SISTEMAS DE AR CONDICIONADO - PCC 2466
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Prof. Dr. Racine T A Prado<br />
Ciclo típico<br />
de<br />
refrigeração<br />
<strong>SISTEMAS</strong> <strong>DE</strong> <strong>AR</strong><br />
<strong>CONDICIONADO</strong><br />
2<br />
1
Chiller<br />
Funcionamento do chiller<br />
Quando é dada a partida no compressor, a pressão<br />
no seu lado superior e a sucção no inferior fazem<br />
com que o líquido refrigerante flua do receptor para<br />
a válvula de expansão. Esta válvula introduz o<br />
refrigerante no evaporador (como gás), onde este<br />
troca calor com a água que passa pela serpentina.<br />
O refrigerante sai do evaporador e entra no<br />
compressor como um gás frio a baixa pressão e sai<br />
como um gás aquecido a alta pressão, passando,<br />
em seguida, pelo condensador, onde é resfriado<br />
pela água de condensação até se condensar,<br />
retornando ao receptor como líquido. A água de<br />
condensação é bombeada para a torre de<br />
resfriamento.<br />
3<br />
4<br />
2
Válvula de expansão termostática<br />
Evaporador<br />
5<br />
6<br />
3
Condensador<br />
Expansão Direta e Indireta<br />
Expansão Direta: sistema onde o refrigerante contido<br />
numa serpentina, ao se evaporar, resfria diretamente<br />
o ar em contato com ela. Tipos mais comuns:<br />
aparelhos de janela;<br />
“self-contained” com condensação a ar;<br />
“split-system”;<br />
“self-contained” com condensação a água.<br />
Expansão Indireta: neste sistema, um refrigerante<br />
(primário) resfria um fluido intermediário (refrigerante<br />
secundário, geralmente a água) que, passando por<br />
uma serpentina, retira o calor do ar proveniente dos<br />
ambientes, quando em contato com a mesma<br />
7<br />
8<br />
4
Sistema de Expansão Direta - componentes<br />
compressor, condensador, válvula de expansão<br />
termostática e evaporador, responsáveis<br />
pela refrigeração;<br />
ventilador para insuflamento do ar frio nos<br />
ambientes;<br />
válvula solenóide;<br />
termostato de ambiente;<br />
dutos;<br />
difusores;<br />
válvulas de volume de ar variável (VAV);<br />
dampers.<br />
O sistema de<br />
distribuição de ar<br />
é constituído pela<br />
combinação dos<br />
componentes:<br />
ventiladores,<br />
dutos, dampers,<br />
medidores de<br />
vazão, sensores<br />
de pressão<br />
estática e de<br />
temperatura,<br />
unidades terminais<br />
de ar e difusores.<br />
Sistema de Expansão Direta<br />
9<br />
10<br />
5
Sistema de Expansão Indireta<br />
Componentes<br />
fan coil;<br />
chiller;<br />
torre de resfriamento .<br />
Sistema ar condicionado típico em um edifício de pequeno porte<br />
Sistema de Expansão Indireta<br />
O sistema de água gelada é constituído por<br />
subsistemas de refrigeração (chillers), de distribuição<br />
e meios de dissipação de calor coletado pelo<br />
sistema. Os chillers resfriam a água, a qual,<br />
bombeada, caminha através de tubulações até às<br />
serpentinas localizadas nas unidades terminais (fan<br />
coils). Neste ponto, há uma elevação em sua<br />
temperatura, pela troca de calor com o ar de retorno<br />
em contato com a serpentina. A água volta aos<br />
chillers para ser novamente resfriada, através da<br />
troca de calor com o refrigerante.<br />
11<br />
12<br />
6
A distribuição<br />
de água<br />
gelada no<br />
edifício se dá<br />
através do<br />
bombeamento<br />
da água<br />
proveniente do<br />
chiller até às<br />
serpentinas<br />
dos fan coils<br />
ou unidades<br />
terminais.<br />
Sistema de Expansão Indireta<br />
Esta água gelada percorre as<br />
tubulações do circuito a uma<br />
temperatura de 4 a 13 o C.<br />
Sistemas de água<br />
13<br />
14<br />
7
Sistemas de água de arrefecimento e de<br />
água gelada<br />
Torre de resfriamento<br />
A torre de resfriamento dissipa o calor retirado do<br />
edifício pelo sistema de água de arrefecimento,<br />
resfriando a água de condensação por processo<br />
evaporativo.<br />
A torre resfria a água fazendo-a entrar em contato<br />
com o ar, resultando em sua evaporação parcial.<br />
15<br />
16<br />
8
Fan Coil<br />
A unidade terminal de ar (“fan coil”) consiste<br />
basicamente de dampers, filtros, ventilador(es),<br />
serpentina e dispositivos controladores (válvulas e<br />
atuadores de dampers). Ela é controlada para que a<br />
quantidade de ar condicionado a ser fornecido ao<br />
ambiente seja regulada de acordo com a sua<br />
necessidade.<br />
Fan Coil<br />
17<br />
18<br />
9
Fan Coil<br />
O sistema de resfriamento do ar (fan coil) é<br />
dimensionado, quanto à sua capacidade, de acordo<br />
com a vazão de ar necessária à retirada de cargas<br />
térmicas de ambientes de áreas definidas. O ar é<br />
introduzido no ambiente a uma temperatura<br />
predeterminada de tal forma a ser mantida<br />
constante a diferença de temperatura (∆T) entre o ar<br />
do ambiente e o ar insuflado.<br />
O sistema básico descrito pode ainda ser acrescido<br />
de outros subsistemas, de acordo com a<br />
necessidade, como, por exemplo, umidificação e/ou<br />
desumidificação do ar, controle entálpico, ventilação<br />
e filtragem do ar.<br />
Damper é um dispositivo utilizado para controle de vazão<br />
de ar (impede ou permite a passagem de uma<br />
determinada quantidade de ar). Há vários tipos de<br />
dampers.<br />
Damper de<br />
lâmina única<br />
19<br />
20<br />
10
Damper de controle de fumaça<br />
Damper de múltiplas lâminas<br />
21<br />
22<br />
11
Filtros<br />
Filtros<br />
Moldura metálica com placas de poliuretano, fibra<br />
natural, mantas de fios metálicos ou fibras<br />
sintéticas. Dividem-se ainda em secos e de impacto<br />
adesivo (impregnados com óleo).<br />
23<br />
24<br />
12
Filtro de ar contínuo (de rolo)<br />
Manta de lã de<br />
vidro, de papel<br />
especial ou de<br />
material têxtil não<br />
trançado. O<br />
material particulado<br />
aumenta a perda<br />
de carga, mas a<br />
renovação do filtro<br />
é automática.<br />
Filtro de carvão ativado<br />
Adsorção de gases com odor e nocivos, como o SO 2.<br />
Consiste de duas placas perfuradas e paralelas entre<br />
as quais vai o carvão ativado em forma granular.<br />
Exige um pré-filtro para eliminar a poeira.<br />
25<br />
26<br />
13
Precipitador eletrostático<br />
As partículas de poeira<br />
são carregadas<br />
eletricamente em uma<br />
zona de ionização<br />
(campo eletrostático) e<br />
posteriormente atraídas<br />
pelos eletrodos<br />
(polaridade oposta) na<br />
zona de precipitação,<br />
onde se acumulam.<br />
Retém partículas de<br />
diâmetro inferior a 0, 5<br />
µm.<br />
Filtros<br />
HEPA: High Efficiency Particulate Air<br />
São filtros construídos de microfibras de vidro,<br />
capazes de reter pólen, ácaros e partículas de<br />
fumaça.<br />
A taxa de retenção dos filtros HEPA atinge 99,97%<br />
de partículas de até 0,3 µm.<br />
27<br />
28<br />
14
Zona simples<br />
Duplo duto ou multizona<br />
29<br />
30<br />
15
Aquecimento ou refrigeração<br />
simples<br />
Sistema de zona simples<br />
31<br />
32<br />
16
Self-Contained<br />
Aparelho de janela<br />
33<br />
34<br />
17
Split<br />
Consumo de Energia dos Sistemas de Ar<br />
Condicionado<br />
35<br />
36<br />
18
Volume de ar constante e temperatura<br />
variável e Volume variável e temperatura<br />
constante<br />
Sistemas de distribuição existentes: duto único,<br />
com volume de ar variável ou com volume de ar<br />
constante. As unidades de volume de ar variável<br />
(VAVs), próprias para grandes espaços, controlam<br />
a vazão de ar, em função da temperatura de bulbo<br />
seco do espaço, variando a quantidade de<br />
suprimento de ar, que é insuflado a temperatura<br />
constante (12–13°C). A quantidade de ar<br />
necessária ao ambiente depende da carga térmica<br />
local.<br />
Volume de ar variável<br />
As variações de vazão de ar alteram as pressões<br />
estáticas nos dutos; para que sejam garantidas<br />
pressões adequadas e suficientes para o<br />
fornecimento de ar nas vazões requeridas, os<br />
valores de pressão estática nos dutos são<br />
monitorados e controlados pelo sistema de controle.<br />
O sistema de volume de ar constante controla a<br />
temperatura do espaço alterando a temperatura do<br />
ar insuflado, enquanto mantém constante a vazão.<br />
Neste caso, não há controle da pressão estática nos<br />
dutos.<br />
37<br />
38<br />
19
Volume de ar variável - vantagens<br />
• redução dos custos de instalação, com sistemas<br />
menores;<br />
• redução do consumo de energia (20 – 30 %);<br />
• grande flexibilidade no que se refere ao<br />
zoneamento.<br />
Volume de ar variável – variação da<br />
carga térmica com o movimento do sol<br />
39<br />
40<br />
20
Volume de ar variável - componentes<br />
• unidade terminal: tomada de ar, sensores de descarga,<br />
controladores, dampers e tubulações;<br />
• dispositivo de modulação da vazão do ventilador<br />
(damper, inversor de frequência,...);<br />
• sensor de pressão estática no duto principal;<br />
• dutos de alta pressão;<br />
• dutos de baixa pressão;<br />
• medidores de vazão de ar;<br />
• dutos de ar de retorno;<br />
• dampers motorizados automáticos;<br />
• outros componentes comuns a outros tipos de sistemas.<br />
Volume de ar variável – esquema geral<br />
41<br />
42<br />
21
Volume de ar variável – caixa da VAV<br />
VAV e CAV – experimento - (Yang, 00)<br />
43<br />
44<br />
22
VAV e CAV – experimento - (Yang, 00)<br />
Problemas dos Sistemas VAV:<br />
• desconforto;<br />
• correntes de ar;<br />
• estagnação;<br />
Volume de ar variável<br />
• baixas velocidades de ar;<br />
• estratificação de temperatura;<br />
• aumento de umidade relativa.<br />
45<br />
46<br />
23
%<br />
100<br />
Termoacumulação<br />
A termoacumulação é um sistema que armazena<br />
energia térmica (calor ou frio) produzida em<br />
horários de tarifação de energia elétrica mais baixa<br />
e/ou em horários de pouca solicitação, para ser<br />
usada principalmente em momentos de cargas<br />
elétricas indesejáveis (por exemplo, horário de<br />
ponta).<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Termoacumulação – período de ponta<br />
Perfil de Consumo<br />
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24<br />
Horas<br />
47<br />
48<br />
24
Termoacumulação<br />
Tarifa Horo Sazonal<br />
Esta tarifação atribui valores diferenciados entre<br />
períodos:<br />
Ponta (17:00 as 20:00)<br />
Fora de ponta<br />
Seco (Mai/Nov)<br />
Úmido (Dez/Abr)<br />
Termoacumulação<br />
O armazenamento térmico pode ser feito de<br />
duas maneiras: com a utilização de a)<br />
tanques de água gelada ou b) tanques de<br />
gelo.<br />
Tanques de água gelada – são<br />
depósitos (tanques) que utilizam a água<br />
como meio de armazenamento. Existem<br />
vários tipos de tanques, geralmente<br />
construídos em concreto.<br />
49<br />
50<br />
25
Sistema com Tanques Múltiplos<br />
Sistema com Tanques Múltiplos<br />
51<br />
52<br />
26
São sistemas que<br />
utilizam gelo como<br />
meio de<br />
armazenamento.<br />
Tanques de Gelo<br />
Insuflamento pelo piso<br />
No sistema de insuflamento pelo piso, o ar passa entre<br />
a laje e o piso elevado (plenum).<br />
Características:<br />
o ar de retorno e externo são misturados e<br />
insuflados no plenum, por uma unidade de<br />
condicionamento e quantidade mínima de dutos;<br />
o plenum é formado pela laje e o piso elevado;<br />
a vazão de ar pode ser constante ou variável;<br />
o ar é introduzido nos ambientes através de<br />
difusores, controlados por termostatos ou pelo<br />
usuário, que são localizados no piso ou próximos<br />
ao usuário;<br />
o retorno é feito pelo teto.<br />
53<br />
54<br />
27
Insuflamento pelo piso – esquema geral<br />
Insuflamento pelo piso – aspecto energético<br />
55<br />
56<br />
28