura)<br />
derivam de um grupo de regulação de ponto fixo com<br />
válvula termostática.<br />
O termostato ambiente activa ou desactiva as bombas<br />
quer do chão radiante, quer da caldeira.<br />
O by-pass diferencial no interior da caldeira serve<br />
para proteger a bomba da própria caldeira, quando o<br />
caudal através da válvula termostática (do grupo de<br />
regulação) for nulo ou muito reduzido.<br />
Solução 2<br />
O chão radiante e os radiadores derivam de um grupo<br />
de regulação de ponto fixo com Kit de derivação de<br />
alta temperatura.<br />
O termostato ambiente activa ou desactiva apenas a<br />
bomba do chão radiante.<br />
O by-pass diferencial do Kit de derivação (ver respectivo<br />
esquema funcional) serve para proteger a bomba da<br />
caldeira, quando os caudais através das válvulas<br />
termostáticas (do grupo de regulação e dos radiadores)<br />
forem nulos ou muito reduzidos.
Solução 3<br />
O circuito de chão radiante deriva de um grupo de<br />
regulação de ponto fixo com válvula termostática,<br />
enquanto os radiadores derivam directamente do circuito<br />
da caldeira. O chão radiante e os radiadores são regulados<br />
com comandos electrotérmicos comandados por<br />
termostatos ambiente.<br />
A bomba do chão radiante é desactivada pela saída da barra<br />
de comandos relé, quando todos os comandos electrotérmicos<br />
estiverem fechados. A bomba da caldeira é desactivada pelo<br />
mesmo sinal e pelo sinal do micro-interruptor auxiliar dos<br />
comandos electrotérmicos do radiador.<br />
O by-pass diferencial colocado no colector dos<br />
radiadores serve para proteger a bomba da caldeira<br />
quando os caudais forem nulos ou muito reduzidos.<br />
Solução 4<br />
O chão radiante deriva de um grupo de regulação de<br />
ponto fixo com válvula termostática, enquanto os<br />
radiadores derivam directamente do circuito da caldeira.<br />
A válvula de bloqueio de 2 vias serve para anular<br />
(quando se supera a temperatura de segurança) a força<br />
que a bomba do circuito da caldeira exerce a montante<br />
do grupo.<br />
O termostato ambiente activa ou desactiva apenas a<br />
bomba do chão radiante.<br />
O by-pass diferencial no interior da caldeira serve para<br />
proteger a bomba da própria caldeira quando os caudais<br />
forem nulos ou muito reduzidos.<br />
15
Solução 5<br />
❑ um circuito para radiadores e ventiloconvectores<br />
com bomba de velocidade variável comandada por<br />
um relógio programador.<br />
De um colector-separador (SEPCOLL) montado em A emissão térmica dos radiadores é regulada por<br />
caixa derivam:<br />
válvulas termostáticas e a dos ventiloconvectores por<br />
❑ um circuito para chão radiante com grupo termostatos (ambiente e de mínima) que actuam<br />
termostático de regulação que serve 2 zonas (por quer nos comados electrotérmicos quer nos<br />
ex. a zona dia e a zona noite) activadas ou ventiladores.<br />
desactivadas por válvulas de 3 vias comandadas A bomba da caldeira pode ser desactivada, quando<br />
por cronotermostatos ambiente.<br />
ambas as bombas dos circuitos derivados do SEPCOLL<br />
A bomba do grupo de regulação pode ser desactivada, estiverem desactivadas.<br />
quando ambas as válvulas de zona estiverem a fechar.<br />
<br />
16
Solução 6<br />
De um colector-separador (SEPCOLL) derivam:<br />
❑ dois circuitos para chão radiante com grupos<br />
termostáticos de regulação que servem 2 zonas<br />
(por ex. a zona dia e a zona noite). As bombas dos<br />
grupos são activadas ou desactivadas por<br />
termostatos ambiente.<br />
❑ um circuito para radiadores com bomba de velocidade<br />
variável comandada por um relógio programador e<br />
radiadores regulados com válvulas termostáticas.<br />
<br />
❑ um circuito para radiadores e ventiloconvectores<br />
com bomba comandada por um relógio programador.<br />
A emissão térmica dos radiadores é regulada por<br />
válvulas termostáticas e a dos ventiloconvectores por<br />
termostatos (ambiente e de mínima) que actuam nos<br />
ventiladores.<br />
A bomba da caldeira pode ser desactivada, quando<br />
todas as bombas dos circuitos derivados do SEPCOLL<br />
estiverem desactivadas.17
18<br />
<br />
GRUPOS DE PONTO FIXO COMPENSADO Estão disponíveis kit (ver esquema abaixo indicado)<br />
COM REGULADORES ELECTRÓNICOS que permitem servir com o mesmo grupo quer o<br />
chão radiante, quer os terminais de alta temperatura.<br />
grupos com reguladores electrónicos que A regulação da água enviada ao chão radiante<br />
accionam válvulas motorizadas de três vias. pode ocorrer segundo duas opções:<br />
Servem para manter a ponto fixo simples ou<br />
compensado (veremos melhor em seguida o ❑ a ponto fixo simples.<br />
significado deste termo) a temperatura da água A água é enviada ao chão radiante com temperatura<br />
enviada ao chão radiante.<br />
constante.<br />
A regulação ocorre por mistura de acordo com o ❑ a ponto fixo compensado.<br />
esquema abaixo indicado. Um termostato de A água é enviada ao chão radiante com temperatura<br />
segurança fecha a válvula misturadora e bloqueia que depende de duas grandezas: a temperatura<br />
a bomba do chão radiante, quando for superada a de ida estabelecida no selector e o salto térmico<br />
temperatura máxima de exercício.<br />
(ΔT) efectivo entre ida e retorno.<br />
São
Na prática, se a ΔT for pequena (por exemplo<br />
quando existem fontes internas ou externas de<br />
calor), envia-se ao pavimento radiante água a<br />
uma temperatura mais baixa da estabelecida no<br />
selector. Se, pelo contrário, a ΔT for muito<br />
elevada (por exemplo na fase de arranque da<br />
instalação) envia-se ao chão radiante água a uma<br />
temperatura mais alta.<br />
O objectivo é o de adequar melhor o calor<br />
emitido aos pedidos efectivos.<br />
Graficamente, o campo de trabalho na fase de<br />
compensação pode ser assim representado:<br />
A faixa do campo de trabalho em baixo é a que<br />
corresponde a ΔT pequenas, a de cima a ΔT<br />
elevadas.<br />
O quadro de comando e de controlo é<br />
constituído essencialmente por:<br />
■ um display que indica:<br />
- temperatura de ida estabelecida,<br />
- temperatura de ida medida,<br />
- temperatura de ida calculada,<br />
- estado de funcionamento da válvula e servomotor;<br />
■ um selector da temperatura de ida;<br />
■ um selector on/off sonda de retorno;<br />
■ um selector aquecimento/arrefecimento;<br />
■ led de sinalização:<br />
- estado de funcionamento da válvula misturadora,<br />
- estado de funcionamento da bomba,<br />
- transposição dos limites de segurança.<br />
Estes grupos podem ser utilizados não só para<br />
aquecer, mas também para arrefecer. Para isso,<br />
devem ser devidamente integrados com sondas<br />
para o registo da humidade capaz de bloquear<br />
o arrefecimento, quando existe o perigo de se<br />
formarem condensações superficiais.<br />
No entanto, deve ser considerado (ver respectivo<br />
quadro) que o arrefecimento com chão radiante<br />
requer tratamentos adequados para desumidificar<br />
o ar.<br />
ARREFECIMENTO E<br />
DESUMIDIFICAÇÃO DO AR<br />
O arrefecimento com chão radiante tem dois<br />
limites precisos: o baixo rendimento frigorífico<br />
e a incapacidade (ao contrário dos ventiloconvectores<br />
e dos sistemas Split) de desumidificar o ar<br />
ambiente. E arrefecer o ar sem o desumidificar,<br />
pode fazer aumentar demasiado a sua humidade<br />
relativa (H.R.).<br />
Consideremos, por exemplo, o caso de um local<br />
com ar a:<br />
t = 32°C<br />
H.R.= 60%<br />
se arrefecemos esse ar, sem o desumidificar, até a:<br />
t = 26°C<br />
a sua nova humidade relativa (que pode ser<br />
determinada com a ajuda de um diagrama<br />
psicrométrico) resulta:<br />
H.R.= 90%<br />
valor de todo inaceitável, já que, para poder obter<br />
condições de bem-estar térmico válidas, a H.R.<br />
não deve superar os 65-70%.<br />
Para desumidificar escolas, museus ou outros<br />
edifícios de grandes dimensões, podem utilizar-se<br />
equipamentos tradicionais de tratamento de ar<br />
com baterias de arrefecimento e pós-aquecimento.<br />
Para casas e contruções residenciais podem<br />
utilizar-se quer ventiloconvectores quer<br />
desumidificadores.<br />
Os ventiloconvectores (para poderem desumidificar<br />
o ar) devem ser servidos com água a temperatura<br />
muito baixa (por ex. ida/retorno 7°/12°C). Têm<br />
a vantagem de poderem integrar o rendimento<br />
frigorífico do chão radiante. Pelo contrário,<br />
não são capazes de se limitarem apenas à<br />
desumidificação.<br />
Os desumidificadores (na versão adequada)<br />
podem ser alimentados directamente com a água<br />
do chão radiante. Têm a vantagem de poderem<br />
limitar a sua acção apenas à desumidificação<br />
do ar. Pelo contrário, não são capazes de integrar<br />
o rendimento frigorífico do chão radiante.<br />
19
20<br />
Solução 7<br />
O chão radiante e os radiadores (de baixa temperatura)<br />
derivam de um grupo com regulador electrónico.<br />
O termostato ambiente activa ou desactiva as bombas<br />
de ambos os circuitos (caldeira e chão radiante).<br />
O by-pass diferencial interior à caldeira serve para<br />
proteger a bomba da própria caldeira, quando o caudal<br />
através da misturadora for nulo ou muito reduzido.<br />
Solução 8<br />
O chão radiante e os radiadores derivam de um grupo<br />
com regulador electrónico e Kit de derivação de alta<br />
temperatura.<br />
O termostato ambiente activa ou desactiva apenas a<br />
bomba do chão radiante.<br />
O by-pass diferencial do Kit de derivação serve para<br />
proteger a bomba da caldeira, quando os caudais (através<br />
da misturadora e das válvulas termostáticas) forem nulos<br />
ou muito reduzidos.
Solução 9<br />
❑ um circuito que através de um permutador de<br />
calor, faz chegar ao circuito de aquecimento da<br />
rampa o calor necessário para derreter neve e<br />
De um colector-separador (SEPCOLL) derivam:<br />
gelo. A solução adoptada permite limitar o uso do<br />
❑ um circuito para chão radiante que alimenta 2 anti-congelante apenas ao circuito de aquecimento<br />
zonas com grupos de regulação do tipo electrónico. da rampa.<br />
As bombas de ambas as zonas são activadas ou A bomba da caldeira pode ser desligada, quando<br />
desactivadas pelos cronotermostatos.<br />
todas as bombas dos circuitos derivados do SEPCOLL<br />
❑ um circuito para radiadores (regulados por válvulas estiverem desactivadas.<br />
termostáticas) com bomba de velocidade variável<br />
comandada por um relógio programador.<br />
<br />
<br />
21
Solução 10<br />
❑ um circuito para ventiloconvectores com o objectivo<br />
de desumidificar e integrar o arrefecimento das<br />
zonas servidas pelo chão radiante.<br />
De um colector-separador (SEPCOLL), alimentado por uma Os ventiloconvectores são regulados por termostatos<br />
caldeira por um sistema refrigerador (Chiller), derivam: ambiente (com comutação V/I) e de mínima que actuam<br />
❑ um circuito para chão radiante que alimenta 2 nos ventiladores.<br />
zonas com grupos de regulação (adequados também ❑ um circuito para ventiloconvectores com o objectivo<br />
para arrefecer) do tipo electrónico.<br />
de aquecer e arrefecer a cave.<br />
As bombas de ambas as zonas são activadas ou Os ventiloconvectores são regulados por termostatos<br />
desactivadas por cronotermostatos com comutação ambiente (com comutação V/I) e de mínima que actuam<br />
INVERNO/VERÃO (I/V).<br />
nos ventiladores.<br />
❑ um circuito para radiadores (regulados por válvulas<br />
termostáticas) com bomba de velocidade variável<br />
comandada por um relógio programador.<br />
<br />
22
Solução 11<br />
De um SEPCOLL exterior, alimentado por uma caldeira<br />
e por um grupo refrigerador (Chiller), derivam:<br />
❑ um circuito para chão radiante que alimenta 2<br />
zonas com grupos de regulação (adequados<br />
também para arrefecer) de tipo electrónico.<br />
Dos colectores para chão radiante derivam também<br />
os circuitos que alimentam os desumidificadores.<br />
As bombas de ambas as zonas são activadas ou<br />
desactivadas por termostatos ambiente com<br />
comutação V/I.<br />
<br />
<br />
❑ um circuito para radiadores (regulados por válvulas<br />
termostáticas) com bomba de velocidade variável<br />
comandada por um relógio programador.<br />
❑ um circuito para ventiloconvectores com o objectivo<br />
de aquecer e arrefecer a cave.<br />
Os ventiloconvectores são regulados por termostatos<br />
(com comutação V/I) e de mínima que actuam nos<br />
ventiladores.<br />
23
São grupos aptos a regular a temperatura da água<br />
enviada ao chão radiante relativamente à temperatura<br />
externa e são constituídos por um único bloco<br />
que serve também de suporte ao regulador, aos<br />
equipamentos de controlo e de segurança e à<br />
bomba.<br />
Grupos para instalação externa<br />
Têm o corpo em ferro fundido e são,<br />
essencialmente, compostos por: uma válvula<br />
misturadora, servomotor, regulador, sondas de<br />
temperatura, termómetros, by-pass diferencial e<br />
casquilhos de ligação ao circuito primário e ao<br />
circuito de chão radiante.<br />
O regulador, normalmente instalado no corpo do<br />
grupo, também pode ser posicionado à distância.<br />
A regulação ocorre por mistura segundo o<br />
esquema apresentado ao lado.<br />
Um programa específico pode ser activado<br />
para secar a argamassa do chão.<br />
24<br />
GRUPOS MONOBLOCO<br />
COM REGULAÇÃO CLIMÁTICA<br />
Existem modelos destes grupos que podem ser<br />
utilizados para arrefecimento.
Grupos para instalação em caixa<br />
Têm o corpo em latão e são, essencialmente,<br />
compostos por: uma válvula misturadora,<br />
servomotor, regulador, sondas de temperatura,<br />
termómetros, by-pass automático e casquilhos de<br />
ligação ao circuito primário e ao circuito de chão<br />
radiante.<br />
Estão disponíveis quer num modelo simples, quer<br />
pré-montados com colectores de distribuição<br />
no chão radiante.<br />
O regulador pode ser instalado no interior ou no<br />
exterior da caixa. A instalação externa simplifica<br />
consideravelmente as operações de regulação<br />
e controlo, nos casos em que as caixas estão<br />
colocadas em locais difíceis de inspeccionar ou<br />
estão tapadas por móveis.<br />
A regulação ocorre por mistura segundo o<br />
esquema apresentado ao lado.<br />
Um programa específico pode ser activado<br />
para secar a argamassa do chão.<br />
Existem modelos destes grupos que podem ser<br />
utilizados para arrefecimento.<br />
25
Solução 12<br />
❑ um circuito para radiadores e ventiloconvectores<br />
com bomba comandada por um relógio programador.<br />
A emissão térmica dos radiadores é regulada por<br />
De um SEPCOLL exterior derivam:<br />
válvulas termostáticas e a dos ventiloconvectores por<br />
❑ dois circuitos para chão radiante com grupos termostatos (ambiente e de mínima) que actuam nos<br />
climáticos para instalação externa; em cada ventiladores.<br />
zona a temperatura é controlada por A bomba da caldeira pode ser desactivada, quando<br />
termostatos/cronotermostatos via rádio.<br />
todas as bombas dos circuitos derivados do SEPCOLL<br />
❑ um circuito para radiadores (regulados por válvulas estiverem desactivadas.<br />
termostáticas) com bomba de velocidade variável<br />
comandada por um relógio programador.<br />
26
❑ um circuito para radiadores e ventiloconvectores<br />
com bomba comandada por um relógio programador.<br />
A emissão térmica dos radiadores é regulada por<br />
válvulas termostáticas e a dos ventiloconvectores por<br />
termostatos (ambiente e de mínima) que actuam nos<br />
ventiladores.<br />
Uma válvula de três vias comandada por um termostato<br />
de mínima serve para evitar o envio de água<br />
refrigerada aos radiadores.<br />
27<br />
Solução 13<br />
De um SEPCOLL exterior, alimentado por uma caldeira<br />
e por um grupo refrigerador (Chiller), derivam:<br />
❑ dois circuitos para chão radiante com grupos<br />
climáticos para instalação externa.<br />
❑ um circuito para ventiloconvectores com o objectivo de<br />
desumidificar e integrar o arrefecimento das zonas<br />
servidas pelo chão radiante. Os ventiloconvectores<br />
são regulados por termostatos ambiente (com<br />
comutação V/I).
Apenas há 20 anos atrás, quem projectava e<br />
construía instalações de chão radiante podia<br />
encontrar muitas dificuldades para criar sistemas<br />
de regulação válidos, seguros, pouco espaçosos e<br />
não demasiado custosos.<br />
Actualmente este problema já não existe, dado<br />
que o mercado já oferece um grande número de<br />
soluções válidas e facilmente adaptáveis a<br />
qualquer tipo de instalação.<br />
Em último caso, pode ser a própria abundância<br />
de oferta a criar alguns problemas. Existe o risco,<br />
de facto, que as numerosas soluções propostas,<br />
com as respectivas variantes e integrações,<br />
causem uma certa confusão.<br />
Contudo, não é difícil saber orientar-se entre todas<br />
estas soluções. Basta fazer referência (sem se<br />
perder demasiado nos pormenores) às suas<br />
principais características e prestações, que<br />
podem ser assim resumidas:<br />
Regulações termostáticas<br />
Permitem regular a ponto fixo (utilizados só para<br />
o aquecimento) a temperatura do fluido enviado<br />
ao chão radiante.<br />
Pode recorrer-se a estas quando se necessita de<br />
soluções económicas, simples e seguras. De<br />
facto, (1) são as regulações que custam menos, (2)<br />
que se colocam em funcionamento e se regulam<br />
facilmente, (3) que são muito fiáveis, e (4) os seus<br />
reguladores não requerem ligações eléctricas.<br />
28<br />
OBSERVAÇÕES<br />
GERAIS<br />
Regulações electrónicas com compensação<br />
Permitem regular a ponto fixo simples e<br />
compensado (ver págs. 18 e 19) a temperatura do<br />
fluido enviado ao chão radiante. Também podem<br />
ser utilizados para o arrefecimento.<br />
Como custos e como prestações, encontram-se<br />
numa posição intermédia entre as regulações<br />
de tipo termostático e as de tipo climático.<br />
Regulações climáticas<br />
Permitem regular a temperatura do fluido enviado<br />
ao chão radiante em função da temperatura<br />
externa. Também podem ser utilizados para o<br />
arrefecimento.<br />
São as regulações que oferecem o melhor<br />
conforto ambiente, já que se adaptam<br />
constantemente às condições externas.<br />
Todavia, o seu custo pode desaconselhar a sua<br />
utilização, sobretudo em instalações de pequenas<br />
dimensões.
Caudais das caldeiras/chão radiante<br />
Como já foi referido anteriormente, para uma<br />
regulação correcta dos terminais (e, por isso, do<br />
chão radiante), é necessário garantir aos<br />
mesmos não só a temperatura correcta (do<br />
fluido), mas também o caudal correcto.<br />
Geralmente, não é difícil garantir estas grandezas.<br />
Todavia, no que diz respeito aos caudais, deve<br />
considerar-se com muita atenção o caso das<br />
instalações de chão radiante servidas por<br />
caldeiras autónomas (murais ou de chão). Estas<br />
caldeiras são criadas (salvo raríssimas excepções)<br />
para fornecer os caudais médios pedidos pelas<br />
instalações de radiadores, isto é, caudais<br />
bastante diferentes dos médios pedidos pelo<br />
chão radiante.<br />
A este respeito, deve ser considerado que os<br />
radiadores também funcionam correctamente com<br />
saltos térmicos de 15-20°C, enquanto que o chão<br />
radiante (para não fornecer temperaturas demasiado<br />
diferentes no pavimento) requer saltos térmicos mais<br />
pequenos: máximo 7-8°C. Daí resulta que, para<br />
emitir a mesma quantidade de calor, o chão<br />
radiante necessita de caudais muito mais<br />
elevados dos que são necessários para os<br />
radiadores. E, é justamente este o motivo pelo qual os<br />
caudais das caldeiras autónomas normais<br />
(sobretudo em apartamentos de grandes e médias<br />
dimensões ou moradias individuais) podem ser<br />
demasiado baixos para o chão radiante.<br />
Portanto, é necessário verificar sempre atentamente<br />
as características da caldeira escolhida e se esta<br />
é, ou não, capaz de fornecer o caudal pedido<br />
pelo chão radiante. Se a resposta for negativa, deve<br />
recorrer-se à ajuda de separadores ou de<br />
SEPCOLL que permitem tornar completamente<br />
independente o caudal do circuito da caldeira do<br />
caudal do circuito de chão radiante.<br />
NOTAS CONCLUSIVAS<br />
Não é possível definir critérios de ordem geral<br />
capazes de guiar com clareza e certeza na<br />
escolha da regulação mais adequada a um<br />
determinado tipo de instalação de chão radiante.<br />
É uma escolha, de facto, que depende de diversos<br />
factores de importância fundamental, tais como:<br />
1. as características técnicas, as prestações e os<br />
custos das várias soluções disponíveis e possíveis;<br />
2. a experiência directa e a sensibilidade quer<br />
do projectista quer do instalador;<br />
3. não só os pedidos e as expectativas do dono<br />
da obra, mas também a sua suposta capacidade<br />
de saber, ou não, gerir determinadas soluções.<br />
Factores estes que, evidentemente, não podem<br />
ser contidos em regras precisas e, geralmente,<br />
válidas, sobretudo no que diz respeito aos seus<br />
aspectos muito específicos e subjectivos.<br />
Contudo, é aconselhável privilegiar (como<br />
tentámos fazer nos esquemas propostos) soluções<br />
simples, fiáveis, fáceis de regular e de ter sob<br />
controlo. Nunca deve ser esquecido, de facto, que<br />
até a regulação mais refinada pode dar péssimos<br />
resultados com utilizadores que não a sabem utilizar.<br />
29
Grupos de regulação térmica<br />
de ponto fixo de caixa<br />
série 162<br />
REGULAÇÃO TERMOSTÁTICA DE PONTO FIXO POR INJECÇÃO<br />
Para completar os códigos em função do n° de derivações<br />
Chão radiante<br />
C= 3 deriv.<br />
D= 4 deriv.<br />
E=5 deriv.<br />
F = 6 deriv.<br />
G= 7 deriv.<br />
H= 8 deriv.<br />
I = 9 deriv.<br />
L = 10 deriv.<br />
M = 11 deriv.<br />
N = 12 deriv.<br />
O = 13 deriv.<br />
Alta temp.<br />
002 = 2 deriv.<br />
003 = 3 deriv.<br />
Série 162 Código: 1626.. 1626.. 002 1626.. 003<br />
Catálogo: 01093 01094<br />
1 Válvula termostática ✔ ✔ ✔<br />
2 Válvula de regulação ✔ ✔ ✔<br />
3 Válvula de by-pass diferencial ✔ ✔ ✔<br />
4 Bomba de circulação de três velocidades UPS 25-60 1626.3 1626.3 002 1626.3 003<br />
UPS 25-80 1626.4 1626.4 002 1626.4 003<br />
5 Válvula de esfera com retenção incorporada ✔ ✔ ✔<br />
6 Termostato de segurança ✔ ✔ ✔<br />
7 Termómetros de ida e de retorno ✔ ✔ ✔<br />
8 Purgador de ar manual ✔ ✔ ✔<br />
9 Predisposição para ligação das tomadas de pressão ✔ ✔ ✔<br />
10 Manómetro ✔ ✔ ✔<br />
11 Colector de distribuição alta temperatura ✔ ✔<br />
12 By-pass diferencial ✔ ✔<br />
30
Grupos de regulação termostática<br />
de ponto fixo para SEPCOLL<br />
série 163<br />
REGULAÇÃO TERMOSTÁTICA DE PONTO FIXO<br />
Série 163 Código: 163600 163610<br />
Catálogo: 01121 01121<br />
Versão com a ida do lado direito ✔<br />
Versão com a ida do lado esquerdo ✔<br />
1 Válvula termostática de três vias com sensor de temperatura incorporado ✔ ✔<br />
2 Válvula de by-pass diferencial ✔ ✔<br />
3 Termostato de segurança ✔ ✔<br />
4 Bomba de circulação de três velocidades UPS 25-60 ✔ ✔<br />
5 Termómetro de ida ✔ ✔<br />
6 Termómetro de retorno ✔ ✔<br />
7 Válvulas de intercepção do grupo ✔ ✔<br />
8 Caixa para cabos eléctricos ✔ ✔<br />
31
Grupos de regulação térmica<br />
modulante de caixa<br />
série 161<br />
REGULAÇÃO DE PONTO FIXO COMPENSADO COM AUXÍLIO DE SONDA DE RETORNO<br />
<br />
<br />
Para completar os códigos em função do n° de derivações<br />
E=5 deriv.<br />
F = 6 deriv.<br />
G= 7 deriv.<br />
H= 8 deriv.<br />
I = 9 deriv.<br />
L = 10 deriv.<br />
M = 11 deriv.<br />
N = 12 deriv.<br />
O = 13 deriv.<br />
Série 161 Código: 1615.0<br />
1615.1 1615.2 1615.1 003 1615.2 003<br />
Catálogo: 01095 01097 01098 01099 01096<br />
1 Regulador para aquecimento e arrefecimento ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔<br />
2 Válvulas de três vias ✔ ✔ ✔ ✔ ✔<br />
3 Servomotor de três pontos ✔ ✔ ✔ ✔ ✔<br />
4 Bomba de circulação de três velocidades UPS 25-60 ✔ ✔ ✔ ✔ ✔<br />
5 Sonda temperatura de ida ✔ ✔ ✔ ✔<br />
6 Sonda temperatura de retorno ✔ ✔ ✔ ✔<br />
7 Válvula de descarga orientável ✔ ✔ ✔ ✔ ✔<br />
8 Termostato de segurança ✔ ✔ ✔ ✔ ✔<br />
9 Termómetros de ida e retorno ✔ ✔ ✔ ✔ ✔<br />
10 Manómetro ✔ ✔ ✔ ✔ ✔<br />
11 Válvulas de intercepção circuito primário ✔ ✔ ✔ ✔ ✔<br />
12 Colector de distribuição alta temperatura ✔ ✔<br />
13 Válvula de by-pass diferencial ✔ ✔<br />
14 Sonda de controlo do limite humidade relativa ✔ ✔<br />
15 Componentes controlo limite humidade relativa ✔ ✔<br />
32
Grupos de regulação térmica<br />
climática para central<br />
série 152-153<br />
REGULAÇÃO CLIMÁTICA COM AUXÍLIO DE SONDA EXTERNA E SONDA DE RETORNO<br />
Série 152-153 Código: 152600/1 153600/1 152650/1<br />
Catálogo: 01082 01088<br />
1 Regulador climático digital para aquecimento e arrefecimento ✔ ✔ ✔ ✔<br />
2 Relógio programador com cablagem ✔ ✔<br />
3 Válvula misturadora de quatro vias ✔ ✔ ✔<br />
4 Bomba de circulação de três velocidades UPS 25-60 152600 153600 152650<br />
UPS 25-80 152601 153601 152651<br />
5 Válvula diferencial de by-pass com escala graduada ✔ ✔ ✔<br />
6 Sonda temperatura de ida ✔ ✔ ✔<br />
7 Sonda temperatura de retorno ✔ ✔ ✔<br />
8 Sonda temperatura externa ✔ ✔ ✔<br />
9 Termómetros ✔ ✔ ✔<br />
10 Conexão por teletransmissão ✔ ✔ ✔<br />
11 Sonda de controlo do limite humidade relativa ✔<br />
12 Termostato sonda ambiente com relógio digital e selector ✔<br />
13 Termostato sonda ambiente opção opção<br />
33
Colectores em material plástico<br />
específicos para chão radiante<br />
série 671<br />
NOVO<br />
DISTRIBUIÇÃO E CONTROLO DO FLUIDO COM COMPONENTES ESPECÍFICOS<br />
Série 671<br />
1 Colector de ida com caudalimetros e válvulas de regulação de caudal incorporadas<br />
Catálogo: 01126<br />
2 Colector de retorno com válvulas de intercepção incorporadas predispostas para comando electrotérmico<br />
3 Grupos de topo com purgador de ar automático com tampa higroscópica, válvula de descarga, torneira de enchimento/descarga<br />
4 Par de válvulas de intercepção de esfera<br />
5 Termómetros digitais de cristais líquidos nos colectores de ida e retorno<br />
6 Etiquetas adesivas com indicações dos locais<br />
7 Par de suportes de fixação à caixa<br />
8 Caixa de profundidade e altura reguláveis<br />
9 Adaptador de aperto com clip de fixação código 675850<br />
10 Acessório para corte tubagem código 675002<br />
Acessórios<br />
11 Adaptador de diâmetro auto-adaptável para tubo plástico simples e multi-camada série 680<br />
12 Comando electrotérmico série 656<br />
13 Termómetro de encaixe rápido para circuito de chão radiante código 675900<br />
34
Sistema de controlo da temperatura via<br />
rádio para instalações de chão radiante<br />
série 740<br />
NOVO<br />
Permite efectuar a termoregulação de modo preciso local a local, onde cada circuito é controlado por uma válvula de<br />
comando electrotérmico (série 656).<br />
A barra de comando permite a presença de tensão eléctrica inteiramente concentrada no interior da caixa metálica.<br />
Exemplo de ligações<br />
Receptor via rádio de 8 canais (cód. 740202)<br />
O receptor de 8 canais recebe via rádio as informações<br />
operativas ON/OFF, provenientes dos termostatos e<br />
cronotermostatos de zona/sub-zona e transfere, através<br />
do Bus de 2 vias, a operacionalidade às relés de saída<br />
correspondentes colocadas no interior da barra de<br />
comando, activando/desactivando os comandos<br />
electrotérmicos adequados.<br />
A barra de comando oferece três variantes:<br />
código 740204 - 4 relés<br />
código 740206 - 6 relés<br />
código 740208 - 8 relés<br />
Sob o controlo de apenas uma relé podem associar-se um<br />
ou mais comandos electrotérmicos (isto é particularmente<br />
adaptado para o controlo de um ambiente servido por 2-3<br />
circuitos, onde esteja presente apenas um termostato ou<br />
cronotermostato).<br />
O número de comandos electrotérmicos que se pode<br />
associar é determinado pela saturação da intensidade<br />
de corrente 5 (2) A dos contactos da relé individual. No<br />
caso da adopção de comandos electrotérmicos (série 656),<br />
dispositivos de elevada absorção especialmente na fase<br />
de arranque, o número máximo de comandos que se<br />
pode associar à mesma relé (canal) é:<br />
cód. 656102 230 V - máx. 4<br />
cód. 656104 24 V - máx. 2<br />
- Cronotermostato definido como “master” dos termostatos T2 - T3 - T4 - T5.<br />
- Cronotermostato associado ao canal 1; T2 ao canal 2; T3 ao canal 3; T4 ao canal 4; T5 ao canal 5.<br />
35
A SEGURANÇA DO CALOR EXACTO<br />
Grupo de regulação termostática para chão radiante série 163<br />
• Grupo pré-montado com componentes de regulação da temperatura e<br />
controlo de distribuição do fluido<br />
• Especial para utilização em instalações de chão radiante<br />
• Pode ser ligado directamente ao separador/colector de distribuição SEPCOLL<br />
• Com válvula misturadora termostática com sensor integrado<br />
CALEFFI SOLUTIONS MADE IN ITALY<br />
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